sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Já houve a primeira corrida de arrancada entre carros voadores eléctricos e há Grande Prémio em 2022 !

A startup australiana Airspeeder levou a cabo a corrida e vai arrancar no próximo ano com um grande prémio entre carros voadores.

Podia ser uma cena saída dos Spinners de Blade Runner, ou uma pod race de Star Wars, mas esta é uma realidade que já apanhou a ficção científica.

A startup Airspeeder, que está a preparar uma série de corridas entre carros voadores, fez história ao fazer a sua primeira drag race entre carros voadores com sucesso no deserto no sul da Austrália.

“Esta corrida de teste representa um momento importante na criação do nosso desporto e um salto gigante no desenvolvimento de carros eléctricos voadores”, afirma Matt Pearson, fundador e director executivo da Airspeeder e da Alauda Aeronautics, no comunicado da empresa.

O primeiro voo de teste com sucesso da Airspeeder foi em 2017. Na altura, a empresa anunciou que ia dar início a uma série de corridas remotas chamada EXA e tem agora na agenda arrancar com o seu próprio Grande Prémio eVTOL em 2022.

A corrida integrou uma fundamental sessão de testes na pré-temporada para a EXA. A Alauda Aeronautics é a empresa mãe da Airspeeder e foi quem desenvolveu a nova série de carros voadores. Já a The Beverley, uma empresa também baseada na Austrália, criou os “Speeders” eVTOL que vão participar nestas corridas pelos céus.

As equipas de várias indústrias diferentes vão receber os Speeders e terão a liberdade técnica e táctica para os modificarem e tornar este novo desporto motorizado mais competitivo.

“Estamos na iminência de fazer história no desporto motorizado e na mobilidade com a primeira série de corridas no mundo entre carros eléctricos voadores. Esta corrida de teste dá-nos um vislumbre na próxima geração de desportos motorizados e mobilidade”, acrescenta Matt Pearson.

Nesta corrida, a equipa técnica da Alauda Aeronautics escolheu dois MK3s para se enfrentarem nos céus australianos numa corrida amigável a 15 metros de altitude numa distância de 300 metros. Os “Speeders” MK3 pilotados vão pesar apenas 100 quilos e serão equipados com uma fonte eléctrica de 96 kW, o que lhes permitirá atingir uma velocidade máxima de 201 quilómetros por hora.

A Airspeeder tinha anunciado em Setembro do ano passado que estava a trabalhar numa parceria com a Acronis para desenvolver o LiDAR — Light Detecting And Ranging, um método que determina o alcance ao atingir um objecto com um laser e medir o tempo que a luz reflectida demora a voltar ao emissor — e também os “campos de força virtual”, que eventualmente serão usados para garantir a segurança na série de corridas.

A organização diz que o prémio é “baseado na filosofia de que nada acelera o progresso técnico como uma competição desportiva” e compara a sua criação com “o papel que os pioneiros da Fórmula 1 tiveram quase há um século na condução do desenvolvimento técnico e na construção de uma aceitação pública para uma revolução na mobilidade”.

A empresa espera assim que a série de corridas encoraje o desenvolvimento para o sector eVTOL – Electric Vertical Take-off And Landing – e que ajude na transição para modos de transporte mais sustentáveis que o planeta precisa para fazer face às alterações climáticas.

As equipas que vão participar na série de corridas serão reveladas em Janeiro. As corridas EXA serão mais longas do que a corrida de teste e servirão como uma primeira prova sobre o maior objectivo da Airspeeder, que é a criação de uma série de corridas global de carros voadores em 2023.

Recorde-se que em 2023 também já se espera que existam os táxis voadores da Volocopter a circular e que se estima que este mercado alcance um valor de 6.63 mil milhões de dólares até 2030. Resta-nos ficar de cabeça para o ar à espera para ver.

E enquanto esperamos, aqui fica um fan edit de uma pod race.

https://zap.aeiou.pt/primeira-corrida-carros-voadores-443787



Elon Musk vendeu ações da Tesla por quase mil milhões de euros !


O fundador da Tesla, Elon Musk, vendeu na segunda-feira ações do fabricante de veículos elétricos por 1,1 mil milhões de dólares (958 milhões de euros), após ter anunciado, no sábado, a intenção de vender 10% das ações.

De acordo com documentos apresentados na quarta-feira ao regulador do mercado dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC), o homem mais rico do mundo vendeu cerca de 930.000 ações só na segunda-feira.

No sábado, Musk tinha sondado os seus seguidores na rede social Twitter sobre a eventual venda de 10% dos 17% que possui na empresa, o que lhe poderia render mais de 20 mil milhões de dólares (perto de 17,5 mil milhões de euros). Cerca de 57,9% dos 3,5 milhões de seguidos responderam a favor.

Na segunda-feira, na abertura de Wall Street, as ações da empresa caíram 7,2%, com o mercado a temer que Musk avançasse com a venda, desequilibrando a oferta e a procura das ações do fabricante de carros elétricos.

Por essa razão, as ações foram vendidas a um preço significativamente mais baixo do que teria acontecido sem o anúncio no Twitter, tendo o empresário perdido, no processo, várias dezenas de milhões de dólares em lucros não realizados.

O documento entregue à SEC revela também que o homem de negócios já tinha iniciado a venda em 14 de Setembro, pelo que não decidiu com base no inquérito no Twitter.

No final da operação, Elon Musk ainda detinha 1,22 milhões de ações da Tesla e mais 170,4 milhões num trust (fundo fiduciário), com o valor total de 183 mil milhões de dólares (159,4 mil milhões de euros), ao preço de fecho de quarta-feira, de acordo com o documento entregue ao SEC.

Na segunda-feira, o fundador da Tesla exerceu também a opção de compra sobre 2,15 milhões de ações, o que lhe permitiu comprar o mesmo número de ações a 6,24 dólares cada, menos de 1% do seu valor atual.

Na terça-feira, a Tesla arrastou o Nasdaq, ao prosseguir a sua forte queda, de 11,99%, devido ao anúncio de Musk. Na quarta-feira, as acções voltaram a recuperar, fechando com uma subida de 4,34%.

https://zap.aeiou.pt/elon-musk-vendeu-acoes-tesla-443894


Na Eslováquia, os trabalhadores sem certificado de vacinação ou teste negativo ficam sem salário !

O primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger
O Governo da Eslováquia deu poder às forças policiais para encerrar as empresas que entrem em incumprimento.

O Governo da Eslováquia, país que registou na quarta-feira um recorde de contágios diários de covid-19 desde o início da pandemia, anunciou que deixará de pagar salário aos trabalhadores sem certificado oficial de vacinação.

A medida, que abrange os trabalhadores não vacinados contra a covid-19, que não tenham tido e recuperado da doença ou não tenham ainda feito um teste de despistagem, inclui a fiscalização com controlos policiais para garantir que se cumprem as restrições.

As forças policiais, segundo o Governo eslovaco, têm o poder suficiente para encerrar as empresas que entrem em incumprimento.

A norma geral estabelece que, quem não tenha um certificado de vacina, passará à situação de férias não remuneradas, embora as empresas que não o desejem possam acordar condições particulares para que os seus funcionários possam trabalhar a partir de casa, sem a necessidade de se deslocarem para os respetivos locais de trabalho.

Segundo dados do Ministério da Saúde eslovaco, a Eslováquia, país com cerca de 5,45 milhões de habitantes, tem um índice de vacinação completa de 45%.

Os dados de hoje indicam que, das 2.478 pessoas contaminadas — 438 em unidades de cuidados intensivos –, 80% não foram vacinadas nem com a primeira dose.

A medida anunciada pelo Governo terá ainda de ser aprovada pelo Parlamento, que o analisará no quadro de um debate de urgência, algo que não apresenta problemas para o executivo, integrado por conservadores, liberais e populistas.

Terça-feira, a Presidente eslovaca, Zuzana Caputova, exigiu ao Governo “coragem” para legislar com urgência medidas “impopulares”, lembrando as “projeções catastróficas” feitas pelos especialistas.

No inverno passado, a Eslováquia foi um dos países mais atingidos pela segunda onda de covid-19, maioritariamente com a variante Delta, liderando a lista de mortalidade mundial com mais de 16 mortes diárias por milhão de habitantes em sete dias.

Desde o início da pandemia, a Eslováquia acumulou cerca de 527 mil casos de covid-19 (quase 5.000 novos casos nas últimas 24 horas) e pouco mais de 13.300 mortes (mais 45).

https://zap.aeiou.pt/eslovaquia-trabalhadores-sem-certificado-443891


Bielorrússia ameaça cortar gás natural à Europa e pediu bombardeiros nucleares a Putin !


A Bielorrússia ameaçou cortar o gás natural à União Europeia caso o bloco imponha mais sanções ao país. Lukashenko também pediu bombardeiros nucleares a Putin para vigiar a fronteira.

O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, admitiu esta quinta-feira ter pedido ao homólogo russo, Vladimir Putin, ajuda para vigiar a fronteira com a União Europeia (UE), para onde Moscovo enviou bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear.

As missões marcaram a segunda vez em dois dias que a Rússia enviou bombardeiros com capacidade nuclear para os céus da Bielorrússia.

“Sim, são bombardeiros capazes de transportar armas nucleares. Não temos outra alternativa. Precisamos de saber o que fazem do lado de lá da fronteira”, afirmou Lukashenko durante uma reunião do executivo bielorrusso.

O Presidente da Bielorrússia pediu segunda-feira a Putin para se juntar às operações, após a eclosão da crise migratória na fronteira com a Polónia, onde milhares de imigrantes do Médio Oriente tentam entrar no espaço da UE.

“[Moscovo] enviou bombardeiros estratégicos escoltados pelos nossos caças. Temos de monitorizar continuamente a situação na fronteira”, sustentou, salientando que os aparelhos irão sobrevoar as fronteiras com a Polónia, com os países bálticos, com todos os Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e ainda com a Ucrânia.

“Foi o que combinámos com os russos. Connosco, piadas não valem a pena. A situação é séria. Não sabemos o que eles querem”, acrescentou.

Esta quinta-feira também, o Ministério da Defesa russo divulgou imagens do voo de dois bombardeiros Tu-160, embora tenha especificado que a referida patrulha não era dirigida “contra países terceiros”.

