quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Relações entre pessoas do mesmo sexo continuam a ser crime em 69 países !

Apesar do progresso nos direitos da comunidade LGBT, dezenas de países ainda criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. Em seis desses, a homossexualidade é punível com a morte, segundo um relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (ILGA).


No novo relatório, divulgado esta terça-feira, a ILGA encontrou um “progresso considerável” ao nível da proteção legal para pessoas LGBTI. Mesmo durante a pandemia “ocorreram desenvolvimentos positivos”, disse a organização, citada esta terça-feira pela agência AFP.

No entanto, 69 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) continuam a criminalizar as relações sexuais entre pessoas do mesmo género. A ILGA verificou que 34 desses países aplicaram ativamente essa lei nos últimos cinco anos. O relatório alertou, contudo, que o número real de países onde isso acontece pode ser “muito maior”.

“Onde quer que existam tais disposições legais, as pessoas podem ser denunciadas e presas a qualquer momento”, disse o coordenador da pesquisa e um o autor principal do relatório, Lucas Ramon Mendos. Os indivíduos “condenados à prisão, açoitamento público ou até a morte”, sublinhou.

Em seis estados membros da ONU – Brunei, Irão, Mauritânia, Arábia Saudita, Iémen e 12 estados do norte da Nigéria -, a pena de morte é a punição estabelecida para as relações homossexuais. Segundo o relatório, esta medida pode ainda ser aplicada no Afeganistão, no Paquistão, no Qatar, na Somália e nos Emirados Árabes Unidos.

O mesmo relatório mostrou que outros 42 países ergueram barreiras legais quanto à liberdade de expressão, às questões de orientação sexual e à identidade de género, enquanto 51 têm leis específicas para a criação de Organizações Não-Governamentais (ONG’s) que trabalham com questões LGBTI.

Para a diretora de Programas da ILGA, Julia Ehrt, alguns governos aproveitaram a crise do coronavírus para intensificar os esforços para “oprimir, perseguir e discriminar violentamente” a comunidade, apontando a proliferação das “zonas livres de LGBT” em países como a Polónia e a Indonésia, assim como apoio para “terapias de conversão”.

Em julho, o Sudão revogou a pena de morte para atos sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo. A Alemanha passou a integrar o grupo de quatro Estados-membros da ONU que proíbem as terapias de conversão a nível nacional. Já a Costa Rica se juntou ao número crescente de países que introduziram a igualdade no casamento.

O relatório mostrou ainda que, a partir deste mês, atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo passam a ser legais em 124 países – 64% dos Estados-membros da ONU. Enquanto isso, 81 países têm leis que protegem contra a discriminação no local de trabalho com base na orientação sexual, informou a ILGA.

https://zap.aeiou.pt/relacoes-mesmo-sexo-crime-69-paises-365946

 

Minorias forçadas a apanhar algodão na China - São obrigadas a dormir em fábricas e a ter “aulas” de ideologia !

Mais de meio milhão de pessoas de grupos étnicos minoritários da região de Xinjiang, na China, estão a ser forçados a trabalhar na apanha do algodão. A escala de trabalhos forçados é muito maior do que aquela inicialmente prevista.


O assunto é divulgado por um novo relatório do Center for Global Policy, um think tank, norte-americano citado pelo jornal The Guardian.

A região de Xinjiang produz mais de 20% de todo o algodão mundial e a esmagadora maioria (84%) do algodão da China. Contudo, o relatório afirma que o algodão é conseguido através de múltiplas falhas no cumprimento dos direitos humanos, uma vez que na região se assiste ao trabalho das minorias uigur e outras etnias minoritárias.

Segundo alguns órgãos de comunicação locais, estes tipo de trabalhos fazem parte do programa de “mitigação da pobreza” levada a cabo pelo governo chinês, porém o relatório apresentado sugere que a maior parte destes trabalhadores são forçados a trabalhar nos campos.

Escrito por Adrian Zenz, um investigador independente que se tem especializado na região de Xinjiang e do Tibete, o relatório foi elaborado através da análise de documentos governamentais e notícias dos meios de comunicação estatais.

Com o seu trabalho de investigação, Zenz concluiu que as autoridades estavam a recorrer a trabalho coercivo para obrigarem centenas de milhares de trabalhadores a apanharem algodão, uma tarefa que remete para os tempos de escravatura nos Estados Unidos, altura em que milhares de negros foram explorados por também trabalharem nesta área.

Nos últimos anos a apanha do algodão tem-se desenvolvido bastante, uma vez que grande parte do trabalho noutras regiões chinesas já é feito com grande recurso a máquinas. Ainda assim, nas áreas mais a sul de Xinjiang, a predominância do trabalho ainda é feita por mãos humanas e o relatório revelam que é cada vez mais intenso o uso de minorias étnicas.

Mesmo assim, este tipo de trabalho parece ser um motivo de orgulho para a China. O governo publica, de forma regular, nos seus órgãos de comunicação social notícias que enaltecem o trabalho criado para ajudar milhares de pobres daquela região. Esses artigos dão pistas sobre as condições me que vivem estes “trabalhadores voluntários” que vão para longe de casa, são obrigados a dormir em fábricas e sujeitos a “aulas” de ideologia.

De acordo com o jornal britânico, o relatório cita uma notícia publicada num dos jornais do regime onde se pode ler que um dos trabalhadores “conseguiu, gradualmente, superar as desvantagens de não ter uma terra para cultivar, ultrapassar o seu comportamento preguiçoso, falta de motivação interior e pouca prática em sair para trabalhar”. Todos estes defeitos foram vencidos ao ir trabalhar para a apanha de algodão em Xinjiang.

Têm sido várias as acusações ao regime chinês sobre a forma desumana como trata as minorias uigur.

Em março desta ano, um relatório do Instituto Australiano de Políticas Estratégicas (ASPI) revelou que pelo menos 80 mil pessoas da minoria muçulmana uigur foram transferidos de centros de “reeducação” em Xinjiang, na China, para fábricas que fornecem produtos para várias marcas internacionais.

Nike, Adidas, Apple, BMW, Huawei, Samsung, Sony, Volkswagen e Sony foram algumas das 83 marcas assinaladas. Segundo o relatório apresentado na altura, as condições em que às quais os trabalhadores estavam expostos “sugerem fortemente trabalho forçado”.

Também em agosto, o Buzzfeed News comparou aplicações de mapeamento ocidentais e chineses e revelou que Pequim terá apagado imagens de campos, prisões e instalações militares do serviço de mapeamento Baidu.

O Baidu, que oferece um serviço de satélite muito semelhante ao Google Maps, tem sede na China e é frequentemente sujeito a uma censura rigorosa. Contudo, ao verificar os espaços em branco, o BuzzFeed encontrou uma vasta rede de “268 complexos recém-construídos”, muitos dos quais contêm vários centros de detenção.

Por sua vez, a China nega todas as acusações, descrevendo os campos  como centros de treino vocacional que são “essenciais para combater o extremismo religioso”. O país liderado por Xi-Jinping confirmou que por ano passam mais de um milhão de pessoas por estes campos.

O Tribunal Penal Internacional já afirmou que não tem jurisdição para investigar as alegações de crimes contra a humanidade e genocídio em Xinjiang.

https://zap.aeiou.pt/minorias-apanhar-algodao-china-365818

 

Regulador europeu pode aprovar vacina da Pfizer a 21 de dezembro

Agência Europeia de Medicamentos anunciou hoje que antecipou a reunião de revisão da vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19 para 21 de dezembro, o que significa que deverá aprovar nesse dia o uso da vacina na União Europeia (UE).


A entidade, que regula a aprovação de medicamentos na UE, tinha agendado a reunião para 29 de dezembro, mas decidiu antecipar justificando que o fez depois de ter recebido dos laboratórios que a produzem informação adicional sobre a vacina, avançou esta terça-feira a agência Lusa.

