sábado, 8 de janeiro de 2022

Companhia aérea vai fazer 18 mil voos vazios por causa de uma regra da UE !


A Lufthansa vai fazer 18.000 voos vazios neste inverno que, de outra forma, teriam sido cancelados por falta de passageiros.

Em causa está legislação da União Europeia que determina que as companhias aéreas devem usar 80% das suas slots de aeroporto. Caso contrário, correm o risco de perder os seus direitos de descolagem e aterragem para companhias aéreas rivais.

Os voos são “vazios e desnecessários apenas para garantir os nossos direitos de aterragem e descolagem”, explicou Carsten Spohr, presidente-executivo da Lufthansa.

Brussels Airlines, uma subsidiária da Lufthansa, espera fazer 3 mil voos sem passageiros até ao fim de março, por exemplo.

Segundo a VICE, o ministro da mobilidade da Bélgica, Georges Gilkinet, escreveu à Comissão Europeia para exigir uma alteração da lei para pôr um fim a estes voos que são “um absurdo ambiental, económico e social”.

Em dezembro, o Grupo Lufthansa anunciou o cancelamento de 33 mil voos da programação de inverno devido à nova variante Ómicron.

“Acima de tudo, estamos a perder passageiros nos nossos mercados domésticos da Alemanha, Suíça, Áustria e Bélgica porque esses países foram os mais atingidos por esta onda pandémica”, disse Spohr numa entrevista ao Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

A regra para as slots de aeroportos foi suspensa pela União Europeia no início da pandemia. No entanto, as restrições foram trazidas de volta aos poucos, passando de 0% para 25% de utilização, e, mais recentemente, chegando a 50%, detalha a Simple Flying.

Tipicamente, a exigência pré-covid era de 80%, mas mesmo os 50% estão a revelar-se um desafio para algumas companhias aéreas.

Spohr fala ainda numa fraca perspetiva de voos para o resto da temporada de inverno, com uma queda acentuada a partir de meados de janeiro até fevereiro.

https://zap.aeiou.pt/companhia-aerea-18-mil-voos-vazios-455634

 

Cientistas estão a criar vírus de auto-propagação como vacinas - Consequências podem ser “irreversíveis” !


Cientistas nos EUA e na Europa podem estar a criar perigosos vírus de auto-propagação na batalha para desenvolverem vacinas e insecticidas. E estas pesquisas podem ter “consequências irreversíveis” para o planeta, como alerta um estudo internacional.

Uma equipa internacional de investigadores liderada pelo King´s College London lança um alerta quanto ao desenvolvimento de vírus de auto-propagação, em laboratório, para motivarem a sua disseminação fácil entre hospedeiros.

Esta prática em sido usada na Agricultura para criar “insecticidas”, para proteger as colheitas, ou como “vectores para modificar colheitas plantadas”, no sentido de espalhar a imunidade de um hospedeiro para outro, conforme se refere no estudo agora publicado pela revista Science.

Na Saúde, estes vírus têm sido “promovidos como vacinas” para animais, notam ainda os investigadores, referindo-se ao seu uso para limitar a propagação de doenças e para evitar a transferência dessas doenças para os humanos.
“Pesquisa arriscada”

O uso destes vírus de auto-propagação não é novo. Nos anos de 1980, na Austrália, foram utilizados para esterilizar e controlar espécies consideradas pragas como ratos e coelhos.

“Em Espanha, cientistas estão, actualmente, a vacinar porcos com vírus de auto-propagação”, que não foram modificados em laboratório, para combater a febre africana nestes animais, no âmbito de uma “experiência controlada”, como refere a Technology Networks.

Além disso, a DARPA – a Agência de Projectos de Pesquisa Avançada dos EUA – também financiou uma investigação sobre se as vacinas animais de auto-propagação, modificadas em laboratório, podem ajudar a prevenir a propagação de patógenos a humanos.

Estes projetos e outras iniciativas que receberam financiamento da União Europeia e do Instituto Nacional de Saúde dos EUA levaram o King´s College London a debruçar-se sobre o assunto e a investigar os impactos do desenvolvimento deste tipo de vírus.

A conclusão é que as consequências podem ser graves e “irreversíveis” para o nosso planeta, como se aponta no estudo divulgado pela revista Science.

A investigadora que liderou o estudo, Filippa Lentzos, do Departamento de Saúde Global e Medicina Social do King’s College London, tem muitas dúvidas de que “os benefícios esperados superem os riscos“, conforme refere o comunicado sobre a pesquisa.

“Desenvolver vírus de auto-propagação para libertação ambiental é outro exemplo de pesquisa arriscada em virologia, como a caça de vírus em cavernas de morcegos ou tornar patógenos perigosos ainda mais perigosos em laboratório, tudo em nome da preparação para uma pandemia”, alerta Lentzos no comunicado citado pelo Irish Examiner.
“Erosão das normas”

O estudo nota que pesquisas feitas por “gerações de virologistas” concluíram que os vírus de auto-propagação modificados em laboratório são “geneticamente demasiado instáveis para serem usados de forma segura e previsível fora de instalações controladas”.

Assim, os investigadores denunciam uma aparente “erosão das normas”, apelando a mais regulação e a uma discussão aberta sobre o assunto.

“Apenas um esforço de governança global coordenado e coerente, com implementação regional, nacional e local, pode enfrentar os desafios da auto-propagação de vírus que têm o potencial de transformar radicalmente a vida selvagem e as comunidades humanas”, destacam os autores do estudo.

https://zap.aeiou.pt/virus-auto-propagacao-vacinas-456034


Governo polaco admite ter software Pegasus, mas nega uso contra oposição !


O líder do partido nacionalista e vice-primeiro-ministro da Polónia admitiu, esta sexta-feira, que o país comprou o software de espionagem israelita Pegasus, mas rejeitou acusações de que o utilizava contra a oposição política.

As acusações sobre a utilização do Pegasus abalaram a Polónia nas últimas semanas, um escândalo que suscitou comparações com a investigação Watergate, que levou à demissão do presidente norte-americano Richard Nixon, em 1974.

Uma vez instalado num telemóvel, o Pegasus pode aceder às mensagens e dados do utilizador, mas também ativar o dispositivo remotamente para capturar som ou imagem.

“Seria mau se os serviços polacos não tivessem este tipo de ferramenta”, argumentou Jaroslaw Kaczynski, presidente do partido Lei e Justiça (PiS) e também vice-primeiro-ministro, ao semanário Sieci.

Questionado sobre as acusações de que o Governo tinha utilizado o programa para espiar a oposição, Kaczynski disse que o mesmo era “utilizado pelos serviços contra a criminalidade e a corrupção em muitos países”.  

Na entrevista, a ser publicada na íntegra na segunda-feira, salientou que quaisquer utilizações de tais métodos estavam “sempre sob o controlo de um tribunal e do Ministério Público”, rejeitando também as acusações da oposição, qualificando-as como “muito barulho por nada”.

O Citizen Lab, um laboratório de monitorização de cibersegurança com sede no Canadá, confirmou a utilização do Pegasus contra três pessoas na Polónia, incluindo Krzysztof Brejza, um senador do principal partido da oposição (Plataforma Cívica), enquanto coordenava a sua campanha nas eleições parlamentares de 2019.

Jonh Scott-Railton, investigador principal do Citizen Lab, disse à France-Press que as utilizações detetadas do Pegasus eram apenas “a ponta do iceberg” e que o seu uso indicava “uma viragem autoritária” na Polónia.

Segundo Brejza, o acesso indevido ao seu telefone influenciou o resultado da eleição, que foi ganha pelo PiS.

No entanto, Kaczynski rejeitou as acusações e disse que a oposição “perdeu porque perdeu”. “Nenhum Pegasus, nenhum serviço, nenhuma informação obtida secretamente desempenhou qualquer tipo de papel na campanha eleitoral de 2019”, afirmou.

A proprietária israelita da Pegasus disse que o programa só foi vendido a “agências legítimas de aplicação da lei que utilizam estes sistemas como parte de mandatos para combater criminosos, terroristas e corrupção”.

https://zap.aeiou.pt/governo-polaco-admite-software-pegasus-456041


Berlusconi renasce das cinzas com a presidência debaixo de olho nas contas há um “Super Mario” e duas mulheres !


Nem a carreira política manchada de escândalos e processos jurídicos impedem Silvio Berlusconi de tentar o sonho presidencial.

O trabalho de Mario Draghi, o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) que ficou conhecido como Super Mario, está praticamente concluído, após ter assumido a chefia do Governo italiano, em fevereiro de 2021.

Em declarações aos jornalistas, no final do ano passado, o governante confessou que o seu Executivo, chamado a assumir o leme de um Governo de união nacional depois de o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte ter perdido a maioria parlamentar, já cumpriu a maior parte do que estava previsto.

Apesar de não ter respondido diretamente às perguntas sobre o futuro, a deixa de Draghi deixou muitos com vontade de versar sobre uma eventual candidatura presidencial. É de salientar que, na Itália, autocandidatar-se para a Presidência é tabu.

Ainda que possa ser provável vermos uma candidatura de Draghi à Presidência do país, ela não chegaria sem um senão: as próximas legislativas realizam-se em 2023, mas a saída do chefe de Governo poderia obrigar a antecipá-las.

Enrico Letta, líder dos sociais-democratas de Itália, considera que é muito melhor Mario Draghi continuar na chefia do Governo até ao fim da legislatura e finalizar todo o seu programa de reformas, em vez de se aventurar na Presidência. E, segundo a Deutsch Welle, não é o único.

“A Itália continua a ser o membro mais fraco da zona do Euro, o que significa que a política italiana será decisiva para a sobrevivência e bem-estar da União Europeia nos próximos anos”, escreveu Nouriel Roubini, economista e consultor financeiro de Nova Iorque, e Brunello Rosa, da Universidade de Economia Bocconi de Milão, num artigo de opinião conjunto publicado no Project Syndicate.

A saída de Draghi poderia significar a entrada de partidos populistas que, “se voltassem ao poder”, poderiam colocar em causa “a filiação da Itália à zona Euro”.

Ao contrário de Super Mario, que não revela o futuro nem as suas ambições, Berlusconi prometeu à mãe que, um dia, seria Presidente – e parece mesmo que o Il Cavaliere (“O Cavaleiro”) está de olho na Presidência.