“A duração do voo foi de quatro horas e 36 minutos. Neste período, os bombardeiros percorreram mais de 3.000 quilómetros”, indicou-se na nota militar.

Quarta-feira, outros dois bombardeiros Tu-22M3 também sobrevoaram o território bielorrusso, após o que Minsk informou que as patrulhas passariam a ser regulares “face à situação criada tanto no ar como em terra”.

Moscovo, que estendeu esta semana a presença de militares russos em território bielorrusso por 25 anos, apoia Minsk na crise migratória com a Polónia, que conta, por sua vez, com a ajuda europeia.

Lukashenko também ordenou ao Ministério da Defesa bielorrusso e às guardas fronteiriças que garantam “o controlo sobre o movimento das tropas da NATO e das polacas“.

“Vê-se que já são 15 mil militares, tanques, veículos blindados, helicópteros que voam ao lado de aviões. Foram enviados para a fronteira e, mais ainda, sem avisar ninguém, embora sejam obrigados a fazê-lo”, denunciou. Lukashenko assegurou ainda que a Bielorrússia tem de ter “planos de contra-ataque”.

“Para que não façam uma pequena guerra na fronteira e não estejamos preparados para isso”, acrescentou.

Diante das iminentes sanções europeias, o Presidente bielorrusso ameaçou Bruxelas com o encerramento do gasoduto do gás russo destinado à Europa que passa pelo país e com o bloqueio ao trânsito comercial.
Bielorrússia ameaça cortar o gás à Europa

Lukashenko ameaçou ainda cortar o abastecimento de gás e outros bens à União Europeia, caso esta lhe imponha mais sanções devido à crise de migrantes com a Polónia, escreve o Expresso.

Depois de se reunir com Joe Biden, Ursula von der Leyen anunciou mais sanções contra as companhias aéreas que estão a levar os migrantes para a Bielorrússia. A UE quer também estabelecer acordos com os países de origem dos migrantes para facilitar o seu regresso a casa.

Em resposta, Lukashenko disse que a Bielorrússia iria reagir a quaisquer sanções “inaceitáveis”.

“Estamos a aquecer a Europa, e eles estão a ameaçar fechar a fronteira. E se lhes cortarmos o gás? Recomendo que os líderes da Polónia, Lituânia e outras pessoas ‘sem cabeça’ que pensem antes de falar. Não nos vamos conter de forma alguma na defesa da nossa soberania e independência”, disse o Presidente bielorrusso em declarações à agência estatal Belta.

Segundo analistas citados pelos Financial Times, cerca de 40% do gás europeu vem da Rússia, e cerca de um quinto deste passou através da Bielorrússia em 2020.

https://zap.aeiou.pt/bielorrussia-cortar-gas-natural-europa-444114


A libertinagem dos turistas da Gran Canária está a colocar em risco as dunas da ilha !


Há anos que as autoridades da ilha têm conhecimento das atividades sexuais que são praticadas naquela zona costeira, apesar de não as conseguirem evitar. Especialistas alertam para as consequências a longo prazo num território especialmente frágil às ações humanas.

A atividade turística é um dos assuntos mais discutidos na sociedade moderna, com opiniões distintas a serem trocadas dentro dos vários países sobre o qual o nível certo de adaptação que as cidades devem implementar em troca dos ganhos económicos.

No entanto, na Gran Canária, o problema é diferente, com as principais vítimas da desvirtuação dos territórios a serem as praias ou, mais especificamente, as dunas – algumas consideradas reservas naturais e, por isso, legalmente protegidas.

De acordo com a CNN, tem sido frequente as autoridades locais encontrarem turistas a terem relações sexuais nas Dunas de Maspalomas, consideradas uma das principais atrações da ilha por se estenderem ao longo de vários quilómetros com inúmeros desníveis que oferecem alguma – pouca – privacidade. A composição destas dunas é tão única que é os especialistas as consideram um dos últimos exemplares no território europeu – com o seu desaparecimento a significar o fim de um dos locais de descanso para as aves que se deslocam constantemente entre África e a Europa.

A problemática foi retratada num artigo científico intitulado “Sand, Sun, Sea and Sex with Strangers, the fibe S’s. Characterizing ‘cruising’ activity and its environmental impacts on a protected coastal dunefield”, que analisa pela primeira vez as consequências a longo prazo da utilização destes territórios para fins, diga-se, pouco comuns.

Para desenvolver o estudo, o grupo de investigadores inventariaram 298 locais, ao longo de três quilómetros quadrados, onde são detetadas atividades sexuais com frequência – tratam-se sobretudo de áreas muitas vezes protegidas por vegetação arbustiva e densa (com destaque para a nabkha) – com a período de observação a decorrer em maio de 2018, mês em que, entre outros eventos, se realizou o festival Gay Pride da ilha.

Posteriormente, os autores do estudo rapidamente perceberam que uma das atitudes mais frequentes entre os turistas tinha que ver com o “atropelamento” da vegetação, o que tem um impacto direto não só na nebkhas, mas também nas outras oito espécies nativas que podem ser encontradas naquela zona de dunas.

No entanto, os maus comportamentos não se ficam por aqui, já que a remoção das plantas também é uma atitude comum por parte dos turistas que por vezes também alteram a configuração do areal – arrastam os grãos de areia – para que este fique mais “confortável”. Paralelamente, também deixam resíduos como cigarros, preservativos, papeis ou latas e usam as áreas como casas de banho, esclarecem os especialistas.

Outra das conclusões a que chegaram é que quão mais remoto for o local escolhido, mais ele é usado e mais lixo é deixado – apesar de as autoridades deixarem com frequência sacos nas áreas mais amplas, os quais estão quase sempre cheios. Mesmo nas zonas de dunas na “zona de exclusão” – que fica fora do acesso ao público, ao passo que as outras zonas são apenas restritas – foram identificados 56 “locais de sexo”.

Como resultado destas movimentações pelos turistas, os investigadores concluíram que tem havido um “abandono completo” da educação ambiental na reserva, a qual foi originalmente criada como tendo a educação como “atividade primária”.

Em declarações à The Conversation, Patrick Hesp, um dos autores do estudo, revelou ainda que já foram identificados casos de mortes dos famosos lagartos gigantes da Gran Canária após ingerirem os preservativos deixados para trás pelos turistas.

Tal como nota a CNN, a Gran Canária recebe anualmente cerca de 14 milhões de turistas (os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha são os principais mercados), sendo também considerada uma ilha “gay friendly”. No estudo, os autores esclarecem que com este reparo não têm qualquer intenção de criticar a comunidade LGBT e ressalvam que não são apenas os seus membros a ter os referidos comportamentos, já que as dunas de Maspalomas são há anos utilizadas para práticas sexuais.

Mesmo assim, lembram, o sistema costeiro de dunas é uma parte crucial da paisagem marinha, apesar de no passado recente ter sido usado sobretudo para atrair turistas, com as consequências dessa aposta à vista de todos. Como tal, Patrick Hesp escreve que os investigadores “não estão apelar ao fim do sexo em público, apenas pedem a que os seus praticantes tenham noção das consequências dos seus atos“.

“Um casal a ter relações sexuais na praia é uma coisa, ter centenas a convergir para a mesma área todos os dias acaba por danificar as dunas da mesma forma que conduzir por cima delas”, explica.

https://zap.aeiou.pt/libertinagem-turistas-gran-canaria-risco-444097


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

“Atmosfera de medo” - Fome empurra Coreia do Norte para o abismo; E o futuro pode ser (ainda) mais negro !


Os alertas são preocupantes e surgem tanto de dentro como de fora da Coreia do Norte. Desertores que vivem na Coreia do Sul revelaram à BBC que as suas famílias estão a passar fome. Com a aproximação do inverno, existe a preocupação de que os mais vulneráveis ​​morram.

“Problemas como o aumento de crianças órfãs nas ruas e morte por fome têm sido bastante relatados”, referiu Lee Sang Yong, editor-chefe do site de notícias Daily NK, que tem várias fontes na Coreia do Norte.

“As classes mais baixas da Coreia do Norte estão a sofrer cada vez mais”, já que a escassez de alimentos está a ser pior do que o que seria esperado, referiu Lee.

Por outro lado, obter informações sobre a Coreia do Norte está a ser cada vez mais difícil. A fronteira permanece fechada desde janeiro do ano passado para evitar a propagação da covid-19. Até mesmo enviar mensagens do país para familiares e amigos que fugiram para a Coreia do Sul envolve um grande risco.

Qualquer pessoa que seja apanhada com um telemóvel não autorizado pode ser enviada para um campo de trabalho forçado. Mesmo assim, alguns arriscam e tentam enviar cartas e mensagens de voz para os familiares e para publicações em Seul.

Através destas fontes, algumas das quais a BBC não revelou a identidade por motivos de segurança, tem sido possível construir uma imagem daquilo que está a acontecer na Coreia do Norte.
Escassez de alimentos

A Coreia do Norte sempre lutou contra a escassez de alimentos, mas a pandemia piorou a situação. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, comparou a situação atual com o pior desastre do país na década de 1990, conhecido como a “Marcha Árdua”, onde centenas de milhares de pessoas morreram à fome.

Contudo, a situação parece ainda não ter chegado ao limite e existem alguns sinais de esperança. Segundo a BBC, a Coreia do Norte está a preparar-se para reabrir a fronteira com a China, mas não está claro o que será necessário para mitigar os problemas económicos já causados ​​ao país empobrecido.

A colheita deste ano será crucial, uma vez que as culturas do ano passado foram parcialmente destruídas por uma série de tempestades. Como tal, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o país carece de pelo menos dois a três meses de suprimento de alimentos.

Para garantir que este ano seja o mais bem-sucedido possível, dezenas de milhares de pessoas foram enviadas para os campos para ajudar na colheita de arroz e milho, incluindo o Exército.

Kim Jong-un também ordenou que todos os suprimentos de arroz do país sejam garantidos e que todos os que comem devem ajudar na colheita. “Foi traçado um plano para minimizar as perdas no processo de colheita”, diz Lee, em declarações ao Daily NK. “O governo enfatizou que serão impostas punições severas se forem descobertos indícios de roubo ou fraude. Está a ser criada uma atmosfera de medo”, acrescenta.

