domingo, 23 de janeiro de 2022

À caça dos espólios nazis - Procuram-se artefactos roubados na II Guerra Mundial !


Num esforço global de devolução de arte aos países de origem, estudiosos estão à procura de vários artefactos roubados pelos nazis na Segunda Guerra Mundial.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Adolf Hitler ordenou que os bens culturais de outras nações fossem obtidos, muitas vezes à força.

Hitler queria enriquecer o regime e os seus líderes com tesouros, vender arte roubada que não refletisse os ideais do Reich e criar o Führermuseum, imaginado como o centro cultural do mundo, na sua cidade natal de Linz, na Áustria.

Investigadores estão cada vez mais a concentrar a sua atenção na apreensão e escavação de antiguidades da Grécia e de outros países pelas forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, escreve o The New York Times.

Os nazis invadiram a Grécia em 1941, com o major-general do exército alemão Julius Ringel a iniciar escavações ilegais na ilha de Creta. Esta era uma terra rica em artefactos da civilização minoica, que floresceu aproximadamente entre o século XXX e XV a.C.

Ringel ficou com alguns para seu próprio ganho e outros foram enviados para os museus alemães, como espólios de guerra.

O major-general nazi também confiscou antiguidades da Villa Ariadne, a antiga casa do arqueólogo britânico Sir Arthur Evans, e roubou outras de um quarto trancado no antigo palácio de Cnossos.

Vassilios Petrakos, curador de antiguidades e secretário geral da Sociedade Arqueológica de Atenas, salienta que militares como Ringel não só roubaram como também destruíram artefactos históricos.

Os estudiosos estão agora a tentar desvendar os mistérios do que aconteceu com os objetos que foram escavados ou apreendidos há oito décadas. Estados Unidos, Alemanha, Itália, França, Polónia e Grécia são os principais países a fazê-lo.

“As antiguidades não receberam o tipo de investigação aprofundada que merecem sobre o destino das antiguidades gregas, romanas, bizantinas, etruscas, do Oriente Próximo e egípcias roubadas pelos nazis”, disse Claire Lyons, curadora de antiguidades do Museu Getty, em declarações ao Times.

“Precisamos de focar mais esforços na Segunda Guerra Mundial”, sentenciou.

Quanto à situação na Grécia, Petrakos diz que uma lista do que foi roubado “não existe e já não é possível”, devido aos anos que passaram. “Nós nem sabemos a quantidade de bens que foram encontrados” nas escavações dos nazis, acrescenta o curador.

Ainda que a Alemanha esteja a fazer um esforço para devolver os bens roubados, dado que não há uma lista completa dos artefactos roubados, a tarefa é complicada.

Heinrich Himmler, chefe da Gestapo e das SS, também iniciou escavações na Grécia, com o objetivo de provar que os alemães faziam parte de uma raça ariana e eram herdeiros da cultura grega antiga.

O foco no roubo de antiguidades por parte dos nazis acontece numa altura em que os museus de todo o mundo enfrentam uma pressão crescente para rever arte originalmente adquirida por colonizadores e forças de ocupação em épocas que antecedem a Segunda Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/procuram-artefactos-roubados-nazis-458166


Instalação de captura de carbono da Shell emite mais gases poluentes do que capta !


O Complexo Scotford, uma instalação de captura de carbono da Shell em Alberta, tem a mesma pegada de carbono por ano que 1,2 milhões de automóveis movidos a combustível.

Entre 2015 e 2019, a instalação de captura e armazenamento de carbono Quest da Shell capturou cerca de 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na sua fábrica de produção de hidrogénio no Complexo Scotford.

Contudo, um novo relatório da organização de direitos humanos Global Witness descobriu que a fábrica de hidrogénio emitiu 7,5 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa no mesmo período, entre eles metano.

A VICE destaca que a fábrica tem a mesma pegada de carbono por ano que 1,2 milhões de carros movidos a combustível.

“Consideramos que a Shell está a enganar o público e a dar-nos apenas um lado da história”, disse Dominic Eagleton, autor do relatório, acrescentando que a indústria tem pressionado os governos a subsidiar a produção de hidrogénio fóssil (hidrogénio produzido a partir de gás natural), que é complementado com a tecnologia de captura de carbono como uma alternativa “amiga do clima”.  

“A Quest foi originalmente concebida como um projeto de demonstração para provar a tecnologia (de captura de carbono) e, de um modo geral, cumpriu ou excedeu as nossas expectativas”, disse o porta-voz da Shell Canadá, Stephen Doolan.

Quanto à alegação de que a fábrica terá emitido 7,5 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa, a empresa não respondeu, notando apenas que, à medida que o tempo passa, a instalação captura mais carbono, mas também emite mais.

O relatório da Global Witness indica ainda que os governos federal e de Alberta gastaram centenas de milhões de dólares de fundos públicos – pelo menos 654 milhões – para pagar o projeto Quest, de mil milhões de dólares.

À data de publicação deste artigo, o Ministério da Energia de Alberta recusou-se a fazer comentários por não ter lido integralmente o relatório.

Aos jornalistas, Joanna Sivasankaran, secretária de imprensa do Ministro dos Recursos Naturais, disse que “a utilização e armazenamento da captura de carbono não é uma bala de prata para a crise climática, mas uma ferramenta importante para alcançar os ambiciosos objetivos climáticos do Canadá e reduzir as emissões em muitas indústrias”.

https://zap.aeiou.pt/instalacao-captura-carbono-da-shell-458574


Restrições na Nova Zelândia obrigam primeira-ministra a cancelar o próprio casamento !


A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse hoje que teve de cancelar o seu próprio casamento devido às restrições impostas pelo seu Governo para impedir a disseminação da pandemia de covid-19.

“O meu casamento não vai acontecer. Não sou diferente de milhares de outros neozelandeses afetados pela pandemia. O mais desanimador é não poder estar com um ente querido quando este está doente”, disse a chefe de Governo, durante uma conferência de impressa.

O Governo de Jacinda Ardern vai impor, a partir da meia-noite (hora local) de hoje, regras mais rígidas sobre o uso de máscara, bem como a limitação de pessoas em eventos, devido ao aparecimento de um surto de nove casos da variante Ómicron após um casamento.

Bares, restaurantes e eventos como casamentos terão uma afluência máxima de 100 pessoas (25 se não for exigido o certificado covid), o que obrigou a própria primeira-ministra a cancelar a sua festa de matrimónio.

Nesta altura, 94% dos neozelandeses com mais de 12 anos já receberam duas doses de vacinas contra a covid-19, enquanto 56% receberam uma terceira dose de reforço.  

A Nova Zelândia – que manterá as fronteiras encerradas para viajantes estrangeiros até abril de 2022 – foi um dos países que agiu mais cedo e com mais medidas para travar a pandemia, tendo conseguido manter o número total de infeções em cerca de 15.550 e as mortes em 52.

No entanto, em outubro, o país abandonou a estratégia de “zero casos”, devido ao aumento da vacinação, e adotou um sistema de “semáforos”, que consiste em vários níveis de alerta e restrições que podem ser aplicados por zonas geográficas.

https://zap.aeiou.pt/nova-zelandia-pm-cancelar-casamento-458763


Os M&M’s têm novas personalidades, calçado e postura ! Marca quis tornar-se mais “inclusiva” !

A M&M’s atualizou o aspeto e as personalidades das suas mascotes para “criar um mundo onde todos sintam que pertençam”.

A Mars anunciou, na quinta-feira, que vai atualizar o aspeto e as personalidades das mascotes que representam a sua marca de chocolates M&M’s em prol de um mundo mais inclusivo.

“A M&M’s existe há mais de 80 anos” e, em 2022, a marca “continua a evoluir para refletir o mundo mais dinâmico e progressivo em que vivemos”, lê-se na publicação.

“A marca M&M’s atualizada vai incluir uma visão mais moderna das nossas personagens favoritas, assim como personalidades mais diferenciadas para sublinhar a importância da auto-expressão e o poder da comunidade através da narração de histórias”, acrescentou a empresa, citada pelo Russia Today.

Desta forma, o tom de pele das mascotes será mais neutro e o tom de voz “mais inclusivo, acolhedor e unificador”, preservando a sua natureza brincalhona.

Outra mudança é o calçado que as personagens femininas irão usar: a mascote verde vai usar sapatilhas em vez de botas de salto alto, enquanto a personagem castanha terá agora sapatos de salto baixo.

Também as poses serão diferentes. As personagens vão adotar posturas “mais convidativas e acolhedoras, para que todos se sintam como se fizessem parte da equipa”.

“Na Mars estamos empenhados em promover um ambiente onde os nossos mais de 130.000 associados se sintam valorizados e respeitados, independentemente de quaisquer diferenças visíveis ou invisíveis. E com este compromisso, a M&M’s junta-se a muitas outras marcas Mars que trabalham para o mundo que queremos amanhã”, conclui o comunicado da empresa.

Nas redes sociais, nem todos os utilizadores gostaram desta mudança.

“Adoro este recente inferno capitalista, são literalmente guloseimas de chocolate antropomórficas revestidas de açúcar”, escreveu, no Twitter, um utilizador.

“Não são só fictícios, como são literalmente um arco-íris e, aparentemente, não são suficientemente diversificados”, criticou outro internauta, na mesma rede social.

https://zap.aeiou.pt/os-mms-tem-novas-personalidades-458593

 

Pagaram 2.7 milhões por um livro - Pensam que adquiriram os direitos de autor !


O grupo SpiceDao gastou muito dinheiro em ‘Duna’, mas acredita que vai ganhar muito mais por causa do NFT. E há outra sugestão: queimar o livro!

O que une um livro de ficção científica, publicado em 1965, e um NFT, muito popularizado em 2021? Esta notícia insólita.

Primeiro, convém lembrar o que é um NFT. A sigla significa non-fungible token, ou seja, “senha não fungível”.

Um NFT um tipo especial de token criptográfico que representa algo único. Um NFT pode verificar a titularidade de um ficheiro digital. Uma imagem de computador pode ser copiada e colada infinitamente, gerando várias cópias de um original desconhecido; um ficheiro que seja associado a um NFT permite saber qual o ficheiro original e quem é o seu dono.

