A Universidade de Sheffield, no Reino Unido, tem um arquivo aberto ao público com quase 80 mil fotografias de “casas assombradas” de várias feiras populares.
Para muitos, o medo é parte integrante da experiência de uma feira popular de qualquer tipo. Na era vitoriana, no Reino Unido, isto já era sabido pelos homens de negócios, que brincavam com a ideia de cativar o público através do medo.
No início do século XX, isso geralmente incluía a casa assombrada e o comboio fantasma, no qual os visitantes da feira passeavam por túneis escuros habitados por bestas mecanizadas.
Arantza Barrutia, gestora de coleções do Arquivo Nacional de Feiras e Circos, da Universidade de Sheffield, explica ao portal Atlas Obscura que o amplo interesse pelo espiritualismo e a comunicação com o além foram os responsáveis pelo sucesso deste tipo de atrações nas feiras populares britânicas.
“Na era vitoriana, era o centro para os trabalhadores irem e reunirem-se para escapar da sua vida monótona”, salienta Barrutia. “Foi o lugar onde viram eletricidade pela primeira vez, energia a vapor pela primeira vez, imagens em movimento pela primeira vez”.
O Arquivo Nacional de Feiras e Circos, da Universidade de Sheffield, reúne mais de 400 anos de história. O arquivo tem quase 80 mil imagens digitalizadas de várias casas assombradas do Reino Unido, que é possível consultar aqui.
Entre as várias casas assombradas de feiras populares, está aquela que se acredita ser uma das primeiras. Projetada por volta de 1915 pelos titãs do entretenimento Orton e Spooner, a “cabana assombrada” aterrorizou os seus visitantes com pisos irregulares, paredes vibrantes e sopros inesperados de ar, entre outras coisas. A atração funciona até aos dias de hoje em Hampshire, no sul de Inglaterra.
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