“Não vou desistir e farei o que o meu país precisa”, disse recentemente o antigo ex-primeiro-ministro italiano, que tem o apoio dos populistas de direita Matteo Salvini e Giorgia Meloni.

“Berlusconi tentará e poderá ter sucesso“, afirmou à AFP Gianfranco Pasquino, professor de Ciência Política da Universidade Johns Hopkins. Já Franco Pavoncello, professor da Universidade John Cabot, considera que a probabilidade de Berlusconi ser eleito é “baixa”.

“Além da sua idade e formação, a sua escolha suscitaria muitas questões a nível internacional”, explicou.

Certo é que, independentemente da futurologia, o nome do magnata de 85 anos é citado até com bastante insistência quando se especula quem será o sucessor de Sergio Mattarella, que termina o seu mandato de sete anos em fevereiro.

Outros nomes que podem entrar nesta equação é o da atual ministra da Justiça, Marta Cartabia, de 58 anos, encarada como potencial candidata, e o de Paola Severino, de 73 anos, também ministra da Justiça entre 2011 e 2013.

O Parlamento italiano vai iniciar a eleição do novo Presidente da República no dia 24 de janeiro. O método de eleição envolve os 630 deputados e os 315 senadores das duas câmaras do Parlamento, a que se juntam representantes de 20 regiões italianas, num total de cerca de mil eleitores.

Nas três primeiras voltas da votação, é necessária uma maioria de dois terços, mas a partir da quarta volta é suficiente uma maioria simples.

A votação é por escrutínio secreto, o que levou a muitas surpresas no passado, com muitos eleitores a não hesitarem em romper com a disciplina do partido.

https://zap.aeiou.pt/berlusconi-presidencia-debaixo-de-olho-456000


Navio de guerra britânico foi atingido por submarino russo – E a colisão ficou imortalizada em vídeo !


Incidente foi filmado por uma equipa de televisão que se encontrava a gravar um documentário na embarcação.

Um submarino russo colidiu com um sonar da marinha britânica, no final do ano de 2020, quando a segunda embarcação se encontrava numa operação de patrulha no Atlântico Norte. A colisão aconteceu quando o HMS Northumberland, uma fragata de guerra da frota britânica, estava a monitorizar o submarino, e perante a perda de sinal no radar, foi lançado um sonar, rebocado centenas de metros através do barco principal.

De acordo com fontes oficiais britânicas, que só agora confirmaram o sucedido, o incidente terá sido captado e documentado por câmaras de televisão — não havendo suspeitas de que este tenha sido deliberado.

A colisão aconteceu precisamente entre entre o sonar, um tubo longo equipado com hidrofones sensíveis para ouvir debaixo de água e rebocado centenas de metros atrás do barco, e o submarino russo de classe Hunter-Killer, construído com o propósito de detetar e afundar outros submarinos e embarcações

Inicialmente, um periscópio foi avisto à superfície por um helicóptero Merlin, antes do submarino russo mergulhar novamente, momentos antes de a colisão ter acontecido. Nas imagens captadas é possível ouvir membros da tripulação gritar “o que foi isto?”. 

Segundo a BBC, não é claro que tipo de danos sofreu a embarcação russa, no entanto, o navio britânico teve de regressar a um dos portos da marinha britânica, na Escócia. Este tipo de incidentes não costuma ser comentado pelos representantes do defesa britânica, mas o facto de a colisão ter sido filmada obrigou a um esclarecimento. “No final de 2020, um submarino russo monitorizado pelo HMS Northumberland entrou em contacto com este, atingindo o seu sonar.”

Ao longo dos últimos anos, registou-se um aumento da atividade dos submarinos russos, sendo frequente as embarcações da marinha britânica patrulharem o Atlântico Norte.

https://zap.aeiou.pt/navio-guerra-britanico-atingido-submarino-russo-456024

 

 

 

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Identificado caso raro de gripe aviária em humano no Reino Unido !

 
A pessoa infetada é do sudoeste de Inglaterra e esteve em contacto “muito próximo e regular com um grande número de aves infetadas”.

De acordo com o Diário de Notícias, o Reino Unido está a passar pelo maior surto de gripe aviária, de que há registo.

As autoridades de saúde do país revelaram, na quinta feira, ter identificado um caso raro de gripe aviária numa pessoa, na altura em que o país enfrenta o seu maior surto do vírus.

A transmissão da gripe aviária de aves para humanos é muito rara e já ocorreu antes, apenas um pequeno número de vezes, segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA).

O indivíduo infetado, no sudoeste da Inglaterra, está “bem” e auto-isolou-se, acrescentaram as autoridades.  

“A pessoa em causa adquiriu a infeção através de contacto muito próximo e regular com um grande número de aves infetadas, dentro e ao redor de sua casa, por um período prolongado de tempo”, disse a UKHSA em comunicado.

“Todos os contactos do indivíduo, incluindo aqueles que visitaram as instalações, foram rastreados e não há evidências de propagação da infeção para mais ninguém.”

A agência observou que o risco da gripe aviária para o público em geral permanece “muito baixo”, mas alertou as pessoas para não tocarem em aves doentes ou mortas.

A Grã-Bretanha abateu cerca de meio milhão de aves em 2021, enquanto lutava contra o que George Eustice, secretário do Meio Ambiente, chamou de o “maior” surto de gripe aviária de todos os tempos.

Juntamente com o abate, o governo lançou novas regras, em dezembro do ano passado, exigindo que os tratadores garantam que todas as aves em cativeiro fiquem dentro de casa e sigam medidas estritas de biossegurança, para tentar conter a propagação do vírus.

No entanto, as autoridades expressaram preocupações de que as aves selvagens que migram da Europa continental, durante os meses de inverno, possam estar a transmitir a doença.

Gansos, patos e cisnes estão entre as espécies de aves selvagens conhecidas por terem sido afetadas, enquanto várias aves de rapina também morreram.
Quinto foco de gripe aviária em Portugal

Portugal tem agora confirmados cinco focos de infeção pela gripe das aves, após o vírus ter sido detetado num ganso selvagem encontrado morto em Alpiarça, distrito de Santarém. A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) apela ao cumprimento das regras de biossegurança.

“No dia 4 de janeiro, foi confirmado um quinto foco de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) num ganso selvagem (Anser sp.), encontrado morto na Barragem dos Patudos, concelho de Alpiarça”, lê-se num comunicado divulgado pela direção.

Porém, este foco não obrigou à determinação de zonas de restrição, mas foram reforçadas as medidas de vigilância na zona.

No documento, a DGAV destacou a importância do cumprimento das regras de biossegurança e das boas práticas de produção avícola, bem como dos procedimentos de higiene e controlo dos acessos aos estabelecimentos onde se encontram as aves.

“É ainda de extrema importância a notificação imediata de qualquer suspeita, de forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença”, acrescentou. A notificação de mortalidade de aves selvagens pode ser feita através da aplicação ANIMAS.

Esta terça-feira já tinha sido detetado um novo foco de gripe aviária numa exploração de galinhas e patos em Santiago do Cacém, distrito de Setúbal.

No dia 31 de dezembro de 2021, também foi confirmado um foco numa exploração de Perus, em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém.

A gripe aviária foi detetada em Portugal a 2 de dezembro, numa exploração caseira de galinhas, patos, gansos e perus, em Palmela, no distrito de Setúbal.

No mesmo mês, foi ainda confirmado um foco numa exploração comercial de perus para engorda em Óbidos, Leiria. Os focos de infeção abrangem agora 24.240 aves.

A DGAV, serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa, sublinha que não existem evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos, como carne de aves de capoeira ou ovos.

https://zap.aeiou.pt/caso-raro-de-gripe-aviaria-em-humano-no-reino-unido-455841


Patrão dá 5 mil dólares a quem se demitir ao fim de 15 dias !


Valor é proposto a cada trabalhador duas semanas depois do início do contrato. E é melhor para todos, explica Chris Ronzio.

“É importante saber rapidamente se encontramos as pessoas certas“. É a primeira justificação dada por Chris Ronzio, para este esquema invulgar no mundo empresarial.

Chris Ronzio foi o criador e é o director da Trainual, uma empresa focada no SaaS (Software as a Service), ou seja, num tipo de software que ajuda a gerir empresas, a integrar funcionários.

E, no momento de contratar funcionários, a entrevista não chega: “Durante a entrevista o possível trabalhador só conhece uma amostra do que vai encontrar. Tem uma ideia da empresa, da função que vai desempenhar. Quando a pessoa começa a trabalhar, uma semana depois ou duas semanas depois, pode aperceber-se de que não quer ficar durante anos a trabalhar connosco. Percebe que não é um emprego a longo prazo“.

Aí surge a oferta anormal: 5 mil dólares. O próprio Chris Ronzio oferece 5 mil dólares ao novo trabalhador se ele quiser sair da empresa. Esta oferta surge duas semanas depois do início do contrato. Assim o patrão fica a saber quem quer realmente continuar lá. Se a pessoa contratada tiver dúvidas, pode sair já e ainda recebe dinheiro por isso.

Além disso, ficaria mais caro substituir um funcionário “à medida que ele assume mais trabalho e mais responsabilidades”, continuou o empresário, em declarações à revista Fast Company.

Chris alega que esta medida ajuda os funcionários – que saem se quiserem e beneficiam a nível financeiro no momento – mas ajuda também os empregadores.

Ver um trabalhador sair meses ou anos depois de ter sido contratado, além de ficar mais caro, para a empresa representa também uma quebra, uma perda mais acentuada. O trabalhador – sendo competente – vai fazer falta; e o processo de recrutação vai recomeçar (uma ou duas semanas depois da contratação, provavelmente muitos outros candidatos da lista inicial ainda estão disponíveis).

“Acelerar esta decisão é sinónimo de poupança para a empresa. Nós queremos confirmar que, quem está cá, está alinhado connosco, com a empresa. Queremos ter essa certeza antes de investir mais neles. Ao continuar cá, a pessoa contratada já tomou duas decisões: ficar na empresa depois de aceitar a nossa proposta e ficar na empresa depois de estar integrada cá”, analisa o director da Trainual.

Os trabalhadores, ao receberem essa proposta, sabem também que “não estão presos” na empresa. Podem sair e encontrar uma oportunidade melhor, logo naquele momento. E há muitas pessoas que não se sentem bem no seu novo emprego mas não têm coragem de admitir, em conversa com o patrão.