A “explosão” deste termo aconteceu no ano passado, quando uma “colagem digital” do artista Beeple foi vendida em leilão por quase 60 milhões de euros (recorde em obras não físicas).

Contexto superado, agora aparece na narrativa ‘Duna’, um livro escrito por Frank Herbert e que será o livro de ficção científica mais vendido de sempre. Esta estória futurista custaria algumas dezenas de euros, num processo de compra “normal”.

Mas o SpiceDAO, um grupo de “fanáticos” pelo mundo criptográfico, decidiu gastar 2.66 milhões de euros para comprar esse livro. E gastou mesmo.

Porquê? Porque os membros desse grupo acreditam que a cópia que compraram será a única versão impressa de ‘Duna’. E também acreditam que vão ganhar muito mais do que 2.66 milhões de euros, por causa dos direitos de autor, quando a versão original fosse comprovada através do…NFT.

Na página do grupo no Twitter, lê-se: “Ganhámos o leilão, por 2,66 milhões de euros. Agora a nossa missão é: tornar o livro público (na medida permitida por lei), produzir uma série limitada de desenhos animados inspirada no livro e vendê-la para um serviço de streaming, e apoiar projectos derivados da comunidade”.

No entanto, lembra o portal IFLScience, este grupo não comprou nada disso. Não tem direitos para tal. Comprou um livro. Só.

E, no meio do seu fórum, lê-se outra ideia extraordinária: comprar o livro, transformar tudo em imagens e, depois, queimar o livro. Assim, as “únicas cópias” existentes do livro seriam as tais imagens.

Quem sugeriu isto explicou que esse processo iria aumentar o valor da cadeia NFT, que iriam ficar mais próximos da garantia de que esta seria a única cópia legal do livro. Além disso, filmar o momento em que queimam o livro seria um “golpe de marketing incrível!”.

A ideia principal dos SpiceDAO parece mesmo ser criar uma série de desenhos animados baseada no livro. E depois disponibilizar o livro publicamente.

Mas falta o pormenor: este grupo não passou a ser o detentor dos direitos de autor, por ter comprado uma cópia do livro. Caso avancem para os desenhos animados, vão ter problemas com a empresa…que tem os direitos de autor de ‘Duna’.

https://zap.aeiou.pt/milhoes-livro-direitos-de-autor-457975


China acredita que a Ómicron chegou ao país por correio !


A China detetou um caso da variante Ómicron e acredita que a mulher terá sido infetada através de correio que chegou do estrangeiro.

As autoridades de Pequim estão a dizer aos 23 milhões de moradores da cidade para pararem de encomendar bens do exterior depois de ter detetado o primeiro caso da Ómicron, escreve a BBC.

A mulher infetada não tem histórico de viagens ao estrangeiro e a China acredita que a variante chegou ao país através do correio. Isto porque as autoridades de saúde chinesas descobriram cartas na sua posse com traços da variante.

O correio foi enviado do Canadá e passou pelo Hong Kong antes de chegar até à China, esclarece a Business Insider.

Nenhum dos 69 contactos próximos da chinesa deu positivo à covid-19. No entanto, foram encontrados vestígios do coronavírus em correspondência internacional por abrir.

O Canada Post, o serviço de correios do Canadá, escreve no seu site que não é possível apanhar covid-19 através de encomendas.

Ainda assim, a China não toma meias medidas. Pequim pediu para as pessoas evitarem o correio internacional e o abrissem ao ar livre com luvas e máscara.

Em Portugal — e no resto do mundo —, a Ómicron tem sido responsável pelo aumento exponencial de novos casos. Esta quinta-feira, por exemplo, foi batido o recorde nacional de novas infeções, com 56.426 casos registados nas últimas 24 horas.

A China prepara-se para receber os Jogos Olímpicos de Inverno, que começam dia 4 de fevereiro. Embora os eventos desportivos não sejam abertos ao público, o surgimento da Ómicron em Pequim foi um alerta. A política “zero covid” da China não descansa e qualquer caso é altamente reprovável.

https://zap.aeiou.pt/china-omicron-chegou-pais-por-correio-458184

 

Alemães estão a deixar a Igreja para evitar pagar imposto !


Centenas de milhares de alemães estão a deixar a fé de lado e abandonar a sua igreja para evitar pagar um imposto mensal religioso.

Na Alemanha, cristãos e judeus pagam entre oito e nove por cento do seu imposto mensal sobre o salário para a igreja ou sinagoga.

A prática conhecida como Kirchensteue (imposto da igreja) ou Kultussteuer (imposto de culto) está agora a perder adeptos, já que milhares de alemães estão a abandonar a sua religião para evitar pagar este imposto.

Tipicamente o dinheiro tem como destino a instituição religiosa em que a pessoa foi batizada e registada enquanto criança, escreve a VICE.

Igrejas católicas e protestantes, e sinagogas judaicas, estão incluídas, enquanto cristãos ortodoxos, budistas, muçulmanos e membros de outras minorias religiosas estão isentos.  

Isto significa que uma pessoa que receba 3.500 euros brutos por mês — o salário médio de uma pessoa de Berlim — vai descontar cerca de 46€ para o Kirchensteue. Ou seja, por ano, esse germânico contribui com 550€ para um serviço do qual pode nem usufruir.

Em 2020, as igrejas católicas e protestantes faturaram 12 mil milhões de euros com este imposto. No entanto, este valor tem vindo a diminuir, já que milhares de alemães estão a optar por abandonar a sua igreja.

Um relatório de 2021 mostrou que um terço dos crentes alemães que pagam o imposto estão a considerar desistir da religião. Em 2019, mais de meio milhão de alemães fez precisamente isso.

Carsten Frerk, especialista em finanças da igreja, diz que teoricamente o imposto só deve ser pago uma vez, quando as pessoas aderem à igreja.

Os recentes escândalos que envolvem casos de pedofilia na Igreja Católica também contribuem para que vários alemães estejam a afastar-se da fé.

Além disso, em 2013, o bispo alemão Franz-Peter Tebartz-van Elst gastou 31 milhões de euros na renovação da sua casa.

A Alemanha não é um caso único no que toca ao imposto da igreja. Também na Áustria, Suíça, Finlândia, Suécia e Dinamarca, as pessoas contribuem com uma parte do seu salário para as instituições religiosas.

https://zap.aeiou.pt/alemaes-deixar-igreja-evitar-imposto-458371


Sul-coreano esfaqueou 60 vezes a avó ! Tribunal decidiu que não cometeu o crime por “maldade” !


Um sul-coreano foi considerado culpado por ter esfaqueado a sua avó cerca de 60 vezes até à morte. A pena, no entanto, é leve, uma vez que o tribunal decidiu que o homicídio foi “acidental”.

Segundo os meios de comunicação social da Coreia do Sul, o indivíduo, de 19 anos de idade, matou a avó num momento de fúria por ser picuinhas e por tê-lo repreendido.

Ele e o irmão viviam com a idosa desde 2012, depois de os seus pais se terem divorciado.

A VICE escreve que o mais velho, considerado culpado do homicídio, foi condenado entre sete e 12 anos de prisão. A acusação tinha pedido prisão perpétua, a pena máxima por homicídio no país, mas tal não foi aceite pelo tribunal, que considerou que o esfaqueamento repetido foi “acidental“.

A análise psicológica mostrou que o mais velho tinha uma tendência para “expressões emocionais explosivas“, pelo que o tribunal concluiu que não cometeu o crime por “maldade“.

O irmão mais novo, de 17 anos, foi condenado a uma pena de prisão dois anos e meio, depois de ter sido considerado culpado de ajudar o mais velho no homicídio, fechando as janelas para que os gritos da idosa de 77 anos não pudessem ser ouvidos a partir do exterior.

O caso está a provocar uma onda de revolta no país, com cidadãos a criticarem o sistema judicial sul-coreano por ser demasiado permissivo para com os adolescentes.

Na Coreia do Sul, o principal objetivo do sistema de justiça juvenil é reabilitar os delinquentes, em vez de os punir severamente. Os tribunais encorajam os infratores a participar em programas que visam modificar o comportamento em vez de lhes aplicar uma pena de prisão mais longa.

No entanto, há legisladores a defender que, tal como está, o sistema dá “injustamente” imunidade aos delinquentes mais novos, menores de 19 anos, simplesmente porque são jovens.

https://zap.aeiou.pt/sul-coreano-esfaqueou-60-vezes-avo-458565

Negacionistas do tempo defendem que, afinal, uma hora não tem 60 minutos !


Há um movimento, no Twitter, a defender que as horas não estão a durar 60 minutos. Os defensores alegam que o tempo está a ser roubado.

Todos nós já ouvimos a lenga-lenga: “o tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem; o tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem”.

A verdade é que aprendemos desde muito cedo que uma hora tem 60 minutos, mas há quem não esteja totalmente convencido.

Depois de vacinas com chips e terraplanistas, a nova teoria da conspiração alega que o tempo está a passar mais rápido do que antes e que a única explicação é que nos esteja ser roubado.

Os defensores acreditam, portanto, que “as horas não duram 60 minutos“.  

Os apoiantes desta conspiração garantem que o tempo está a passar mais rápido.

Grande parte das teorias da conspiração carecem de conhecimento científico. Este caso, porém, é explicado com base na Lei de Weber.

Segundo o El Español, a metamática Hannah Fry explicou que, “embora um ano tenha sempre a mesma duração, a relação entre quanto tempo dura um ano e quanto tempo se está vivo está a ficar cada vez mais pequena“.

No fundo, cada ano que passa acrescenta percetivelmente menos ao total da nossa vida do que um ano quando somos crianças. Isto significa que, à medida que envelhecemos, temos a sensação de que o tempo passa mais rápido.

https://zap.aeiou.pt/negacionistas-do-tempo-hora-nao-60-min-458365

 

Não era preciso certificado - Bastava a foto de um cão para entrar neste restaurante canadiano !


O The Granary Kitchen foi temporariamente encerrado depois de as autoridades terem recebido avisos de que o restaurante em Alberta, no Canadá, estava a violar as regras sanitárias, que exigem que os clientes mostrem o certificado de vacinação ou teste negativo para poderem usufruir da refeição no interior.

As restrições sanitárias em Alberta, no Canadá, ditam que qualquer restaurante só pode servir cidadãos com a vacinação contra a covid-19 completa ou aqueles que tenham um resultado negativo de um teste PCR feito até 72 horas antes.

