domingo, 26 de setembro de 2021

Fazer umas calças de ganga exige 10 mil litros de água ! Dez marcas estão a criar jeans sustentáveis !

As calças de ganga são das peças de vestuário com piores impactos para o ambiente, mas há marcas que estão a apostar na sustentabilidade como um factor atractivo para os consumidores.


Estão sempre na moda e são uma das peças mais importantes do guarda-roupa da maioria das pessoas. Mas a popularidade das calças de ganga tem um preço grande para o planeta.

Entre os pesticidas usados na cultura do algodão, a enorme quantidade de água necessária, que segundo as Nações Unidas chega até aos 10 mil litros por par, ou os químicos precisos para transformar as calças em ganga, os jeans são das peças de roupa que mais prejudicam o ambiente.

Mas há algumas marcas que estão a tentar mudar este paradigma e tornar a produção de calças de ganga mais sustentável e mais ética.

Everlane

A Everlane nasceu em 2010 com um propósito: ser transparente sobre o seu processo de produção. Mas ter uma produção ética não é a única prioridade marca, a preocupação com a sustentabilidade também tem crescido devido às alterações climáticas.

Muito do seu vestuário é criado com plástico reciclado e as suas calças de ganga são produzidas pela Saitex, aquela que é vista como a fábrica de ganga mais verde do mundo, já que recicla 98% da água usada e baseia-se em energias limpas. Produzir um par de calças de ganga da Everlane gasta apenas 0.4 litros de água.

Levi’s

É uma das marcas mais conhecidas e respeitadas na produção de calças de ganga e é também uma das mais sustentáveis. Em 2010, a Levis lançou a Iniciativa Algodão Melhor, que treina os agricultores a usar menos água, pesticidas, inseticidas e fertilizantes sintéticos no cultivo do algodão.

A marca usa também agora algodão orgânico, menos água e tintas derivadas de plantas para tingir as roupas. Actualmente, 75% do algodão da marca vem de fontes sustentáveis. A Levi’s tem também uma iniciativa que promote a revenda de gangas usadas em vez destas serem desperdiçadas e acabarem num aterro.

Boyish

A Boyish dedica-se à produção de calças de ganga com um foco na redução do uso de água – que é depois reciclada. Os tecidos são também sustentáveis e as embalagens que embrulham as roupas são amigas do ambiente.

Para além das calças, a Boyish cria outras peças também de ganga, como jardineiras, saias e blusões.

Outerknown S.E.A. Jeans

Fundada pelo surfista Kelly Slater, a Outerknown assume-se uma marca “para as pessoas e para o planeta”. As suas calças de ganga são produzidas com algodão 100% orgânico e são também feitas nas fábricas da Saitex.

A marca garante que a produção sustentável não põe em causa a qualidade dos produtos e oferece uma garantia vitalícia. Caso as calças de ganga alguma vez se rasguem ou fiquem gastas, os clientes podem enviá-las à marca e o produto será cosido ou substituído de graça.

Nudie Jeans

O algodão usado pela Nudie Jeans é sempre ou reciclado ou certificado como orgânico pelo Global Organic Textile Standard. As suas calças de ganga foram criadas para o uso regular e constante, e por isso a marca oferece reparações vitalícias aos rasgões.

Caso os clientes se queiram livrar de vez das calças, recebem um desconto de 20% num novo par se devolverem o par velho. Esse par de calças antigo pode também ser vendido novamente como parte da colecção Re-Use da marca.

Reformation

O estilo vintage das calças de ganga da Reformation não são o único factor atractivo da marca. Criadas com algodão orgânico TENCEL e 2% de elastano, as gangas garantem durar muito tempo.

As roupas são produzidas na Turquia e os direitos laborais dos trabalhadores são assegurados. O processo de produção das gangas amigo do ambiente também ajuda a poupar muita água.

Warp + Weft

Conhecida por ser uma das marcas mais inclusivas a nível de tamanhos e modelos de calças, a Warp + Weft aposta também numa produção ética e sustentável.

Warp + Weft / Instagram

A marca recicla cerca de 98% da água utilizada na produção das gangas devido ao seu formato de produção vertical, ou seja, a Warp + Weft é dona da sua própria fábrica. O algodão e as tintas usadas também são amigos do ambiente.

Frank & Oak

A Frank & Oak nasceu em 2012 com o objectivo de ajudar os homens a comprar roupas de qualidade a bons preços, mas desde então o negócio já cresceu e a marca lançou uma linha de roupas feminina.

A ganga é um dos materiais mais usados pela marca, que se juntou à Hydro-Less Laundry, uma fábrica eco-certificada no Dubai, para a produzir. Desta forma, poupa-se 79% de energia e 95% de água na produção em comparação com as técnicas convencionais.

Taylor Stitch Organic Selvage

Depois da sua fábrica original ter fechado, a Taylor Stitch Organic Selvage virou-se para a sustentabilidade como um dos seus objectivos.

A marca criou uma parceria com a ISKO mill, a maior produtora de ganga no mundo, e relançou o seu conhecido par ’68 Denim, só que desta vez com 100% de algodão orgânico e com métodos que exigem menos água, energia e químicos.

J.Crew e Madewell

Tanto a J.Crew como a Madewell, a sua marca irmã, juntaram-se à organização sem fins lucrativos Fair Trade USA, que ajuda marcas a criar melhores condições de trabalho para os funcionários e criar processos de produção mais sustentáveis.

Assim, ambas as marcas lançaram colecções certificadas pela organização e feitas nas fábricas Saitex, que usam menos 75% de água, menos 65% de químicos e exigem menos energia.

A J. Crew aceita também doações de calças que já não sejam usadas que são depois transformadas para serem usadas no isolamento de habitações.

https://zap.aeiou.pt/calcas-de-ganga-1500-litros-agua-sustentaveis-433412

 

Um dos maiores sites de dados sobre a covid-19 na Austrália é, afinal, gerido por adolescentes !

Aproveitando o momento em que passaram a integrar as estatísticas que os próprios fazem chegar diariamente à população australiana, o grupo de três jovens revelou a sua identidade para surpresa de muitos dos seus seguidores. O bom trabalho realizado já lhes garantiu ofertas de emprego, em regime part-time, claro.


Perante a avalanche de dados que a pandemia da covid-19 veio introduzir no quotidiano do cidadão comum — tais como os novos casos, os internamentos, os óbitos, o índice de transmissibilidade, ou o Ro, entre outros — tornou-se uma prática frequente, no contexto de cada país, a criação de sites ou contas nas redes sociais que os compilassem e apresentassem à população num formato legível. Em Portugal, a conta Vost Portugal (Associação de Voluntários Digitais em Situações de Emergência) tem sido um exemplo destas iniciativas — apesar do seu âmbito ir para além da pandemia.

