sexta-feira, 19 de novembro de 2021

“Estilo de guerra síria” - Cafés que parecem ter sido bombardeados estão na moda na China !


Café e restaurantes que parecem saídos de uma cidade síria que acabou de ser bombardeada estão a ganhar popularidade entre influencers chineses.

Na China, as redes sociais dos influencers estão inundadas de fotografias em cafés e restaurantes decorados com um “estilo sírio”. Ao contrário do que possa pensar, estes espaços não estão decorados com as suas tradicionais e elegantes sedas nem têm um estilo arquitetónico com influências bizantinas e com tradições sírias e mesopotâmicas.

Pelo contrário, estes espaços parecem ter sido bombardeados, com paredes derrubadas e destroços no chão. A ideia é retratar um cenário de guerra, em que geralmente abundam tons de cinza, paredes de tijolos expostos e estruturas irregulares, escreve a VICE.

Ninguém parece saber de onde surgiu esta moda. O termo “estilo sírio” tem também sido usado para descrever algo que está partido, estragado ou com uma aparência pobre. A inesperada popularidade deste tipo de espaços comerciais tem sido alimentada pelo crescente clima de tensão e instabilidade vivido na Síria.

Wang Fei, dono de uma churrascaria em Jining, disse que rotulou o lugar como “estilo sírio” na rede social Douyin, o TikTok da China, porque poderia atrair clientes.

“Se eu lhe chamar ‘normcore’, ninguém vai saber o que é exatamente”, explicou o jovem de 21 anos à VICE. “Mas se eu chamar de ‘sírio’, as pessoas podem imaginar e até gostariam de dar uma olhada”.

O restaurante rapidamente ganhou popularidade na rede social e levou a que outros empresários contactassem Wang Fei para ajudá-los a imitar a ideia do espaço. Wang diz já ter ajudado outros oito negócios locais a adotar um estilo semelhante.

O restaurante tem uma “zona de churrasco de refugiados”, onde passa música triste. “Não te tornas viral a falar sobre como a comida é boa”, atirou o empreendedor chinês.

Como seria de esperar, nem todos são fãs deste estilo. Nas redes sociais, alguns utilizadores criticaram o termo “estilo de guerra síria” por capitalizar o sofrimento de outras pessoas. “Consegue imaginar alguma loja a dizer-se ter um ‘estilo de destroços de terremoto de Wenchuan’ ou ‘estilo de entulho de inundação de Zhengzhou’?”, escreve um cibernauta.

Grande parte do nordeste do país está sob o controlo de uma autoproclamada autoridade autónoma curda onde algumas áreas permanecem nas mãos de tropas leais ao Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Para afastar as milícias curdas da sua fronteira, a Turquia invadiu uma parte do território sírio no norte, juntamente com fações sírias. Para enfrentar o avanço de Ancara, os curdos contaram com a ajuda das forças do regime de Damasco, apoiadas pela Rússia. Além disso, os EUA também apoiam o exército curdo no norte da Síria, explica a RTP.

https://zap.aeiou.pt/cafes-bombardeados-moda-china-445581


Dicionário francês adicionou pronome de género neutro - Agora, enfrenta forte contestação política !


Um famoso dicionário francês adicionou um pronome de género neutro e está agora a enfrentar forte contestação política. “A escrita inclusiva não é o futuro da língua francesa”, disse o ministro da Educação.

O dicionário Le Robert, um dos mais emblemáticos dicionários gauleses, adicionou o pronome de género neutro “iel” à lista de vocábulos da língua francesa. Esta é uma combinação dos pronomes “il” [ele] e “elle” [ela].

A adição foi feita após os seus investigadores terem notado “um crescente uso” do termo da terceira pessoa do singular num “grande corpo de textos extraídos de várias fontes”, explica o diretor do dicionário, Charles Bimbenet, em comunicado.

“A missão [do dicionário] é observar a evolução de uma língua francesa em fluxo. Definir as palavras que descrevem o mundo ajuda-nos a entendê-lo melhor”, explicou Bimbenet.

O dicionário define “iel” como um pronome de terceira pessoa no singular que pode referir-se a uma pessoa de qualquer género. O plural da palavra é “iels”, estando também as variações “ielle” e “ielles” incluídas no dicionário.

Se, por um lado, a introdução do pronome tem recebido um feedback positivo da maioria dos seus utilizadores, por outro, há quem conteste fortemente a adição do termo aos dicionários. Segundo refere o The Washington Post, vários políticos franceses expressaram forte oposição à adoção formal dos pronomes não-binários.