Na semana passada, segundo informou o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul (NIS), numa audiência parlamentar a portas fechadas, Kim disse que sentia que estava a pisar “gelo fino devido à situação económica”, de acordo com legisladores presentes no encontro.

O NIS também disse que a falta de remédios e suprimentos essenciais acelerou a disseminação de doenças infecciosas, como a febre tifoide.

Essa preocupação crescente foi ampliada pela imprensa estatal, que destacou as medidas que estão sendo tomadas para evitar danos às culturas e divulgou cartazes de propaganda que enfatizam os esforços para trabalhar na produção de alimentos.
Agricultura moderna

A Coreia do Norte está a enfrentar dois grandes problemas com o abastecimento de alimentos.

O primeiro são os métodos de cultivo. Pyongyang até pode ter investido numa nova tecnologia militar e mísseis, mas carece da maquinaria moderna que é necessária para uma colheita rápida e bem-sucedida, de acordo com especialistas.

Choi Yongho, do Instituto de Economia Rural da Coreia, disse à BBC que “a presença insuficiente de equipamentos agrícolas resulta numa baixa produtividade de alimentos”.

Através de um miradouro recém-inaugurado na ponta oeste da Coreia do Sul, com os prósperos arranha-céus de Seul como pano de fundo, a BBC conseguiu observar esta realidade presente no país vizinho.

Segundo a BBC, dezenas de agricultores estavam ocupados a criar fardos de arroz e a carregá-los nas costas em direção a um trator bastante degradado.

Um agricultor sul-coreano em Paju, perto da zona desmilitarizada que separa os dois países, disse que demorou uma hora para colher a produção dos seus campos de arroz com uma máquina apropriada. Se tivesse feito esse trabalho manualmente, como é feito na Coreia do Norte, demoraria uma semana, frisa.
Altamente vulnerável

A juntar à falta de tecnologia e suprimentos agrícolas, a Coreia do Norte enfrenta um outro problema de longo prazo.

O país foi apontado pelas agências de inteligência dos EUA como um dos onze estados mais vulneráveis ​​aos efeitos do aquecimento global, e a área limitada que possui para plantar pode ser a mais atingida.

“As flutuações na produção de arroz e milho irão tornar-se mais frequentes ​​ao longo da costa ocidental, que é o celeiro histórico da Coreia do Norte”, refere Catherine Dill, do Conselho de Riscos Estratégicos — uma das autoras de um relatório recente com o título “Crises Convergentes na Coreia do Norte’ .

Esta situação pode explicar por que razão Pyongyang enviou o seu embaixador do Reino Unido para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Glasgow.

“A Coreia do Norte é particularmente vulnerável a desastres naturais. Inundações, chuvas e tempestades afetam o país todos os anos, o que impacta diretamente a produção e indiretamente causa problemas de pragas”, frisa Choi.

O relatório Converging Crises indica que esta situação vai piorar muito nos próximos anos e que a produção de arroz, em particular, será afetada por secas e inundações. “Tempestades mais intensas já estão a afetar a Coreia do Norte”, destaca Dill.

Embora Pyongyang raramente se envolva em relações com outros países, abre algumas exceções no âmbito das mudanças climáticas e do meio ambiente, mas ainda assim o futuro não se mostra promissor.

De acordo com um relatório do Fundo Verde para o Clima de 2019, as temperaturas médias anuais na Coreia do Norte devem aumentar até 2050, entre em 2,8 e 4,7°C.

A Ministra Ambiente de Seul, Han Jeoung-ae, disse à BBC na semana passada que esperava encontrar o seu homólogo em Glasgow para falar sobre a colaboração das Coreias na mudança climática, mas isso não aconteceu.

Se a delegação norte-coreana estiver a ouvir os discursos na Escócia, saberá que mesmo quando o medo associado à pandemia diminuir e o comércio com a China for retomado, o país irá enfrentar uma crise crescente que vai afetar profundamente uma população já vulnerável – e este problema não pode ser resolvido com isolamento internacional.

https://zap.aeiou.pt/fome-empurra-coreia-norte-abismo-443905

“Não cedemos a jogos de poder cínicos” - UE e EUA batem o pé à Bielorrússia e anunciam mais sanções !

Ursula von der Leyen fala aos jornalistas depois de se reunir com Joe Biden na Casa Branca
Depois de se reunir com Joe Biden, Ursula von der Leyen anunciou mais sanções contra as companhias aéreas que estão a levar os migrantes para a Bielorrússia. A UE quer também estabelecer acordos com os países de origem dos migrantes para facilitar o seu regresso a casa.

Já se estava à espera de mais sanções contra a Bielorrússia, e elas serão mesmo impostas. Depois de se reunir com Joe Biden na Casa Branca para abordar a crise na fronteira da Polónia, a situação na Ucrânia e os problemas com o protocolo da Irlanda do Norte, Ursula von der Leyen confirmou que a União Europeia vai aplicar mais sanções ao governo de Alexander Lukashenko já na próxima semana.

Em causa estará uma orquestração de Minsk, que aceita dar asilo a migrantes e refugiados oriundos do Médio Oriente e depois os obriga a ir para a fronteira com a Polónia e tentar entrar ilegalmente na UE.

A situação já está a desenrolar-se há meses, mas agravou-se esta semana depois das autoridades da Bielorrússia terem escoltado mais de 1000 migrantes para a zona fronteiriça na segunda-feira, o que originou confrontos com as forças de segurança polacas. A Letónia e a Lituânia também estão a enfrentar crises semelhantes.

“Ambos concordamos que estamos perante um ataque híbrido de um regime autoritário, numa tentativa de desestabilização dos seus vizinhos democráticos que não vai ser bem sucedida. Mas já conhecemos o padrão. Sofremos tentativas de interferência nos nossos processos democráticos, com desinformação e ciberataques. Mas não deixaremos de proteger as nossas democracias destes jogos de poder cínicos”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia à saída da reunião com Biden, que também se terá mostrado preocupado com a situação.

Von der Leyen voltou também a condenar a instrumentalização dos migrantes para fins políticos. “Estas são pessoas inocentes e que se encontram numa situação muito difícil”, lembrou a presidente da Comissão Europeia, apelando também a que “as agências das Nações Unidas tenham acesso aos migrantes”, que estão em campos improvisados e com poucas condições, passando frio e fome.

Sobre as sanções, a líder do executivo europeu adiantou que houve consenso com o Presidente dos Estados Unidos. “Vamos aumentar as nossas sanções contra a Bielorrússia muito rapidamente, no início da semana que vem”, declarou, realçando a “possibilidade de sancionar as companhias aéreas que facilitem o tráfico de seres humanos para Minsk e para as fronteiras europeias”.

Recorde-se que as autoridades da União Europeia já tinham entrado em contacto esta semana com a organização das companhias aéreas árabes oriundas da Jordânia, Líbano ou Dubai, de onde os migrantes partem originalmente, para alertar para a possibilidade de serem impostas sanções por estarem a contribuir para o problema.

Este será o quinto pacote de sanções europeias contra a Bielorrússia desde 2020, tendo sido precisamente as sanções iniciais depois das eleições que Lukashenko venceu e que a UE não reconheceu como legítimas que terão motivado esta retaliação por parte de Minsk.

A UE e os EUA vão também “coordenar os seus contactos com os países de origem” dos migrantes para garantir que as pessoas “não se deixem cair na armadilha de Lukashenko“, defendeu Von der Leyen, que realça que a situação “não é uma crise migratória”, mas antes uma tentativa de “instrumentalizar os migrantes”.

A Casa Branca está também a preparar um conjunto de medidas que vão entrar em vigor no início de Dezembro que terão como alvo responsáveis e entidades com ligações a Lukashenko. Von der Leyen considera que o isolamento na comunidade internacional “é muito importante para o regime compreender que as suas acções têm consequências”.

Horas antes da intervenção de Ursula von der Leyen, Josep Borrell também já tinha defendido a criação de “um corredor humanitário” para que os migrantes presos na fronteira possam regressar aos seus países de origem. “Não podem entrar na União Europeia forçando as fronteiras mas também não podem ficar ali”, afirmou o Alto Representante europeu para a Política Externa, que defende acordos com os países de origem.

“A primeira coisa que teremos de fazer é (pressionar) para que o governo bielorrusso permita que as organizações de ajuda humanitária cheguem a estas pessoas para evitar imagens como as que nos têm inquietado”, reforçou Borrell. “Esta é uma crise severa. Não é uma guerra, mas é um ataque e uma utilização de seres humanos como armas“, acrescentou durante o debate no Parlamento Europeu.

Os eurodeputados também se mostraram preocupados com a situação humanitárias e as condições desumanas a que os migrantes que estão na terra de ninguém estão sujeitos, principalmente devido ao frio. Apesar da maioria das críticas serem à Bielorrússia, também foi condenada a actuação das autoridades polacas que já tinha sido denunciada por ONGs.

https://zap.aeiou.pt/ue-eua-bielorrusia-mais-sancoes-443863


Com apenas um mês de existência - España Vaciada abala xadrez eleitoral espanhol !


España Vaciada, a nova formação política espanhola que agrega mais de 160 associações de cidadãos de 30 províncias, conseguiria obter 15 deputados se as eleições legislativas se realizassem hoje.

Uma sondagem publicada na quarta-feira no El Español dá conta de que o España Vaciada obteria 15 assentos no Congresso caso as eleições legislativas se realizassem hoje. O partido político, registado no dia 30 de setembro, seria assim determinante na formação de um novo Governo no país vizinho.

O estudo de opinião indica que, com apenas 1,1% dos votos, o partido conseguiria eleger 15 deputados, tornando-se no quinto maior grupo parlamentar , atrás do Partido Popular, do PSOE, do Vox e do Unidas Podemos

Neste cenário, quer a esquerda quer a direita ficariam longe dos 176 lugares necessários para alcançar uma maioria parlamentar. Neste sentido, o España Vaciada teria um papel decisivo na formação de um novo Governo.

O Público detalha que, dos 15 deputados, seis seriam “roubados” ao Partido Popular, cinco aos socialistas e três ao partido de Santiago Abascal.

Já em termos regionais, os 15 parlamentares seriam alcançados nas províncias de Saragoça, Badajoz, León, Zamora, Ávila, Teruel, Cuenca, Sória, Palência, Segóvia, Huesca, Salamanca, Lugo, Burgos e Cáceres.