A antecipação da data da reunião surge depois de o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, ter pressionado o regulador europeu a acelerar a aprovação da vacina.

O ministro considerou a situação “especialmente irritante” porque o uso da vacina desenvolvida pela BioNTech, da Alemanha, e pela farmacêutica norte-americana Pfizer foi autorizada em países como o Reino Unido, Estados Unidos (EUA) ou Canadá, mas ainda está à espera de aprovação da EMA, não podendo, por isso, ser usada na Alemanha ou em qualquer um dos 27 países da UE.

Spahn aumentou a pressão, juntando-se a uma importante associação de hospitais e legisladores para exigir que a agência aprove uma vacina contra o coronavírus antes do Natal. “O nosso objetivo é que haja uma aprovação antes do Natal para que ainda possamos começar a vacinar este ano”, disse o ministro.

“Uma vacina que foi desenvolvida na Alemanha não pode ser aprovada e ministrada (no país) só em janeiro”, reforçou a deputada federal do Partido Democrata Livre, Christine Aschenberg-Dugnus.

Também a Associação Alemã de Hospitais divulgou esta terça-feira um comunicado, exigindo que a UE encurte o longo processo de aprovação e emita uma autorização de emergência para a vacina Pfizer-BioNTech.

A Alemanha tem batido recordes do número de novas infeções e mortes diárias. Nesta terça-feira, 4670 pessoas estavam nos cuidados intensivos. O país entrará em novo confinamento nacional rígido na quarta-feira, até pelo menos 10 de janeiro, para impedir o aumento de infeções.

O Instituto Robert Koch, a agência alemã responsável pelo controlo e prevenção de doenças, contabilizou 14.432 novos casos confirmados e 500 novas mortes, o que representa o terceiro maior número de mortes diárias desde o início da pandemia. O país regista, no total, mais de 22.600 mortes pelo coronavírus.

EUA: vacina da Moderna não apresenta problemas

A vacina contra a covid-19 produzida pela Moderna não apresenta “nenhum problema específico de segurança”, disse esta terça-feira a agência de medicamentos do EUA – a FDA -, que reúne quinta-feira para decidir sobre a sua autorização urgente.

A vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana de biotecnologia deve ser a segunda vacina a receber luz verde nos EUA, após a produzida pela Pfizer/BioNTech, que começou a ser administrada em hospitais norte-americanos na segunda-feira.

A Moderna indicou que, em ensaios clínicos, a sua vacina demonstrou eficácia de 94,1% na prevenção da doença e de 100% na prevenção de casos graves.

“A FDA determinou que o fabricante forneceu informações adequadas para garantir a qualidade e consistência da vacina para autorização do produto”, disse a agência, num comunicado divulgado esta terça-feira.

Na quinta-feira, uma comissão consultiva independente vai reunir para avaliar a nova vacina, num encontro em que se aguarda a sua aprovação e que dará luz verde para iniciar o seu fornecimento nos EUA, nos próximos dias.

https://zap.aeiou.pt/regulador-europeu-vacina-pfizer-dezembro-365900

 

Uma conferência em Boston com 100 participantes levou a centenas de milhares de casos em vários países !

Uma conferência da Biogen, em Boston, nos Estados Unidos, pode ter despoletado centenas de milhares de casos de coronavírus em vários países.


De acordo com o jornal britânico The Independent, a conferência da Biogen, em Boston foi realizada no final de fevereiro num hotel e acabou por gerar 333 mil casos. Os investigadores acreditam que a conferência é um dos primeiros surtos de covid-19 na cidade norte-americana.

Cientistas que analisaram o surto e a sua disseminação subsequente ligaram o evento de Boston a dezenas de milhares de infecções na Flórida.

O Boston Globe relatou que a conferência contou com a presença de só 175 pessoas e, no final do surto, mais de 100 tinham testado positivo para o coronavírus.

O estudo estima que a conferência da Biogen, em Boston, é responsável por aproximadamente 1,6% de todos os casos de covid-19 nos Estados Unidos desde o seu início.

Segundo o Mercury News, o surto resultou na disseminação do vírus para a Flórida, Carolina do Norte, Indiana, nos Estados Unidos – mas também para outros países como a Austrália, a Suécia e a Eslováquia.

No entanto, nem todas as reuniões em massa fechadas se transformam em eventos massivos de disseminação nacional. O relatório também analisou um caso de uma casa de repouso em Wilmington, Massachusetts, onde um surto em toda a instalação foi detetado após uma triagem casual.

O vírus infetou 82 dos 97 residentes e 36 funcionários. Duas dúzias de residentes morreram em duas semanas após receberem os testes, mas o surto permaneceu em grande parte na enfermaria.

Os investigadores determinaram que ambos os eventos eram perigosos – no caso da casa de repouso porque os residentes estavam em faixas etárias de alto risco e no caso da conferência porque os indivíduos provavelmente viajariam e espalhariam o vírus.

“As implicações podem ser maiores, quando medidas como um custo para a sociedade, para eventos de superespalhamento que envolvem populações mais jovens, mais saudáveis e mais móveis devido ao aumento do risco de transmissão subsequente”, revela o estudo.

Este novo estudo foi publicado este mês na revista Science.

https://zap.aeiou.pt/boston-eua-conferencia-surto-365826

 

Condenado à morte assassino japonês que atraía as vítimas pelo Twitter

Um japonês de 30 anos foi esta terça-feira condenado por um tribunal de Tóquio à pena de morte por ter assassinado, em 2017, nove pessoas que atraiu a sua casa depois de as ter contactado na rede social Twitter.


O autor confesso das mortes, Takahiro Shiraishi, foi declarado culpado de roubar, assassinar, desmembrar e armazenar os corpos das vítimas em casa, na localidade de Zama, na região de Kanagawa, noticiou a agência Lusa.

O juiz Naokuni Yano afirmou que nenhuma das vítimas, apesar de ter manifestado pensamentos suicidas no Twitter, consentiu em ser morta. O consentimento das vítimas foi o principal ponto de debate entre a acusação e a defesa durante o julgamento.

As vítimas, oito mulheres e um homem, com idades entre os 15 e os 26 anos, foram assassinadas entre agosto e outubro de 2017.

Shiraishi entrou em contacto com as vítimas femininas através do Twitter e atraiu-as a casa com propostas para as ajudar a morrer. A única vítima masculina era o companheiro de uma das mulheres mortas e que entrou em contacto com Shiraishi depois do desaparecimento da companheira.

Durante o julgamento, o réu declarou que não ia recorrer da sentença, mesmo se fosse condenado à pena de morte. Esta é a segunda condenação à pena capital que a justiça japonesa determina em menos de uma semana.

No sábado, um tribunal do sudoeste do arquipélago condenou à morte por enforcamento um homem de 41 anos pelo homicídio em 2018 de cinco pessoas, incluindo a avó e o pai.

https://zap.aeiou.pt/condenado-morte-assassino-japones-twitter-365891

 

Mais de metade dos brasileiros avalia que Bolsonaro não é culpado por mortes

Mais da metade da população considera que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não é responsável pelas mortes no país devido à pandemia de covid-19, segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha.


A sondagem mostrou que 52% dos entrevistados disseram que Bolsonaro “não tem culpa” pelas mortes registadas no país por conta da crise de saúde, face a 47% que pensavam assim no final de agosto.

Por outro lado, 38% dos entrevistados acreditam que o líder de extrema direita é “um dos culpados”, mas não o principal, enquanto 8% consideram-no o “principal culpado” das mortes, segundo a mesma sondagem, publicada na noite de domingo no jornal Folha de São Paulo.