E ainda há outro factor importante: neste esquema, aumentam as responsabilidades para quem contrata. Os responsáveis pelos recursos humanos “sabem que há esse custo para o negócio se errarem. Há uma responsabilidade interna para encontrar pessoas óptimas para o cargo”.

“E acho que também devemos ter a responsabilidade de construir uma cultura onde as pessoas queiram estar. Recusar o dinheiro, aceitar e comprometer-se connosco é algo poderoso – e isso prepara o terreno para um óptimo relacionamento de trabalho”, justificou.

Chris Ronzio não foi propriamente original nesta medida. A loja de roupa Zappos criou um processo chamado «A oferta»: pagar mil dólares a quem sair uma semana depois de ter entrado na empresa. Era um teste ao comportamento dos novos funcionários. Ronzio aumentou o prazo para a decisão…e o valor.

A Trainual foi fundada em 2018. Até agora, 38 pessoas tiveram a oportunidade de receber dinheiro para sair (eram 2.500 dólares, até há pouco tempo). Nenhuma aceitou, todas continuaram.

https://zap.aeiou.pt/patrao-da-5-mil-dolares-a-quem-se-demitir-455561


Suspeitas de terrorismo no rali Dakar - França pede cancelamento da prova !


A 30 de dezembro, antes da partida da prova, uma explosão na Arábia Saudita atingiu um veículo e feriu gravemente o piloto francês Phillipe Boutron.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, anunciou, esta sexta-feira, que a França pediu à organização do rali Dakar o cancelamento da prova, após suspeitas de terrorismo.

De acordo com a TSF, está em causa uma explosão na Arábia Saudita, que atingiu um veículo e feriu gravemente o piloto francês Phillipe Boutron antes da partida da prova, a 30 de dezembro. O governo francês suspeita de “um potencial ataque terrorista contra o Dakar”.

“Pensamos que talvez seja melhor abandonar este evento desportivo. Os organizadores decidiram continuar“, afirmou Le Drian à televisão BFM, em declarações citadas pela AFP, acrescentando que “houve potencialmente um ataque terrorista contra o Dakar”.

“Nestes casos, é preciso ter muito cuidado, pelo menos colocar em prática dispositivos de proteção suficientes e reforçados. Acho que os organizadores fizeram isso, mas em qualquer caso a questão permanece sem resposta”, disse Le Drian.  

Na terça-feira, as autoridades judiciais francesas abriram uma investigação com foco numa possível motivação terrorista que terá estado na origem da explosão do veículo que feriu Phillipe Boutron. Caso se venha a provar que se tratou de um atentado, o governo francês tem poder para cancelar a prova.

O piloto francês seguia num veículo com mais cinco pessoas da equipa Sodicars quando a viatura se deteve subitamente, devido a uma explosão, nas imediações do hotel Donatello, em Jeddah.

Boutron sofreu ferimentos nas pernas que obrigaram mesmo a uma intervenção cirúrgica, da qual está já a recuperar em Paris.

As autoridades sauditas descartaram, no sábado, um ato criminoso para explicar o que chamaram de “acidente” e, por isso, a prova deverá continuar.

No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês assinalou ainda que desde o início que “a hipótese de ato criminoso não foi descartada” e que “a ameaça terrorista persiste na Arábia Saudita”.

“Dissemos aos organizadores e às autoridades sauditas que tínhamos de ser muito transparentes sobre o que acabava de acontecer, porque havia hipótese de que poderia ser um ato terrorista”, observou Jean-Yves Le Drian.

“Já houve atos terroristas na Arábia Saudita contra os interesses franceses“, lembrou o ministro. Em outubro de 2020, um ataque com faca feriu um guarda do consulado francês em Jeddah.

Duas semanas depois, um atentado na mesma cidade teve como alvo uma cerimónia para assinalar o aniversário do armistício de 11 de novembro de 1918, na presença de diplomatas ocidentais, especialmente franceses, causando dois feridos.
Sexta etapa das motas cancelada

A organização do rali Dakar cancelou a sexta etapa da competição das motas, que estava agendada para esta sexta-feira, devido às condições do terreno.

O local encontra-se degradado por causa da passagem, na quinta-feira, dos automóveis e camiões, bem como das fortes chuvas que têm caído, nos últimos dias, na Arábia Saudita.

A organização optou por neutralizar a etapa no primeiro ponto de abastecimento, ao quilómetro 101, depois de muitas queixas dos pilotos relativas à segurança.

Ross Branch, piloto do Botsuana da Yamaha foi um dos apanhados nas ‘armadilhas’ do percurso, desistindo após uma queda que lhe provocou lesões na mão direita. Foi transportado para os serviços médicos do acampamento pela organização.

https://zap.aeiou.pt/suspeitas-de-terrorismo-no-rali-dakar-455872


Filipinas vão prender os não vacinados que não cumprirem confinamento !


Num momento em que regista um aumento acentuado no número de casos diários de covid-19, as Filipinas decidiram determinar a prisão de pessoas não vacinadas que violem as regras de confinamento.

O Presidente do país, Rodrigo Duterte, disse esta quinta-feira que as autoridades policiais têm permissão para prender não-vacinados que estejam na rua apesar da ordem de confinamento em Manila e algumas outras províncias.

“Por ser uma emergência nacional, a minha posição é que podemos prender”, anunciou Duterte, citado pelo Deutsch Welle.

Numa primeira fase, as pessoas devem apenas ser advertidas e enviadas para casa. Se resistirem ou voltarem a furar o confinamento, são detidas e, oferecendo resistência, as forças de segurança “têm poder de prender”.

As Filipinas atingiram os 17 mil casos esta quinta-feira, o triplo do número registado dois dias antes.  

As regras em vigor determinam que as pessoas não vacinadas em Manila e outras províncias do país só podem sair de casa para viagens essenciais. As Filipinas detetaram, até agora, 43 casos domésticos e importados da variante Ómicron, o que levou o Governo a aumentar as restrições esta semana.

“Sou responsável pela segurança e pelo bem-estar de cada filipino”, disse Duterte, desafiando aqueles que desaprovam a sua diretriz a processarem o Governo.

https://zap.aeiou.pt/filipinas-prende-nao-vacinados-455808


“Eles têm de ser destruídos” - Presidente do Cazaquistão dá ordem de “disparar para matar” !


O Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, autorizou hoje o uso de força letal sem aviso prévio contra manifestantes, após vários dias de tumultos no país de que resultaram dezenas de mortos.

“Dei ordem aos órgãos da polícia e ao Exército para disparar a matar sem aviso prévio” disse Tokayev num discurso televisivo, acrescentando que os “terroristas continuam a danificar bens e a usar armas contra os cidadãos”.

Considerou, por outro lado, “absurdos” os apelos, especialmente do estrangeiro, para negociar com os manifestantes com vista a uma resolução pacífica da crise.

“Que tipo de negociações se pode ter com os criminosos, com os assassinos? Temos estado a lidar com bandidos armados e treinados (…) Eles têm de ser destruídos e isso será feito em breve”, disse.

Segundo o chefe de Estado, “20.000 bandidos” atacaram Almaty, a capital económica onde os tumultos foram os mais caóticos e violentos.  

Tinham “um plano claro de ataque, ações bem coordenadas e um elevado grau de prontidão de combate”, prosseguiu, referindo-se a “sabotadores especializados”.

Kassym-Jomart Tokayev acusou “os meios de comunicação social livres e algumas pessoas no estrangeiro” de estarem a “desempenhar o papel de instigadores” desta crise.

“A operação antiterrorista continua, os militantes não depuseram as suas armas. Aqueles que não se renderem serão eliminados”, disse o presidente do Cazaquistão, reconhecendo que “haverá muito trabalho a fazer para aprender com a tragédia”.

“As forças da lei e da ordem estão a trabalhar arduamente. A ordem constitucional foi em grande parte restaurada em todas as regiões do país”, acrescentou Tokayev, citado pelo jornal Público.

O Cazaquistão, o maior país da Ásia Central, está, desde domingo, envolto em tumultos após manifestações de protesto contra o aumento dos preços do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes do país, de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues (0,24 euros).

Um contingente de tropas da Rússia e de outros países aliados chegou ao Cazaquistão na quinta-feira para apoiar o governo, protegendo edifícios estratégicos e apoiando a aplicação da lei.

No discurso, Tokayev manifestou-se “especialmente grato” ao Presidente russo Vladimir Putin por ter enviado o contingente militar.

“Ele respondeu muito rapidamente, e sobretudo de uma forma amigável, ao meu apelo”, disse

As autoridades do Cazaquistão anunciaram hoje que mataram 26 pessoas no que apelidam de operação “antiterrorista” que estão a realizar principalmente na cidade de Almaty.

Segundo o Ministério do Interior, mais de 3.000 alegados “criminosos” foram detidos e 18 pessoas “armadas” foram feridas.

As autoridades reconheceram anteriormente a morte de pelo menos 18 agentes, dois dos quais foram encontrados decapitados, de acordo com a versão oficial.

“Shal Ket!” — Velho, vai-te embora!”

“Shal Ket!” ou, em português, “vai-te embora, velho!” tornou-se o principal slogan dos protestos no Cazaquistão.

A maior cidade do Cazaquistão, Alma-Ata, foi ontem palco da terceira noite consecutiva de violentos protestos, que terminou com dezenas de mortos. Kassym-Jomart Tokayev, Presidente do Cazaquistão, afastou Nursultan Nazarbayev, o primeiro chefe de Estado do país, do cargo.

“Estas são as maiores manifestações de sempre dos últimos 35 anos no país”, disse Luca Anceschi, professor de Estudos Euroasiáticos na Universidade de Glasgow, em declarações ao Observador.

E o que explica a revolta do povo cazaque? “A pobreza e a enorme desigualdade são as principais razões. Há pessoas que não conseguem pagar as contas mais básicas e depois veem a corrupção nas elites. Portanto o descontentamento sócio-económico já lá estava”, explica ao jornal online Diana Kudaibergenova, socióloga da Universidade de Cambridge especializada no nacionalismo cazaque.

O afastamento de Nazarbayev, segundo Kudaibergenova, é “significativo”, uma vez que este é um “cargo que lhe pertencia até à morte”.

