A ilha espanhola de La Palma registou hoje um sismo de 4,8 de magnitude, no dia em que o vulcão voltou a sofrer um colapso no cone principal, causando grandes derrames de lava.
O sismo foi o de maior magnitude desde a erupção do vulcão, há mais de um mês. De acordo com o Instituto Geográfico Nacional de Espanha, foi registado às 16:34 locais em Villa de Mazo, a 38 quilómetros de profundidade, e foi sentido não só pela população em toda a ilha mas também em várias cidades do norte de Tenerife.
O vulcão Cumbre Vieja, num dos complexos vulcânicos mais ativos nas ilhas Canárias, entrou em erupção em 19 de setembro. O maior sismo registado desde o início da erupção tinha sido de 4,5 na escala de Richter, e tinha ocorrido a 17 de outubro.
La Palma tem sido afetada diariamente com vários tremores de terra, por causa da atividade do vulcão, que hoje, ao 34o dia de erupção, sofre um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.
O flanco norte do vulcão desabou a 9 de outubro, levando então também à emissão de fluxos de lava em várias direções, uma das quais causou preocupação por ter deslocado uma grande massa de lava, que “geraram uma tremenda destruição no seu caminho”.
O presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que “não se espera para já o fim da erupção”. “Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, disse citado pela agência EFE.
O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, esteve novamente em La Palma para reiterar o compromisso do governo espanhol de ajudar a reconstruir o que ficar afetado pelo vulcão.
Até hoje, a lava expelida pelo vulcão, já cobriu 889 hectares de terreno e destruiu 2.129 edifícios.
O Cumbre Vieja de La Palma é um dos complexos vulcânicos mais ativos das ilhas Canárias, sendo o responsável por duas das três últimas erupções nas ilhas, o vulcão San Juan (1949) e o Teneguía (1971).
Alta sismicidade em La Palma
A madrugada de hoje foi de alta sismicidade na ilha espanhola de La Palma, onde o Instituto Geográfico Nacional (IGN) local detetou 79 tremores de terra. O maior, de magnitude 4,1, foi registado em Fuencaliente, a 13 quilómetros de profundidade, tendo sido sentido em praticamente toda a ilha.
Dos 709 sismos contabilizados desde a meia-noite, 11 foram sentidos e 28 tiveram uma magnitude de 3 ou superior. A diferença em relação aos dias anteriores é a profundidade de praticamente todos os sismos, intermédia, entre os 10 e os 15 quilómetros.
Apenas quatro ocorreram a maiores profundidades: 21, 28 e dois a 36 quilómetros. A maioria foi localizada em Fuencaliente e Mazo, à exceção de dois, registados em El Passo e Tazacorte.
De acordo com a mais recente medição do sistema europeu de satélites Copernicus, às 08:14 em Espanha (07:14 em Portugal), a lava do vulcão cobriu 14 hectares no intervalo de 12 horas, o que eleva para 891,1 hectares a superfície total arrasada.
Segundo a imagem publicada pelo Copernicus nas redes sociais, a nova superfície coberta pela lava localiza-se na parte traseira do cone do vulcão que colapsou e afetou o bairro de La Laguna, o que é atribuído à massa de magma que tem jorrado da cratera desde as primeiras horas de sábado. A lava também destruiu nas últimas horas mais 14 edifícios na ilha, elevando o total para 2.143.
La Palma tem sido afetada diariamente com vários tremores de terra, por causa da atividade do vulcão, que no sábado, ao 34 dia de erupção, sofreu um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.
Ainda no sábado, o presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que não se espera, para já, o fim da erupção. “Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, disse Torres citado pela agência EFE.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, esteve também sábado novamente em La Palma para reiterar o compromisso do Governo de Madrid de ajudar a reconstruir o que ficar afetado pelo vulcão.
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