Apesar de a maioria da população isentar Jair Bolsonaro, dirigente que sempre negou a real gravidade da crise sanitária, 42% dos consultados qualificaram como “má ou péssima” a atuação do chefe de Estado na pandemia. Enquanto isso, 27% avaliaram as ações do Presidente como “regular” e 30% como “ótima ou boa”.

Da mesma forma, a maioria dos entrevistados (53%) disse que o Brasil “não fez o que era necessário” para evitar as mortes por covid-19, enquanto a restante percentagem é dividida igualmente entre aqueles que acreditavam que nada poderia evitar as mortes (22%) e os que acreditam que o país tomou as medidas necessárias para as evitar (22%).

O levantamento Datafolha mostrou ainda que a popularidade do Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello desde junho após a queda de dois ministros, continua a cair.

Para 35% dos brasileiros o desempenho do ministério é “ótimo ou bom”. Em abril, a pasta atingiu a aprovação recorde de 76%. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas telefónicas com 2.016 pessoas entre 8 e 10 de dezembro e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Os dados divulgados compõem outro levantamento do jornal Folha de S. Paulo, que também mostrou que o índice de aprovação do governo de Jair Bolsonaro ficou em 37%, o maior desde que assumiu o poder em janeiro de 2019, apesar do agravamento da pandemia no país.

No entanto, a gestão do Bolsonaro para enfrentar a emergência sanitária no Brasil, um dos três países mais afetados do mundo junto com os Estados Unidos e a Índia, tem sido questionada por diversos setores.

Há poucos dias, o Presidente mais uma vez minimizou a crise de saúde e afirmou que o Brasil está “no fim da pandemia”, apesar dos alertas dos especialistas em saúde de que o país já passa por uma segunda vaga, sem ter superado a primeira leva de infeções em larga escala.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (181.402, em mais de 6,9 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/metade-brasileiros-bolsonaro-nao-culpado-365780

Japan Airlines anuncia seguro para quem contrair covid-19 durante a viagem

O setor das viagens foi um dos mais prejudicados com a pandemia de covid-19 e o futuro ainda permanece incerto. Ainda assim, a Japan Airlines anunciou recentemente um seguro que cobre despesas médicas e custos associados ao isolamento profilático para quem contrair covid-19 durante a viagem.


A Japan Airlines anunciou, recentemente, a criação do seguro JAL Covid-19 Cover para todos os passageiros internacionais. O seguro é oferecido em colaboração com a Allianz Travel e é válido de 23 de dezembro a 30 de junho de 2021.

Segundo o Business Traveller, o JAL Covid-19 Cover faz parte do programa JAL FlySafe, que “visa oferecer segurança e apoio aos passageiros com necessidades essenciais de viagem durante a pandemia global”. O seguro é gratuito e destinado a cobrir despesas de passageiros que contraírem a infeção durante o período da viagem.

A cobertura inclui até cerca de 150 mil euros em tratamentos médicos que venham a ser necessários no caso de um passageiro contrair covid-19 e despesas associadas à necessidade de fazer isolamento profilático. O transporte de repatriamento ao país de origem também está incluído.

A cobertura do seguro é válida por um período de 31 dias, destina-se a passageiros de voos internacionais e expira quando os passageiros regressam ao país de residência.

“À medida que os voos internacionais retornam gradualmente ao serviço, o Grupo JAL implementou medidas importantes contra a covid-19 para fornecer aos clientes uma experiência de viagem segura e protegida”, disse Hideo Ninomiya, diretor executivo de vendas de passageiros da Japan Airlines, ao Business Traveller.

“Embora possa demorar algum tempo receber de volta os clientes numa escala global, esperamos que esta cobertura com a Allianz Travel ofereça segurança para aqueles que precisam de viajar”, complementou.

https://zap.aeiou.pt/japan-airlines-seguro-contrair-covid-365816

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Primeiro reator nuclear desenvolvido pela China desliga-se durante testes !

O primeiro reator nuclear desenvolvido pela China, a ser integrado na rede do país, desligou-se de emergência, em outubro, durante um teste, mas sem fuga de material radioativo, noticiou esta terça-feira a imprensa oficial.

O teste ao Hualong-1 realizou-se em 27 de outubro, nos sistemas de bloqueio de segurança dos tubos de vapor do reator número cinco da central nuclear de Fuqing, na província de Fujian (leste), de acordo com o comunicado agora divulgado pela Administração de Segurança Nuclear chinesa e citado pela imprensa estatal.

Quando foi detetada uma grande diferença na pressão do vapor entre diferentes tubos, num curto período, os sistemas de segurança foram ativados e o reator desligou-se automaticamente.

“O sistema de segurança respondeu aos requisitos e não foram encontradas anormalidades nas operações do pessoal. Não houve fuga radioativa ou qualquer efeito adverso na segurança do pessoal e do meio ambiente”, indicou a mesma nota.

Por considerarem que o incidente “podia ter tido algum significado como referência para o funcionamento seguro e estável” da central de Fuqing, um grupo de especialistas visitou o complexo, entre 9 e 13 de novembro, para tentar determinar a causa.

De acordo com a investigação, ocorreu um congestionamento no sistema de tubagem do vapor e o operador não tinha conhecimento e experiência suficientes para lidar com a situação.

Entre as recomendações dos especialistas há várias menções sobre como evitar os efeitos do designado ‘golpe de aríete’, que ocorre quando existe uma aceleração do fluxo num tubo fechado com água em repouso, devido a uma rápida pressurização do sistema, o que pode causar danos graves às tubagens.

Este evento não constituiu um impedimento para que as autoridades chinesas ligassem o reator à rede, em 27 de novembro, num marco para a indústria nuclear do país.

Segundo a imprensa oficial chinesa, os principais componentes do Hualong-1 foram produzidos na China e dão ao reator uma vida útil de cerca de 60 anos.

As autoridades garantiram que este tipo de geradores de energia, também conhecidos como HPR1000, cumprem os “mais rígidos padrões de segurança” em todo o mundo.

A construção da unidade cinco da central nuclear de Fuqing, a primeira da China a ter esses reatores de terceira geração, foi iniciada em 2015 e concluída dois anos depois, enquanto outro gerador, a futura unidade seis, tem conclusão prevista para o próximo ano.

Existem atualmente seis outros Hualong-1 em construção no exterior, incluindo dois em Carachi, no Paquistão.

O reator chinês também foi oferecido à Argentina como parte do acordo para a construção da quarta e da quinta centrais nucleares no país sul-americano.

https://zap.aeiou.pt/reator-nuclear-china-desliga-testes-365761

 

Reino Unido detecta nova estirpe do vírus !

 

Após a primeira semana desde o início da vacinação no Reino Unido, o país encontrou uma nova estirpe do vírus e colocou Londres nas medidas de nível 3 – mais restritivas. Já os Países Baixos vão confinar até 19 de janeiro.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, em Londres e partes do sudeste de Inglaterra, 10 milhões de pessoas vão entrar em medidas de nível 3 na quarta-feira, anunciou o secretário de saúde Matt Hancock – menos de duas semanas após um confinamento nacional projetado para suprimir o aumento de casos de coronavírus.

“Isto ainda não acabou”, disse Hancock, colocando Londres e partes de Essex e Hertfordshire no nível 3 e aumentando o número de pessoas sob as regras mais rígidas para 34 milhões, após uma semana de notícias animadoras desde o início do lançamento da vacina

Num anúncio surpresa, Hancock disse ainda, na Casa dos Comuns, que foram encontrados mais de 1.000 casos de uma nova estirpe de vírus em quase 60 áreas, predominantemente no sul da Inglaterra.

O ministro sugeriu que a nova estirpe estava a crescer mais rapidamente do que as variantes já encontradas, mas enfatizou que o conselho clínico sugeria que era “altamente improvável” que a mutação deixasse de responder a uma vacina.