“É muito cedo para perceber o que significa isso para o futuro do país. Mas o facto de os manifestantes terem derrubado uma estátua de Nazarbayev, num país onde ele se assumia como uma espécie de figura paternal, é simbólico”, explicou, por sua vez, Anceschi, ao Observador.

https://zap.aeiou.pt/presidente-cazaquistao-disparar-matar-455816


Na luta pela lei eleitoral, Schumer ameaça usar a “opção nuclear” — Mas Manchin e Sinema estragam os planos !


Chuck Schumer está a ameaçar usar a “opção nuclear” e mexer nas regras do filibuster para forçar um voto no Senado à lei de reforma eleitoral dos Democratas, mas Manchin e Sinema estão reticentes.

Ano novo, Democratas na mesma. Os Senadores Joe Manchin e Kyrsten Sinema continuam a ser duas grandes pedras no sapato e a bloquear a agenda do próprio partido, depois de terem causado o impasse na votação do pacote social Build Back Better – uma das maiores bandeiras eleitorais de Joe Biden.

O líder da maioria Democrata do Senado norte-americano, Chuck Schumer, anunciou na segunda-feira que vai levar a votos na câmara uma mudança às regras do filibuster até dia 17 de Janeiro, o dia de Martin Luther King, mas por enquanto, o voto já está condenado ao fracasso com a oposição de Manchin e Sinema.

O filibuster é uma regra no Senado que nasceu com boas intenções – incentivar o debate – e obriga a que haja 60 votos para que a maioria da legislação seja aprovada. Quando uma lei é introduzida, qualquer Senador pode causar um impasse ao debater durante quanto tempo quiser e assim adiar uma votação.

Antes do voto da lei em si, tem de haver um voto para se dar o debate como encerrado e é preciso o aval de 60 dos 100 Senadores para que esta decisão se concretize. Ora, as boas intenções por detrás da criação regra não impediram que esta fosse usada para outros fins meramente partidários.

Como é muito raro que algum partido consiga assegurar 60 lugares no Senado e torná-lo assim à prova do filibuster, o que acontece muitas vezes é que as leis nem sequer chegam a ir votos porque o partido da oposição não dá por terminado o debate, ou seja, ter uma maioria no Senado acaba por ser inútil porque uma minoria na oposição pode determinar que leis são votadas e bloquear a agenda.

Esta arma tem sido usada por ambos os partidos ao longo dos anos, mas quando se trata de jogos de poder, os Republicanos tendem a ser mais impediosos. Actualmente, o Senado tem 50 lugares para cada partido. Como é o voto do Vice-Presidente que desempata, os Democratas controlam a câmara – mas os bloqueios dos Republicanos anulam esse controlo.

Já há muitos anos que o filibuster é polémico, tendo já vários candidatos presidenciais concorrido com base na promessa de que fariam de tudo para o abolir e garantir que o Senado trabalha sem percalços.
A batalha pelo Freedom to Vote Act

O partido de Joe Biden está agora a tentar aprovar uma lei de reforma eleitoral ainda antes das eleições intercalares deste ano, depois de vários 19 estados Republicanos terem adoptado 33 leis que restringem o acesso ao voto após a derrota de Donald Trump e as suas acusações de fraude eleitoral.

A proposta inicial, o For The People Act, passou na Câmara dos Representantes em Março de 2021, mas já se antecipava um chumbo no Senado devido ao filibuster dos Republicanos, tendo sido esse sido o argumento de Joe Manchin para se opor.

Os Democratas avançaram depois com o Freedom to Vote Act, uma lei que já se baseava numa proposta de Manchin. A lei inclui grande parte das medidas previstas, mas deixou cair outras para garantir o apoio dos Democratas mais conservadores.

A expansão do voto por correio, com a criação de critérios nacionais que permitem o voto antecipado para todos os eleitores sem justificações especiais, é uma das mudanças propostas que pretende reverter as restrições impostas pelos estados.

Os eleitores também não serão obrigados a dar mais identificações para votar pelo correio e o estados têm de averiguar com mais cuidado quando há suspeitas de que a assinatura no voto não é igual à que está registada na lista, sendo preciso que representantes dos dois partidos concordem que há problemas com a assinatura.

Cada estado tem também de permitir pelo menos 15 dias consecutivos de votos antecipados durante 10 horas em jurisdições com pelo menos 3000 eleitores. Os locais para o voto têm também de ficar num local onde passem transportes públicos.

As penas para a fraude eleitoral e intimidação dos eleitores aumentam, há uma exigência de maior transparência nas doações recebidas para as campanhas e há um aperto do cinto contra o gerrymandering, uma prática que pode decidir eleições através da divisão dos distritos eleitorais de acordo com os dados demográficos que mais beneficiam o partido que controla esse estado.

O dia de eleição passaria também a ser um feriado nacional e os correios seriam obrigados a arrumar com os boletins de voto no dia em se que são recebidos, tornando o processo gradual e evitando os atrasos que se verificaram nas últimas presidenciais.

As burocracias do registo para o voto também acabariam, passando todos os eleitores a estar automaticamente registados a não ser que não queiram. Quem já teve problemas menores com a justiça também poderia voltar a votar, desde que já tivesse cumprido a sua pena na totalidade.
Manchin e Sinema dão dores de cabeça aos Democratas (outra vez)

O bloqueio Republicano à reforma eleitoral já era de esperar, tendo o Freedom to Vote Act subido ao Senado quatro vezes e batido de frente no filibuster em todas as tentativas.

Agora, a estratégia de Chuck Schumer é ameaçar mudar as regras do filibuster – que podem ser revertidas com uma maioria simples e não exigem 60 votos – para escapar ao bloqueio Republicano à lei. No entanto, há entraves aos planos de Schumer: Joe Manchin, Senador da Vírgina Ocidental, e Kyrsten Sinema, Senadora do Arizona.

Ambos os Senadores são do Partido Democrata, mas são da ala mais conservadora do partido. Já foram os dois os culpados pelo impasse (que ainda não terminou) para a aprovação do Build Back Better e mesmo depois de meses de negociações que obrigaram Joe Biden a diluir ainda mais o pacote, Manchin já disse que vai votar contra. A data da votação ainda não foi marcada.

Agora, Sinema e Manchin estão outra vez a ir contra os Democratas e opõem-se à mudança das regras do Senado para fins partidários – algo conhecido como a “opção nuclear“.

“Esperamos que os nossos colegas Republicanos mudem de ideias e trabalhem connosco. Mas caso não o façam, o Senado vai debater e considerar mudar as regras do Senado no dia ou antes de 17 de Janeiro, dia de Martin Luther King Jr., para proteger a fundação da nossa democracia: eleições livres e justas”, apelou Schumer.

Schumer refere que o seu apelo à mudança das regras no Senado serve para combater o aproveitamento de regras que serviam para se evitar os bloqueios e que agora são usadas para se “garantir a obstrução”. “Temos de nos adaptar. O Senado tem de evoluir, como já o fez muitas vezes no passado”.

A proposta de se mexer no filibuster para se garantir a aprovação da reforma eleitoral ainda a tempo das intercalares conta também com o apoio de Joe Biden. “Se o único entrave a que a legislação do direito ao voto passe é o filibuster, apoio que se faça uma excepção”, revelou em entrevista à ABC News.

Na carta, o líder do Senado também lembrou o aniversário do ataque ao Capitólio de 6 de Janeiro de 2021.

“Não tenham dúvidas: esta semana os Democratas do Senado vão deixar claro que aquilo que aconteceu a 6 de Janeiro e as acções unilaterais e partidárias levadas a cabo pelas legislaturas estaduais dos estados Republicanos estão directamente ligadas e podemos e devemos ter uma posição forte para travar esta marcha anti-democrática“, avisou.

Resta agora saber se Sinema e Manchin se vão juntar aos Democratas ou se vão continuar a fazer o jogo duro contra o seu próprio partido.

https://zap.aeiou.pt/schumer-opcao-nuclear-manchin-sinema-455286


Após polémica nas redes sociais, Jon Stewart rejeita ter caracterizado filmes da saga Harry Potter como anti-semitas !


Humorista sentiu-se na necessidade de esclarecer a questão, sublinhando que adora os filmes baseados nas obras de J.K Rowling.

Na última semana, vídeo do podcast de Jon Stewart ter começado a circular pela internet, no qual o próprio comparava os duendes dos filmes da saga Harry Potter às ilustrações anti-semitas do livro “The Protocols of the Elders of Zion”, publicado em 1903, gerando polémica e a fúria de muitos internautas fãs de história. No entanto, o humorista veio agora a publico desmentir a ideia de que em algum momento quis acusar a autora J.K Rowling de ser antissemita, argumentando que o excerto em causa, na qual falava dos duendes, era uma brincadeira.

“Eu não acho que a J.K. Rowling é anti-semita. Eu não a acusei de ser anti-semita”, sublinhou Stewart. “Eu não acho que os filmes de Harry Potter sejam anti-semitas. Eu adoro os filmes, provavelmente demasiado para um cavalheiro da minha idade considerável”, continuou. “Eu não posso ressalvar isto o suficiente. Eu não estou a acusar a J.K Rowling de ser anti-semita. Ela não precisa de responder a nada daquilo. Eu não quero que os filmes de Harry Potter sejam censurados de qualquer forma” destacou.

Durante o vídeo de esclarecimento, o humorista clarificou que o tópico surgiu originalmente num contexto descontraído, entre colegas e amigos, no qual foi discutida a questão “como era ver pela primeira vez os filmes do Harry Potter enquanto homem judeu”. Foi neste âmbito que Stewart abordou o aspeto dos duendes para se referir a “como é que alguns duendes estão tão enraizados na sociedade que se tornaram invisíveis, mesmo num processo discutido como a produção de um filme”.

No episódio que saiu em dezembro, e que começou toda a polémica, Jon Stewart disse algo como: “É assim que se sabe que os judeus ainda estão no mesmo sítio. Quando falo com as pessoas, digo: ‘Já viram um filme do Harry Potter? Já viram as cenas no Gringotts Bank? Sabe o que são aquelas pessoas que gerem o banco? Judeus!’ E eles respondem: ‘ Oh isso é uma ilustração do Harry Potter’. Depois tu corriges, ‘Não, isso é uma caricatura dos judeus retirada de uma obra de literatura antissemita. A J.K. Rowling pensou ‘Podemos fazer com que estes tipos dirijam o nosso banco. É um mundo de feiticeiros… podemos montar dragões, podemos ter uma coruja de estimação, mas quem deve gerir o banco? Os judeus! E se os dentes fossem mais afiados?”.

https://zap.aeiou.pt/apos-polemica-nas-redes-sociais-jon-stewart-rejeita-ter-caracterizado-filmes-da-saga-harry-potter-455704


quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Oceano Pacífico em perigo - Contaminação radioativa; Japão planeja despejar água da usina de Fukushima no Oceano Pacífico !