Esta semana, uma página australiana foi notícia por os seus fundadores, que mantiveram a sua identidade anónima desde o início da pandemia, revelarem ser, afinal, um grupo de três adolescentes com idades entre os 14 e os 15 anos. A informação foi divulgada pelos próprios, a propósito da toma da primeira dose da vacina, ocasião em que aproveitaram para posar para uma fotografia juntos — a qual foi posteriormente divulgada no site e nas contas oficias da iniciativa, intitulada CovidbaseAU —, já que passaram, finalmente, a fazer parte das estatísticas que diariamente publicavam.

Em entrevista à ABC TV, o grupo, que iniciou o projeto em fevereiro deste ano, afirmou que a ideia surgiu “apenas por diversão” com os três a nutrirem especial interesse por áreas como programação e meios de comunicação. “Sendo muito interessados em dados, decidimos pegar no que temos feito ao longo dos últimos anos e criar algo a partir daí. Dedicamos muito tempo a tentar tornar as nossas plataformas o mais compreensíveis possível”, explicou Jack, um dos elementos do grupo.

Um dos problemas do sistema de dados oficial australiano é que há seis entidades estaduais e territoriais a divulgar informação, juntamente com o Governo federal, muitas vezes com formatações diferentes e publicada em sítios da Internet distintos — o que dificultava o entendimento por parte da população. Com o trabalho feito pelo grupo de amigos, tudo passou a estar acessível numa única plataforma e com um formato homogeneizado.

Ao longo dos últimos meses, com o processo de vacinação a acelerar no país, a página conseguiu conquistar mais de 25 mil seguidores e é frequentemente citada por órgãos de comunicação social australianos — que recorrem aos dados ali compilados para elucidar a população sobre a evolução da situação pandémica.

À primeira vista, parece ser um trabalho de grande responsabilidade e que requer muito tempo, principalmente para um grupo de adolescentes que tem de conciliar a recolha e tratamento dos dados com os estudos, já que os três elementos estão naturalmente em idade escolar. A gestão torna-se mais fácil face à atual situação de confinamento que a Austrália está a viver, com as saídas para o exterior sejam reduzidas ao essencial.

“Neste momento, estamos em Melburne e estamos em confinamento, por isso temos mais tempo para fazermos as coisas mais livremente. Conseguimos fazer as nossas tarefas da escola, não se preocupem, mas é um pouco um ato de malabarismo, explicou Jack.

Para além da situação de confinamento, outro aspeto que parece ajudar os jovens é a organizada distribuição de tarefas entre os três, de acordo com as áreas que mais agradam a cada um dos elementos: Jack é responsável pelos dados, Darcy é o programador e Wesley é o que se pode chamar de all-rounder, ou seja, um faz tudo, já que trata de se manter atualizado sobre todas as notícias relevantes que são divulgadas, de produzir infografias e emojis, como explica o The Guardian.

A reação dos utilizadores à revelação foi positiva, com muitos a congratular o grupo pela iniciativa. A publicação que deu a conhecer a identidade e idade dos fundadores do site recebeu mais de 16 mil gostos nas 24 horas, mas também ofertas de emprego em part-time no departamento de saúde do Instituto Burnet.

https://zap.aeiou.pt/sites-dados-covid-australia-adolescentes-433983

 

Aeroporto de Las Palmas inoperacional devido à acumulação de cinzas !

O aeroporto de La Palma, na Ilha de Tenerife, nas Canárias, está inoperacional por acumulação de cinzas, resultante da erupção do vulcão Cumbre Vieja, informou hoje a empresa gestora dos aeroportos e do tráfego aéreo (AENA).

Vulcão, La Palma

Segundo a empresa, citada pela agência EFE, iniciaram-se já as tarefas de limpeza, podendo a navegação aérea ser retomada a qualquer momento.

A AENA [Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea] informou que os demais aeroportos das Ilhas Canárias estão operacionais, embora recomende aos viajantes que verifiquem com as suas companhias aéreas a situação de seus voos.

“A prioridade é garantir a segurança das operações”, disse o responsável do aeroporto de La Palma.

Entretanto, de acordo a informação avançada à EFE, a companhia aérea das Canárias Binter, que tinha suspendido na sexta-feira voos devido ao comportamento das nuvens de cinza, retomou os seus horários com a ilha de La Gomera e com os aeroportos de Tenerife Norte e Sul, mas mantém os voos de e para La Palma encerrados.

O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção no domingo depois de mais de uma semana em que foram registados milhares de sismos na região.

Dezenas de casas já foram destruídas pela lava do vulcão que continua a correr em direção ao mar, mas não há vítimas depois de as autoridades terem retirado mais de 6.000 pessoas da zona da erupção.

https://zap.aeiou.pt/aeroporto-de-las-palmas-inoperacional-434122

 

Austrália, Japão, EUA e Índia reúnem-se “sem objetivos militares”, mas China sente-se ameaçada !

Estados Unidos, Austrália, Japão e Índia reuniram-se naquela que foi a primeira reunião do chamado Quad. A China sente-se ameaçada e avisa que o grupo está “fadado ao fracasso”.


Joe Biden liderou esta sexta-feira a primeira reunião presencial do chamado “Diálogo Quadrilateral para a Segurança”, conhecido como Quad. Além dos Estados Unidos, o grupo conta ainda com Austrália, Japão e Índia.

Depois do AUKUS, um pacto na área da Defesa e Tecnologia que une os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido, esta é uma nova tentativa de Biden combater o peso da China na região do Indo-Pacífico, escreve o Expresso.

“Estamos aqui juntos, na região do Indo-Pacífico, uma região que queremos ver sempre livre de coerção, onde os direitos soberanos de todas as nações são respeitados e onde as disputas são resolvidas pacificamente e de acordo com o direito internacional”, disse o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, no início da reunião.

“Temos um compromisso inabalável com um Indo-Pacífico livre e aberto”, disse, por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga.

A China já sentiu o cheiro a ameaça e não tardou a reagir à criação do Quad através do porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian.

“Um grupo fechado e exclusivo cujo objetivo é opor-se a outros vai contra o ar dos tempos e contra as aspirações regionais de vários países. Não encontrará apoio e está fadado ao fracasso”, disse, sem nunca referir o nome do grupo.

No seu discurso na 76.ª Assembleia Geral da ONU, Joe Biden realçou que não quer uma nova Guerra Fria. E um porta-voz da Casa Branca sublinhou que o encontro do Quad é “informal” e não contém “nem uma dimensão militar nem uma dimensão securitária”.

