sábado, 16 de outubro de 2021

Administração Biden vai reativar programa anti-imigração de Trump !

A Administração Biden anunciou, esta sexta-feira, que vai reativar a política anti-imigração nas fronteiras da era Trump, que forçou milhares de requerentes de asilo a aguardarem a conclusão dos seus processos no México, muitas vezes durante longos períodos e em condições precárias e perigosas.


O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, suspendeu esta política anti-imigração, conhecida como “Remain in Mexico”, em finais de janeiro, dias depois de ter tomado posse. Mas agora, um juiz federal ordenou à sua Administração que reativasse o programa, pode ler-se no jornal The Guardian.

Na primeira decisão, em agosto deste ano, o tribunal ordenou à Administração democrata que restaurasse esta política da era Trump, a pedido dos estados do Texas e do Missouri, mas esta não acatou a decisão.

Agora, uma ordem do Supremo Tribunal fez o Executivo mudar de atitude, mas o Departamento de justiça dos EUA já avisou que a reintegração do programa está dependente da aprovação do Governo mexicano. Segundo o jornal britânico, espera-se que o programa entre novamente em vigor em meados de novembro.

Donald Trump introduziu o programa “Remain in Mexico” em janeiro de 2019 e, desde então, estima-se que pelo menos 70 mil requerentes de asilo tenham sido obrigados a ficar no lado da fronteira mexicana, muitas vezes durante longos períodos de tempo e sujeitos a condições precárias e perigosas, enquanto aguardavam a conclusão dos seus processos nos tribunais norte-americanos.

De acordo com o jornal Washington Post, fontes da Administração norte-americana avançam que já foram assinados contratos para reabrir os chamados “tribunais em tendas” nas fronteiras em Laredo e Brownsville, no Texas, onde os requerentes de asilo vão ser presentes a audiências por videoconferência, tal como ocorreu no Governo do Presidente republicano. A decisão vai custar cerca de 14 milhões de dólares.

Além desta política de Trump que vai agora ser restabelecida, lembra o jornal norte-americano, a Administração Biden também continua a usar a chamada política Title 42, que permite a expulsão imediata de migrantes justificada com a pandemia da covid-19.7.

https://zap.aeiou.pt/administracao-biden-reativar-programa-anti-imigracao-trump-438534

 

Grupo de hackers clonou a voz de empresário para roubar 35 milhões de dólares do banco !

Um grupo de hackers clonou a voz do diretor de uma empresa, conseguindo assim roubar mais de 35 milhões de dólares de um banco nos Emirados Árabes Unidos.


No início do ano passado, o gerente de um banco dos Emirados Árabes Unidos recebeu uma chamada de um homem cuja voz era idêntica a de um empresário com o qual já havia falado, segundo noticia a Forbes, que teve acesso ao ato judicial.

O homem referiu que a sua empresa estava prestes a fazer uma grande compra e, como tal, precisava que o gerente autorizasse uma série de transferências no valor de 35 milhões de dólares.

Durante a chamada que efetuou, o indivíduo garantiu ao gerente do banco que tinha contratado um advogado, chamado Martin Zelner, para coordenar as transações.

Após a conversa, o banco recebeu vários e-mails, supostamente do empresário e do advogado, confirmando a quantia de dinheiro que era necessária movimentar e o seu destino de envio.

Ao pensar que as operações estavam dentro dos termos legais, o gerente bancário deu luz verde às transações. Contudo, o homem tinha sido enganado pela tecnologia de inteligência artificial conhecida por deep voice que clonou a voz do empresário.

O Ministério Público de Dubai, que agora tomou conta da investigação, acredita que pelo menos dezassete pessoas estão envolvidas no plano.

As autoridades sugerem que o dinheiro foi enviado para várias contas bancárias espalhadas por todo o mundo, sendo que cerca de 400.000 dólares foram desviados para contas com sede nos EUA, geridas pelo Centennial Bank.

Assim, foi solicitada a assistência de investigadores norte-americanos para localizar o dinheiro desviado.

A Forbes informa ainda que o documento obtido não fornece mais detalhes sobre a investigação que está a decorrer, tal como também não revela os nomes das vítimas.

https://zap.aeiou.pt/grupo-hackers-clonou-voz-roubar-banco-438479

 

Bolsonaro admite que chora sozinho na casa de banho !

Num encontro organizado pela igreja evangélica Comunidade das Nações, em Brasília, na quinta-feira, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, admitiu que costuma chorar na casa de banho.


“Quantas vezes eu choro na casa de banho, em casa? A minha esposa [Michelle Bolsonaro] nunca viu. Ela acha que eu sou o machão dos machões. Em parte, acho que ela até tem razão”, disse Bolsonaro, que atualmente vive no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, citado pela Folha de S. Paulo.

“O que me faz agir dessa maneira? Eu já não sou deputado. Se um deputado errar um voto, pode não influenciar em nada. Um voto em 513. Mas uma decisão minha mal tomada, muita gente sofre. Mexe na bolsa, no dólar, no preço do combustível”, afirmou.

O Presidente brasileiro tem agido para reforçar os laços com as bases evangélicas, já a pensar nas eleições de 2022.

Atualmente, os apoiantes de Bolsonaro estão preocupados com as tentativas do ex-Presidente Lula da Silva de ganhar pontos de interlocução com os evangélicos.

As declarações de Bolsonaro já originaram reações do vereador Carlos Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro.

Segundo Carlos Bolsonaro, os pais de manifestantes contrários a Jair Bolsonaro na eleição de 2018 deveriam chorar na casa de banho, com vergonha dos seus filhos.

Eduardo Bolsonaro, também em referência a críticos do Governo, disse que o “pai dessa galera toda aí chora na casa de banho”.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status

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Na semana passada, Jair Bolsonaro também compareceu a um simpósio com centenas de evangélicos em Brasília.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-admite-que-chora-sozinho-na-casa-de-banho-438411

 

Milionário Robert Durst condenado a prisão perpétua por matar melhor amiga !

O tribunal de Los Angeles condenou o excêntrico milionário de 78 anos a pena perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, pelo homicídio em primeiro grau de Susan Berman (o equivalente a homicídio qualificado), segundo a agência de notícias Associated Press (AP).


Berman foi encontrada morta na sua casa em Beverly Hills, com um tiro na cabeça, depois de ter sido interrogada pela polícia sobre o desaparecimento da primeira mulher de Robert Durst, Kathleen McCormack.

Kathleen desapareceu sem deixar rasto em 1982, após manifestar o desejo de se divorciar do marido, num caso ainda por esclarecer.

A tese da acusação é que Robert Durst teria acabado por matar Susan Berman para a impedir de denunciar o caso à polícia de Nova Iorque.

“Este crime é um homicídio de uma testemunha”, disse o juiz Mark Windham, antes de proferir a sentença. “Esta circunstância (…) agravou enormemente este crime terrível e perturbador”, acrescentou.

O magistrado rejeitou o pedido da defesa para a realização de novo julgamento, afirmando que havia “provas suficientes, ou mesmo esmagadoras, de culpa”.

