segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Putin ordena que forças nucleares russas sejam postas em alerta máximo !


Presidente da Rússia diz que a decisão é uma resposta às “declarações agressivas” dos países da NATO. Stoltenberg fala em “retórica perigosa” e EUA acusam Putin de “continuar a escalar” a guerra na Ucrânia de uma forma “totalmente inaceitável”.

Com as tropas russas empenhadas em conquistar a Ucrânia e envolvidas há quatro dias em confrontos “em todas as direções” no território do país vizinho, Vladimir Putin decidiu puxar neste domingo da perigosa carta da ameaça nuclear, ordenando às suas chefias militares que coloquem as forças nucleares da Federação Russa em alerta máximo, segundo noticia o Público.

O Presidente russo justificou a medida como resposta àquilo que considera serem “declarações agressivas” que ouviu e leu de representantes da NATO, somadas às sanções “ilegais” e “hostis” prometidas pelo Ocidente.

Citado pela agência de notícias russa TASS, Putin deu a ordem durante uma reunião com o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas russas, o general Valeri Gerasimov.

“Altos membros dos países que lideram a NATO (…) permitiram declarações agressivas contra o nosso país, por isso ordenei ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado Maior General para transferirem o nível de dissuasão das forças do Exército russo para o nível especial de combate“, disse o chefe de Estado russo.

“Os países ocidentais (…) estão a agir de forma hostil contra o nosso país na esfera económica, com as sanções ilegais que toda a gente conhece muito bem”, denunciou Putin.

A União Europeia está a preparar-se para excluir alguns bancos russos do sistema de transferências monetárias internacionais SWIFT, para congelar os ativos do Banco Central da Federação Russa e para proibir os oligarcas russos de utilizarem os seus ativos financeiros nos seus mercados.

Em declarações ao The Guardian, o analista de Segurança e Armamento Pavel Podvig explica que o “nível especial de combate” é um grau de risco militar russo que pode “tornar possível um ataque de retaliação” e que não significa, necessariamente a “preparação para disparar em primeiro lugar”.

“Isto é retórica perigosa. É um comportamento irresponsável“, criticou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO.

“É claro que quando se combina esta retórica com aquilo que eles [os russos] estão a fazer no terreno – entrando em guerra com uma nação independente e soberana, levando a cabo uma verdadeira invasão da Ucrânia –, isso contribui para a gravidade da situação”, disse à CNN.

“Em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da NATO ou sob ameaça da Ucrânia”, afirmou Jen Psaki, porta-voz da Administração Biden, em declarações à ABC, garantido, porém, que os Estados Unidos vão “fazer frente” a Putin e assegurando que têm “capacidade para se defenderem” de um ataque nuclear.

Vários avisos

Dmitri Medvedev, antigo Presidente e primeiro-ministro da Rússia e atual “número dois” do Conselho de Segurança do país, que é liderado por Putin, já tinha defendido, no sábado, que as punições e ameaças do Ocidente eram uma razão para Moscovo abandonar NEW Start, o último tratado de limitação das armas nucleares que tem com os Estados Unidos.

O próprio Vladimir Putin, referindo a capacidade nuclear russa, no seu discurso de anúncio da invasão da Ucrânia, também já avisara os países ocidentais para não interferirem no conflito, sob pena de enfrentarem “consequências nunca vistas”.

“Mesmo depois da dissolução da URSS e de ter perdido uma considerável parte das suas capacidades, a Rússia continua a ser hoje um dos Estados nucleares mais poderosos”, afiançou o Presidente russo, citado pela Associated Press.

“Neste contexto, que não haja dúvidas para ninguém de que qualquer potencial agressor enfrentará a derrota e consequências terríveis, caso ataquem diretamente o nosso país”, insistiu Putin.

Segundo as últimas estimativas da Arms Control Association, organização norte-americana que se dedica há cinco décadas a promover o controlo de armamento em todo o mundo, a Federação Russa tem, neste momento, 6257 armas nucleares. Dessas, perto de 5000 estarão prontas a disparar.

As últimas – e únicas – vezes que foram utilizadas armas nucleares em contexto militar, foi nos bombardeamentos das cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, pelos Estados Unidos, em 1945.

A ameaça de nova utilização desse tipo de armamento foi uma constante durante toda a Guerra Fria, período em que se assistiu a uma perigosa corrida nuclear, liderada por Washington e Moscovo.

“Parece que o Presidente Putin está a continuar a escalar esta guerra de uma forma que é totalmente inaceitável”, criticou a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas.

“Temos de continuar a travar as suas ações, da forma mais forte possível”, disse Linda Thomas-Greenfield à CBS.

Referendo bielorrusso

Para além do seu território, a Rússia tem neste momento mísseis antiaéreos e outros sistemas de mísseis avançados na Bielorrússia, bem como a sua frota com mísseis nucleares no Mar Negro, dois importantes apoios logísticos à guerra que está a levar à Ucrânia.

Os bielorrussos são, inclusivamente, chamados neste domingo a participar num referendo sobre a adoção de uma nova Constituição que rejeita o estatuto de “país não-nuclear”.

Se o “sim” vencer, como se espera, Putin poderá transferir armamento nuclear para o território do seu aliado, pela primeira vez desde que a Bielorrússia abdicou das mesmas, depois da desintegração da União Soviética.

“Se vocês [o Ocidente] transferirem armas nucleares para a Polónia ou para a Lituânia, nas nossas fronteiras, pedirei a Putin para devolver as armas nucleares que abdiquei sem quaisquer condições”, afirmou o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, defendendo Moscovo das críticas e apontando o dedo ao Ocidente.

“Agora está-se a falar muito contra o sector bancário; [contra o] gás, petróleo, SWIFT. É pior que a guerra”, atirou o chefe de Estado da Bielorrússia, citado pela televisão russa RT. “Isto está a empurrar a Rússia para uma terceira guerra mundial“.

https://zap.aeiou.pt/putin-ordena-que-forcas-nucleares-russas-sejam-postas-em-alerta-maximo-464760

 

O Museu do Futuro no Dubai, considerado o edifício mais bonito do mundo, já abriu portas !

O edifício integra a aposta maior dos Emirados Árabes Unidos na cultura e no turismo, com o país a tentar tornar a sua economia menos dependente do petróleo. Vão ser exibidas inovações de design e de tecnologia.

Considerado por muitos o edifício mais bonito do mundo, o Museu do Futuro, no Dubai, abriu finalmente as portas na terça-feira, nota a AFP.

O edifício tem sete andares e a forma de uma elipse oca e é decorado com citações do líder do Dubai, o emir Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, em caligrafia árabe e também com milhares de metros de luzes LED.

O museu está ainda localizado na principal estrada da cidade, na Sheikh Zayed Road. Ainda não se sabe ao certo o que vai ser exposto no Museu, mas especula-se que, tal como o nome indica, se baseie em projetos futuristas de tecnologia e design, com os organizadores a afirmarem que os visitantes farão “uma viagem até ao ano 2071”.

Os sinais ao longo da estrada descrevem o museu como o “edifício mais bonito da Terra”, que é a nova adição à coleção cada vez maior de exemplos de arquitetura inovadores e vistosos nos Emirados Árabes Unidos e surge depois da abertura a 30 de Setembro da feira mundial Expo que custou quase 6 300 milhões de euros.

Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, acolhe ainda uma sucursal do Louvre, cuja licença foi alargada mais dez 10 anos até 2047, com um custo de 165 milhões de euros. Este museu abriu no final de 2017 e atraiu dois milhões de visitantes antes da pandemia.

O país está assim a apostar na cultura e no turismo como uma forma de diversificar os seus pontos fortes económicos e, aos poucos, tornar o Estado menos dependente da exploração e do comércio do petróleo.

Os EAU vão ainda começar a apostar na corrida ao Espaço, depois de terem enviado o seu primeiro astronauta em 2019 e de em 2021 terem enviado uma sonda que faz órbita a Marte.

https://zap.aeiou.pt/museu-futuro-dubai-edificio-bonito-464375


FIFA obriga Rússia a jogar fora do país, sem público e sem hino !


O organismo que tutela o futebol mundial garante que as medidas anunciadas foram tomadas por unanimidade pelas seis confederações que o compõem e são a primeira resposta à ofensiva militar russa.

A FIFA cancelou este domingo a realização de jogos na Rússia, admitindo que as seleções de futebol do país joguem em campo neutro, sem espetadores e sem hino, e sob a designação da sua federação nacional e não do país.

Em comunicado, o organismo que tutela o futebol mundial garante que as medidas anunciadas foram tomadas por unanimidade pelas seis confederações que o compõem e são a primeira resposta à ofensiva militar russa ao território da Ucrânia.

A Rússia lançou na quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

A ONU já deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

https://zap.aeiou.pt/fifa-obriga-russia-a-jogar-fora-do-pais-sem-publico-e-sem-hino-464770


“Qualquer um” pode lutar “contra os criminosos de guerra russos” !


Esta não é a primeira vez que o governo ucraniano pede ajuda militar, mas agora Zelensky anunciou a criação de um Corpo Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia.

O grupo que será composto por cidadãos de outros países que querem ajudar a defender a Ucrânia da invasão russa.

Este domingo, Zelensky explicou que “qualquer um que se queira juntar à defesa da Ucrânia, da Europa e do mundo,” pode lutar ao lado dos ucranianos “contra os criminosos de guerra russos“.

Aqueles que pretenderem deslocar-se até à Ucrânia devem, alerta o governo ucraniano, dirigir-se à embaixada da Ucrânia nos seus países.

De acordo com o Observador, neste caso, é aconselhável que a entrada na Ucrânia seja feita por Lviv, através da Polónia.

