terça-feira, 13 de abril de 2021

Laboratório investigado em Madrid depois de vídeo mostrar maus tratos a animais !

Um laboratório em Madrid, Espanha, está a ser investigado por maus tratos a animais, depois de uma inspeção confirmar as suspeitas de abuso filmadas por um antigo funcionário.


O vídeo divulgado pela Cruelty Free International ​revela atos “deliberados de crueldade gratuita para com os animais”, descreve a organização.

As imagens, captadas entre 2018 e 2020, mostram os investigadores a baterem em macacos, porcos e cães, a infligirem stress e “lesões desnecessárias” em coelhos e a matarem animais sem sedação adequada.

Esta situação representa “uma infração muito grave aos regulamentos que regem a utilização de animais experimentais no laboratório de ensaios clínicos” em Espanha e na União Europeia, lê-se num comunicado do governo regional madrileno, citado pelo El País.

De acordo com o site da empresa, a Vivotecnia é uma organização europeia independente que faz investigação por contrato e realiza testes de segurança e toxicidade a produtos farmacêuticos e materiais médicos, biocidas e produtos para as indústrias da cosmética e da agro-química. ​

Contudo, segundo a organização por detrás da denúncia, os testes de toxicidade envolvem a administração de substâncias em animais para perceber qual é a dose de uma substância química ou fármaco que poderá causar danos graves a humanos.

Já existe uma petição a pedir o encerramento das instalações em Madrid e a revogação da autorização de testagem em animais.

A Associação Europeia de Investigação em Animais (EARA) reconheceu que, “embora as imagens tenham sido editadas”, “o que foi mostrado até agora revela exemplos de normas inaceitáveis de bem-estar animal aplicadas a várias espécies animais diferentes”.

Como é dito na última atualização da Cruelty Free International, está a ser discutido o realojamento dos animais que viviam no laboratório e estão agora ao abrigo das autoridades veterinárias de Madrid.

https://zap.aeiou.pt/laboratorio-maus-tratos-animais-394577

 

Equipa realiza primeiro transplante de traqueia do mundo - Pode reverter danos causados pela covid-19 !

Uma equipa de cirurgiões realizou o primeiro transplante de traqueia humana do mundo. A cirurgia foi feita numa mulher com graves danos no órgão, revelou o Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.

A recetora do transplante de traqueia foi Sonia Sein, uma norte-americana de 56 anos que sofre de asma.

Após um grave ataque de asma há vários anos, Sonia Sein teve de passar por repetidas intubações, o que significa que os médicos inseriram um tubo nas suas vias respiratórias através da boca, causando graves danos à traqueia.

Seguiram-se várias tentativas cirúrgicas para reconstruir a traqueia de Sein, mas estas causaram danos ainda maiores e a mulher passou a respirar por um orifício criado cirurgicamente no seu pescoço, que a colocava num risco extremamente alto de asfixia ou até mesmo de morte.

O procedimento de 18 horas foi realizado em janeiro de 2021. Agora, Sein encontra-se em recuperação e a equipa anunciou a cirurgia como “o primeiro transplante traqueal bem-sucedido”, observando que o avanço pode ser promissor para pessoas com uma variedade de condições – até mesmo em pacientes que sofreram danos durante o internamento por covid-19.

Em declarações à NPR, Sein explica que teve conhecimento de uma equipa de investigadores no Monte Sinai, que trabalhavam através do Programa de Transplante Traqueal, e que abordou o hospital sobre a sua condição. Mas os médicos ainda não estavam prontos para realizar a operação arriscada.

No ano passado, o cirurgião Eric Genden decidiu que estava na altura de tentar.

A traqueia é um tubo cartilaginoso que transporta ar de e para os pulmões, mas a operação não é nada simples. Um dos maiores obstáculos para o procedimento é saber como transportar sangue à traqueia durante e após a operação.

Para superar os desafios, os cirurgiões usaram uma nova abordagem em que ligaram os vasos sanguíneos no esófago do recetor e na glândula tiroide à traqueia do doador, fornecendo fluxo sanguíneo vital.

A cirurgia permitiu que Sein visse a sua traqueostomia removida, respirando apenas pela boca pela primeira vez em seis anos.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-transplante-traqueia-393621

“Projeto Bernanke” - Google terá usado programa secreto para dar vantagem ao seu sistema de anúncios !

A Google terá usado durante anos um programa secreto que usava dados de lances anteriores na bolsa de publicidade digital da empresa para dar ao seu próprio sistema de compra de anúncios uma vantagem sobre os concorrentes.


De acordo com documentos judiciais arquivados num processo antitruste do Texas, citados pelo The Wall Street Journal, o programa, conhecido como “Projeto Bernanke”, não foi divulgado para os editores que vendiam anúncios através dos sistemas de compra de anúncios da Google, o que gerou centenas de milhões de dólares em receitas anuais para a empresa.

No mundo da publicidade digital, os editores vendem espaço publicitário nos seus sites num sistema de licitação. Semelhante às casas de leilão, os anunciantes colocam lances para espaços de anúncios específicos em sites de editores e quem tiver o lance mais alto ganha o espaço de anúncio.

O projeto supostamente deu aos clientes da Google uma hipótese maior de ganhar lances para o seu espaço de anúncio competitivo, já que a gigante da tecnologia usava dados de serviços de anúncios de editoras para direcioná-los ao preço que estava mais disposta a pagar.

Os documentos apresentados fazem parte da resposta inicial do Google ao processo antitruste liderado pelo Texas, que foi aberto em dezembro e acusou a empresa de monopólio de publicidade digital que prejudicou concorrentes da indústria de publicidade e editores.

Grande parte do processo envolve a interação das funções do Google como o operador de uma grande bolsa de anúncios – que o Google compara à Bolsa de Valores de Nova Iorque em documentos de marketing – e como representante de compradores e vendedores na bolsa.

O Google também atua como um comprador de anúncios por direito próprio, vendendo anúncios nas suas próprias propriedades, como pesquisa e YouTube, através desses mesmos sistemas.

O Texas alega que o Google usou o seu acesso aos dados dos servidores de anúncios dos editores – onde mais de 90% dos grandes editores usam o Google para vendero  seu espaço de anúncio digital – para orientar os anunciantes quanto ao preço que teriam de oferecer para garantir um posicionamento de anúncio.

O uso de informações de licitação pelo Google, alega o Texas, resultou em negociações privilegiadas nos mercados de anúncios digitais. Como o Google tinha informações exclusivas sobre o que outros compradores de anúncios estavam dispostos a pagar, poderia competir injustamente com ferramentas rivais de compra de anúncios e pagar menos aos editores pelos seus lances vencedores pelo inventário de anúncios.

O Google reconheceu a existência do Projeto Bernanke e disse no processo que “os detalhes das operações do Projeto Bernanke não são divulgados aos editores”.

O Google negou nos documentos que houvesse algo impróprio no uso de informações exclusivas que possuía para informar licitações, chamando-as de “comparáveis ​​aos dados mantidos por outras ferramentas de compra”

Peter Schottenfels, porta-voz do Google, disse que a reclamação “deturpa muitos aspetos do nosso negócio de tecnologia de publicidade. Estamos ansiosos para apresentar nosso caso no tribunal”.

https://zap.aeiou.pt/projeto-bernanke-google-tera-usado-programa-secret-394467

 

Para “proteger a verdade histórica”, Rússia divulga documentos que revelam atrocidades nazis em Stalingrado !

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou documentos desclassificados que detalham atrocidades cometidas por soldados e oficiais nazis durante a II Guerra Mundial.


A divulgação destes documentos, que foram publicados no site do Ministério da Defesa na sexta-feira passada, aconteceu dois dias antes do Dia Internacional da Libertação dos Campos de Concentração nazis, em 11 de abril – o dia em 1945 em que os prisioneiros em Buchenwald, Alemanha, foram libertados.

