segunda-feira, 25 de outubro de 2021

“Tratam as doentes como histéricas” - O longo caminho da Medicina até levar a sério a dor feminina está a custar vidas !

Muitos dos avanços na medicina tiveram apenas metade da população em conta. Para além da falta de representação das mulheres nos estudos médicos, a dor e os relatos das pacientes são muitas vezes desvalorizados nas urgências.


Já dizia James Brown que este é um mundo para homens, e a própria medicina não escapa a esta realidade. Depois de se comprovar que objectos quotidianos como carros são feitos com o corpo dos homens em mente e como isso pode levar a mais mortes de mulheres em acidentes – há estudos que mostram que ainda há um longo caminho a percorrer até que a dor feminina seja levada a sério pelos médicos.

O caminho longo e doloroso até ao diagnóstico da endometriose, a conhecida doença da mulher moderna, é uma das maiores provas disto. Multiplicam-se os testemunhos de mulheres que viram as suas queixas desvalorizadas e ignoradas durante anos pelos médicos, até que o diagnóstico veio finalmente comprovar que não estavam só a ser dramáticas e a exagerar.

“Quando fui diagnosticada com endometriose aos 23 anos, não sabia o suficiente para perguntar as questões certas. Assumi que o meu ginecologista tinha todas as respostas e ouvi com cuidado às suas explicações consideradas. Achei que sabia tudo. Ou que pelo menos ele sabia tudo”, começa o testemunho de Gabrielle Jackson no The Guardian.

Depois de mais de uma década a sentir-se fraca e a desvalorizar os sintomas como se fosse hipocondríaca, Gabrielle começou a perguntar-se sobre como havia tão grande falta de conhecimento sobre uma doença que já existe nos textos médicos mais de um século.

“Um século de diagnósticos e a ciência médica continua sem ter ideia do que causa a endometriose ou como funciona, e não estamos mais perto de uma cura. Como é que isto pode possivelmente ser? E apesar de haver muitos médicos no ramo que fazem uma enorme diferença nas vidas das pessoas como endometriose, há muitos mais continuam ignorantes sobre a doença, promovem mitos sobre as suas curas e tratam as pessoas com a doença como se fossem histéricas“, remata.

A experiência de Gabrielle fez com que se interessasse mais por outros casos médicos onde as queixas das mulheres são desvalorizadas como sendo exageradas, que compilou depois no livro Pain and Prejudice — Dor e Preconceito.

A jornalista concluiu que as mulheres esperam mais tempo para serem receitadas medicamentos para a dor, para serem diagnosticadas com cancro e que têm uma probabilidade maior de terem os seus sintomas físicos ser desvalorizados como sendo só algo na cabeça delas, tal como comprovou um estudo de 2021.

O diagnóstico tardio de doenças cardíacas e o maior risco de se ficar deficiente depois de um AVC também afectam mais as mulheres, que tendem a sofrer de condições mais ignoradas na comunidade médica.

O mais chocante para a autora é que “há muitas mulheres que vivem em dor constante e que não sabem que isso não é normal e que não têm de viver assim”, citando dez doenças que causam dor crónica que afectam predominantemente mulheres e que têm sintomas semelhantes — mas que geralmente têm também diagnósticos tardios.

“Por que é que as mulheres continuam a ser tratadas como histéricas, demasiado emocionais, ansiosas e testemunhas não confiáveis do seu próprio bem-estar?”, questiona Gabrielle Jackson.

Numa peça para a The Atlantic onde detalha uma má experiência com a esposa nas urgências, o jornalista Joe Fassler faz perguntas semelhantes. Era uma manhã normal de quarta-feira, quando Rachel, a mulher de Joe, soltou um grito e caiu com dores na casa-de-banho.

Quando a equipa de emergência chegou ao apartamento, perguntaram-lhe de 0 a 10 qual era o nível de dor que sentia, tendo a geralmente pouco sensível à dor Rachel respondido com um “11”.

Joe relata que tentou várias vezes alertar os médicos e enfermeiros nas urgências de que a sua esposa tinha de ser atendida rapidamente. “Ela tem de esperar pela vez dela”, respondeu uma enfermeira. O jornalista recorda as reacções que “foram entre desdenhosas e paternalistas”. “Só está a sentir uma dorzinha, querida“, terá dito uma enfermeira.

Tendo sigo inicialmente indicada como um caso de pedra dos rins, aquilo que se passava na verdade é que quisto num dos ovários de Rachel tinha crescido sem ser detectado até ser tão grande que começou a torcer a sua trompa de Falópio — uma condição chamada torção anexial que pode levar até à falência dos órgãos e até ser fatal, sendo uma resposta rápida essencial para se evitar o pior.

Apesar do inchaço no ovário poder ter sido facilmente diagnosticado através da pele por um médico mais cuidadoso, Rachel continuou a sofrer num estado potencialmente mortal. “Estas urgências em particular, como muitas nos EUA, não tinham um ginecologista de serviço. E todos os encolher de ombros das enfermeiras pareciam dizer “as mulheres choram – vamos fazer o quê?”, relata o jornalista.

Joe cita também um estudo que mostra que nos EUA os homens esperam uma média de 49 minutos antes de receberem um analgésico para dores abdominais aguas, enquanto que as mulheres esperam em média 65 minutos. Rachel esperou algures entre 90 minutos e duas horas.

“As cicatrizes físicas da Rachel estão a sarar, e ela pode fazer as corridas longas que adora, mas ainda está a lidar com as consequências psicológicas — aquilo que ela chama “o trauma de não ser vista“. Ela tem pesadelos, algumas noites”, remata o jornalista

A escritora Leslie Jamison, no seu livro The Empathy Exams, discutiu o que tinha acontecido a uma das suas melhores amigas meses depois do seu ensaio sobre a dor feminina ter sido publicado. Essa amiga era Rachel.

“Esse caso foi uma encarnação profundamente pessoal e perturbadora do que está em risco. Não só do lado dos médicos, onde a dor feminina pode ser entendida como exagerada, mas do lado da própria mulher: a minha amiga tem estado a pensar nos seus próprios medos de ser entendida como melodramática“, escreve Jamison.

A desigualdade na dor

Os casos de Gabrielle e Rachel estão longe de ser os únicos. O estudo The Girl Who Cried Pain — um trocadilho sobre a história de The Boy Who Cried Wolf, conhecida como Pedro e o Lobo em Portugal — publicado em 2001, explica o fenómeno Síndrome de Yentl, que se refere à diferença de tratamento nos casos de ataque cardíaco entre homens e mulheres.

É mais provável que as mulheres sejam tratadas “de forma menos agressiva nos seus primeiros encontros com o sistema de saúde até provarem que estão tão doentes como os pacientes masculinos“, concluiu o estudo.

Outras investigações concluíram também que as mulheres têm uma menor probabilidade de receber sedativos do que os homens e que apenas metade das mulheres que receberam cirurgia de revascularização do miocárdio foram receitadas analgésicos em comparação com homens que tinham feito a mesma cirurgia.

Estas diferenças do tratamento no sistema de saúde podem ter consequências sérias e até fataos. Um estudo de 2000 concluiu que as mulheres têm uma probabilidade quatro vezes maior em relação aos homens de receberem diagnósticos errados e até receber alta enquanto estão a sofrer um ataque cardíaco.

Em 2018, um caso de uma jovem francesa de 22 anos também fez manchetes mundiais. A mulher fez uma chamada de emergência por estar a sentir uma dor abdominar tão aguda que sentiu “que ia morrer”. “Vai definitivamente morrer um dia, como todos nós”, terá respondido o operador. Depois de cinco horas, a mulher foi para o hospital, onde acabou por entrar em falência de órgãos e não resistir.

Já 70% das pessoas que sofrem de dor crónica são mulheres, mas mesmo assim, 80% dos estudos sobre dor são feitos em ratos machos ou em homens. Um dos poucos estudos que analisou as diferenças de género na percepção da dor até concluiu que as mulheres tendem a sentir dores mais intensas e mais frequentes do que os homens.

“Sabemos menos sobre a biologia feminina”

Mas, afinal, o que explica estas diferenças no tratamento entre homens e mulheres? Para a médica Janine Austin Clayton, a resposta é simples: “Sabemos literalmente menos sobre todos os aspectos da biologia feminina em comparação com a biologia masculina”.

Tradicionalmente, muitos investigadores preferem trabalhar com animais de laboratório machos, preocupados com os efeitos dos ciclos hormonais das mulheres nos resultados dos testes. O problema é que, ao não estudarem os efeitos nas mulheres, não há maneira de saber qual o impacto que estas podem sofrer.