Varsóvia, Bratislava, Istambul, Baku ou Budapeste

O presidente ucraniano disse este domingo que os ataques da última noite e da última madrugada destruíram hospitais e infraestruturas de civis. “Isto é terror“, começou por dizer no vídeo.

Zelensky falou ainda sobre a notícia divulgada pelas agências estatais russas, de que uma delegação russa estaria a caminho da Bielorrússia para negociar com a Ucrânia.

No entanto, o presidente ucraniano rejeitou que o local para uma possível conversa fosse em território favorável ao Kremlin.

E deu várias opções para negociações: Varsóvia, Bratislava, Istambul, Baku ou Budapeste. “Qualquer outra cidade está bem para nós, desde que não existam mísseis a voar para este país”, disse Zelensky.

Liz Truss, ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, disse este domingo que não confia na veracidade da negociação que a Rússia quer fazer com a Ucrânia.

“Agora, se a Rússia quer ser séria com as negociações, terá de retirar as tropas da Ucrânia”, disse à Sky News.

“Eles não podem negociar com uma arma apontada à cabeça dos ucranianos. Honestamente, eu não confia neste chamado esforço de negociação”, acrescentou.

Lembrou ainda que serão impostas mais sanções à Rússia nos próximos dias e admitiu que este conflito pode durar anos.

A União Europeia está a avaliar a possibilidade de proibir voos russos no respetivo espaço aéreo. A informação foi avançada por fonte oficial da União Europeia à Reuters.

Esta opção será discutida ainda este domingo, pelos ministros dos negócios estrangeiros. Alguns países, como a Alemanha, já anunciaram que pretendem aplicar esta medida, mas uma proibição da nível Europeu poderá fazer parte de um novo pacote de sanções à Rússia.

Hanna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, avançou este domingo que o Kremlin perdeu cerca de 4.300 militares desde o início da invasão à Ucrânia.

Além do número de mortos, Hanna Malyar disse ainda que as tropas russas terão perdido cerca de 146 tanques, 27 aviões e 26 helicópteros, escreve a Reuters.
Ucrânia submete ação judicial contra a Rússia

O presidente ucraniano anunciou esta manhã que avançou com uma ação judicial contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça, que faz parte da ONU. Em causa estão os acontecimentos do último dias, a propósito da invasão da Rússia à Ucrânia.

“Devem ser responsabilizados por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”, escrever Zelensky no Twitter.

A Ucrânia pediu uma decisão urgente para que a Rússia seja obrigada a parar a atividade militar. Zelensky espera que “os julgamentos comecem na próxima semana”.

https://zap.aeiou.pt/qualquer-um-pode-lutar-contra-os-criminosos-de-guerra-russos-464753


Gary, o pirata da casa minúscula, vai pagar 13 milhões à Nintendo !


Gary Bowser foi condenado recentemente a mais de três anos de prisão. Arranjava jogos copiados para a Nintendo Switch.

A Nintendo descobriu a origem, foi a tribunal e venceu o pirata, há cerca de duas semanas: Gary Bowser foi condenado a 40 meses de prisão, quase três anos e meio.

A sentença de um tribunal de Washington obriga também o especialista em informática a pagar 4 milhões de euros à Nintendo.

Como já tinha sido condenado, noutro processo, a pagar quase 9 milhões de euros à mesma empresa, no total Gary Bowser terá de pagar praticamente 13 milhões de euros à Nintendo por danos causados.

E quais são os danos? Pirataria. Que permitiu a muitos utilizadores correrem jogos copiados na consola Nintendo Switch.

O portal para o qual Gary contribuía começou a ser muito popular – mas também originou esta sanção pesada.

Os advogados do acusado ainda tentaram evitar este desfecho, alegando que o arguido não era um funcionário de topo, nem relevante, no portal. E defenderam que Gary Bowser é “generoso e as outras pessoas têm aproveitado isso”.

“Neste caso, o proprietário Max Louarn usou Gary Bowser para ser o rosto público da empresa, enquanto Max Louarn permaneceu em segundo plano. Agora é Gary Bowser que enfrenta sozinho o peso desta acusação”, lamentam os advogados.

Uma vertente curiosa deste processo é o palco da pirataria. Gary Bowser mora na República Dominicana, num apartamento minúsculo.

A revista Vice repetiu essa descrição, indicando que a “parte mais brilhante” da sua casa são as paredes que têm cor verde-limão. De resto, é uma mini-casa, com um frigorífico, armários e uma cama num quarto; e com um fogão, um forno e um pequeno sofá na divisão ao lado. E…um computador, numa mesa.

O espaço minúsculo não foi obstáculo para os dois crimes federais pelos quais foi julgado e para os seus sete anos de colaborador no tal portal que permite utilizar jogos copiados. Recebeu 880 euros por mês ao longo desses sete anos – mas o site ganhou milhões de euros.

Gary foi vítima de violência doméstica, por parte de uma (na altura) namorada. E outra ex-namorada foi assassinada. O seu irmão mais velho morreu num acidente de avião e a sua mãe morreu quando Gary tinha 15 anos.

A Nintendo tem estado muito atenta aos movimentos de pirataria à volta dos seus jogos e das suas consolas (e agradeceu à Justiça norte-americana por esta sentença).

https://zap.aeiou.pt/pirata-nintendo-casa-minuscula-463973


De comediante a Presidente da Ucrânia - A história de Volodymyr Zelensky


Um ator, conhecido por fingir ser Presidente numa série de televisão, tornou-se líder de uma nação atacada pela Rússia.

Se, há quatro anos, se perguntasse a algum ucraniano quem era Volodymyr Zelensky, a resposta seria surpreendente, segundo noticia a Rádio Renascença.

O atual Presidente da Ucrânia era um conhecido comediante, famoso pela sua sátira e, entre outras coisas, por fingir tocar piano com as “partes baixas”. Em 2019, catapultou o seu sucesso e assumiu um papel bem mais sério, o de líder da nação.
Apesar de tudo, o papel não lhe era estranho. Zelensky, com 44 anos, venceu as eleições presidenciais ucranianas, depois de estrelar a série “Servant of the People”, onde era Presidente.

Tornou-se na personagem que interpretava, vida a imitar arte, mas qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

Nem os escritores da série poderiam adivinhar o papel que cumpriria em 2022, como líder de um país atacado pelo poderoso vizinho, a Rússia de Vladimir Putin.

Na televisão, Zelensky era Vasily Goloborodko, um professor de História irritado com a corrupção no seu país que, um dia, acordou e era Presidente da Ucrânia, depois de um aluno o ter filmado à socapa.

A personagem lutava contra os poderosos oligarcas e contra um parlamento corrupto. Era visto como um líder sem carreira, mas sem mácula, inexperiente, mas honesto.

Usando a sátira como principal arma, a “persona” de Zelensky acabaria por cativar o público e daria origem a uma campanha bem sucedida, embora ironicamente polémica, ou não fosse financiada por um oligarca ucraniano investigado por fraude nos EUA.

“O Trump da Ucrânia”

O seu posicionamento como elemento “fora da caixa” e afastado dos poderosos políticos habituais rendeu-lhe uma vitória expressiva de mais de 70% contra Poroshenko, Presidente em exercício.

Na altura, chamaram-lhe “o Trump da Ucrânia” devido à sua inexperiência política, mas a opinião do público foi mudando ao longo do tempo, quase tão volátil como a jovem democracia na região.

Ironicamente, seria ele a causar um escândalo internacional que envolveria, precisamente, Trump.

O primeiro “impeachment” do antigo Presidente norte-americano aconteceria após uma agora famosa chamada entre Trump e Zelensky, em 2019, em que Trump tentava convencer o ucraniano a investigar os negócios da família Biden no país.

Zelensky, que usou como bandeira de campanha a promessa de paz ao leste da Ucrânia, encontra-se agora a braços com uma invasão.

Ainda antes da invasão russa, Zelensky já viralizara nas redes sociais um pouco por todo o planeta ao dirigir-se, em russo, aos seus agora inimigos, pedindo à nação vizinha que travasse os desejos de Putin.

Um poderoso e histórico discurso que ecoou pelo mundo, mas de nada serviu. A Ucrânia haveria de ser invadida horas depois, na madrugada de quinta-feira.

Zelensky falou em russo à nação vizinha, num gesto que apenas surpreendeu quem não conhece o seu passado.

Filho de judeus, Zelensky cresceu numa zona ucraniana pró-Rússia mas, no seu curto percurso político, conseguiu deixar para trás as alegações de apoio a oligarcas e ao perigoso inimigo da “porta” ao lado e posicionou-se como um nacionalista.

Apesar da sua pouca experiência política e da sua carreira longe dos caminhos diplomáticos mais convencionais, Zelensky recebe, agora, o apoio do seu povo e é visto como um bom líder.

Uma analista política ucraniana citada pelo New York Times, Maria Zolkina, assegura que Zelensky não é “Presidente de guerra mas, desde que se tornou claro a extensão do ataque, ele age exatamente como um Presidente deveria agir durante tempos de guerra”.

Zelensky não arredou pé de Kiev, horas antes da expectável tomada da capital ucraniana. Mesmo sabendo que é o “inimigo número 1” da Rússia e tem a cabeça a prémio. “A minha família é o alvo número dois”, diz, garantindo que, mesmo assim, não abandonará a capital.

https://zap.aeiou.pt/de-comediante-a-presidente-da-ucrania-a-historia-de-volodymyr-zelensky-464749

 

 

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Navio de guerra dos EUA provoca a China em Taiwan - Míssil russo atinge embarcação japonesa !


