A série “Squid Game”, que é a mais vista de sempre na Netflix, tornou-se tão popular que nem a Coreia do Norte ficou indiferente — mas por maus motivos.
Enquanto a série sul-coreana tem conquistado espectadores de todo o mundo com a sua história de desespero económico e de jogos infantis mortais, um website estatal norte-coreano defende que a produção serve para destacar a natureza “animalesca” da “sociedade capitalista sul-coreana onde a humanidade é aniquilada pela concorrência extrema”.
Numa publicação, o website norte-coreano diz que “Squid Game” reflete uma “sociedade desigual onde os fortes exploram os fracos”.
De acordo com o Washington Post, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul permaneceram tecnicamente em guerra após a Guerra da Coreia ter terminado em 1953.
Em junho, o líder norte-coreano Kim Jong Un considerou a cultura e entretenimento sul-coreanos — incluindo o K-pop — “um cancro vicioso”, acusando o estilo musical de corromper os “penteados, discursos e comportamentos” dos norte-coreanos, escreve o New York Times.
Além disso, e apesar de a vida na Coreia do Norte ser marcada pela pobreza generalizada e escassez de alimentos, Kim Jong Un tem criticado o sistema capitalista sul-coreano.
Relembre-se que a série, escrita e realizada por Hwang Dong-hyuk, retrata a vida na Coreia do Sul hoje em dia, através de uma história que gira em torno de uma série de jogos macabros nos quais os jogadores — endividados — lutam até à morte para ganhar um prémio milionário.
Depois de se tornar a série mais vista da plataforma de streaming, “Squid Game” tem estado nas bocas do mundo por retratar a desigualdade de rendimentos, o desemprego e os desafios financeiros.
O sucesso a série deve-se exatamente ao facto de as pessoas se identificarem, disse Hwang Dong-hyuk, que a começou a escrever há uma década.
“Eu queria escrever uma história que fosse uma alegoria ou fábula sobre a sociedade capitalista moderna, algo que retratasse uma competição extrema, algo como a competição extrema da vida. Mas queria que utilizasse o tipo de personagens que todos conhecemos na vida real”, continuou.
“Os jogos retratados [na série] são extremamente simples e fáceis de compreender. Isso permite aos espectadores que se concentrarem nas personagens, em vez de se distraírem ao tentarem interpretar as regras”, disse ainda.
Há umas semanas, a Netflix partilhou uma publicação no Twitter, onde revela que “Squid Game” atingiu 111 milhões de fãs, sendo “o maior lançamento de sempre” da plataforma de streaming.
No entanto, Hwang Dong-hyuk não tem planos para a segunda temporada: “Se o fizesse, certamente não o faria sozinho. Gostaria de ter vários realizadores experientes”.
Embora a popularidade generalizada de “Squid Game” tenha desencadeado uma onda de memes divertidos nas redes sociais, o seu sucesso também trouxe algumas complicações.
Nas últimas semanas, vários países têm-se deparado com problemas decorrentes da série, como é o caso da violência entre os mais novos.
https://zap.aeiou.pt/squid-game-coreia-do-norte-ataca-do-sul-440418
Enquanto a série sul-coreana tem conquistado espectadores de todo o mundo com a sua história de desespero económico e de jogos infantis mortais, um website estatal norte-coreano defende que a produção serve para destacar a natureza “animalesca” da “sociedade capitalista sul-coreana onde a humanidade é aniquilada pela concorrência extrema”.
Numa publicação, o website norte-coreano diz que “Squid Game” reflete uma “sociedade desigual onde os fortes exploram os fracos”.
De acordo com o Washington Post, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul permaneceram tecnicamente em guerra após a Guerra da Coreia ter terminado em 1953.
Em junho, o líder norte-coreano Kim Jong Un considerou a cultura e entretenimento sul-coreanos — incluindo o K-pop — “um cancro vicioso”, acusando o estilo musical de corromper os “penteados, discursos e comportamentos” dos norte-coreanos, escreve o New York Times.
Além disso, e apesar de a vida na Coreia do Norte ser marcada pela pobreza generalizada e escassez de alimentos, Kim Jong Un tem criticado o sistema capitalista sul-coreano.
Relembre-se que a série, escrita e realizada por Hwang Dong-hyuk, retrata a vida na Coreia do Sul hoje em dia, através de uma história que gira em torno de uma série de jogos macabros nos quais os jogadores — endividados — lutam até à morte para ganhar um prémio milionário.
Depois de se tornar a série mais vista da plataforma de streaming, “Squid Game” tem estado nas bocas do mundo por retratar a desigualdade de rendimentos, o desemprego e os desafios financeiros.
O sucesso a série deve-se exatamente ao facto de as pessoas se identificarem, disse Hwang Dong-hyuk, que a começou a escrever há uma década.
“Eu queria escrever uma história que fosse uma alegoria ou fábula sobre a sociedade capitalista moderna, algo que retratasse uma competição extrema, algo como a competição extrema da vida. Mas queria que utilizasse o tipo de personagens que todos conhecemos na vida real”, continuou.
“Os jogos retratados [na série] são extremamente simples e fáceis de compreender. Isso permite aos espectadores que se concentrarem nas personagens, em vez de se distraírem ao tentarem interpretar as regras”, disse ainda.
Há umas semanas, a Netflix partilhou uma publicação no Twitter, onde revela que “Squid Game” atingiu 111 milhões de fãs, sendo “o maior lançamento de sempre” da plataforma de streaming.
No entanto, Hwang Dong-hyuk não tem planos para a segunda temporada: “Se o fizesse, certamente não o faria sozinho. Gostaria de ter vários realizadores experientes”.
Embora a popularidade generalizada de “Squid Game” tenha desencadeado uma onda de memes divertidos nas redes sociais, o seu sucesso também trouxe algumas complicações.
Nas últimas semanas, vários países têm-se deparado com problemas decorrentes da série, como é o caso da violência entre os mais novos.
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