O partido nasceu a 30 de setembro e é inspirado no movimento Teruel Existe que, nas eleições de 2019, conseguiu conquistar um lugar no Congresso.

“O movimento Teruel Existe mostrou-nos o caminho. Temos que estar onde as decisões são tomadas”, disse Antonio Saz, um dos coordenadores do España Vaciada, à agência EFE.

O objetivo da formação política é, como o próprio nome indica, dar voz à Espanha esvaziada, lutar pela coesão territorial e combater o despovoamento do interior.

Tomás Guitarte, deputado eleito em 2019 pelo movimento Teruel Existe, vai mais longe e considera que o novo partido vai além da defesa de interesses regionais. “Somos uma opção de país, não um mero somatório de particularidades. Propomos uma alternativa ao modelo de desenvolvimento herdado do regime de Franco.”

https://zap.aeiou.pt/espana-vaciada-abala-xadrez-espanhol-443868

 

Os EUA estão a enfrentar uma enorme onda de demissões - A solução? Recorrer ao trabalho infantil !


Para colmatar a falta de trabalhadores, várias empresas querem contratar adolescentes. Alguns estados estão a flexibilizar as leis laborais, o que têm suscitado críticas.

Já há vários meses que se falam em demissões em massa e falta de trabalhadores nos Estados Unidos. Para colmatar este problema, as empresas norte-americanas estão a recorrer à contratação de adolescentes.

O caso do restaurante da cadeia McDonald’s no Oregon que começou a apelar a que jovens de 14 e 15 anos se candidatem-se postos de trabalho esteve nas notícias, mas está longe de ser o único. Vários restaurantes na Pensilvânia, um Burger King no Ohio ou um Pumpkin Patch no Missouri também já se mostraram abertos a acomodar adolescentes e um no Arkansas até afirmou que pagaria uma hora de trabalho para os jovens fazerem os trabalhos de casa antes do seu turno.

Nos EUA, a contratação de adolescentes já era uma práctica comum para empregos sazonais em parques de diversões ou restaurantes, mas a tendência tem subido imenso durante a pandemia. A taxa de emprego de adolescente chegou aos 32% no Verão de 2021, o nível mais alto desde 2008 e, pela primeira vez na história, a taxa de desemprego de jovens entre 16 e 19 anos era mais baixa do que a dos jovens entre 20 e 24 anos.

Agora, até o poder político está a flexibilizar as leis laborais infantis em vários estados para legalizar estas prácticas, especialmente do lado Republicano. O Senado do estado do Wisconsin, dominado pelos Republicanos, aprovou recentemente uma lei que aumenta as horas de trabalho que menores de 16 anos podem fazer.

Até agora, o estado segue a mesma lei que estava estipulada a nível federal, que permitia que jovens com 14 e 15 anos só podiam trabalhar entre as 7h e 21h entre os dias 1 de Junho e a primeira segunda-feira de Setembro, quando se assinala um feriado do Dia do Trabalho.

Com a nova lei, que tem ainda de ser aprovada pela assembleia estadual, os jovens poderiam trabalhar das 6h até às 21h30 nas vésperas de dias em que têm aulas e das 6h até às 23h nas vésperas de dias em que não têm de ir à escola. A Associação de Restaurantes do Wisconsin e outros grupos que apoiam a lei argumentam que a mudança na legislação pode ajudar pequenos negócios que estão a sofre com a falta de trabalhadores.

A verdade é que no caso do Wisconsin esta lei já tinha sido introduzida em Abril, ainda antes da falta de mão-de-obra se fazer sentir. Nos últimos anos, a liderança Republicana estadual também tem progressivamente aprovado leis que reduzem os limites impostos nos casos de trabalho infantil — chegando até em 2017 a trocar todas as referências a “trabalho infantil” nos estatutos do trabalho com o termo mais eufemístico “emprego de menores“.

Em 2011, o estado também já tinha eliminado os limites de horas e dias que menores com 16 e 17 anos pudessem trabalhar e os vistos de trabalho para estes mesmos jovens.

Para Stephanie Bloomingdale, presidente da filiação do Wisconsin da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a aprovação da nova lei pode acabar por levar a que aos poucos se “eliminem as protecções ao trabalho infantil no Wisconsin e nos Estados Unidos no geral”. “Os jovens adolescentes têm de ter boas experiências laborais que os ajudem a aprender a ética de trabalho e capacidades importantes, mas ao mesmo tempo, reconhecendo que eles também são crianças que precisam de tempo para estudar, dormir e preparar as suas mentes para o seu futuro”, contrapõe.

Já no Senado do Ohio, três Republicanos e um Democrata introduziram recentemente uma lei semelhante para a expansão dos horários que os menores de 16 anos podem trabalhar durante o ano lectivo, desde que tenham a autorização dos pais ou responsáveis legais. O limite passaria das 19h para as 21h.

A tendência de recurso ao trabalho de adolescentes está a crescer entre as gigantes corporações norte-americanas. Uma cadeira franchisada da gigante de fast-food Wendy’s que detém 76 restaurantes já revelou que empregou 500 jovens com 14 e 15 anos desde o Verão.

Um sinal de um restaurante do Burger King também se tornou viral no Twitter por apelar aos pais que os contactem no caso dos filhos menores precisarem de trabalho.

Depois do recurso ao trabalho de prisioneiros ainda presos e de outros recém-libertados, as mudanças nas leis do trabalho infantil estão também a ser criticadas por mostrarem o quão longe os patrões e políticos estão dispostos a ir para evitar aumentar os salários para atrair trabalhadores, assim como garantir as condições de segurança durante a pandemia. O fim antecipado dos subsídios de desemprego também não levou a um regresso em massa dos americanos ao trabalho.

Há também muitas preocupações sobre o impacto que conciliar o trabalho com os estudos pode ter, depois de estudos já terem mostrado o impacto negativo que o emprego tem no desempenho escolar dos jovens.

“O que estas leis fazem, acho, é encorajarem jovens adolescentes a entrarem na força de trabalho”, explica a psicóloga Kathryn C. Monahan, que já estudou os efeitos do trabalho nos adolescentes, ao The Guardian, apontando a falta de investigações científicas sobre como o trabalho afecta adolescentes tão jovens como 14 anos e alertando as possíveis consequências que um salário numa idade tão jovem pode ter a nível do abandono escolar e o consumo de substâncias.

Os horários para dormir também são uma preocupação a ter em conta. “Posso imaginar o jovem a chegar a casa mais tarde numa noite véspera de escola, numa altura que costuma usar para fazer trabalhos de casa, conviver com amigos, e por isso vamos ter um adiamento ainda maior em termos do sono, enquanto que a escola vai ficar constante relativamente aos horários”, remata.

https://zap.aeiou.pt/eua-demissoes-solucao-trabalho-infantil-443297


Depois de ser dado como “biologicamente morto”, o Tamisa é agora a casa de tubarões, focas e cavalos-marinhos !


Projeto de limpeza implementado pelas autoridades londrinas tem sido replicado por outras cidades, que reconhecem a importância de terem cursos de água limpos não só pelo impacto direto que estes têm para sua população mas também nos oceanos.

Há cerca de 60 anos, partes do rio Tamisa foram declaradas “biologicamente mortas” face aos níveis de poluição que ali tinham sido registados. No entanto, o famoso curso de água que atravessa a capital britânica foi revitalizado e é agora a casa de centenas de espécies selvagens, como cavalos-marinhos ou tubarões.

Esta é uma das constatações do último relatório “Estado do Tamisa” [título traduzido para português], divulgado pela Sociedade Zoológica de Londres esta quarta-feira. No documento pode ainda ler-se que os esforços de limpeza dos últimos anos resultaram num decréscimo dos níveis de químicos, como o fósforo, prejudiciais a espécies de aves ou peixes. Perante as alterações dos últimos anos, o ecossistema tornou-se “tão diverso como a própria cidade”.

Por outro lado, o relatório também sublinha os muitos desafios que o rio enfrenta nos dias de hoje, como é o caso da subida da temperatura das águas ou dos seus próprios níveis como consequência do aquecimento global. Na prática, estas alterações já resultaram na subida das temperaturas das águas de verão e em algumas partes do rio numa média de 0,19.º Celsius anualmente desde 2007. Este valor, ainda que reduzido à primeira vista, pode ter consequências nos ecossistemas do rio e nos habitats vivos.

Durante as análises, os investigadores encontraram também elevados níveis de nitrato, os quais podem por em risco a qualidade da água — sendo que muita da água consumida pelos londrinos provém precisamente do Tamisa.

Entre as cidades modernas, o rio Tamisa está longe de ser um exemplo bem sucedido no que respeita à proteção ambiental. Durante a Revolução Industrial ficou fortemente poluído depois de se tornar um depósito para as descargas tóxicas dos resíduos provenientes das fábricas, mas também de outras atividades humanas.

O grande ponto de viragem aconteceu em 1858, com o “Great Stink” [o Grande Fedor, em português], causado pela quantidade de esgoto que ia parar ao curso de água, até que o Parlamento Britânico implementou melhores sistemas de eliminação de águas residuais.

Mesmo assim, 100 anos depois os níveis de oxigénio no Tamisa eram tão baixos eu o British Natural History Museum declarou-o biologicamente incapaz de manter vida marinha. Na mesma altura, o alerta motivou que as autoridades começassem a investir em melhoras infraestruturas de tratamento das águas e melhores indicadores de monitorização ambiental, o que terá originado uma inversão do problema.

Ainda que livre das toxinas de outros tempos, o Tamisa é, aos dias de hoje, um dos cursos de água com mais microplásticos do mundo, à frente do Rio Chicago ou o Danúbio, de acordo com estudos recentes. É que apesar de pequenos (como o próprio, estes fragmentos são autênticas armadilhas para os animais, face às ameaças fisiológicas e toxiológicas que representam, alertou a Sociedade Zoológica. O transporte de plásticos através dos rios é a principal método de chegada de plásticos aos oceanos, o que irá resultar num perigo ainda mais exacerbado para a vida selvagem existente no Planeta.

