terça-feira, 11 de agosto de 2015

Estados Unidos não fizeram nada para evitar criação do Estado Islâmico

Em uma entrevista concedida recentemente à al-Jazeera, o tenente general Michael Flynn confessou que Washington sabia bem do perigo do surgimento de um grupo extremista.
Foi ainda em 2012 que uma nota secreta, preparada pela Agência de Inteligência da Defesa (DIA) dos EUA, advertia sobre a possibilidade de fusão de grupos rebeldes de tendências islamistas em um grupo consolidado e forte. O governo dos EUA sabia da nota e do seu conteúdo. E mesmo assim, não fez nada, informa Michael Flynn, ex-chefe da DIA.
“Eu acredito que foi uma decisão. Eu acredito que foi uma decisão pensada”, disse Flynn, falando na entrevista.
O documento em questão, recentemente desclassificado, analisa a situação no Iraque pós-guerra. Até aparece o nome Estado Islâmico – referindo-se ao Estado Islâmico do Iraque, um grupo mais ou menos local. Porém, já naquela altura o grupo tinha grandes ambições, segundo a nota:
“Isso cria a atmosfera ideal para o ramo iraquiano para al-Qaeda voltar aos seus velhos esconderijos em Mosul e Ramadi, e também fomentará novamente tensões, sob o pretexto de unificar a jihad no Iraque e na Síria sunitas, assim como o resto dos sunitas do mundo árabe contra aqueles que eles consideram o inimigo principal – os infiéis. O Estado Islâmico do Iraque pode também declarar a criação de um Estado islâmico através dessa união com outras organizações terroristas no Iraque e na Síria, o que constituirá um grave perigo para a tarefa da unificação do Iraque e da proteção do seu território”.
Efetivamente, em abril de 2013, foi proclamada a criação do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL ou EIIS, com a S significando al-Shaam, Levante). E em 29 de junho de 2014, o EIIL proclamou a sua independência, nomeando o seu líder Abu Bakr al-Baghdadi como califa e reclamando ser um “califado universal”.
Agora, o Estado Islâmico, organização terrorista proibida em uma série de países, inclusive na Rússia, é um fator ativo da guerra no Oriente Médio, reconhecido como uma das maiores ameaças ao mundo.

Fonte:http://www.ultimosacontecimentos.com.br/guerras/quoteua-nao-fizeram-nada-para-evitar-criacao-do-eiquot.html

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