Cresce a tensão mundial no seguimento da invasão da Rússia à Ucrânia. Um míssil russo atingiu um navio de carga japonês ao largo da costa ucraniana. Enquanto isso, um navio de guerra dos EUA entrou no mar de Taiwan, território que a China reclama como seu.

Numa altura em que o mundo receia o deflagrar de uma terceira guerra mundial, há sinais preocupantes de que a situação na Ucrânia pode descambar, nomeadamente alastrando até Taiwan.

Quando se teme que a China pode aproveitar a acção russa para invadir Taiwan, um navio de guerra norte-americano entrou no estreito da ilha numa acção que pode ser vista como uma ameaça pelos chineses.

O francês Le Figaro repara que o USS Ralph Johnson atravessou pela segunda vez, neste ano, o “sensível estreito de Taiwan” que a China reclama como seu território. Este estreito separa a ilha da China continental.

A marinha norte-americana já confirmou que o navio de guerra fez uma “passagem de rotina” por “águas internacionais e de acordo com a lei internacional”.

O ministro da Defesa de Taiwan também fez questão de confirmar a presença do navio, salientando que “supervisionou totalmente as suas actividades” e notando que as acções decorreram “perto das nossas águas e do nosso ar”.

A China vê as navegações estrangeiras no estreito como um atentado à sua soberania, mas a posição dos EUA e de outros países é que esta zona é aberta a todos por se tratarem de águas internacionais.

Não é a primeira vez que os norte-americanos passam pelo estreito, mas o incidente toma proporções mais graves à luz da tensão na Ucrânia e dos receios de que a China possa tomar uma posição de força contra Taiwan.

Míssil russo atingiu navio japonês e feriu filipino

Entretanto, um míssil russo atingiu o navio japonês ‘Namura Queen’ e feriu, num ombro, um dos 20 filipinos que compõem a tripulação, disse a empresa proprietária da embarcação à agência Kyodo.

O marinheiro não corre perigo de vida.

O navio atingido tem bandeira do Panamá e é propriedade de uma empresa de logística da cidade de Ehime, no oeste do Japão.

A embarcação consegue navegar sem problemas e está no mar Negro, a caminho da Turquia, para avaliar os danos sofridos.

As autoridades ucranianas asseguram que o míssil foi disparado pelas forças russas que, desde quinta-feira, começaram a invasão da Ucrânia.

A Rússia anunciou que tinha visado as “infraestruturas militares ucranianas com armas de longo alcance de alta precisão utilizando mísseis de cruzeiro navais e aéreos”.
Ucrânia acusa Rússia de atingir navio moldavo

A Ucrânia também acusou a Rússia de ter bombardeado um navio-tanque químico com a bandeira da Moldávia perto do porto de Odessa, no Mar Negro.

O ataque terá ocorrido na sexta-feira contra o Millennial Spirit que transportava 600 toneladas de diesel, como avança a agência Reuters.

A agência naval da Moldávia informou que a tripulação do navio era russa e que dois elementos ficaram “gravemente feridos”, como reporta a mesma agência.

Antes destes dois navios comerciais já tinha sido atingido um navio de carga turco, também ao largo de Odessa.

https://zap.aeiou.pt/missil-russo-navio-guerra-eua-taiwan-464691


“Não vamos baixar as armas. Vamos defender o nosso país": Zelensky não desiste !


Os ucranianos tentam evitar que a capital caia nas mãos dos russos, mantendo-se confrontos nas ruas de Kiev e em vários pontos do país.

De acordo com o Observador, foi uma noite dura com sirenes e explosões a serem ouvidos por toda a Ucrânia. A manhã começou com Volodymyr Zelensky a publicar um novo vídeo para os ucranianos.

“Estou aqui. Não vamos baixar as armas. Vamos defender o nosso país”. Ao longo da manhã publicou vários tweets e insistiu na ideia de que é tempo da Ucrânia aderir à UE.

Zelensky, garantiu hoje que “quebrou o plano” da Rússia ao terceiro dia da invasão do seu país, pedindo aos russos que digam a Vladimir Putin para parar a guerra.

“Mantivemos a nossa posição e repelimos com sucesso os ataques inimigos. Os combates continuam em muitas cidades e regiões do país, mas… é o nosso exército que controla Kiev e as principais cidades ao redor da capital”, disse Zelensky, num vídeo publicado no Facebook.

Banir a Rússia do SWIFT?

Numa das suas publicações, Zelensky dá conta de que Mario Draghi, primeiro-ministro italiano, apoia decisão de banir a Rússia do SWIFT.

Minutos antes, tinha sido o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia a dizer ter conseguido confirmar com o Chipre que o país não bloqueará a decisão de banir a Rússia da SWIFT.

O pedido para retirar a Rússia do chamado sistema SWIFT tem sido reiterado pela Ucrânia, mas embora o Ocidente tenha apertado as sanções a Moscovo, essa arma poderosa — “nuclear”, apelidam mesmo alguns analistas financeiras — ainda não saiu da algibeira.

Tanto os EUA como os seus aliados ocidentais (UE incluída) têm estudado a opção, mas mostrado relutância — até porque também eles sofreriam consequências.

O SWIFT (sigla de Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) é um sistema utilizado internacionalmente que permite aos bancos fazer transações transfronteiriças e trocar mensagens e informação sobre transferências.



É para ali que vai toda a informação da transação — desde o beneficiário, o ordenante e o montante, explica Duarte Líbano Monteiro, diretor regional da Ebury para o sul da Europa.

Adesão da Ucrânia à UE

“É um momento crucial para encerrar de uma vez por todas a discussão de longa data e decidir sobre a adesão da Ucrânia à UE“, escreveu Zelensky, depois de ter falado com Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia e ainda com Emmanuel Macron.

O Presidente ucraniano disse ter discutido com Charles Michel a “ajuda efetiva e a luta heroica dos ucranianos pelo seu futuro livre”.

Volodymyr Zelensky falou também com o Presidente francês, Emmanuel Macron, garantindo, num outro ‘tweet’ sobre este telefonema, “que as armas e equipamento dos nossos parceiros estão a caminho da Ucrânia”.

A aliança contra a guerra está a funcionar“, referiu depois de uma noite difícil de luta do exército ucraniano contra as tropas russas.

“Esta guerra vai durar”

O presidente francês afirmou que a guerra na Ucrânia “vai durar” e que todos “devem estar preparados”. Macron disse que o governo francês está a preparar um “plano de resiliência” para lidar com as consequências económicas desta crise.

A guerra voltou à Europa (…). Se tivesse de vos dar uma convicção esta manhã é a de que esta guerra vai durar”, disse o Presidente francês, dirigindo-se aos participantes da Feira Agrícola Internacional de Paris, que inaugurou.

Citado pela agência France Presse (AFP), Macron referiu que “esta guerra foi escolhida unilateralmente pelo Presidente Putin” e falou das consequências que o conflito poderá ter nas exportações francesas, nomeadamente de produtos agrícolas.

“Certamente haverá consequências nas nossas exportações das grandes fileiras” como o vinho, cereais e rações para animais, estimou o Presidente francês.

Segundo a TSF, Macron indicou que o governo está a desenhar um “plano de resiliência” com o objetivo de, primeiro, “garantir os fatores de produção para as nossas fileiras” e, depois, para “criar proteções” contra o aumento de custos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano exigiu ao mundo que pare o ataque da Rússia à Ucrânia. “Exijo ao mundo: isolem totalmente a Rússia, expulsem embaixadores, embargo de petróleo, arruínem a sua economia. Parem os criminosos de guerra russos”, escreveu Dmytro Kuleba no Twitter.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia pediu à Cruz Vermelha que leve milhares de corpos de soldados para a Rússia. “A Federação Russa deve saber quantos desses corpos jazem em solo ucraniano”, disse Iryna Vereshchuk.

Quase 200 ucranianos, incluindo três crianças, morreram nos confrontos. A informação original é da agência russa Interfax e citada pela Reuters.

Em Vasylkiv, a autarca da cidade disse que ucranianos conseguiram defender base aérea militar. Já Melitopol “ainda está em mãos ucranianas”, disse o secretário de Estado das Forças Armadas britânico, rejeitando a ideia difundida pela Rússia de que tomou a cidade.

Em Kiev, um prédio foi atingido por míssil sem fazer vítimas mortais. Na cidade, contaram-se 2 crianças entre um número total de 35 feridos. Também a área perto do aeroporto internacional de Zhulhany foi atingida por míssil.

Para além de anunciar a captura da cidade de Melitopol e das aldeias de Bakhmutovka e Grechishkino, os russos dizem ter abatido “821 objetos da infraestrutura militar da Ucrânia”.

Foram atingidos, entre outros, 14 aeródromos militares, 19 postos de comando e abatidos sete aviões, sete helicópteros e nove veículos aéreos não tripulados, além de 87 tanques e outros veículos de combate blindados.

Dmitry Medvedev, antigo presidente russo, sugere o regresso da pena de morte ao seu país, depois de a Rússia ter sido suspensa do Conselho da Europa.

“Uma injustiça selvagem. Embora seja uma boa razão para bater a porta e esquecer para sempre esses asilos sem sentido, é uma boa oportunidade para restaurar uma série de instituições importantes como a pena de morte para os criminosos mais perigosos”, escreveu na rede social Vkontakte.

Cazaquistão vira costas a Putin

A Rússia pediu ajuda ao Cazaquistão para que enviasse tropas para a Ucrânia. País da Ásia Central rejeitou, bem como recusou reconhecer independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

A Rússia parece estar a tentar reunir aliados na comunidade internacional para lutar na Ucrânia. O Kremlin pediu ajuda ao Cazaquistão, um dos países com melhores relações com Moscovo e um dos seus vizinhos, para que enviasse tropas para o território ucraniano. De acordo com um oficial ouvido pela NBC, o país da Ásia Central rejeitou o pedido de Vladimir Putin.