Tal como lembra o The Washington Post, a estratégia de limpeza dos rios está a ser implementada por mais cidades, que após anos sucessivos a desvalorizar a poluição dos seus cursos de água tentam, assim, remar contra a corrente.

https://zap.aeiou.pt/depois-de-ser-dado-como-biologicamente-morto-o-tamisa-e-agora-a-casa-de-tubaroes-focas-e-cavalos-marinhos-444080


Diretor-geral da OMS critica “falta de vontade política” para acabar com pandemia !


Responsável comparou a cobertura vacinal do continente africano (5%) com a dos países do G20, os quais administraram mais de 80% das vacinas disponibilizadas em todo o mundo.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse hoje que a pandemia de covid-19 “terminará quando o mundo decidir que terminará“, que “falta vontade política“, e que a prioridade é que os países com poucas vacinas as recebam.

Tedros Ghebreysus, que participou num painel de discussão no Fórum para a Paz em Paris, sublinhou que “África, em particular, é o continente mais afetado pela distribuição desigual” de vacinas contra a covid-19, com apenas 5% da sua população coberta.

O número contrasta com as taxas de cobertura dos países membros do G20, que já inocularam mais de 80% das vacinas anti-covid-19 ministradas em todo o mundo. O diretor-geral da OMS considerou esta desigualdade “condenável” de um ponto de vista moral, mas também devido às consequências epidemiológicas e económicas.

“É algo que precisa de ser resolvido“, disse Tedros Ghebreysus, que apelou aos governos que têm muitas vacinas para as partilharem, de forma a se alcançar o objetivo de 40% de cobertura da população mundial até ao final deste ano e 70% até meados de 2022.

O responsável da OMS advertiu que, se a tendência atual se mantiver, haverá cerca de 80 países em todo o mundo que não atingirão uma cobertura de 40% até ao final de 2021.

Ghebreysus sublinhou que, após vários meses em que a pandemia parecia estar a diminuir, há um aumento dos casos e a incidência e o número de mortes é agora novamente muito elevado, com cerca de 7.000 mortes por dia.

“Nenhum país conseguirá, por si só, pôr fim a esta pandemia“, repetiu o chefe da OMS, que também aproveitou a oportunidade para apelar à generalização da cobertura universal dos cuidados de saúde, o que, na sua opinião, permitiria, entre outras coisas, evitar futuros surtos epidémicos.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que participou na mesma mesa redonda, assegurou que a União Europeia (UE) “está totalmente empenhada em resolver a injustiça” do acesso desigual às vacinas em diferentes partes do mundo.

https://zap.aeiou.pt/diretor-geral-da-oms-critica-falta-de-vontade-politica-para-acabar-com-pandemia-444056

 

A China tem um novo superporta-aviões capaz de rivalizar com os norte-americanos !


Este é o terceiro porta-aviões chinês, mas apenas o segundo produzido internamente. Os anteriores foram equipados com tecnologia soviética, que muitos especialistas davam como “datada”.

Um novo porta-aviões chinês com tecnologia quase equiparável à utilizada pelos Estados Unidos nos seus dispositivos pode ser lançado já em fevereiro do próximo ano, de acordo com as imagens de satélite detetadas por um think tank baseado em Washington. Nessas mesmas imagens, o porta-aviões, conhecido atualmente apenas como Type 003, pode ser visto já numa fase tardia da sua produção, no porto de Jiangnan, em Shangai.

De acordo com a CNN, a instalação de alguns dos principais componentes, internos e externos, tais como os motores ou o sistema de lançamento, parece estar já concluída. Apenas partes adicionais, como o radar ou sistema balístico parecem estar por concluir antes de a embarcação ser lançada para o Rio Yangtze, avaliam os especialistas.

De acordo com a informação disponível e o progresso observado, estima-se que o Type 003 possa estar pronto a utilizar no espaço de seis meses. Assim que estiver pronto, será o terceiro porta-aviões chinês e o segundo a ser produzido internamente.

Ao contrário dos seus irmãos mais novos, o Type 003 terá incluído sistemas de lançamento de aeronaves mais avançados, assim como outras tecnologias que são equiparadas às usadas pelos Estados Unidos.

Desta forma, a China será capaz de lançar uma grande variedade aeronaves, de forma mais rápida, mais eficiente e com mais munições.

Matthew Funaiole, investigador no CSIS’s China Project, explicou à CNN que o Type 003 constitui “a primeira incursão dos militares chineses num porta aviões moderno”.

“Este é um significativo passo em frente. Eles comprometeram-se a construir um programa de porta-aviões e continuam a ultrapassar as barreiras no que podem fazer.”

Desta forma, a China tem agora uma das maiores forças navais do mundo, com os porta-aviões a afirmarem-se como os principais navios da frota — tal como acontece com as outras grandes potências.

Estes são autênticas bases aéreas móveis, as quais permitem o destacamento rápido e a longo prazo de aeronaves e armas para cenários de combate. 


No entanto, o seu valor está longe de se cingir à capacidade militar. O novo dispositivo acarreta também prestígio diplomático e o que os especialistas denominam de “poder de projeção”.

“A China quer ter uma marinha de classe mundial. Quer alertar o mundo de que tem uma marinha de classe mundial e está a tentar convencer as restantes nações do seu continente mas também em todo mundo que está equiparada aos Estados Unidos neste ramo. E o símbolo máximo dos Estados Unidos no que respeita ao poder naval internacional reside nos seus porta aviões”, explica o mesmo investigador.

https://zap.aeiou.pt/china-novo-porta-avioes-443741

Em Singapura, quem escolheu não vacinar-se terá de pagar pelas suas despesas médicas !


Governo quer eliminar as despesas resultantes dos internamentos dos não vacinados, que neste momento constituem a maioria.

Em Singapura, 85% da população elegível para se vacinar contra a covid-19 decidiu fazê-lo, ao passo que 18% já recebeu as chamadas doses de reforço. Mesmo com estes números, o governo está apostado em deixar nenhum cidadão desprotegido, pelo que recorreu a mais uma medida para tentar convencer os indecisos: aqueles que, por vontade própria, optaram por não se vacinar terão que suportar os custos das suas próprias despesas médicas.

Desta forma, o Estado fica livre de pagar praticamente as despesas relacionadas com os internamentos motivados pela SARS-CoV-2, os quais se cingem praticamente, nesta fase, aos não vacinados.

“Neste momento, as pessoas não vacinadas constituem a maioria considerável dos que precisam de tratamento em unidades de cuidados intensivos e que contribuem de forma desproporcional para a pressão nos nossos recursos de saúde”, afirmou o ministro da Saúde do país na segunda-feira. “Os doentes covid-19 que não se vacinaram ainda dependem do sistema de saúde para, em termos monetários, se tratarem quando as despesas se aplicam”, completou o ministro.

A regra agora implementada pelo Governo vai aplicar-se aos cidadãos nacionais, residentes permanentes e detentores de vistos de trabalho de longo prazo que estão infetados com covid-19, a não ser que tenham testado positivo pouco tempo antes de viajarem para o país.

“Esta medida tem como objetivo evitar acrescentar gastos económicos desnecessários num momento em que a confiança da população está em incerta. Até a situação pandémica estar mais estável, iremos continuar a cobrir as despesas médicas das pessoas vacinadas, mas também dos que não são elegíveis: crianças com 12 ou menos anos e pessoas com complicações de saúde”, explicou o governante que explicou ainda que as pessoas parcialmente vacinadas terão as suas despesas asseguradas também até 31 de dezembro.

O sistema de saúde de Singapura é considerado um dos melhores do mundo, tendo ficado em primeiro lugar num ranking elaborado pela revista académica Lancet em 2017 e que ordenou 188 – com o objetivo de contribuir para o cumprimento das metas do desenvolvimento sustentável estabelecidas pela Organização das Nações Unidas.

Ainda assim, e tal como nota o The Washington Post, o modelo singapuriano depende em grande escala de serviços disponibilizados pelos privados, o que significa que os não vacinados, muito provavelmente, já têm cobertura nestas instituições mesmo que fiquem doentes – em comparação com os Estados Unidos da América, onde um terço dos custos relativos à saúde acontecem no privados, em Singapura acontece o oposto. No país asiático, os profissionais são também obrigados a transferir parte do seu salário para contas poupanças destinadas a despesas com saúde.

Ao abrigo destas regras, as despesas dos não vacinados ainda serão, em grande medida, “suportadas e subsidiadas” pelo Estado, afirmou Ong Ye Kung, ministro da Saúde de Singapura. “Os hospitais prefeririam não ter despesas com estes pacientes de todo, mas temos de enviar este sinal importante para apelar a que todos se vacinem caso sejam elegíveis.

Ao longo dos últimos 28 dias, Singapura registou 91 mil novas infeções de covid-19, das quais 98.7% consistiam em casos assintomáticos ou de sintomas leves, revelou o ministro da saúde. A 7 de novembro, o território contabilizava 1725 pessoas internadas como sequência da SARS-CoV-2, das quais 301 precisava de oxigénio, 62 estavam sob monitorização atenta nas unidades de cuidados intensivos e 67 estavam em estado crítico e intubadas. Tudo isto resulta numa taxa de ocupação das UCI de 68,5%.

“Apesar de este ser um cenário aceitável e com o qual os profissionais de saúde conseguem lidar, não devemos baixar a nossa guarda e devemos evitar um ressurgimento dos casos que podem novamente ameaçar invadir o nosso sistema de saúde”, afirmou o mesmo governante.

https://zap.aeiou.pt/singapura-nao-vacinar-pagar-despesas-443740

 

Twitter lança serviço de subscrição para o mercado norte-americano !


Novidades introduzidas agora nos mercados norte-americanos neozelandeses já tinham sido testados na Austrália e no Canadá.

A rede social Twitter anunciou esta quarta-feira que terá um serviço de subscrição destinado ao mercado norte-americano, o qual terá um custo de 2,99 dólares. O Twitter Blue chega agora aos Estados Unidos e à Nova Zelândia, depois de já se ter estreado na Austrália e no Canadá.

Para além do tópico da publicidade, o novo modelo da plataforma terá uma pasta que organiza as publicações, a possibilidade de modificar as mensagens antes de estas serem publicadas e um modo leitura.

No que concerne à primeira, o Twitter explicou que os utilizadores podem organizar os tweets como uma biblioteca, ou seja, por categorias personalizáveis. 