Chris Whitty, diretor médico da Inglaterra, afirmou que não havia evidências de que a variante fosse mais perigosa e que seria detetada por testes. Whitty também enfatizou em Downing Street que a nova estirpe não era a razão por trás das mudanças para o nível 3.

“A razão pela qual a camada 3 foi introduzida é porque as taxas têm subido muito rápido em muitas áreas. A variante pode estar ou não estar a contribuit para isso, mas a realidade disso é que está a acontecer em toda a linha, e essa é a razão para fazer as mudanças”.

A Associação Médica Britânica, que representa a maioria dos médicos britânicos, disse que a entrada de Londres para o nível 3 salvaria vidas. Gary Marlowe, o presidente do conselho regional de Londres, disse que “a escalada em Londres mostra quão rapidamente o progresso para controlar o vírus foi desfeito e com a implementação da vacinação ainda na sua infância, agora não há outra opção a não ser mover Londres para o nível mais alto”.

Países Baixos reconfinam até 19 de janeiro

O primeiro-ministro, Mark Rutte, anunciou o confinamento de cinco semanas num discurso interrompido por assobios e gritos de manifestantes que protestavam contra as restrições, que entram em vigor a partir de terça-feira.

As creches, as escolas e todas as atividades consideradas não essenciais dos Países Baixos vão encerrar até 19 de janeiro para tentar conter as infeções pelo novo coronavírus. À exceção de supermercados, mercearias e farmácias, todos os estabelecimentos vão encerrar a partir de terça-feira, incluindo museus, cinemas, salas de espetáculos e jardins zoológicos.

Não estamos a lidar com uma simples gripe, como pensam as pessoas que estão atrás de nós”, disse, referindo-se aos manifestantes.

Na semana entre 2 e 8 de dezembro, o número de infeções confirmadas fixou-se acima de 43 mil, segundo a informação divulgada pelo Instituto Nacional para a Saúde Pública e Ambiente dos Países Baixos.

A população holandesa foi ainda aconselhada a permanecer em casa e a receber, no máximo, duas pessoas por dia e três no Natal.

O Governo liderado por Mark Rutte já tinha decretado o encerramento de restaurantes, bares e coffee shops em 14 de outubro e endureceu as medidas de combate à pandemia em 3 de novembro, ao encerrar museus, cinemas e jardins zoológicos por duas semanas.

Recolher durante 4 dias no Ano Novo na Turquia

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta segunda-feira um recolher obrigatório de quatro dias durante o Ano Novo para combater a propagação da pandemia.

Durante uma reunião do conselho de ministros, Erdogan afirmou que o recolher obrigatório vai começar na noite de 31 de dezembro e vigorará até à manhã de 4 de janeiro.

O Governo reintroduziu este mês os confinamentos durante o fim de semana, assim como recolher obrigatório noturno perante um aumento nos números de novas infeções e mortes, tendo evitado, até agora, um confinamento total para manter à tona a frágil economia do país.

Erdogan anunciou também apoios aos negócios afetados e prometeu prolongar os descontos nos impostos.

As estatísticas de hoje do Ministério da Saúde mostraram um recorde de 229 mortes diárias, elevando o total de óbitos para 16.646. A média de sete dias de infeções diárias tem estado acima das 30 mil, o que torna o país num dos mais afetados do mundo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.612.297 mortos resultantes de mais de 72,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (65 011 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64 170 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França (58 282 mortos, mais de 2,3 milhões de casos) e Espanha (48 013 mortos, mais de 1,7 milhões de casos). Portugal contabiliza 5649 mortos em 350 938 casos de infeção.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-deteta-nova-estirpe-do-virus-paises-baixos-365755

Boko Haram reivindica rapto de centenas de estudantes no noroeste da Nigéria !

O líder do grupo extremista Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou esta terça-feira o rapto de centenas de estudantes de um liceu no noroeste da Nigéria, na madrugada de sábado.


“Sou Abubakar Shekau e os nossos irmãos organizaram o rapto em Katsina”, anunciou o líder, também responsável pelo o rapto de 276 raparigas, em Chibok, em 2014, desencadeando uma onda de indignação mundial.

Pelo menos 333 adolescentes continuam dados como desaparecidos desde o ataque ao liceu, no estado de Katsina, no noroeste da Nigéria, a centenas de quilómetros de distância do território do Boko Haram, que opera habitualmente no nordeste do país, em torno do lago Tchad.

Mais de uma centena de homens armados em motorizadas atacaram na madrugada de sábado a escola rural situada na localidade de Kankara, levando centenas de adolescentes a fugir.

Inicialmente, o rapto tinha sido atribuído a grupos armados, denominados “bandidos”, que aterrorizam as populações nesta região instável onde os sequestros com resgate se tornaram correntes.

O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou o ataque e ordenou o reforço da segurança em todas as escolas. No estado de Katsina, os estabelecimentos escolares foram fechados.

Na segunda-feira, o exército indicou ter localizado “o covil dos bandidos”, acrescentando que uma operação militar estava em curso.

A segurança deteriorou-se fortemente no norte da Nigéria desde a eleição de Buhari, em 2015, que anunciou a luta contra o Boko Haram como prioridade do mandato.

https://zap.aeiou.pt/boko-haram-reivindica-rapto-nigeria-365773

 

Investigação revela que espiões russos seguiram Navalny desde 2017 e tentaram envenená-lo outras duas vezes !

Uma equipa de agentes do Serviço de Segurança Federal Russo (FSB) estava por trás da tentativa de assassinato, revelou o prório dissidente russo.


O opositor russo Alexei Navalny, ativista anticorrupção e crítico do Kremlin, apresentou registos telefónicos e listas de passageiros de companhias aéreas como evidência de que o grupo FSB – principal agência sucessora da KGB da era soviética – estava por trás do envenenamento, num vídeo publicado no YouTube.

Navalny adoeceu gravemente durante um voo da Sibéria para Moscovo em agosto. Foi levado primeiro a um hospital em Omsk, no sudoeste da Sibéria e, depois, levado para Berlim para tratamento. Laboratórios alemães, franceses e suecos determinaram que foi envenenado por um agente nervoso Novichok da era soviética.

“Eu sei quem quis me matar”, disse o ativista num vídeo de quase uma hora publicado no YouTube, antes de publicar os retratos dos acusados. A operação, segundo Navalny, teria sido conduzida por uma equipa de pelo menos oito agentes a mando do presidente Vladimir Putin.

Um membro do grupo FSB alegamente envolvido na tentativa de homicídio relatou o sucedido diretamente ao presidente russo, Vladimir Putin, segundo uma investigação conjunta envolvendo Bellingcat, o site russo The Insider, o jornal alemão Der Spiegel e a emissora CNN.

Os meios de comunicação estão a conduzir uma investigação contínua para descobrir quem está por trás do envenenamento.

As alegações de Bellingcat, parceiros e Navalny surgiram um dia depois que o jornal britânico The Times alegou que o Kremlin tentou envenenar a figura da oposição russa Alexei Navalny uma segunda vez após a primeira tentativa ter falhado.

A equipa de agentes do FSB parece ter tentado pelo menos duas outras vezes envenená-lo com a arma química Novichok, segundo Navalny. As duas vezes anteriores não tiveram sucesso porque a dosagem era muito pequena.

Navalny explicou ainda que a equipa precisava de ter cuidado para não usar muito veneno porque uma morte instantânea seria muito fácil de investigar.

A investigação identifica os agentes do FSB Alexey Alexandrov, Ivan Osipov – ambos médicos – e Vladimir Panyaev, que seguiu Navalny até a cidade russa de Tomsk, onde foi envenenado, juntamente com outros.