Entre outros assuntos, falou-se sobre a criação de um programa de bolsas de estudo para abrir as principais universidades norte-americanas a estudantes indianos, australianos e japoneses; a criação de uma rede verde para o transporte de mercadorias; e a produção, na Índia, de mil milhões de doses de vacina contra a covid-19.

Os países do Quad não querem hostilizar a China — nem podem —, muito menos agora que a nova Rota da Seda vai trazer um investimento chinês em dezenas de países subdesenvolvidos da região.

https://zap.aeiou.pt/australia-japao-eua-india-reunem-se-434111

 

sábado, 25 de setembro de 2021

Na II Guerra Mundial, um erro “humilhante” destruiu dois imponentes navios de guerra da Marinha Real !

No dia 10 de dezembro de 1941, os japoneses afundaram os imponentes Prince of Wales e Repulse. A culpa foi do almirante Thomas Phillips que, na sequência de um “erro humilhante”, acabou também por falecer.


Winston Churchill, recebeu uma chamada, a 10 de dezembro de 1941, que viria a mudar o rumo da II Guerra Mundial. “Era o Almirante Dudley Pound. A sua voz soava estranha. Tossiu e engoliu saliva. No início, não consegui ouvir claramente o que ele me dizia, mas depois ele levantou a voz”, escreveu nas suas memórias.

“Tenho de vos informar que o Prince of Wales e o Repulse foram afundados pelos japoneses”, disse Pound. Quase como se tivesse sido baleado por estas palavras, o primeiro-ministro desligou abruptamente. “Fiquei grato por estar sozinho; em toda a guerra nunca tinha recebido notícias tão dolorosas.”

O Japão era agora o proprietário do Oceano Índico e do Pacífico. “Estávamos nus“, escreveu Churchill, citado pelo espanhol ABC.

A perda destes dois navios de guerra foi lancinante. Cinco ataques aéreos foram suficientes para afundar o Prince of Wales, uma unidade muito moderna de 35.000 toneladas, e o Repulse, de 32.000, mais antigo.

Na altura, pouco mais de meia centena de aviões destruiu a chamada “Z-Force”, a marinha do sudeste asiático britânico. O comandante, o Almirante Thomas Phillips, foi o culpado.

Segundo conta o diário espanhol, o almirante subestimou a importância dos aviões em batalhas navais e foi para o mar sem o apoio necessário para repelir o Mitsubishi japonês

“Este oficial cometeu um grave erro ao subestimar a ameaça do poder aéreo sobre os grandes navios de guerra. A perda confirmou-o, tal como serviu para realçar o papel dos porta-aviões na cobertura e no ataque às forças hostis a longa distância”, explicou o investigador Michael Coffey, em Days of Infamy.

O erro custou o desastre da Marinha Real, mas também a vida do comandante da Z-Force, que morreu durante o ataque.

A tragédia, que teve um pesado custo de 840 vidas, demonstrou o fracasso da ideia de que os navios podiam operar num ambiente hostil sem cobertura aérea. Além disso, mostrou também que o poder da aviação se tinha tornado decisivo na guerra no mar.

https://zap.aeiou.pt/erro-humilhante-destruiu-dois-navios-433486

 

Na Tailândia, um “cemitério” de táxis foi transformado numa horta sobre rodas !


Desde pimentos a pepinos, beringelas e até mangericão. Num parque de estacionamento ao ar livre em Banguecoque, os táxis abandonados transformam-se em hortas para alimentar os trabalhadores.

A pandemia de covid-19 obrigou os táxis de Banguecoque a pararem por completo. A quebra na procura, em muito motivada pela queda do turismo, fez com que este serviço fosse cada vez menos requisitado.

Uma empresa da cidade tailandesa decidiu, no entanto, dar a volta por cima: transformou os automóveis em mini-hortas.

No ano passado, a cooperativa de táxis Ratchapruek tirou centenas de carros da estrada, uma vez que muitos motoristas, penalizados por uma economia estagnada, não tinham dinheiro suficiente para pagar o aluguer dos automóveis.

O cemitério de veículos estáticos inspirou os autores da iniciativa: segundo o Russia Today, além de ser um ato de protesto para chamar a atenção do problema, é também uma forma de sobreviver à crise provocada pela pandemia.

“Discutimos e decidimos cultivar legumes para comer porque não há utilidade para estes táxis”, disse Thapakorn Asawalertkul, consultor da empresa, citado pelo Público. “Tornaram-se apenas metal, uma vez que estão estacionados há mais de um ano.”

“Até certo ponto, ajudou a diminuir o nosso stress, mas não é realmente a resposta”, acrescentou Kamolporn Boonnitiyong, administrador da Ratchapruek. “O Governo também deveria intervir para nos ajudar.”

Até ao momento, o Executivo não ofereceu qualquer ajuda financeira.

A Tailândia registou mais de 1,5 milhões de infeções e 15.600 mortes, 99% das quais desde abril deste ano. Segundo a Reuters, só 21% da população foi vacinada contra a covid-19.

https://zap.aeiou.pt/cemiterio-de-taxis-horta-sobre-rodas-434048

 

No Sri Lanka, elefantes traficados foram resgatados, mas voltaram às pessoas que os compraram ilegalmente !

Um tribunal do Sri Lanka devolveu elefantes resgatados a pessoas influentes que foram acusadas de os terem comprado ilegalmente.


Durante alguns anos, elefantes selvagens permaneceram na corda bamba de uma intensa batalha de custódia judicial entre um estado do Sri Lanka e pessoas influentes acusadas de comprar ilegalmente animais em perigo, falsificar documentos e infringir as leis de proteção da vida selvagem do país.

Agora, noticia a Vice, um tribunal do país ordenou o regresso de 14 elefantes às pessoas de quem foram resgatados durante a repressão governamental, de 2010 a 2015. Treze dos animais já foram devolvidos.

Os conservacionistas do país estão chocados e apelam aos tribunais superiores que recorram da decisão. Advogados que representam ativistas já obtiveram uma ordem judicial contra o regresso ao cativeiro de uma mãe elefante e da sua cria.

“A nossa estratégia [legal] é que isso é ilegal. É contrária à lei existente. Eles não têm qualquer estatuto legal”, disse Ravindranath Dabare, o advogado que recorreu do caso.

Os elefantes foram alegadamente vendidos a pessoas influentes, como membros do Parlamento, um monge budista e um juiz. Alguns terão pago cerca de 200 mil dólares pelos animais.