K.C. Brennan, professor de neurologia na Universidade do Utah, explica ao New York Times que já se focou em perceber as diferenças nos sexos na sua pesquisa nas enxaquecas — mas incluir ratos fêmea aumenta os custos, já que a equipa tem de fazer experiências extra para ter em conta os ciclos de estro.

“As diferenças entre os sexos são o elefante na sala. Temos de ter animais machos e fêmeas, porque algo que se manifeste de forma diferente nos machos e nas fêmeas pode ser uma pista sobre como uma doença funciona“, esclarece.

Para Gabrielle Jackson, a resposta já é o legado cultural que desde o início da medicina, tem tratado as mulheres como inferiores aos homens, desde a vilificação do útero, que Platão descreveu como “um animal voraz dentro do corpo feminino que lhe sugava a força para viver”, até ao bicho-papão que são hormonas.

“Todo o tipo de teorias biológicas têm sido usadas para justificar a subordinação das mulheres aos homens. No centro da maioria delas está a ideia de que os processos reprodutores das mulheres — a menstruação, a gravidez, a amamentação e a menopausa — consomem tanta energia que a atenção dada a qualquer outro objectivo simplesmente lhes tiraria a feminilidade e a concretização do seu propósito final: ser boas esposas e mães”, escreve a jornalista.

O que piora ainda mais as disparidades é que os estudantes de medicina nunca são informados dela. “Não se fala nas escolas de medicina que quase tudo o que sabemos sobre a biologia humana vem de estudos dos homens. E talvez, só talvez, as mulheres que enchem as salas de espera — as mulheres que eles não podem ajudar — não estão lá porque são histéricas ou a inventar ou querem atenção, mas porque estão doentes, a sofrer e a medicina não tem respostas para elas“, conclui Gabrielle Jackson.

https://zap.aeiou.pt/histericas-medicina-dor-feminina-a-serio-437312

Áustria planeia confinar quem não estiver vacinado contra covid-19 !

O governo austríaco anunciou que, se ocupação de camas de Unidades de Cuidados Intensivos com pacientes covid-19 atingir nível crítico, pessoas não imunizadas poderão sair de casa apenas em casos excepcionais, como compras essenciais e trabalho.


O governo da Áustria anunciou vai fechar ainda mais o cerco aos não vacinados contra a covid-19, preparando-se mesmo para impor o confinamento compulsivo aos que recusarem imunizar-se, revela o Deutsche Welle.

De acordo com as novas regras, se mais de 600 camas de Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) estiveram ocupadas por pacientes com covid-19 (33% das camas disponíveis), os não vacinados apenas poderão sair de casa em casos excepcionais — como fazer compras essenciais ou ir trabalhar.

Não estão incluídas nestas regras as pessoas que não possam vacinar-se, como os menores de 12 anos, para as quais não há uma vacina aprovada na Áustria.

“Estamos perto de cair numa pandemia de não vacinados“, disse o chanceler federal austríaco, Alexander Schallenberg.

Atualmente, 220 camas de UCI estão ocupadas com pacientes covid-19 na Áustria, o equivalente a aproximadamente 11% do total de camas disponíveis.

No país, cerca de 61,5% da população está completamente imunizada contra a doença, de acordo com a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford.

No entanto, um estudo recente do Austrian Corona Panel Project (ACPP), da Universidade de Viena, mostrou que 17% dos austríacos recusa vacinar-se contra a covid-19, e 8% estão hesitantes.

Schallenberg descartou a possibilidade de um novo confinamento para vacinados e recuperados da doença. “As decisões que tomamos hoje não têm efeito sobre os que foram vacinados”, reforçou.

Para o chanceler austríaco, deve ficar claro para toda a população que “há muita responsabilidade sobre os ombros dos não vacinados“, referindo-se à ocupação das UCIs, que também repercute em pacientes com outras doenças.

“Como chanceler federal, não deixarei que o sistema de saúde fique sobrecarregado porque ainda temos muitos hesitantes e procrastinadores”, afirmou.

Restrições mesmo com testes negativos

Se for excedida a marca das 500 camas de UCI ocupadas com pacientes covid-19 (25% da capacidade total), as pessoas não vacinadas serão impedidas de entrar em locais como restaurantes, hotéis, eventos, instituições culturais, instalações de lazer e eventos esportivos, mesmo que apresentem um teste negativo de coronavírus.

“Vamos diferenciar entre os protegidos e os testados”, realçou por seu turno o ministro da Saúde, Wolfgang Mückstein, que apelou a todos os austríacos que se vacinem. “Há uma alternativa às restrições: vacinação“, enfatizou o ministro, lembrando que as restrições podem ser evitadas, caso mais pessoas se vacinem.

Alguns políticos criticaram a decisão do governo. Herbert Kickl, líder do FPÖ, Partido da Liberdade, de extrema-direita, considera que “o governo federal já não sabe o que fazer”. Este “é um passo que nos recorda os capítulos mais sombrios da nossa história. Com a ameaça de privação de liberdade, as pessoas são coagidas a vacinar-se”, diz Kickl.

Em setembro, nas eleições municipais, a Áustria foi surpreendida pelo desempenho de um novo partido criado para se opor às restrições impostas na pandemia de covid-19. O MFG, Menschen-Freiheit-Grundrechte, conquistou um lugar no parlamento do estado da Alta Áustria, após obter mais de 6% dos votos.

Segundo Michael Brunner, líder do MFG, a principal preocupação do novo partido é a proteção dos direitos fundamentais. “Os nossos antepassados lutaram muito por esses direitos e não vamos desistir”, disse Brunner, que critica abertamente o uso de máscaras, a realização de testes de coronavírus e a vacinação de crianças e jovens contra a covid-19.

Europa com regras mais duras – e resistências à vacina

Muitos países da Europa têm vindo a impor regras a não vacinados, para incentivar que as pessoas se imunizem. A Alemanha, por exemplo, aboliu os testes gratuitos, já que, em muitos locais, é obrigatório apresentar comprovativo de vacinação, de recuperação ou um teste negativo.

Em Itália, desde 15 de outubro que todos os trabalhadores (cerca de 23 milhões de pessoas) têm que apresentar um passaporte sanitário para acader ao seu local de trabalho.

Os trabalhadores devem comprovar que se vacinaram contra a covid-19 ou que estão recuperados da doença. Quem não apresentar o documento e tiver que faltar ao trabalho devido à doença, não recebe salário nos dias em que estiver parado.

Atualmente, uma nova onda de covid-19 alastra pela Europa, sobretudo em países do Centro e do Leste do continente, onde as taxas de vacinação são mais baixas. A subida nos casos em vários países levou vários governos a impor novamente restrições, e deixou em alerta os restantes.

A Rússia, que regista há vários dias recordes sucessivos no número de mortes devido ao coronavírus, decretou uma semana de férias pagas para tentar conter o avanço da doença. Assim, os dias de 30 de outubro a 7 de novembro não serão considerados dias úteis, e os trabalhadores ficarão em casa, embora os seus salários sejam mantidos.

Na terça-feira, o presidente da Câmara de Moscvo, Serguei Sobyanin, afirmou que os cidadãos com mais de 60 anos não vacinados terão que ficar em casa durante os próximos quatro meses.

Além da Rússia, também outros países do Leste Europeu enfrentam forte resistência da população à vacina.

Na União Europeia, os Estados-membros com menores taxas de vacinação encontram-se no leste do continente, como são os casos da Bulgária, Roménia, Croácia, Polónia, Estónia e Letónia — país que entratanto decretou um novo confinamento de quatro semanas, com escolas, lojas e restaurantes fechados.

A Roménia, com uma morte por coronavírus a cada cinco minutos, enfrenta agora por seu turno um novo problema: escassez de caixões.

https://zap.aeiou.pt/austria-confinar-nao-vacinados-contra-covid-19-440052

 

Chinesas querem “empregos de homem” — Mas o sistema educacional corta-lhes as asas !

Várias escolas, academia e universidades chinesas impõe cotas que limitam o acesso de estudantes do sexo feminino. Mulheres têm de tirar notas mais altas do que os homens para entrar.

Soldados do exército chinês alinhados.

Um pouco por todo o mundo luta-se pela igualdade de género no trabalho, procurando que mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens e tenham um salário equivalente para o mesmo emprego. Na China, a luta das mulheres avizinha-se algo mais difícil do que em outros lugares do globo.

Alguns programas académicos chineses aceitam apenas homens ou limitam o número de candidatas, que muitas vezes precisam ter uma nota superior para entrar, escreve o The New York Times.

A academia policial, por exemplo, estabelece cotas, normalmente limitando o número de alunas a não mais do que um quarto do corpo discente. No início do ano, apenas cinco dos 140 estudantes que entraram na academia eram mulheres — apesar de mais de mil mulheres se terem candidatado.