O ministro da Educação francês, Jean-Michel Blanquer, publicou um tweet na quarta-feira a sugerir que crianças em idade escolar não devem usar o pronome de género neutro como uma referência válida.

“A escrita inclusiva não é o futuro da língua francesa”, atirou o governante.

Blanquer disse apoiar o protesto do deputado francês François Jolivet, que disse que “os autores [do dicionário] são, portanto, os militantes de uma causa que nada tem de francês”.

Numa carta endereçada à L’Académie Française, uma instituição centenária criada para ser a guardiã da língua francesa, Jolivet escreveu que a “campanha solitária do Le Robert é uma intrusão ideológica óbvia que mina a nossa linguagem comum e a sua influência”.

O Le Robert não é o primeiro dicionário a acrescentar pronomes de género neutro à sua lista de vocábulos. Ainda em 2015, o dicionário da Academia Sueca (SAOL) incluiu na sua versão atualizada o pronome “hen”. O pronome foi cunhado em 1960, quando o uso generalista de “han” (ele) se tornou politicamente incorreto.

Em Portugal, uma solução por vezes encontradas na internet é usar “X” ou “@” no lugar de “o” ou “a”. Por exemplo: elX é eduacadX. No entanto, não funciona na linguagem oral.

https://zap.aeiou.pt/dicionario-frances-adicionou-pronome-de-genero-neutro-agora-enfrenta-forte-contestacao-politica-445628


Che Guevara acusado de participar em fuzilamentos de prisioneiros: “Disparava contra a cabeça dos fuzilados” !


O antigo preso político Ernesto Díaz Rodriguez conta que Che Guevara costumava participar nos fuzilamentos de prisioneiros na prisão de La Cabaña.

Aproveitando o lançamento do filme Plantados, do realizador cubano Lilo Vilaplana, Ernesto Díaz Rodriguez, de 82 anos, falou publicamente da sua vida como preso político em Cuba. Em entrevista ao La Vanguardia, acusou Che Guevara de ter estado envolvido nos fuzilamentos dos prisioneiros.

Ernesto foi um dos presos políticos cubanos — conhecidos como Plantados —, por se opor ao regime instaurado por Fidel Castro após a revolução de 1959. Enquanto esteva encarcerado, o prisioneiro escreveu a obra “Reféns de Castro”.

Citado pelo Observador, Ernesto conta que os fuzilamentos dos prisioneiros aconteciam na prisão La Cabaña e que era comum que Che Guevara participasse.

“O Che tinha como hábito matar e depois disparar contra a cabeça dos fuzilados. Gostava muito desse tirozinho de misericórdia”, contou Ernesto Díaz Rodriguez ao La Vanguardia. Tortura, violação, abortos forçados, isolamento e proibição de visitas são alguns dos abusos a prisioneiros descritos pelo cubano, que foi libertado em 1991.

Maritza Lugo, outra antiga prisioneira, também falou com o jornal espanhol e contou que “as condições eram desumanas”, numa cela que “media 1×2 metros” e não tinha cama. “Só tomávamos banho quando eles queriam, os ratos e as baratas corriam pelo chão”, contou Maritza.

A cubana foi presa por tentar fundar um partido alternativa ao Partido Comunista.

Depois de inicialmente ter sido divulgado no Miami Film Festival, o filme Plantados, de Lilo Vilaplana, prepara-se para estrear em Espanha.

https://zap.aeiou.pt/che-guevara-fuzilamentos-prisioneiros-445531


Todos os poluidores são iguais, mas alguns são mais iguais que outros - O 1% mais rico está a colocar o futuro do planeta em risco !


Vários estudos já mostraram que o 1% mais rico da população mundial, que são um grupo de cerca de 70 milhões, são os principais causadores das alterações climáticas e que as mudanças que cada um de nós adopta valem pouco sem se acabar com as “emissões de luxo”.

Nas aulas de matemática ensinam-nos que 50% é mais do que 1% e a lógica sugere que, num mundo desenvolvido e de oportunidades iguais, esses 50% seriam mais responsáveis pelas alterações climáticas do que o tal 1% — mas esse não é o mundo em que vivemos.

Entre apelos a mais mudanças de hábitos individuais e governamentais, há um grupo que é um grande causador das alterações climáticas e que parece muitas vezes passar entre os pingos da chuva no que toca às críticas: os mais ricos.