O The Granary Kitchen, em Red Deer, parece ter-se desleixado: em vez de pedir um comprovativo relacionado com a covid-19, estava a aceitar fotografias de cães.

“Foram recebidas algumas queixas de que os funcionários estavam a permitir que os clientes entrassem no estabelecimento quando lhes é apresentada uma fotografia de um cão e identificação pessoal”, lê-se num pedido dos Serviços de Saúde de Alberta para o encerramento do restaurante, datado de 14 de janeiro.

Segundo a VICE, o Serviços de Saúde de Alberta terá enviado dois responsáveis, disfarçados de clientes, após ter recebido sucessivas queixas. Depois de visitarem o restaurante em momentos distintos e apresentarem fotografias de cães, puderam ambos jantar descansados.  

A autoridade de saúde decidiu encerrar temporariamente o estabelecimento, que entretanto já reabriu.

Alberta tem a segunda taxa mais baixa de vacinação contra a covid-19 no Canadá, quando comparada com outras províncias e territórios. Até à data, cerca de 78% dos cidadãos da cidade receberam pelo menos uma dose de vacina, em comparação com cerca de 83% dos canadianos.

https://zap.aeiou.pt/nao-preciso-certificado-restaurante-458587


Um país inteiro começou a usar Bitcoin e agora a sua economia está a vacilar !


Meses depois de ter anunciado que iria aceitar a Bitcoin como moeda legal, El Salvador vê-se à beira do colapso económico.

Em setembro do ano passado, El Salvador passou a aceitar a Bitocoin como moeda legal e o presidente do país, Nayib Bukele, anunciou até planos para construir uma “Cidade Bitcoin” e transformar o país no “centro financeiro do mundo”.

No entanto, e segundo a Fortune, forçar os bancos e lojas a aceitarem uma criptomoeda com a qual a população não está familiarizada revelou-se uma boa forma de abalar a economia daquele país.

El Salvador está agora perante dívidas ainda maiores e Bukele já se viu obrigado a pedir um empréstimo de 1,3 mil milhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional.

Nos últimos cinco meses, desde que adotou oficialmente a Bitcoin como moeda legal, o crédito soberano de El Salvador foi quatro vezes pior do que antes da mudança, estimam peritos.

A extrema volatilidade daquela criptomoeda também tem estado em destaque, uma vez que o seu preço é agora de 40 mil dólares – em setembro, andava em torno dos 60 mil.

“El Salvador tem agora a dívida soberana mais difícil do mundo, e é por causa da loucura da Bitcoin”, disse Steve Hanke, professor de economia aplicada na Universidade Johns Hopkins, citado pela Futurism.

“Os mercados pensam que Bukele enlouqueceu, e enlouqueceu”, continuou.

Uma pesquisa da Universidade Centro-Americana, realizada em setembro do ano passado, revelou que nove em cada dez cidadãos de El Salvador não sabiam o que era a Bitcoin, e oito em cada dez tinham pouca ou nenhuma confiança no dinheiro digital.

Além disso, Bukele vendeu, aos seus cidadãos, a ideia de que a legislação faria com que as remessas – dinheiro enviado por amigos e família emigrados para salvadorenhos – fossem mais baratas. Mas o contrário aconteceu com maior frequência.

Isto porque os cidadãos transformavam imediatamente a Bitcoin que recebiam em dinheiro. Hanke acredita que isto acaba por ser quase quatro vezes mais caro do que as remessas tradicionais.

https://zap.aeiou.pt/um-pais-inteiro-comecou-a-usar-bitcoin-e-agora-a-sua-economia-esta-a-vacilar-458589

 

Tom Cruise quer gravar um filme no Espaço! E já há uma empresa disposta ajudá-lo !


Data do início da construção da estrutura ainda não está definida, mas deve acontecer após a conclusão da Axiom Station, a qual deverá estar em órbita em dezembro de 2024.

A SEE, equipa de produção que está a trabalhar com Tom Cruise para concretizar o seu projeto de gravar um filme no Espaço, anunciou uma parceria com a Axiom Space para adicionar uma infraestrutura desportiva e de cinema à Estação Internacional Espacial no final de 2024. A adição — cujo nome seria SEE-1 — terá a configuração de um módulo insuflável. Seria construída pela Axiom para a Space Entertainment Enterprise e seria fixa ao complexo comercial que a Axiom também está a planear acrescentar à estação espacial.

Da estrutura fariam parte um estúdio para a produção de filmes, conteúdos televisivos e musicais, mas também espaços para atuações e eventos desportivos. “O SEE-1 é uma oportunidade incrível para a humanidade evoluir em direção a um novo rumo e iniciar um capítulo entusiasmante no Espaço”, explicaram Dmitry e Elena Lesnevsky, co-fundadores da SEE.

Tal como nota o Universe Today, Dmitry Lesnevsky é um produtor de televisão e de cinema russo, publisher e também co-fundador da REN TV — apesar da SEE estar baseada em Londres. O casal Lesnevsky consta da lista de produtores do projeto de cinema no Espaço de Tom Cruise, o qual tem o apoio da SpaceX (Elon Musk também é um dos produtores) e da NASA.

A Axiom Space, por sua vez, especula-se que impulsione o projeto de Tom Cruise, apesar de os timings deste ainda não terem sido anunciados e não se saber com certeza se o ator, famoso pelos seus filmes de ação, iria efetivamente usar o SEE-1. O que é já certo é a construção, por parte da Axiom, do seu módulo comercial, conhecido como Axiom Station.

De acordo com os esboços que foram divulgados, o design esférico do SEE-2 inclui um espaço pressurizado com seis metros de largura que pode ser adaptado a um vasto conjunto de atividades, nomeadamente “meios de produção de última-geração a bordo capazes de captar e transmitir a experiência da ausência de gravidade com elevados níveis de realismo”, avançou Michael Baine, engenheiro da Axiom.

Já Michael Suffredini, CEO da Axiom, explicou que o SEE-1 se insere na visão da empresa já que vem fornecer “uma infraestrutura de base que permite uma economia diversa em órbita”. “Acrescentar um espaço dedicado ao entretenimento às capacidades comerciais do Axiom Station vai expandir as utilidades da plataforma enquanto uma base global para utilizadores e destacar o conjunto de oportunidades que a nova economia do espaço tem para oferecer.”

Apesar do seu caráter aparentemente inovador, o projeto SEE-1 segue os passos de outro anunciado em outubro, quando uma atriz russa e um produtor viajaram até à estação espacial para filmar algumas cenas para um filme com o título “O Desafio”, em tradução direta para o português.

Segundo a SEE, os seus parceiros, consultores e conselheiros incluem figuras da industria dos media com experiência em empreendimentos, como a HBO, a Endemol — com presença em Portugal — ou a Viacom. A empresa avançou ainda que está a apresentar o projeto com investidores e parceiros comerciais, estando nos planos uma ronda tendo em vista a procura de financiamento.

https://zap.aeiou.pt/tom-cruise-quer-gravar-um-filme-no-espaco-e-ja-ha-uma-empresa-disposta-ajuda-lo-458603

sábado, 22 de janeiro de 2022

Ambições Neo-Otomanas da Turquia no Oriente Médio e Ásia Central: “A agitação no Cazaquistão é uma ameaça para a Rússia e a China” !


Recentemente, o Cazaquistão estava em caos quando a violência eclodiu nas ruas, no que parecia ser o início de uma revolta popular, semelhante à “Primavera Árabe” de 2011. Depois que a poeira baixou e as prisões foram feitas, surgiu a história completa de que se originou com a Irmandade Muçulmana e foi apoiado pelo presidente Erdogan da Turquia, como parte de seu sonho de um Império Neo-Otomano, com Erdogan desempenhando o papel de sultão. Steve Sahiounie, do MidEastDiscourse, entrevistou Ararat Kostanian em um esforço para entender a história por trás dos eventos no Cazaquistão e como eles se relacionam com conflitos regionais, como a Armênia, e os principais atores, como a Rússia. Ararat Kostanian é especialista em estudos do Oriente Médio e Relações Internacionais. Atualmente trabalha como Junior Fellow e doutorando no Instituto de Estudos Orientais da Academia Nacional de Ciências da Armênia, e publicou ensaios e artigos sobre o Islã Político, a Turquia, a Guerra da Síria e o surgimento do mundo multipolar e sobre a Armênia. política estrangeira. * Steven Sahiounie (SS): Relatórios recentes dizem que a Armênia e a Turquia estão em negociações. Como você vê o progresso dessas conversas e o que você espera como resultado? Ararat Kostanian (AK): Representantes especiais do lado armênio e turco se reuniram em Moscou recentemente para conversas sobre a normalização das relações entre a Armênia e a Turquia sem pré-condições. Essas conversas são a recriação da tentativa anterior de normalização das relações que foi realizada em 2008, que resultou na assinatura dos protocolos “Sobre o Estabelecimento de Relações Diplomáticas” e “Sobre o Desenvolvimento das Relações entre a República da Armênia e a República da Turquia”. Após a assinatura, a Turquia recusou o acordo com uma pré-condição para o assentamento de Nagorno-Karabakh. Por outro lado, embora a Armênia afirme normalizar as relações com a Turquia sem condições prévias, a maioria dos armênios na Armênia e na diáspora veem as relações entre Armênia e Turquia devem ser vistas no contexto das relações armênias e turcas, nas quais exigimos a pleno reconhecimento, condenação e reparação do Genocídio Armênio. Pelo contrário, a Turquia há décadas exige do governo armênio que recuse o reconhecimento internacional do genocídio armênio como condição prévia para normalizar as relações com a Armênia. Além disso, a Turquia fechou unilateralmente suas fronteiras com a Armênia em 1993 devido ao conflito de Nagorno-Karabakh e apoiou o Azerbaijão política e economicamente. Nesse sentido, o comportamento da Turquia em relação à Armênia é uma violação do Direito Internacional. Nesse sentido, tanto na Armênia quanto na Turquia, os defensores da normalização das relações sem pré-condições são minorias políticas que têm valores neoliberais e anseiam por impulso econômico nas fronteiras. Acredito que as negociações atuais em geral são um jogo político para a Armênia mostrar que não tem empatia com a Turquia, independentemente de sua política anti-Armênia, e para a Turquia é uma tentativa de mostrar ao mundo sua vontade de normalizar as relações com um país vizinho que tem estado em inimizade por mais de cem anos. SS: A Armênia e o Azerbaijão já viram guerras de fronteira no passado. Qual é a situação atual do conflito? Na sua opinião, qual foi o papel da Rússia no conflito armênio e na região?