Um milhão de toneladas de água contaminada será liberada em dois anos

Por Mong Palatino e Nevin Thompson

Pessoas em comunidades costeiras do Japão, acompanhadas por vozes de todo o mundo, denunciaram um novo plano governamental para despejar água contaminada do local do desastre nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. Comunidades locais e outras nações no Oceano Pacífico temem que o despejo envenene o meio ambiente e prejudique as indústrias locais de pesca e turismo que lutaram para se recuperar do acidente nuclear de março de 2011 na costa nordeste do Japão por mais de uma década.

De acordo com um plano do governo divulgado em 28 de dezembro de 2021, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO) começará a liberar 1 milhão de toneladas métricas de água radioativa da usina de Fukushima no Oceano Pacífico em 2023. O plano, que ainda está sendo desenvolvido ao longo do próximos meses, afirma que um túnel submarino será construído para bombear a água para o mar. Os fundos também foram reservados para compensar as indústrias locais de pesca e turismo por possíveis “danos à reputação”.

Em março de 2011, um terremoto e tsunami causaram o derretimento de três reatores nucleares operados pela TEPCO em Fukushima. Com o passar dos anos, a água subterrânea que fluía pelas usinas foi contaminada com conteúdo radioativo. Para evitar que essa água chegue ao oceano, ela foi bombeada dos prédios do reator para grandes tanques que agora dominam a instalação do reator.

Uma captura de tela do vídeo do YouTube do Projeto Manhattan por um Mundo Livre de Nucleares apresentando mães japonesas dos distritos de Okuma e Futaba protestando contra o plano de despejar água radioativa no Oceano Pacífico. Em dezembro de 2021, pelo menos 1 milhão de toneladas de água contaminada estavam armazenadas nos tanques dentro da Central Nuclear de Fukushima Daiichi. Enquanto os contaminantes altamente radioativos são removidos, a água armazenada que o governo japonês planeja bombear para o mar ainda contém quantidades significativas de trítio, um elemento radioativo que alguns especialistas dizem ser inofensivo quando diluído na água do mar. O plano do governo japonês para bombear a água contaminada está em andamento desde 2020. O Greenpeace disse em abril de 2021 que coletou 183.000 assinaturas se opondo ao plano de despejar água da usina de Fukushima. Também em abril de 2021, grupos da sociedade civil sul-coreana emitiram uma declaração condenando o plano da TEPCO, observando, “mesmo se diluído, a quantidade total de material radioativo jogado no mar permanece inalterado. Se as águas residuais radioativas forem descarregadas, será um desastre irrevogável não apenas para o ecossistema marinho, mas também para o ser humano. ” A questão foi abordada durante a Reunião de Ministros das Relações Exteriores do Fórum das Ilhas do Pacífico em julho de 2021, e o órgão fez a seguinte declaração: Os Ministros das Relações Exteriores do Fórum observaram as preocupações em torno da seriedade desta questão em relação à ameaça potencial de contaminação nuclear adicional de nosso Pacífico Azul e os impactos adversos e transfronteiriços potenciais para a saúde e segurança do Continente do Pacífico Azul, e seus povos tanto no curto e longo prazo. Em novembro de 2021, a TEPCO disse que sua avaliação de impacto radiológico mostrou impacto mínimo sobre o meio ambiente: A avaliação concluiu que os efeitos da descarga de água tratada ALPS (Advanced Liquid Process System) no mar no público e no meio ambiente são mínimos, já que as doses calculadas foram significativamente menores do que os limites de dose, metas de dose e os valores especificados por organizações internacionais para cada espécie. A TEPCO garantiu ao público que está continuamente atualizando seus estudos científicos sobre o plano de lançamento de água processada no Pacífico. Mas as dúvidas permanecem sobre seus relatórios, principalmente porque ainda existem poucos planos concretos sobre como e onde a água contaminada será despejada, tornando difícil para observadores externos avaliar o risco. O Pacific Collective on Nuclear Issues, que representa as organizações da sociedade civil com sede na Oceania, refuta a veracidade desses estudos. Também traz uma mensagem para a TEPCO e o governo japonês: O Pacífico não é e não deve se tornar um depósito de lixo nuclear. O Coletivo considera que a TEPCO, e as agências governamentais japonesas relevantes, priorizaram erroneamente a conveniência e os custos em relação ao custo ambiental e humano de curto e longo prazo de suas ações planejadas. Os residentes japoneses também expressaram preocupação com o plano da TEPCO. O Greenpeace entrevistou o pescador Ono Haruo do município de Shinchi em Fukushima, que ecoou os sentimentos da população local: Os peixes estão finalmente começando a voltar depois de dez anos, mas se agora derramarem trítio na água, não importa o quanto o diluam, quem vai comprar esses peixes? Quem quer comer peixe envenenado? O oceano é o nosso local de trabalho. Você pode imaginar como é ser poluído intencionalmente? Levará 30 ou 40 anos antes de vermos os efeitos. A relação causal terá se tornado obscura e será impossível provar qualquer coisa. O que vai acontecer com o futuro de nossos filhos, nossos netos? Não está nem claro quem vai assumir a responsabilidade. Um grupo de mães na cidade de Iwaki, Fukushima, participou de um protesto em novembro de 2021 se opondo ao plano de despejar água contaminada no oceano. Os municípios de Okuma e Futaba, que hospedam o complexo Fukushima Daiichi, experimentaram um despovoamento quase completo na última década.

http://undhorizontenews2.blogspot.com/


Veículos e uma estação de televisão ardem em chamas em meio aos protestos no Cazaquistão !


http://undhorizontenews2.blogspot.com/

Cazaquistão pede ajuda; aliados enviam forças de paz !


http://undhorizontenews2.blogspot.com/

Venezuela adverte Colômbia e anuncia envio de tropas para a fronteira !


 http://undhorizontenews2.blogspot.com/

Multidão enfrenta Exército e derruba governo no Cazaquistão !


 http://undhorizontenews2.blogspot.com/

Joe Biden sinaliza Trump e a sua “teia de mentiras” como responsáveis pela invasão ao Capitólio ZAP 6 Janeiro, 2022 6 Janeiro, 2022 1


Presidente dos Estados Unidos reconheceu, no seu discurso, que “a dor e as cicatrizes” do dia do ataque ainda são “profundas”.

Num discurso que assinalou um ano desde que os apoiantes de Donald Trump invadiram o edifício do Capitólio com o objetivo de impedir a certificação dos votos relativos às eleições de novembro de 2020, Joe Biden não teve problemas em atribuir à postura e às mensagens do seu antecessor as culpas pelo sucedido, chegando mesmo a referir-se a uma “teia de mentiras” que acabou por resultar num “punhal encostado à garganta da democracia”.

“Pela primeira vez na nossa história, um Presidente não apenas perdeu uma eleição, mas tentou impedir a transferência pacífica do poder quando uma multidão violenta invadiu o Capitólio”, disse Biden.

Apesar de nunca referir diretamente o nome de Trump, o presidente dos Estados Unidos da América acusou-o de ter motivado a divisão entre a população, apelar à violência e causar um nível de instabilidade sem precedentes no país por se recusar a aceitar o resultado das eleições.

Num tom de mobilização das tropas, tendo em vista as eleições intercalares no final do ano, Biden relembrou um slogan que muitos já utilizaram aquando da sua eleição. “Estamos numa batalha pela alma da América. Uma batalha que iremos vencer, com a graça de Deus e a bondade e grandeza desta nação”. O discurso foi proferido numa das salas do Capitólio, onde figuram várias figuras histórias dos Estados Unidos e onde, há um ano, marcharam os apoiantes do antigo presidente para tentar impedir a concretização do vontade da maioria dos eleitores do país.

https://zap.aeiou.pt/biden-sinaliza-trump-teia-mentiras-invasao-capitolio-455646


França multa Google e Facebook em 150 e 60 milhões de euros pelas práticas de “cookies” !


As plataformas têm agora têm meses para proceder às alterações necessárias para ficarem em conformidade com a lei francesa.

A Comissão Nacional de Informática e das Liberdades (CNIL, na sigla francesa) multou a Google e a Facebook em 150 e 60 milhões de euros, respetivamente, pelas suas práticas de ‘cookies’, utilizados para publicidade dirigida ao utilizador, foi esta quinta-feira anunciado.

A notícia é avançada pela agência France-Presse (AFP), que refere que o valor da multa imposta à Google é um ‘recorde’ no que diz respeito às sanções impostas pela CNIL, que já tinha aplicado uma multa de 100 milhões de euros à Google, em dezembro de 2020, também por causa das práticas de ‘cookies’. “A CNIL constatou que os ‘sites’ facebook.com, google.fr e youtube.com não permitem” recusar ‘cookies’ “de forma tão simples” como aceitá-los, indicou a entidade.

A comissão entendeu que o facto de aqueles ‘sites’ oferecerem um botão para aceitar ‘cookies’ de forma imediata, mas serem necessários “vários cliques para recusar todos os ‘cookies’”, “viola a liberdade de consentimento”. Adicionalmente, o botão adicionado pelo Facebook para recusar ‘cookies’ é ainda chamado de “Aceitar cookies”, observou a CNIL. As duas plataformas têm três meses para agir em conformidade, sob pena de “as empresas terem de pagar, cada uma, uma multa de 100.000 euros por cada dia de atraso”, acrescentou a CNIL.

Os ‘cookies’ são uma espécie de arquivos digitais, instalados pelos ‘sites’ nos computadores dos seus visitantes, para fins técnicos ou de publicidade direcionada.

Basicamente, os ‘cookies’ permitem acompanhar a navegação do utilizador, de forma a que possa ser enviada publicidade personalizada, relacionada com as suas áreas de interesse, sendo, por isso, regularmente denunciados pelas violações de privacidade que podem causar.