O Cazaquistão não só recusou enviar tropas para a Ucrânia, como também decidiu rejeitar o pedido da Rússia para reconhecer as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk enquanto Estados independentes.

Além de países como a Bielorrússia, Cuba ou Venezuela — que já demonstraram publicamente o apoio a Putin, embora não enviando tropas — a maioria da comunidade internacional não apoia a invasão russa à Ucrânia. O Cazaquistão juntou-se, este sábado, a esta lista.

Aliás, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia sofreu uma vitória com sabor amargo. Apesar de a moção contra a invasão da Ucrânia tenha sido rejeitada, a China absteve-se na condenação ao ataque do Kremlin a Kiev.

Ainda segundo a NBC, os EUA já reagiram à decisão do Cazaquistão. O Conselho de Segurança Nacional norte-americano saudou o anúncio do país “em não reconhecer” as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, assim como elogiou a recusa cazaque em “enviar tropas para se juntarem à guerra de Putin na Ucrânia”.

Biden aprova apoio militar de emergência a Kiev

O Presidente dos Estados Unidos assinou um memorando a autorizar o envio de até 350 milhões de dólares em apoio militar de emergência a Kiev.

Joe Biden autorizou o Departamento de Estado norte-americano a direcionar até 250 milhões de dólares (222 milhões de euros) em ajuda geral à Ucrânia e até 350 milhões de dólares (310,5 milhões de euros) em “itens e serviços de defesa”, incluindo educação e treino militar.

No entanto, o memorando não esclarece quando é que o apoio militar poderá chegar à Ucrânia, atualmente sob um ataque militar da Rússia, cujas tropas já estão a combater na capital, Kiev.

O anúncio surgiu depois de uma conversa telefónica com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para discutir ajuda militar às forças de Kiev e sanções.

“Reforço das sanções, assistência concreta à defesa e uma coligação antiguerra acabaram de ser discutidos com Joe Biden”, escreveu Zelensky na rede social Twitter, acrescentando estar grato pelo apoio dos Estados Unidos.

A Polónia também anunciou hoje que não jogará a eliminatória do Mundial de Futebol contra a Rússia devido à guerra no território ucraniano.

O futebolista português Nélson Monte já saiu da Ucrânia e entrou na Roménia. Deve chegar a Portugal este sábado.

https://zap.aeiou.pt/nao-vamos-baixar-as-armas-vamos-defender-o-nosso-pais-zelensky-nao-desiste-464688

 

Sites russos em baixo após Anonymous declarar guerra informática !


Vários sites estatais russos continuam em baixo, mais 24 horas depois de uma declaração de guerra informática por parte do grupo de hackers Anonymous, que condenam a invasão da Rússia à Ucrânia.

“O coletivo ‘Anonymous’ está oficialmente em guerra informática contra a Rússia”, pode ler-se na página oficial na rede social Twitter deste grupo de hackers, em reação ao o início da invasão da Rússia à Ucrânia, na madrugada de quinta-feira, noticia a agência LUSA.

Desde então, o coletivo tem atualizado o resultado dos ataques, divulgando logo na quinta-feira à tarde que vários sites do governo da Rússia estavam inoperacionais.

Depois, revelaram a invasão ao site de “propaganda” da emissora estatal russa RT e, mais tarde, especificaram que o site no Ministério da Defesa russo estava em baixo.

Ao início da noite de sexta-feira, o Anonymous reportou que tinha invadido a base de dados do Ministério da Defesa da Rússia e que este site estava inoperacional.  

De resto, a emissora estatal russa RT revelou na sexta-feira ter sido alvo de “ataques massivos”.

Em comunicado, a RT apontou que os ataques às suas plataformas tiveram origem em cerca de 100 milhões de dispositivos, a maioria com base nos Estados Unidos, assegurando que estava a resolver os problemas.

Na sexta-feira, o site da emissora estatal parecia estar a funcionar normalmente, segundo noticiou a agência AP.

Este grupo de hackers, associado a iniciativas ativistas, tem denunciado a invasão russa e apelado à união pela Ucrânia.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

https://zap.aeiou.pt/sites-russos-em-baixo-apos-anonymous-declarar-guerra-informatica-464694


É agora claro que “o debate sobre a adesão da Finlândia à NATO irá mudar”, diz Presidente finlandês !


A primeira-ministra Sanna Marin disse numa conferência de imprensa que a Finlândia não está atualmente a enfrentar uma ameaça militar imediata.

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, afirmou numa conferência de imprensa que o ataque militar noturno da Rússia contra a Ucrânia tinha sido um “choque para todos”, uma vez que as nações ocidentais tinham mantido a esperança de encontrar uma resolução diplomática para as tensões, segundo relata a Yle News.

“As nossas profundas condolências são para com o povo da Ucrânia. Em Kyiv, Kharkov, Mariupol, Odessa e noutros locais, pessoas inocentes estão a viver os horrores da guerra”, disse Niinistö, acrescentando que a Finlândia “condena veementemente” as ações da Rússia e exige o fim imediato das hostilidades.

Niinistö também procurou assegurar às pessoas que vivem na Finlândia que não existe uma ameaça imediata à soberania finlandesa, em resultado do ataque da Rússia à Ucrânia.

“É compreensível que muitos finlandeses estejam a sentir medo. Sublinho que não existe atualmente nenhuma ameaça contra a Finlândia. Mas isto irá afetar [a Finlândia] e já a afetou”, acrescentou.

Na mesma conferência de imprensa, a primeira-ministra Sanna Marin (SDP) referiu que a comunidade internacional em geral apoia a Ucrânia.

“Nós, como Finlândia, como União Europeia e como comunidade internacional, condenamos veemente a ação militar da Rússia contra a Ucrânia“, disse Marin.

Acrescentou ainda que a UE está pronta a impor sanções duras e fortes à Rússia. “Não há preço para a paz, a estabilidade e a vida humana“.

A primeira ministra foi questionada sobre a potencial adesão da Finlândia à aliança militar NATO, que tem sido objeto de grande debate no país nos últimos meses, à medida que as tensões aumentavam na região da Ucrânia.

“A Finlândia não enfrenta atualmente uma ameaça militar imediata, mas também é agora claro que o debate sobre a adesão da Finlândia à NATO irá mudar”, respondeu Marin, acrescentando que uma candidatura finlandesa à NATO exigiria um apoio parlamentar e público muito amplo.

Ambos os líderes também falaram sobre a relação alterada da Finlândia com a Rússia, na sequência dos acontecimentos na Ucrânia.

Niinistö realçou que isto se refletirá na política externa e de segurança da Finlândia, uma vez que se prevê que a situação se mantenha por um período de tempo prolongado.

Niinistö foi questionado por um jornalista sobre o que pensa agora do Presidente russo Vladimir Putin na sequência do fracasso dos esforços diplomáticos e do lançamento da ação militar na Ucrânia. “A máscara saiu agora e só a face fria da guerra é visível“, responde.

Após a conferência de imprensa de Marin e Niinistö, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto, e o Ministro da Defesa, Antti Kaikkonen, também falaram com os meios de comunicação social.

Haavisto sublinhou que a situação é agora muito grave e que os seus pensamentos estão para com o povo ucraniano, acrescentando que o conflito levaria à fuga de refugiados da Ucrânia e para a UE, incluindo para a Finlândia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros está ciente de que existem cerca de 80 cidadãos finlandeses na Ucrânia, incluindo membros da sua embaixada.

O Ministro da Defesa acrescentou que a situação na Ucrânia é muito imprevisível e que pode mudar rapidamente.

“A Rússia parece estar a procurar estropiar as capacidades militares da Ucrânia e a vontade de se defender, bem como a apreensão de alvos estrategicamente importantes através de um ataque rápido e vigoroso“, explicou Kaikkonen.

Também concordou com as palavras tanto de Niinistö como de Marin, dizendo que a Rússia não representa uma ameaça militar imediata para a Finlândia.

“A situação militar na área vizinha imediata da Finlândia é atualmente calma”, disse Kaikkonen. “As Forças de Defesa estão bem equipadas para desempenharem as suas funções. O povo da Finlândia pode confiar nas nossas forças de defesa“.

https://zap.aeiou.pt/adesao-da-finlandia-a-nato-ira-mudar-diz-presidente-finlandes-464673


Regulador russo ordena aos media que suprimam palavra “invasão” !


O regulador russo dos media ordenou hoje aos órgãos de comunicação social do país que suprimam de todos os seus conteúdos as palavras “invasão”, “ofensiva” ou “declaração de guerra” da Rússia à Ucrânia.

Segundo a LUSA, os media russos estão também proibidos de fazer referências a civis mortos pelo exército enviado pelo regime de Moscovo para a Ucrânia.

“Nós sublinhamos que só as fontes oficiais russas dispõem de informações atuais e fiáveis”, indicou o regulador Roskomnadzor em comunicado.

O regime de Moscovo apela para que a sua intervenção na Ucrânia seja descrita com uma “operação militar especial” destinada à “manutenção da paz“.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

https://zap.aeiou.pt/regulador-russo-ordena-aos-media-que-suprimam-palavra-invasao-464679


Receita para o desastre - Estudante causa explosão após tentar fabricar combustível de foguetão !


Um estudante da Universidade Brigham Young, no Utah, Estados Unidos, decidiu pôr em prática a sua receita de combustível para foguetões. O resultado foi uma gigantesca bola de fogo e um prédio evacuado.