De acordo com a Newsweek, o material do arquivo central do ministério inclui fotografias e cartas. Entre as revelações estão detalhes de um campo de prisioneiros de guerra perto de Stalingrado – atual Volgogrado -, cenário da batalha entre a União Soviética contra a Alemanha e os seus aliados, que terminou em fevereiro de 1943.

Um documento descreve o campo de Alekseevka, no distrito de Gorodishchensky, na região de Stalingrado, cercado por arame farpado, onde 1.500 membros do Exército Vermelho foram “brutalmente torturados”, de acordo com excertos publicados pela RIA Novosti e outras agências de notícias russas.

Entre os detalhes da violência estão relatos de como os prisioneiros foram levados à beira da exaustão pelos nazis e descrições de cadáveres queimados e mutilados.

Outros documentos descrevem as condições enfrentadas pelos prisioneiros de guerra soviéticos num campo na cidade de Demyansk, agora parte da região de Novgorod, que continha cerca de 13 mil pessoas no final de 1941 e estava tão lotado que muitos tinham de dormir em pé.

Outro material inclui relatos de pessoas que testemunharam os nazis a executar mais de duas dezenas de famílias na vila de Tenitsa, na região de Chernihiv, em fevereiro de 1943.

Também há relatos de atrocidades perpetradas em campos de concentração como Auschwitz.

O Ministério da Defesa, que tem desclassificado o material da II Guerra Mundial nos últimos meses, disse que a publicação do último material foi “destinada a preservar e proteger a verdade histórica“, bem como “combater falsificações da história.”

O ministério afirma ainda que os documentos testemunham “as atrocidades indescritíveis, intimidação e destruição em massa dos povos ocupados pelos invasores fascistas”.

O site informa que os arquivos foram publicados com o projeto anunciado no ano passado pelo presidente Vladimir Putin, que disse que não havia “estatuto de limitações” para os crimes nazis.

O legado da II Guerra Mundial foi uma questão importante para Putin. No ano passado, a Rússia anunciou seis novas investigações sobre crimes de guerra nazis e Putin disse que as conclusões dos julgamentos de Nuremberg não deveriam ser minadas.

Recentemente, Putin sancionou penas mais duras para aqueles que promovem o nazismo na Internet e insultam veteranos de guerra.

https://zap.aeiou.pt/documentos-desclassificados-revelam-atrocidades-nazis-em-stalingrado-394339

 

Polícia mata a tiro um jovem negro durante julgamento do assassinato de Floyd !

Um subúrbio de Minneapolis, EUA, onde decorre o julgamento do polícia acusado de matar o afro-americano George Floyd, foi colocado esta madrugada sob recolher obrigatório, após a morte de um jovem na noite de domingo.


Um jovem negro de 20 anos, Daunte Wright, foi morto alegadamente por um agente policial nos arredores de Minneapolis, provocando uma manifestação de protesto que juntou centenas de pessoas em frente do posto de polícia de Brooklin Centre, obrigando os agentes a usarem gás lacrimogéneo e granadas de choque para dispersar a multidão.

Daunte Wright terá sido morto a tiro, momentos depois de ter telefonado para a mãe a dizer que estava a ser levado pela polícia, que foi chamada a intervir num incidente violento no bairro.

A mãe, Katie Wright, disse que ouviu agentes de segurança a pedir ao filho para largar o telefone e um deles terminou-lhe a chamada.

A namorada de Daunte ligou-lhe minutos depois a dizer-lhe que o filho tinha sido baleado.

Por volta da meia-noite (06h00 em Lisboa) o autarca de Brooklin Centre, Mike Elliott, declarou recolher obrigatório até à manhã desta segunda-feira, alegando a necessidade de manter a segurança pública e considerando a morte de Daunte Wright um “incidente trágico”. “Queremos que todos estejam a salvo. Por favor, tenham cuidado e vão para casa”, disse o autarca, na mensagem em que justificava a medida de recolher obrigatório.

O Departamento de Assuntos Criminais do estado de Minnesota já anunciou que vai investigar o caso do envolvimento de um polícia no tiroteio que vitimou Daunte Wright.

O incidente aconteceu em Minneapolis, onde decorre o julgamento do polícia acusado da morte de George Floyd, em maio passado.

O julgamento ocorre sem audiência e são transmitidas em direto por diversas estações televisivas, devido à pandemia de covid-19, e debaixo de um forte dispositivo de segurança, pelo impacto que tiveram as imagens gravadas da morte de Floyd, que se tornaram virais nas redes sociais e foram disseminadas pelos media de todo o mundo, provocando uma onda de manifestações contra o racismo e contra a violência policial.

O veredito é esperado para o final de abril ou início de maio.

Os outros três polícias envolvidos no caso – Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao — só serão julgados por “cumplicidade no homicídio” em agosto.

https://zap.aeiou.pt/policia-mata-jovem-negro-394550

 

Europol - Crime organizado na UE está mais violento e recorre mais à corrupção !

O crime organizado na União Europeia (UE) está a ficar mais violento e a corrupção é uma característica da quase totalidade das operações das redes de criminosos, concluiu um estudo da Europol.


Um relatório da agência europeia de polícia Europol, divulgado esta segunda-feira, revelou que mais de 80% das redes criminosas que operam na UE estão envolvidas em tráfico de droga, fraude fiscal, crime contra a propriedade, tráfico de seres humanos e contrabando de migrantes, recorrendo a métodos cada vez mais violentos e servindo-se de práticas de corrupção generalizadas, noticiou a agência Lusa.

O estudo sobre a criminalidade organizada e violenta na UE mostrou que “a corrupção é uma característica da maioria, se não da totalidade, da atividade criminosa na UE”, explicando que essa corrupção existe “em todos os níveis da sociedade e pode variar desde o pequeno suborno até à corrupção complexa com esquemas de milhões de euros”.

A par do recurso à corrupção, a maioria das redes criminosas que atuam na Europa está a usar a violência como prática “recorrente, intensificada e indiscriminada”, incluindo uso de armas de fogo e explosivos em locais públicos, constatou o relatório da Europol, com base em dados fornecidos pelas diferentes forças policiais europeias, relativos a 2020.

Na análise à situação recente, a agência europeia de polícia considerou que “a escala e a complexidade da lavagem de dinheiro” na criminalidade organizada na UE foi até agora “subestimada”.

“Profissionais na lavagem de dinheiro estabeleceram um sistema financeiro paralelo e subterrâneo para processar transações e pagamentos de forma isolada de qualquer mecanismo de supervisão”, pode ler-se no relatório.

A Europol explicou que esta criminalidade organizada usa frequentes vezes empresas legítimas, para facilitar virtualmente todos os tipos de atividades punidas por lei, com forte impacto na economia da UE.

“Os criminosos controlam diretamente, ou infiltram, estruturas jurídicas de negócios para facilitar as suas atividades ilícitas. Todos os tipos de empresas são potencialmente vulneráveis à exploração pelo crime organizado”, explicou o estudo.

As redes criminosas servem-se cada vez mais das tecnologias digitais para realizar as suas ações, nomeadamente através de comunicações encriptadas nas redes sociais e dos serviços de mensagens eletrónicas, por exemplo, para disseminar informação falsa ou para ciberataques, concluiu a Europol.

O tema dos ciberataques ocupa parte do relatório da Europol, que refere o aumento do recurso a este género de criminalidade em 2020, avisando que muitos desses ataques informáticos não são sequer relatados às autoridades de segurança.

Com o uso de ferramentas digitais, as redes criminosas podem estender com mais facilidade os seus tentáculos e fornecer amplitude acrescida à sua atividade. “Mais de 180 nacionalidades estão envolvidas em atividades de criminalidade organizada na UE”, apontou o relatório, referindo a natureza multicultural desse género de crime.

A organização policial alertou ainda para o risco de estas práticas criminosas poderem aumentar nos próximos anos, em função de uma previsível crise económica decorrente da pandemia de covid-19.

“Anteriores períodos de crise económica podem fornecer algum grau de perceção sobre como estes desenvolvimentos podem afetar o crime na UE e quais as respostas que precisam de ser formuladas para combater as ameaças existentes e emergentes para a segurança interna”, avisa a Europol.