Em reação enviada à AFP, a Google anunciou uma mudança nas suas práticas, após a decisão do CNIL. “Respeitando as expectativas dos utilizadores da Internet, […] estamos empenhados em implementar novas alterações, bem como em trabalhar ativamente com a CNIL em resposta à sua decisão, no âmbito da diretiva [europeia] ePrivacy”, assegurou a tecnológica norte-americana.

Por sua vez, a Meta, empresa-mãe do Facebook, disse que está a “avaliar a decisão” da CNIL e que “vai continuar a trabalhar com as autoridades reguladoras” nestes assuntos. “Continuamos a desenvolver e a melhorar as ferramentas de controlo dos ‘cookies’” para os utilizadores da Internet, acrescentou o grupo liderado por Mark Zuckerberg.

Desde a entrada em vigor do regulamento europeu sobre dados pessoais, em 2018, os ‘sites’ são obrigados a cumprir regras mais rígidas para obter o consentimento dos utilizadores, antes de alocarem os seus ‘cookies’. A CNIL tinha dado até abril de 2021 aos editores dos ‘sites’ para se adaptarem às novas regras e avisou que começaria a sancionar passado esse prazo.

Em julho, o jornal francês Le Figaro foi o primeiro a ser multado, em 50.000 euros, por ‘cookies’ colocados por parceiros do jornal, “sem ação” por parte do utilizador ou “apesar da sua recusa”.

Em 2020, a CNIL impôs sanções de 100 e 35 milhões de euros, respetivamente, à Google e à Amazon sobre os ‘cookies’, com base em princípios anteriores à regulamentação europeia sobre dados pessoais, por considerar que a informação prestada aos utilizadores pelas duas plataformas nos seus ‘cookies’ não era “suficientemente clara”.

https://zap.aeiou.pt/franca-multa-google-e-facebook-praticas-cookies-455675


Restaurantes e hotéis nos EUA - Um milhão de demissões num mês !


Números surpreendentes não páram nos Estados Unidos da América. Em Novembro registou-se mais um recorde.

Quase 100 anos depois da Grande Depressão, surge a Grande Demissão. Nos Estados Unidos da América os números da economia têm registado um aumento visível mas os números de trabalhadores a demitirem-se também têm registado um aumento (ainda mais) visível, atingindo recordes.

Quando o coronavírus “fechou” o mundo, incluindo os EUA, o número de desempregados multiplicou-se por quatro. O cenário económico foi melhorando, em Junho de 2021 a taxa de desemprego já tinha descido para 5.9% mas, entretanto, apareceram as demissões por iniciativa dos trabalhadores: Abril de 2021 registou o recorde de 4 milhões de trabalhadores que abandonaram os seus empregos por opção própria. O maior número desde 2000, como aponta a BBC.

Mas o final do ano não trouxe uma diminuição de rescisões de contrato: em Novembro, 4.5 milhões de residentes nos EUA deixaram os seus empregos porque quiseram. Recorde em toda a estatística dos EUA.

Neste global destacam-se as secções de restauração e hotelaria: um milhão de trabalhadores desses sectores demitiu-se. Ou seja, em cada 16 trabalhadores, um deixou o cargo que ocupava.

Nas contas sublinhadas pelo portal Business Insider, verifica-se que, no total, três por cento dos trabalhadores nos EUA demitiram-se em Novembro do ano passado.
Praticamente o dobro dessa percentagem só em restauração e hotelaria.
Razões para demissões

Os motivos que originam tantos pedidos de demissão em pouco tempo são vários. O principal será o cansaço ou mesmo o esgotamento relacionado com a tarefa que tinham: as pessoas já queriam demitir-se antes da COVID-19 mas ganharam a coragem que faltava – ou apareceu a insegurança como motivo – para se demitirem agora.

O tele-trabalho também veio alterar as contas. Muitas pessoas estarão a deixar os trabalhos presenciais que tinham para assinarem por uma empresa que permite trabalhar em casa.

E depois podemos centrar-nos noutro factor, que é essencial na restauração e na hotelaria: a valorização e o empoderamento dos trabalhadores. Quem gere as empresas passou a dar mais valor a quem trabalha, em muitos locais. Flexibilidade, incentivos extra, inquéritos de satisfação e salários mais justos.

Em restauração e hotelaria abundam os postos com salários baixos. Não há perspectivas de progressão na carreira.

Assim, havendo oportunidade de emprego noutro lado (ou havendo margem para uma pausa na carreira laboral), o trabalhador, cansado de não ser valorizado – ou da própria tarefa que executava – e de não receber o salário que acharia correcto, sai por iniciativa própria.

Esta é uma fase marcada por empresas que já contratam “qualquer um que apareça”. Mas estes dados e estas conclusões demonstram que, sobretudo nestes sectores
mencionados (que representam 6.4% dos empregos a nível global), o maior problema na economia dos EUA não é a falta de mão-de-obra: é a falta de salários elevados.

No mundo de “lazer e hospitalidade” um trabalhador recebe em média 19.20 dólares por hora – o valor mais baixo nos EUA. E até era de 16.90 dólares, antes da pandemia.

Há trabalhadores a receber 2.13 dólares por hora. “Não admira que os trabalhadores estejam a deixar essa indústria”, disse ao portal o presidente do grupo One Fair Wage, Saru Jayaraman, que luta por salários justos nos EUA.

https://zap.aeiou.pt/restaurantes-hoteis-demissoes-eua-455498


Anti-vacinas, o tenista Djokovic tem visto retirado e vai ser deportado da Austrália !


O tenista sérvio Novak Djokovic, número um mundial, viu hoje o seu visto ser retirado pelas autoridades australianas e vai ter de deixar o país, falhando assim a participação no Open da Austrália, anunciaram as autoridades.

“A Autoridade Fronteiriça da Austrália pode confirmar que Djokovic não forneceu provas apropriadas para cumprir os requisitos de entrada na Austrália. O seu visto foi, por isso, cancelado”, lê-se num comunicado da autoridade.

Djokovic tinha dito que tinha recebido uma autorização especial para viajar para a Austrália, apesar de alegadamente não estar vacinado contra a covid-19, para poder disputar o primeiro ‘Grand Slam’ da temporada.

Contudo, à chegada ao país, Djokovic foi retido no aeroporto de Melbourne, supostamente pelo facto do tipo de visto solicitado não contemplar isenções médicas.

Os advogados de Djokovic ainda vão tentar recorrer desta decisão.

Austrália diz que Djokovic não é vítima de assédio

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, justificou a revogação do visto do atleta por não cumprir os requisitos impostos pela pandemia de covid-19.

“A Austrália tem regras claras sobre as suas fronteiras soberanas que não são discriminatórias”, disse Morrison numa conferência de imprensa em Camberra.

O primeiro-ministro australiano também recusou que Djokovic esteja a ser vítima de “assédio” como alegou o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic.

Djokovic chegou ao aeroporto da cidade de Melbourne na quarta-feira à noite com uma isenção médica que lhe permitiria defender o seu título no Open da Austrália, mas os funcionários de controlo fronteiriço revogaram o seu visto quando o tenista não conseguiu justificar a autorização e detiveram-no durante várias horas.

O tenista de 34 anos encontra-se de quarentena num hotel, em Melbourne, à espera de ser deportado, segundo os media locais.

Já 20 vezes vencedor do Grand Slam, tal como Roger Federer e Rafael Nadal, o sérvio Novak Djokovic tem como objetivo alcançar em Melbourne um 21.º título do Grand Slam.

O Open da Austrália, que começa a 17 de Janeiro, é o seu torneio favorito: foi em Melbourne que o sérvio ganhou o seu primeiro Grand Slam (2008), e ninguém lá ganhou tanto como ele (nove vitórias).

https://zap.aeiou.pt/tenista-djokovic-deportado-australia-455609


Parte de um foguetão russo vai cair em direção à Terra, mas ninguém sabe onde !


Os especialistas estimam que objeto reentre na atmosfera nas próximas 24 horas, mas não conseguem prever onde vai cair.

Uma parte de um foguetão russo está a cair em direção à Terra, de forma descontrolada. Os especialistas que estão a monitorizar o objeto preveem que este reentre na atmosfera terrestre nas próximas 24 horas.

O Angara-A5 é um foguetão de carga pesada e foi lançado da estação espacial de Plesetsk, a noroeste da Rússia, a 27 de dezembro. De acordo com a TAS, agência de notícias russa, o lançamento previa testar um novo segmento da estrutura, conhecido como o propulsor Persei.

“O bloco orbital constituído pelo propulsor Persei e a base de carga completa separou-se da terceira fase do foguetão porta-aviões Angara-A5 12 minutos após o lançamento”, afirmou o ministro da Defesa russo.

O bloco orbital será colocado em órbita pelo propulsor Persei, sob o esquema de rotina de nove horas, quando o motor do propulsor for ligado quatro vezes.

O foguetão Angara-A5 foi lançado pelas forças espaciais russas, do porto espacial de Plesetsk, às 22:00 horas, hora de Moscovo.

O propulsor Persei, uma versão moderna de uma unidade originalmente destinada ao foguetão Proton-M, foi desenvolvido pela RSC Energia.

Roscosmos Dmitry Rogozin, chefe da empresa espacial estatal russa, realçou anteriormente que o propulsor Persei seria lançado pela primeira vez no foguetão de carga pesada, Angara-A5, em 2021.

Holger Krag, chefe do gabinete de detritos da Agência Espacial Europeia, referiu, em entrevista à CNN, que “é seguro dizer que nas próximas 24 horas estará em Terra, mas ninguém sabe onde porque, durante várias horas, fará várias voltas ao globo”.

A maior parte dos detritos espaciais acaba por incendiar-se ao reentrar na atmosfera terrestre, mas é possível que partes maiores possam causar danos se caírem em regiões habitadas.

Embora seja pouco provável o Angara-A5 causar danos ou ferir alguém, “o risco é real e não pode ser ignorado”, alertou o chefe de gabinete.

O que resta do foguetão russo está a viajar a uma velocidade de 7,5 quilómetros por segundo, e a sua latitude de reentrada estima-se entre os 63 graus a norte e a sul do equador, indicou ainda Holger Krag.

Em maio de 2021, a NASA teceu duras críticas à China por falhar os “standards de responsabilidade”, após os destroços de um foguetão fora de controlo caírem no Oceano Índico.