O alarme de incêndio soou no domingo à tarde nos dormitórios de Heritage Halls. Após a inspeção pelo corpo de bombeiros, o edifício foi inundado com água e os restos de um incêndio intenso permaneceram.

Segundo o IFL Science, tudo começou com a vontade de um estudante de criar a sua própria versão de um combustível para foguetões no fogão.

O combustível é particularmente volátil e explodiu numa violenta bola de fogo, que rapidamente engoliu a cozinha e acendeu o sistema de aspersão, de acordo com o relatório a Universidade Brigham Young.

O aspersor fez com que a área comum da cozinha – que tem uma sanita exposta mesmo no centro por alguma razão desconhecida – fosse completamente inundada.  

Embora se possa esperar que a quantidade de combustível para foguetes seja relativamente pequena para uma experiência doméstica, foi na verdade uma quantidade bastante substancial.

“Poderia ter sido realmente catastrófico“, revelou o tenente da polícia Jeff Long, acrescentando que 22 residentes precisaram de ser retirados do imóvel.

O aluno, de 22 anos, poderá agora enfrentar acusações criminais e uma multa por danos que equivale a, pelo menos, 100 mil dólares.

https://zap.aeiou.pt/estudante-lanca-combustivel-foguetao-464538


Norte-americanas processam hospital - Foram trocadas na maternidade, em 1964 !

Um recém-nascido, ainda na maternidade, a ser pesado pela enfermeira
Um teste de ADN virou as vidas de duas norte-americanas do avesso, depois de se terem apercebido de que foram trocadas à nascença, a 18 de maio de 1964.

Tina Ennis e Jill Lopez foram trocadas durante o nascimento, no dia 18 de maio de 1964, pela equipa do Hospital Regional de Duncan, em Oklahoma, nos Estados Unidos.

Segundo o Daily Beast, em 2019, Tina Ennis e a filha decidiram fazer um teste de ADN do site Ancestry, na esperança de localizar o avô materno, mas os resultados mostraram uma árvore genealógica repleta com o sobrenome Brister – que Ennis não conhecia de lado algum.

Na altura, Kathryn Jones – que criou Ennis – decidiu realizar o mesmo teste e, para sua surpresa, descobriu que não tinha qualquer ligação genética com a sua filha (nem com a neta).

Através das redes sociais, Tina Ennis encontrou Jill Lopez, residente de Lawton e criada pelos falecidos Joyce e John Brister. Decidiu, assim, enviar-lhe uma mensagem e Lopez, respondeu-lhe, concordando em fazer o teste de ADN.  

As suspeitas foram confirmadas: Jill Lopez é filha biológica de Kathryn Jones.

As duas mulheres estão a processar o Hospital Regional de Duncan, em Oklahoma. A ação judicial alega irresponsabilidade e imposição negligente de sofrimento emocional.

O hospital nega as acusações e alega que a instalação onde as duas mulheres nasceram já não existe, tendo sido incorporada num outro sistema hospitalar, em 1975. Além disso, os médicos envolvidos nos nascimentos já morreram.

Em janeiro, o hospital pediu o arquivamento do processo devido à mudança de entidade, mas um juiz negou o pedido.

Agora, quase três anos após o início desta descoberta alucinante, as duas norte-americanas ainda estão a lutar para seguir em frente com as suas vidas.”Tive de colocar as minhas emoções em ordem durante um tempo, porque é muita coisa para assimilar”, confessou Jill.

https://zap.aeiou.pt/norte-americanas-trocadas-nascenca-464415


“A coragem que falta a outros”: Sean Penn está em Kiev a gravar documentário sobre a invasão russa !


O actor e realizador norte-americano Sean Penn está na Ucrânia a gravar um documentário sobre a invasão russa, adiantou no Facebook o gabinete do primeiro-ministro ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Sean Penn demonstra a coragem que falta a muitos outros, especialmente aos políticos ocidentais”, aponta a nota no Facebook, realçando que “o realizador veio especialmente a Kiev para registar todos os eventos que estão a acontecer, actualmente, na Ucrânia e contar ao mundo a verdade sobre a invasão russa“.

Nesta quinta-feira, o cineasta participou em conferências de imprensa, encontrou-se com a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, e conversou com jornalistas e militares sobre o conflito.

Nas redes sociais, foram também divulgados vídeos que mostram Sean Penn a conversar com o presidente da Ucrânia. Trata-se de um vídeo sem som, onde se nota que “quanto mais as pessoas souberem sobre a guerra na Ucrânia, mais chances há de parar a Rússia”.  

Sean Penn “já esteve na Ucrânia em Novembro de 2021”, com vista à preparação do documentário da VICE Studios, acrescenta o gabinete de Volodymyr Zelensky. Na altura, visitou as linhas da frente das Forças Armadas ucranianas junto à região de Donetsk.

O vencedor do Óscar de melhor actor por duas vezes esteve envolvido em várias frentes humanitárias internacionais e anti-guerra ao longo dos anos, fundando a organização sem fins lucrativos CORE, após os sismos de 2010 no Haiti, narrados no documentário Citizen Penn.

https://zap.aeiou.pt/sean-penn-documentario-invasao-russa-464540


Elon Musk e o irmão investigados nos Estados Unidos !


Elon Musk e o seu irmão, Kimbal, estão a ser investigados pela Securities and Exchange Commission (SEC) por alegado abuso de informação privilegiada.

O fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, e o irmão Kimbal estão a ser alvo de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC).

No final do ano passado, Elon e Kimbal venderam ações da Tesla valorizadas em 108 milhões de dólares. Depois de vendidas, o empresário perguntou aos seus seguidores no Twitter se devia vender 10% das suas ações da Tesla e, com uma resposta positiva, o preço das ações acabou por cair.

Poucos dias mais tarde, o CEO da Tesla vendeu ações da empresa no valor de milhares de milhões de dólares.

Segundo o Interesting Engineering, estará a ser investigada a possibilidade de “insider trading” (abuso de informação privilegiada).

Estas regras têm como objetivo prevenir que os líderes e administradores da empresa tenham a capacidade de transacionar ações com informações que não tenham sido reveladas ao público.

Na prática, a investigação da SEC vai investigar se Kimbal ficou a saber da resposta e se a dupla combinou a venda já a pensar numa eventual queda do preço das ações.

Além do grau de parentesco, Kimbal é também membro do conselho de direção da Tesla.

https://zap.aeiou.pt/elon-musk-e-o-irmao-investigados-nos-estados-unidos-464603


“Isto não é um meme”: Ucrânia compara Putin a Hitler no Twitter !

Cartoon em que se vê Adolf Hitler a acariciar a cara de Vladimir Putin

A Internet também tem um papel fundamental numa altura em que 2022 é catastroficamente abraçado por uma guerra. No Twitter, a conta oficial do Estado ucraniano publica memes que ridicularizam a Rússia e até um cartoon no qual se vê Adolf Hitler a acariciar o rosto de Vladimir Putin.

A Ucrânia levou a guerra para o Twitter. Seria de esperar que uma conta oficial de um Estado publicasse informação informal, mas não é a abordagem adotada por Kiev.

Segundo o Observador, além de fotografias do país e factos históricos, a conta oficial da Ucrânia no Twitter publica memes e piadas – mesmo em contexto de guerra.

Duas horas após a invasão russa, nesta quinta-feira, a conta partilhou um cartoon em que se vê Adolf Hitler a acariciar o rosto do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A publicação veio com um aviso claro: não se trata de um meme, mas sim da realidade ucraniana e a de todo mundo.  

Mais tarde, por volta das 13h22, lançou um desafio aos seguidores: “Marquem a Rússia e digam-lhes o que pensam sobre eles“, lê-se na publicação.

No perfil, a Ucrânia salienta ainda que as redes sociais do Ocidente não devem ficar indiferentes ao conflito e, por isso, não devem autorizar a permanência da Rússia “para promover a sua imagem enquanto mata brutalmente o povo ucraniano“.

“Não há lugar para um agressor como a Rússia em plataformas de media ocidentais”, lê-se numa das publicações desta quinta-feira.

As publicações com críticas à Rússia não são uma novidade para quem já seguia a conta da Ucrânia no Twitter. O perfil na rede social é conhecido por publicar vários memes, muitos deles sobre a tensão com o país de Putin, apelidado de “vizinho mau“.

Uma publicação datada de dezembro insinua que o verdadeiro medo do Presidente russo não é a Ucrânia, mas os direitos humanos, a imprensa livre e as eleições justas.

Num outro tweet, afirma que viver perto da Rússia é uma “dor de cabeça“.

Ao final do primeiro dia da invasão, o presidente da Ucrânia anunciou que morreram 137 pessoas e 316 ficaram feridas. Só em Odessa, sul do país, 22 pessoas morreram na sequência de um bombardeio de uma unidade militar.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, só nesta quinta-feira mais de 100 mil pessoas saíram, ou tentaram sair, da Ucrânia, para fugir da zona de guerra.

Noutra contabilidade, mais de 1.700 pessoas foram detidas na Rússia, por terem participado em protestos contra o conflito. Houve protestos em 53 cidades russas.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-compara-putin-a-hitler-no-twitter-464521


Ucrânia: 203 ataques em poucas horas - Chernobyl entra na guerra !


Mais 18 pessoas terão morrido após um ataque a uma base militar. Militares russos tentam controlar a capital Kiev.

Pelo menos mais 18 soldados ucranianos morreram, após mais uma movimentação russa enquadrada na invasão à Ucrânia. A administração regional de Odessa informou que 18 pessoas morreram, incluindo 10 mulheres, após um ataque a uma base militar naquela região, localizada a noroeste da Península da Crimeia.