No que diz respeito ao negócio organizado da droga, a Europol disse ter detetado um aumento do tráfico de cocaína, em grande parte oriunda da América Latina, que está a “gerar lucros multimilionários”. Também o tráfico de ‘cannabis’ e de drogas sintéticas preocupa as autoridades policiais europeias, que registam um aumento de volume de atividade criminosa neste setor.

A Europol salientou o tráfico de seres humanos, em particular de migrantes, como uma das ameaças sérias à segurança da UE, revelando que estas práticas estão a ser fortemente favorecidas pelo recurso facilitado a plataformas de comunicação ‘online’.

A organização europeia de polícia considerou que, no que diz respeito ao tráfico de seres humanas, está a diluir-se “a fronteira entre a vítima e o cúmplice”, com vítimas do sexo feminino a adotarem muitas vezes funções nas organizações criminosas.

Portugal tem “evolução positiva”

Portugal está a ter uma “evolução positiva” nas recomendações do Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO), do Conselho da Europa, segundo um relatório de avaliação sobre a prevenção da corrupção nos membros dos Parlamentos, Juízes e Magistrados do Ministério Público (MP), divulgado esta segunda-feira e citado pelo ECO.

O segundo Relatório Intercalar de Conformidade – discutido e aprovado na 87.ª reunião Plenária deste Grupo, entre 22 e 25 de março – concluiu que o nível de cumprimento das recomendações já não é considerado “globalmente insatisfatório”.

“Aquando da discussão do primeiro Relatório Intercalar de Conformidade, em 2019, o GRECO concluiu que apenas uma das 15 recomendações tinha sido implementada de forma satisfatória e que, das restantes recomendações, oito tinham sido consideradas parcialmente implementadas e seis não tinham sido implementadas”, revelou o documento.

“No relatório agora aprovado, três recomendações foram consideradas implementadas de forma satisfatória, sete são consideradas parcialmente implementadas e cinco continuam por implementar (uma sobre Membros do Parlamento, duas sobre Juízes e duas sobre o Ministério Público)”, continuou.

Passou então a “satisfatória” a implementação da recomendação sobre assegurar que o quadro jurídico que rege a redistribuição dos processos e a reafetação dos juízes seja coerente, bem como a recomendação sobre assegurar que as regras que regem a hierarquia e as competências do MP correspondem ao novo mapa judiciário e protegem os magistrados contra interferências indevidas ou ilegais dentro do sistema.

Contudo, a recomendação sobre a normas de conduta profissional claras, aplicáveis e publicamente disponíveis para os Procuradores é considerada só parcialmente implementada. Portugal terá que apresentar um novo relatório até 31 de março de 2022.

https://zap.aeiou.pt/crime-organizado-ue-violento-corrupcao-394419

 

Brasil está a construir uma nova estátua gigante de Cristo - Vai ser mais alta que a do Rio de Janeiro !

Uma nova estátua gigante do Cristo que está a ser construída no sul do Brasil será ainda mais alta do que a icónica estátua do Cristo Redentor com vista para o Rio de Janeiro.


Cabeça e braços estendidos foram somados esta semana à estátua, que está em construção desde 2019 na cidade de Encantado. A conclusão do monumento está prevista para o final deste ano, segundo a Associação dos Amigos de Cristo, que coordena as obras.

“É um dia de celebração, de devoção”, disse Gilson Conzatti, vereador e filho de Adroaldo Conzatti, político que idealizou a ideia, citado pela France24.

O mais velho Conzatti, que era presidente da câmara da cidade, morreu em março devido a complicações da covid-19.

A estátua, que se chamará Cristo, o Protetor, terá 43 metros de altura, incluindo o seu pedestal, tornando-a uma das estátuas de Cristo mais altas do mundo com os braços estendidos.

A estátua terá 36 metros de comprimento e contará com um elevador interno e um mirante próximo ao topo.

O Cristo Redentor, em comparação, mede 38 metros de altura, pedestal incluído, e estende-se por 28 metros de mão na mão. Esta icónica estátua fará 90 anos em outubro.

Apenas a estátua de Jesus Buntu Burake, em Sulawesi, na Indonésia, com 52,55 metros incluindo pedestal, e Cristo Rei, em Swiebodzin, na Polónia, que tem 52,5 metros de altura, são mais altos, segundo a BBC. Existem, no entanto, dezenas de outras estátuas em todo o mundo que são mais altas, incluindo várias da Virgem Maria e numerosos Budas.

Encantado, uma cidade de 22 mil habitantes, fica a 145 quilómetros a noroeste da capital do estado, Porto Alegre.

O objetivo do projeto é inspirar fé e incentivar o turismo na região, afirmam seus promotores.

Uma equipe de escultores pai e filho, Genesio e Markus Moura, acompanha a obra.

O orçamento do projeto de dois milhões de reais (equivalente a 293 mil euros) está a ser inteiramente financiado com doações, de acordo com a Associação dos Amigos de Cristo, de base voluntária. O grupo continua a angariar fundos e quem doar pode habilitar-se ao sorteio de um carro.

https://zap.aeiou.pt/brasil-esta-a-construir-uma-nova-estatua-gigante-de-cristo-394321

 

Índia ultrapassa Brasil e é o segundo país mais afetado pela covid-19 !

A Índia é o segundo país mais afetado pela pandemia de covid-19, ultrapassando o Brasil, depois de registar um valor máximo de 168 mil novas contaminações nas últimas 24 horas.


O país, com 1,3 mil milhões de habitantes, registou um aumento súbito de novas contaminações nas últimas semanas. O número total de casos é atualmente de 13,5 milhões desde o início da crise sanitária, sendo que o Brasil contabiliza um total de 13,48 milhões de contágios.

Os especialistas alertam que a falta do uso de máscara, sobretudo nos estados indianos onde se têm realizado eleições ou grandes acontecimentos religiosos, favorece a propagação do novo coronavírus.

Todo o país tem sido complacente – nós temos autorizado reuniões sociais, religiosas e políticas”, disse à agência France-Presse (AFP) Rajib Sasqupta, professor na Universidade de Medicina de Jawaharlal Nehru, acrescentando que “as pessoas não respeitam” a distância de segurança sanitária.

A Índia registou mais de 873 mil contágios nos últimos sete dias, um aumento de 70% em relação à semana anterior, de acordo com a contagem efetuada pela AFP.

Em comparação, o Brasil registou cerca de 487 mil novos casos em igual período, uma tendência de alta de 10%, comparando com os valores da semana anterior. Os Estados Unidos, país mais afetado pela crise sanitária, contabilizaram 490 mil casos na última semana, com uma tendência de aumento de 9%.

O pico relativo aos valores dos contágios ocorrido na Índia, depois de um recuo de quase nove mil casos diários no início do mês de fevereiro, obrigou à imposição de restrições nos estados e territórios mais afetados pela pandemia.

O estado de Maharashtra, o mais abastado da Índia e principal foco de contaminações, impôs na semana passada um confinamento durante os fins-de-semana e o recolher obrigatório noturno.

Bombaim admite aplicar medidas de confinamento total, uma medida drástica que o Governo federal pretende adotar para proteger a economia local que já foi severamente tocada desde o início da pandemia.

O ministro chefe de Nova Deli, onde o recolher obrigatório está atualmente em vigor, disse no domingo que 65% dos novos casos de covid-19, na capital do país, estão a afetar pessoas com menos de 45 anos.

Alemanha ultrapassa os três milhões de casos

A Alemanha ultrapassou os três milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com dados do Instituto de virologia Robert Koch (RKI) atualizados esta segunda-feira.

O número total de infeções desde o início da pandemia situa-se em 3,011 milhões, mais 13.245 do que no dia anterior. Desde o início da pandemia morreram no país 78.452 pessoas devido à covid-19, indicou ainda o RKI.

A chanceler alemã, Angela Merkel, interveio novamente durante o fim-de-semana numa reunião dos deputados do seu partido a favor de uma forma rigorosa de confinamento nacional por um período relativamente curto.