Neste caso, acredita-se que o fragmento do foguetão russo é mais pequeno, pesando cerca de quatro toneladas, sem combustível. O foguetão chinês Long March pesava cerca de 20 toneladas.

O propulsor Persei tinha, no total, dez metros. Embora pesasse menos, carregava cerca de 16 toneladas de combustível.

Jonathan McDowell, astrónomo no centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian, explica que “a massa total é semelhante ao fragmento chinês, mas a maior parte é provavelmente líquida e arderá na atmosfera, o que significa que o risco e significativamente inferior”.

O astrónomo acrescenta ainda que não estava planeado o foguetão russo entrar na atmosfera desta forma, mas sim ficar em órbita durante milhares de anos.

https://zap.aeiou.pt/parte-foguetao-russo-cair-terra-455507

Vacinação obrigatória em Itália para maiores de 50 anos - Multas até 1.500 euros !

Enfermeira com uma vacina na mão
Itália decretou vacinação obrigatória para maiores de 50 anos. Quem não se vacinar não recebe salário e arrisca-se a pagar uma multa que pode chegar aos 1.500 euros.

Segundo o Observador, a proposta foi estudada durante alguns meses e, face ao aumento do número de casos, foi finalmente ultimada.

A partir de 1 de fevereiro de 2022, a vacinação contra a covid-19 passa a ser obrigatória para os maiores de 50 anos que residam em Itália.

Quem decidir não tomar a vacina será sancionado, com uma multa que pode chegar aos 1.500 euros, e enfrentará grandes limitações no seu quotidiano.

De acordo com o Corriere della Sera, apenas pessoas com mais de 50 anos que apresentem uma justificação médica é que poderão não ser vacinados, ou ainda recuperados da doença nos últimos 180 dias.

Todos os restantes têm de se vacinar até 1 de fevereiro,de maneira a obterem um “super green pass“, isto é, um certificado de vacinação ou recuperação.

Caso não o apresentem até 15 de fevereiro, os desempregados pagam uma multa de 100 euros e os que tiverem emprego ficam sem receber salário, apesar de não perderem o posto de trabalho.

A partir desse momento, os trabalhadores com mais de 50 anos não vacinados são considerados “ausentes injustificados sem consequências disciplinares e com direito a manter relação laboral” até à apresentação do comprovativo de vacinação.

Se mesmo assim forem trabalhar sem o “super green pass”, arriscam-se a pagar uma multa que vai desde os 600 até aos 1.500 euros.

O primeiro-ministro italiano justificou esta medida, apontando que 13% da população italiana com mais de 50 anos ainda não está vacinada.

Mario Draghi quer “empurrar” estas faixas etárias para a vacinação, uma vez que são aquelas “com maior risco de hospitalização”. O objetivo é “diminuir a pressão nos hospitais” e também “salvar vidas”.

O governo italiano apresentou esta quarta-feira mais medidas. Uma delas consiste na apresentação do certificado para entrar em lojas, repartições públicas, correios, bancos e centros comerciais, entre outros.

Para aceder a estes locais, ainda é permitido apresentar um teste negativo, em vez do comprovativo de vacinação ou de recuperação.

Vários países europeus têm discutido a vacinação obrigatória, mas poucos a têm colocado em prática. A Áustria foi o único país que, até agora, aprovou a vacinação obrigatória para a generalidade da população.

Já o governo italiano decidiu tomar esta medida de modo a travar a escalada de casos de covid-19 que o país tem reportado. Nas últimas 24 horas, foi atingido um novo máximo, com mais 189.109 casos registados.

https://zap.aeiou.pt/vacinacao-obrigatoria-em-italia-455538


Protestos, invasões e Governo demitido - Cazaquistão a braços com um dos maiores tumultos da sua história !

Polícia de choque no Cazaquistão
A subida do preços dos combustíveis despoletou uma enorme onda de protestos no Cazaquistão. Depois de demitir o Governo, o Presidente do país prometeu “firmeza máxima”.

A maior cidade do Cazaquistão, Alma-Ata, foi palco da terceira noite consecutiva de violentos protestos, que terminou com dezenas de mortos.

Um porta-voz da polícia cazaque revelou a uma televisão local que os seus agentes “eliminaram” membros das “forças extremistas” que se juntaram na maior praça da cidade.

“Dezenas de atacantes foram eliminados, as suas identidades estão a ser estabelecidas”, adiantou Saltanet Azirbek, citado pela Al-Jazeera.

Segundo o Público, milhares de pessoas têm-se manifestado em várias cidades contra as autoridades. Uma televisão estatal avança mesmo que os manifestantes mataram 13 agentes da polícia, incluindo dois decapitados.

Apesar da repressão policial, muitos dos protestos têm terminado em ataques e saques a edifícios públicos, lojas, veículos e caixas multibanco. O aeroporto da maior cidade do país foi invadido por manifestantes.

Kassim-Jomart Tokaiev, Presidente do Cazaquistão, afastou Nursultan Nazarbaiev, o primeiro chefe de Estado do país, do cargo.

O Presidente assumiu a chefia do conselho de segurança estatal para responder a uma ameaça que diz estar a ser liderada por “gangues terroristas”, treinados “no estrangeiro”, que querem tomar conta das infraestruturas “estratégicas” e militares do país.

Na quarta-feira, foi decretado o estado de emergência generalizado, com imposição do recolher obrigatório e proibição de ajuntamentos, mas as medidas são insuficientes.

Face a este problema, Tokaiev fez um pedido formal de ajuda à Organização do Tratado de Segurança Colectiva (OTSC), que confirmou, esta quarta-feira à noite, o envio de uma força de manutenção de paz, que deverá chegar ao território a qualquer momento.

A aliança militar liderada pela Federação Russa e composta pelas antigas repúblicas soviéticas da Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão, revelou que vai intervir “durante um período de tempo limitado, de forma a estabilizar e normalizar a situação”.

“Em resposta ao apelo e considerando a ameaça à segurança nacional e à soberania do Cazaquistão causada, entre outras coisas, por interferência externa, o conselho de segurança coletivo da OTSC decidiu enviar as Forças Coletivas de Manutenção de Paz para a República do Cazaquistão, como previsto no artigo 4.º do Tratado de Segurança Coletiva”, anunciou Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Arménia.

O Cazaquistão é, desde 2 de janeiro, palco de protestos em várias cidades, devido ao aumento do preço do gás liquefeito, o principal combustível automóvel utilizado nesta nação da Ásia Central. O preço aumentou de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues (0,24 euros).

https://zap.aeiou.pt/cazaquistao-um-dos-maiores-tumultos-455547


Um ano depois da insurreição no Capitólio, as feridas da América ainda estão por sarar !

Foi há um ano que um grupo de apoiantes de Donald Trump invadiu o Capitólio numa tentativa de reverter o vitória eleitoral de Joe Biden. O legado da insurreição e das conspirações de fraude eleitoral é agora abraçado pelos membros mainstream do Partido Republicano.

Durante a confirmação da vitória de Joe Biden nas presidenciais de 2020 pelo Congresso, um grupo de apoiantes de Donald Trump que tinha estado horas antes num comício do ex-presidente em Washington, dirigiu-se para o Capitólio e começou a forçar a entrada no edifício, numa tentativa de reverter o resultado da eleição.

Foi já há um ano que tudo aconteceu. De acordo com um relatório bipartidário do Senado, houve sete mortes que estiveram de alguma forma ligadas ao evento. Ashli Babbitt, uma veterana da Força Aérea, que foi atingida por um tiro disparado por agente da polícia quando tentava entrar na Câmara dos Representantes, foi uma das primeiras mortes conhecidas.

Kevin D. Greeson, outro apoiante de Trump, morreu após ter um ataque cardíaco no edifício enquanto que Rosanne Boyland perdeu a vida depois de ser aparentemente esmagada no meio da multidão que estava a enfrentar a polícia, mas o médico que examinou afirma que a causa da morte foi uma overdose. Já Benjamin Philips, fundador de um site de apoio da Trump, faleceu depois de sofrer um AVC.

Nas dias e semanas seguintes ao ataque, vários agentes da polícia também morreram, como Brian D. Sicknick, que morreu a 7 de Janeiro depois de ser atacado pela multidão. Segundo o exame médico, Sicknick sofreu vários AVCs, mas “tudo o que se passou afectou a sua condição”.

Jeffrey Smith, agente da Polícia Metropolitana, suicidou-se depois da invasão, assim como Howard S. Lienbengood, agente do Capitólio, que também tirou a própria vida quatro dias depois. O Senado reconheceu em Junho que todas estas mortes estavam ligadas ao evento, mas mais dois polícias que estavam no local – Gunther Hashida e Kyle DeFreytag – também se suicidaram já em Julho.

Os suicídios não são consideradas mortes durante o trabalho, pelo que as famílias não têm direito a nenhum apoio financeiro. Os Representantes e Senadores Democratas da Virgínia estão entretanto a tentar pressionar o autarca de Washington a mudar esta situação.

Cerca de 150 polícias ficaram feridos e muitos ficaram traumatizados e com problemas de saúde mental após o ataque, como relataram no testemunho perante o Congresso.


Mas o legado de 6 de Janeiro de 2021 vai muito além do que se passou no próprio dia e as feridas da democracia norte-americana ainda estão longe de sarar de vez.
Os processos na justiça

Mais de 700 pessoas foram acusadas pelos procuradores federais nos meses que se seguiram ao ataque, revela o NPR, que analisou os dados de todos os casos para traçar um panorama geral da resposta da justiça.

Há suspeitos vindos de 46 estados diferentes, o que mostra que a multidão era oriunda de todos os cantos dos Estados Unidos, e a grande maioria era branca. Os homens dominam, apesar de ainda haver um número significativo de mulheres.

Os atacantes eram também eram relativamente jovens, com pelo menos três quartos dos acusados a terem menos de 55 anos e há ainda 134 pessoas com menos de 30. O perfil socio-económico já é demasiado variado para se generalizar, com muitas profissões à mistura, como pequenos empresários, professores, enfermeiros ou até um director executivo de uma empresa de marketing.

Mais de 187 pessoas, cerca de um quarto dos réus, foram acusadas de crimes violentos, com vários relatos dos polícias presentes que dizem que lutaram fisicamente com muitos dos protestantes, que foram eletrocutados com tasers, agredidos com cassetetes ou atacados com gás-pimenta.