As informações disponibilizados no próprio site da academia revelam que a mulher com a menor pontuação a entrar teve 40 pontos a mais do que o candidato do sexo masculino com a menor pontuação a ser admitido.

Contactado pelo jornal norte-americano, um membro da academia policial explicou que as estudantes foram admitidas no curso através de um processo separado que se baseava em recomendações em vez de testes.

Na China, o número de universitários do sexo feminino supera agora nitidamente o número de homens. No entanto, as mulheres ainda enfrentam fortes barreiras para entrar em programas académicos e de treino para profissões tradicionalmente dominadas por homens do país.

Os programas de estudos relacionados com a aviação civil normalmente especificam que procuram apenas candidatos do sexo masculino, exceto no caso de comissárias de bordo. A polícia e o exército, por sua vez, impõem cotas que limitam o acesso feminino.

Os altos riscos e pressões associadas ao trabalho de polícia foram dados como justificação para reduzir as cotas de aceitação de estudantes do sexo feminino para apenas 15%. 

Estas barreiras estão também presentes noutras áreas, como na arte, em que algumas escolas impuseram uma proporção de 50/50 para reduzir a crescente fatia de alunas.

Segundo o The New York Times, após um grupo feminista ter publicado online um relatório sobre políticas de admissões tendenciosas, as redes sociais começaram a censurar o “feminismo extremo”.

Embora o Ministério da Educação tenha banido a maioria das admissões baseadas em género em 2012, permitiu que algumas áreas — relacionadas com o exército ou com a defesa nacional — limitassem o acesso de estudantes do sexo feminino. As restrições também são permitidas em áreas que o governo considera perigosas, como mineração ou navegação marítima.

https://zap.aeiou.pt/chinesas-querem-empregos-homem-439586

 

domingo, 24 de outubro de 2021

Sismo de 4,9 em La Palma e novo colapso do cone do Cumbre Vieja !

A ilha espanhola de La Palma registou hoje um sismo de 4,8 de magnitude, no dia em que o vulcão voltou a sofrer um colapso no cone principal, causando grandes derrames de lava.


O sismo foi o de maior magnitude desde a erupção do vulcão, há mais de um mês. De acordo com o Instituto Geográfico Nacional de Espanha, foi registado às 16:34 locais em Villa de Mazo, a 38 quilómetros de profundidade, e foi sentido não só pela população em toda a ilha mas também em várias cidades do norte de Tenerife.

O vulcão Cumbre Vieja, num dos complexos vulcânicos mais ativos nas ilhas Canárias, entrou em erupção em 19 de setembro. O maior sismo registado desde o início da erupção tinha sido de 4,5 na escala de Richter, e tinha ocorrido a 17 de outubro.

La Palma tem sido afetada diariamente com vários tremores de terra, por causa da atividade do vulcão, que hoje, ao 34o dia de erupção, sofre um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.

O flanco norte do vulcão desabou a 9 de outubro, levando então também à emissão de fluxos de lava em várias direções, uma das quais causou preocupação por ter deslocado uma grande massa de lava, que “geraram uma tremenda destruição no seu caminho”.

O presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que “não se espera para já o fim da erupção”. “Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, disse citado pela agência EFE.

O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, esteve novamente em La Palma para reiterar o compromisso do governo espanhol de ajudar a reconstruir o que ficar afetado pelo vulcão.

Até hoje, a lava expelida pelo vulcão,  já cobriu 889 hectares de terreno e destruiu 2.129 edifícios.

O Cumbre Vieja de La Palma é um dos complexos vulcânicos mais ativos das ilhas Canárias, sendo o responsável por duas das três últimas erupções nas ilhas, o vulcão San Juan (1949) e o Teneguía (1971).

Alta sismicidade em La Palma

A madrugada de hoje foi de alta sismicidade na ilha espanhola de La Palma, onde o Instituto Geográfico Nacional (IGN) local detetou 79 tremores de terra. O maior, de magnitude 4,1, foi registado em Fuencaliente, a 13 quilómetros de profundidade, tendo sido sentido em praticamente toda a ilha.

Dos 709 sismos contabilizados desde a meia-noite, 11 foram sentidos e 28 tiveram uma magnitude de 3 ou superior. A diferença em relação aos dias anteriores é a profundidade de praticamente todos os sismos, intermédia, entre os 10 e os 15 quilómetros.

Apenas quatro ocorreram a maiores profundidades: 21, 28 e dois a 36 quilómetros. A maioria foi localizada em Fuencaliente e Mazo, à exceção de dois, registados em El Passo e Tazacorte.

De acordo com a mais recente medição do sistema europeu de satélites Copernicus, às 08:14 em Espanha (07:14 em Portugal), a lava do vulcão cobriu 14 hectares no intervalo de 12 horas, o que eleva para 891,1 hectares a superfície total arrasada.

Segundo a imagem publicada pelo Copernicus nas redes sociais, a nova superfície coberta pela lava localiza-se na parte traseira do cone do vulcão que colapsou e afetou o bairro de La Laguna, o que é atribuído à massa de magma que tem jorrado da cratera desde as primeiras horas de sábado. A lava também destruiu nas últimas horas mais 14 edifícios na ilha, elevando o total para 2.143.

La Palma tem sido afetada diariamente com vários tremores de terra, por causa da atividade do vulcão, que no sábado, ao 34 dia de erupção, sofreu um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.

Ainda no sábado, o presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que não se espera, para já, o fim da erupção. “Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, disse Torres citado pela agência EFE.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, esteve também sábado novamente em La Palma para reiterar o compromisso do Governo de Madrid de ajudar a reconstruir o que ficar afetado pelo vulcão.

https://zap.aeiou.pt/sismo-la-palma-colapso-cone-cumbre-vieja-440012

 

Tribunal norte-americano reconhece hipopótamos de Pablo Escobar como pessoas jurídicas !

Um hipopótamo na água

O grupo de hipopótamos, mais uma parte do legado deixado na Colômbia por Pablo Escobar, recebeu o estatuto de “pessoas jurídicas”.

Um tribunal federal dos Estados Unidos defendeu que os descendentes dos hipopótamos do barão da droga Pablo Escobar deveriam ter os mesmos direitos legais que as pessoas.

Segundo a Vice, a decisão surgiu como resposta a uma ação judicial movida em nome dos hipopótamos pelo Animal Legal Defense Fund (ALDF), para permitir que dois especialistas em esterilização não cirúrgica de animais silvestres possam depor em defesa de uma ação na Colômbia para suspender o sacrifício.

O tribunal concedeu aos hipopótamos os mesmos direitos que aos seres humanos, ou “pessoas interessadas”, porque, além de terem interesse no resultado do processo, podem ser representados através de um representante legal, como o ALDF. O objetivo é evitar que o Governo pratique eutanásia nos animais.

“Os animais têm o direito de estar livres de crueldade e exploração, e o não reconhecimento dos seus direitos por parte dos tribunais dos Estados Unidos impede a capacidade de aplicar as proteções legislativas existentes”, disse o diretor executivo da ALDF, Stephen Wells.

“A ordem do tribunal que autoriza os hipopótamos a exercer o seu direito legal é um marco fundamental na luta mais abrangente para reconhecer que os animais têm direitos executórios”, acrescentou.

Este é o primeiro exemplo concreto de um tribunal norte-americano que autoriza os animais a exercerem um direito legal em nome do próprio animal.

O Governo colombiano está a levar a cabo um processo de esterilização, com um produto químico que tornará os animais inférteis.

Na altura da morte de Escobar, a maioria dos animais do seu jardim zoológico privado foi realojada noutros zoos do país. Mas não os hipopótamos, não só pela logística complicada, como também por revelarem ser demasiado teimosos e agressivos.

https://zap.aeiou.pt/hipopotamos-escobar-pessoas-juridicas-439784

 

Universidade no Reino Unido tem arquivo de “casas assombradas” !

A Universidade de Sheffield, no Reino Unido, tem um arquivo aberto ao público com quase 80 mil fotografias de “casas assombradas” de várias feiras populares.


Para muitos, o medo é parte integrante da experiência de uma feira popular de qualquer tipo. Na era vitoriana, no Reino Unido, isto já era sabido pelos homens de negócios, que brincavam com a ideia de cativar o público através do medo.

No início do século XX, isso geralmente incluía a casa assombrada e o comboio fantasma, no qual os visitantes da feira passeavam por túneis escuros habitados por bestas mecanizadas.