No caso da segunda opção, a de modificar as mensagens, a rede social apelidou-a de “desfazer tweets”, já que permite a edição do texto até 30 segundos depois de este ser escrito, o que dá aos utilizadores tempo para o reler e fazer alterações.

Finalmente, o modo leitura replica uma opção que já é oferecida por muitos smartphones nos seus browsers e que determina a eliminação de todo o “ruído” visual presente no ecrã para além do texto, o que permite que as mensagens sejam lidas sem a interrupção de imagens, por exemplo.

De acordo com o Diário de Notícias, a versão norte-americana inclui ainda artigos gratuitos de mais de 300 portais noticiosos, que podem ser abertos sem anúncios publicitários, tendo o Twitter garantido que os órgãos de comunicação social irão receber uma percentagem da subscrição, baseando-se na popularidade das notícias.

https://zap.aeiou.pt/twitter-lanca-servico-de-subscricao-para-o-mercado-norte-americano-443746


quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Provocações crescentes - Os EUA continuam a desafiar a soberania da Rússia no Mar Negro !


Na última quinta-feira, a nau capitânia da 6ª Frota dos EUA, o USS Mount Whitney, entrou no Mar Negro enquanto as forças da OTAN se preparavam para exercícios militares de grande escala no Mediterrâneo. O USS Mount Whitney juntou-se ao destruidor de mísseis guiados USS Porter, que já estava presente na área, para realizar uma “patrulha de rotina” - a mais de 8.000 km do continente norte-americano.

Mais tarde, a fragata russa Almirante Essen conduziu exercícios simulando uma resposta a um ataque aéreo inimigo. A frota russa disse em um comunicado que "durante os exercícios, a equipe de defesa aérea da fragata [Almirante Essen] fixou os alvos em sua mira e os destruiu disparando mísseis antiaéreos". O exercício foi uma demonstração clara de que a Rússia está totalmente preparada para defender sua soberania no Mar Negro. Isso foi perfeitamente encapsulado por uma imagem do que parece ser a fragata Almirante Essen monitorando as ações do USS Porter, do USS Mount Whitney e do BGS Gordi da Bulgária no Mar Negro.
O navio de guerra russo é uma das três fragatas do Projeto 11356 que está operando no Mar Negro. Os navios desta série têm deslocamento de cerca de 4.000 toneladas, velocidade de 30 nós e autonomia de 30 dias. O Almirante Essen está equipado com mísseis de cruzeiro Kalibr, o sistema de defesa antiaérea Shtil-1 e baterias de artilharia de calibre 100 mm, entre outras coisas. Em suma, ao usar a fragata Almirante Essen, a Rússia está enviando uma mensagem poderosa à OTAN de que está levando a sério a defesa de seu espaço marítimo, especialmente porque o desastre de junho do HMS Defender da Grã-Bretanha ainda está fresco na memória.
A Rússia advertiu repetidamente a OTAN de que a crescente atividade do bloco perto das águas russas poderia resultar em incidentes indesejáveis. Ao enviar navios de guerra para o Mar Negro, Washington não está contribuindo para a estabilidade na região. Ao contrário, os EUA estão tentando empurrar os países regionais do Mar Negro, como a Bulgária e a Geórgia, para políticas de confronto contra Moscou.
Washington quer que a comunidade global se acostume com a ideia de que o Mar Negro está em sua esfera de influência. Devido às tentativas dos EUA de afirmar sua autoridade sobre o Mar Negro, a localização de vários portos russos sem gelo e o único acesso direto do país ao Mar Mediterrâneo, as tensões estão se desenvolvendo.
A Rússia já demonstrou sua determinação em defender seu território soberano quando o HMS Defender foi humilhado após tentar violar o espaço marítimo russo. Sabendo que a Rússia leva sua segurança a sério, Washington está provocando tensões entre duas potências nucleares. Há a impressão de que os EUA estão fornecendo apoio psicológico à Ucrânia e a outros parceiros periféricos da OTAN, como a Geórgia. No entanto, como foi demonstrado durante a Guerra da Ossétia do Sul de 2008 e a Guerra do Donbass de 2014, os EUA estão dispostos a encorajar e encorajar esses países a guerras que envolverão a Rússia, mas os deixarão abandonados e isolados quando enfrentarem os militares russos.
É importante notar, porém, que o exercício russo não é uma resposta direta à presença de navios de guerra americanos, mas sim porque as forças russas na área do Mar Negro precisam de treinamento constante à medida que a região está se tornando mais tensa. O último exercício russo ocorreu no momento em que navios de guerra americanos entraram no Mar Negro. É comum que um navio americano apareça no Mar Negro em uma base rotativa. O que torna diferente a situação atual com o USS Mount Whitney e o USS Porter é que desta vez dois navios entraram ao mesmo tempo. Isso é alarmante, especialmente se se tornar uma tendência regular ver vários navios de guerra americanos no Mar Negro.
Devido a essa escalada, a Rússia precisava responder de uma forma ou de outra, e seu último exercício no Mar Negro se alinhou com a rara entrada de vários navios de guerra dos EUA no Mar Negro. Ao responder dessa forma, mesmo que tenha sido um alinhamento acidental, os EUA e seus aliados da OTAN sempre precisarão considerar qual será a resposta russa se o bloco do Atlântico decidir se envolver em hostilidades. Apesar da humilhação da Grã-Bretanha em junho, as forças da OTAN lideradas pelos EUA evidentemente não desistiram de seus desafios contra a Rússia no mar. Recorde-se que, em outubro, o contratorpedeiro da Marinha dos EUA USS Chafee tentou violar a fronteira nacional da Rússia no Mar do Japão, mas foi forçado a se retirar sob pressão do grande navio anti-submarino russo Admiral Tributs. Embora os EUA estejam sem dúvida puxando seus recursos para se concentrar na oposição à China na região do Pacífico, isso não significa que os EUA tenham se retirado completamente de desafiar a Rússia em outros lugares. Na verdade, ao enviar o USS Mount Whitney e o USS Porter para o Mar Negro simultaneamente, os Estados Unidos apenas aumentaram as tensões e deixaram claras as suas intenções.

https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Portugal e Espanha enviaram tropas para participar de exercícios provocatórios na Lituânia !


As tensões estão aumentando no Báltico. Os recentes exercícios militares da OTAN na Lituânia mostram que a organização realmente planeja manter uma estratégia de cerco constante, sem interrupções. Tropas dos Estados Unidos, Canadá, Portugal e Espanha participaram na última semana de outubro de operações militares extremamente complexas naquela região, realizando exercícios de guerra aérea com o objetivo de treinar forças ocidentais para uma possível situação de guerra. Curiosamente, os testes foram realizados com discrição, só tendo sido revelados no início de novembro. A intensa participação de militares portugueses e espanhóis revela um preocupante processo de adesão de países europeus sem grande potencial de defesa aos discursos anti-russos da NATO.
No dia 29 de outubro, foram realizados exercícios de guerra da OTAN no Mar Báltico, com a participação apenas de militares e equipamentos militares americanos, canadenses, portugueses e espanhóis. O objetivo principal da operação foi realizar um amplo teste de policiamento aéreo e treinar táticas de guerra “anti-superfície”, modalidade de combate com armas aéreas contra alvos no mar ou na terra. Dentre os diversos pontos dos testes, a mídia foi informada que os principais foram fortalecer técnicas de integração de veículos aéreos e navais e armas em situações de combate, otimizar procedimentos de localização e identificação e qualificar tropas da OTAN para o uso de armas anti-superfície. , que ainda é um tópico menos trabalhado do que o combate naval direto ou a guerra terrestre.
Para além dos habituais equipamentos e veículos americanos e canadianos, a utilização em larga escala de armas portuguesas e espanholas surpreendeu os especialistas. Os caças F-16M da Força Aérea Portuguesa atuaram em conjunto com a fragata portuguesa NRP Corte Real F332 em operações simulando um cenário de guerra aérea e naval. A fragata NRP é uma das armas mais poderosas da Marinha Portuguesa, possuindo extensos sistemas de guerra electrónica e anti-mísseis, equipamento de defesa e vigilância de longo alcance, para além de peças de artilharia pesada, mísseis Harpoon e Sea Sparrow e tubos de torpedo MK46. A tripulação da fragata inclui cerca de 200 pessoas e tem helicópteros Lynx Mk95 entre seus equipamentos.
A fragata espanhola ESPS Almirante Juan de Borbón também participou da operação. Os navios da classe F-100 da ESPS estão entre as armas mais avançadas de todo o arsenal naval espanhol, possuindo equipamentos semelhantes aos da fragata portuguesa. As fragatas USS Arleigh Burke DDG-51 e canadense HMCS Fredericton FFH-37 completaram o cenário dos exercícios.
Embora ocasionalmente ocorram exercícios restritos a alguns países, em geral, os testes da OTAN, em particular os realizados no Báltico, mobilizam tropas de muitos Estados. Esta prova, no entanto, parece ter-se limitado quase totalmente às tropas da Península Ibérica, com um papel de coordenação e liderança operado pelas forças de Washington e Ottawa. O caso é bastante curioso porque revela algo para além da mera intenção da NATO de manter constantemente tropas no Báltico, assinalando um possível interesse por parte de Lisboa e Madrid em manter uma participação activa no cenário militar europeu.
Obviamente, é justo que cada estado queira ampliar sua participação militar em seu espaço regional, mas a situação deve ser analisada levando-se em conta as intenções que estão por trás de tais operações. É sabido que as atitudes da OTAN nos Estados Bálticos e em todo o Leste Europeu se centram em provocar a Rússia, criando um ambiente de tensão e hostilidade, para além de uma política de sítio, nos países geograficamente mais próximos do maior rival geopolítico da os EUA.
Essas medidas são “justificadas” pelo discurso da suposta “ameaça russa”, que é cada vez mais reconhecida como fraude. O crescimento de uma visão crítica do papel da OTAN na Europa é evidente, com uma diminuição do interesse por parte dos maiores Estados europeus em participar em operações que atendem apenas aos planos estratégicos de Washington. Atualmente, a França, maior potência militar do espaço europeu, defende a criação de uma organização militar europeia, independente da OTAN. Em contraste, aparentemente, estados menores com baixo potencial militar estão agindo na direção oposta e buscando expandir seu papel na aliança ocidental.
É um processo natural que com a diminuição da participação das maiores potências europeias na OTAN, alguns Estados mais fracos procurem aumentar o seu papel, em busca de status internacional, ampliação da influência regional e investimentos na indústria militar por parte de Washington. Mas é claro que Portugal e Espanha têm mais a perder do que a ganhar ao se envolverem nestas disputas.