O milionário, que se declarou inocente, foi detido em março de 2015, na véspera da transmissão do último de seis episódios de um documentário sobre a sua vida, exibido pela HBO, intitulado “The Jinx: The Life and Deaths of Robert Durst”.

O documentário inclui as declarações de Robert Durst em que, a falar sozinho na casa de banho, com o microfone sem fios a gravar, admite ter matado três pessoas: “O que é que eu fiz? Matei-os a todos, é claro”.

Herdeiro de uma família de Nova Iorque que enriqueceu com negócios no imobiliário, Durst estava na mira da justiça há mais de três décadas, por ser considerado suspeito de crimes ainda por resolver, incluindo o desaparecimento da mulher, pelo qual nunca foi formalmente acusado.

Após a condenação pela morte da amiga, assente na tese de que Durst teria igualmente matado a mulher, o milionário poderá vir agora a enfrentar novas acusações, avançou a AP, citando fontes próximas do caso.

“The Jinx” revisitou outro episódio sangrento na vida do milionário, igualmente evocado pela acusação: o homicídio de um vizinho, em 2001, que depois desmembrou, atirando o corpo ao mar, numa tentativa de fazer desaparecer o cadáver.

O milionário acabaria por ser absolvido do crime, graças a uma equipa de advogados de luxo, que alegaram uma combinação de autodefesa, disparo acidental e embriaguez.

O julgamento de Robert Durst começou em março de 2020, após um longo processo, em Los Angeles.

O milionário foi condenado em 18 de setembro, tendo agora sido lida a sentença.

https://zap.aeiou.pt/milionario-robert-condenado-perpetua-438387

 

Putin admite aceitar pagamentos com criptomoedas num futuro próximo !

Vladimir Putin admitiu que as criptomoedas têm valor, adiantando que esta forma de pagamento poderá tornar-se viável no país. Contudo, para já “ainda é muito cedo” para fazer previsões devido à sua natureza “incerta”.


A notícia começou a circular depois de na quarta-feira, dia 14 de outubro,  a CNBC ter entrevistado Vladimir Putin, e de o Kremlin ter começado a discussão no seu site.

O presidente da Rússia, admitiu que as criptomoedas poderão vir a ser aceites como forma legítima de pagamento, mas ainda é cedo para ter a certeza da sua viabilidade, advertiu o líder.

Questionado pela CNBC se as moedas digitais podem ser usadas, em vez de dólares, para estabelecer contratos de fornecimento de petróleo, Putin respondeu: “Contratos de criptomoedas? É muito cedo para falar sobre isso, porque a criptomoeda, é claro, pode ser uma unidade de conta, mas é muito instável”.

O líder russo referiu, citado pelo Interesting Engineering, que a moeda pode ser útil “para transferir fundos de um sítio para o outro, mas para negociar, ainda é prematuro. A criptomoeda ainda não tem o respaldo de nada”.

Ainda assim, Putin finalizou a sua intervenção com uma nota positiva: “Tudo se desenvolve, tudo tem o direito de existir. Vamos ver se vai mais longe, talvez um dia também seja um meio de acumulação. Para já, é cedo”.

Apesar de a Rússia se mostrar disposta a colocar as criptomoedas como meio de pagamento, ainda se terá de esperar para perceber quais as repercussões que este meio de pagamento terá no país.

Em contraste com esta postura otimista de Putin, está a China. No mês passado, o país proibiu todas as transições com moedas digitais.

Por sua vez, a Casa Branca também está a ponderar rever as políticas até agora adotadas, o que poderá traduzir-se em nova regulação.

https://zap.aeiou.pt/putin-aceitar-pagamentos-criptomoedas-438404

 

Água potável de cidade canadiana pode estar contaminada com hidrocarbonetos petrolíferos !

A cidade de Iqaluit, no território canadiano de Nunavut, declarou estado de emergência após ter encontrado vestígios de petróleo no abastecimento de água.

Um copo com água

O departamento de saúde pública da cidade canadiana aconselhou os habitantes de Iqaluit a não beber água da torneira devido à suspeita de contaminação de hidrocarbonetos petrolíferos no abastecimento de água.

Segundo o The Independent, o aviso alerta os cidadãos para não consumirem água da torneira, mesmo que filtrada ou fervida, até nova ordem. Os recém-nascidos não devem tomar banho com esta água, ao contrário dos residentes mais velhos.

Iqaluit declarou estado de emergência na segunda-feira e anunciou que as autoridades municipais estão a investigar a “infiltração em câmaras subterrâneas” numa estação de tratamento de água da cidade como fonte potencial de contaminação.

No início do mês, vários habitantes queixaram-se que a água das suas torneiras cheirava a combustível, apesar de, a 4 de outubro, os testes realizados terem indicado que a qualidade da água potável da cidade era satisfatória.

As autoridades estão à espera dos resultados de laboratório para confirmar o tipo e a concentração de hidrocarbonetos no abastecimento de água.

Kenny Bell, Presidente da Câmara de Nunavut, disse que o governo do território está a trabalhar para ajudar Iqaluit na sua crise de emergência hídrica, através do transporte de cerca de 80 mil litros de água ao longo de três dias.

A preocupação dos quase 8.000 habitantes da área afetada está a crescer. Os residentes começaram a comprar água engarrafada, que pode custar 9 dólares (quase 8 euros) por litro, e a recolher água limpa do rio Sylvia Grinnell.

O Canadá é um dos países mais ricos em água do mundo: cerca de 20% dos recursos de água doce estão localizados no seu território. No entanto, o acesso a água potável é desigual: a água das reservas indígenas está contaminada há décadas com vários produtos químicos ou bactérias.

https://zap.aeiou.pt/agua-potavel-hidrocarbonetos-petroliferos-438230

 

“Profundamente chocante” - Deputado britânico morre após ser esfaqueado em encontro com eleitores !

Um deputado do Partido Conservador morreu depois de ter sido esfaqueado várias vezes, esta sexta-feira, durante um encontro com eleitores em Leigh-on-Sea, no sudeste de Inglaterra.


David Amess, de 69 anos, representante do círculo eleitoral de Southend West, em Essex, foi atacado na Igreja Metodista de Belfairs, em Leigh-on-Sea, onde realizava audiências com eleitores.

Segundo a Sky News e o The Guardian, o deputado não sobreviveu depois de ter sido esfaqueado repetidas vezes por um homem que entrou no espaço onde a vítima se encontrava.

As autoridades detiveram um homem de 25 anos suspeito de ter levado a cabo este ataque, informa a RTP.

O suspeito foi detido e a Polícia de Essex, alertada para o incidente cerca das 12 horas, disse não estar “à procura de mais ninguém”.

Segundo o Observador, Amess foi assistido logo no local do ataque, por uma ambulância, durante cerca de duas horas e meia, mas acabaria por não resistir aos graves ferimentos e morrer ali.

Em 2016, a deputada do Partido Trabalhista Jo Cox foi assassinada por um militante de extrema-direita uma semana antes do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.