Arantza Barrutia, gestora de coleções do Arquivo Nacional de Feiras e Circos, da Universidade de Sheffield, explica ao portal Atlas Obscura que o amplo interesse pelo espiritualismo e a comunicação com o além foram os responsáveis pelo sucesso deste tipo de atrações nas feiras populares britânicas.

“Na era vitoriana, era o centro para os trabalhadores irem e reunirem-se para escapar da sua vida monótona”, salienta Barrutia. “Foi o lugar onde viram eletricidade pela primeira vez, energia a vapor pela primeira vez, imagens em movimento pela primeira vez”.

O Arquivo Nacional de Feiras e Circos, da Universidade de Sheffield, reúne mais de 400 anos de história. O arquivo tem quase 80 mil imagens digitalizadas de várias casas assombradas do Reino Unido, que é possível consultar aqui.

Entre as várias casas assombradas de feiras populares, está aquela que se acredita ser uma das primeiras. Projetada por volta de 1915 pelos titãs do entretenimento Orton e Spooner, a “cabana assombrada” aterrorizou os seus visitantes com pisos irregulares, paredes vibrantes e sopros inesperados de ar, entre outras coisas. A atração funciona até aos dias de hoje em Hampshire, no sul de Inglaterra.

https://zap.aeiou.pt/universidade-arquivo-casas-assombradas-439492

 

 

J&J acusada de usar manobra para impedir processos judiciais relativos à venda de pó de talco com propriedades cancerígenas !


A Johnson & Johnson está a ser criticada por usar uma manobra para impedir cerca de 38 mil processos judiciais que alegam que o famoso baby powder da marca causa cancro.

De acordo com a NPR, a gigante farmacêutica terá utilizado uma controversa manobra de falência para impedir processos judiciais ligados às alegações de que o pó de talco de bebé — contaminado com vestígios de amianto — causa cancro.

A empresa utilizou uma peculiaridade da lei do Texas, nos Estados Unidos, para criar uma nova empresa chamada LTL e, depois, usou-a para acatar todas as responsabilidades relacionadas com o problema do amianto no pó de talco.

A LTL declarou falência na semana passada num tribunal federal em Charlotte, na Carolina do Norte, para limitar drasticamente os esforços de compensação para quem diz que foi prejudicado pelo baby powder da Johnson & Johnson.

A Johnson & Johnson já não tem esta responsabilidade. Empurraram tudo para a empresa que criaram apenas para pedir falência”, disse Lindsey Simon, especialista em falências da Faculdade de Direito da Universidade da Geórgia.

Como resultado, “os consumidores não podem recuperar [os danos que sofreram] contra uma grande empresa solvente. Têm de recorrer contra esta pequena empresa fictícia criada [pela J&J]”, continuou.

A atitude da farmacêutica provocou a indignação de legisladores e dos defensores dos consumidores.

A J&J sabia que o amianto lacrava algumas garrafas, mas manteve-o em segredo durante décadas”, escreveu Katie Porter, no Twitter.

“Dezenas de milhares de mulheres com cancro nos ovários estão a processá-los e a empresa quer proteger os seus bens”, disse.

Recorde-se que, em 2018, uma investigação da Reuters descobriu que o conhecido pó de talco para bebés da marca Johnson & Johnson continha vestígios de amianto, substância considerada cancerígena, há várias décadas — e a empresa tinha conhecimento deste dado.

No entanto, a J&J, que continua a ser uma das mais ricas do mundo, tem negado repetidamente a alegação.

Johnson & Johnson diz que manobra é legítima

Joseph Wolk, CEO da J&J, defendeu esta terça-feira que a manobra de falência (através da criação de outra empresa) é legítima e voltou a dizer que os produtos de pó de talco, descontinuados no ano passado, eram seguros.

“Há um processo estabelecido que permite às empresas que enfrentam sistemas abusivos de responsabilidade civil resolverem os sinistros de forma eficiente e equitativa”, acrescentou.

São os tribunais de falências que acabarão por decidir isto. Não serão os advogados queixosos. Nem é a Johnson & Johnson”, disse ainda.

Em comunicado, a LTL disse que a J&J concordou em fornecer à nova empresa dois mil milhões de dólares, juntamente com outros fundos, para futuros pagamentos ligados às queixas de amianto no pó de talco para bebés.

“Estamos confiantes de que todas as partes serão tratadas equitativamente durante este processo”, disse John Kim, diretor jurídico da LTL.

Mas Andrew Birchfield, advogado da Beasley Allen, que representa várias mulheres que processaram a J&J, disse que esta manobra legal poderá tornar o processo muito mais complicado para as suas clientes.

As mulheres e as suas famílias ficarão devastadas, e será apenas um cartão de saída da prisão para a Johnson & Johnson”, disse Birchfield.

“Outra empresa gigante está a abusar do nosso sistema de falências para proteger os seus bens e fugir à responsabilidade pelos danos que causou às pessoas em todo o país”, acusou a senadora Elizabeth Warren, na semana passada.

Há uns meses, a J&J esteve também envolvida numa polémica, quando foi acusada de fazer das mulheres negras uma “parte central” da sua estratégia comercial, não as avisando dos potenciais perigos dos produtos de pó de talco que vendia.

https://zap.aeiou.pt/johnson-johnson-manobra-judiciais-439775

 

Mais rapidez e menos ruído - E-bikes permitem que militares em ação passem despercebidos !

Os soldados do Regimento de Cavalaria da Infantaria Montada de Queensland, na Austrália, estão a testar e-bikes para perceber se o veículo poderá ser uma opção válida para operações no terreno.

Passar despercebido no terreno é uma das grandes dificuldades dos militares, mas com a ajuda de e-bikes o desafio pode tornar-se mais fácil de alcançar.

De acordo com um comunicado do Departamento de Defesa da Austrália, durante uma série de testes, os militares perceberam que as e-bikes prestam um reconhecimento rápido, silencioso e seguro no solo.

O Departamento de Defesa da Austrália destacou ainda que estas podem ser úteis na realização de várias tarefas. É o caso do trabalho de reconhecimento, bem como o avistamento de rota para acompanhar veículos de combate de modo a ajudá-los a navegar em terreno irregular e território desconhecido.

As e-bikes podem atingir uma velocidade máxima de 90 km / h com um alcance de 100 km. Essa velocidade permite que os soldados se movam de forma rápida e silenciosa, além de passarem despercebidos com mais facilidade – o que pode ser benéfico para distrair um potencial inimigo.

Geralmente, o reconhecimento do Exército é realizado por soldados que se deslocam em motas ou em bicicletas normais.

No entanto, estes veículos têm a vantagem de serem muito menos barulhentos do que as motas, ou de se moverem com rapidez suficiente para a realização das tarefas – o que muitas das vezes não acontece com as bicicletas tradicionais.

A agilidade de uma moto e o silêncio de uma bicicleta é a combinação perfeita que uma e-bike pode oferecer aos soldados que agora podem vir a ter uma maior facilidade de movimentos.

Por outro lado, refere o cabo Thomas Ovey: “A pegada ecológica é minimizada, pois o veículo tem menos potência, faz menos ruído, e não levanta tanta poeira – que pode ser observada pelas forças inimigas”.

O militar destaca que o uso do veículo elétrico permite “proteger as informações, sejam elas informações que se encontraram no campo de batalha, ou até mesmo fotos”, frisando ainda que aumenta a capacidade de cobrir “mais terreno com mais rapidez, o que economiza tempo”.

Os benefícios são claros, mas para já ainda não há nenhuma informação sobre a quantidade exata de e-bikes que foi fornecida ao departamento. Também não se sabe quando começarão a ser usadas oficialmente.

https://zap.aeiou.pt/e-bikes-militares-despercebidos-438844

 

Chamam-lhe “Lady Trump” - A candidata a governadora do Nevada que está a gerar polémica !

Conhecida como “Lady Trump”, Michele Fiore anunciou a sua candidatura a governadora do estado do Nevada em estilo, gerando polémica nos Estados Unidos.


Michele Fiore, vereadora de Las Vegas, anunciou esta terça-feira a sua candidatura a governadora do estado do Nevada, nos Estados Unidos. Num vídeo divulgado nas redes sociais, a política de direita conhecida como “Lady Trump” aparece a disparar contra garrafas de cerveja nas quais se lê “CRT” e “mandatos de vacina”.

A sigla CRT refere-se à Critical Race Theory (Teoria Crítica da Raça): um corpo de estudos jurídicos e movimento académico de direitos civis dos EUA que procura examinar criticamente a interseção entre raça e lei e desafiar as abordagens liberais americanas convencionais à justiça racial.

Por sua vez, os mandatos de vacina são relativos à vacinação obrigatória contra a covid-19 que algumas empresas estão a exigir nos Estados Unidos.