O objetivo é tentar conter a terceira vaga da pandemia no país, que continua a crescer, apesar das restrições de movimento já em vigor.

Além disso, o seu Governo planeou endurecer a legislação nacional, de modo a poder impor confinamentos a nível nacional, incluindo a imposição de recolher obrigatório noturno, mesmo que isso signifique ultrapassar resistência local ou regional.

Venezuela vai produzir dois milhões de doses por mês da vacina cubana Abdala

Na Venezuela, o Presidente Nicolás Maduro anunciou, este domingo, que o país vai produzir dois milhões de doses por mês da vacina cubana Abdala.

“Assinámos um acordo para produzir, nos nossos laboratórios (…), dois milhões de vacinas por mês da vacina Abdala, já a partir do mês de agosto ou setembro”, disse.

O Presidente venezuelano garantiu que o país vai assinar acordos com a China, Rússia e “outros países” para produzir vacinas contra a covid-19.

A vacina Abdala ainda se encontra em fase de testes e, segundo Maduro, os estudos estão “a correr muito bem”.

Na quinta-feira, a vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, confirmou que a vacina cubana seria produzida num laboratório estatal em Caracas.

O Governo venezuelano afirmou que espera poder vacinar 70% da população, este ano, com vacinas da Rússia, da China, de Cuba e através do mecanismo Covax, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Até agora, 750 mil vacinas chegaram ao país, das quais 250 mil são Sputnik V, fabricada pela Rússia, e 500 mil da Sinpharm, da China.

A Venezuela acumulou até domingo 174.887 casos de covid-19 e 1778 mortos desde o início da pandemia no país.

Austrália abandona objetivo de vacinar toda a população até ao final do ano

A Austrália, por sua vez, abandonou o objetivo de vacinar toda a sua população até ao final do ano, devido às incertezas relacionadas com o bloqueio às importações de vacinas, anunciou o primeiro-ministro australiano.

“O Governo não estabeleceu e não tem planos para estabelecer novos objetivos para completar as primeiras doses. Queremos que essas primeiras doses sejam administradas antes do final do ano, mas não será possível estabelecer esses objetivos devido a várias incertezas”, indicou Scott Morrison, no domingo, na sua conta do Facebook.

A Austrália, que iniciou a campanha de vacinação no dia 21 de fevereiro, tinha inicialmente como objetivo imunizar 25 milhões de pessoas até ao final de outubro.

No entanto, apenas inoculou cerca de 1,1 milhões de doses, com vacinas da Pfizer e AstraZeneca, um número que é bem inferior aos quatro milhões que estavam previstos para o final deste mês.

Morrison atribuiu o atraso ao bloqueio de 3,1 milhões de doses da AstraZeneca pela União Europeia, que as autoridades europeias negam, bem como aos problemas de distribuição causados pelas inundações no estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso do país.

A Austrália comprou até agora cerca de 40 milhões de doses da vacina da Pfizer e 53,8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, das quais 50 milhões serão produzidos na Austrália.

Grupos de oposição criticaram a Austrália pelo seu lento programa de vacinação, em comparação com os países desenvolvidos, e por não ter adquirido outras vacinas, tais como as da Moderna ou da Johnson & Johnson.

Resort de ski no Canadá teve o maior surto da variante de Manaus fora do Brasil

Segundo o jornal online Observador, o maior surto provocado pela variante de Manaus ocorrido fora do Brasil deu-se num resort de ski em Whistler, no Canadá. A maioria dos infetados eram jovens que trabalhavam neste local.

Porém, as autoridades de saúde não sabem como é que esta variante chegou ao resort, uma vez que nenhum dos 84 infetados tinha estado fora do Canadá. Isto sugere que a variante brasileira já podia estar a circular muito antes nesta comunidade.

Tal como recorda o jornal digital, esta variante (P1) é muito infeciosa e não só parece ser mais letal entre os jovens do que outras variantes, como também parece ter a capacidade de reinfetar quem já teve a doença.

A pandemia da covid-19 já provocou, pelo menos, 2.929.563 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 135,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/india-ultrapassa-brasil-segundo-pais-mais-afetado-394331

 

Irão acusa Israel de ataque a central nuclear e promete “vingança” !

O Irão acusou Israel de responsabilidade num ataque que atingiu, este domingo, a instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, deixando entender que se registaram danos nas centrifugadoras, e prometendo “vingança”.


“Com esta ação, o regime sionista vingou-se do povo iraniano pela paciência e sabedoria que demonstrou enquanto aguardava pelo levantamento das sanções”, disse o porta-voz dos Negócios Estrangeiros do Irão, Said Khatibzadeh, numa conferência de imprensa em Teerão.

Este domingo, a televisão estatal iraniana, citando o porta-voz do programa nuclear civil do Irão, noticiou que as instalações nucleares de Natanz tinham sofrido um “incidente” na rede de distribuição elétrica.

O porta-voz, Behrouz Kamalvandi, não forneceu mais detalhes, adiantando apenas que não se registaram feridos. “Houve um acidente numa parte da rede elétrica da instalação de enriquecimento”, disse.

O “acidente” aconteceu um dia depois do lançamento de novas cascatas de centrifugadoras no complexo Shahid-Ahmadi-Rochan, em Natanz, no dia em que o Presidente iraniano, Hassan Rohani, inaugurou remotamente a nova fábrica de montagem de centrifugadoras.

As novas centrífugadoras oferecem ao Irão a capacidade de enriquecer urânio mais rapidamente e em maiores quantidades, em volumes e com um grau de refinamento proibido pelo acordo de 2015 alcançado em Viena entre o país e a comunidade internacional.

Os Estados Unidos rescindiram unilateralmente esse acordo em 2018, durante a Administração Trump, restabelecendo as sanções que tinham sido levantadas ao abrigo desse pacto. Em retaliação, o Irão afastou-se da maioria dos compromissos-chave que assumiu em Viena para refrear as suas atividades nucleares, desde 2019.

Estão em curso conversações em Viena entre o Irão e os outros Estados partes no acordo de 2015 (China, França, Alemanha, Grã-Bretanha e Rússia) sobre como fazer regressar os EUA ao pacto e o Irão ao pleno cumprimento dos seus compromissos. Teerão sempre negou querer uma bomba atómica e Rohani reiterou no sábado que todas as atividades nucleares do seu país eram puramente “pacíficas”.

https://zap.aeiou.pt/irao-acusa-israel-ataque-central-nuclear-394311

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Rússia garante que não haverá guerra com Ucrânia - EUA desconfiam e prometem consequências !

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descartou este domingo a possibilidade de uma guerra com a Ucrânia, depois de Kiev ter manifestado preocupação com o reforço de tropas russas nas suas fronteiras.


“Ninguém está a embarcar no caminho da guerra”, garantiu Peskov, numa entrevista à emissora pública Rossya 1, que vai ser este domingo transmitida, mas de que se conhecem já passagens.

“Ninguém aceita a possibilidade de uma guerra civil na Ucrânia”, acrescentou o porta-voz do Kremlin, explicando que “a Rússia não ficará indiferente ao destino dos falantes de russo que vivem no sudeste” da Ucrânia, onde desde 2014 ocorrem confrontos armados entre as forças governamentais ucranianas e milícias pró-separatistas apoiadas por Moscovo.

O Kremlin não nega os movimentos militares na fronteira com a Ucrânia, mas garante que não está a fazer qualquer ameaça, acusando Kiev de “provocações” destinadas a “agravar a situação”.

“A Rússia está a fazer todos os esforços para ajudar a resolver este conflito”, disse Peskov, durante a entrevista.

No sábado, a Ucrânia admitiu que pode ser levada a responder às “provocações” da Rússia na região de Donbass. “A intensificação da agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia só é possível com uma decisão política tomada ao mais alto nível do Kremlin”, afirmou Andrii Taran, ministro da defesa ucraniano.

Os Estados Unidos não têm escondido a preocupação com o reforço de posições militares russas na fronteira com a Ucrânia e nos últimos dias anunciaram o envio de dois navios militares para o mar Negro.