Uma notícia do NPR poucas semanas depois do ataque deu conta de que quase um em cada cinco dos atacantes que tinham sido identificados tinham já integrado o exército ou a polícia — uma proporção três vezes maior à da população em geral.

Com a revelação de mais dados, o valor caiu, mas continua elevado, sendo cerca de 13%. Um relatório de Abril de 2021 do programa sobre extremismo da Universidade George Washington concluiu que a probabilidade dos invasores integrarem grupos violentos de extrema-direita, como os Proud Boys, os Oathkeepers ou os Three Percenters, era quatro vezes maior entre os que tinham um passado militar.

A maioria dos acusados está a aguardar a conclusão do julgamento em casa, mas 76 estão presos, principalmente aqueles que estão acusados de crimes mais graves. Pelo menos 26 foram presos pouco depois do evento, estando há quase um ano na prisão.

Já 74 foram condenados, mas 55% não receberam uma sentença de prisão. A maioria destes casos foi para crimes menores e que não sejam violentos. A pena mais pesada foi de cinco anos de prisão para Robert Scott Palmer, que admitiu ter agredido um polícia com uma placa de madeira e um extintor de incêndio.
O impacto no Partido Republicano

Apesar de ter sido um evento sem precedentes na história dos Estados Unidos, os representantes políticos não se uniram numa mensagem em uníssono contra a violência da extrema-direita e vários Republicanos têm desvalorizado publicamente o que aconteceu a 6 de Janeiro.

Andrew Clyde, um congressista do partido, chegou a comparar a invasão com uma visita turística normal, apesar das imagens o mostrarem a barricar-se na galeria da Câmara dos Representantes no mesmo dia. Para o cientista político Cas Mudde, Clyde é um exemplar da história do Partido Republicano em 2021.

“Clyde simboliza um partido que teve a oportunidade de se afastar do caminho anti-democrático que seguiu com Donald Trump, mas que foi demasiado fraco na ideologia e na liderança para o fazer, sendo assim uma ameaça fundamental à democracia nos EUA em 2022 e no futuro”, escreve no The Guardian.

Mas Clyde está longe de ser um caso único. Vários políticos do partido, como os Senadores Josh Hawley, Ted Cruz e Ron Johnson e o líder da minoria Republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, ajudaram a propagar as acusações de Trump de que a eleição foi fraudulenta.

Outros, como o empresário Bernie Moreno, que inicialmente felicitou Biden pela vitória e encorajou os seus “amigos conservadores” a aceitar o resultado apesar de acreditar que houve algum tipo de fraude, mudaram depois de tom. “O Presidente Trump diz que a eleição foi roubada e ele tem razão“, diz agora Moreno num anúncio da sua campanha para as primárias no Senado estadual do Ohio.

Se já desde a campanha de Donald Trump em 2016 que um grupo de Republicanos se opôs firmemente às suas políticas, conhecidos como Never Trumpers, a verdade é que, com o passar do tempo, o partido rendeu-se à popularidade do ex-Presidente na base, especialmente quando antigos aliados próximos de Trump, como o seu vice-presidente Mike Pence ou o Senador Mitch McConnell, foram alvos de ameaças por não o apoiarem incondicionalmente.

O chumbo da segunda proposta de destituição, já depois de Joe Biden ter assumido a presidência foi talvez o momento que consolidou definitivamente a realidade — o Partido Republicano é agora o partido de Donald Trump.

Pelo menos 163 Republicanos que abraçaram as conspirações sobre a fraude nas presidenciais estão a concorrer para cargos estaduais que lhes dão autoridade sobre a administração de eleições, revela o Washington Post, sendo que pelo menos cinco estavam até presentes no motim de 6 de Janeiro.

O impacto da propagação a nível mainstream das conspirações sobre a fraude eleitoral estão também a levar a que os estados aprovem leis que dificultam mais o processo de voto. De acordo com o Brennan Center for Justice foram introduzidas 440 leis com provisões que restringem o acesso ao voto em 49 dos 50 estados norte-americanos, o número mais alto desde que o centro começou a contagem.

“A conclusão generalizada no estrangeiro é de que um ano depois do ataque no Capitólio, algo permanece partido na democracia da América. O legado de 6 de Janeiro pode ser menor como um evento isolado do que como um ponto de inflexão na narrativa geral de que os Estados Unidos são uma casa dividida, incapaz de chegar a um consenso e com os seus pilares da democracia e do alcance global enfraquecidos irrevogalmente”, remata o Washington Post.
As conspirações que ainda persistem

Várias das conspirações que foram propagadas continuam a persistir, apesar de não haver provas de que sejam verdade.

Uma das mais conhecidas é que o ataque não foi propagado por apoiantes de Trump, mas sim por protestantes do movimento Black Lives Matter ou ANTIFA (um termo que se aplica a vários pequenos grupos anti-fascistas). Na verdade, nenhum dos mais de 729 acusados tem qualquer ligação a um grupo ANTIFA.

Outra teoria era de que teria sido o FBI a organizar o ataque ou de que a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, teria ignorado os pedidos de reforços da polícia do Capitólio, tendo esta última sido propagada por alguns legisladores Republicanos. Nada aponta para que nenhuma destas conspirações sejam verdade.

https://zap.aeiou.pt/ano-insurreicao-capitolio-feridas-por-sarar-455485









Universidade inglesa censura poema grego por referências a violência doméstica !


Universidade inglesa editou um poema grego com 2000 anos, para evitar “ofender” alguns dos seus estudantes devido a ligeiras referências à violência doméstica na obra.

Os responsáveis da University of Reading censuraram um poema de 118 linhas grego com 2.000 anos porque “podia” ofender os estudantes mais sensíveis, revela o Ancient Origins.

Devido ao recentemente descoberto ato de censura “ridículo”, Jeremy Black, professor emérito de história na Universidade de Exeter, considerou a instituição inglesa “mais do que ingénua”.

O texto menciona “violência doméstica” contra as mulheres, o que “pode potencialmente desencadear angústia” em alguns estudantes, defendeu a instituição de ensino universitário.

Escrito por Semonides de Amorgos, o poema intitula-se “The 2,000-year-old Types Of Women” e foi, até ao momento, utilizado no ensino da universidade em causa. No entanto, e apesar de não ter existido qualquer queixa, foi tomada a decisão de censurar certos versos.

A obra fala do deus grego Zeus, que cria dez tipos de mulheres representadas por um animal ou um elemento: o porco, a raposa, o cão, a terra, o mar, o burro, o furão, a égua e o macaco representam nove tipos de mulheres com conotações negativas, apenas a abelha é considerada um modelo para uma boa esposa.

De acordo com o Daily Mail, os estudantes foram alertados para o facto de o poema ser “um exemplo de misoginia extrema na Grécia arcaica” e, entretanto, todas as referências à “violência explícita contra as mulheres” foram censuradas pelos responsáveis da University of Reading.

A edição do texto grego para evitar ofender os estudantes “é ridícula e não tem lugar na academia”, disse Black.

Se este nível de censura fosse aplicado às notícias, continuou, “acabaríamos por ter uma visão mais limitada e ignorante do mundo“.

Também Ewen Bowie, bolseiro emérito do Corpus Christi College e Professor Emérito de Línguas e Literaturas Clássicas da Universidade de Oxford, disse que “as obras antigas precisam de ser compreendidas no contexto” e não totalmente apagadas.

Quando se começam a censurar listas de leitura está-se “a colocar o pé na encosta escorregadia em direção a censurar o que está a ser vendido nas livrarias”, acrescentou.

“Não censuramos o material académico”, disse um porta-voz da University of Reading, acrescentando que uma parte particular do poema grego tinha sido retirada porque “parecia desnecessariamente desagradável e (potencialmente) desencadeante”.

https://zap.aeiou.pt/universidade-inglesa-censura-poema-grego-por-referencias-a-violencia-domestica-455215


Em França, os anúncios de automóveis terão de incluir apelos ao uso de bicicletas e andar a pé !


Governo francês está empenhado em tornar a mobilidade dos seus cidadãos mais sustentável, tendo já proibido, a partir de 2040, a venda de veículos novos movidos a gás ou diesel.

O uso da publicidade para a propagação de mensagens úteis para a saúde não é algo novo. O álcool e os cigarros são exemplo disso há anos, com as suas embalagens a fazerem referência às consequências para a saúde do seu consumo. Agora, as autoridades francesas pretendem fazer novo uso desta estratégia, desta feita relativamente ao uso do automóvel em detrimento de soluções de mobilidade sustentáveis, como a bicicleta ou andar a pé.

Esta intenção materializar-se-á com a inclusão de apelos a estas práticas nos anúncios de automóveis que sejam emitidos já a partir de 1 de março.A medida resulta da influência por parte de grupos de lobistas com tendências ambientalistas. Segundo a legislação que lhe deu origem, será obrigatória a inclusão das três seguintes expressões: “para viagens pequenas, ande ou pedale”, “considere o carpooling” [partilha de viaturas] ou “use os transportes públicos diariamente”.

Segundo o site The Drive, as mensagens devem ser incluídas em todos os anúncios, sejam eles impressos, online ou transmitidos via rádio ou televisão. Deverão ser visíveis de forma clara nos ecrãs ou, no caso da rádio, transmitidas alto depois de o anúncio propriamente dito ser finalizado. Será também, em determinados contextos, obrigatória a apresentação da hashtag #SeDéplacerMoinsPolluer, o que em português será algo como “Mova-se sem poluição”. As multas para quem não cumpra podem ir até aos 50 mil euros.

Todo o esforço faz parte de um plano mais abrangente para reduzir as emissões em França, um país onde os automóveis particulares representam a fonte de 15% das emissões de gases com efeito de estufa. Na mesma linha, também estão proibidos de circular em Paris carros mais antigos e a partir de 2040 estará proibida de a venda veículos movidos a gás ou a diesel.

Barbara Pompili, ministra da Transição Ecológica, sublinhou a importância de uma abordagem multi-facetada para combater o problema, ou seja, tornar o setor dos transportes mais verde. “Descarbonizar os transportes não é apenas mudar para veículos elétricos. Também significa, quando possível, usar os transportes públicos ou a bicicleta”, escreveu no Twitter.

https://www.blogger.com/blog/post/edit/1205560504948790281/6118357811589148013

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...