No vídeo a anunciar a sua candidatura, Fiore diz que passou “a vida inteira a lutar contra o sistema” e fez referência a um artigo do POLITICO de 2016 que a apelidava de “Lady Trump”.

Fiore diz ainda que foi a “primeira líder feminina de maioria republicana” na história da Assembleia estadual. Embora seja verdade, realça a VICE, Fiore foi quase imediatamente removida do seu posto devido a impostos não pagos no seu negócio de cuidados de saúde ao domicílio.

Banir os mandatos de vacinação, banir a Teoria Crítica da Raça e impedir a fraude eleitoral são três dos pilares da sua candidatura.

“O meu nome é Michele Fiore. Estou a concorrer a governadora do Nevada. Não precisamos de políticos republicanos mais fracos, comprometidos e de blazer azul. Essa não sou eu e nunca serei. Eu nunca vou parar de lutar”, lê-se na publicação partilhada.

“A administração Joe Biden está a vir atrás de mim”, diz ainda no vídeo. “Eu sou Michele Fiore e estou pronta para a luta”.

A republicana não é alheia à polémica. Em 2015, partilhou uma fotografia na época natalícia em que se via toda a sua família com armas, incluindo o neto de cinco anos.

https://zap.aeiou.pt/lady-trump-candidata-nevada-439552

 

Relatório médico indica que jovem chinês morreu após beber uma garrafa de Coca-Cola em dez minutos !

Um homem chinês morreu depois de beber uma garrafa de 1,5 litros de Coca-Cola em dez minutos, informaram os médicos num relatório.


O jovem de 22 anos, que não tinha doenças subjacentes, dirigiu às urgências do Hospital Chaoyang de Pequim após sentir dores abdominais agudas e inchaço, que duraram quatro horas, refere o IFL Science.

Após uma avaliação médica, o jovem foi diagnosticado com uma frequência cardíaca de 130 batimentos por minuto, pressão arterial e frequência respiratória baixas.

Além disso, um TAC mostrou que havia uma acumulação de gás na sua veia porta, um sinal radiológico que indica problemas gastrointestinais graves, escreveram os médicos num relatório.

No exame, a equipa também percebeu que o fígado do jovem não estava a receber sangue e oxigénio suficientes, devido à acumulação de gás na veia porta – que transporta sangue do trato gastrointestinal, vesícula biliar, pâncreas e baço para o fígado.

No hospital, o jovem revelou que seis horas antes de dar entrada nas urgências tinha bebido uma garrafa inteira de 1,5 litros de Coca-Cola devido ao calor. A ingestão da bebida ocorreu pouco antes do início dos sintomas.

A equipa tentou aliviar a pressão dos intestinos do paciente, bem como tratar a inflamação. No entanto, não foi o suficiente para salvá-lo. A falta de oxigénio no fígado resultou em danos muito graves para o órgão.

A pneumatose da veia porta é um sinal clínico raro e pode ser amplamente observado em pacientes com infeção abdominal e hipertensão intestinal”, explicou a equipa médica.

“Neste caso, beber uma grande quantidade de Coca-Cola num curto período de tempo causou a acumulação de gás no trato intestinal. Depois a pressão intestinal teve um aumento repentino, que resultou na alta pressão e levou ao acúmulo de gás na veia porta”, refere o relatório que dá conta que o jovem acabou por falecer.

Embora a acumulação de gás na veia porta possa causar problemas deste tipo, e até causar a morte, o bioquímico Nathan Davies acredita que, neste caso, deveria haver uma outra causa subjacente.

“A possibilidade de engolir 1,5 litros de um refrigerante normal ser fatal, é muito, muito improvável. Normalmente, este tipo de condição é causado porque o paciente tem uma bactéria que fez o caminho do trato gastrointestinal para algum lugar onde não deveria estar, neste caso, no revestimento do intestino delgado”, esclareceu em declarações ao jornal Daily Mail.

“É possível, mas não provável, que beber uma grande quantidade de uma bebida gaseificada possa ter um efeito destes. Mas, sem nenhuma condição subjacente, é muito difícil perceber o que pode ter acontecido”, rematou o especialista.

https://zap.aeiou.pt/chines-morreu-beber-coca-cola-439580

 

Indianos declaram “guerra” ao Super-Homem e à Mulher-Maravilha !

Injustice, o último filme de animação da DC Comics, deixou alguns indianos muito perto de um ataque de fúria. Cenas em que o Super-Homem e a Mulher-Maravilha surgem a lutar contra militares indianos e a declarar o estado de Caxemira como uma zona livre de armas não lhes agradaram.

Um boneco do Super-Homem a voar

Injustice: Gods Among Us tem lugar num mundo mergulhado no caos e a missão do Super-Homem é salvá-lo. Antes de o filme ter sido lançado, foi divulgada uma cópia no início deste mês.

Partes do filme que mostram o Super-Homem e a Mulher-Maravilha a pôr fim a uma série de conflitos em várias regiões do mundo tornaram-se virais nas redes sociais, mas não agradaram a toda a gente.

Segundo a Vice, os dois super-heróis fictícios lutam contra as forças militares indianas e, quando destroem todo o seu equipamento, há uma voz que diz: “Na disputada Caxemira, o Super-Homem e a Mulher-Maravilha destruíram cada peça de equipamento militar, declarando-a uma zona livre de armas”.

Varun Puri, membro do Conselho Indiano para as Relações Culturais, apelou à DC Comics que apague a cena. “Os ocidentais estão agora a utilizar filmes de animação para difundir a propaganda anti-Índia. Estas acrobacias baratas não vão funcionar. Caxemira é a nossa parte integrante e não vamos tolerar estas tentativas ofensivas de nos malignizar”.

A Vice escreve que a hashtag #AntiIndiaSuperman esteve nas tendências do Twitter durante algumas horas, com aproximadamente 47.000 publicações, depois de um canal local ter noticiado o assunto.

Esta não é a primeira vez que os fãs indianos ficam indignados com um filme de Hollywood. Em 2018, o Conselho Central de Certificação de Filmes da Índia cortou referências a Caxemira no filme Mission Impossible: Fallout.

https://zap.aeiou.pt/indianos-declaram-guerra-ao-super-homem-e-a-mulher-maravilha-439808

 

Hollywood em choque - Alec Baldwin recebeu arma carregada, mas disseram-lhe que estava “fria” !

A morte da directora de fotografia Halyna Hutchins, depois de ter sido atingida pelo actor Alec Baldwin durante as filmagens de “Rust”, deixou o mundo de cinema de Hollywood abalado. E ninguém percebe como é que a tragédia aconteceu.

Alec Baldwin

Halyna Hutchins, diretora de fotografia de 42 anos, morreu no seu local de trabalho, um set de filmagens, durante as gravações do novo filme de Alec Baldwin. Intitulado “Rust”, este filme de baixo orçamento pode nunca chegar às salas de cinema depois da trágica morte, mas ficará certamente para a história e pelas piores razões.

As circunstâncias da morte de Halyna Hutchins ainda estão a ser investigadas. O que se sabe é que foi Alec Baldwin quem disparou o tiro que lhe roubou a vida, durante os ensaios de uma cena do filme.

Vários dados que antecederam esse episódio trágico acrescentam dúvidas à história.

Equipa substituída 6 horas antes do disparo fatal

Cerca de 6 horas antes de Alec Baldwin ter disparado a arma que matou a directora de fotografia, “meia dúzia de trabalhadores da equipe de filmagem saíram do set para protestar contra as condições de trabalho“, avança o Los Angeles Times (LAT).

Esses trabalhadores seriam sindicalizados no International Alliance of Theatrical Stage Employees e terão sido substituídos por vários elementos não sindicalizados, de modo a continuar as filmagens.

“Um dos produtores ordenou aos membros do sindicato para deixarem o set e ameaçou chamar a segurança para os remover se não saíssem voluntariamente”, revela uma fonte ao LAT.

O jornal refere que os “operadores de câmara e os seus assistentes estavam frustrados com as condições” de trabalho, incluindo as “longas horas” de filmagens as “longas viagens” que teriam de fazer, cerca de 200 quilómetros, todos os dias.

Além disso, haveria ainda atrasos nos pagamentos de salários.

Já tinha havido outros incidentes com armas

Por outro lado, fontes ouvidas pelo LAT e que não se quiseram identificar, asseguram que “os protocolos de segurança padrão da indústria, incluindo inspecções de armas, não foram estritamente seguidos” durante as filmagens.

“Pelo menos um dos operadores de câmara reclamou, no último fim de semana, com um gestor de produção por causa da segurança das armas no set“, aponta uma fonte citada pelo jornal.