Historicamente, o espaço em que Portugal e Espanha tentam exercer influência é o Norte de África, procurando manter laços de amizade com nações do Mediterrâneo e sem envolvimento em conflitos no outro pólo do continente europeu. As rivalidades com a Rússia nunca fizeram parte da realidade ibérica. Portugal e Espanha são nações historicamente neutras em grandes conflitos globais, tendo até se recusado a participar da Segunda Guerra Mundial. Tentar um papel mais ativo na OTAN seria romper com uma tradição diplomática de neutralidade e amizade que faz desses países grandes lugares pacíficos na arena europeia. Além disso, é evidente que estes países não podem participar militarmente em operações de grande escala, visto que mesmo os seus equipamentos mais avançados - as fragatas vistas na Lituânia - estão muito aquém da atual tecnologia militar das grandes potências. Então, de fato, Lisboa e Madrid pensam que estão agindo estrategicamente, mas estão sendo usados ​​e prejudicados pela OTAN.

Lucas Leiroz é pesquisador em direito internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Bebé prematuro nasceu com cauda de 12 centímetros - Médicos não sabem porquê !


O caso é inesperado e surpreendente, mas ocorreu o ano passado em Fortaleza, no Brasil. O bebé nasceu com oito meses de gestação e tinha uma cauda de doze centímetros de comprimento e quatro de diâmetro, além de um material esférico na sua extremidade.

Podia ter sido mais um nascimento comum, mas este bebé surpreendeu a equipa médica que faz o parto. A criança nasceu com uma cauda de doze centímetros que estava posicionada no fundo das suas costas. De imediato, os médicos encaminharam o bebé para um hospital pediátrico onde o caso foi analisado e estudado.

Os especialistas concluíram que a cauda não representava nenhum tipo de risco para a saúde do bebé, sendo que optaram por fazer a sua remoção através de uma cirurgia de baixa complexidade.

A operação foi feita uma semana depois da avaliação e, segundo informações da Secretaria de Saúde do Ceara (Sesa), o procedimento foi um sucesso, refere o Canaltech.

O caso foi registado como uma alteração na regressão da cauda embrionária, uma vez que o feto, ainda como embrião, conta com essa peculiaridade. Conforme o feto se desenvolve e ganha a forma de bebé, a cauda retrai-se, o que não aconteceu neste caso.

“O laudo anatomopatológico revelou uma estrutura apendicular com anexos coberta por pele, evidenciando um eixo com tecido conjuntivo, adiposo, muscular e neural, além de grandes ramos vasculares e ausência de tecido ósseo ou cartilaginoso, classificado como uma verdadeira cauda humana“, detalha o estudo.

O estudo explica ainda que a cauda contava com veias sanguíneas, músculos e nervos, sendo então uma parte do corpo que poderia apresentar contrações e movimentos espontâneos ou reflexos. A esfera na ponta era composta apenas por gordura e tecido conjuntivo.

O caso é extremamente raro e, até então, apenas quarenta situações parecidas foram registadas na ciência. Os autores do estudo sublinham que estas anomalias consistem em protuberâncias cobertas de pele, localizadas na parte central inferior da coluna vertebral.

Ainda assim, não é possível confirmar o que levou o corpo da criança a manter a cauda até ao momento do nascimento. Em entrevista ao site UOL, o cirurgião pediátrico Humberto Forte, ressaltou a importância do estudo, já que existem poucos casos deste tipo.

Não podemos afirmar que é o primeiro caso ocorrido no Brasil, mas foi o primeiro caso publicado. A importância deste artigo para a ciência médica brasileira é trazer ao conhecimento de todos a patologia dessas crianças e mostrar a nossa experiência e trabalho no cuidado delas”, disse o médico.

Apesar da mãe do bebé ter admitido que continuou a fumar ao longo da gravidez, os médicos não encontram nenhuma relação entre este hábito e a anomalia.

Após a remoção da cauda, a equipa não relatou mais problemas, sendo que, atualmente, a criança encontra-se perfeitamente saudável, escreve o IFL Science.

https://zap.aeiou.pt/bebe-nasceu-cauda-12-centimetros-443599

 

Tribunal nega pedido de Trump para impedir acesso a documentos sobre assalto ao Capitólio !


Entre os documentos que Donald Trump quer impedir que sejam entregues à comissão de inquérito estão o diário da Casa Branca, um registo de atividades, viagens, ‘briefings’ e chamadas telefónicas.

A juíza do Tribunal Distrital dos Estados Unidos Tanya S. Chutkan, do tribunal do Distrito de Columbia, concluiu que a comissão de inquérito do Congresso norte-americano ao ataque ao Capitólio tem direito a receber os documentos, como sustentou o atual Presidente, Joe Biden.

Trump invocou um alegado “privilégio do executivo” para reclamar que as centenas de documentos, contendo informações sobre o que se passava na Casa Branca enquanto o assalto ocorria, não fossem transmitidos à comissão de inquérito.

“A posição [de Trump] de que pode sobrepor-se à vontade expressa do poder executivo parece basear-se na noção de que o seu poder existe em perpetuidade“, escreveu a juíza, citada pela agência Efe. “Mas os presidentes não são reis, e o queixoso não é Presidente”, acrescentou.

Taylor Budowich, um porta-voz de Trump, avançou na rede social ‘Twitter “que a equipa jurídica do antigo Presidente irá recorrer da decisão”, tornando provável que acabe por ser o Supremo Tribunal a decidir o caso.

Os advogados de Trump deverão tentar que o tribunal suspenda temporariamente a transmissão dos documentos à comissão pelo Arquivo Nacional, autorizada pelo atual presidente, Joe Biden.

Donald Trump pretendia impedir a divulgação de mais de 770 páginas, incluindo o diário da Casa Branca, um registo de atividades, viagens, ‘briefings’ e chamadas telefónicas.

Outros documentos que o ex-Presidente não quer que o Congresso veja incluem um memorando manuscrito sobre os acontecimentos de 6 de janeiro e um esboço do seu discurso no comício “Save America”, que precedeu o ataque.

A comissão de inquérito ao assalto ao Capitólio foi iniciada pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e é composta por uma maioria de democratas do Congresso e apenas dois republicanos, Liz Cheney e Adam Kinzinger, que estão em desacordo com Trump.

Um dia antes da decisão em relação aos documentos, a comissão de inquérito intimou mais 10 membros da equipa de Donald Trump, procurando determinar o seu papel neste no caso.

Os membros do painel solicitaram, entre outros, testemunhos e pedidos de documentos de Stephen Miller, conselheiro sénior de Trump, e da diretora de comunicação Kayleigh McEnany, ambos parte do circulo próximo do ex-Presidente. Ainda não é claro se a comissão irá intimar Donald Trump.

Em outubro, a comissão convocou outros ex-conselheiros de Trump, incluindo o ex-chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o antigo aliado de ultra-direita Steve Bannon. A Câmara dos Representantes decidiu acusar o antigo conselheiro de desacato criminal, após este ter rejeitado a intimação da comissão de inquérito.

https://zap.aeiou.pt/tribunal-nega-pedido-de-trump-para-impedir-acesso-a-documentos-sobre-assalto-ao-capitolio-443757


Astroworld - Espectadores processam Travis Scott e Drake depois de oito pessoas terem morrido !


Travis Scott, o rosto do festival Astroworld, Drake e as empresas responsáveis pela produção e gestão do recinto estão a ser processados. Ainda não se sabe ao certo o que se passou no concerto, mas a polícia não descarta a possibilidade das vítimas terem sido injectadas com drogas.

Os rappers Travis Scott e Drake vão ser processados por pessoas que atenderam o concerto no festival Astroworld, depois de pelo menos oito pessoas terem perdido a vida e centenas ficado feridas. Em causa estão acusações de que os artistas terão sido negligentes e incitado o público a ter comportamentos perigosos e a instaurar o caos.

O festival, cujo nome se baseou no parque de diversões que existiu em Houston e fechou em 2005 e que é também o nome do terceiro álbum de Travis Scott, estava marcado para os dias 5 e 6 de Novembro na cidade natal do rapper, no Texas. No entanto, o segundo dia foi cancelado depois de na sexta-feira a multidão de 50 mil pessoas ter derrubado as barreiras de segurança e ter começado a correr em debandada.

A firma de advogados Thomas J. Henry Law diz ter vários processos em preparação. A Live Nation Entertainment Inc., empresa que produziu o concerto, e a Harry County Sports and Convention Corporation, responsável pelo recinto onde o evento aconteceu, também estão a ser processadas.

As idades das oito vítimas mortais variam entre os 14 e 27 anos e 25 pessoas foram hospitalizadas, tendo o paciente mais novo apenas 10 anos de idade. Mais de 60 ambulâncias foram chamadas ao local.

Um dos processos foi aberto por Kristian Paredes, um jovem texano de 23 anos que alega ter ficado “gravemente ferido” e exige mais de um milhão de dólares de indemnização, lembrando que nem os artistas nem a organização pararam o concerto mesmo depois de já ser claro que algo se estava a passar e de haver ambulâncias a socorrer pessoas no recinto.

O advogado de Houston Tony Buzbee anunciou na segunda-feira que a sua firma também estava a abrir um processo em nome de 35 queixosos devido à “negligência grosseira” e à falta de condições de segurança. Buzbee quer também uma ordem temporária que obrigaria Travis Scott, cujo nome verdadeiro é Jacques Bermon Webster II, e todos os envolvidos na organização a preservar mensagens, emails e todas as provas que possam indicar o que falhou e quem são os responsáveis.

A família de Axel Acosta, um jovem de 21 anos que morreu no concerto, integra o grupo de 35 queixosos. “Quando o Axel colapsou, os espectadores que tentavam escapar ao seu próprio sufocamento esmagaram o corpo dele como um pedaço de lixo“, revela Buzbee.