Este terá sido o ataque que causou mais vítimas no primeiro dia da invasão russa ao território ucraniano.

O exército local anunciou que quatro pessoas morreram num bombardeamento a um hospital na região de Donetsk.

Horas antes foi noticiado que um avião militar ucraniano foi abatido, com 14 pessoas a bordo; morreram cinco pessoas. Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, acrescentou que “seis ou sete aviões” e alguns helicópteros terem sido abatidos. Mais de 10 tanques foram queimados.

Em poucas horas, e segundo as autoridades, a Ucrânia já foi alvo de 203 ataques, logo no primeiro dia da invasão russa. 74 infra-estruturas foram destruídas.

O ataque russo não se restringe às zonas das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

Veículos militares já entraram na região de Kiev e um subúrbio da capital, Brovary, foi atingido por dois mísseis de um cruzeiro russo. O presidente da Câmara Municipal de Kiev decretou um recolher obrigatório na cidade, entre as 22 horas e as 7 horas. Uma ordem repetida na região de Denipropetrovsk.

De acordo com a CNN, os russos já estão também a controlar um aeroporto perto de Kiev, o Aeroporto Internacional de Gostomel. E houve uma explosão na central elétrica em Trypilska, a cerca de 40 quilómetros de Kiev.

74 instalações militares ucranianas, incluindo 11 aeródromos, já foram destruídas ou ocupadas pelo exército russo, anunciou o ministro da Defesa da Rússia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, avisou que Rússia está a tentar controlar a central nuclear de Chernobyl. Haverá combates a ocorrer perto da central nuclear.

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros acrescentou que, se esta invasão se prolongar, o desastre nuclear de Chernobyl, em 1986, pode repetir-se em 2022.

Volodymyr Zelensky informou ainda que pode surgir em breve uma “coligação anti-Putin”, formada por vários parceiros europeus.

O presidente ucraniano avisou que esta invasão é uma “declaração de guerra contra toda a Europa”.

Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, analisou esta operação militar, cuja duração “vai depender do seu progresso”. E recusou classificar estas movimentações com a palavra “ocupação”.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-203-ataques-em-poucas-horas-chernobyl-entra-na-guerra-464392


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

França: Putin pode chegar à Moldávia e à Geórgia !


Chefe da diplomacia gaulesa considera que a segurança do presidente da Ucrânia é central, neste momento.

As condenações à invasão russa à Ucrânia multiplicam-se. As movimentações militares ordenadas por Vladimir Putin arrancaram nesta quinta-feira e, só no primeiro dia, morreram 137 pessoas, de acordo com Volodymyr Zelensky.

O próprio presidente da Ucrânia deverá zelar pela sua segurança, no meio de todas as ofensivas do país vizinho, alertou o chefe da diplomacia de França.

“Acho que a segurança do presidente ucraniano é central. Estamos em condições de o ajudar, se necessário. Estou muito impressionado com a sua frieza e estou muito impressionado com a coragem do povo ucraniano”, declarou Jean-Yves Le Drian, em entrevista à rádio France Inter.

O chefe da diplomacia gaulesa considera que Vladimir Putin, presidente da Rússia, é um “cínico e ditador” que decidiu tirar a Ucrânia do mapa actual: “A guerra é total. O presidente Putin escolheu a guerra, escolheu uma ofensiva maciça”.

Decidiu retirar a Ucrânia do mapa de Estados e realiza as suas ofensivas de forma regular, mecânica, com grande vigor. Hoje é no leste, no sul e na capital, onde a ameaça é reforçada”, analisou Le Drian.

O responsável acha que o caso Donbass “foi apenas um pretexto. O que Putin queria era a submissão da Ucrânia. É uma situação que pode mudar a História”, afirmou.

E, avisa o ministro francês, estas movimentações militares poderão não restringir-se ao território ucraniano: Putin pode chegar à Moldávia e à Geórgia porque o objectivo do líder da Rússia é “semear guerras”.

“Putin reinventa a história, está à deriva. Vimos há alguns anos uma espécie de tripla deriva autoritária: uma deriva interna, externa e uma deriva em interferência de termos. Estamos a fazer de tudo para deter Putin. Ele vai acabar isolado neste mundo”, comentou.

Por isso, há preocupação: “Estamos preocupados com o futuro. Sempre que há uma intervenção deste tipo, Vladimir Putin tenta assustar, intimidar, mas ele sabe muito bem que a aliança atlântica é uma aliança nuclear.”

Em relação a uma eventual intervenção militar, Jean-Yves Le Drian disse que, para já, o foco é “apoiar a resistência ucraniana”.

https://zap.aeiou.pt/franca-putin-pode-chegar-a-moldavia-e-a-georgia-464502

 

Kiev sob ataque - Militares russos já estão na capital !

As tropas russas estão muito perto do centro da capital ucraniana, tendo em conta que já estão no bairro residencial de Obolon, que se situa a 15 minutos de carro do parlamento.

Segundo o Observador, os militares pedem aos ucranianos que denunciem os movimentos dos russos e que usem cocktails molotov contra o inimigo.

“Em Obolon, o inimigo. Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação dos equipamentos! Façam cocktails Molotov, neutralizem o ocupante! Moradores pacíficos – tenham cuidado! Não saiam de casa!”, lê-se na publicação.

Já começam a circular vídeos nas redes sociais com imagens das explosões em Kiev esta madrugada. De acordo com a agência de notícias Associated Press, foram ouvidos tiros no local em que se situa o edifício do governo ucraniano, em Kiev.


Forças russas estarão a entrar na capital ucraniana. Zelensky diz que as bombas começaram a cair em áreas residenciais “da cidade heróica de Kiev“, lembrando o cenário de 1941.

Segundo o Público, Anton Herashchenko, ministro do Interior da Ucrânia, diz que o Exército está à espera de um ataque russo à cidade, com tanques e outros carros de combate.

“Terríveis ataques com mísseis em Kiev. A última vez que a nossa capital viveu algo semelhante foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazi“, escreveu no Twitter Dmitro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

Foram ouvidas fortes explosões no centro de Kiev e as forças russas cercam a capital através do norte, sul e leste.

“Eles [os russos] dizem que os civis não são um alvo. É mentira, eles não distinguem as áreas em que operam”, denunciou o chefe de Estado, que assumiu que ele e a sua família eram, em si, o principal alvo da ofensiva a Kiev, prometendo, ainda assim, ficar na capital.

Os militares russos apreenderam dois carros das forças armadas ucranianas, vestiram uniformes dos militares ucranianos, e seguiram em direção a Kiev, a capital da Ucrânia da qual estão cada vez mais próximas as forças da Rússia.

Segundo a imprensa local, o anúncio foi feito pela vice-ministra ucraniana da Defesa da Ucrânia e o general ucraniano Valerii Zaluzhniy confirmou as informações em comunicado.

Tropas russas preparam cerco à capital ucraniana – que tem sido atingida com mísseis e em cujos arredores se travam combates intensos.

Zelenskii acusa Putin de alvejar civis e lamenta falta de apoio militar do Ocidente. “Fomos deixados sozinhos a defender o nosso Estado”. 

O governo ucraniano está preocupado com os ataques informáticos e procura hackers que queiram ajudar na guerra cibernética e a defender o país que está a ser invadido pela Rússia.

De acordo com o The Kyiv Independent, o executivo está a fazer um recrutamento para se proteger em termos informáticos e para conseguir espiar a Rússia.

Segundo o Jornal de Notícias, o coletivo Anonymous declarou guerra cibernética à Rússia. O grupo, formado em 2003 por pessoas de vários países e conhecido por ataques informáticos contra opressores, anunciou um ataque ao site de notícias “de propaganda russa” RT News.

https://zap.aeiou.pt/kiev-sob-ataque-militares-russos-a-cerca-de-10-km-do-centro-464478


Estudante de Medicina implanta aparelho Bluetooth no ouvido para passar no exame final !


Um estudante de Medicina implantou cirurgicamente um dispositivo Bluetooth no ouvido para passar no exame final, depois de ter repetidamente chumbado desde que ingressou no curso, há 11 anos.

O aluno, que estuda Medicina na faculdade privada Mahatma Gandhi Memorial Medical College, implantou um aparelho Bluetooth no interior do seu ouvido, um método invulgar para conseguir copiar e ser bem sucedido no exame final de curso.

Segundo o The Independent, esta terá sito a última e extrema oportunidade para conseguir passar, depois de ter repetidamente chumbado desde que ingressou no curso, há 11 anos.

O estratagema foi descoberto durante uma auditoria surpresa, que decorreu aquando do exame.

O aluno em questão foi apanhado com o aparelho Bluetooth e um outro com um telefone no bolso das calças. “Os dispositivos foram confiscados e as suas folhas de respostas apreendidas”, disse o reitor da Universidade, Sanjay Dixit.

Os funcionários do estabelecimento de ensino comunicaram que o estudante tinha um mini equipamento Bluetooth da cor da pele implantado cirurgicamente dentro do ouvido. O outro aluno, que também foi apanhado com um micro aparelho Bluetooth e um cartão SIM, não tinha qualquer objeto implantado.

O diário escreve que já foi iniciada uma investigação interna ao sucedido. Os responsáveis escolares estão também a considerar apresentar queixa junto das autoridades policiais indianas.

Na Índia, especialmente, é muito comum que os estudantes sejam apanhados a copiar ou a empregar meios para não serem apanhados a fazer batota em exames. Neste país, a concorrência é muito feroz, uma vez que o número de aspirantes (quer a um emprego, quer a um curso numa faculdade) é superior ao número de vagas.

https://zap.aeiou.pt/estudante-medicina-implanta-bluetooth-464337

 

137 mortos no primeiro dia da invasão à Ucrânia - Batalha em aeroporto !