De acordo com um novo estudo da Oxfam, as emissões do 1% mais rico da população mundial serão 30 vezes maiores do que aquilo que é necessário para se conseguir manter o aumento da temperatura global abaixo de 1.5ºC — o objectivo definido no Acordo de Paris de 2015.

Os cientistas alertam para uma necessidade urgente dos governos de obrigarem ao corte “no consumo de carbono de luxo” emitido com o uso de aviões privados, iates e viagens turísticas ao espaço. Para os objectivos de Paris serem alcançados, a população mundial tem de reduzir as suas emissões de CO2 numa média de 2.3 toneladas por pessoa até 2030, cerca de metade da média actual.

O 1% do topo, que são menos do que os 83 milhões de habitantes da Alemanha, estão a seguir uma tendência de emissão de 70 toneladas de dióxido de carbono por pessoa anualmente. Estes valores são um grande contraste com a mera tonelada anual que a metade mais pobre do planeta emite. Até 2030, os mais ricos serem os causadores de 16% de todas as emissões.

Uma pequena elite parece ter liberdade para poluir à vontade. As suas emissões desproporcionais estão a alimentar o tempo extremo em todo o mundo e a colocar em risco o objectivo internacional da limitação do aquecimento global”, critica a responsável política da Oxfam, Nafkote Dabi, que autorizou o estudo do Instituto Europeu para a Política Ambiental e do Instituto para o Ambiente de Estocolmo.

O estudo foi divulgado enquanto a Cop26 ainda estava a decorrer em Glasgow, onde vários participantes, como Boris Johnson, o Príncipe Carlos ou Jeff Bezos, chegaram de jacto privado. A cimeira foi também criticada por muitos activistas e representantes dos países mais afectados pelas alterações climáticas por não ter alcançado resultados suficientemente ambiciosos.

As ambições dos bilionários Richard Branson ou Elon Musk de criar uma indústria de viagens turísticas ao espaço também não é um bom agoiro para o futuro do planeta. O lançamento de um foguetão emite entre 200 e 300 toneladas de dióxido de carbono que são distribuídas por à volta de quatro passageiros, geralmente.

Actualmente, o número de viagens de foguetão é pequeno. De acordo com a NASA, houve 114 tentativas de lançamentos orbitais. Em comparação, uma média de 100 mil voos de avião acontecem todos os dias em todo o mundo.

No entanto, um único voo de 11 minutos de foguetão emite pelo menos 75 toneladas de CO2 para a atmosfera, o que pode exceder as emissões de toda a vida de cada pessoa dos mil milhões de pessoas mais pobres da Terra.

Apenas a emissão total dos 10% mais ricos é suficiente para exceder a quantidade alocada para se cumprir os 1.5ºC até 2030, independentemente daquilo que os outros 90% da população façam.

O estudo da Oxfam mostra que a luta para conter o aumento de temperatura aos 1.5ºC não está a ser colocado em risco pela maioria da população mundial, mas sim pelos excessos luxuosos de uma elite económica — mas está longe de ser o único. A própria ONU já tinha recomendado que os mais ricos terão de cortar as suas emissões em 97%.

Uma outra investigação da Oxfam em 2020 já tinha tido resultados semelhantes, mostrando que o 1% mais rico tinha causado mais do dobro das emissões que a metade mais pobre do planeta toda junta entre 1990 e 2015.

No geral, as emissões subiram 60% no período de 25 anos, mas o aumento por parte dos mais ricos foi o triplo daquele causado pelos 50% mais pobres.

Os 54 países de África representam mais de um quarto de todas as nações do planeta, onde vivem cerca de 1.3 mil milhões de pessoas, o que equivale a mais de um sexto da população mundial. No entanto, o continente é responsável por apenas 4% do total das emissões de gases com efeito de estufa, segundo um estudo da Organização Mundial de Meteorológica.

Mas o clima é implacável e não quer saber de quem é culpado pelas alterações climáticas. Apesar de terem pouca culpa no cartório, tal como os países insulares do Pacífico, os africanos não vão ser poupados dos efeitos do aquecimento, sendo que os únicos três glaciares no continente — o monte Kilimanjaro, as montanhas Rwenzori e o monte Quénia — devem desaparecer.

A desigualdade económica não se manifesta só nas diferenças entre os causadores, mas também na forma como as populações africanas vão sofrer com o aumento da frequência dos fenómenos extremos e o aumento do nível das águas do mar. Os países mais pobres estão condenados a ter planos de adaptação insuficientes, daí os apelos a que as nações ricas apoiem o hemisfério Sul sem os prender num ciclo de dívidas.