Navalny e os meios de investigação, incluindo Bellingcat, apresentaram metadados de telefone, registos de voos sobrepostos e bancos de dados offline previamente vazados como evidência das suas alegações.

Por exemplo, a investigação Bellingcat afirma que os agentes do FSB seguiram Navalny desde 2017, “viajando com ele em mais de 30 voos sobrepostos para os mesmos destinos”. “Dada essa série implausível de coincidências, o peso da prova para uma explicação inocente parece recair puramente sobre o Estado russo“, concluiu a investigação Bellingcat.

Navalny há muito considera o Kremlin responsável pelo seu envenenamento. Moscovo nega as acusações.

https://zap.aeiou.pt/investigacao-revela-que-espioes-russos-seguiram-navalny-365768

 

A Boeing está a reutilizar peças de aviões antigos e a vendê-las como móveis !

Boeing Store

A Boeing abriu uma nova loja chamada “Aviação de Luxo”, onde vende vários artigos feitos de peças de aviões reformados – os objetos custam entre 5.500 e 19.500 dólares.

As viagens aéreas sofreram uma grande quebra devido à pandemia do novo coronavírus, mas a Boeing não para de inovar e abriu recentemente uma nova loja, onde vende artigos vintage, noticia a Interesting Engineering.

O objeto mais caro vendido pela corporação multinacional norte-americana é a Cadeira Ejetável F-4 Phantom 1, que custa 19.500 dólares. “Vá de zero a Mach 2 sem sair do seu assento. Este artefacto é uma cadeira ejetável original de um caça a jato McDonnell F-4 Phantom II”, pode ler-se no site.

E, apesar de já não ser possível ejetar aquele assento, a sua história é muito interessante: “O Twinjet F-4 de dois lugares foi um dos caças mais versáteis alguma vez construídos. Esta aeronave atingia uma velocidades máxima correspondente ao dobro da velocidade do som e tornou-se no caça mais rápido, que atingia a maior altitude e com o alcance mais longo da Marinha dos Estados Unidos”, explica a Boeing.

The Boeing Store

Cadeira Ejetável F-4 Phantom 1

“Tanto as equipas de demonstração de voo dos Navy Blue Angels, como da Força Aérea Thunderbirds pilotaram o F-4 entre 1969 e 1973”, lê-se na descrição do produto.

Mas, afinal, quais são os outros artigos vendidos?

O catálogo é constituído não só por assentos ejetáveis, mas também por mesas feitas da fuselagem de aviões Boeing 727 reformados e, até, barras para colocar garrafas de vinho feitas a partir de motores.

Mas, além da mobília, a Boeing também disponibiliza artigos de decoração, vestuário e bijuteria, bem como brinquedos e artigos de Natal – cujo valor é, por sua vez, bem mais em conta (alguns produtos em promoção custam menos de um dólar).

Apesar da grande variedade de artigos, todos eles têm uma característica em comum: um visual muito específico, que parece ter saído diretamente de um avião

https://zap.aeiou.pt/boeing-reutilizar-pecas-avioes-antigos-365546

 

É oficial - Biden ultrapassa os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para ser Presidente !

O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos da América (EUA) validou hoje a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais, que com 302 votos ultrapassou o mínimo de 270 necessários para poder ser o 46.º Presidente norte-americano.


A vitória de Joe Biden foi ratificada depois de os delegados do Colégio Eleitoral pela Califórnia atribuírem os 55 votos daquele estado ao democrata, que já tinha 347 votos e agora tem 302, de um total de 538. A decisão foi anunciada em Sacramento, na Califórnia, às 17:29 de Washington, capital dos EUA (22:29 em Lisboa).

Contudo, Joe Biden apenas vai ser declarado oficialmente o sucessor do republicano Donald Trump na Casa Branca quando o estado do Havai depositar os seus votos, finalizando o processo de atribuição de votos nos 50 estados norte-americanos.

Os quatro votos do Havai também deverão ser atribuídos a Joe Biden, que, de acordo com as projeções de vários órgãos de comunicação social norte-americanos, entre os quais a CNN, o The New York Times e o The Washington Post, vai terminar este processo com 306 votos do Colégio Eleitoral. Donald Trump arrecadou apenas 232.

Nos Estados Unidos, o Presidente não é escolhido por voto popular, mas por sistema indireto, através do voto dos “grandes eleitores”, escolhidos em função dos resultados eleitorais e em função da população de cada estado, com os mais populosos a ter direito a mais votos. Biden venceu em diversos estados, que lhe atribuíram 306 delegados, superando o mínimo de 270 necessários para ser Presidente.

A cerimónia de tomada de posse de Biden enquanto o 46.º Presidente dos Estados Unidos vai ser realizada em 20 de janeiro.

https://zap.aeiou.pt/oficial-biden-ultrapassa-os-270-votos-do-colegio-eleitoral-necessarios-presidente-365733

 

“Exploração brutal” - Trabalhadores vandalizam uma fábrica de iPhones na Índia e reclamam salários em atraso !

Cerca de 100 pessoas foram detidas depois de uma fábrica de telemóveis Iphone no sul da Índia ter sido vandalizada por trabalhadores que reclamavam o pagamento de salários em atraso e acusavam a unidade de exploração.


A rebelião aconteceu no sábado numa fábrica do grupo de Taiwan Wistron Infocomm Manufacturing, nos arredores de Bangalore.

Imagens divulgadas do local mostram janelas partidas e automóveis capotados. As câmaras de videovigilância, lâmpadas e ventiladores foram também partidos e uma viatura foi incendiada, segundo escreve a agência Lusa.

O smédia locais relatam que os trabalhadores reclamam que não recebem salário há quatro meses e de serem obrigados a fazerem horas suplementares.

“A situação está agora sob controlo. Equipas especiais foram criadas para investigar este incidente”, afirmou hoje à AFP a polícia local, acrescentando que não há registo de feridos.

O vice-ministro adjunto do Estado de Karnataka, C.N. Ashwathnarayan, denunciou os atos de violência gratuita e acrescentou que o assunto será esclarecido em breve. “Vamos certificar que os direitos dos trabalhadores são protegidos e que as quantias devidas sejam pagas”, afirmou o mesmo responsável.

Por sua vez, o grupo Wistron disse à AFP que “o incidente foi causado por desconhecidos vindos de fora da fábrica”, que causaram danos, “sem se conhecer as suas intenções”.

O grupo acrescentou que se comprometeu a “seguir as leis laborais locais e todas as outras regulamentações neste domínio”, num comunicado em chinês.

Um responsável sindical local denunciou a “exploração brutal” dos operários.

https://zap.aeiou.pt/exploracao-brutal-trabalhadores-vandalizam-fabrica-iphones-na-india-365581

 

Coreia do Sul proíbe lançamento de folhetos para a Coreia do Norte - “Submissão vergonhosa” a Pyongyang !

O Parlamento da Coreia do Sul acaba de aprovar uma lei que criminaliza o lançamento de folhetos e outros objetos para a Coreia do Norte, cuja moldura penal prevê multas até 27.500 dólares e prisão efetiva para os infratores. 


A lei foi proposta em meados de junho pelo Partido Democrata, do qual faz parte o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, depois de vários grupos de desertores e ativistas lançarem folhetos com propaganda através da fronteira, escreve a revista Vice.

Em resposta, a Coreia do Norte destruiu um escritório de ligação inter-coreana e cortou todas as comunicações com o território do sul.

Lee Jae-myung, membro do Partido Democrata e governador de uma província localizada na fronteira entre as Coreias, afirmou, no início do mês, que os panfletos colocam a sua população em risco, uma vez que provocam o Norte e representam um “ato anti-nacional”, que ameaça a segurança nacional do país.