Este domingo, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, avisou “haverá consequências” em caso de agressão russa na Ucrânia.

“Há mais tropas russas concentradas na fronteira [da Ucrânia] do que em qualquer momento desde 2014, quando da invasão russa”, disse o secretário de Estado norte-americano, numa entrevista televisiva este sábado difundida.

Blinken disse que posição dos Estados Unidos foi deixada muito clara pelo Presidente, Joe Biden, não havendo margem para várias interpretações.

“O Presidente foi muito claro: se a Rússia agir de forma imprudente ou agressiva, haverá custos, consequências”, disse Blinken, sem esclarecer o teor das consequências.

Antony Blinken, que esta semana discutiu a situação na Ucrânia com os seus homólogos francês e alemão, sublinhou que os Estados Unidos e os seus aliados europeus “partilham da mesma preocupação”.

Ucrânia e Rússia têm-se acusado mutuamente por responsabilidade direta no aumento da intensidade do conflito e, esta semana, o Kremlin já admitiu que reforçou o contingente militar ao longo da fronteira entre os dois países, provocando reações de preocupação por parte da União Europeia e dos Estados Unidos.

O confronto armado entre as forças ucranianas e rebeldes apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia, que começou em 2014, já custou a vida de cerca de 14 mil pessoas, em sete anos, de acordo com a ONU.

https://zap.aeiou.pt/russia-garante-que-nao-havera-guerra-com-ucrania-eua-394247

 

“É como ser queimado com ácido quente“ - Planta venenosa australiana causa dores que podem durar anos !

Os “cabelos” da planta gympie-gympie causam uma picada tão tóxica que a dor pode durar anos. Esta pode ser encontrada nas florestas australianas.

A gympie-gympie, ou dendrocnide moroides, é um tipo de arbusto que recebe o nome da cidade australiana de Gympie, onde os mineiros a identificaram e chamaram de “arbusto Gympie” na década de 1860.

A planta prospera em ambientes tropicais e é amplamente encontrada em toda a Austrália, em New South Wales, mas é mais comum no sul de Queensland. No entanto, também já foi encontrada na Indonésia.

A gympie-gympie é uma das quatro espécies de árvores ou arbustos que vivem na Austrália que picam – embora esta seja de longe a mais dolorosa. A planta venenosa, que também pertence à família das urtigas, pode crescer até 3 metros de altura e tem folhas em forma de coração que podem medir 60 centímetros de largura.

De aparência enganosamente macia, os cabelos da planta são bastante tóxicos. É através desses fios que esta liberta a sua substância neurotóxica.

Segundo o ATI, há um bulbo na haste de cada fio de cabelo que o supre com a toxina e cada fio de cabelo é facilmente separado da folha ou caule. Quando o cabelo se desprende do bulbo, adere à pele e liberta a sua toxina.

Os pelos são tão pequenos que praticamente desaparecem na pele com o contacto direto e podem continuar a causar dor meses depois.

A comunidade científica ainda não descobriu por que razão estes pequenos pelos causam tanta dor. A toxina do bulbo não é bem compreendida e é possível que haja uma reação química que acontece dentro do próprio cabelo, mas que ainda não foi descoberta.

A primeira sensação de picada foi descrita como 30 picadas de vespa. Depois disso, os nódulos linfáticos da vítima começarão a inchar, o que cria uma sensação de pressão imensa. Posteriormente, a dor só se intensifica até atingir o pico cerca de 30 minutos.

De acordo com o ATI, os pelos não precisam de entrar em contacto com a pele para que a planta cause danos. Basta ficar perto desta durante muito tempo e assim começam a surgir danos no sistema respiratório. A super exposição de várias pessoas causou hemorragias nasais, danos respiratórios e espirros intensos.

Para já, ainda não não há nenhum medicamento para a picada da planta. Contudo, Hugh Spencer, da Estação de Pesquisa Tropical Cape Tribulation, aconselha as vítimas a não esfregar a área infetada.

“Foi picado, ficou louco e morreu em duas horas”

Um dos primeiros relatos da forte dor causada pela gympie-gympie surgiu de um agrimensor chamado A.C. Macmillan, em 1866.

Enquanto pesquisava North Queensland, Macmillan relatou que o seu cavalo “foi picado, ficou louco e morreu em duas horas”.

Marina Hurley, entomologista e ecologista que estudou a planta enquanto fazia o seu doutorado em Queensland, no final dos anos 1980, descreveu a picada como o “pior tipo de dor que se possa imaginar. É como ser queimado com ácido quente e eletrocutado ao mesmo tempo”, escreveu no seu trabalho.

Durante a sua pesquisa, Hurley deparou-se com a história de Cyril Bromley. O homem caiu em cima de uma planta gympie-gympie durante o treino militar na Segunda Guerra Mundial e relatou que a dor era tão intensa que teve que ser amarrado a uma cama de hospital durante três semanas, sentindo-se “louco como uma cobra cortada”.

Embora Cyril tenha vivido para contar a história, conheceu um soldado que acabou por se suicidar por não aguentar a dor.

Atualmente, os silvicultores que trabalham no mato recebem luvas, respiradores e comprimidos anti-histamínicos para ajudar a proteger-se da planta.

Em 1968, o Exército Britânico expressou interesse na planta, e há algumas sugestões de que estavam interessados em usá-la para desenvolver uma arma biológica de guerra.

Contudo, mesmo que a ideia tivesse ido para à frente, fazê-lo seria uma violação do Protocolo de Genebra de 1925, que proibia o uso de tais armas após a Primeira Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/planta-venenosa-dores-insuportaveis-393289

 

Em menos de um ano, a polícia foi chamada a intervir pelo menos nove vezes na mansão dos Sussex !

A vida nos Estados Unidos não tem sido fácil para os duques de Sussex. No último ano, a polícia da Califórnia foi chamada pelo menos nove menos à mansão onde o casal habita desde que saiu de Londres.


De acordo com o The Guardian, o departamento de polícia de Santa Bárbara, na Califórnia, foi chamado a intervir pelo menos nove vezes em menos de um ano. Tudo porque solicitações de telefone, ativações de alarme e crimes contra a propriedade aterrorizaram a vida do príncipe e da ex-atriz.

Em julho de 2020, as autoridades foram chamadas quatro vezes, sendo um pedido de ajuda registado como solicitação telefónica e os demais classificados como “acionamento de alarme”. Todas as situações ocorreram de madrugada, segundo dados obtidos ao abrigo da legislação de liberdade de informação pela agência de notícias PA Media.

Também na véspera de Natal Harry e Meghan não tiveram sossego. Às 16h13, a polícia teve de dirigir-se até sua casa depois de um homem ser acusado de invasão de propriedade. Nickolas Brooks, de 37 anos, foi preso, mas posteriormente acabou por ser libertado.

O alerta mais recente foi às 2h21 do dia 16 de fevereiro e, ao que se sabe, também se tratou de uma ativação de alarme.

As questões de segurança relacionadas com os Sussex chegaram às capas dos jornais após a entrevista com Oprah Winfrey em março.

Meghan Markle, que se encontra grávida pela segunda vez, revelou que enviou cartas a implorar à família real britânica para não que não retirassem proteção pessoal aos três elementos, que agora cessaram qualquer tipo de compromisso com a Casa Real, alertando que tanto a própria, como Harry e Archie estavam a receber ameaças de morte.

Por sua vez, Harry assumiu que nunca pensou ver a sua proteção ser retirada, mesmo depois de se afastar dos deveres reais. “Eu nasci nesta posição. Herdei o risco. Isto foi um choque para mim”, lamentou o príncipe.

O casal revelou ainda que tinha estabelecido “acordos de segurança com financiamento privado” desde a sua mudança para os Estados Unidos, depois que o então presidente, Donald Trump, referiu que o país não iria pagar pela proteção da família.

https://zap.aeiou.pt/policia-mansao-sussex-393653

 

Especialista diz que Rivalidade entre China e Índia é obstáculo à maior aproximação entre os BRICS !