Em 2017, um relatório da Carbon Majors concluiu que apenas 100 empresas são responsáveis por 71% das emissões de dióxido de carbono desde 1988. As empresas de combustíveis fósseis ExxonMobil, Shell, BP e Chevron foram as principais culpadas.

Caso a exploração fóssil continue ao mesmo ritmo nos 28 anos seguintes àquele a que existiu entre 1988 e 2017, as temperaturas globais subiriam 4ºC até ao fim do século — muito longe dos 1.5ºC desejados.

A tensão entre a sede pelos lucros a curto-prazo exigida pela economia capitalista e a necessidade urgente de combate às alterações climáticas são o maior obstáculo a enfrentar. Uma investigação da Carbon Tracker de 2015 concluiu que as empresas fósseis arriscam-se a desperdiçar mais de 2 biliões de dólares na próxima década ao continuarem a explorar carvão, petróleo e gás natural em projectos que podem perder todo o valor perante a resposta à crise climática.

PUBLICIDADE

Mas as empresas não são o único problema. O financiamento público à exploração de combustíveis fósseis também continua, seja este resultado da pressão de lobbys das indústrias ou das ambições de crescimento económico dos países.

O relatório da Carbon Majors já apontava que um quinto das emissões industriais de gases com efeito de estufa são apoiadas por fundos públicos. De acordo com a Amigos da Terra, desde 2018 até 2021, os países do G20 já investiram pelo menos 188 mil milhões na exploração de combustíveis fósseis.

“O problema é estrutural e sistémico. A sociedade capitalista está orientada para o desperdício e a destruição da ordem para promover o consumo e a produção ao custo mais baixo. Isso exige poder e significa que sem restrições apertadas a maior parte das vezes usados formas de energia “sujas” como o carvão”, explica David Fasenfest, sociólogo e professor universitário ao Salon.

Seguindo esta lógica, não há um único bicho-papão a quem se possa apontar o dedo por estar a destruir o planeta e o problema é o incentivo do sistema económico ao interesse egoísta de cada um em detrimento do bem comum.

Por exemplo, caso o uso das energias verdes aumente muito os custos de produção e diminua a competitividade de forma a que se possam perder postos de trabalho e haja inflacção, uma empresa que prefira continuar a usar petróleo pode ser acusada de ser a vilã da história?

Somos todos culpados e inocentes ao mesmo tempo“, responde Fasenfest, que lembra que a maioria das pessoas não tem alternativas viáveis à participação no sistema no dia-a-dia, estando limitadas a pequenas mudanças, como desligar as luzes quando não estão a ser precisas ou fechar a torneira enquanto lavam os dentes, que não têm um grande impacto no problema geral.

Já Naomi Oreskes, historiadora na Universidade de Harvard, resume a questão ao Salon: “As alterações climáticas são alimentadas pelos gases com efeito de estufa, que são produzidos pela actividade económica, por isso os países com maior actividade económica são mais responsáveis pelas alterações climáticas”.

Durante a maior parte da história moderna, este grupo de nações incluiu os Estados Unidos, França, Alemanha ou o Reino Unido. Mas a hegemonia económica ocidental tem sido ameaçada nos últimos anos pelo crescimento dos chamados BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A China é inclusivamente já a maior economia mundial e também o maior poluidor mundial (28% das emissões mundiais), mas Oreskes lembra a falta de nuance que existe em muitas discussões que acusam a Índia (7% das emissões) e a China de serem grandes culpados pelo aquecimento global e que não têm conta as emissões per capita ou o outsourcing de indústrias ocidentais que operam nestes países.

PUBLICIDADE

Os dois países asiáticos juntos acolhem mais de um terço da população mundial, pelo que o seu contributo para a crise climática é bastante mais pequeno quando se têm esse número em conta. “Estamos a falar de pessoas em nações que são ou muito ricas, muito ineficientes, ou ambos”, explica.

Em 2011, por exemplo, as nações que tiveram emissões mais altas per capita foram o Luxemburgo, o Reino Unido, os Estados Unidos, a Bélgica e a República Checa.

A professora revela que costuma explicar aos seus alunos que o americano médio tem a mesma pegada carbónica que 1.3 coreanos, 7 brasileiros, 9 paquistaneses, 35 nigerianos e 52 ugandeses.