“O texto dos panfletos não pretendia melhorar os direitos humanos da Coreia do Norte ou defender o regime da Coreia do Sul, mas gozar e atacar uma determinada pessoa“, disse o político, referindo-se ao líder norte-coreano, Kim Jong Un.

Song Young-gil, que liderou o projeto de lei, escreveu que há determinados grupos de pessoas que negligenciam o acordo em que as duas Coreias “concordaram trocar calúnias”, recordando que este mesmo acordo entrou em vigor em 1972.

Quem não viu com bons olhos a aprovação desta lei, que já ficou batizada como lei “anti-folheto”, foram os deputados do principal partido da oposição, o Partido do Poder do Povo, que consideram a nova legislação uma “submissão vergonhosa a Kim Yo Jong”, a irmã mais nova de Kim Jong Un, que criticou os panfletos de propaganda e os ativistas.

Kim Yo Jong chegiu mesmo a ameaçar desistir do acordo militar inter-coreano, selado em 2018, se o Sul não tomasse medidas para parar com o lançamento destes folhetos, que na maioria das vezes visam Kim Jong Un e as suas ambições nucleares.

A oposição alega que a lei suprime a liberdade de expressão e as atividades pelos direitos humanos, escreve ainda a mesma revista norte-americana.

Com a revisão à lei, os infratores poderão agora ser punidos com uma multa que pode chegar aos 27.500 dólares, cerca de 22.6000 euros, ou pena de prisão até três anos.

A Vice recorda ainda que esta lei deverá visar a organização não governamental Fighters for a Free North Korea (FFNK), liderada por desertores norte-coreanos que organizam o lançamento de folhetos há pelo menos dez anos.

Balões, folhetos de propagada, cartões e SD e até dólares americanos têm sido enviados por esta organização para a Coreia do Norte através da fronteira nos últimos anos.

https://zap.aeiou.pt/coreia-do-sul-proibe-lancamento-folhetos-coreia-do-norte-365651

 

“Homicida negligente” - Bolsonaro criticado devido a programa de vacinação !

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está a ser fortemente criticado e classificado como “homicida negligente” devido ao fracasso na preparação de um programa de vacinação contra o coronavírus, enquanto o número de mortes aumenta novamente no país.

Mais de 181 mil brasileiros morreram por causa da doença, com a maior economia da América Latina mergulhada numa segunda vaga. O Governo de Bolsonaro tem sido lento nos planos para vacinar os 212 milhões de cidadãos, apostando na vacina da Universidade Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, noticiou no domingo o Guardian.

O Brasil ainda não assinou um contrato com a Pfizer e evitou a vacina experimental chinesa CoronaVac, defendida pelo governador de São Paulo, João Doria, provável adversário do Presidente nas próximas eleições. Observadores acreditam que a hostilidade de Bolsonaro à vacina visa impedir o aumento da popularidade de Doria.

Os especialistas temem que a estratégia possa causar milhares de mortes desnecessárias ao adiar a vacinação. “Mostra, mais uma vez, o quão desconetado o governo federal está da realidade da pandemia. Eles ainda não perceberam a gravidade do que estamos a passar”, disse Natália Pasternak, fundadora do Question of Science Institute.

Para Pasternak, é aceitável que o Governo brasileiro acredite na vacina da AstraZeneca, mas “o problema é apostar apenas nessa e não fechar outros contratos, sabendo que” esse “não será suficiente para vacinar toda a população”. “O Brasil colocou todos os seus ovos na mesma cesta”, disse, indicando que a decisão em recusar a CoronaVac é “absurda”.

O Ministério da Saúde brasileiro publicou um plano de vacinação, que dezenas de consultores alegaram não ter aprovado, no qual foi determinado um período de cinco meses para vacinar 51 milhões de prioritários, entre esses profissionais de saúde e idosos, mas sem avançar uma data para um programa mais amplo.

Num editorial de primeira página, o Folha de São Paulo criticou a “negligência homicida” de Bolsonaro, alegando que os brasileiros foram “abandonados pelo governo” e condenados a “assistir em angústia” o início da vacinação noutros lugares.

“A estupidez assassina de Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus passou todos os limites. É hora de ele abandonar essa imprudência criminosa e pelo menos fingir ter a capacidade e maturidade para liderar uma nação de 212 milhões, num momento tão dramático da sua história coletiva. Chega de tolice com a vacina!”, declarou.

Já o Estado de São Paulo apontou a “incompetência letal” de Bolsonaro, ao escrever: “Não sabemos quantas vacinas o governo federal terá, nem quando. Há sinais de que haverá falta de vacinas. E o ministério [da Saúde] resiste em negociar opções viáveis, como a CoronaVac… por motivos claramente políticos”.

“Não há um único aspeto no tratamento desta crise que não tenha sido contaminado pelo obscurantismo, negligência, incompetência ou desonestidade do Presidente ou do seu fantoche no Ministério da Saúde”, acrescentou a publicação.

As críticas seguiram-se às palavras do presidente da Sociedade Médica e Cirúrgica do Rio de Janeiro, depois que um dos seus membros morreu de covid-19. Numa homenagem pública, criticou a resposta “simplesmente homicida” ao coronavírus e a “miopia, desumanidade, negligência e irresponsabilidade criminosa” dos líderes brasileiros.

No sábado, um dos maiores observadores políticos do Brasil, Elio Gaspari, disse que o coronavírus era “o Chernobyl de Bolsonaro”, comparando a sua negação em relação à covid-19 aos esforços soviéticos para ocultar o desastre de 1986. Outro, Jânio de Freitas, referiu que a “confusão” em torno da vacina é motivo para ‘impeachment’.

Daniel Dourado, especialista em Saúde Pública e advogado, concordou que a reação “desastrosa” de Bolsonaro justifica o ‘impeachment’ imediato. “É um ultraje após o outro. Dilma Rousseff foi removida por muito menos”, sublinhou.

“No início da pandemia, pensei que assim que muitas pessoas começassem a morrer”, Bolsonaro “estaria morto. Mas 180 mil morreram e ele ainda está lá”, disse Dourado. “Estamos a falar sobre ‘impeachment’ – mas o Congresso não”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/homicida-negligente-bolsonaro-plano-vacinacao-365590

 

Bill Gates alerta que “os próximos quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia” !

Numa altura em que o mundo, e sobretudo os Estados Unidos da América, começam a ver uma luz ao fundo túnel, devido ao desenvolvimento de várias vacinas, Bill Gates deixa uma novo alerta sobre a pandemia de covid-19.


Bill Gates tem feito constantes alertas sobre a forma como os EUA estão a lidar com a a pandemia, e a forma como esta pode evoluir no mundo. Neste domingo, voltou a fazê-lo, um dia depois da vacina da Pfizer e da BioNTech, já aprovada pela FDA, começar a sair da fábrica do laboratório norte-americano, no Michigan, para ser distribuída nos EUA.

Em entrevista à CNN, o cofundador da Microsoft avisou os americanos que “os próximos quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia”, ao argumentar que os dados do IHME estimam a ocorrência de mais de 200 mil mortes adicionais.

O empreendedor confessa que inicialmente achou que “os EUA conseguiriam lidar” com a situação pandémica e que “fariam um trabalho melhor”.

Nos EUA, o número de mortes diárias por covid-19 ultrapassa as três mil, mais do que as registadas no ataque de 11 setembro de 2001, e, no total, quase 300 mil. Ao todo, e numa população de 330 milhões, há 17 milhões de infetados, sendo o país mais afetado pela pandemia. “Temos de fazer melhor”, argumentou Gates.

Questionado sobre se aceitará tomar a vacina para a covid-19, já que nos EUA há uma forte contestação por parte de movimentos antivacinas, Bill Gates disse que não só a tomará como o irá fazer publicamente, como já o declararam os ex-presidentes Bill Clinton, George Bush e Barack Obama, para aumentar a confiança das pessoas.