Apesar de os BRICS representarem “o tipo de relações entre países que queremos no século XXI”, a rivalidade entre a Índia e a China ainda é um obstáculo a uma maior integração, dizem os especialistas.


Na quinta-feira, vários especialistas debateram as relações entre os BRICS e a União Europeia em seminário organizado pelo Clube Valdai de Discussões Internacionais.

As relações entre a Europa e diversos membros do BRICS, como Brasil, Índia e África do Sul, foram historicamente marcadas pelo colonialismo.

A Rússia diverge dos demais países do BRICS, uma vez que enfrentou e enfrenta conflitos em fase aguda com a Europa”, frisou o diretor do programa Política Externa da Rússia da Escola Superior de Economia de Moscou, Dmitry Suslov.

“Atualmente, a Rússia já não trata a Europa como um outro significativo. As suas relações com a China, Índia e Brasil não são usadas como moeda de troca para o seu relacionamento com o Ocidente”, notou Suslov.

Além disso, “a Rússia nem sempre olha para a Europa como um grupo independente, mas sim como um ator fortemente influenciado pelos EUA”.

Para o especialista, diferente da União Europeia, os BRICS garantem um espaço de diálogo equitativo entre os membros.

“As relações entre os países do BRICS representam exatamente o que a Rússia espera de uma nova ordem mundial: policentrismo, diversidade e respeito pelas diferenças”, disse Suslov.

O diretor do Clube Valdai, Timofei Bordachev, concordou, ao referir que “no BRICS nenhum país pode impor o seu ponto de vista a outro, nem se comportar de maneira hegemónica, ao contrário do que vemos em alguns organismos ocidentais modernos”.

“Os BRICS representam o tipo de relações entre países que queremos ver no século XXI”, resumiu Bordachev.

Pedra no sapato

Apesar do potencial, um dos maiores obstáculos para uma maior integração entre os países do BRICS é a rivalidade entre Índia e China.

“Mesmo que a China seja o maior parceiro comercial da Índia, essas relações económicas não estão a traduzir-se num melhor relacionamento político”, disse a investigadora Nivedita Kapoor, da Observer Research Foundation, à Sputnik.

“Para que as relações comerciais possam garantir melhores relações políticas, é necessário que as relações económicas sejam relativamente equilibradas”, disse Vasily Kashin, investigador da Escola Superior de Economia de Moscovo.

“O volume de comércio entre China e Índia é enorme, mas geram um défice considerável para Nova Deli”, notou Kashin. “Para fazer da economia uma base para as relações políticas, as partes terão que trabalhar muito”, sublinhou. Para Kapoor, “uma relação comercial forte não é o suficiente”.

O especialista frisa que “os acontecimentos no leste de Ladakh, que ocorreram durante a pandemia, estremeceram as bases políticas das relações entre Índia e China”.

Entre junho e julho de 2020, os soldados da China e da Índia entraram em confronto na região contestada de Ladakh. Além de várias vítimas, o conflito gerou uma onda de provocações mútuas, notícias falsas e desconfiança.

“A Índia atualmente tem uma forte perceção de que a ascensão da China como potência representa uma ameaça à sua segurança, especialmente porque Pequim e Nova Deli têm disputas territoriais”, refere Kashin.

A China e a Índia não possuem fronteiras claramente delimitadas tanto na região de Ladakh, como na Caxemira, onde a situação ainda envolve o Paquistão.

De acordo com Kashin, “os problemas poderiam ser resolvidos através do diálogo, mas as partes precisariam de estar prontas para fazer concessões, o que nem sempre é o caso”.

A rivalidade entre Índia e China exigirá “trabalho diplomático árduo” por parte dos BRICS, concluiu o especialista.

https://zap.aeiou.pt/rivalidade-entre-china-e-india-e-obstaculo-a-maior-aproximacao-entre-os-brics-diz-especialista-394034

 

Variante sul-africana pode resistir à Pfizer - China pondera misturar vacinas !

A variante do coronavírus descoberta na África do Sul pode “romper” a vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech até certo ponto, concluiu um estudo em Israel, embora a sua prevalência no país seja baixa e a investigação não tenha sido revista por pares.


De acordo com a agência Reuters, o estudo comparou quase 400 pessoas com teste positivo à covid-19, 14 dias ou mais após terem recebido uma ou duas doses da vacina, contra o mesmo número de pacientes não vacinados com a doença.

A variante sul-africana, B.1.351, foi considerada responsável por cerca de 1% de todos os casos de covid-19 em todas as pessoas estudadas, de acordo com o estudo da Universidade de Tel Aviv e o maior provedor de saúde de Israel, Clalit.

Porém, entre os pacientes que receberam duas doses da vacina, a taxa de prevalência da variante foi oito vezes maior do que aqueles não vacinados – 5,4% contra 0,7%.

Isso sugere que a vacina é menos eficaz contra a variante sul-africana, em comparação com o coronavírus original e a variante britânico que passou a compreender quase todos os casos de covid-19 em Israel

“Encontramos uma taxa desproporcionalmente maior da variante sul-africana entre as pessoas vacinadas com uma segunda dose, em comparação com o grupo não vacinado. Isso significa que a variante sul-africana é capaz, até certo ponto, de romper a proteção da vacina”, disse Adi Stern, da Universidade de Tel Aviv.

Os cientistas alertaram que o estudo teve apenas uma amostra pequena de pessoas infetadas com a variante sul-africana por causa da sua raridade em Israel e que a investigação não pretendia deduzir a eficácia geral da vacina contra qualquer variante.

Em 1 de abril, a Pfizer e BioNTech disseram que a sua vacina foi cerca de 91% eficaz na prevenção de covid-19. Em relação à variante sul-africana, entre um grupo de 800 voluntários na África do Sul, houve nove casos de covid-19 entre participantes que receberam o placebo. Desses, seis ocorreram entre indivíduos infetados com a variante sul-africana.

Quase 53% da população de 9,3 milhões de Israel já recebeu ambas as doses da Pfizer. Israel reabriu a sua economia nas últimas semanas, numa altura em que a pandemia parece estar a abrandar, com taxas de infeção, doenças graves e hospitalizações a cair drasticamente.

China pondera misturar vacinas

O diretor do Centro de Controlo de Doenças da China, Gao Fu, admitiu que a eficácia das vacinas chinesas para a covid-19 é baixa e que o governo está a considerar misturá-las para as impulsionar.

Numa rara admissão da fraqueza das vacinas chinesas, a autoridade máxima de controlo da doença reconheceu que as vacinas “não têm taxas de proteção muito elevadas”.

Pequim distribuiu centenas de milhões de doses noutros países, enquanto também tenta levantar dúvidas sobre a eficácia das vacinas ocidentais. “Está agora formalmente em análise se devemos usar diferentes vacinas de diferentes linhas técnicas no processo de imunização”, indicou Gao.

As taxas de eficácia da vacina para o coronavírus da Sinovac, um fabricante chinês, na prevenção de sintomas infecciosos foi estimada em 50,4% por investigadores no Brasil.

Pequim ainda não aprovou qualquer vacina estrangeira para uso na China. Nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau estão disponíveis vacinas estrangeiras.

Gao não forneceu detalhes sobre possíveis mudanças na estratégia, mas apontou o uso de tecnologia RNA mensageiro (mRNA), uma técnica experimental já usada pelos fabricantes ocidentais de vacinas enquanto os produtores de fármacos na China usam tecnologia tradicional.

“Todos devem considerar os benefícios que as vacinas mRNA podem trazer para a humanidade”, assumiu Gao. “Devemos seguir isto com cuidado e não ignorar só por já termos vários tipos de vacinas”.

Especialistas dizem que misturar vacinas, ou imunização sequencial, pode reforçar as taxas de eficácia. Ensaios em todo o mundo estão a analisar a mistura de vacinas ou administração de um reforço após um período mais longo. Investigadores em Inglaterra estão a estudar a possível combinação de vacinas da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca.

https://zap.aeiou.pt/variante-sul-africana-pode-resistir-a-pfizer-china-pondera-misturar-vacinas-394210

 

Mapa online interativo ajudou indígenas do Panamá a fazer frente à pandemia !