Os proprietários dos 14 elefantes são acusados de falsificação de documentos e de não terem registado os animais. O tribunal deu-lhes três meses para registarem devidamente os elefantes de acordo com o novo decreto.

A sentença surgiu na sequência de um novo e controverso decreto governamental que pode facilitar o tráfico de elefantes selvagens e levar ao abuso de animais. O decreto flexibiliza o registo de elefantes para fins laborais, turísticos e religiosos, e já não exige que os proprietários provem que adquiriram os animais legalmente.

No Sri Lanka, a posse destes animais é um símbolo de estatuto. Ter um elefante no jardim tem sido, desde há muito, um sinal de riqueza, poder e privilégio.

Dados do Governo mostram que há, atualmente, cerca de 219 elefantes selvagens em cativeiro. Destes, 132 são mantidos como “animais de estimação”.

https://zap.aeiou.pt/no-sri-lanka-elefantes-traficados-foram-resgatados-mas-voltaram-as-pessoas-que-os-compraram-434045

 

Morreu o “último nazi” canadiano, aos 97 anos !

Um ucraniano que serviu como tradutor no regime nazi morreu na quinta-feira na sua casa, em Ontário, no Canadá, encerrando uma luta de décadas para deportá-lo e acusá-lo de cúmplice no assassinato de dezenas de milhares de judeus.


Helmut Oberlander integrou um esquadrão de morte que vitimou quase 100.000 pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, a maioria judeus. Embora não seja acusado de envolvimento direto nas mortes, revelou que foi convocado para servir naquele grupo durante a adolescência, após ser ameaçado, avançou o Independent.

Tendo servido como intérprete entre 1941 e 1943, chegou ao Canadá onze anos depois, onde obteve a cidadania passados seis anos. Oberlander não informou as autoridades canadianas sobre o papel que desempenhou no Holocausto, tendo estas descoberto os crimes na década de 1960.

Quase 30 anos depois, o governo canadiano começou a trabalhar na revogação da sua cidadania, enquanto várias organizações de judeus pediam a sua deportação.

A administração canadiana revogou a sua cidadania pela quarta vez em junho de 2017, com base no envolvimento de Oberlander em crimes de guerra. O homem enfrentava o processo de deportação quando faleceu, na quinta-feira.

“A B’nai Brith Canada expressa a sua frustração com o fracasso do país em deportar um ex-tradutor de um esquadrão da morte nazi, que entrou no Canadá depois de mentir sobre o seu passado na guerra”, avançou em comunicado a organização. “A morte pacífica de Helmut Oberlander em solo canadiano é uma mancha na nossa consciência nacional”.

https://zap.aeiou.pt/morreu-ultimo-nazi-canadiano-434000

 

A lava do vulcão de Las Palmas já destruiu mais de 200 casas, mas uma permanece intacta na devastação !

Como se protegida por um manto de invencibilidade, a construção escapou à força da lava que a serpenteou para felicidade dos seus proprietários, um casal de reformados dinamarquês que escolheu fixar-se naquele território precisamente pela sua origem vulcânica.


As imagens que chegam da ilha de Gran Canária, com a cidade de La Palma a ser varrida por um mar de lava proveniente da erupção do vulcão Cumbre Vieja que tem vindo a destruir casas e terrenos, nomeadamente plantações de bananas, por onde passa, têm gerado surpresa e choque por evidenciarem a facilidade com que milhares de famílias têm ficado desprovidas dos seus bens, sem que nada possam fazer para impedir o avanço e conquista da natureza.

No entanto, uma exceção despertou o interesse e atenção de vários meios de comunicação internacionais. Trata-se de uma casa térrea, isolada no meio de um monte da ilha vulcânica que, sem justificação aparente, escapou à força da lava impetuosa, tendo permanecido intacta para regozijo dos seus proprietários, Inge e Ranier Cocq, um casal de reformados dinamarquês que escolheu a ilha espanhola para passar os seus últimos anos.

Apesar da adoração pela ilha, que escolheram precisamente pela sua origem vulcânica, o casal não estava em La Palma quando a erupção teve início — desde que a pandemia começou que reduziram as deslocações —, ficando dependente de contactos de vizinhos e das imagens televisivas para se atualizar sobre o estado da sua habitação, que já ganhou o título de “casa milagre“.

Ada Monnikendam, uma das responsáveis pela construção da casa, contou ao El Mundo a reação do casal quando o informou das boas notícias. “Apesar de não conseguirmos ir aí neste momento, estamos muito aliviados que a casa permaneça de pé.” De facto, o mesmo não podem dizer os proprietários de mais de 200 habitações naquela região, chamada El Paraíso — para além de habitações, as autoridades locais estimam que mais de 390 edifícios, tais como escolas também tenham sido destruídos.

Ao longo das últimas horas, o avanço da lava abrandou significativamente (600 metros por hora), o que originou, junto dos especialistas o receio de que esta se pudesse espalhar ainda mais nos próximos dias e causar mais destruição em vez de se encaminhar diretamente para o mar, avança a Associated Press.

De acordo com o Instituto Nacional Geográfico das Canárias, citado pelo The Guardian, a atividade sísmica na ilha é agora “baixa“.

https://zap.aeiou.pt/lava-vulcao-las-palmas-casa-intacta-433925

 

Talibãs retomam execuções e amputação de mãos como punição !

Os Talibãs voltarão às execuções e à amputação de mãos como forma de punição, avançou um dos fundadores do grupo, Nooruddin Turabi, indicando que as represálias nem sempre ocorrerão em público.


À Associated Press, Turabi alertou o mundo contra a interferência na nova força governante do Afeganistão. “Todos nos criticaram pelas punições, mas nunca dissemos nada sobre as suas leis e punições. Ninguém nos dirá quais devem ser as nossas leis. Seguiremos o Islão e faremos as nossas leis com base no Alcorão”.

Turabi defende a interpretação dos Talibãs da lei islâmica e foi ministro da Justiça do grupo entre 1996 e 2001. Durante esse período, execuções e amputações foram realizadas no estádio desportivo de Cabul e, por vezes, diante da população. “Cortar as mãos é muito necessário para a segurança”, referiu.

O grupo, que retomou o controle do Afeganistão em agosto deste ano, se apresentou inicialmente como uma entidade mais moderada, garantindo que não haveria vingança contra quem ajudou os EUA e prometendo um governo inclusivo. Entretanto, começou a reprimir de forma violenta os protestos contra o seu governo.

O governo dos Talibãs não inclui mulheres, mas engloba pessoas que estão na lista de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), como o ministro do Interior, Sirajuddin Haqqani, procurado pelo FBI.