O conhecido advogado norte-americano Ben Crump, que representou as famílias de George Floyd e Breonna Taylor, também já anunciou que vai representar legalmente mais pessoas que atenderam o concerto, tendo aberto um processo em nome de Noah Gutierrez, de 21 anos. “Vamos procurar justiça para todos os nossos clientes que sofreram com este evento trágico e evitável”, afirmou.

Várias imagens circulam nas redes sociais a mostrar o caos que se seguiu ao início do concerto de Travis Scott, por volta das 21h, e pessoas a tentar alertar os seguranças, operadores das câmaras e o próprio rapper para pararem o concerto. O artista parou momentaneamente o espectáculo quando reparou que alguém inanimado estava a ser transportado pelo público, mas retomou rapidamente a música.

Meia hora depois de ter começado, o concerto já tinha sido declarado um evento com várias mortes, mas a performance só foi interrompida por volta das 22h10, quase 40 minutos depois da declaração. 
As autoridades de Houston já disseram que estão a averiguar o que causou a tragédia. “Vai haver uma investigação muito, muito activa, e vamos provavelmente demorar algum tempo para determinar exactamente o que aconteceu”, revelou o Presidente da Câmara Municipal da cidade, Sylvester Turner.

“Esta é agora uma investigação criminal que vai envolver a nossa divisão de homicídios, assim como narcóticos, e vamos descobrir o que se passou”, acrescentou Troy Finner, chefe do Departamento de Polícia de Houston. Finner também afirmou no Twitter que já se tinha encontrado com o rapper e o responsável da segurança antes do evento para manifestar as suas preocupações com a segurança.

Numa publicação no Twitter, Travis Scott respondeu à tragédia no sábado. “Estou completamente devastado por aquilo que aconteceu ontem à noite. As minhas preces estão com as famílias e todos os que foram impactados por aquilo que aconteceu no festival Astroworld. A polícia de Houston tem o meu apoio total enquanto continuam a investigar esta perda de vidas trágica. Estou comprometido a trabalhar com a comunidade de Houston para apoiar as famílias que precisam. Obrigado à polícia de Houston, aos bombeiros e ao parque NRG pela sua resposta imediata”, escreveu.

No Instagram, Drake, que também actuou no festival, disse estar “de coração partido por todas as famílias e amigos daqueles que perderam a vida e por quem está a sofrer”.
Podem as vítimas ter sido injectadas com drogas?

Até agora, ainda não se sabe ao certo o que causou as mortes. A principal suspeita é de que as vítimas terão sido esmagadas ou ficado sem ar no meio da multidão, mas a polícia pôs também em cima da mesa a possibilidade de os espectadores terem sido drogados sem consentimento, depois de um segurança no concerto ter supostamente “sentido uma picada no pescoço” enquanto tentava restringir alguém.

“Quando ele foi examinado, ficou inconsciente. Deram-lhe Narcan (nome da substância usada para reverter overdoses). Ele foi ressuscitado e a equipa médica reparou numa picada que é semelhante àquela com que alguém fica quando se tenta injectar. Esssa é uma parte. A outra parte que é muito importante: há alguns indivíduos que foram esmagados”, explicou Finner.

Apesar das suspeitas, o porta-voz da polícia de Houston, Victor Sentis, revelou à VICE que o departamento ainda não tem a certeza de que foram as drogas a causar as mortes. “Ainda não confirmamos nada. Temos uma investigação activa a decorrer. Têm de entender que milhares e milhares de pessoas estavam lá, ainda há muito trabalho a fazer“, lembrou.

A teoria de que podem ter sido drogas a causar as mortes não é muito credível para a enfermeira Madeline Eskins, que também estava presente. “Estão a tentar culpar as drogas. Mas vou dizer o que penso: acho que isto não foi causado por drogas. Pode isso ter sido um factor que contribuiu. Claro. Vão encontrar drogas nos corpos das vítimas? Se calhar. Mas as pessoas estavam a ser sufocadas. As pessoas estavam a ser esmagadas. Um rapaz tinha a cara desfigurada e estava a sangrar do nariz, cara, e boca”, revela à Rolling Stone.

Já Claire Zagorski, coordenadora de um programa médico da Universidade de Austin, refere que lá por alguém ter respondido depois de ter recebido Narcan, isso não quer necessariamente dizer que estava a sofrer uma overdose e que pode ser um “efeito placebo“.

Esta não é a primeira vez que os concertos de Travis Scott ficaram marcados por incidentes e falta de segurança, tendo o artista já tido problemas com a justiça por incitar comportamentos inseguros. Em 2015, declarou-se culpado por ter incentivado fãs a saltar as barreiras que protegia o palco no festival Lollapalooza, em Chicago. Dois anos mais tarde, Scott apelou a que os fãs contornassem a segurança num concerto no Arkansas, tendo um caído de uma varanda e ficado paralisado. Já em 2019, três pessoas ficaram feridas durante uma debandada.

As imagens de promoção, que usavam clips de concertos em 2019 onde a audiência derrubou as barreiras, também já indicam o padrão de incidentes perigosos nos espectáculos do rapper.

Entretanto, o QAnon e outros grupos de teorias da conspiração já estão a alegar que o evento era satânico e um “sacrifício de sangue“, apontando o simbolismo “demónico” que o rapper já usou e para o slogan do festival “See you on the other side” — Vemo-nos do outro lado — que já daria a entender que havia um plano para pessoas morrerem no concerto. Circulam também vários vídeos online onde os utilizadores das redes sociais acusam o artista de ver o que se estava a passar e não fazer nada.

https://zap.aeiou.pt/astroworld-processam-travis-scott-drake-443387


Depois de um período de calmaria, Sergio Moro vai oficializar entrada na política partidária !


Na quarta-feira, Sergio Moro, antigo juiz federal e ex-ministro da Justiça brasileiro, vai filiar-se no partido Podemos (sem relação com o homónimo espanhol).

Sergio Moro vai oficializar a sua entrada na política partidária esta semana, filiando-se no partido Podemos. Segundo o jornal Público, a grande dúvida é sobre o que virá depois.

O cenário de uma eventual candidatura presidencial poderá estar a ser equacionado, mas a verdade é que o antigo juiz federal e ex-ministro da Justiça não tem muitos aliados para o apoiarem localmente durante a campanha. Além disso, há outra desvantagem relacionada com a falta de experiência política.

O diário salienta ainda que uma alternativa seria uma candidatura ao Senado federal, provavelmente pelo estado do Paraná, que alcançaria com relativa facilidade.

Moro rompeu com o Governo de Jair Bolsonaro em abril do ano passado e, durante vários meses, manteve-se em silêncio. Nos últimos dias, o ex-juiz passou a acompanhar assuntos da atualidade nas redes sociais, comentando temas orçamentais, criticando o Governo e lamentando publicamente a morte da cantora Marília Mendonça.

Há quem acuse o programa de Sergio Moro de ser monotemático, por se concentrar quase em exclusivo no combate à corrupção. A imprensa brasileira sublinha, por isso, a tentativa de Moro em alargar o espetro de assuntos em que pretende tomar posição.
Deltan Dallagnol também entra na política

O procurador Deltan Dallagnol também pediu para abandonar o Ministério Público para entrar na carreira política.

Depois de ter chefiado a equipa de procuradores responsáveis pela Lava-Jato, Dallagnol disse que os esforços pela promoção do combate à corrupção estão a ser postos em causa, no anúncio que marcou o fim da sua ligação ao Ministério Público.

Moro e Dallagnol são dois rostos fortes do combate à corrupção, mas são também os protagonistas do escândalo Vaza-Jato.

Em 2019, foram reveladas comunicações entre ambos durante as operações de investigação que mostravam uma relação muito próxima entre a acusação e o juiz que iria julgar muitos dos casos da Lava-Jato, alguns dos quais com grande impacto político.

Este é um dos obstáculos dos juristas, que entram agora na política partidária.

https://zap.aeiou.pt/sergio-moro-entrada-na-politica-partidaria-443418


Bielorrússia avisa Polónia sobre eventuais provocações na fronteira !


A Bielorrússia alertou hoje a Polónia contra qualquer “provocação” na fronteira entre os dois países onde milhares de migrantes e refugiados se juntam na esperança de entrar na União Europeia.

“Queremos alertar a Polónia com antecedência contra o uso de qualquer provocação” contra a Bielorrússia, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do regime de Minsk.

Na segunda-feira, a Polónia bloqueou centenas de pessoas que tentavam passar a fronteira da Bielorrússia, sobretudo refugiados do Médio Oriente.

Do lado polaco, a zona de fronteira está vedada por arame farpado e fortemente guardada.

Hoje, ​​​​​​o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, disse mesmo que a crise migratória na fronteira com a Bielorrússia ameaça a “estabilidade e a segurança de toda a União Europeia”.

“Fechar a fronteira polaca é uma questão de interesse nacional. Mas atualmente é a estabilidade e a segurança de toda a União Europeia que está em jogo“, escreveu o chefe do Governo polaco através da rede social ‘Twitter’.

A União Europeia acusa o regime de Alexandr Lukashenko de orquestrar a pressão da vaga migratória e de refugiados em resposta contra as sanções impostas por Bruxelas contra a Bielorrússia.

Washington e Bruxelas já apelaram a Minsk no sentido de pôr termo ao que consideram ser uma “vaga migratória organizada” pela Bielorrússia.

Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, admitiu a possibilidade de imposição de novas sanções contra Minsk.

A Aliança Atlântica disse na segunda-feira que a forma como a Bielorrússia está a “utilizar” a questão migratória é “inaceitável“.

O Ministério da Defesa da Bielorrússia reiterou as acusações contra a Polónia – sobre a forma como Minsk está a lidar com a vaga migratória – e que considera “sem fundamento” acrescentando que Varsóvia está a tentar “deliberadamente” provocar o incremento da tensão.

“O Ministério da Defesa polaco não procura uma solução construtiva sobre o assunto e procura de forma deliberada uma situação de conflito elevando-a a um nível político”, disse ainda o Ministério da Defesa da Bielorrússia.

Por outro lado, o ministro do Interior da Bielorrússia, Ivan Koubrakov, citado pela agência oficial Belta, os “migrantes”, principalmente os que são originários do Médio Oriente, encontram-se “legalmente” em território bielorrusso.

https://zap.aeiou.pt/bielorussia-avisa-polonia-fronteira-443443


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...