No entanto, é importante lembrar que a causa das disparidades são “pessoas ricas” independentemente da nacionalidade, já que uma “pessoa rica na Índia deve ter uma pegada carbónica semelhante à de um americano médio”.

Este foi também o argumento usado pelo primeiro-ministro Narendra Modi na Cop26 para responder às críticas de que a ambição da Índia de chegar às zero emissões líquidas em 2070 não era uma concessão suficiente dado os compromissos adoptados por outros países, dizendo que a Índia “entende e partilha a dor de outros países em desenvolvimento”.

O mundo está em alerta vermelho e as medidas sérias para combater as alterações climáticas são urgentes. Resta saber se o planeta e os governos estarão dispostos a fazer o que é necessário para que uma pequena minoria não ponha em risco o futuro do planeta.

https://zap.aeiou.pt/poluidores-iguais-mais-rico-futuro-planeta-444702

 

Jogos Olímpicos - Contra o “genocídio”, boicote americano à vista !


Atletas dos EUA deverão ter autorização para participar nos Jogos Olímpicos de Inverno. Mas a nível diplomático os planos serão outros.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio terminaram há três meses mas só faltam outros três meses para o início de nova edição dos Jogos Olímpicos. De Inverno, e novamente numa capital asiática: Pequim. Que pode não contar com presença dos Estados Unidos da América, na abertura.

A agência Reuters informou nesta quarta-feira que a cerimónia de abertura de Pequim 2022, programada para o dia 4 de Fevereiro, poderá não ter representação diplomática do governo dos EUA.

A iniciativa está a partir de activistas e de alguns membros do Congresso em Washington, que estão a pressionar o presidente Joe Biden – e a sua equipa – para boicotar a cerimónia, a nível diplomático.

Cada cerimónia de abertura, além de contar com milhares de atletas, tem sempre governantes de praticamente todos os países; e há sempre muitos líderes políticos nacionais nesse evento.

No entanto, os EUA podem ser uma excepção em 2022, como forma de protesto contra o que consideram ser ataques aos direitos humanos na China, centrado no “genocício” contra grupos muçulmanos na região de Xinjiang, onde muçulmanos estarão a ser presos, torturados e perseguidos. As autoridades locais já negaram esse cenário.

“Os Estados Unidos devem boicotar os Jogos Olímpicos na totalidade. Estar presente envia uma mensagem ao mundo: a América está disposta a olhar para o lado enquanto uma China comunista comete genocídio“, lamentou Nikki Haley, antiga embaixadora nas Nações Unidas.

Mesmo que não haja presença de políticos em Pequim, os atletas dos EUA estarão em prova, num evento que começa no dia 4 de Fevereiro e acaba no dia 20 do mesmo mês.

https://zap.aeiou.pt/jogos-olimpicos-inverno-boicote-americano-vista-445376


Tribunal espanhol ordena investigação aos alegados pagamentos da Venezuela ao Unidas Podemos !


Em causa estão transferências vindas do país sul-americano para ajudar o partido a crescer e aumentar a sua preponderância no cenário político espanhol.

É um dos temas mais discutidos e controversos da política espanhola há anos: a possibilidade de o Podemos, agora Unidas Podemos, ter recebido financiamento vindo da Venezuela. Agora, a Audiência Nacional, um dos principais tribunais espanhóis, ordenou que a polícia espanhola investigasse os autores desses mesmos pagamentos, alguns na ordem dos 12 mil euros. A decisão aconteceu no âmbito de um interrogatório a um antigo chefe de inteligência venezuelana, o qual pertencia, de acordo com o Observador, ao núcleo duro de Hugo Chávez.

Os fundadores do partido, Carolina Bescansa, Jorge Lagos e Ariel Jerez, são suspeitos de terem recebido fundos através das empresas Viu Comunicaciones e Viu Europa, os quais tinham como objetivo ajudar o partido a crescer e a conseguir melhores resultados eleitorais.

Nas mãos da polícia fica agora a responsabilidade de investigar os movimentos bancários dos fundadores, mas também as contas das empresas Viu Comunicaciones e Viu Europa, duas sociedades que também terão estado, alegadamente, envolvidas nos esquemas.

O jornal online aponta ainda que, há um ano, outro dos fundadores do partido, Juan Carlos Monedero, terá recebido das duas empresas, 69 mil euros por um serviço de consultoria que a investigação considera ter sido fictícios. A verba seria destinada à criação de uma moeda única para vários países da América Latina.