Forças ucranianas tentam reagir à invasão russa. Quase 60 mortos no primeiro dia e mais de 100 mil pessoas a deixar a Ucrânia.

O exército ucraniano dá sinais de estar a reagir, ou a tentar reagir, à invasão russa iniciada na madrugada desta quinta-feira.

Dois navios de carga russos foram atacados por mísseis Forças Armadas da Ucrânia, no Mar de Azove, informou o departamento do serviço de fronteira russo, de Krasnodar. Houve danos materiais e um tripulante ficou gravemente ferido.

Na capital Kiev, onde os exercícios militares já começaram há algum tempo para muitos ucranianos, foram distribuídas mais de 10 mil armas automáticas pela população local, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia.

Perante os mais de 60 grupos de militares da Rússia que terão entrado na Ucrânia ao longo do dia, os ucranianos começaram a reagir e teriam recuperado o controlo do Aeroporto Internacional de Gostomel.

O aeroporto localizado perto de Kiev, e ponto importante neste conflito, foi controlado por russos, depois recuperado pelos ucranianos. Mas fonte da presidência ucraniana esclareceu, já de noite, que decorrem conflitos: ucranianos e russos tentam controlar a zona, onde já houve explosões.

Mas em Chernobyl, a Agência Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia informou a Agência Internacional de Energia Atómica que as instalações nucleares e de radiação são agora comandadas pelo exército da Rússia.

A comitiva russa passou a dominar Fidonisi, uma ilha minúscula próxima da Crimeia, a sul da Ucrânia. A confirmação foi dada pelo serviço de fronteiras da Ucrânia.

As forças armadas russas tiveram uma baixa na região de Voronezh (Rússia, junto à fronteira com a Ucrânia), onde uma aeronave caiu. Uma falha no equipamento originou a morte de todos os tripulantes da aeronave, que transportava material militar.

Ao final do primeiro dia da invasão, o presidente da Ucrânia anunciou que morreram 137 pessoas e 316 ficaram feridas. Só em Odessa, sul do país, 22 pessoas morreram na sequência de um bombardeio de uma unidade militar.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, só nesta quinta-feira mais de 100 mil pessoas saíram, ou tentaram sair, da Ucrânia, para fugir da zona de guerra.

Noutra contabilidade, mais de 1.700 pessoas foram detidas na Rússia, por terem participado em protestos contra o conflito. Houve protestos em 53 cidades russas.

Putin e Macron

Entretanto, Vladimir Putin teve uma conversa ao telefone com Emmanuel Macron. Os presidentes de Rússia e Ucrânia abordaram a situação na Ucrânia, indicou o governo de Moscovo.

“Durante uma conversa telefónica solicitada pelo lado francês, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente francês Emmanuel Macron tiveram uma troca de opiniões séria e franca sobre a situação na Ucrânia”, lê-se, em comunicado.

O Kremlin acrescentou que Putin deu “explicações abrangentes das razões e das circunstâncias que originaram a decisão de realizar uma operação militar especializada” na Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/57-mortos-no-primeiro-dia-da-invasao-a-ucrania-batalha-em-aeroporto-464443

 

Guerra de Putin pode ser “rápida, brutal e extraordinariamente destrutiva” e Taiwan pode ser a Donetsk da China !


Apesar da ameaça que pairava, o ataque da Rússia à Ucrânia deixou a Europa em choque. Desde a Segunda Guerra Mundial que o Velho Continente não vivia um conflito assim e “a guerra de Putin”, como já é chamada, pode ser “rápida, brutal e extraordinariamente destrutiva”, levando ao “colapso da arquitectura de segurança da Europa pós-Guerra Fria”.

Nesta altura, a estratégia russa quanto à Ucrânia é um pouco um mistério. Mas a teoria dos especialistas militares é que Putin pretende fazer “uma ocupação delimitada” da Ucrânia, para que seja “desmilitarizada e não seja uma base de ataque à Rússia”, como aponta o coronel português Carlos Matos Gomes em declarações à TSF.

Essa ideia já foi veiculada pelos media oficiais russos que falam na “desmilitarização” e na “desnazificação” da Ucrânia.

O especialista britânico Jonathan Marcus da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que Putin pretende “derrotar os militares ucranianos e impor um governo disposto a fazer o que Moscovo quer“, conforme uma análise para a BBC.

Marcus refere que a Rússia começou “ataques iniciais contra aeródromos, centros de logística e provavelmente centros de defesa e comando aéreos”, seguidos de “avanços terrestres na Ucrânia a partir do norte, da Crimeia no sul e dos enclaves separatistas orientais em Dombass”.

O objetivo pode ser “isolar a capital ucraniana Kiev e cortar e destruir as forças ucranianas no leste do país”, aponta ainda, frisando que os “ataques contra aeroportos na Ucrânia podem ser, em parte, um esforço para deter e impedir quaisquer outros carregamentos de armas ocidentais para o país”.

Marcus também lembra que “o combate mecanizado moderno é rápido, brutal e extraordinariamente destrutivo“, considerando que é isso que pode acontecer na Ucrânia e reparando que “a Europa não vê lutas assim desde 1945”.

O especialista britânico também alerta que há receios de que os russos possam estar a aproveitar o facto de os holofotes do mundo estarem concentrados na Ucrânia para terminarem “outros negócios inacabados”, por exemplo numa área separatista da Moldávia.

França: Putin pode chegar à Moldávia e à Geórgia

Alemanha ajudou Putin a ganhar tempo

Para o coronel Carlos Matos Gomes, Putin estará interessado em enfraquecer a Ucrânia militarmente para “depois parar e exigir negociações” para “estabelecer um acordo entre os EUA e a Rússia que obrigue a que a Ucrânia seja uma zona neutral“, conforme declarações à TSF.

O que é certo é que este conflito é uma novidade na Europa e precipita “o que muitos temem poder ser o colapso da arquitectura de segurança da Europa pós-Guerra Fria”, conforme destaca uma análise do site Politico.

Pelo meio, os líderes mundiais continuam a tentar chamar a Rússia para o diálogo, como é o caso do Chanceler alemão Olaf Scholz que aponta o dedo a Putin, acusando-o de “trazer sofrimento e destruição para os seus vizinhos” e de “colocar em risco a vida de inúmeras pessoas inocentes” na “nação irmã”.

“Não há justificativa para isto – é a guerra de Putin“, atira ainda Scholz numa publicação no Twitter. “Peço-lhe que páre o ataque imediatamente”, escreve ainda o Chanceler.

Uma posição dura de Scholz que contrasta com a postura habitual de “paninhos quentes” com que a Alemanha vem lidando com as “trapalhices” de Putin.

Aliás, a Alemanha ajudou Putin a ganhar tempo para esta invasão, nomeadamente protelando a suspensão do gasoduto Nord Stream 2 e mantendo o diálogo com os russos, dando-lhes o benefício da dúvida, quando já mais ninguém o fazia.

Mas as culpas podem estender-se ao todo da Comunidade internacional e da NATO que pouco fizeram quando Putin anexou a Crimeia, território ucraniano, e que parecem bastante de mãos atadas novamente.

Os “EUA recusaram-se a acreditar que Putin era tão perigoso como acabou por ser”, escreve o Politico, notando que o “Reino Unido andou mais interessado em atrair a riqueza de oligarcas do que em perguntar de onde é que vinha”.

Mas “nenhum país fez mais para minimizar e perdoar as transgressões da Rússia do que a Alemanha”, destaca a publicação, lembrando que “os alemães gostam de fazer negócios com a Rússia” e que são um bom “match” em termos económicos.

De resto, a opinião pública alemã é bastante pró-russa e há quem acuse a NATO por esta guerra, por se ter “expandido” para o Leste da Europa e por ter ameaçado a Rússia com o prenúncio da entrada na Ucrânia, como realça ainda o Politico.
Biden passa “batata quente” à Europa e à NATO

Entretanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, já anunciou que não vai enviar tropas norte-americanas para a Ucrânia.

“Biden está tão determinado a evitar a possibilidade de um encontro militar entre EUA e Rússia que retirou da Ucrânia dezenas de soldados americanos que treinavam os combatentes daquele país”, destaca ainda o Politico.

Assim, a resposta dos EUA deve limitar-se a “palavras de condenação”, a “sanções económicas” e a “esforços para reunir aliados dos EUA para enfrentar Moscovo”, aponta ainda o site.

Biden já repetiu, por várias vezes, que os EUA não têm a “intenção de lutar contra a Rússia”. “Ninguém quer arriscar uma guerra nuclear com a Rússia por causa da Ucrânia”, nota ao Politico uma fonte do Pentágono.

De resto, os EUA não têm grandes razões para intervir, pois a Ucrânia não é um parceiro comercial, nem alberga bases norte-americanas. Além disso, a invasão russa do país não coloca uma ameaça de segurança imediata aos EUA.

Por outras palavras, Biden passa a batata quente aos líderes europeus e à NATO.

Contudo, nesta guerra que ninguém quer, os EUA podem ser forçados a intervir se morrerem norte-americanos no território ucraniano, se os ataques russos atingirem algum país vizinho da NATO ou ainda se a Rússia avançar com ciberataques aos seus interesses.
Taiwan, “a Donetsk da China”?

No meio disto tudo, surge a China numa situação delicada. O presidente chinês Xi Jinping ainda não declarou oficialmente qualquer apoio ao amigo Putin.

Ao longo dos anos, a China sempre defendeu a supremacia da soberania nacional, até à luz da sua realidade territorial quando tem regiões dissidentes como o Tibete e Hong Kong.