Defendeu ainda que os critérios sobre quem deve ter acesso ou não à vacina devem ser definidos pelas necessidades médicas e não pela riqueza. Tanto nos EUA, como em outros países, nomeadamente o Brasil, onde a pandemia tem posto a descoberto as fragilidades sociais e aumentado as desigualdades entre classes.

Na entrevista Gates defendeu ainda que só a vacina não chega, reforçando assim que os “próximos quatro a seis meses exigem que os americanos façam o melhor”. “Sabemos que a situação um dia acaba, mas ninguém quer que aqueles que ama sejam os últimos a morrer por covid”.

A única solução “é evitar a transmissão da doença, é seguir as regras, usar máscara não tem qualquer desvantagem”. O cofundador da Microsoft, cuja fundação criada por ele e pela mulher, Belinda Gates, tem apoiado o financiamento da investigação para uma vacina ou medicamento para a doença, disse que se os casos continuarem a aumentar nos EUA “bares e restaurantes da maior parte do país terão de fechar“.

Em pleno período de transição entre uma administração republicana e democrata, Gates diz que “a nova administração está disposta a confiar nos especialistas e não em os atacar”. “Acho que vamos superar a situação de forma positiva. Estou satisfeito com as pessoas e com as prioridades que o presidente eleito, Joe Biden, e a sua equipa estão a definir para enfrentar o problema “, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/bill-gates-alerta-os-proximos-quatro-seis-meses-podem-os-piores-da-pandemia-365537

 

China usa “drone lança-chamas” para erradicar vespas assassinas

O Blue Sky Rescue, um grupo de voluntários que realiza buscas e resgates, decidiu ajudar os moradores de Zhong e converteu um drone num lança-chamas para erradicar mais de 100 ninhos de vespas assassinas.


O Blue Sky Rescue está a usar um drone lança-chamas para destruir os ninhos de vespas assassinas na China. O dispositivo está a ser usado como parte de uma campanha para erradicar mais de 100 ninhos de uma vila em Zhong, perto da cidade de Chongqing, avança a Sky News.

A população tem sofrido com uma praga de vespas asiáticas, que construíram centenas de ninhos e atacam regularmente os moradores locais. O maior problema no combate a estes animais é que os ninhos são construídos no topo das árvores e a altura dificulta a sua destruição.

O Blue Sky Rescue, uma organização humanitária não governamental, juntou-se aos residentes para realizar a operação. O grupo, que realiza buscas e resgates, arrecadou cerca de dez mil euros para comprar um drone e equipá-lo com um tanque de gasolina e um lança-chamas improvisado.

Nos vídeos divulgados na Internet, é possível observar esta nova arma, que já eliminou 11 ninhos de vespas asiáticas. Mas a missão ainda não está totalmente cumprida, já que o equipamento tem ainda de combater aproximadamente 100 ninhos.

Este tipo de vespa é nativa do Sudeste Asiático e constitui uma séria preocupação para as autoridades devido à sua ação predadora que põe em perigo as abelhas. Esta praga pode dizimar um enxame de abelhas em poucos dias.

Além disso, as picadas de vespas são responsáveis por várias mortes na China rural, geralmente por causa do tempo que a ajuda médica de emergência demora a chegar. Em 2013, o China Daily relatou que mais de 100 pessoas morreram de graves picadas de vespa em Sichuan, que faz fronteira com as províncias de Chongqing, Shaanxi e Henan.

https://zap.aeiou.pt/china-drone-lanca-chamas-vespas-365560

“Estamos em todo o lado” - Memorial de Anne Frank nos EUA vandalizado com suásticas !

O único memorial dedicado a Anne Frank nos Estados Unidos foi vandalizado com imagens de suásticas, causando indignação no estado de Idaho, onde o monumento está localizado.

Cartazes foram colados à estátua da jovem alemã vítima do Holocausto com a seguinte frase, junto do símbolo nazi: “Nós estamos em todo o lado.”

P Centro Wassmuth para os Direitos Humanos, que administra o Memorial Anne Frank na cidade de Boise, informou que o ataque ocorreu na terça-feira passada.

O diretor da entidade, Dan Prinzing, disse que o incidente é uma “triste demonstração sobre quem é ou o que é nossa comunidade” e comparou-o com uma “punhalada no coração”.

“Francamente, é um dia triste”, afirmou Prinzing, em declarações  à CNN. “O memorial está localizado no coração da capital; somos o coração da cidade. Um ato de ódio tão flagrante, dirigido dessa forma, encorajado a ocorrer, é simplesmente triste.”

Ainda segundo o diretor do Centro Wassmuth, “o memorial foi financiado por indivíduos, empresas e fundações para ser uma demonstração física dos nossos valores partilhados; reconhecemos hoje que um desses valores é que devemos nos impor para enfrentar o ódio”.

Prinzing disse que, felizmente, nenhum dano material foi causado ao monumento, tendo sido necessária apenas uma limpeza extra para remover o resíduo colante dos cartazes.

Já o chefe da polícia de Boise, Ryan Lee, condenou o ataque como “absolutamente repugnante”, segundo a imprensa local. “É um motivo de preocupação para nós”, disse Lee, prometendo ainda “encontrar aqueles que estão tentando incitar ao ódio na nossa cidade”.

A presidente da câmara de Boise, Lauren McLean, também manifestou indignação. “É chocante, mas sabemos que isso não reflete os valores da nossa sociedade”, afirmou.

O Centro Wassmuth foi nomeado em homenagem ao padre católico Bill Wassmuth (1941-2002), que renunciou à sua função religiosa para se dedicar inteiramente à luta contra os supremacistas brancos e neonazis.

O estado de Idaho é considerado um dos redutos dos extremistas de direita nos Estados Unidos.

O memorial em homenagem a Anne Frank já tinha sido violado com slogans antissemitas e racistas em 2017. O reparo custou 20 mil dólares na época.

Anne Frank é uma das mais conhecidas vítimas do Holocausto. Entre 1942 e 1944, ela documentou, através de um diário, o seu quotidiano familiar num esconderijo em Amsterdão, onde a sua família levou uma existência claustrofóbica e silenciosa na esperança de não ser capturada pelos nazis.

O seu pai, o empresário alemão Otto Frank, tentou levar a esposa e as duas filhas para os Estados Unidos para fugirem da perseguição, mas sem sucesso.

Em 1944, a família judia foi descoberta no anexo na capital holandesa. Anne morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen em 1945, mas a história da sua vida percorre o mundo até hoje através do seu diário publicado postumamente.

https://zap.aeiou.pt/memorial-anne-frank-nos-eua-vandalizado-suasticas-365533

Rússia está a desenvolver uma vacina contra a covid-19 para animais

A Rússia anunciou, este domingo, estar a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina para proteger os animais contra a covid-19. 


De acordo com o Diário de Notícias, Sergei Dankvert, presidente dos serviços de vigilância veterinária e fitossanitária da Rússia, anunciou que esta vacina para animais deverá ficar disponível em finais de janeiro do próximo ano.

Segundo o DN, o mesmo responsável explicou que os testes já estão na fase 3 e que “a vacina vai ser testada em visons, gatos e roedores“. Dankvert disse também que a União Europeia, os Estados Unidos e Singapura já manifestaram o seu interesse.

Para além de já ter atingido muitos milhões de pessoas, o novo coronavírus também já foi detetado em animais de estimação como cães e gatos, bem como em leopardos das neves e visons.
 
No caso dos visons (ou martas), foram registados vários surtos de covid-19 em quintas de criação espalhadas por vários países europeus, como nos Países Baixos e na Dinamarca, o que levou ao abate de milhões de animais.