A justiça espanhola acredita que Nicolás Maduro, através do seu governo, também terá participado no esquema para financiar o partido espanhol, pelo que se coloca a hipótese de que parte do dinheiro que recebeu da Venezuela tenha sido proveniente da embaixada de Cuba.

https://zap.aeiou.pt/tribunal-espanhol-ordena-investigacao-aos-alegados-pagamentos-da-venezuela-ao-unidas-podemos-445372

 

Drama migratório - Uma centena de migrantes detidos pela Polónia junto à fronteira !


As forças de segurança polacas prenderam uma centena de migrantes que cruzaram a fronteira com a Bielorrússia durante a noite, anunciou o Ministério da Defesa da Polónia.

“Um grupo de cerca de uma centena de migrantes foi preso pelos serviços polacos”, indicou o ministério, acusando a Bielorrússia de ter “forçado os migrantes a lançar pedras contra os soldados polacos para desviar a atenção”.

O incidente ocorreu poucas horas depois de o regime de Minsk ter anunciado “negociações” com Bruxelas para solucionar a “crise migratória”, em curso nas fronteiras com países da União Europeia.

Os Estados Unidos e a União Europeia acusam a Bielorrússia de organizar o fluxo de pessoas, respondendo desta forma às sanções económicas impostas depois das eleições presidenciais de 2020.

Na quarta-feira, o ministro da Defesa polaco advertiu que a crise migratória na fronteira da Bielorrússia poderá durar “meses, ou mesmo anos”.

“A situação na fronteira Polónia-Bielorrússia não será resolvida rapidamente. Temos de nos preparar durante meses, ou mesmo anos”, disse Mariusz Blaszczak à rádio pública polaca PR1, citado pela agência de notícias France-Presse.

O Ocidente acusa a Bielorrússia de atrair pessoas para a fronteira com falsas promessas de uma entrada fácil na UE, mas o regime de Lukashenko rejeita tais acusações e exige que a UE deixe entrar os milhares de migrantes concentrados junto à fronteira.

Na terça-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) apelou para o fim da instrumentalização de migrantes e refugiados “nas disputas entre países”, na fronteira entre Bielorrússia e Polónia, e disse que as agências humanitárias estão “prontas e disponíveis” para darem apoio no terreno.

https://zap.aeiou.pt/drama-migratorio-migrantes-detidos-445374


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Número 2 militar dos EUA teme ataque nuclear e diz que míssil supersónico chinês “deu a volta ao mundo” !

John Hyten, vice-presidente do Estado-Maior das Forças Armadas norte-americanas
As autoridades dos EUA receiam que a China tenha capacidade de conduzir um ataque nuclear contra os EUA em breve. John Hyten descreve o avanço tecnológico chinês como “impressionante”.

Numa entrevista exclusiva com a CBS, o número 2 das forças norte-americanas, revelou mais detalhes sobre um míssil hipersónico alegadamente com potencialidades nucleares que foi lançado em Agosto. Os EUA acreditam que o míssil era chinês, mas a China negou que o lançamento tinha capacidades nucleares e disse que era apenas um teste de rotina.

Quando o lançamento foi revelado, os Estados Unidos teriam ficado muito preocupados e alarmados com o desenvolvimento tecnológico da China, que seria muito mais avançado do que antecipavam, não tendo o país forma de se defender caso um ataque dessa natureza acontecesse.

Agora, o general John Hyten revelou que o míssil era de “longo alcance” e que “deu a volta ao mundo e caiu de um planador hipersónico que deslizou de volta para China”, tendo ficado muito perto de atingir o alvo definido no país asiático.

Ao contrário de mísseis balísticos intercontinentais que se deslocam num arco previsível e podem ser facilmente localizados por radares, uma arma hipersónica desloca-se bastante mais perto do solo, o que a torna muito mais difícil de detectar.

Hyten acredita que o desenvolvimento “impressionante” da China vai levar a que eventualmente o país tenha capacidade de lançar um ataque nuclear surpresa em território norte-americano. “Porque é que eles estão a preparar toda esta capacidade?”, questiona.

O vice-presidente do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA também afirmou que a China já levou a cabo centenas de testes hipersónicos enquanto que os EUA fizeram apenas nove. Os chineses também já terão criado uma arma hipersónica de médio alcance, faltando ainda alguns anos para os EUA fazerem o mesmo, revela Hyten.