Mas há ainda a questão de Taiwan que a China reclama como território seu, contra as reivindicações do Governo do país da ilha.

Após a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, a Força Aérea de Taiwan alertou para a violação do seu espaço aéreo por parte de nove aeronaves chinesas. Mas esse tipo de incidente tem sido recorrente ao longo dos últimos anos.

Contudo, há receios de que a China possa sentir algum ímpeto de invasão a Taiwan, seguindo o exemplo russo e a aparente apatia da comunidade internacional – em especial a declarada não intervenção dos EUA na Ucrânia.

Quanto a Taiwan, os norte-americanos têm sempre mantido alguma ambiguidade, mas têm vendido armas e equipamento militar à ilha.

O Politico repara que o regime de Xi Jinping já está a aproveitar a situação na Ucrânia para falar de Taiwan como “a Donetsk da China”, apelando à comunidade internacional que apoie o país perante tentativas de independência ou de separação da ilha que considera ser território chinês.

Um dia depois de Putin ter reconhecido as regiões separatistas ucranianas, o porta-voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, tratou de sublinhar aos jornalistas que “há apenas uma China no mundo” e que “Taiwan é uma parte inseparável do território chinês”.

Wang Wenbin não comentou directamente a questão na Ucrânia, mas defendeu que “as preocupações legítimas de segurança de qualquer país devem ser respeitadas, e os propósitos e princípios da Carta da ONU devem ser defendidos conjuntamente”.

Um discurso que é muito idêntico ao do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, que, citado pela agência de notícias russa RIA Novosti, aponta que os “amigos ocidentais não respeitam a lei internacional” e “tentam destruí-la”.

A Rússia “estará sempre pronta para o diálogo” que nos “devolva à justiça e aos princípios da Carta da ONU”, vinca também Lavrov.

https://zap.aeiou.pt/guerra-putin-europa-464397


Putin diz que “foi forçado” a invadir a Ucrânia - Biden agrava sanções à Rússia !


O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quinta-feira que foi “forçado” a invadir a Ucrânia e pediu compreensão aos “parceiros”.

Vladimir Putin disse, esta quinta-feira, que “não teve outra opção” a não ser pedir uma operação especial contra a Ucrânia. O Presidente da Rússia afirmou que todas as tentativas anteriores de Moscovo para mudar a situação de segurança não resultaram em nada.

Na declaração que fez ao país pediu compreensão por parte dos seus “parceiros”, uma vez que considera que “a Rússia permanece como parte da economia global”.

“Não planeamos danificar o sistema a que pertencemos“, referiu, citado pela CNN Portugal. “Os nossos parceiros deveriam perceber isso e não nos devem excluir deste sistema.”

O líder explicou que a Rússia “não teve outra hipótese senão agir de forma diferente”, ainda que tenha consciência de que “não podemos prever riscos geopolíticos”.
 
“Todas as nossas tentativas para mudar a situação foram inúteis. Fomos forçados a tomar estas medidas“, disse, durante uma reunião com empresários.
Biden agrava sanções à Rússia

O Presidente Joe Biden anunciou que Estados Unidos e aliados vão reforçar sanções à Rússia e que o dispositivo da NATO na Alemanha será reforçado com tropas norte-americanas, após a invasão russa da Ucrânia.

“Putin escolheu esta guerra” na Ucrânia, e o Presidente russo e a Rússia “suportarão as consequências de novas sanções”, disse Biden, numa declaração à comunicação social.

A partir da Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos anunciou que irá sancionar empresas de tecnologia e oligarcas russos, impor limites às exportações e bloquear ativos de quatro grandes bancos da Rússia.

Entre as entidades financeiras russas afetadas por estas sanções está o VTB, o segundo maior banco do país e que, segundo Biden, tem 250 mil milhões de dólares (223,3 mil milhões de euros) em ativos.

“Haverá custos severos sobre a economia russa (…) Projetamos estas sanções com propósito de maximizar o impacto a longo prazo sobre a Rússia e minimizar o impacto sobre os EUA e os nossos aliados”, garantiu.

Segundo Biden, as sanções irão limitar a capacidade da Rússia de negociar em dólares, euros, libras e ienes, além de travar a capacidade de Moscovo de financiar o seu Exército.

“Também estamos a bloquear quatro grandes bancos. Isto significa que todos os bens que possuem na América serão congelados”, detalhou o chefe de Estado, num discurso na Casa Branca.

Contudo, Biden não atendeu a um pedido das autoridades ucranianas e deixou de fora das novas sanções cortes ao acesso russo ao sistema financeiro global SWIFT, citando preocupações europeias. “É sempre uma opção, mas no momento não é essa a posição que o resto da Europa deseja tomar”, declarou Biden.

No seu pronunciamento, Joe Biden afirmou ainda que defenderá “cada centímetro do território da NATO”, mas salientou que as tropas norte-americanas não se envolverão em combates na Ucrânia.

“Autorizei o envio de forças adicionais dos Estados Unidos para a Alemanha como parte da resposta da NATO”, disse o Presidente norte-americano à imprensa. “A nossas Forças Armadas não estão a ir para a Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender os nossos aliados da NATO e tranquilizar esses aliados“, reforçou.

De acordo com Biden, “quando a história desta era for escrita”, a escolha de Putin de “fazer esta guerra completamente injustificada na Ucrânia deixará a Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte”.

As sanções ditadas pelo líder dos EUA estão de acordo com a insistência da Casa Branca de que tentaria atingir o sistema financeiro da Rússia e o círculo próximo de Putin, ao mesmo tempo em que impõe barreiras de exportação que visam privar as indústrias e os militares russos de semicondutores e outros produtos de alta tecnologia.

Sites governamentais desativados

Vários sites do Governo russo, incluindo os do Kremlin e do Ministério da Defesa, ficaram desativados esta quinta-feira, de acordo um observatório das redes digitais.

Os incidentes ocorreram após o início de uma operação massiva de ataque cibernético contra a Ucrânia, que conseguiu interromper as telecomunicações em algumas das principais cidades do país.

“Confirmado: vários sites governamentais na Rússia, incluindo os do Kremlin e da Duma (Parlamento), ficaram offline; o incidente ocorre no meio a uma avalanche de ataques cibernéticos contra a vizinha Ucrânia”, disse o observatório Netblocks, com sede em Londres, no Twitter.

De acordo com o Netblocks, esta manhã ocorreu uma “grande interrupção” da Internet em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Segundo este observatório, Kharkiv está a sofrer a maior ofensiva nas suas telecomunicações, o que deixou muitos utilizadores sem serviços, e, por enquanto, a capital ucraniana, Kiev, está a ser menos afetada por esses cortes.

O Netblocks já tinha reportado anteriormente uma outra grande interrupção do serviço de Internet em Mariupol, uma importante cidade portuária na região de Donetsk.

https://zap.aeiou.pt/putin-diz-forcado-a-invadir-a-ucrania-464432


Reino Unido exclui Rússia do sistema financeiro britânico !

 
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou esta quinta-feira que que vai proibir a companhia aérea russa Aeroflot no Reino Unido e congelar os ativos do banco VTB, num novo pacote sanções para castigar a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Numa declaração no Parlamento, Boris Johnson disse que as novas sanções vão “excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro britânico”, impedindo que os pagamentos passem pelo Reino Unido.

O VTB é um dos maiores bancos da Rússia, com ativos estimados de 154.000 milhões de libras (184.000 milhões de euros), tendo estado envolvido no processo das “dívidas ocultas” em Moçambique.

As medidas vão ser tomadas em conjunto com os Estados Unidos, vincou, com o objetivo de atingir as empresas russas, cujas transações são feitas, em cerca de metade, em dólares norte-americanos e libras esterlinas.

O Governo vai também proibir empresas estatais e privadas russas de angariar financiamento ou comercializar títulos no Reino Unido e limitar o valor monetário que pode ser depositado em contas bancárias no Reino Unido.

As sanções vão estender-se à Bielorrússia por ter acolhido algumas das tropas que invadiram a Ucrânia, resultando, no total, no congelamento de bens em mais uma centena de novas entidades e indivíduos a somar às centenas já sujeitas a sanções.

O Governo britânico vai também impor “controlos rigorosos” sobre alguns componentes eletrónicos, de telecomunicações e aeroespaciais.

“Estas sanções vão limitar as capacidades militar, industrial e tecnológica da Rússia durante muitos anos”, prometeu.

Outra medida é a criação de uma “Célula contra a Cleptocracia” na Agência de Combate ao Crime para identificar a evasão às sanções e bens russos escondidos no Reino Unido. “Isso implica que os oligarcas em Londres não vão poder esconder-se”, disse.

Legislação para tornar mais transparente a propriedade de imobiliário e empresas também vai ser introduzida que pode atingir investidores russos.

Porém, Londres não avançou com a exclusão da Rússia do sistema de pagamentos bancários SWIFT, alegando ser necessária a “unidade dos nossos parceiros no G7 e outros grupos”.

Johnson considerou este “o maior e mais severo pacote de sanções económicas que a Rússia já viu”, o qual foi aprovado pelos partidos da oposição.

Depois de ter participado esta tarde numa videoconferência com líderes do G7, o primeiro-ministro britânico revelou que vai participar numa reunião de líderes dos países da NATO na sexta-feira.

Vai convocar os países que contribuem para a Força Expedicionária Conjunta, liderada pelo Reino Unido e que inclui membros da NATO e não membros da NATO.

Uma nova reunião do comité de emergências COBRA terá lugar esta tarde, seguido por um Conselho de Ministros à noite, adiantou um porta-voz do Governo.

A Rússia lançou esta madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-exclui-russia-do-sistema-financeiro-britanico-464429


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