AK: O Azerbaijão atacou a República de Nakorno-Karabakh há um ano e a Armênia enfrentou outra guerra conhecida como a segunda guerra de Nagorno-Karabakh. Um acordo de cessar-fogo foi assinado na Rússia entre a Armênia e o Azerbaijão e a Rússia e as forças de paz russas entraram em Nakorno-Karabakh e concordaram por ambos os lados em permanecer lá por cinco anos. Sem dúvida, o movimento militar da Rússia salvou os armênios de Artsakh de outro genocídio e hoje a República de Artsakh, embora ainda não reconhecida internacionalmente, mas no terreno, está sob o controle total das forças de paz russas. O conflito ainda não foi resolvido, pois há tropas do Azerbaijão em terras armênias e tanto a Turquia quanto o Azerbaijão estão buscando o controle da parte sul da Armênia, para que a Turquia chegue por terra ao Azerbaijão e cumpra seu desejo de estabelecer o Império neo-otomano avançando para a Ásia Central em nome da Armênia e do povo armênio. Gostaria de mencionar que na segunda guerra do Nakorno-Karabakh, a Turquia entrou na guerra apoiando o Azerbaijão e é outra violação do Direito Internacional. Conhecemos muito bem as ambições da Turquia quando analisamos as suas violações e intervenções ilegais na Síria, Iraque, Líbia, Chipre e desta vez no Sul do Cáucaso contra a Arménia e o Nagorno-Karabakh. É necessário formar não uma coalizão política e econômica contra a Turquia como vimos ultimamente, mas uma aliança militar para poder deter os avanços da Turquia em territórios que nunca lhe pertenceram. Esta ameaça tornou-se séria quando a Turquia começou abertamente a nutrir terroristas e enviá-los para diferentes regiões, como aconteceu na segunda guerra de Nagorno-Karabakh. Ao contrário, a Rússia tem atuado na região e em nível global desde a guerra na Síria. Nas guerras contra sírios e armênios, as estratégias diplomáticas e militares russas visam interromper as ambições da Turquia de estabelecer o Império neo-otomano e o avanço de extremistas para as fronteiras próximas à Rússia. Em outras palavras, a Rússia está agindo como uma barreira na frente da ideologia pan-turânica da Turquia, que é apoiada pelo Ocidente. SS: Recentemente, o Cazaquistão viu agitação e violência. Como resultado, a Armênia e outros vizinhos enviaram tropas de paz cumprindo um tratado existente. Qual é a situação das tropas armênias no Cazaquistão? AK: A agitação e a violência ocorrida no Cazaquistão é uma continuação do cenário do que aconteceu como nas guerras impostas à Síria, Armênia e desta vez foi uma preparação no Cazaquistão. A agitação no Cazaquistão é uma ameaça tanto para a Rússia quanto para a China. Derrubar governos ou iniciar guerras diretas com a ajuda dos terroristas abrigados pela Turquia. O Cazaquistão é um país essencial para a Turquia estabelecer o Império Neo-Otomano e tem havido defensores desta política entre os indivíduos presos no Cazaquistão. A este respeito, considero muito importante que a Arménia tenha aderido à missão de manutenção da paz realizada pela Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) não só porque a Arménia está a presidir, mas também é uma mensagem clara de que a Arménia pode ser apresentada em outras regiões também que a Turquia tem grandes ambições e que a Arménia está na luta contra o terrorismo. A unidade de missão de paz armênia vem protegendo os assentamentos nacionais do Cazaquistão de um ataque esperado pelos terroristas. SS: O Genocídio Armênio foi reconhecido por vários países ao redor do mundo como: França, Rússia, Canadá, Síria, Irã, Alemanha e muitos outros. Na sua opinião, por que a ocupação israelense não reconheceu o Genocídio Armênio até agora?

AK: Por motivos morais, Israel deveria ser um dos primeiros países a reconhecer o Genocídio Armênio, considerando o incidente do holocausto, mas o governo israelense não apenas traiu a noção de condenar qualquer ato de genocídio contra qualquer raça ou etnia, mas também mostrando uma política de duplo padrão ao trazer a resolução de reconhecer o Genocídio Armênio ao Knesset sem ratificação e reconhecimento oficial como um ato para pressionar a Turquia. Além disso, o lobby israelense nos Estados Unidos trabalhou por décadas contra os esforços do lobby armênio no caminho do reconhecimento do genocídio armênio. Além disso, o governo israelense não mostra uma simpatia única pelos armênios de Jerusalém, uma presença armênia há mais de dois mil anos com seu bairro armênio, e a maioria dos armênios não tem cidadania israelense. A política do Estado israelense tem sido não defender a presença armênia em Jerusalém e essa é uma das razões pelas quais os armênios estão e historicamente têm relações mais estreitas com os palestinos. Além disso, Israel declarou ser aliado do Azerbaijão e na segunda guerra do Nagorno-Karabakh apoiou o Azerbaijão política, econômica e militarmente. A mídia israelense tem apoiado principalmente o Azerbaijão. A este respeito, considero que o Azerbaijão, a Turquia e Israel travaram uma guerra direta ou indireta contra o Nagorno-Karabakh. Sobre este assunto, acredito que o mundo muçulmano em geral, e o mundo árabe em particular, devem interpretar que o conflito entre armênios e turcos não é um conflito religioso e Israel é um aliado da Turquia e do Azerbaijão com o apoio do Ocidente.

Mideast Discourse.

Coreia do Norte alerta que 'ameaças dos EUA' podem forçar Pyongyang a retomar testes de mísseis nucleares e de longo alcance !

A Coreia do Norte suspendeu unilateralmente os testes de armas nucleares e mísseis de longo alcance em 2018, em meio ao aquecimento das relações com Seul e Washington sob Donald Trump, que estabeleceu um relacionamento pessoal com Kim Jong-un. Os laços RPDC-EUA começaram a esfriar depois que Pyongyang rejeitou o desarmamento unilateral de Trump em 2019 e azedaram ainda mais com Joe Biden. A Coreia do Norte alertou que pode abandonar suas moratórias autoimpostas sobre testes nucleares e de mísseis de longo alcance, dizendo que as “ameaças militares” dos EUA que “atingiram uma linha de perigo” são as culpadas. “Avaliando que a política hostil e as ameaças militares dos EUA atingiram uma linha de perigo que não pode mais ser ignorada, apesar de nossos sinceros esforços para manter a maré geral de relaxamento das tensões na Península Coreana desde a cúpula RPDC-EUA em Cingapura, o [Politburo] reconheceu unanimemente que devemos fazer uma preparação mais completa para um confronto de longo prazo com os imperialistas dos EUA”, informou a Agência Central de Notícias da Coreia na quinta-feira, citando decisões tomadas em uma reunião da liderança do país, presidida pelo secretário-geral Kim Jong- un. O relatório da KCNA indicou que nos anos desde os esforços diplomáticos realizados por Kim e autoridades dos EUA em 2018 e 2019 para aliviar as tensões, os EUA “realizaram centenas de exercícios de guerra conjuntos”, entregaram “meios de ataque ultramodernos” à Coreia do Sul. e colocou “armas estratégicas nucleares na região ao redor da península coreana”, assim “ameaçando seriamente a segurança de nosso estado”. O Politburo da RPDC também acusou os EUA de “maltratar violentamente” Pyongyang e cometer um “ato tolo” ao aplicar mais de vinte pacotes de sanções contra a nação asiática. Prometendo “ação prática para aumentar de forma mais confiável e eficaz” o potencial militar do país, o Politburo instruiu suas forças armadas a “reforçar imediatamente meios físicos mais poderosos que possam controlar eficientemente os movimentos hostis dos EUA contra a RPDC ficando cada vez mais sério a cada dia. .” Foram dadas instruções “para reconsiderar em escala geral as medidas de construção de confiança que tomamos por iniciativa própria em um terreno preferencial e examinar prontamente a questão de reiniciar todas as atividades temporariamente suspensas”, afirmou o relatório. Loucura de mísseis A Coreia do Norte suspendeu unilateralmente armas nucleares e testes de mísseis de longo alcance em 2018 em meio a um aquecimento dos laços com Seul e Washington, e manteve sua promessa mesmo depois que as negociações entre Kim e Trump fracassaram em 2019. As relações esfriaram ainda mais sob Biden em 2021. 2018, o país limitou seus testes de mísseis a projéteis de curto alcance. Nas últimas duas semanas, a Coreia do Norte aumentou drasticamente suas atividades de teste, testando com sucesso projéteis hipersônicos, lançando dois mísseis balísticos convencionais de um sistema ferroviário e disparando um par de mísseis guiados táticos.

Em 12 de janeiro, o Tesouro dos EUA aplicou sanções a seis funcionários norte-coreanos, acusando-os de envolvimento na aquisição de componentes para os programas de armas de destruição em massa e mísseis de Pyongyang. Um empresário russo e sua empresa também foram acusados ​​de “atividades ou transações que contribuíram materialmente para a proliferação de armas de destruição em massa ou seus meios de entrega”. Biden não falou sobre a Coreia do Norte em uma coletiva de imprensa solo na quarta-feira, marcando seu primeiro aniversário no cargo. Um porta-voz da Casa Branca se recusou a “entrar nas hipóteses” de uma possível resposta dos EUA à retomada dos testes de mísseis nucleares e de longo alcance por Pyongyang, mas disse que o objetivo de Washington continua sendo a desnuclearização da península coreana. No início deste mês, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, caracterizou os testes de mísseis da Coreia do Norte como “profundamente desestabilizadores” e disse que os EUA trabalhariam com seus aliados regionais para encontrar uma solução.

