Na quarta-feira, Sergio Moro, antigo juiz federal e ex-ministro da Justiça brasileiro, vai filiar-se no partido Podemos (sem relação com o homónimo espanhol).
Sergio Moro vai oficializar a sua entrada na política partidária esta semana, filiando-se no partido Podemos. Segundo o jornal Público, a grande dúvida é sobre o que virá depois.
O cenário de uma eventual candidatura presidencial poderá estar a ser equacionado, mas a verdade é que o antigo juiz federal e ex-ministro da Justiça não tem muitos aliados para o apoiarem localmente durante a campanha. Além disso, há outra desvantagem relacionada com a falta de experiência política.
O diário salienta ainda que uma alternativa seria uma candidatura ao Senado federal, provavelmente pelo estado do Paraná, que alcançaria com relativa facilidade.
Moro rompeu com o Governo de Jair Bolsonaro em abril do ano passado e, durante vários meses, manteve-se em silêncio. Nos últimos dias, o ex-juiz passou a acompanhar assuntos da atualidade nas redes sociais, comentando temas orçamentais, criticando o Governo e lamentando publicamente a morte da cantora Marília Mendonça.
Há quem acuse o programa de Sergio Moro de ser monotemático, por se concentrar quase em exclusivo no combate à corrupção. A imprensa brasileira sublinha, por isso, a tentativa de Moro em alargar o espetro de assuntos em que pretende tomar posição.
Deltan Dallagnol também entra na política
O procurador Deltan Dallagnol também pediu para abandonar o Ministério Público para entrar na carreira política.
Depois de ter chefiado a equipa de procuradores responsáveis pela Lava-Jato, Dallagnol disse que os esforços pela promoção do combate à corrupção estão a ser postos em causa, no anúncio que marcou o fim da sua ligação ao Ministério Público.
Moro e Dallagnol são dois rostos fortes do combate à corrupção, mas são também os protagonistas do escândalo Vaza-Jato.
Em 2019, foram reveladas comunicações entre ambos durante as operações de investigação que mostravam uma relação muito próxima entre a acusação e o juiz que iria julgar muitos dos casos da Lava-Jato, alguns dos quais com grande impacto político.
Este é um dos obstáculos dos juristas, que entram agora na política partidária.
https://zap.aeiou.pt/sergio-moro-entrada-na-politica-partidaria-443418
Sergio Moro vai oficializar a sua entrada na política partidária esta semana, filiando-se no partido Podemos. Segundo o jornal Público, a grande dúvida é sobre o que virá depois.
O cenário de uma eventual candidatura presidencial poderá estar a ser equacionado, mas a verdade é que o antigo juiz federal e ex-ministro da Justiça não tem muitos aliados para o apoiarem localmente durante a campanha. Além disso, há outra desvantagem relacionada com a falta de experiência política.
O diário salienta ainda que uma alternativa seria uma candidatura ao Senado federal, provavelmente pelo estado do Paraná, que alcançaria com relativa facilidade.
Moro rompeu com o Governo de Jair Bolsonaro em abril do ano passado e, durante vários meses, manteve-se em silêncio. Nos últimos dias, o ex-juiz passou a acompanhar assuntos da atualidade nas redes sociais, comentando temas orçamentais, criticando o Governo e lamentando publicamente a morte da cantora Marília Mendonça.
Há quem acuse o programa de Sergio Moro de ser monotemático, por se concentrar quase em exclusivo no combate à corrupção. A imprensa brasileira sublinha, por isso, a tentativa de Moro em alargar o espetro de assuntos em que pretende tomar posição.
Deltan Dallagnol também entra na política
O procurador Deltan Dallagnol também pediu para abandonar o Ministério Público para entrar na carreira política.
Depois de ter chefiado a equipa de procuradores responsáveis pela Lava-Jato, Dallagnol disse que os esforços pela promoção do combate à corrupção estão a ser postos em causa, no anúncio que marcou o fim da sua ligação ao Ministério Público.
Moro e Dallagnol são dois rostos fortes do combate à corrupção, mas são também os protagonistas do escândalo Vaza-Jato.
Em 2019, foram reveladas comunicações entre ambos durante as operações de investigação que mostravam uma relação muito próxima entre a acusação e o juiz que iria julgar muitos dos casos da Lava-Jato, alguns dos quais com grande impacto político.
Este é um dos obstáculos dos juristas, que entram agora na política partidária.
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