A Fundação Jo Cox disse estar “horrorizada” com o incidente, enquanto o líder da oposição, Keir Starmer, considerou o incidente “profundamente chocante”.

Dois outros deputados, o Liberal Democrata Nigel Jones, em 2000, e o trabalhista Stephen Timms, em 2010, foram vítimas de ataques com facas, tendo ambos sobrevivido, embora um assessor de Jones tenha morrido ao tentar protegê-lo.

David Amess é deputado desde 1983, católico, opositor ao aborto e defensor dos direitos dos animais, tendo também feito campanha pelo Brexit.

https://zap.aeiou.pt/deputado-britanico-morre-esfaqueado-438379

 

Líbano decreta dia de luto nacional depois de tiroteio durante manifestação causar seis mortos !

Confrontos durante uma manifestação convocada pelo Hezbollah na manhã de ontem causaram seis vítimas mortais. O protesto era contra o juiz que lidera o inquérito à explosão no porto de Beirute no ano passado.

Médicos libaneses ajudam a retirar pessoas depois dos confrontos durante uma manifestação em Beirute

O Líbano declarou um dia de luto nacional depois de uma manifestação organizada pelo Hezbollah em Beirute esta quinta-feira ter acabado em violência.

Seis pessoas morreram e 30 ficaram feridas durante um protesto contra o juiz que está à frente do processo de inquérito sobre a explosão no porto da capital libanesa depois da terem sido disparados tiros de metralhadora sobre a multidão.

O protesto começou durante a manhã à volta do Palácio da Justiça e foi convocado pelo Hezbollah em conjunto com o partido xiita Amal. Centenas de pessoas marchavam nas ruas da capital, quando, perto de uma rotunda na área Tayouneh-Badaro, homens armados com metralhadoras e lançadores de granadas começaram a disparar.

Seguiu-se o caos no centro de Beirute, com pessoas a correr pelas ruas à procura de um lugar seguro, os residentes a sair de casa e crianças a terem de se esconder debaixo das mesas nas escolas. As ruas ficaram cheias de estilhaços de vidro.

Os confrontos duraram quatro horas e obrigaram à intervenção do exército, que teve de estabelecer um perímetro de segurança nos bairros onde a confusão começou – uma parte da cidade onde vivem xiitas e cristãos e onde há um historial de situações semelhantes na guerra civil. O exército avisou que dispararia sobre qualquer pessoa armada nas ruas.

A organização do protesto culpa as Forças Libanesas, um partido cristão ligado à Arábia Saudita, pelas mortes – que foram todas de xiitas – mas o grupo nega a acusação. O Hezbollah diz que os tiros estavam a ser disparados a partir dos telhados.

O líder das Forças Libanesas, Samir Geagea, condenou o ataque no Twitter. “A principal causa destes desenvolvimento é a presença descontrolada e generalizada de armas que ameaçam as vidas de cidadãos a qualquer hora e em qualquer lugar”, escreveu.

O primeiro-ministro, Najib Mikati, apelou à calma e a que a população que “não se deixe atrair pela sedição seja por que razão for”. Já o presidente Aoun considera que não é aceitável o regresso das armas como forma de comunicação entre os partidos libaneses.

A violência de ontem é mais um sinal da profunda divisão política que o país vive, que foi acentuada pela explosão no ano passado, pela qual ainda ninguém foi responsabilizado legalmente.

Hezbolla acusa juiz de ser tendencioso

A explosão de 4 de Agosto de 2020 num armazém no porto onde estavam mais de duas mil toneladas de nitrato de amónio destruiu grande parte da cidade de Beirute e matou pelo  218 pessoas.

A ineficácia da justiça na investigação dos responsáveis cuja negligência resultou na explosão tem frustrado a população, que acredita que há falta de independência judicial no país, com os juízes a submeterem-se aos políticos.

O actual juiz que está à frente do processo, Tarek Bitar, tem sido criticado pelo Hezbollah, que o acusa de ser tendencioso e parcial. Na quinta-feira, um tribunal rejeitou uma queixa apresentada por Ali Hassan Khalil e Ghazi Zaiter, dois antigos ministros do partido Amal e aliados do Hezbollah, que exigia a exoneração do juiz.

Na segunda-feira, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, acusou Bitar de politizar o inquérito e pediu a sua substituição por um magistrado “honesto e transparente”.

No entanto, o pedido não foi sancionado pelo tribunal e o juiz vai assim continuar à frente da investigação, depois de ter chamado os dois ex-ministros do Amal a depor por suspeitas de negligência no caso da explosão.

As famílias das vítimas condenaram a queixa apresentada pelos políticos, acusando a liderança política do país de se tentar proteger do escrutínio do juiz. “Tirem as mãos do sistema judicial“, avisaram na quarta-feira.

A reacção do Hezbollah suscitou também críticas nos Estados Unidos. O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que Washington apoia a independência judicial no Líbano.

Os juízes devem estar livres de ameaças e intimidações“, referiu, acusando o Hezbollah de estar “mais preocupado com os seus próprios interesses e os do seu protetor, o Irão, do que com os interesses do povo libanês”.

O deputado do Hezbollah, Hassan Fadallah, respondeu às críticas e acusou os EUA de tentarem interferir na investigação e de quererem violar “a soberania do Líbano”.

Fadallah acusou Washington de impor “ditames que visam obstruir a justiça e encobrir a verdade” contra segmentos da população que os Estados Unidos consideram inimigos.

A verdade é que já foram nomeados dois juízes para liderar a investigação. Fadi Sawan foi o primeiro e avançou com um requerimento para levantar a imunidade judicial dos políticos, para que as figuras de Estado pudessem ser chamadas a depor. No entanto, o Parlamento libanês tem de aprovar esta decisão e chumbou-a.

O juiz foi afastado da investigação em Fevereiro quando acusou três ex-ministros e o primeiro-ministro cessante de negligência criminal.

https://zap.aeiou.pt/libano-luto-nacional-tiroteio-manifestacao-438220

 

Explosão em mesquita no Afeganistão faz vários mortos !

Uma forte explosão atingiu, esta sexta-feira, uma mesquita xiita na cidade de Kandahar, no Afeganistão, tendo feito vários mortos e feridos.

De acordo com a BBC, pelo menos 16 pessoas morreram e 32 ficaram feridas, na sequência de uma explosão junto à mesquita xiita Iman Bargah, na cidade afegã de Kandahar, durante as orações desta sexta-feira.

Fotografias do local mostram janelas partidas e corpos no chão, enquanto outras pessoas tentam ajudar. Embora a causa da explosão ainda não esteja confirmada, suspeita-se que tenha sido provocada por um bombista suicida, acrescenta a emissora britânica.

O correspondente da BBC no Afeganistão, Secunder Kermani, disse que o mais provável é que terroristas do ISIS-K, um grupo do Estado Islâmico no país, venham entretanto reivindicar o ataque.

Na semana passada, recorde-se, o grupo jihadista reivindicou o atentado suicida perpetrado também contra uma mesquita xiita na cidade de Kunduz, que matou e feriu várias dezenas de pessoas.