Pyongyang expressou vontade de trabalhar com Seul e Washington para reduzir as tensões na região, mas rejeitou as exigências dos EUA de que abandone unilateralmente as armas nucleares. Pyongyang supostamente vê as armas de destruição em massa como uma garantia de sua segurança estratégica contra a agressão estrangeira. O país construiu gradualmente as capacidades de seus mísseis, em maio de 2017 ganhando capacidade teórica para atingir Guam, e realizando dois testes de mísseis balísticos intercontinentais - o Hwasong-14 e o Hwasong-15 - em julho e novembro de 2017. Este último diz-se que duas armas são capazes de atingir o continente dos EUA. O país demonstrou outro ICBM - o Hwasong-17 - em outubro de 2020, com esse míssil com alcance de até 13.000 km e um peso potencial de ogiva de 2.000-3.500 kg.

https://sputniknews.com

O líder do partido Gennady Zyuganov escreve resolução para reconhecer as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk como independentes !

Seria “moralmente justificado” que a Rússia reconheça a independência das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk na Ucrânia para salvar o povo do “genocídio”, afirmou um grupo de parlamentares comunistas russos . Liderados pelo chefe do partido Gennady Zyuganov, políticos do maior partido da oposição do país redigiram um projeto de resolução pedindo ao parlamento que peça ao presidente russo Vladimir Putin que proclame as duas áreas no leste da Ucrânia como nações independentes e pediu ao governo que forneça “ajuda humanitária” a região. Separatistas nas duas autoproclamadas repúblicas de Donetsk (DPR) e Lugansk (LPR) declararam independência em 2014, após os eventos de Maidan, quando violentos protestos de rua derrubaram um governo democraticamente eleito em Kiev.

Ambos os estados permanecem não reconhecidos por Moscou e Kiev, apesar dos apelos de alguns na Rússia para apoiar sua causa. Putin se recusou repetidamente a fazê-lo no passado, observando que elas fazem parte da Ucrânia. Agora, com as tensões entre a Ucrânia e a Rússia em alta, os comunistas novamente propuseram que Moscou realize negociações para reconhecer formalmente a DPR e a LPR. No projeto de decreto, os parlamentares chamaram o reconhecimento das autoproclamadas repúblicas de “razoável e moralmente justificado”, sugerindo que as pessoas que vivem lá estão ameaçadas por “genocídio”. Não houve nenhuma evidência apresentada para sugerir que o assassinato em massa é uma ameaça séria.
Além disso, os políticos relataram que os moradores que vivem na DPR e na LPR vivem sob constante bombardeio das forças ucranianas há oito anos. “As autoridades ucranianas pararam de pagar pensões e benefícios sociais e impuseram um bloqueio econômico completo à população e às empresas das repúblicas populares de Donetsk e Luhansk”, diz o documento. “As ações das autoridades ucranianas podem ser comparadas ao genocídio de seu povo.” Os deputados comunistas também alegaram que “foram construídos órgãos e governos democráticos com todos os atributos de poder legítimo” tanto na DPR quanto na LPR desde 2014. Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não viu o projeto de lei e não poderia comentar. Em 2015, os líderes da Rússia, Alemanha, França e Ucrânia se reuniram em Minsk para concordar com um pacote de medidas para acabar com os combates no Donbass. Após longas discussões, as quatro nações concordaram em um documento de 13 pontos destinado a garantir a paz na região. Incluído no documento está uma promessa da Ucrânia de alterar a constituição do país para incluir autonomia extra para os oblasts de Donetsk e Luhansk, que são majoritariamente de língua russa.

https://www.rt.com

Rússia teme que ameaças dos EUA contra Moscovo possam desencadear nova guerra dentro da Ucrânia !

Alguns cabeças quentes na liderança ucraniana podem desenvolver a ilusão de que podem tentar reiniciar a guerra civil em seu país ou tentar lidar com o problema do Sudeste usando a força, observou Dmitry Peskov

MOSCOU, 20 de janeiro. /TASS/. As ameaças dos Estados Unidos contra a Rússia podem instilar falsas esperanças em algumas autoridades ucranianas e tentá-las a reacender uma guerra civil no país, disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov à mídia nesta quinta-feira. "Todas essas declarações podem causar uma desestabilização, porque alguns cabeças quentes da liderança ucraniana podem desenvolver a ilusão de que podem tentar reiniciar a guerra civil em seu país ou tentar lidar com o problema do Sudeste usando a força", disse o porta-voz do Kremlin. . "Sentimos certos temores a esse respeito", disse ele quando solicitado pela TASS para comentar as alegações do presidente dos EUA, Joseph Biden, de que a suposta intrusão da Rússia na Ucrânia resultaria em desastre para Moscou. "Acreditamos que eles [declarações dos EUA] de forma alguma promovem o alívio das tensões que surgiram na Europa", disse Peskov. Ele chamou a atenção para o fato de que "declarações contendo ameaças contra a Rússia e alertas de que a Rússia teria que pagar caro por algumas ações hipotéticas são uma ocorrência diária". "Eles podem ser ouvidos todos os dias no nível médio de especialistas e no nível mais alto, o nível do chefe de Estado também", disse Peskov, acrescentando que "isso vem acontecendo com notável persistência pelo menos no último mês. " Ele lembrou que Moscou tem feito comentários regulares sobre essas alegações. Em sua opinião, "não devem seguir mais comentários, pois essas declarações são apenas repetições de anteriores".

2.

Rússia pede que EUA, Alemanha e França parem de ser coniventes com as ações de Kiev - Lavrov

Os parceiros ocidentais continuam "fugindo" da pergunta sobre o que eles acham que realmente aconteceu na Ucrânia em 2014, o ministro das Relações Exteriores da Rússia também observou

GENEBRA, 21 de janeiro. /TASS/. Em seus contatos com Estados Unidos, Alemanha e França, a Rússia continua pedindo que parem de ser coniventes com as ações da Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira, após conversar com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. "Mais uma vez hoje e quando recebemos o ministro das Relações Exteriores alemão, e em contatos com nossos colegas franceses, insistimos que já é hora de parar de fechar os olhos ao que o regime de Kiev está fazendo e obrigá-lo a implementar o que prometeu e o que foi aprovado pelo Conselho de Segurança [da ONU]", disse ele. De acordo com o alto diplomata russo, os parceiros ocidentais continuam "fugindo" da pergunta sobre o que eles acham que realmente aconteceu na Ucrânia em 2014. Em suas palavras, eles preferem dizer que o ponto de partida da tragédia na Ucrânia foram os acontecimentos na Crimeia. Mas a Rússia, frisou, continua a lembrar que o acordo de paz entre o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e a oposição, onde Alemanha, França e Polônia atuavam como fiadores, foi rompido. "A oposição quebrou e imediatamente saiu com declarações russófobas exigindo que os russos fossem expulsos da Crimeia. Então enviou militantes para lá e depois disso <…> Crimeanos se levantaram e organizaram seu referendo", explicou ele.

https://tass.com/world/1391589

Divisões com o governo dos EUA: a observação de “incursão menor” de Biden revela muito sobre a estratégia de sua equipe na Rússia


Está claro que o governo Biden continua dividido sobre o que fazer, mas que alguns membros dentro dele estão flertando perigosamente com a possibilidade de provocar o que eles erroneamente pensam que pode ser uma “crise gerenciável” com a Rússia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, escandalosamente brincou durante a entrevista coletiva de quarta-feira que a Otan pode estar dividida sobre como responder no caso de a Rússia realizar uma chamada “incursão menor” na Ucrânia. Isso revela que a estratégia de sua equipe em relação à Rússia não está totalmente formada no contexto da crise de mísseis não declarada provocada pelos EUA na Europa, que as negociações no início deste mês visavam diminuir. Também segue a especulação das agências de inteligência americanas de que a Grande Potência da Eurásia está planejando um ataque de “bandeira falsa” no Donbass para justificar o uso da força contra seu vizinho, o que Moscou obviamente negou com raiva. Essa alegação levou um líder da milícia ucraniana oriental a alegar com muito mais credibilidade que na verdade são agentes ucranianos treinados pelos britânicos que estão planejando um ataque de bandeira falsa lá.