O alegado teste hipersónico chinês terá decorrido a 27 de Julho e suscitou comparações com o lançamento do satélite Sputnik da União Soviética em 1957, que apanhou os Estados Unidos de surpresa na corrida espacial.

Estas afirmações surgem numa altura em que a tensão entre a China e Taiwan tem subido de tom. Os EUA têm tentado mediar a situação sem se envolverem directamente, mas perante os receios da ilha, Joe Biden já afirmo que as tropas norte-americanas vão proteger Taiwan caso a China avance com uma intervenção militar.

https://zap.aeiou.pt/numero-2-militar-eua-missil-supersonico-445370


Guionista processa Alec Baldwin por “jogar roleta russa com uma arma carregada” !


A supervisora do guião de “Rust”, Mamie Mitchell, está a processar Alec Baldwin por “jogar roleta russa” sem verificar se a arma estava carregada.

A 22 de outubro, o ator norte-americano Alec Baldwin matou, acidentalmente, a diretora de fotografia do filme que estava a rodar, Halyna Hutchins, ao disparar uma arma de adereço que não devia estar carregada. O realizador do filme, Joel Souza, também ficou ferido.

Mamie Mitchell, supervisora do guião do filme “Rust”, está agora a processar Alec Baldwin, a equipa de produção, a armeira, entre outros. “Intencionalmente, sem justa causa ou desculpa, [Baldwin] disparou a arma carregada, embora a próxima cena a ser filmada não exigisse o disparo”, lê-se na queixa de 29 páginas apresentada num tribunal de Los Angeles.

“Baldwin escolheu jogar roleta russa com uma arma carregada, sem verificá-la e sem que a armeiro o fizesse”, escreve ainda Mitchell, que estava ao lado de Hutchins quando tudo aconteceu e foi quem ligou ao 112.

Em conferência de imprensa, o advogado da supervisora do guião, citado pela Sky News, sugere que Baldwin, um “veterano na indústria”, não devia ter confiado “numa alegada declaração do assistente de realização” de que a arma estava descarregada.

“Nunca me esquecerei daquilo que aconteceu no set. Continuo a reviver o disparo e o som da explosão da arma todos os dias”, desabafa Mamie Mitchell.

Por sua vez, o advogado que representa a responsável pela arma disparada por Baldwin disse que o incidente pode ter sido um ato de “sabotagem” por parte de membros descontentes da equipa de filmagens de “Rust”.

“Presumimos que alguém colocou a bala real naquela caixa – e se pensar sobre isso, a pessoa que colocou a bala real na caixa de balas falsas tinha que ter como objetivo sabotar o estúdio”, disse Jason Bowles. “Não há outra razão para fazer isso”, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/guionista-processa-alec-baldwin-445294


Jordânia acusa guarda-redes iraniana de ser um homem !


A Jordânia exigiu um teste de género a uma jogadora de futebol do Irão, na sequência da derrota frente àquela equipa nas eliminatórias para a Taça da Ásia Feminina.

A Jordânia solicitou à Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) uma investigação para verificar o sexo de uma jogadora da equipa de futebol feminina iraniana.

De acordo com o jornal britânico The Independent, pedido surge na sequência do jogo de qualificação para a Taça Asiática de Futebol Feminino de 2022, que aconteceu no dia 25 de setembro e do qual o Irão saiu vencedor — sendo, pela primeira vez na sua história, qualificado para aquela competição.

A partida terminou empatada (0-0) e o resultado foi decidido já nas grandes penalidades, em que o Irão marcou quatro bolas contra duas da Jordânia — e quem fez a diferença foi a guarda-redes iraniana Zohreh Koudaei, ao defender dois pontapés de penálti.

Contudo, este domingo, o Príncipe Ali Bin Al-Hussein, presidente da Associação de Futebol da Jordânia, publicou no Twitter uma carta datada de 5 de novembro, em que é pedida “uma verificação de género” da guarda-redes iraniana, sugerindo que a jogadora era um homem a fazer-se passar por uma mulher.

“Por favor, acordem”, escreveu Ali Bin Al-Hussein, considerando que, “se for verdade”, este é um assunto muito grave.

A carta partilhada defende que “a equipa de futebol feminino iraniana tem histórico com questões de género e doping”. Em 2015, a equipa foi acusada de agir de forma pouco ética por oito membros da equipa serem, alegadamente, homens.