No início de setembro, anunciaram que as universidades afegãs serão segregadas por género e introduzido um novo código de vestimenta, encerrando ainda um ministério voltado para os assuntos da mulher.

O grupo emitiu um pedido para falar perante a Assembleia Geral da ONU, mas nenhum país reconheceu formalmente o governo liderado pelo Talibãs.

https://zap.aeiou.pt/talibas-execucoes-amputacao-punicao-433924

 

Avião russo invade espaço aéreo da Estónia pela sexta vez este ano !

A Estónia informou na quinta-feira que um avião da força aérea russa violou o seu espaço aéreo, sendo o sexto incidente do género este ano.


A intrusão terá ocorrido ao meio-dia de quarta-feira, quando o avião Beriev A-50 entrou no espaço aéreo da Estónia, perto da ilha de Vaindloo, no Mar Báltico, onde permaneceu por menos de um minuto, disseram os militares em comunicado, citado pela ABC News.

Segundo a mesma nota, a tripulação do avião russo apresentou um plano de voo, mas não conseguiu manter contacto por rádio com os Serviços de Navegação Aérea da Estónia, tendo desligado o serviço de comunicação.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia entregou ao embaixador russo Alexander Petrov uma nota para Moscovo, na qual classificou o incidente como “muito sério”. “Essa série de violações repetidas [por aeronaves russas] não é de forma alguma aceitável”, acrescentou o ministério.

Vaindloo, que pertence à Estónia, se localiza perto de um corredor aéreo onde aviões russos realizam voos que ligam São Petersburgo e Caliningrado, o enclave russo do Mar Báltico, localizado entre a Polónia e a Lituânia.

A Estónia registou inúmeras violações aéreas por aeronaves russas – civis e militares – nos últimos anos, enviando para Moscovo repetidos protestos.

https://zap.aeiou.pt/aviao-russo-invade-espaco-aereo-da-estonia-pela-sexta-vez-este-ano-433945

 

Irmã de Kim Jong-un diz que acabar com a Guerra da Coreia é uma “ideia admirável” !

Esta sexta-feira, Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, disse que o país está disposto a retomar as conversações com a Coreia do Sul se o vizinho não provocar o Norte com políticas hostis.


Ri Thae-song, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, afirmou que a proposta do Presidente da Coreia do Sul para se acabar formalmente com o conflito era “prematura”. Poucas horas depois, Kim Yo-jong defendeu publicamente a sugestão.

“A declaração para se acabar com a guerra é uma ideia interessante e admirável. Mas é necessário perceber se é o momento certo para o fazer e se há condições oportunas para discutir essa questão”, disse a irmã de Kim Jong-un, em declarações reproduzidas pela agência noticiosa estatal KCNA.

De acordo com o Público, Kim Yo-jong revelou que Pyongyang tem “vontade” de “voltar a ter um contacto próximo com o Sul e de ter uma discussão construtiva sobre a restauração e o desenvolvimento das relações bilaterais”, mesmo tendo sublinhado que “não faz qualquer sentido declarar o fim da guerra”.

As declarações da irmã do líder da Coreia do Norte são o primeiro sinal dado pelo país de que há abertura para dialogar com o Sul em quase dois meses.

A sua declaração veio também dias depois da Coreia do Norte ter realizado os seus primeiros testes de mísseis em seis meses.

A Coreia do Norte afirmou anteriormente que os exercícios militares Estados Unidos-Coreia do Sul e as sanções lideradas pelos EUA são exemplos de políticas hostis contra Pyongyang.

Num discurso na Assembleia Geral da ONU no início desta semana, o Presidente sul-coreano reiterou os apelos à declaração de fim da guerra que, segundo ele, poderia ajudar a alcançar uma desnuclearização e uma paz duradoura na península coreana.

https://zap.aeiou.pt/irma-kim-acabar-guerra-coreia-admiravel-433949

 

OMS inclui mais dois medicamentos nas recomendações para tratamento de Covid 19 !

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou na quinta-feira dois medicamentos à lista de fármacos admitidos para tratamento da covid-19 e pediu à farmacêutica que os produz para baixar os preços e levantar as patentes.


O casirivimab e o imdevimab, fabricado pela norte-americana Regeneron, são incluídos nas recomendações da OMS para tratamento de casos ligeiros de covid-19 em doentes que estejam em maior risco de hospitalização e, condicionalmente, no tratamento de casos graves da doença se se tratar de pessoas sem anticorpos.

“Dado o custo elevado e a escassez desta terapia combinada, a OMS apela à Regeneron para baixar os preços e distribuí-la equitativamente, especialmente em países de rendimentos baixos e médios e transferir a tecnologia que permita o fabrico de versões biologicamente semelhantes para que todos os pacientes que precisem deste tratamento tenham acesso a ele”, afirma a organização em comunicado.

A OMS já lançou entre as empresas farmacêuticas um apelo para que candidatem versões dos medicamentos para pré-qualificação, o que permitiria aumentar o nível de produção.

Salienta ainda que o tratamento com os dois medicamentos não deve ser dado a pacientes que tenham anticorpos contra a covid-19 para “não exacerbar a desigualdade e a disponibilidade limitada do tratamento”.

A OMS pede ainda aos médicos que apliquem “testes rigorosos” aos pacientes para perceberem quais é que terão mais a ganhar com este tratamento, os que ainda não tenham desenvolvido anticorpos naturais contra a covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.938 pessoas e foram contabilizados 1.064.876 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

https://zap.aeiou.pt/oms-inclui-mais-dois-medicamentos-433986

 

FBI emite mandado de detenção a Brian Laundrie, namorado de Gabby Petito !

O namorado de Gabby Petito desapareceu três dias depois da jovem também ter sido dada como desaparecida. O jovem de 23 anos está também a ser acusado de fraude bancária.


O FBI emitiu esta quarta-feira um mandado de detenção para Brian Laundrie, de 23 anos, namorado de Gabby Petito.

“Em 22 de setembro de 2021, o Tribunal Distrital de Wyoming, nos Estados Unidos, emitiu um mandado federal de prisão para Brian Christopher Laundrie, após uma acusação do Júri Federal, relacionada com as actividades do Sr. Laundrie após a morte de Gabrielle Petito”, escreve o FBI no Twitter.

A autoridade acrescenta que apesar do mandato permitir a detenção de Laundrie, o FBI e os parceiros em todo o país “continuam a investigar os factos e as circunstâncias do homicídio da menina Petito”. “Pedimos a quem conheça o papel do Sr. Laundrie neste assunto ou onde este se encontra que contacte o FBI”, apelam.