É objetivamente o caso de que as tensões estão aumentando entre os EUA e a Rússia como resultado de recentes negociações que não conseguiram obter garantias legais para a segurança deste último. Em particular, Moscou está solicitando que a OTAN declare formalmente que não se expandirá mais para o leste e que também não implantará armas de ataque perto das fronteiras da Rússia. O Kremlin também solicitou respostas por escrito a todas as suas propostas muito detalhadas que seus representantes discutiram recentemente com seus homólogos americanos. Enquanto a facção anti-chinesa das burocracias militares, de inteligência e diplomáticas permanentes dos EUA (“deep state”) tem interesse em diminuir as tensões na Europa para permitir que o Pentágono redistribua algumas de suas forças de lá para o Ásia-Pacífico para “conter” a China de forma mais agressiva, seus rivais anti-russos discordam.
Essa facção subversiva evidentemente conseguiu ao menos atrasar o progresso nessa frente, se não arriscar perigosamente sua reversão para uma competição ainda mais intensa entre essas potências nucleares. Há também um contexto político doméstico crucial que recentemente entrou em jogo, e essa é a última onda de perdas legislativas do governo Biden na frente doméstica. Alguns especulam que a equipe do titular pode tentar provocar uma distração internacional que eles podem erroneamente acreditar que pode ser “administrável” para reunir o país em apoio ao seu líder idoso. O momento é tal que isso poderia proverbialmente “matar dois coelhos com uma cajadada só”, provocando a temida “pequena incursão” da Rússia durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim no próximo mês, a fim de estragar esse último evento.
No entanto, dependendo do escopo e da escala da “incursão menor” que pode ser desencadeada pela facção anti-russa do “estado profundo” dos EUA, encorajando Kiev a iniciar uma terceira rodada de hostilidades da Guerra Civil no leste da Ucrânia e/ou impensavelmente atacar diretamente as forças russas através da fronteira, o Ocidente liderado pelos EUA pode ou não impor seu pior regime de sanções contra Moscou. Em teoria, ataques de artilharia e mísseis de dentro das próprias fronteiras da Rússia contra alvos militares ucranianos hostis podem ser suficientes para neutralizar ameaças iminentes sem que suas forças tenham que cruzar a fronteira internacional. Isso pode permitir que a Rússia responda abaixo do limite das sanções enquanto ainda estraga inadvertidamente os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, como os EUA podem esperar.
Estrategicamente falando, isso é sinistramente semelhante ao que os EUA fizeram durante os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, quando encorajou o ex-presidente georgiano Saakashvili a provocar uma “pequena incursão” semelhante, atacando as forças de paz russas na Ossétia do Sul durante o início desses Jogos. A história pode mais uma vez estar se repetindo pelas razões de interesse próprio acima mencionadas. Assim como naquela época, os EUA pensavam que qualquer crise de proxy cinética com a Rússia seria “administrável”, mas o resultado superou suas expectativas. Assim também pode acontecer algo semelhante em relação à Ucrânia, uma vez que qualquer “pequena incursão” da Rússia provavelmente visaria neutralizar completamente a ameaça militar à sua segurança nacional daquela nação vizinha. Em outras palavras, os EUA sofreriam um enorme revés estratégico.
Também seria suficiente para provocar a crise externa que a equipe de Biden pode ter se convencido perigosamente de que ele precisa por razões políticas domésticas relacionadas a distrair os americanos de sua agenda legislativa fracassada e fazê-los se unirem a ele sob o chamado pretexto “patriótico”. . Dependendo de como a sequência de eventos é passada para os americanos médios, também poderia dar aos democratas uma chance de lutar antes das eleições de meio de mandato no final deste ano. É reconhecidamente uma aposta, mas, como diz o ditado, “pessoas desesperadas fazem coisas desesperadas” e o governo Biden está se tornando cada vez mais desesperado como resultado de seus últimos reveses legislativos. A “pequena incursão” que sua facção anti-russa do “estado profundo” pode estar planejando provocar pode, portanto, ser vista como um cenário realista. Os observadores devem lembrar que, embora a visão compartilhada nesta análise faça sentido da perspectiva pela qual o autor vem interpretando a abordagem dos EUA em relação às garantias de segurança da Rússia, tudo ainda pode acontecer, já que sua dinâmica de “estado profundo” permanece opaca por sua própria natureza . Isso significa que o cenário de “incursão menor” pode realmente não acontecer se algo mudar nos bastidores e, assim, alterar seus cálculos de “estado profundo”. Está claro que o governo Biden continua dividido sobre o que fazer, mas que alguns membros dentro dele estão flertando perigosamente com a possibilidade de provocar o que eles erroneamente pensam que pode ser uma “crise gerenciável” com a Rússia. As próximas quatro semanas até a cerimônia de encerramento das Olimpíadas, em 20 de fevereiro, serão reveladoras.

OneWorld.

Tensão entre Rússia e NATO mantém-se - Putin e Biden podem sentar-se à mesa

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, reuniram-se mais uma vez, esta sexta-feira, numa tentativa de resolver a crise entre a Rússia e a NATO.

As baixas expectativas que este encontro viesse resolver alguma coisa confirmaram-se, escreve o Público. No ar ficaram promessas de uma nova cimeira entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente norte-americano, Joe Biden.

Tanto Estados Unidos como Rússia parecem não recuar nas suas posições. Ainda assim, os diplomatas dos dois países parecem interessados em manter as negociações.

À saída da reunião, Blinken caracterizou o encontro como “franco e substantivo”, mostrando-se otimista.

“Tendo por base as conversações que tivemos ao longo da última semana e hoje aqui em Genebra, penso que há razões e os meios para lidar com algumas das preocupações mútuas que temos acerca da segurança”, disse o norte-americano.

Por sua vez, Lavrov recusou dizer se as negociações entre a Rússia e a NATO estão no caminho certo. “Iremos perceber isso quando recebermos a resposta americana por escrito a todos os pontos da nossa proposta”, atirou o ministro russo.

A Rússia defende que é “absolutamente obrigatório” assegurar que a Ucrânia nunca se tornará membro da NATO. Moscovo acusou os membros da NATO de “encher” a Ucrânia de armamento e os EUA de alimentar as tensões.

Segundo a BBC, a Rússia quer ainda o fim das atividades militares da NATO no Leste Europeu e que nenhum míssil seja instalado em países como a Polónia e a Roménia. Por fim, propôs um tratado com os EUA para impedir que armas nucleares sejam instaladas fora dos seus territórios nacionais.
Guterres “convencido” que Rússia não intervirá na Ucrânia

Apesar do receio de uma eventual invasão russa à Ucrânia, há quem acredite que tudo será resolvido.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se “convencido” de que “não acontecerá” uma invasão militar russa ou incursão na Ucrânia e pediu diplomacia para resolver a crise em curso, principalmente entre a Rússia e os Estados Unidos.

“Não deverá haver intervenção militar”, estimou o chefe da ONU, que falava numa conferência de imprensa. “Estou convencido de que isso não vai acontecer” e “espero firmemente ter razão”, acrescentou.

António Guterres acredita que “a diplomacia é a forma de resolver os problemas” e defendeu que é necessário “evitar o pior”.

Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, considerou que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que concentrou dezenas de milhar de militares junto à fronteira da Ucrânia, “não queria uma guerra em grande escala”.

Mas, acrescentou: “Acho que ele vai entrar” na Ucrânia de uma forma ou de outra. “Ele vai ter que fazer alguma coisa”, disse ainda, sem mais detalhes.

A Rússia garante que não tem intenção de intervir militarmente na Ucrânia, apesar de ter enviado militares e armas.

A Casa Branca anunciou hoje que não exclui um encontro entre Biden e Putin, caso contribua para diminuir a tensão bilateral devido à concentração de tropas russas junto à fronteira ucraniana.

Na sua conferência de imprensa diária, e perante a ausência de progressos nas conversações entre as duas partes, a porta-voz presidencial, Jen Psaki, afirmou que Biden se vai reunir este fim de semana na residência de Camp David com a sua equipa de Segurança Nacional e o secretário de Estado, Antony Blinken, para abordar “os próximos passos” a seguir.

Ao referir-se à possibilidade de uma nova reunião entre Biden e Putin, Psaki disse que “caso seja um passo recomendado, e pensamos que pode ser positivo nesta fase da discussão, o Presidente está sempre aberto a discussões de líder a líder”.

Biden e Putin já se encontraram pessoalmente num encontro presidencial em junho de 2020 em Genebra (Suíça), e em dezembro mantiveram uma reunião virtual com o objetivo de reduzir a tensão bilateral.

https://zap.aeiou.pt/tensao-entre-russia-e-nato-mantem-458674


“Está toda a gente exausta”: Política “zero covid” está a dividir a China !


Após um mês sob confinamento restrito, a cidade chinesa de Xian está a retomar gradualmente a normalidade, mas o português Luís Pinto, ali radicado há dois anos, já está a pensar na próxima quarentena.

“O problema agora é apanhar duas quarentenas, porque a [variante] Ómicron é muito mais contagiosa e vai alastrar-se”, previu à agência Lusa o treinador de futebol.

“Depois de passarmos por esta quarentena, vai ser só uma questão de meses, porque Xian é uma cidade muito turística. É o centro cultural da China. Toda a gente quer vir cá visitar os Guerreiros de Terracota e passar férias”, descreveu.

Situada no centro da China, Xian foi colocada sob quarentena de facto em 22 de dezembro, após as autoridades detetarem um surto, provocado pela variante Delta do novo coronavírus.

Com uma população de 13 milhões de pessoas, a cidade registou mais de 2.000 infeções desde dezembro do ano passado. Esta semana alcançou os zero casos.

As medidas, as mais restritivas na China desde o isolamento da cidade de Wuhan, no início da pandemia, geraram críticas entre a população local.

As redes sociais chinesas foram inundadas com queixas de moradores que disseram não ter acesso a comida e outros bens de primeira necessidade.

Luís Pinto admitiu que houve um “período complicado”, quando os residentes deixaram de ter acesso a bens essenciais.

“Eles falharam muito naquilo que foi a assistência às pessoas”, apontou. “Houve pessoas, com crianças e recém-nascidos, que passaram fome”.

No caso mais trágico, uma mulher grávida de oito meses perdeu o bebé depois de ter sido negada entrada num hospital, por não ter resultado negativo para a covid-19.

A China pratica, desde o início da pandemia, uma política de ‘zero covid’, que implica a aplicação imediata de medidas de confinamento, testes em massa e restrições nas deslocações quando um surto é detetado.

A fórmula tornou o país pais populoso do mundo num exemplo de sucesso de saúde pública. Segundo dados do Governo chinês, desde o início da pandemia, 102.932 pessoas ficaram infetadas e 4.636 morreram. Em comparação, os Estados Unidos, o grande rival geopolítico e ideológico da República Popular, somou mais de 800.000 mortos.

Mas a insistência em medidas rígidas, quando o resto do mundo vislumbra uma fase endémica para a doença, começa também a dividir a opinião pública chinesa.

“Está toda a gente exausta”, disse à Lusa uma chinesa a viver em Pequim, após ser notificada pelas autoridades, pelo terceiro ano consecutivo, para que evite deslocações desnecessárias durante o Ano Novo Lunar.

O Ano Novo Lunar é a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, e, tradicionalmente, a maior migração interna do planeta. Para muitos dos cerca de 300 milhões de trabalhadores migrantes empregados nas prósperas cidades do litoral, esta é a única altura do ano em que reveem os filhos, que permanecem geralmente com os avós no interior do país.

Num outro caso a que a agência Lusa teve acesso, um morador de Pequim foi obrigado a cumprir um período de quarentena de 14 dias, depois de se ter deslocado por um dia, em trabalho, à cidade vizinha de Tianjin, onde entretanto foi detetado um surto, e apesar de ter testado negativo para o vírus.

No portal de perguntas e respostas Zhihu, semelhante à plataforma Quora, internautas chineses dividem-se face às medidas aplicadas.

“Basta olhar para quantas mortes existem nos países ocidentais. Sim, esta situação em Xian é lamentável, mas infelizmente devo dizer que algumas mortes são melhores do que alguns milhões de mortes”, apontou um internauta.

No campo oposto, um internauta questionou “por quanto tempo pode isto continuar? Não consigo vislumbrar um fim para a política de ‘zero covid’. Não estamos a resolver o problema, apenas a tentar pará-lo”.

Outro criticou a abordagem de cima para baixo que caracteriza a burocracia chinesa.

“Quando acontece este tipo de situações, ninguém ousa aceitar os pacientes com medo que um surto possa acontecer no seu hospital, o que significaria que a sua carreira política terminava ali”, descreveu.