Antes do disparo trágico de Alec Baldwin, já teria havido dois incidentes com “descargas de armas”.

Num dos casos, o duplo de Baldwin terá, “acidentalmente”, disparado dois tiros, no sábado passado, depois de o terem informado de que a arma estava “fria”, ou seja, sem munição, relata um elemento da equipa de filmagens em declarações ao LAT.

“Devia ter havido uma investigação sobre o que aconteceu”, acrescenta essa fonte, considerando que “não houve reuniões de segurança” e que “não havia garantia de que não voltaria a acontecer”.

Tudo o que queriam era apressar, apressar, apressar“, queixa-se ainda esta fonte.

A empresa produtora do filme, a Rust Productions, já garantiu que “a segurança da equipa e do elenco é a [sua] prioridade máxima”, apontando que desconhece quaisquer “queixas oficiais relacionadas com a segurança de armas ou adereços”.

Mas, ainda assim, a produtora vai iniciar uma “revisão interna dos procedimentos”.

“Vamos continuar a cooperar com as autoridades de Santa Fé na sua investigação e oferecer serviços de ajuda mental ao elenco e à equipa durante este período trágico”, aponta ainda a Rust Productions.

Entretanto, as filmagens foram interrompidas sem data de regresso.

Como é que Halyna Hutchins foi atingida

O incidente trágico aconteceu ao 12º dia de filmagens dos 21 dias previstos.

A directora de fotografia terá sido atingida durante os ensaios de uma cena em que a personagem de Alec Baldwin tinha que disparar a arma, depois de a retirar do coldre, numa cena típica de um filme de cowboys. Ela estaria debruçada sobre um monitor, para alinhar o ângulo de filmagem da câmara.

O LAT refere que elementos da equipa de filmagens “já tinham gritado “arma fria” no set” – a indicação de que seria seguro usá-la -, mas que ainda não tinham recuado para a zona específica onde assistem às cenas, através de um monitor.

Halyna e o realizador do filme, Joel Souza, estariam a espreitar para um monitor, tal como um operador de câmara, para ver a melhor forma de filmar a cena do disparo de Alec Baldwin.

“Baldwin retirou a arma do coldre uma vez sem incidentes, mas da segunda vez que o fez, a munição voou em direcção ao trio” que estava reunido junto ao monitor, continua o LAT. “O projéctil passou a zumbir pelo operador de câmara, mas penetrou Hutchins perto do ombro e continuou até Souza”, acrescenta o jornal.

Joel Souza acabou por sofrer apenas ferimentos ligeiros. Mas Halyna não sobreviveu.

Arma devia ter pólvora seca, mas tinha munições reais

A Associated Press apurou que Alec Baldwin terá recebido a arma carregada das mãos de um assistente de direcção que lhe terá dito que estava “fria”, ou seja, que era seguro usá-la, momentos antes de a disparar.

Esse assistente não saberia que a arma estava carregada com munições reais, de acordo com o que a polícia apurou até ao momento. A arma deveria ter balas de pólvora seca.

Não se sabe onde estaria, na altura, a pessoa responsável por supervisionar as armas, ou seja, o armeiro. O LAT refere que se trata de uma jovem de 24 anos que é filha do “armeiro veterano Thell Reed” e que estaria a fazer o seu segundo filme nesta função, depois de ter supervisionado as armas de “The Old Way” com Clint Howard e Nicolas Cage.

O mandado de busca relacionada com a investigação à morte refere que a arma disparada era uma de três colocadas num carrinho de adereços fora da capela de madeira onde a cena estava a ser representada.

Não há ainda certezas sobre quantos cartuchos foram disparados, mas um invólucro terá sido retirado da arma depois do acidente pela responsável pelas armas. A arma foi depois entregue à polícia quando chegou ao local.

O sindicato que representa os profissionais dos adereços revelou que a arma tinha “uma única rodada viva“. O termo “viva” refere-se a uma arma carregada com algum tipo de material, por exemplo, uma “peça em branco pronta para filmagem”, como explica o LAT.

Entretanto, os responsáveis da série policial “The Rookie”, que passa na ABC, já anunciaram que vão deixar de usar armas reais nas filmagens, substituindo-as por réplicas de brincar e usando efeitos por computador para simular os flashes dos disparos.

O incidente deixou Hollywood em choque, com vários realizadores e cinematógrafos a apontarem que, hoje em dia, não faz sentido filmar com armas verdadeiras, dados os avanços nos efeitos especiais.

Alec Baldwin de “coração partido”

Pelas redes sociais correm imagens que mostram Alec Baldwin destroçado no momento em que terá tido conhecimento da morte de Halyna Hutchins.

“Não há palavras para descrever o meu choque e a tristeza em relação ao trágico acidente que tirou a vida a Halyna Hutchins, uma esposa, mãe e muito admirada colega nossa”, escreveu Alec Baldwin no Twitter, notando que está “a cooperar totalmente com a investigação policial”.

O meu coração está partido pelo seu marido, o seu filho [de oito anos] e por todos os que conheciam e amavam Halyna”, frisa ainda o actor.

Muitos famosos têm reagido ao trágico incidente, deixando condolências à família de Halyna e enaltecendo o seu talento. Mas também há muitas pessoas a realçarem que “ninguém deveria ser morto por uma arma num set de filmagem“, como destaca a filha de Bruce Lee, Shannon Lee.

O filho de Bruce Lee, o actor Brandon Lee, morreu em 1993 num incidente com uma arma nas filmagens de “The Crow”.

A responsabilidade de Alec Baldwin no caso vai para lá do facto de ter premido o gatilho, uma vez que é um dos produtores do filme.

O actor é conhecido pelas posições anti-armas e as suas imitações de Donald Trump no programa “Saturday Night Live” foram muito elogiadas.

De resto, Alec Baldwin assumiu publicamente que discordava das políticas de Trump e chegou a dizer que regressaria à sua Irlanda natal, caso este ganhasse as eleições para a presidência dos EUA.

Entretanto, muitas pessoas recordam uma frase que o actor partilhou nas redes sociais em 2017, a propósito de um polícia que matou uma pessoa.

Pergunto-me o que se sentirá por matar alguém por engano“, notou o actor há quatro anos. Agora, já terá a sua resposta.

https://zap.aeiou.pt/hollywood-choque-alec-baldwin-arma-439976

 

Dirigente da Al-Qaida abatido na Síria em ataque com drone !

O exército norte-americano anunciou esta sexta-feira ter abatido um dirigente do grupo extremista Al-Qaida, num ataque com ‘drone’ na Síria.


“Um ataque aéreo norte-americano realizado esta sexta-feira no noroeste da Síria matou o dirigente da Al-Qaida Abdul Hamid al-Matar“, indicou o comandante John Rigsbee, porta-voz do comando central do exército dos Estados Unidos (Centcom), em comunicado.

Não identificámos qualquer sinal de vítimas civis, na sequência do ataque, realizado por um aparelho não tripulado MQ-9″, acrescentou, sobre a ação realizada na região de Soulouk, no norte da Síria, sob controlo turco.

O porta-voz não indicou se a ação era uma represália ao ataque, na quarta-feira, contra a base de Al-Tanf, utilizada pela coligação internacional liderada pelos EUA perto das fronteiras com a Jordânia e o Iraque. Cerca de 900 soldados norte-americanos permanecem destacados no nordeste sírio e na base de Al-Tanf, no sul.

O ataque à guarnição de al-Tanf terá envolvido pelo menos um ataque de ‘drone’ e possivelmente fogo terrestre, não estando ainda determinado quem foram os executores, de acordo com fonte do Governo norte-americano citada pela AP sob anonimato.

A base está localizada numa estrada que serve como ligação vital para as forças apoiadas pelo Irão, entre Teerão e o sul do Líbano e Israel.

A “Al-Qaida continua a representar uma ameaça para os Estados Unidos e aliados”, afirmou. O grupo “usa a Síria como uma base recuada para se reconstituir, coordenar-se com afiliados e planear operações no estrangeiro”, acrescentou.

“A eliminação deste dirigente da Al-Qaida vai afetar a capacidade da organização terrorista de planear e perpetrar atentados contra cidadãos norte-americanos, os nossos parceiros e civis inocentes”, salientou.

O Pentágono tinha eliminado, no final de setembro, um outro “dirigente da Al-Qaida” na Síria, Salim Abu-Ahmad, num ataque aéreo perto de Idleb, no noroeste do país.

https://zap.aeiou.pt/dirigente-da-al-qaida-abatido-na-siria-439956

 

sábado, 23 de outubro de 2021

Evergrande escapa por um triz ao default e garante o pagamento de juros de 71.7 milhões de euros !