Gabby e Brian arrancaram em Julho numa viagem numa carrinha pelos parques naturais dos Estados Unidos. No fim de Agosto, a jovem de 22 anos deixou de publicar conteúdos online sobre a viagem e não contactava a família. A 1 de Setembro, Brian voltou sozinho a casa na Flórida e não deu informações sobre o paradeiro da namorada.

As autoridades confirmaram na terça-feira que o corpo da jovem foi encontrado no Parque do Wyoming e que se tratava de um homicídio. Segundo a família de Brian Laundrie, o paradeiro do jovem é desconhecido desde há uma semana, cerca de três dias depois de Gabby ter sido dada como desaparecida. O FBI já fez buscas na casa de Brian.

Brian Laundrie está também a ser acusado de fraude bancária, depois de ter alegadamente usado um cartão de débito que não lhe pertencia, assim como um número de identificação pessoal de outra pessoa para fazer levantamentos e pagamentos desautorizados no valor de mais de 1000 dólares já no período em que Gabby estava desaparecida.

https://zap.aeiou.pt/fbi-mandado-detencao-brian-laundrie-namorado-gabby-petito-433839

 

Bolsonaro quis apostar caixa de uísque com Boris Johnson por “anticorpos” !

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, revelou na quinta-feira que tentou “apostar uma caixa de uísque” com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alegando ter mais anticorpos para a covid-19 do que o britânico.


A sugestão de aposta decorreu durante um encontro entre Bolsonaro e Johnson, na segunda-feira, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA).

Bolsonaro, que não se vacinou contra a covid-19, queria apostar que tinha mais anticorpos do que o primeiro-ministro, que, por sua vez, recebeu as duas doses do imunizante da AstraZeneca.

No entanto, a aposta foi rejeitada por Boris Johnson, segundo informou Bolsonaro na sua habitual transmissão em direto na rede social Facebook.

“Ele [Boris Johnson] perguntou se eu tinha tomado a vacina e eu falei que não, mas que o meu IGG [anticorpos] estava em 991. Eu falei ‘vamos apostar uma caixa de uísque em como o meu IGG está melhor que o seu?’, ele sorriu e não quis”, contou o mandatário brasileiro.

Ainda sobre o encontro que teve esta semana com primeiro-ministro, Bolsonaro revelou que Johnson lhe pediu para “facilitar a entrada” de uísque do Reino Unido no Brasil.

Bolsonaro disse ainda que recebeu de Johnson a proposta de um acordo de emergência de importação de mantimentos que estariam em falta em Inglaterra, acrescentando que transferiu essa questão para a ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina.

“Ele quer um acordo de emergência connosco para importar algum tipo de mantimento nosso que está em falta na Inglaterra. Então, a inflação veio para todo mundo depois do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, e alguns países estão com falta de alimentos. Essa ‘batata’ eu já passei lá para a dona Tereza Cristina”, afirmou, referindo-se à ministra da Agricultura, sem mencionar qual o produto a que Johnson se referia.

Bolsonaro realizou a sua transmissão no Facebook no Palácio do Planalto, a sua residência oficial em Brasília, onde se encontra isolado após ter estado em contacto com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que testou positivo à covid-19 na terça-feira, durante a viagem aos Estados Unidos.

O líder da extrema-direita brasileira aproveitou a infeção do ministro, que já havia recebido as duas doses da vacina, para voltar a semear dúvidas sobre a eficácia das máscaras e dos imunizantes, mais concretamente da Coronavac, antídoto da chinesa Sionovac.

“O ministro tomou as duas doses da Coronavac e está infetado. Vivia com a máscara e está infetado. Você pode atrasar, mas dificilmente você vai evitar” a infeção, apontou, mantendo a mesma linha negacionista que adotou desde o início da pandemia.

O mandatário avaliou que “falta um comandante no Brasil” que “faça valer a sua autoridade” em temas como a pandemia do novo coronavírus, criticando a decisão do Ministério da Saúde de recomendar novamente a vacinação de adolescentes.

“Se eu não falo com o Ministério da Saúde, sou omisso. Se falo, estou a interferir. O que interessa mesmo? Falta um comandante no Brasil. Eu queria ser esse comandante. Queria ter força para decidir”, declarou Bolsonaro face à decisão do Supremo Tribunal, de dar autonomia a estados e municípios para decidirem sobre a gestão da pandemia.

Ainda ao criticar a vacinação de adolescentes, o Presidente revelou que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi vacinada contra a covid-19, ao contrário do mandatário, que garante que não o fará até que o “último” brasileiro seja imunizado.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao totalizar 592.964 óbitos e 21,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus.

A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-quis-apostar-caixa-de-uisque-com-boris-johnson-por-anticorpos-433809

 

Vulcão nas Canárias com períodos mais explosivos já devastou 240 hectares !

O vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma (Canárias) mantém-se ativo, apresentando períodos mais explosivos e tendo já devastado cerca de 240 hectares de terrenos num perímetro de cerca de 16 quilómetros.

Vulcão, La Palma

Dados também fornecidos hoje pelo Departamento de Segurança Nacional (DSN) espanhol mostram que a coluna de gases que sai do vulcão atinge até 4.500 metros de altura.

Dois fluxos de lava permanecem ativos: o mais setentrional está quase parado e tem uma altura máxima de 12 metros, enquanto a frente sul continua a avançar de quatro a cinco quilómetros por hora com uma altura de 10 metros.

O fluxo de lava tem um comprimento de 3.800 metros e está a 2.100 metros da costa.

Por seu lado, o sistema europeu de satélites Copernicus, que tem acompanhado a evolução da erupção desde o seu início, também atualizou os seus dados e relatórios que indicavam, na quinta-feira ao fim da tarde, que a lava já tinha coberto 180 hectares (14 novos hectares nas 11 horas anteriores).

A lava tinha também destruído 390 edifícios (mais 40 do que no dia anterior) e 14 quilómetros de estradas.

Em relação à qualidade do ar, o DSN, citado pela agência espanhola Efe, indica que, de acordo com os dados meteorológicos, está excluída a queda de chuva ácida durante as próximas 24 horas e acrescenta que “se ocorresse, não causaria efeitos significativos, uma vez que é um acontecimento pontual não persistente”.

Na mesma linha, o serviço de proteção civil das Canárias insiste que “os valores de dióxido de enxofre indicam que a qualidade do ar é boa e que a chuva ácida está excluída”.

O relatório do DSN acrescenta que na quinta-feira a ação do vento à superfície provocou deslocações de ar que provocaram alguns atrasos nas partidas ou chegadas de alguns voos entre Tenerife (a maior das ilhas do arquipélago) e La Palma.