Para Luís Pinto, a solução é estar atento.

“Da próxima vez que sentir que vem uma quarentena, vou-me pôr a andar”, disse. “Não vale a pena ficar aqui mais um mês parado”.

https://zap.aeiou.pt/politica-zero-covid-divide-china-458669


Da demissão à moção de censura - “Partygate” abre vários cenários para Boris


A indignação causada pelas alegadas “festas” no Governo britânico que violaram as restrições da pandemia covid-19, escândalo conhecido por ‘Partygate’, aumentou a probabilidade de o primeiro-ministro, Boris Johnson, ser forçado a sair.

Pressionado a demitir-se pela oposição e por vários dos deputados do seu próprio Partido Conservador, o destino de Boris Johnson está em grande parte dependente do resultado de um inquérito interno ao que aconteceu, esperado na próxima semana.

Estes são alguns dos potenciais cenários:
Demissão

Boris Johnson desenvolveu uma reputação de ‘teflon’, a proteção antiaderente dos tachos, devido à capacidade de sobreviver a acusações de mentiras, racismo ou de casos extraconjugais.

“Ele sempre conseguiu sair de situações complicadas que outros mortais comuns não conseguiriam”, disse recentemente o ex-primeiro-ministro David Cameron à estação Sky News.

Confrontado com provas de que realmente esteve presente numa “festa” nos jardins de Downing Street em maio de 2020, em pleno confinamento, Boris Johnson pediu “desculpas sinceras”.

Se o inquérito interno conduzido por Sue Gray concluir que ele foi avisado das irregularidades naquela ou outras ocasiões, fica evidente que mentiu no Parlamento, conduta que tradicionalmente leva à demissão. Se não for provado que sabia, poderá escapar-se, impondo medidas disciplinares contra determinados colaboradores.
Moção de censura

O Partido Conservador é conhecido por não ter piedade dos líderes em tempos de turbulência, como aconteceu com Margaret Thatcher em 1990, depois de mais de uma década no poder.

Com eleições locais já em maio, a impopularidade do líder pode ser considerada um inconveniente. Para derrubar Boris Johnson, pelo menos 54 deputados do Partido Conservador devem submeter “cartas de desconfiança” à “Comissão 1922”, que representa a bancada parlamentar, para ser convocada uma votação equivalente a uma moção de censura.

O procedimento é secreto e menos de 10 deputados declararam publicamente ter entregue a carta. Se as conclusões do inquérito de Sue Gray deixarem claro que existiram irregularidades e que o primeiro-ministro deixou instalar-se uma cultura de transgressão e impunidade, mais poderão juntar-se. Provas concretas podem também desencadear uma investigação policial que seria excruciante para o Governo.
Boris resiste

O ‘Partygate’ pode ser adicionado à longa lista de escândalos que atormentaram a carreira de Boris Johnson, inclusive desde a chegada ao Governo, em 2019.

O Partido Conservador foi multado por não declarar o donativo de um financiador generoso para a remodelação luxuosa dos aposentos de Boris Johnson em Downing Street e o primeiro-ministro causou controvérsia ao querer mudar as regras para evitar sanções a um deputado Conservador que tentou influenciar o Governo a favor de empresas que lhe pagavam.

E mesmo que o patamar de 15% do grupo parlamentar decida desencadear uma moção de censura, é preciso que mais de 50%, ou 181 deputados, votem contra Boris Johnson para forçar a demissão.

Theresa May sobreviveu em 2018 a uma conspiração de eurocéticos. Se escapar, Boris Johnson poderá continuar em funções até 2023, pois as regras determinam que durante 12 meses não pode ser sujeito a nova moção de censura.
Tempo contado

Se sobreviver, Boris Johnson fica de sobreaviso. O Partido está fragmentado em fações descontentes com o Governo: eurocéticos que querem ativar o artigo 16.º e suspender o Protocolo da Irlanda do Norte; libertários que querem abolir todas as restrições da pandemia; ’tatcheristas’ que querem a redução de impostos; deputados do norte de Inglaterra que querem mais investimento fora de Londres; críticos de medidas impopulares para combater as alterações climáticas.

As eleições locais de maio serão uma espécie de barómetro, para perceber se Boris Johnson continua a atrair votos. Uma derrota significativa poderá ser fatal. Nessa altura, os deputados vão decidir se podem ter mais probabilidades de vencer as próximas eleições legislativas, previstas para 2024, com outro líder.

https://zap.aeiou.pt/partygate-varios-cenarios-boris-458679


Porque é que o 5G lançou o caos na aviação dos EUA e o que não aprenderam com a Europa !


O 5G tornou-se num grande problema para a aviação norte-americana e lançou o caos em vários aeroportos, com voos cancelados ou alterados. Mas, afinal, o que está em causa? Entre acusações e desentendimentos, faltou olhar para o exemplo da Europa.

As companhias de telecomunicações norte-americanas AT&T e Verizon lançaram o serviço 5G nos EUA, nesta semana, o que gerou muitas perturbações no sector da aviação.

Grandes companhias aéreas tiveram que cancelar ou mudar planos de voos devido aos receios de segurança com o lançamento da tecnologia sem fios de quinta geração (5G).

O principal medo está relacionada com uma potencial interferência do 5G com as leituras de altitude em alguns aviões, nomeadamente os Boeing 777.

A AT&T e a Verizon anunciaram que suspenderiam o lançamento do 5G perto dos aeroportos. Mas, mesmo assim, várias companhias aéreas cancelaram voos ou fizeram alterações nas suas escalas.

Uma complicação “à 11ª hora” que poderia ter sido resolvida muito antes, como refere o gerente de pesquisa da consultora International Data Corporation (IDC), Jason Leigh, em declarações ao The National, um media do Médio Oriente.
Uma questão de frequências…

Jason Leigh destaca que houve discussões durante “os últimos 12 meses sem uma resolução”.

“A Boeing indicou que há um problema com os altímetros no seu 777, mas não foi capaz de dizer porque é isso um problema apenas para os aeroportos dos EUA e não para aeroportos em outros países, onde o mesmo espectro de banda média foi implantado”, nota ainda Leigh.

Os rádio-altímetros dos aviões dão leituras precisas da altura aquando da aproximação ao solo, pelo que são essenciais para as aterragens.

Esses equipamentos operam nas faixas 4,2 GHz a 4,4 GHz, enquanto as frequências leiloadas para o 5G operam entre 3,7 GHz a 3,98 GHz, o que é muito próximo.

Quanto maior for a frequência, mais rápido será o serviço 5G, pelo que as operadoras de telecomunicações apontam sempre às frequências mais altas.

Contudo, em outros países, como na Europa, por exemplo, o 5G funciona em frequências mais baixas, entre 3.4 GHz a 3.8 GHz, e, portanto, fica mais longe das frequências usadas pelos altímetros.

Até agora, “nenhum risco de interferência insegura foi identificado na Europa”, revelou a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia no passado mês de Dezembro.

Em França, as antenas de 5G em torno dos grandes aeroportos foram colocadas afastadas das rotas de voo para minimizar os riscos de interferência, revelou à CNN um dirigente da Agência Nacional de Frequências do país (ANFR), Eric Fournier.

Na Coreia do Sul, o 5G funciona nas frequências de 3.42 a 3.7 GHz e também não foram reportados incidentes desde que foi lançado em Abril de 2019.

“Um dos assuntos mais delinquentes que já vi”

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA na sigla original em Inglês) já apelou às partes envolvidas para partilharem toda a “informação técnica” e para trabalharem em conjunto rumo a uma solução.

É necessário encontrar um ponto de encontro entre os vários interesses das companhias de aviação, das operadoras de telecomunicações e das autoridades que controlam a segurança aérea.

Mas para alguns especialistas, como Jason Leigh, fica evidente que as “operadoras móveis [dos EUA] não fizeram um bom trabalho” para articular todo o processo, considerando as questões de segurança.

Já o director da consultora de aviação Bauer, Linus Bauer, considera ao The National que a falta de “coordenação e de cooperação entre o Governo, as agências federais, os cientistas e a indústria levou ao caos que estamos a testemunhar”.

“É um dos assuntos mais delinquentes, totalmente irresponsáveis, que eu já vi na minha carreira na aviação”, desabafa, por seu turno, o presidente da Dubai Emirates, Tim Clark, em declarações à CNN.

“Alguém lhes deveria ter dito os riscos e os perigos que o uso de uma certa frequência coloca em torno de aeródromos e campos metropolitanos”, lamenta ainda Tim Clark.

A Dubai Emirates foi uma das companhias que cancelou voos para cidades como Boston, Chicago, Miami e S. Francisco, entre outras.

Entretanto, a Boeing revelou, em comunicado, que está a trabalhar com as companhias aéreas e com os responsáveis das empresas de telecomunicações para encontrar uma “solução orientada por dados” que possa ser usada “a longo prazo” e que garanta que “todos os modelos de aviões comerciais possam operar com segurança à medida que o 5G for implantado nos EUA”.

https://zap.aeiou.pt/5g-caos-aviacao-eua-458628


Aos 19 anos, Zara Rutherford tornou-se a mulher mais jovem a dar a volta ao mundo de avião sozinha !

A jovem quer agora estudar Engenharia Elétrica e tornar-se uma astronauta. A parte mais desafiante da viagem foi sobrevoar a Sibéria.

A adolescente Zara Rutherford já está nos livros de recordes, aos 19 anos. A britânica e belga tornou-se a mulher mais jovem a dar uma volta ao mundo de avião sem tripulação.

A jovem aterrou no aeroporto de Kortrijk-Wevelgem, na Flandres, às 13 horas locais, completando assim a jornada de 52 mil quilómetros que a levou a 31 países em cinco continentes, lembra o The Guardian.

“É doido. Ainda não processei o que se passou“, revelou a piloto aos jornalistas, envolvida em bandeiras britânicas e belgas.

Houve “momentos incríveis”, mas também outros em que temeu pela sua vida. “A parte mais difícil foi sobrevoar a Sibéria, porque estava extremamente frio. No solo estavam 35 graus negativos… Se o motor parasse, estaria a horas de um resgate e não sei quanto tempo sobreviveria”, confessa.