Quando a covid-19 chegou ao Panamá no ano passado, o cartógrafo Carlos Doviaza temeu pelas pessoas indígenas da sua comunidade. Por isso, para as ajudar, dedicou-se a fazer aquilo que faz melhor: mapas.


“Pensei: ‘Porque não usar os meus pontos fortes para construir uma plataforma, criada por povos indígenas para povos indígenas, que mostre informação relevante sobre a pandemia de uma forma visual e fácil?”, explicou o panamiano, de 26 anos, à National Public Radio.

O cartógrafo nasceu numa aldeia indígena sem eletricidade, em El Salto, no coração de uma floresta tropical. Durante a adolescência, mudou-se com os pais para a Cidade do Panamá para ter melhores condições de vida, mas acabou por abandonar a universidade, onde estudava Engenharia de Computação, por não conseguir pagar as propinas.

No entanto, sendo um verdadeiro crente no poder da cartografia, decidiu aprender sozinho tudo o que sabe hoje e começou a fazer mapas para ajudar as comunidades indígenas a lidar com vários problemas.

“Aprendi que os dados e os mapas geralmente são mais poderosos do que as palavras”, declarou Doviaza, um dos 400 mil membros da comunidade nativa do Panamá (12% da população do país).

No início da pandemia, o jovem temeu que a sua já vulnerável comunidade – que corre um maior risco de contrair doenças devido à falta de acesso a água potável e cuidados de saúde – fosse duramente atingida.

“Sempre estivemos em desvantagem e eu sabia que tínhamos de nos preparar para o pior”, explicou à NPR.

Foi então que o cartógrafo criou um mapa online interativo para monitorizar a situação pandémica nas comunidades indígenas. O mapa sobrepõe o número diário de casos de covid-19 relatados pelo Ministério da Saúde em cada distrito com as localizações dessas comunidades.

A plataforma, criada em maio do ano passado com a ajuda da fundação de caridade Rainforest Foundation, também mostra quais são os recursos que estão em falta em cada comunidade, como chegar a estas aldeias e onde estão as diferentes organizações que estão a oferecer ajuda.

O mapa foi ideal porque mostra não só os dados relativos à covid-19, como também todas as informações estruturais de que precisamos para fazer face à crise nestes lugares”, declarou Beatriz Schmitt, coordenadora nacional dos programas de pequenas doações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP) no Panamá.

Reynaldo Santana, líder da comunidade indígena Naso e conhecido no Panamá como o “último rei das Américas”, partilha da mesma opinião, sobretudo depois de vários meses a ver as pessoas a lutar contra a fome e a falta de cuidados médicos no confinamento.

“Mesmo na cidade mais próxima, as pessoas não nos conhecem e não sabem onde vivemos, muito menos o Governo. Com este mapa, passámos a existir.”

https://zap.aeiou.pt/mapa-ajudou-indigenas-panama-pandemia-393304

 

Perdoar o passado, celebrar o renascimento e cumprir tradições - A primavera traz o Nowruz, o ano novo persa !

Assim que as flores começam a desabrochar e os dias ficam mais longos, fica claro que o Nowruz está prestes a chegar. A celebração do ano novo iraniano é secular, com raízes que remontam a mais de 3.000 anos.


Também conhecido como Nauryz, Navruz ou Nowrouz (que significa “novo dia”), o ano novo persa começou no dia 20 de março e não é por acaso que coincide com o primeiro dia da primavera.

O calendário iraniano é um calendário solar, o que significa que o tempo é determinado, através de observações astronómicas, pelo movimento da Terra à volta do Sol. É por isso que o primeiro dia do ano começa sempre com o fenómeno natural do equinócio.

Segundo a CNN, o Nowruz não é um feriado religioso, mas uma celebração universal de novos começos: o objetivo é desejar prosperidade e dar as boas-vindas ao futuro enquanto se desfaz do passado. A celebração dura cerca de um mês e é repleta de festas, comida, artesanato, apresentações de rua e rituais públicos.

Em 2010, o dia 21 de março foi oficialmente reconhecido como o Dia Internacional do Nowruz pelas Nações Unidas a pedido de países como o Afeganistão, a Albânia, a Índia, o Irão, o Cazaquistão, a Turquia e o Turquemenistão.

Atualmente, de acordo com a cadeia televisiva norte-americana, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo celebram o Nowruz.

Como qualquer celebração, o ano novo persa está envolto em tradições. Uma das mais conhecidas é saltar por cima de fogueiras, uma tradição trazida pelos zoroastrianos, que adoravam o fogo como um sinal de força e saúde eternas.

Na última quarta-feira do ano, Chaharshanbe Soori (ou “quarta-feira vermelha”), as pessoas saltam por cima do fogo para se limparem dos males – físicos, emocionais e sociais – do ano passado, como uma forma de se preparar para o renascimento.

A tradição também encoraja os indivíduos a fazerem as pazes com aqueles que os prejudicaram no passado e a procurar perdão para os seus próprios erros.

No centro da mesa, as famílias colocam o haft-visto – traduzido como “sete S’s” – onde concentram sete elementos, que começam com a letra S, cada um com um significado particular.

Seeb (maçã) é o símbolo da beleza; seer (alho) é o símbolo da saúde e da medicina; somagh (sumagre) representa o nascer do Sol; sabzeh (relva) representa a cura e o renascimento da Terra; serkeh (vinagre) simboliza a paciência; senjed (azeitonas) representa o amor e samanu (massa de pastelaria) o poder e a força do perdão.

De acordo com o The Conversation, as mesas também incluem espelhos para ajudar na reflexão; flores para simbolizar a cura da Terra; ovos que representam a vida e um peixe vivo como sinal da conexão com o mundo animal.

Algumas famílias também colocam um livro religioso na mesa, como o Alcorão ou a Bíblia, ou livros de poetas iranianos.

https://zap.aeiou.pt/nowruz-o-ano-novo-persa-393604

 

Foi o voto não religioso que Donald Trump perdeu em 2020 !

Em novembro de 2020, Joe Biden foi eleito Presidente dos Estados Unidos da América. Uma análise revelou recentemente que a derrota de Donald Trump dependeu daqueles que não se identificam com nenhuma religião.


Ryan Burge, professor de Ciência Política na Eastern Illinois University, nos Estados Unidos, escreveu um artigo no The Conversation no qual explica que o peso da derrota do ex-Presidente Donald Trump não esteve nas mãos dos eleitores religiosos.

Dados revelados no mês passado indicam que o apoio a Trump aumentou ligeiramente em 2020 entre os votos dos grupos religiosos, se comparados com a eleição de 2016. No fundo, Trump teve uma queda notável entre os eleitores que não se identificam com nenhuma religião.

Os dados mais recentes, baseados no Cooperative Election Study, revelam que o apoio dos evangélicos brancos a Donald Trump aumentou em 2020: de 78% em 2016, para 80% no ano passado.

Donald Trump foi também alvo de um aumento de dois pontos percentuais no voto de evangélicos não-brancos, católicos brancos, protestantes negros e judeus, em comparação com a eleição de há quatro anos.

Estas diferenças não são significativas, mas, se analisados detalhadamente, os dados revelam tendências interessantes: o candidato republicano conseguiu algum apoio entre grupos religiosos mais pequenos, como hindus e budistas, e aumentou a percentagem de votos mórmon, por exemplo.

O que está claro é que o antigo Presidente dos Estados Unidos perdeu terreno entre os religiosos não filiados: a participação de Trump no voto ateu caiu de 14% em 2016 para apenas 11% em 2020 e o declínio entre os agnósticos foi ligeiramente maior, de 23% para 18%.