O organismo que faz a gestão do espaço aéreo em Espanha (Enaire) recordou, há algumas horas, nas suas redes sociais, que “o espaço aéreo das ilhas Canárias está a funcionar normalmente”.

Por outro lado, mantém-se o perímetro no mar, estabelecido pela capitania marítima até 2 milhas da costa, entre Puerto Naos e Tazacorte, dois municípios da ilha de La Palma.

O governo regional das Canárias realiza hoje uma reunião extraordinária, com a presença do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, na qual planeia aprovar a ajuda às pessoas afetadas pela situação.

O vulcão Cumbre Vieja está ativo e a expelir lava desde domingo passado e apesar desta situação não houve mortos ou feridos a lamentar entre os 85.000 habitantes da ilha, mas os danos são enormes, acima de 400 milhões de euros, segundo as autoridades regionais.

https://zap.aeiou.pt/vulcao-canarias-devastou-240-hectares-433823

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Uma tragédia anunciada em Janeiro - Cinzas do vulcão de La Palma a caminho de Portugal !

A lava do vulcão Cumbre Vieja continua a cobrir La Palma, nas Canárias, e já destruiu mais de 300 casas. Enquanto as cinzas vulcânicas se estão a deslocar para a Península Ibérica, surge a notícia de que uma equipa de investigadores alertou, em Janeiro, para o risco de uma erupção.

Vulcão, La Palma

Com mais de 6 mil pessoas evacuadas e mais de 300 edifícios destruídos, La Palma continua chocada com o avanço da lava do vulcão Cumbre Vieja. Mas a erupção não foi propriamente uma surpresa.

O jornal El País refere que, em Janeiro passado, um grupo de investigadores publicou um “trabalho científico” que alertava para a possibilidade de uma erupção no Cumbre Vieja. Um dado que não terá sido valorizado pelas autoridades da ilha.

Enquanto a lava segue o seu caminho rumo ao mar, destruindo tudo, a população começa a preocupar-se com eventuais chuvas ácidas e com os gases tóxicos. Mas, neste momento, não há razões de preocupação, segundo as autoridades espanholas.

O sub-tenente José Antonio Gamarra, da Unidade Militar de Emergências (UME) que foi destacada para a ilha, revela à agência EFE, conforme cita o El Mundo, que “a problemática é com o gás que está a sair agora, que é um gás virgem, ainda não se depurou, não teve contacto com a atmosfera, mas, em princípio, as análises estão a dar negativo”.

Portanto, “não há risco para a população”, salienta Gamarra.

O Instituto Geológico de Espanha prevê que as cinzas comecem a chegar à Península Ibérica nas próximas horas.

Na sexta-feira, devem chegar ao território de Portugal, mas as concentrações de dióxido de enxofre que carregarem, na altura, não serão um risco para a saúde, segundo alguns especialistas.

Engolir “vidro vulcânico”

O vulcanologista José Luis Barrera, que integra a associação de geólogos espanhóis, alerta que as cinzas em altas concentrações podem ser “um grave problema de saúde”, porque as pessoas acabam por as engolir “sem perceberem”, o que pode “causar problemas de garganta e toxicidade muito importante”, conforme declarações divulgadas pelo El Mundo.

“Essa cinza é feita de silicatos, ferro e magnésio, na verdade é magma do vulcão que se transforma, em contacto com o ar frio, no que se chama de vidro vulcânico, e não é como se comesse pão ralado, mas uma coisa bastante perigosa“, acrescenta.

A protecção contra as cinzas deve ser feita com o uso de máscara, “além de cobrir o máximo possível os olhos, que também podem sofrer com a entrada desses silicatos, que são muito tóxicos para o corpo humano“, conclui o vulcanologista.

Portuguesa teve que ser evacuada

A lava já cobre mais de 166 hectares de terreno e já destruiu 350 edifícios, muitos dos quais moradias, de acordo com dados da imprensa espanhola.

12 portugueses a residir na ilha, segundo apurou a RTP1 junto da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.

A governante revela que “uma portuguesa que estava no trajecto da lava já teve que ser evacuada, ela própria saiu de casa e foi para casa de uma familiar”.

Todos os portugueses na ilha estão bem, segundo a mesma fonte.

Nesta altura, o vulcão entrou numa zona de “mini-estabilidade”, segundo os especialistas, mas continua a ser “bastante explosivo”. Mas a lava está agora a correr de forma mais lenta, a cerca de 4 quilómetros por hora.

Entretanto, há várias estradas encerradas e o aeroporto também pode vir a ser fechado, para evitar acidentes aéreos por causa da falta de visibilidade devido à nuvem de fumo que se alastra pelos céus.

Na zona de costa para onde a lava se encaminha, também foi restringida a circulação de barcos.

Lava está a destruir o “ouro” de La Palma

Os especialistas não conseguem prever quanto tempo vai durar a erupção. “Não somos adivinhos, é impossível saber“, refere o especialista em Geologia da Universidade de Salamanca, Pablo Gabriel Silva Barroso, em declarações ao El Mundo.

Pode continuar por “uns dias, umas semanas” ou mais, aponta ainda Barroso.

O Instituto Vulcanológico das Canárias já revelou que seria “aceitável” que durasse durante entre “24 e 84 dias”.

No meio da tragédia, já há quem vá fazendo contas à vida, nomeadamente no caso dos produtores de banana, que é o “ouro” de La Palma. O vulcão está a destruir a produção deste ano e a lava tornará os terrenos inférteis, o que complicará e muito a economia local.

Entretanto, há quem tenha visto “o trabalho de uma vida queimado”, conforme desabafos feitos aos media espanhóis por pessoas que perderam as suas casas.

https://zap.aeiou.pt/cinzas-vulcao-la-palma-433582

 

Iémen - ONU, revela que scassez de alimentos empurra 16 milhões de pessoas para a fome !

Pelo menos 5 milhões de pessoas no Iémen estão à beira da fome e outros 16 milhões estão “a caminhar para a fome”, num país dilacerado pela guerra civil.


O Programa Mundial de Alimentos (WFP, na seigla em inglês) levantou sérias preocupações sobre o número de pessoas que enfrentam a fome nas próximas semanas e meses. O diretor executivo da organização, David Beasley, disse que as cadeias de abastecimento no país foram interrompidas e os preços dos alimentos “dispararam”, noticiou o Guardian.

Os preços dos alimentos, aliados à falta de combustível, origina no país um cenário “catastrófico”, indicou, acrescentando: “Temos 5 milhões de pessoas à beira da fome atualmente e 16 milhões de pessoas a caminhar em direção à fome”.