Para além de ser a mulher mais jovem, Zara tornou-se também a primeira belga a sobrevoar o mundo sozinha. Os pais de Zara também são pilotos e começaram já a levá-la em pequenos aviões quando era uma criança pequena. Aos 14 anos começou a aprender e a sonhar com a sua viagem de volta ao mundo.

“O sonho era realmente sobrevoar à volta do mundo. Mas sempre achei que fosse impossível: é caro, perigoso, complicado, um pesadelo logístico“, revelou numa entrevista televisiva. “Por isso nunca pensei nisso duas vezes. E depois estava a acabar a escola e pensei: se vou fazer algo maluco com a minha vida, esta é a altura perfeita para o fazer”.

A 18 de Agosto de 2021, Zara começou a viagem no seu Shark Aero de dois lugares, uma das avionetas leves mais rápidas do mundo, podendo chegar aos 300 quilómetros por hora.

A voar para o Ocidente, a rota contou com paragens no Reino Unido, na Gronelândia, nas Américas e na Rússia, antes de se virar para o sudeste asiático, o norte da Índia, o Médio Oriente, o Egipto. No final, veio o regresso à Europa.

A jovem não podia voar à noite ou em períodos nublados e até enfrentou condições meteorológicas para as quais nunca tinha sido treinada, com o frio no Alaska, na Gronelândia e na Rússia, a neblina do deserto da Arábia Saudita, os incêndios na Califórnia, o smog na Índia ou as trovoadas na zona do equador.

A Rússia foi o maior desafio, mas também trouxe as melhores memórias. “Um dos momentos mais impressionantes foi sobrevoar a Sibéria, porque é tão remota e não sei se vou voltar a vê-la novamente”, revela. Um dos momentos mais caricatos foi quando um nevão a prendeu na cidade de Magadan, no norte da Rússia, com apenas 800 habitantes, sem wi-fi e muito poucos falantes de inglês.

Agora de volta à Bélgica, a jovem planeia estudar Engenharia Elétrica e planeia tornar-se astronauta. Amelia Earhart e Valentina Tereshkova são duas das suas maiores inspirações e agora, Zara espera também poder inspirar mais meninas a aventurarem-se na aviação.

https://zap.aeiou.pt/zara-rutherford-volta-mundo-aviao-458647

Uma praga de corvos invadiu uma cidade da Califórnia - A solução ? Lasers !


A presença dos bandos de corvos traz muitos inconvenientes aos habitantes da cidade de Sunnyvale, com o constante barulho e fezes.

Todas os dias, com o cair da noite, um bando de corvos invade a cidade de Sunnyvale, no estado norte-americano da Califórnia, grasnando alto e sobrevoando as cabeças dos residentes, conta a Smithsonian Magazine.

“São muito intimidantes. Faz lembrar “Os Pássaros”“, revela a residente Katelin Parkos à NBC local.

Além do barulho, somam-se queixas sobre as fezes dos cerca de 1000 corvos na cidade e dos seus voos de mergulho contra os habitantes, assim como de que as aves remexem no lixo.

“As ruas estão cheias de cocó de corvo“, revela o autarca de Sunnyvale, Larry Klein, ao The New York Times.  

Ainda este mês, Sunnyvale vai começar o seu programa piloto de redução de corvos, com os funcionários a passar uma hora por noite com a usar lasers verdes e com uma caixa de som a tocar chamadas de socorro corvídeas para assustar os pássaros. Os residentes e donos de negócios também vão receber lasers.

O plano não vai avançar sem críticas. Matthew Dodder, da Sociedade de Observadores de Pássaros do Vale de Santa Clara, afirma que os lasers podem cegar os pássaros, o que seria “uma sentença de morte“.

No entanto, de acordo com a Sociedade Humanitária da América, os lasers são uma forma aceitável de afastar corvos. Esta não é a primeira tentativa da cidade de dispersar os corvos, tendo já recorrido a refletores — que só funcionam durante o dia — e a falconaria, que não funcionou.

A inteligência dos corvos dificulta a tarefa de os afastar da cidade. A Sociedade Humanitária da América recomenda uma combinação de métodos, como o uso de pirotecnia, lasers, chamadas de socorro e até usar imagens falsas de corvos mortos, como decorações de Halloween, para os assustar.

Algumas cidades notam um aumento no número de corvos no Inverno devido à sua migração de zonas mais frias em direção ao sul. Os pássaros regressam aos seus territórios de reprodução no início da Primavera.

Rochester, em Nova Iorque, também lida com problemas semelhantes aos de Sunnyvale, tendo recebido entre 20 mil e 30 mil corvos no Inverno de 2021. A cidade usou luzes com flashes e sons de pássaros para os dispersar.

Apesar das irritações que trazem, os corvos não causam problemas para a saúde dos residentes.

https://zap.aeiou.pt/praga-corvos-cidade-california-lasers-458623


A queda da Netflix !


Desilusão no número de subscritores e “tombo” considerável na bolsa. Agora a pandemia não ajuda.

A Netflix não vai crescer como queria, ao longo do início de 2022. No primeiro trimeste do ano passado a plataforma registou quatro milhões de novos assinantes. No primeiro trimestre deste ano a direcção queria, no mínimo, o mesmo – mas vai ficar bem longe disso.

Nesta quinta-feira a Netflix anunciou que prevê a adesão de 2.5 milhões novos assinantes até ao final de Março, pouco mais de metade dos números do ano anterior. “A fidelização e o público permanecem fortes, mas o crescimento de novos subscritores não regressou aos níveis pré-pandemia“, comentou a empresa.

Esta previsão de 2.5 milhões novos seguidores é também bem inferior à previsão da Bloomberg (6.3 milhões) e só encontra um registo tão baixo em 2010, quando estavam registadas “apenas” 14 milhões de pessoas. A Netflix entrou em 2022 com quase 222 milhões de subscritores.

As contas do ano passado mostram no entanto que, durante o último trimestre, houve 8.28 milhões de novos assinantes, ligeiramente acima do previso.  

Mas o crescimento anual de clientes (8.9%) foi o mais baixo desde 2015.

Por outro lado, as receitas igualaram as previsões: 7,71 mil milhões de dólares durante o ano.
Queda na bolsa

Na bolsa, o lucro por acção chegou aos 1,33 dólares, acima da previsão de 80 cêntimos por acção.

Mas as previsões para o primeiro trimestre deste ano causaram imediatamente uma queda da Netflix em Wall Street: o “tombo” chegou a atingir quase 20%, nesta quinta-feira.

E, acrescenta o jornal Observador, quando a principal bolsa norte-americana abrir nesta sexta-feira, as acções da empresa deverão cair mais de 20%. São os valores mais baixos desde Junho de 2020.

Séries de sucesso como Squid Game e Casa de Papel têm segurado os números da plataforma, que deverá ter mais seguidores quando regressar Bridgerton, no final de Março.

No entanto, está a verificar-se uma espécie de “ressaca” da COVID-19: as pessoas estiveram muito tempo fechadas em casa, muitas delas a ver séries ou filmes, mas agora querem sair o maior número de vezes possível, deixando para segundo plano os ecrãs caseiros.

Além disso, as “dificuldades macroeconómicas em diferentes partes do mundo” fazem cair os números da plataforma, reconhece a Netflix.

E a concorrência é outra. Em 2018, por exemplo, a Netflix comandava as plataformas de streaming; agora Disney, HBO e Apple podem estar a travar o crescimento da empresa.

https://zap.aeiou.pt/a-queda-da-netflix-458486


Riscos da variante Ómicron são 50% a 60% inferiores aos da variante Delta


A variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, responsável por dois terços dos novos casos de covid-19 na Europa, representa menos 50% a 60% de risco de hospitalização e morte do que estirpes anteriores, como a Delta, anunciou hoje o ECDC.

Num relatório hoje divulgado com uma atualização epidemiológica à data de 20 janeiro, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) assinala que a Ómicron “foi identificada em todos os países” da União Europeia e Espaço Económico Europeu, com uma “prevalência estimada de 69,4%”, mais 20% face à semana anterior.

“Através de estudos realizados em vários cenários, verificou-se que o risco de hospitalização foi menor para a Ómicron do que para a variante Delta. Contudo, a imunidade prévia à infeção natural, a vacinação incluindo doses de reforço e as melhores opções de tratamento contribuem para resultados menos graves, o que torna difícil estimar o risco inerente de infeção grave”, contextualiza a agência europeia.

Ainda assim, “a maioria dos estudos encontrou uma redução do risco na ordem dos 50-60%”, especifica o ECDC.

Dados avançados pelo centro europeu demonstram que, do total de 155.150 casos da variante Ómicron comunicados entre os dias 20 de dezembro de 2021 e 09 de janeiro de 2022, 1,14% destes resultaram em internamentos, 0,16% implicaram apoio respiratório nas unidades de cuidados intensivos e 0,06% morreram.

Neste período, foram 570 o número de casos desta estirpe em Portugal comunicados ao ECDC, de acordo com o relatório.

“Estudos iniciais sugerem que as vacinas atuais podem ser menos eficazes contra a infeção Ómicron, embora ainda proporcionem proteção contra a hospitalização e doenças graves. Dada a vantagem do crescimento exponencial da propagação e o elevado número de casos, quaisquer benefícios potenciais de uma menor severidade observada podem ser ultrapassados pelo simples número de resultados graves ao longo do tempo”, alerta o ECDC.

A agência europeia fala, por isso, num nível global de risco muito elevado para a saúde pública associado à emergência e propagação da Ómicron.

“Os Estados-membros devem avaliar urgentemente os seus níveis aceitáveis de riscos residuais, as capacidades atuais do sistema de saúde e as opções disponíveis de gestão de riscos, por exemplo, adotando medidas de contingência”, adianta o ECDC.

A posição surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, que ainda assim não se traduz para já em elevadas taxas de internamento ou de morte.

A contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron do SARS-CoV-2.

Fazendo um retrato sobre os novos casos de infeção com a Ómicron, o ECDC especifica que a idade média é de 20 a 33 anos e que a transmissão ocorre principalmente ao nível local, sendo apenas 7% dos casos importados ou relacionados com viagens.

A covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.447 pessoas e foram contabilizados 2.059.595 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/riscos-omicron-50-60-inferiores-delta-458548


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