A gigante imobiliária chinesa conseguiu cumprir com o pagamento dos juros no limiar do fim da extensão do prazo. No entanto, persistem os receios sobre a possibilidade da crise na China contagiar a economia mundial.


A Evergrande conseguiu juntar dinheiro para conseguir pagar os juros de 83.5 milhões de dólares — cerca de 71.7 milhões de euros — de um pagamento que falhou em Setembro. Esta é um pequeno suspiro de alívio para a gigante imobiliária, cuja dívida chega aos 260 mil milhões de euros, um valor maior do que toda a economia portuguesa.

Segundo a Bloomberg, o pagamento vai ser feito ainda antes do final do prazo de sábado, o que dá à empresa mais uma semana para definir o que fazer para lidar com a gigantesca dívida que tem abalado a confiança dos investidores na economia chinesa, cujo crescimento assentou em grande parte no investimento imobiliário.

A empresa tinha também depositado fundos numa conta de um depositário na quinta-feira à noite antes do fim do prazo de 30 dias para o pagamento, escreve a Reuters. O presidente da empresa, Hui Ka Yan, teria concordado em usar a sua fortuna pessoal num projecto residencial ligado à obrigação para garantir o pagamento dos juros.

Os credores concordaram com a proposta para evitarem um colapso desastroso da gigante imobiliária ou uma batalha legal, segundo revela uma fonte à agência noticiosa.

O anúncio esta semana de que um acordo para a venda de 50,1% dos serviços de propriedade da empresa por 2.2 mil milhões de euros tinha caído aumentou as preocupações de que a Evergrande entraria em default — quando o atraso no pagamento das dívidas já passa de 30 dias. A empresa falhou também na venda dos escritórios em Hong Kong por 1.5 mil milhões de euros.

A Evergrande foi no passado a maior empresa imobiliária da China, assentando num sistema de empréstimos para construir. No entanto, a saturação no mercado no país, onde se estimam que haja 65 milhões de casas vazias, levou a que a empresa começasse a não ter forma de pagar as dívidas que contraiu.

A 23 de Setembro, a gigante falhou com o pagamento dos juros e fez soar alarmes nos mercados globais, com receios até de que o seu colapso desencadeasse uma crise mundial como a de 2008, causada pela queda do grupo Lehman Brothers.

No entanto, por enquanto as autoridades internacionais estão calmas, confiando que o governo chinês intervirá, caso seja necessário. Pequim está também a tentar assegurar os mercados de que a situação da empresa não se vai descontrolar.

Mesmo com estas garantias, muitos analistas esperavam o pior. “Esta é uma surpresa positiva”, revela James Wong, da GaoTeng Global Asset Management, ao The Guardian. Este pagamento vai melhorar a confiança dos credores, já que há “muitos pagamentos vencidos no futuro”. “Se a Evergrande pagou desta vez, não sei porque não pagará da próxima vez”, refere.

Recorde-se que além do pagamento de 23 de Setembro, a gigante imobiliária também não cumpriu com os juros de 193 milhões de dólares (166 milhões de euros) que expiraram a 29 de Setembro e 11 de Outubro, tendo estes também um prazo adicional de 30 dias.

Já o analista Jeffrey Halley está mais cauteloso. “Vai continuar a ser uma tempestade para os mercados da China porque há tantas variáveis, tantas maneiras que isto pode correr mal. Acho que isto é positivo a curto-prazo, mas não acho que isto vá mudar os medos generalizados sobre o verdadeiro estado do sector e da economia da China neste momento”, revela ao jornal britânico.

Outras imobiliárias chinesas também estão em risco

Apesar da boa notícia vinda da Evergrande, os sinais vindos de outras empresas do ramo imobiliário chinês, avaliado em 4.3 biliões de euros, não são tão animadores. A Oceanwide Holdings International Development revelou na quinta-feira que a sua ordem de pagamento de 134 milhões de dólares (115 milhões de euros) tinha entrado em default.

Já a Modern Land China Ltd anunciou que tinha deixado de procurar o consentimento dos investidores para estender a data para um pagamento marcado para 25 de Outubro e que ia chamar um conselheiro para resolver os seus problemas de liquidez. As acções da empresa trocadas em Hong Kong pela empresa caíram depois do anúncio, que abalou a confiança dos investidores.

A agência Fitch também baixou o rating da Central China Real Estate de B+ para BB-, depois da Moody’s ter também descido o rating da empresa.

Continuam assim os receios de que a crise no sector imobiliário contagie o resto da economia chinesa e mundial.

https://zap.aeiou.pt/evergrande-default-pagamento-juros-439739

 

Rohrwerk, uma obra de arte efémera, é a maior “fábrica do som” do mundo !

Uma espécie de “pavilhão do som”. Alunos da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL), na Suíça, criaram um novo instrumento musical, o maior alguma vez construído. Com 45 metros de altura, a obra de arte imponente proporciona uma autêntica experiência auditiva, arquitetónica e científica, ao estilo do movimento musical contemporâneo.

Rohrwerk é uma palavra que resulta da combinação de duas palavras alemãs: tubo (rohr) e fábrica (werk). É uma “fábrica de som, mas também um palco e uma escultura temporária dentro da qual existem instrumentos”, explicou o compositor suíço Beat Gysin, citado pelo Heraldo.

“Neste projeto, misturamos arquitetura e música. Aqui vemos uma escultura que é muito maior do que um órgão – o maior instrumento existente, que pode medir até 10 metros”. O Rohrwerk mede 45 metros de comprimento.

A obra consiste num enorme tubo central que alberga tubos mais pequenos, que descem sob a forma de uma escada em espiral. Ao lado destes, há sinos, trombones, flautas, trompetes e elementos eletrónicos.

Com esta configuração, são alcançados dois resultados muito diferentes: o primeiro é uma série de reverberações ou ecos produzidos por um altifalante colocado no fundo do tubo, que empurra o ar comprimido no interior para cima, onde há um microfone que devolve o som para baixo, produzindo um movimento incessante de marcha atrás e para a frente.

O segundo resultado é um pouco mais tradicional porque envolve músicos que, em vez de “tocarem”, produzem sons que correspondem a seis composições criadas especialmente para esta instalação musical, utilizando os instrumentos que estão suspensos no tubo gigante, que pende de uma grua na extremidade superior.

“Para os arquitetos, o tubo é uma escultura, para os compositores, é o início de um instrumento“, disse Gysin, acrescentando que colaboraram neste projeto dois arquitetos e um cenógrafo.

Os alunos da EPFL estão interessados em compreender como funciona o Rohrwerk e as regras da física por detrás do projeto. Atualmente erguida no campus da Escola Politécnica de Lausanne, a obra de arte efémera será desmantelada em breve.

https://zap.aeiou.pt/rorhwerk-maior-instrumento-musical-439023

 

Em caso de apagão geral, Áustria é o primeiro país europeu a ter um Plano B !

E se houvesse um apagão que afetasse todo o continente europeu? O cenário é o argumento que o Ministério da Defesa austríaco tem usado para enviar um aviso à população desde o início deste mês.

Pessoas a andar na rua em Viena, Áustria

A crise energética pode ir muito além do aumento do preço da eletricidade e há governos que se começam a preparar para o cenário apocalíptico de um eventual blackout. A Áustria tem avisado a população, desde o início de outubro, para o caso de uma falha crítica que deixe a Europa sem eletricidade.

A fórmula para entender a crise energética é simples: basta compreender que a procura cresce exponencialmente enquanto as alternativas renováveis não são capazes de ajudar o fornecimento convencional. Haverá um plano B? A Áustria pensa que sim.

Através de um vídeo de pouco menos do que cinco minutos e de uma série de instruções muito específicas, o Exército austríaco explica aos cidadãos qual seria o cenário que viveriam e o que deveriam fazer em caso de apagão geral.

No site do Ministério da Defesa do país, as Forças Armadas perguntam à população se têm “um plano B”, sendo que o B é de “Blackout” (apagão, em inglês) – “uma falha de energia, infraestrutura e fornecimento duradouro em toda a Europa, onde, de repente, nada funciona”.

“Os especialistas esperam um apagão nos próximos cinco anos“, avisa o site, ainda que sublinhe que não há razões para entrar em pânico. “Mantenha a calma”.

Um apagão “significa que o abastecimento de alimentos, artigos de higiene ou medicamentos também é perdido” e, “ocasionalmente, devem ser esperados problemas com o abastecimento de água e eliminação de águas residuais”.

Segundo o Observador, o Exército austríaco tem realizado vários exercícios que contemplam um cenário destes e diz estar preparado.