Beasley disse à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que, sem mais financiamento, a organização será forçada a cortar as rações alimentares de 3,2 milhões de pessoas até outubro, aumentando para 5 milhões em dezembro.

A porta-voz do WFP para o Iémen, Annabel Symington, referiu que os iemenitas não conseguem adquirir sequer alimentos básicos. “As causas da crise de fome no Iémen são complexas (…). A desvalorização do rial iemenita e o aumento dos preços dos alimentos tornaram impossível para os iemenitas comuns pagarem por alimentos básicos”, disse.

“Precisamos de 797 milhões de dólares [cerca de 680 milhões de euros] para manter os níveis atuais de assistência pelos próximos seis meses, com o WFP a correr o risco de ficar sem alimentos a partir de outubro”, continuou a responsável.

Ao Guardian, Adam Kelwick, voluntário da ONG Action For Humanity, descreveu a situação como “desesperadora”. Ao visitar o hospital al-Sabaeen, na cidade de Sana’a, constatou que estava “lotado” com crianças famintas e desnutridas. “Foi uma cena horrível, com camas cheias de crianças que pareciam esqueletos”, lamentou.

“É claro que a situação se está a deteriorar rapidamente e a razão pela qual as crianças estão gravemente desnutridas é porque as suas mães também estão desnutridas. Isso significa que não podem amamentar os filhos”, contou.

O conflito tem dificultado a entrada de alimentos no país, principalmente nas áreas onde há bloqueios nas estradas e confrontos.

https://zap.aeiou.pt/iemen-escassez-alimentos-milhoes-fome-433650

 

Especialista da ONU diz que junta militar de Myanmar está a sequestrar familiares de pessoas que pretende deter !

A junta militar de Myanmar está a sequestrar familiares de pessoas que pretende deter, incluindo crianças com 20 semanas de idade, segundo o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) destacado para o país, Tom Andrews.

Na quarta-feira, Andrews disse ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que as condições no país continuam a se deteriorar e que “os esforços atuais da comunidade internacional para interromper a espiral descendente de eventos em Myanmar não estão a resultar”, noticiou o Guardian.

A junta militar assassinou mais de 1.100 pessoas, disse Andrews, incluindo dezenas de crianças. Até julho, matou pelo menos 75 crianças, com idades entre os 14 meses e os 17 anos. Os militares, acrescentou, estão a raptar familiares quando não conseguem localizar os indivíduos que pretendem prender.

“Recebi relatórios confiáveis ​​de que as forças da junta detiveram arbitrariamente pelo menos 177 pessoas, quando o alvo inicial de uma operação escapou da detenção. Essas vítimas incluem crianças de apenas 20 semanas de idade”, referiu o responsável.

Mais de 8.000 pessoas foram detidas desde que os militares tomaram o poder, a 01 de fevereiro. A junta detém qualquer pessoa que desafie o seu governo – de políticos a ativistas, profissionais da área médica e jornalistas.

Andrews apelou à intervenção da comunidade internacional, alertando que há mais de 230.000 civis deslocados. Nos últimos dias, praticamente toda a população de uma cidade no oeste de Myanmar, onde vivem 7.500 pessoas, foi forçada a fugir, após confrontos entre militares e os seus oponentes, de acordo com a media local.

Os ataques aos elementos da junta militar aumentaram após o governo autoproclamado paralelo de Myanmar, estabelecido por políticos pró-democracia, anunciou uma “guerra defensiva” contra os militares no início deste mês.

https://zap.aeiou.pt/junta-myanmar-sequestra-familiares-onu-433626

 

“Era como se a morte estivesse num copo.” - No século XVIII, o gin estava a arruinar a Inglaterra !

A bebida alcoólica tornou-se tão popular no Reino Unido que os empresários começaram a utilizar todo o tipo de aditivos para enriquecerem.


No século XVIII, o gin tornou-se a maior droga que o homem poderia consumir – pelo menos, na Inglaterra – e ameaçava despedaçar a sociedade britânica.

Em 1751, começaram a ser difundidos cartazes com uma poderosa ilustração, criada pelo pintor satírico William Hogarth. Segundo o ABC, o cartaz retrata uma mulher com a cabeça inclinada para trás, completamente bêbada e vestida com trapos esfarrapados.

A parte mais chocante da imagem é o bebé, que escorrega dos braços da mulher, prestes a cair das escadas. O estado alcoólico não lhe permite estar ciente da situação.

O cartaz destinava-se a retratar as graves consequências da bebida alcoólica e foi difundido como forma de apoio à “Lei do Gin”, que se destinava a proibir o seu fabrico, venda e consumo.

Mas o gin nem sempre foi encarado como o inimigo da sociedade: Franciscus Sylvius, professor na Faculdade de Medicina da cidade de Leyden, nos Países Baixos, destilou bagas de zimbro com álcool puro para produzir um medicamento.

O objetivo era explorar as propriedades benéficas do fruto para os rins.

Os ingleses aperfeiçoaram-no e popularizaram-no até se tornar um problema. O culpado foi o rei holandês Guilherme de Laranja que, quando subiu ao trono britânico em 1698 como Guilherme III, levou a fórmula do gin com ele.

O consumo descontrolou-se entre os soldados ingleses regressados dos Países Baixos, que em vez de o usarem como medicamento, bebiam-no em grandes quantidades.

Neste desnorteio, os empresários viram uma oportunidade e não hesitaram em acrescentar aditivos à bebida para reduzir o custo, tornar o sabor aceitável e enriquecerem-se a si próprios. Lesley Solmonson, autora do livro Gin: A Global History, contou ao ABC que “utilizaram ácido sulfúrico, óleo de terebintina e cal”.

Era como se a morte estivesse num copo“, descreveu.

As consequências não tardaram a aparecer, quer para a saúde dos britânicos, quer para a própria sociedade. A “Lei Gin” também não foi eficaz: na altura, aumentaram as destilarias clandestinas, o preço da bebida alcoólica subiu e a qualidade continuou a deteriorar-se, causando estragos físicos e psicológicos entre a população.

A proibição acabou por ser levantada pelo Governo, que criou novas regras para regular a  produção, venda, consumo e tributação da bebida.

Tudo mudou no início do século XIX, quando James Burrough produziu o famoso Beefeater, um dos gins mais vendidos no mundo até hoje.

A ele se deve a fórmula de Gin-Dry, cujo ingrediente essencial – a água de Londres – inspirou o nome London-Dry gin. A fórmula secreta tem sido mantida desde então na Torre de Londres, guardada pelos famosos Beefeaters, guardas cujo vestuário do estilo medieval delicia os turistas.

https://zap.aeiou.pt/gin-estava-a-arruinar-a-inglaterra-433478

 

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