O Governo do regime talibã tem-se deparado com uma crescente ameaça por parte de grupos ligados ao autoproclamado Estado Islâmico, que procuram frequentemente minorias religiosas afegãs para serem alvo dos seus ataques.

https://zap.aeiou.pt/explosao-mesquita-afeganistao-varios-mortos-438275

 

Polónia legaliza expulsão de migrantes nas fronteiras e vai construir muro ao estilo de Trump !

O parlamento polaco aprovou esta quinta-feira uma alteração à lei nacional sobre os estrangeiros que legaliza a prática controversa de expulsão nas suas fronteiras e permite ignorar um pedido de asilo feito após a travessia ilegal das mesmas.


O parlamento também deu luz verde ao projeto governamental de construir um muro para impedir os migrantes de atravessarem a fronteira, um projeto estimado em 353 milhões de euros.

Milhares de migrantes, a maioria dos quais procedentes do Médio Oriente, tentaram nos últimos meses franquear, a partir da Bielorrússia, a fronteira exterior da União Europeia (UE) para a Letónia, a Lituânia e a Polónia.

De acordo com o novo texto da lei, um estrangeiro interpelado na fronteira da UE imediatamente após tê-la atravessado ilegalmente será obrigado a abandonar o território polaco e alvo de uma proibição temporária de entrada na Polónia e na zona Schengen durante um período entre “seis meses e três anos”.

As autoridades polacas reservam-se o direito “de arquivar sem análise” o pedido de proteção internacional apresentado por um estrangeiro detido imediatamente após a travessia ilegal da fronteira, a menos que tenha chegado diretamente de um território onde a sua vida e a sua liberdade estejam ameaçadas”.

A Polónia é acusada por organizações não-governamentais (ONG) de praticar a expulsão, que consiste em escoltar os migrantes detidos na fronteira e obrigá-los a regressar à Bielorrússia.

Muitas ONG criticam a Polónia por ter imposto o estado de emergência na fronteira, que impede as organizações humanitárias de ajudar os migrantes e proíbe o acesso a todos os não-residentes, incluindo os jornalistas.

No total, sete pessoas morreram nesta fronteira desde o início do fluxo migratório observado na região desde o verão, segundo as autoridades polacas, lituanas e bielorrussas.

A União Europeia acusa Minsk de orquestrar esse fluxo migratório, como retaliação às sanções impostas por Bruxelas devido à repressão da oposição pelo regime bielorrusso.

Os migrantes que chegam em massa à Bielorrússia são encaminhados para as fronteiras da UE, ali se mantendo sob a vigilância, de um lado, da guarda fronteiriça bielorrussa e, de outro, das forças da ordem polacas, lituanas e letãs.

Há um mês, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) declarou-se “preocupado com as informações alarmantes” sobre a fronteira polaca.

“Todos os Estados têm o direito de gerir as suas fronteiras em conformidade com o direito internacional, mas na condição de respeitarem os direitos humanos, incluindo o direito de asilo”, recordou o ACNUR, acrescentando que, de acordo com a convenção de 1951 sobre os refugiados, assinada pela Polónia, “os requerentes de asilo não deverão nunca ser penalizados, mesmo após a travessia irregular da fronteira”.

https://zap.aeiou.pt/polonia-legaliza-expulsao-migrantes-438228

 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

“Nunca tive tanto medo na minha vida”: Ruth estava a dormir quando meteorito lhe caiu na cama !

A mulher ficou assustada com o incidente, mas acabou por sair ilesa. Agora, pretende recuperar dos danos causados e admite que quer conservar a pedra.

Parece ficção, mas a história aconteceu na cidade de Golden, no Canadá. No domingo, dia 3 de outubro, uma mulher estava a dormir quando acordou em choque depois de uma pedra ter batido no telhado de sua casa. O objeto acabou por furar o teto e ir parar à sua cama.

Ruth Hamilton mostrou-se assustada com o acontecimento e contou ao Vancouver Sun que “por sorte” a pedra não a acertou em cheio. Ainda assim, vários detritos e poeiras acabaram por ir parar ao seu rosto.

“Nunca tive tanto medo na minha vida”, referiu em declarações ao jornal local.

Hamilton rapidamente chamou a polícia, que inicialmente suspeitou que a causa do incidente tivesse origem numa obra que se realizava por perto.

No entanto, os trabalhadores da obra explicaram que não tinham despoletado nenhuma explosão no local, adiantando que tinham visto uma explosão no céu. As peças do puzzle começaram a encaixar-se e rapidamente se percebeu que a pedra que atingiu a casa de Hamilton era então um meteorito.

“As probabilidades de isto acontecer são tão pequenas que estou muito grata por estar viva”, referiu Hamilton, que admitiu que pretende ficar com a rocha depois da seguradora inspecionar os danos.

De acordo com o The Guardian, na noite no incidente houve uma chuva de meteoritos no céu da região oeste do Canadá – o que pode explicar o ocorrido.

https://zap.aeiou.pt/mulher-dormir-meteorito-caiu-cama-438160

Em La Palma, empresas usam drones para alimentar animais isolados pela lava !

Duas empresas espanholas utilizam drones para alimentar os animais que estão encurralados no meio da lava lançada pelo vulcão de La Palma.


Numa altura em que a lava se estende pela ilha a um ritmo muito rápido, os acessos a algumas zonas estão cada vez mais dificultados.

Atualmente, são muitos os animais que se encontram encurralados entre a lava lançada pelo vulcão Cumbre Vieja e, como tal, duas empresas arranjaram uma alternativa para lhes prestar auxílio: através da utilização de um drone é-lhes dada água e comida.

O governo local agradeceu a colaboração das duas empresas, que se revelou vital para localizar e cuidar dos animais.

Num comunicado do governo de La Palma, pode ler-se que: “Ambas as empresas comunicaram que vão continuar com os trabalhos, que se realizam pelo quinto dia consecutivo, enquanto as condições meteorológicas assim o permitirem”.

O trabalho da Volcanic Life e Ticom Soluciones SL passa ainda pelo acompanhamento veterinário, escolhendo, por exemplo, que tipo de ração é que é indicada para cada animal.

Os animais estão presos na zona alta de Todoque, em Los Llanos de Aridane, local em que é impossível aceder por via terrestre, devido às altas temperaturas e à lava.

Por outro lado, outra das preocupações das autoridades locais consiste em conseguir salvar animais domésticos das zonas mais afetadas pela erupção.

Os fluxos de rocha fundida devastaram cerca de 600 hectares e 1200 edifícios, e forçaram milhares de pessoas a deixar as suas casas, as autoridades espanholas ordenaram a mais 700 residentes que abandonassem as suas casas, na terça-feira.

A corrente de lava do vulcão, que entrou em erupção a 19 de setembro, continua a avançar lentamente, ameaçando outras zonas da ilha.

https://zap.aeiou.pt/drones-alimentar-animais-lava-438133

 

Corrida ao peru de Natal - Britânicos temem não ter a iguaria na mesa, e a culpa é do Brexit !

No Reino Unido, há falta de mão de obra na agricultura e a criação de perus está a ser uma das áreas mais afetadas. Procura da iguaria natalícia já aumentou.