Os eleitores que se identificam como “nada em particular” – um grupo que representa 21% da população do país – não apoiaram Trump na sua candidatura à reeleição. Neste grupo, os votos caíram três pontos percentuais, em comparação com 2016.

https://zap.aeiou.pt/voto-nao-religioso-trump-perdeu-393563

 

domingo, 11 de abril de 2021

Ataque terrorista a cidade na Nigéria atinge organizações humanitárias e instalações da ONU !

Jihadistas alegadamente ligados ao Estado Islâmico atacaram este sábado as instalações de várias organizações humanitárias e das Nações Unidas na cidade nigeriana de Damasak, e ainda estão no local, afirmaram fontes das organizações não-governamentais (ONG).


O ataque, que ainda estava em curso esta tarde, é o segundo contra uma das nove bases humanitárias da ONU no país.

“Os combatentes do Iswap (Estado islâmico na África Ocidental) ainda estão em Damasak, conduzindo pelas ruas, disparando tiros e incendiando instalações humanitárias”, disse um responsável de uma organização humanitária sob condição de anonimato, citado pela agência de notícias francesa AFP.

O ataque a um edifício de uma ONG, que se incendiou, espalhou-se pela base da ONU, que foi destruída, afirmou outro responsável.

As instalações de três outras ONG foram também destruídas, acrescentou a mesma fonte.

Uma fonte militar confirmou o ataque a Damasak, mas disse que os jihadistas não tinham tomado a cidade, porque tinham sido empurrados para fora dela.

O nordeste da Nigéria tem sido alvo de conflitos mortais desde 2009 e de ataques do grupo terrorista islâmico Boko Haram. Em 2016, o grupo separou-se, ficando a fação histórica de um lado e a Iswap, reconhecida pela EI, do outro.

Há três anos, em 1 de março de 2018, os combatentes do Iswap atacaram uma base da ONU em Rann, uma cidade do nordeste da Nigéria, matando três funcionários e raptando outro.

Em 1 de março deste ano, os jihadistas do Iswap atacaram a cidade de Dikwa, matando seis civis e forçando os trabalhadores humanitários a retirarem-se.

https://zap.aeiou.pt/ataque-terrorista-a-cidade-na-nigeria-atinge-organizacoes-humanitarias-e-instalacoes-da-onu-394176

 

Akon ainda não construiu a “Wakanda da vida real”, mas o Uganda já lhe está a dar terrenos para a segunda !

 

O artista de R&B Akon ainda não concretizou a sua visão ambiciosa de uma cidade “futurística” alimentada por uma criptomoeda chamada “Akoin” e construída num terreno que lhe foi dado pelo governo senegalês. Contudo, o Uganda também quer agora uma cidade no seu território.

De acordo com o The Washington Post, a nação da África Oriental concordou em identificar “um local adequado em Uganda com não menos de uma milha quadrada, que será disponibilizado para ele e a sua equipa”, disse Isaac Musumba, ministro do Desenvolvimento Urbano de Uganda.

Akon ficará responsável por atrair investimentos e administrar o projeto e vai consultar o governo do Uganda para propor um tema para a “cidade satélite”. “Gostaríamos de emular o que foi feito noutros lugares para termos uma cidade de Akon aqui”, disse Musumba.

Esta ideia surge depois de Akon, um nativo do Missouri cuja família vem do Senegal, ter falado, em setembro de 2020, sobre o seu desejo de criar uma versão da vida real de Wakanda, o reino futurístico da África retratado na “Pantera Negra” da Marvel.

Os planos para a primeira Akon City envolvem a construção de condomínios de luxo, um resort à beira-mar, escritórios e até mesmo uma universidade em arranha-céus tubulares que parecem desafiar a gravidade. Planeada como um destino de luxo para os negros americanos, Akon City será movida a energia solar e ecologicamente correta.

Moradores e visitantes poderão fazer compras com Akoin, que, segundo a sua visão, será uma moeda global.

Os designs chamativos para o que agora é uma vila agrícola na costa do Senegal foram confrontados com algum ceticismo. Os locais apontam que as estruturas de metal e vidro – que Akon diz serem destinadas a “assemelharem-se a esculturas africanas reais que fazem nas aldeias” – são inadequadas para o clima abafado.

Outros observam que, apesar do objetivo de usar artesãos e materiais locais, Akon contratou um arquiteto de Abu Dhabi e um norte-americano para construir a cidade.

Por outro lado, numa região faminta de turismo, as autoridades do Uganda têm estado recetivas às promessas de Akon de atrair investimentos e criar empregos.

“Há tanto sobre o Uganda que nunca soube que existia”, disse Akon. “Estou determinado a expor isto. Quero que as pessoas entendam como o Uganda é lindo e a melhor forma de o fazer é construir a minha cidade aqui”.

A construção da cidade não será concluída até 2036 por causa da quantidade de infraestruturas, como estradas pavimentadas, que deve ser construída primeiro.

No Senegal, Akon arrecadou pelo menos quatro mil milhões dos seis mil milhões de dólares necessários para construir a cidade e o projeto ainda não foi iniciado. O partido de oposição do Uganda, o Fórum para a Mudança Democrática, disse que era “um segredo público” que Akon City nunca viria a existir.

https://zap.aeiou.pt/akon-ainda-nao-construiu-a-sua-primeira-cidade-futuristica-mas-o-uganda-ja-lhe-esta-a-oferecer-terreno-para-a-segunda-393260

 

 

Após terramotos e deslizamentos, a “cidade moribunda” de Itália ainda resiste no topo de uma montanha

Chamar-se a si mesmo de “Cidade Moribunda” pode não parecer a melhor forma de atrair turistas, mas Civita, em Itália, aprendeu a viver com o facto de estar a morrer. 


Há vários séculos, a cidade italiana de Civita era muito maior e ligada por estradas a outros assentamentos. Porém, de acordo com a agência Reuters, deslizamentos de terra, terramotos, fendas e erosão reduziram o seu tamanho e deixaram-na isolada no topo de um contraforte.

“Durante três milénios, a erosão regressiva praticamente reduziu Civita a um núcleo, deixando a praça e algumas ruas ao redor”, disse Luca Costantini, geólogo de 49 anos, que faz parte do projeto para monitorizar e desacelerar a erosão.

Em cavernas subterrâneas escavadas em rocha vulcânica mole conhecida como tufo, barras de aço mantêm as paredes unidas. “O nosso lema é resiliência porque Civita foi fundada pelos etruscos, passou pela era romana e por todo o período medieval até aos dias atuais”, disse Luca Profili, presidente da câmara de Bagnoregio, da qual Civita faz parte. “Este lugar é tão frágil”.

Esta fragilidade é medida em parte por um “extensómetro”, uma haste telescópica externa que deteta movimento.

Civita que resta até hoje é principalmente do período medieval e mede cerca de 152 por 91 metros – menos de dois campos de futebol. A sua praça principal tem o tamanho de um campo de basquetebol.

Antigamente, espalhava-se numa colina e tinha cerca de três vezes o tamanho atual. Ao longo dos séculos, bairros inteiros desabaram em deslizamentos de terra. Hoje é apenas acessível através de uma rampa longa e íngreme para pedestres ou carrinhos de golfe.

O número de residentes permanentes oscila entre 10 a 14, dependendo da temporada.

Antes da pandemia, Civita atraía turistas que viajavam entre Roma e Florença.

Stefano Lucarini, de 29 anos, comprou um restaurante em Civita em março de 2020, poucos dias antes do primeiro confinamento. “O timing não foi bom”, brincou, acrescentando estar otimista de que, após a pandemia, a cidade possa recuperar. “O risco ambiental é preocupante, [mas) esperamos que todos possam desfrutar da cidade durante muitos anos”.

Depois de resistir à morte durante tanto tempo, Itália decidiu propor, em janeiro, a cidade e a área circundante de penhascos e vales escarpados, conhecidos como “terras ermas”, como Património Mundial da UNESCO. Segundo o porta-voz do presidente da câmara, Roberto Pomi, o país espera que a organização tome uma decisão em junho de 2022.

https://zap.aeiou.pt/apos-terramotos-e-deslizamentos-a-cidade-moribunda-393291

 

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