Neste cenário, serão necessárias “velas, fósforos, pilhas, extintores de incêndio, alarmes de monóxido de carbono, água (dois litros por pessoa por dia para três a cinco dias), bebidas, chá, café”.

Na lista, estão ainda contemplados “alimentos duráveis ​​por duas semanas (massa, arroz, comida enlatada…), medicamentos essenciais para duas semanas, kit de primeiros socorros, artigos de higiene, sacos de lixo e fitas adesivas”. Além disso, convém “ter o carro sempre abastecido com meio depósito” e “dinheiro em notas pequenas e moedas”.

“Ninguém sabe exatamente o que irá acontecer como resultado de um apagão. O que é certo é que não vamos regressar rapidamente à nossa rotina habitual”. Assim termina a primeira mensagem oficial de um país europeu a avisar para uma catástrofe que os especialistas sabem que vai acontecer – só não se sabe quando.

https://zap.aeiou.pt/plano-blackout-austria-aconselha-439670

 

Luxemburgo torna-se o primeiro país da Europa a legalizar o cultivo e consumo de canábis !

O Governo luxemburguês anunciou, esta sexta-feira, que o país será a primeira nação do Velho Continente a legalizar o cultivo e o consumo de canábis. 


De acordo com a nova legislação, explica o jornal The Guardian, as pessoas com 18 ou mais anos de idade poderão cultivar até quatro plantas por casa, para consumo próprio. O cultivo terá de ser feito na residência, ou seja, dentro de casa ou então numa varanda, num terraço ou num jardim.

A comercialização das sementes também será permitida, sem qualquer limite na quantidade ou nos níveis de tetra-hidrocanabinol (THC), a principal substância psicoativa destas plantas. O Governo luxemburguês explicou que será possível comprá-las em lojas, físicas ou online, e também importá-las de outro país.

Porém, continua a ser proibido o consumo desta droga em espaços públicos, assim como a sua venda e transporte. De qualquer forma, quem for apanhado com até três gramas já não será acusado de cometer um crime, passando a ser apenas uma infração leve.

Neste caso, as multas serão reduzidas para 25 euros, quando atualmente podem chegar aos 2500. Acima das três gramas, nada muda e a pessoa apanhada continua a ser considerada uma traficante.

Segundo o jornal britânico, também há a intenção de permitir a produção doméstica de sementes para fins comerciais, mas os planos para uma cadeia de produção nacional e de distribuição regulada pelo Estado que estavam pensados foram adiados por causa da pandemia da covid-19.

A ministra da Justiça luxemburguesa, Sam Tamson, considerou que esta mudança na lei de produção e consumo doméstico é “um primeiro passo”.

“Tínhamos de agir, porque temos um problema com drogas e a canábis é a mais usada e grande parte do mercado é ilegal“, explicou.

“Queremos começar por permitir que as pessoas a cultivem em casa. A ideia é fazer com que um consumidor não esteja numa situação ilegal e não apoiar toda a cadeia ilegal desde a produção à venda, onde existe muita miséria associada. Queremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para nos afastarmos do mercado negro ilegal”, acrescentou.

No futuro, a ideia é que as receitas do sistema de produção e distribuição regulado pelo Estado que está a ser pensado sejam canalizadas sobretudo “na prevenção, educação, e saúde no campo alargado da adição”, disse outra fonte do Governo.

O Luxemburgo junta-se assim ao Canadá, ao Uruguai e a onze estados norte-americanos, que se afastaram de uma convenção das Nações Unidas sobre o controlo de narcóticos, que insta os países a limitarem a “produção, comércio e posse de drogas exclusivamente para fins medicinais e científicos”.

https://zap.aeiou.pt/luxemburgo-primeiro-pais-europa-legalizar-cultivo-consumo-canabis-439918

 

França dá a partir de dezembro “cheque-combustível” de 100 euros !

França vai dar a partir de dezembro um “cheque-combustível” único de 100 euros a cerca de 36 milhões de condutores que ganham menos de 2.000 euros por mês devido à escalada dos preços do gasóleo e da gasolina.


A medida, que abrange trabalhadores dependentes e independentes, desempregados à procura de emprego e reformados, foi esta quinta-feira anunciada pelo primeiro-ministro, Jean Castex, que, em declarações transmitidas na cadeia de televisão TF1, disse tratar-se de “uma resposta excecional para uma situação excecional“.

O apoio financeiro será concedido uma única vez e surge após um crescente descontentamento público com a crise energética global, quando as famílias ainda estão a recuperar dos efeitos económicos da pandemia da Covid-19.

Em setembro, o Governo francês prometeu uma assistência financeira de 100 euros para cerca de seis milhões de famílias de baixos rendimentos para as ajudar a pagar as faturas da eletricidade. O ministro das Finanças francês admitiu, esta segunda-feira, avançar com vales de desconto para as famílias com baixos rendimentos para fazer face à subida dos preços dos combustíveis.

Castex anunciou que o congelamento dos preços do gás natural se manterá até ao fim do próximo ano. A questão dos combustíveis é particularmente sensível em França depois do aparecimento do movimento anti-Governo “coletes amarelos“, que em 2018 começou por protestar contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis.

Rapidamente, a contestação transformou-se num protesto geral contra a injustiça económica, que resultou em manifestações semanais, por vezes violentas.

https://zap.aeiou.pt/franca-cheque-combustivel-100-euros-439676

 

Mais de 30 mil mulheres polacas recorreram a métodos de aborto ilegais ou no estrangeiro desde a alteração na lei !

Proibição à interrupção voluntária da gravidez entrou em vigor no início deste ano e as  exceções só se aplicam a casos de violações, incestos ou quando a saúde da mãe está em risco.


Pelo menos 34 mil mulheres polacas terão feito abortos ilegalmente ou no estrangeiro desde que a prática passou a estar quase totalmente no país há cerca de um ano. Os números são avançados pela Abortion Without Borders (AWB), uma organização inglesa que ajuda as mulheres a encontrar serviços seguros de interrupção da gravidez, que afirma ainda que mais de mil mulheres também recorreram a clínicas estrangeiras para interromper gestações durante o segundo trimestre.

De acordo com a organização, estes números podem estar ainda longe da realidade, com algumas ONG’s a apontaram para entre 80 mil a 200 mil mulheres a recorrerem ao aborto durante este período de tempo.

A alteração à lei data de 22 de outubro de 2020, quando o tribunal constitucional do país determinou ser ilegal o aborto, por exemplo, em situações em que são detetadas deficiências no feto. A prática passou a ser exclusivamente permitida em casos de violações, incestos ou quando a saúde da mãe corresse riscos de vida. A lei entrou em vigor em janeiro deste ano.

Ao longo do último ano, avança o The Guardian, pelo menos 460 mulheres polacas viajaram para Inglaterra com o objetivo de interromper gravidezes, já que naquele país a prática é permitida até às 24 semanas — ou até mais, dependendo as de circunstâncias excecionais. A Abortion Without Borders (AWB) diz ter ajudado mulheres polacas a viajar de forma segura também para a Bélgica, a Alemanha, Espanha e República Checa.

Os números foram divulgados na mesma semana que um relatório da Human Right Watch, no qual estão incluídos contributos de outras 14 organizações, diz que as mulheres na Polónia estão a enfrentar “perigos incalculáveis” face à nova legislação que visa limitar o acesso ao aborto.

“A determinação do tribunal constitucional representa riscos incalculáveis para as mulheres — sobretudo para aquelas que vivem em situações de pobreza, em áreas rurais ou que são marginalizadas“, afirmou Urszula Grycuk, integrante da Federação pelas Mulheres e pelo Planeamento Familiar na Polónia, um dos grupos que participou na elaboração do relatório.

Mara Clarke, fundadora da Abortion Without Borders, avançou ao The Guardian: “Estamos a ver mais mulheres a procurar os nossos serviços com anormalidades fetais desde que a lei foi alterada. Estamos também a ouvir das mulheres que recorrem aos nossos serviços que a severidade dessas anomalias estão a ser desvalorizadas pelos médicos, os quais, em alguns casos, retardam estes diagnósticos para que as mulheres tenham ainda mais dificuldade a conseguir interromper a gravidez”.

Na Polónia, o acesso ao aborto sempre foi difícil e muito controlado — tendo sido proibido até 1932, ano em que passou a ler permitido por razões médicas ou em caso de violação ou incesto. No ano passado, a revisão da legislação resultou numa onda de protestos nacionais, com milhares de mulheres e raparigas — estima-se que dez mil — a manifestarem-se nas ruas, vestidas de preto.

https://zap.aeiou.pt/mais-30-mil-mulheres-polacas-aborto-ilegais-estrangeiro-alteracao-lei-439743

 

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