Na quinta “Flower Farm”, no coração do interior da Inglaterra, reina a preocupação. Num contexto generalizado de falta de mão de obra, o proprietário Patrick Deeley ainda não possui trabalhadores suficientes conseguir fazer a distribuição dos perus de Natal.

“Não sei se vou encontrar o pessoal necessário para fazer o trabalho antes das festas, a pressão vai ser forte”, explica à AFP o agricultor de Surrey, no sul do Reino Unido.

Deeley conta que por esta altura já deveria contar com 12 trabalhadores temporários para meados de dezembro o conseguirem ajudar a preparar, empacotar e entregar as aves no Natal. Há mais de 15 anos, contratava trabalhadores que vinham da União Europeia, mas este ano não conseguiu encontrar nenhum interessado, explica.

A juntar ao facto de muitos trabalhadores abandonaram o setor, ou até o país durante as paralisações impostas pela pandemia, Deely mostra-se convencido de que “o Brexit também é um fator importante” nesta crise – “porque uma das consequências é a perda maciça de mão de obra” europeia, afirma.

O Brexit, que entrou em vigor no dia 1 de janeiro, tem dificultado a entrada de trabalhadores da União Europeia, que agora precisam de obter um visto de trabalho que é bastante caro, sendo que este é mais um dos muitos setores que têm sido afetados.

Perante a escassez de mão de obra no setor de aves, alguns agricultores multiplicaram os anúncios de trabalho, mas os candidatos não aparecem.

“É um trabalho duro, tem que se trabalhar sete dias por semana”, explica Mark Gorton, que se dedica à criação de perus em Norfolk, no leste da Inglaterra, e hoje em dia não possui um único trabalhador temporário, quando em outros anos costumava ter entre 300 e 400.

“Estamos a seis semanas de começar a preparar os perus para o mercado de Natal e, atualmente, não temos trabalhadores”, afirma com preocupação.

Trabalhar sete dias por semana

Devido à escassez de mão de obra, alguns agricultores viram-se obrigados a produzir menos perus este ano, sendo que os supermercados também reduziram os seus pedidos.

“A quantidade de perus reduziu consideravelmente”, disse Deely, acrescentando que “o problema é basicamente o mesmo: há uma enorme escassez de mão de obra qualificada”.

Com as notícias sobre a situação a emergir, os consumidores já se apressam e a procura por este produto tem aumentado com mais antecedência do que é habitual.

Segundo a associação de perus frescos de agricultura tradicional, que reúne 40 quintas, a maioria de seus membros registou um aumento significativo dos pedidos em comparação com período homólogo do ano passado. Algumas quintas afirmaram inclusive que os pedidos quintuplicaram.

O risco agora é que os preços do peru disparem. “Acho que as pessoas, infelizmente, irão assistir a um aumento no preço do produto”, considera Deely.

Tendo em conta que a avicultura é um setor chave da economia britânica, o governo decidiu conceder 5.500 vistos de três meses para atrair trabalhadores temporários, mas os agricultores temem que a medida não seja suficiente.

https://zap.aeiou.pt/corrida-ao-peru-de-natal-brexit-438089

 

Microsoft encerra o LinkedIn na China devido às restrições locais !

A Microsoft informou esta quinta-feira que irá encerrar a rede profissional LinkedIn na China até ao final do ano, justificando a decisão com a existência de um “ambiente operacional difícil”, segundo a agência France-Presse (AFP).


O grupo norte-americano de informática, que detém o LinkedIn, tinha lançado o portal em fevereiro de 2014, uma versão local da sua plataforma, dedicada ao mercado chinês, com funcionalidades restritas a fim de se enquadrar nas leis de Pequim.

“Apesar de termos tido sucesso ao ajudar os membros chineses a encontrar empregos e oportunidades económicas, não tivemos tanto nos aspetos mais sociais de partilhar e mantermo-nos informados”, indicou Mohak Shroff, chefe de engenharia do LinkedIn, citado num comunicado.

O responsável destacou também a existência de um “ambiente operacional difícil e de cada vez maiores exigências em matéria de conformidade com as regras em vigor na China”.

De acordo com o Wall Street Journal, citado pela AFP, o LinkedIn recebeu uma comunicação da parte das autoridades chinesas da internet, que deu à plataforma mais 30 dias para melhor regular os seus conteúdos.

A Microsoft, que comprou o LinkedIn em 2016 por mais de 26 mil milhões de dólares (cerca de 22,4 mil milhões de euros, hoje), foi o última tecnológica norte-americana a estar presente de maneira legal e sustentável na internet chinesa.

As redes sociais Facebook e Twitter estão banidas da China desde há uma década, e a Google deixou o país em 2010.

O site da Amazon pode ser acedido a partir da China, mas a empresa do comércio eletrónico nunca conseguiu penetrar num mercado dominado por empresas locais como a Alibaba ou a JD.com.

https://zap.aeiou.pt/microsoft-encerra-linkedin-china-438166

 

Professores deixam as salas de aula para se tornarem fabricantes de caixões low-cost !

Quando a covid-19 obrigou ao encerramento das escolas no Uganda, Livingstone Musaala abriu mão do seu trabalho como professor de matemática para se dedicar à construção de caixões de valor acessível – numa altura em que estavam a morrer muitas pessoas, vítimas de covid-19, na região onde habita.


A escolha foi alvo de críticas, até mesmo da sua própria família, que o acusou de se estar a aproveitar da dramática situação na cidade de Bugobi, a cerca de 140 quilómetros a leste da capital Kampala.

Entre todas as ideias de negócios, escolhes vender caixões, como se quisesses a morte da pessoas?”, condenou um familiar, lembra o professor de matemática.

A meio da pandemia, e numa altura em que não contava com nenhum salário, Musaala teve a ideia de produzir caixões a preços consideravelmente mais baixos do que aqueles que eram vendidos pela maioria das empresas, diante da grande procura causada pela pandemia. “Não foi uma decisão fácil, mas as pessoas agora dão-me valor”, refere.

Desta forma, os vizinhos da cidade de Bugobi deixaram de ter de percorrer longas distâncias para conseguirem ter acesso a caixões a preços mais baixos quando a morte de algum familiar lhes batia à porta.

“No pico da pandemia, os negócios iam bem, vendíamos dez caixões por dia“, conta o antigo professor, que agora é carpinteiro.

O sucesso do seu negócio atraiu outros 30 professores que estavam na mesma situação. E, assim tal como Musaala, a maioria não quer voltar agora para as salas de aulas, mesmo que as escolas reabram.

Sistema escolar em perigo

Esta insatisfação na classe ameaça o sistema escolar deste país da África Oriental, já muito castigado pelas consequências económicas e sociais da pandemia.

Segundo a AFP, cerca de 15 milhões de alunos deixaram de ir à escola, após o encerramento das instituições de ensino públicas, em março de 2020.

Algumas associações temem que esta situação tenha levado a um aumento da gravidez entre adolescentes e do trabalho infantil.