Na Dinamarca, a situação levou mesmo a uma crise política que originou a demissão do ministro da Agricultura, Mogens Jensen, depois deste admitir que a ordem do Governo de matar todos os visons do país não tinha base legal.

Em agosto deste ano, a Rússia tornou-se o primeiro país do mundo a registar uma vacina contra o novo coronavírus: a Sputnik V.

https://zap.aeiou.pt/russia-vacina-covid-19-para-animais-365653

Manifestações pró e anti-Trump em Washington fazem 30 detidos e vários feridos

Confrontos entre apoiantes e opositores do Presidente norte-americano e a polícia em Washington, este domingo, resultaram em cerca de 30 detidos e quatro feridos com arma branca.


A polícia registou quatro feridos por esfaqueamento numa luta de rua, e ainda oito agentes feridos nas manifestações. Entre os 30 detidos estava um suspeito de 29 anos, identificado por ataque com arma branca.

As detenções foram feitas com base em várias ofensas, desde ataques com armas brancas ou apenas posse de arma, resistência às autoridades ou tumultos que começaram ao fim da tarde.

A maioria dos leais a Donald Trump manifestava-se sem máscara. O jornal Washington Post, citado pelo semanário Expresso, falou em “caos” provocado pelos “Proud Boys”, um grupo pró-Trump de extrema-direita.

Trump, cujo mandato presidencial termina a 20 de janeiro de 2021, tem-se recusado a conceder o cargo, alegando fraude eleitoral, mas as queixas têm sido rejeitadas em vários tribunais estaduais e federais, e na sexta-feira pelo Supremo Tribunal norte-americano.

No mês passado, demonstrações de rua reuniram entre 10 mil e 15 mil pessoas na capital também acabaram em confrontos entre os aliados de Trump e ativistas locais, razão pela qual a polícia reforçou as medidas para separar os grupos, fechando a praça Black Lives Mater, perto da Casa Branca.

Milhares de bonés vermelhos com o slogan “Tornar a América Grande Outra Vez” desfilaram pela capital norte-americana, mostrando-se convencidos de que o Presidente vai conseguir anular a vitória de Joe Biden e cumprir um segundo mandato na Casa Branca.

Donald Trump não escondeu o contentamento com a realização destas manifestações numa zona da capital próxima da Casa Branca.

“Uau! Milhares de pessoas estão a reunir-se em Washington, para evitar que a eleição nos seja roubada”, escreveu no sábado o Presidente na sua conta pessoal do Twitter.

O escalar da violência nas manifestações aconteceu um dia antes do Colégio Eleitoral se reunir para eleger formalmente o democrata como 46.º Presidente dos Estados Unidos.

O Colégio Eleitoral é o grupo de Grandes Eleitores requerido pela Constituição norte-americana para eleger o Presidente e o vice-Presidente, após as eleições que decorrem a cada quatro anos, em função da votação em cada estado.

Nas eleições de 3 de novembro, Biden conseguiu os votos suficientes para garantir 306 Grandes Eleitores (bem acima dos 270 necessários para a maioria dos 538 votos no Colégio Eleitoral), contra 232 de Trump.

Contudo, cada Grande Eleitor tem a liberdade de escolher o candidato em que votará na reunião de hoje, podendo mesmo desrespeitar as indicações manifestadas pelo voto popular.

Os analistas dizem que, este ano, os dois partidos tiveram cuidados acrescidos na escolha dos delegados do Colégio Eleitoral, não sendo de esperar a existência de muitos dissidentes, apesar da contestação de votos por parte dos republicanos em vários estados.

https://zap.aeiou.pt/manifestacoes-pro-anti-trump-30-detidos-365603

 

Brexit cria caos nos acessos ao Canal da Mancha em França - Situação é “catastrófica” !

As filas de acesso ao porto e ao túnel da Mancha, na passagem da fronteira entre França e o Reino Unido, estão a gerar tempos de espera de entre cinco e seis horas nas últimas semanas, em antecipação do fim do período de transição do Brexit.


Segundo a prefeitura do departamento de Pas-de-Calais, nas últimas duas semanas, o tráfego de camiões passou de seis mil para nove mil por dia, criando filas inéditas com um tempo de espera entre cinco e seis horas.

Com a aproximação do fim do período de transição no âmbito do Brexit, e com o receio da escassez de produtos, a situação na fronteira é “catastrófica”, relatou à agência EFE o delegado em Pas-de-Calais da Federação Nacional de Transportadoras, Sébastien Ribera.

“À antecipação do Brexit, acresce que com a covid-19 não há turismo, portanto as companhias marítimas têm rotas reduzidas e há menos ‘ferries’ atualmente. É o cocktail que nos levou a esta situação, com engarrafamentos de quilómetros e entre cinco e seis horas de espera para passar”, disse Sébastien Ribera.

A falta de estruturas para acomodar tantos camiões faz com que os veículos se acumulem nas vias portuárias e na autoestrada A16, com esperas que criam um outro problema: incentivam os migrantes que pretendem chegar ao Reino Unido a infiltrarem-se nos camiões.

O delegado regional da federação sugere que até ao primeiro trimestre de 2021 não será possível ter uma visão mais ampla da situação nesta fronteira, onde haverá um tempo de espera acrescido para as declarações aduaneiras, declarações de segurança e o tempo para os controlos.

“Os meios têm de ser reajustados ao volume atual e é preciso permitir que haja espaços adequados e protegidos para o tempo de espera”, afirma Ribera, considerando também necessário “pedir às empresas que coloquem mais ‘ferries’ para absorver o fluxo”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que há poucas probabilidades de alcançar um acordo sobre as relações futuras no pós-Brexit, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou muito provável o fracasso das negociações que estão a decorrer.

A decisão de prolongar novamente as negociações, anunciada este domingo pela presidente da Comissão Europeia, também não ajuda, lamentou Sébastien Ribera, afirmando que “a incerteza nunca é boa para os negócios”.

Apesar de novo prolongamento, as negociações entre Londres e Bruxelas não podem prolongar-se por mais de alguns dias, já que um eventual acordo tem de ser ainda ratificado – designadamente pelo Parlamento Europeu – antes de entrar em vigor, em 1 de janeiro de 2021.

O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

https://zap.aeiou.pt/brexit-caos-canal-mancha-franca-365544

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Vereadora acusou autarca de violação e foi destituída por “degradar” a imagem das mulheres !

Os residentes de uma pequena cidade no centro do Japão votaram esmagadoramente para destituir a única mulher do conselho local depois de a vereadora ter acusado o presidente da Câmara de agressão sexual.


De acordo com a CNN, Shoko Arai, deputada da cidade de Kusatsu, uma pequena cidade no centro do Japão, foi afastada do cargo depois de ter acusado o presidente da Câmara de violação. A decisão foi tomada em referendo e 92% dos eleitores votaram a favor da destituição (2.542 dos 2.835 habitantes).

Em novembro passado, a deputada publicou um livro no qual afirmava ter sido forçada a manter relações sexuais com o autarca da cidade. Shoko Arai denunciava também que as mulheres da cidade japonesa são tratadas como objetos e obrigadas a envolverem-se com homens influentes.

Depois da revelação, foi apresentada uma moção para destituir o presidente da Câmara, mas foi recusada. A CNN escreve que 19 residentes decidiram por pedir a demissão da deputada, propondo que fosse a população local a decidir em referendo, que se realizou no dia 6 de dezembro.

Shoko Arai de “degradar” a imagem das mulheres da região, de manchar a reputação do autarca e retratava o mandato da única mulher no parlamento local como um “desperdício de dinheiro dos contribuintes”.

A decisão de afastar a deputada está a ser criticada no Japão como “injusta e sexista”. Em relação às questões de género, o país é considerado um dos mais desiguais do mundo.

https://zap.aeiou.pt/vereadora-autarca-violacao-degradar-365531

 

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