Passados vários meses, e sem qualquer recurso económico, muitas escolas foram transformadas em hotéis, ou restaurantes. Outras afundam-se em dívidas, incapazes de pagar os seus empréstimos, o que torna ainda mais incerta a remuneração dos professores que possam retomar as suas atividades.

“Entre a educação e a carpintaria, fico com a carpintaria, porque pagam bem”, disse Godfrey Mutyaba, que também optou por outra via profissional, à AFP. “Adoro ensinar, mas com um salário tão baixo não voltaria”, acrescenta.

Livingstone Musaala também decidiu que não vai mais dar aulas. Embora a pandemia agora tenha acalmado no país, o antigo professor irá permanecer como carpinteiro, sendo que o seu objetivo é diversificar a sua oferta com a fabricação de móveis.

“A covid-19 ensinou-se que existe vida fora do ensino”, remata.

https://zap.aeiou.pt/professores-fabricantes-de-caixoes-438059

 

No Japão, milhares de idosos morrem sozinhos - Agora, um sistema ajuda na deteção de cadáveres nas casas !

Monitorização dos edifícios permite perceber se há movimento dos ocupantes dentro das casas. Desta forma, é mais fácil evitar que corpos em decomposição permanecem no local ao longo de muito tempo.


O Japão é um dos países do mundo com mais idosos – que geralmente vivem sozinhos e acabam por morrer sem que ninguém dê conta.

Muitas das vezes, as pessoas morrem em casa e o corpo fica em decomposição durante dias, meses, ou até anos, sem que seja levantado para posteriormente ser enterrado. Isto faz com que a casa ganhe um cheiro intenso que depois acaba por ser muito difícil de eliminar, obrigando a elevados custos de limpeza.

Por outro lado, na hora de vender o imóvel, o facto de alguém ter morrido lá pode ser um impedimento para que os interessados queriam avançar com a compra.

Ainda depois de serem devidamente limpas, estas casas ficam com o rótulo estigmatizado e não lucrativo de jiko bukken – que indica uma propriedade onde alguém morreu.

Desta forma, os proprietários são obrigados a informar os novos inquilinos de mortes anteriores no local, bem como das práticas de limpeza que ocorreram.

De acordo com a Suumo, uma conhecida empresa imobiliária japonesa, os preços das propriedades onde alguém morreu de morte natural diminuem de 10 a 20%, 30% em caso de suicídios e cerca de 50% em assassinatos e outros crimes.

Contudo, este problema pode ser minimizado.

Várias empresas japoneses estão a instalar serviços de monitorização de Inteligência Artificial (IA) e sensores de movimento que detetam movimentos – ou a falta deles – dentro das casas. A tecnologia pode indicar que os ocupantes já não se movimentam e este pode ser um sinal de alerta.

Esta é uma forma de evitar que os corpos se decomponham dentro dos lares, evitando assim um serviço de limpeza mais caro e difícil de executar, escreve o Vice.

A R65 inc., uma agência imobiliária japonesa que ajuda pessoas com 65 anos, ou mais, a encontrar casas, oferece esse serviço. Com o “Pacote de Relógios Tranquilizadores”, a empresa instala uma ferramenta de IA que regista o uso de eletricidade de um residente e monitoriza qualquer anormalidade.

Se ao longo de mais de 20 horas não for detetado nenhum movimento, uma chamada de voz automática contacta os moradores. Caso não haja resposta, é enviado um e-mail ao agente imobiliário responsável pelo imóvel para que se desloque até ao edíficio.

A Tokyo Gas, principal fornecedora de gás e eletricidade da capital, também instalou tecnologias semelhantes, sendo que o objetivo é instalar sensores em mais de 70.000 casas a partir de dezembro.

No entanto, a tecnologia não é benéfica apenas para as empresas e agentes imobiliários.

Segundo o Vice, muitos clientes destas empresas mostram-se satisfeitos com o mecanismo, pois referem que não quererem ser um fardo após a morte.

Há também quem afirme que este método pode trazer alguma dignidade depois da morte, pois é preferível ser encontrado como se estivesse apenas a dormir, e não num ponto elevado de decomposição.

Em 2018, só em Tóquio, houve 5.513 mortes solitárias, um número seis vezes superior ao de assassinatos confirmados em todo o país.

https://zap.aeiou.pt/japao-sistema-corpos-decomposicao-438144

 

Se for eleita, Le Pen irá desmantelar as turbinas eólicas !

A candidata à presidência francesa Marine Le Pen disse que, se for eleita presidente no próximo ano, acabará com todos os subsídios destinados às energias renováveis e derrubará as turbinas eólicas.


Marine Le Pen, candidata do partido de extrema-direita Rassemblement National, chegou, em 2017, à segunda volta das eleições e está de volta à corrida pela presidência francesa — as eleições são em abril.

De acordo com a Reuters, agora espera-se que o faça novamente, embora algumas sondagens recentes mostrem que Eric Zemmour poderia ter melhores resultados, se decidisse candidatar-se.

“Eólica e solar, estas energias não são renováveis, são intermitentes. Se eu for eleita, porei um fim a toda a construção de novos parques eólicos e lançarei um grande projeto para os desmantelar”, disse Le Pen, em declarações à rádio RTL.

Além disso, a candidata acrescentou que suprimirá os subsídios para a energia eólica e solar, que ascenderiam a seis ou sete mil milhões de euros por ano e colocariam um pesado fardo nas contas de eletricidade dos consumidores.

Le Pen disse também que, caso seja eleita, dará um forte apoio à indústria nuclear francesa, permitindo a construção de vários novos reatores nucleares, financiará uma grande modernização da frota existente em França e apoiará a construção de pequenos reatores modulares, tal como proposto pelo Presidente Emmanuel Macron.

Num roteiro para a economia francesa em 200, que foi apresentado esta semana, Macron propôs milhares de milhões de euros de apoio aos veículos elétricos, à indústria nuclear e ao hidrogénio verde – produzido com energia nuclear -, mas fez pouca menção às energias renováveis.

França produz cerca de 75% da sua energia em centrais nucleares, o que significa que a sua produção de eletricidade se encontra entre as mais baixas emissões de carbono per capita de qualquer país desenvolvido. No entanto, está muito atrás da Alemanha e de outras nações europeias no investimento eólico e solar.

https://zap.aeiou.pt/se-for-eleita-le-pen-ira-desmantelar-as-turbinas-eolicas-437976

 

Entre promessas por cumprir e a saída do Afeganistão, Biden está a perder popularidade – e os Democratas estão preocupados !

Já desde Agosto que a popularidade de Joe Biden tem estado em queda e a perda de energia nos eleitores independentes está a preocupar os Democratas na preparação para as intercalares do próximo ano. Uma sondagem sobre um confronto entre Biden e Trump em 2024 dá também uma vitória ao ex-presidente.


Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos numa altura difícil, com o país a continuar a ser o líder mundial em mortes por covid-19, a enfrentar uma crise económica e a tentar sarar as feridas depois da tentativa de insurreição dos apoiantes de Donald Trump a 6 de Janeiro e da enorme polarização política da população.

O ex-vice de Obama prometeu ser capaz de unir o país, mas o seu tom mais conciliador não tem chegado para convencer os norte-americanos. Entre a saída caótica das tropas no Afeganistão que levou ao regresso dos talibãs ao poder, o impasse na aprovação da sua agenda política no Congresso e as promessas eleitorais que até agora ainda não foram cumpridas, a popularidade de Biden tem estado em queda nas últimas semanas.

Nos primeiros meses do mandato, o ocupante da Casa Branca teve uma popularidade razoável, mas já desde Agosto que Biden tem uma taxa de aprovação no vermelho. Segundo o site agregador de sondagens FiveThirtyEight, 49,6% dos norte-americanos desaprovam a actuação do Presidente enquanto que 44,5% têm uma opinião favorável.

Já os números do RealClearPolitics são ainda mais duros com Joe Biden, com 52,3% a não aprovarem o seu trabalho contra apenas 43% que se mostram satisfeitos. Estes números mostram que apenas um Presidente norte-americano teve uma popularidade mais baixa que Biden nesta fase do mandato – precisamente o seu antecessor, Donald Trump.

Biden tem segurado o apoio na base Democrata, no entanto, é entre os eleitores que nem se assumem Republicanos nem Democratas e que são decisivos nas eleições que a quebra se nota, tendo o chefe de Estado números semelhantes aos de Trump neste segmento do eleitorado.

Uma média de apenas 39% dos independentes aprovou a performance de Biden em três sondagens feitas entre 18 e 26 de Setembro enquanto que 52% não se mostrou fã. Entre 22 e 27 de Setembro de 2017, apenas 38% dos independentes aprovavam Trump e 50% reprovavam.

Isto significa que a diferença negativa de 13 pontos de Biden é parecida com a de 12 de Trump na mesma altura da presidência e é ainda mais preocupante quando se tem em conta o contexto desta fase para o ex-presidente – o protesto da extrema-direita em Charlottesville tinha acabado de acontecer, o polémico conselheiro Steve Bannon também tinha sido afastado há pouco e a investigação ao envolvimento da Rússia na campanha de Trump tinha rebentado nas notícias.

Dadas as polémicas e o tom mais inflamatório de Donald Trump, é preocupante para Joe Biden ter números comparáveis com os do seu antecessor entre os eleitores independentes, principalmente para as prospecções dos Democratas de segurar a Câmara dos Representantes e o Senado nas próximas intercalares.

Mesmo assim, a porta-voz da Casa Branca diz que o foco da administração não é “as subidas e descidas” nas sondagens. “O nosso foco é em controlar a pandemia, voltar a uma versão da vida normal para que as pessoas possam estar seguras em voltar ao trabalho e deixar os seus filhos nas escolas. É aí que temos de gastar o nosso tempo e energia”, afirma Jen Psaki. Mas afinal, o que está por detrás desta quebra na popularidade?

A pandemia descontrolada

A resposta de Joe Biden à pandemia não tem convencido os norte-americanos, depois do crescimento de casos com a variante Delta. A média do FiveThirtyEight mostra que a taxa de aprovação da resposta da Casa Branca ao coronavírus caiu de 62,7% em Junho para 49,6% agora.

Numa sondagem da CNBC publicada no início de Agosto, a aprovação do trabalho de Biden em controlar a covid sofreu uma queda de nove pontos relativamente ao primeiro trimestre do ano.

De 62%, a aprovação sobre a pandemia baixou para 53%. “Se a situação da covid tivesse continuado a melhorar da maneira que estava a melhorar no primeiro trimestre, estes números seriam muito diferentes. Mas alguém tem de ser responsável, e agora esse alguém é Joe Biden”, explica o analista Jay Campbell.

Mais recentemente, uma sondagem Axios/Ipsos revelou que 42% dos inquiridos tem um alto ou razoável nível de confiança em Biden para os guiar com informação durante a pandemia, uma quebra de 10% em relação a Abril e de 16% em comparação com o seu primeiro dia na presidência.

Para combater a insurgência da variante Delta, Biden anunciou em Setembro um plano de vacinação obrigatória que exigiu que todas as empresas com mais de 100 funcionários obrigassem os funcionários a serem vacinados ou então testados semanalmente e todos os funcionários públicos a serem vacinados, sem opção de teste.

O plano abrangia 100 milhões de americanos e foi anunciado numa altura em que quase 2000 americanos morriam diariamente com covid. Numa sondagem da Associated Press, 51% dos inquiridos apoiaram o plano de Biden, enquanto que 34% desaprovavam e 14% não tinham opinião definida.

No entanto, apesar de três quartos dos Democratas apoiarem a vacinação obrigatória, apenas um quarto dos Republicanos tem a mesma opinião.

Já uma sondagem da Gallup perguntou aos eleitores qual a opinião sobre as principais medidas incluídas no plano. Sobre a vacina obrigatória para funcionários públicos, 94% dos Democratas são a favor, 49% dos Independentes e apenas 19% dos Republicanos.

Questionados sobre a opção da vacina ou testes semanais para as empresas com mais de 100 funcionários, 93% dos Democratas eram a favor, tal como 17% dos Republicanos e 47% dos Independentes.

Os desafios políticos causados pelos processos que vários estados Republicanos têm aberto contra o seu plano de vacinação obrigatória também não têm ajudado a facilitar a resposta ao vírus, num país onde apenas 66% da população elegível para ser inoculada já tem o processo completo.

A saída caótica do Afeganistão

Apesar do fim das chamadas “guerras sem fim” dos EUA ser consistentemente uma ideia popular entre os eleitores de ambos os partidos e os independentes nos últimos anos, sendo até usada como trunfo eleitoral por candidatos e Presidentes que faziam oscilar os números das tropas consoante o momento político, muitos americanos não estão convencidos com a actuação de Joe Biden na retirada do Afeganistão.

As sondagens mostram consistentemente que os americanos não aprovaram a forma como a saída foi feita, apesar de estarem divididos sobre o que devia ter sido feito para se evitar que os talibãs regressassem ao poder. A crise no Afeganistão foi também o ponto em que a popularidade de Biden começou a cair a pique.

Segundo uma sondagem do NPR, 61% dos inquiridos desaprovam a actuação do chefe de Estado, incluindo 71% dos independentes. A maioria também não aprova a política externa de Biden no geral.

Apesar das críticas a Biden, 71% acham que a guerra no Afeganistão em si foi um fracasso, mas estão divididos sobre como o caos que se seguiu à saída podia ter sido evitado – 38% acham que os EUA deviam ter deixado algumas tropas, 37% defendem a saída total dos soldados e só 10% acreditam que as tropas deviam ter permanecido todas.

A polarização está também evidente nas escolhas sobre quais dos Presidentes dos últimos 20 anos é mais responsável por esse fracasso. A maioria de 36% culpa Bush, que foi quem começou a guerra no seguimento do 11 de Setembro.

Enquanto que o eleitorado Democrata aponta o dedo aos dois Presidentes Republicanos Bush e Trump, sendo que este último negociou o acordo com os talibãs para a saída, os eleitores Republicanos culpam Obama e Biden.

As promessas por cumprir

As promessas eleitorais que Biden não cumpriu até agora são também uma das principais razões que explicam a quebra na popularidade, especialmente devido à importância dos 100 primeiros dias da presidência para se impor a agenda política.

Parte deste problema está fora do alcance da Casa Branca, com a lei das infraestruturas de Biden, que já foi bastante diluída relativamente à promessa original, presa no Congresso.

Apesar de ter tido uma aprovação bipartidária histórica no Senado, a lei está encalhada na Câmara dos Representantes, onde os Democratas da ala progressista se recusam a aprová-la até que o Senado aprove o pacote de medidas sociais Build Back Better, outra peça importante da agenda do Presidente.

O problema é que o Senado tem 50 Senadores para cada lado e todos os votos contam, no entanto os dois Democratas mais conservadores Joe Manchin e Kyrsten Sinema ainda não garantiram que vão aprovar o pacote.

Ambos concordam que o custo do plano deve ser cortado, mas não concordam nos detalhes e arriscam-se assim a afundar a promessa eleitoral de Joe Biden. Mesmo assim, o Presidente ainda acredita que se possa alcançar um acordo. “Vamos aprovar ambas estas leis e começar a construir a economia para derrotar a competição e cumprir com as famílias trabalhadoras”, afirma.

No entanto, há outras promessas que não estão num impasse no Congresso e que Biden não cumpriu, pelo menos por enquanto. Os cheques de estímulo de 2000 dólares prometidos acabaram por ser de apenas 1400 dólares. A nível da saúde, que era o tema mais importante para os eleitores Democratas durante as primárias, a criação de uma opção de seguro pública também ficou na gaveta até agora.

A subida do salário mínimo para 15 dólares por hora foi uma das garantias que o então candidato Democrata deu na campanha, mas que acabou por cair no Senado. O salário mínimo federal nos EUA é actualmente de 7.25 dólares por hora e não é aumentado desde 2009, com muitos eleitores a achar que Biden não fez o suficiente para pressionar os legisladores e para acabar com o filibuster.

W. Mondale Robinson passou uma grande parte do último Outono em discotecas, bares e concertos no estado decisivo da Geórgia a tentar convencer homens negros a votar nos Democratas, tanto nas Presidenciais como para o Senado. Mas cada vez mais sente que esse tempo foi desperdiçado.

O momento em que o seu optimismo relativamente a Biden começou a desaparecer foi quando os Democratas começaram a diluir muito as leis de reforma na polícia para satisfazer os Republicanos, mas seguiram-se outras desilusões com o salário mínimo e a falta de luta contra as leis de votação na Geórgia, que Biden chegou a comparar com as política segregacionistas de Jim Crow.

“Acho que a frustração está num nível alto histórico e o Biden não pode ir à Geórgia ou a qualquer outro estado com negros no sul e dizer “isto é o que conquistamos em 2021. Os homens negros estão zangados com o nada que tem acontecido… Se isto torna o nosso trabalho mais difícil? Torna-o quase impossível”, explica Robinson, que é fundador do Black Male Voter Project, ao Washington Post.

Ao mesmo tempo, apesar das promessas de mudança e de regresso a uma América mais comedida na resposta à crise migratória, parece que as palavras de Biden não passaram disso mesmo – palavras.

A política na fronteira da administração Democrata tem sido practicamente igual à de Donald Trump e as recentes imagens de polícias norte-americanos a chicotear migrantes do Haiti no Texas trouxeram memórias pesadas aos eleitores negros – uma das principais bases de Biden – do passado de um país construído nas costas de escravos.

“As imagens dão um sinal aos negros de que o nosso governo não fez o suficiente para erradicar os comportamentos racistas estruturais na nossa polícia… A mensagem que passa muito facilmente pelas imagens é de que a América não quer saber dos negros, ponto final”, explica Christine White, directora executiva da Geórgia Alliance for Progress.

Já Adelina Nicholls, que lidera uma aliança latina na Geórgia, revela que o seu grupo bateu à porta de muitos latinos no estado, mas que está desmotivada pela actuação do Presidente na questão migratória.

“A preocupação que temos é de que o Partido Democrata continue a repetir os mesmos erros. Trabalhámos para alguma coisa aqui. Vamos experimentar uma coisa nova. Vamos fazer algo diferente. Para que serve um político que não trabalhe em benefício da comunidade que o elegeu?“, questiona.

Parece que o benefício da dúvida dado a Joe Biden já chegou ao fim e isso está a pôr em causa o entusiasmo da base para as eleições intercalares do próximo ano. “Se as intercalares são sobre entusiasmo e comparecimento, quem é que acham que está entusiasmado para votar neste momento? Porque não são os Democratas. Não são os negros. Não são os jovens”, afirma Nsé Ufot, chefe do New Georgia Project.

O impacto nas intercalares

Em 2022, um terço do Senado e a totalidade da Câmara dos Representantes vão a votos. Actualmente, o Congresso é todo controlado pelos Democratas, sendo que é necessário chamar a vice-presidente Kamala Harris em caso de empates no Senado.

A fraca popularidade de Biden está a preocupar o seu partido, especialmente devido à tendência histórica que há nos EUA de que o partido do Presidente tenha um mau resultado e perca lugares nas intercalares.

As sondagens sugerem também que o apoio a Biden tem caído em grupos demográficos fundamentais para os Democratas, como negros, latinos, mulheres e jovens. 85% dos negros aprovavam do Presidente em Julho, em Setembro o número caiu para 67%. Já entre os latinos, houve uma queda de 16 pontos e uma descida de 14 entre os asiáticos, aponta o Pew Research Center.

Biden ganhou o voto independente a Trump por 13 pontos, mas uma sondagem se Setembro do Emerson College deu uma pequena vantagem ao ex-presidente em relação ao actual num potencial reencontro em 2024, algo que Trump tem dado pistas de que pode ser possível.

Com 47% das intenções de voto, Trump fica à frente dos 46% de Biden, apesar de ainda estar dentro da margem de erro de 2,7%. Dada a forte polarização partidária, cativar do voto independente é ainda mais importante, o que não traz bons agoiros para Biden nesta altura.

No caso de estados que não são nem bastiões Democratas nem Republicanos e que podem cair para qualquer um dos lados – conhecidos como estados roxos – a performance de Biden pode ser uma dor de cabeça para os candidatos no Congresso.

Actualmente, o chefe de Estado tem uma taxa de aprovação de -17% no Arizona e de -10% no Wisconsin, Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte. Todos estes estados têm candidatos no Senado que vão a eleição.

Dada a associação forte que há nos Estados Unidos entre os Presidentes e a imagem do partido em geral, os Democratas têm na popularidade de Biden mais um desafio para  segurarem as duas câmaras do Congresso em 2022. Resta saber se a Casa Branca vai conseguir voltar às boas graças dos norte-americanos no ano que ainda falta até às intercalares.

https://zap.aeiou.pt/biden-perder-popularidade-democratas-437709

 

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