Em 2014, o país introduziu controlos aleatórios de género, depois de quatro homens que não completaram as operações de mudança de sexo —apesar das leis iranianas baseadas na sharia, as operações de mudança de sexo são alegadamente legais e comuns — terem sido encontrados a jogar na equipa feminina.

O Irão negou, no entanto, as alegações da Jordânia e disse estar disposto a fornecer documentação à Confederação Asiática de Futebol para comprovar a falsidade dos factos.

A selecionadora da equipa iraniana, Maryam Irandoost, disse que os adeptos da equipa de futebol não tinham nada com que se preocupar.

“O pessoal médico examinou cuidadosamente cada jogadora da equipa nacional em termos de hormonas para evitar quaisquer problemas a este respeito”, disse ao site de notícias desportivas Varzesh 3.

“Forneceremos toda a documentação que a Confederação Asiática de Futebol desejar, sem perda de tempo”, concluiu.

A Taça Asiática de Futebol Feminino de 2022 acontecerá em janeiro, na Índia.

https://zap.aeiou.pt/jordania-acusa-futebolista-iraniana-de-ser-um-homem-445105


O sistema imunitário de “Esperanza” livrou-se do VIH sem tratamento !


A “paciente Esperanza”, caso retratado num novo estudo científico, provou ter um sistema imunitário capaz de se livrar do VIH, o vírus causador da SIDA.

O VIH é o vírus causador da SIDA, que ataca e destrói o sistema imunitário do nosso organismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que existam cerca de 36,9 milhões de pessoas infetadas, mas pouquíssimas são aquelas que não precisam de medicação para sobreviver.

Tão poucas que, até há pouco tempo, havia apenas um caso documentado: o de Loreen Willenberg. Agora, um novo estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine descreve um novo caso. A “paciente Esperanza” provou ter um sistema imunitário capaz de se livrar do vírus.

“Esperanza” é o pseudónimo dado à paciente, uma vez que é também o nome da cidade onde vive, na Argentina. Os especialistas revelaram que a paciente, cujo ex-namorado morreu de SIDA, não tinha o vírus causador da doença.

Segundo a CNN, Esperanza não mostrou nenhuma evidência de HIV num grande número de células, sugerindo que pode ter alcançado naturalmente o que os investigadores descrevem como uma “cura esterilizador” da infeção pelo HIV.

Por sua vez, o caso de Loreen Willenberg, infetada há mais de 20 anos, foi retratado num artigo científico em 2020. A norte-americana, de 67 anos, apresentou remissão da doença nesse mesmo ano. O estudo foi levado a cabo pela mesma equipa de investigadores do MIT e da Universidade de Harvard.

“Estas descobertas, especialmente com a identificação de um segundo caso, indicam que pode haver um caminho para uma cura esterilizadora para pessoas que não são capazes de o fazer sozinhas”, resume Xu Yu, autora dos dois artigos, citada pelo Público.

Esperanza, de 30 anos, não precisou de tomar a medicação anti-retroviral para impedir a multiplicação do vírus. A paciente foi diagnosticada com HIV pela primeira vez em março de 2013. Não tomou qualquer tipo de medicação até 2019, quando ficou grávida e começou um tratamento durante seis meses. Depois de dar à luz um bebé saudável, sem SIDA, ela interrompeu o tratamento.

“Uma cura esterilizadora para o HIV só foi observada anteriormente em dois pacientes que receberam um transplante de medula óssea altamente tóxico. O nosso estudo mostra que essa cura também pode ser alcançada durante a infeção natural — na ausência de transplantes de medula óssea (ou de qualquer tipo de tratamento)”, acrescentou a cientista, em declarações ao canal de notícias norte-americano.

A autora acredita que possa existir uma resposta de linfócitos T comum às duas mulheres estudadas. “Pensamos que é uma combinação de diferentes mecanismos imunitários — as células T citotóxicas provavelmente estão envolvidas, o mecanismo imunitário inato também pode ter contribuído”, sublinhou.

“Se os mecanismos imunitários subjacentes a esta resposta puderem ser compreendidos pelos investigadores, estes poderão ser capazes de desenvolver tratamentos que ensinem os sistemas imunitários dos outros a imitar estas respostas em casos de infeção pelo VIH”, explica Xu Yu.

https://zap.aeiou.pt/esperanza-livrou-vih-sem-tratamento-445290


Novo trunfo militar dos EUA promete vigilância constante mais barata e polémicas sobre privacidade !

Balão estratosférico de vigilância da World View
Já desde 2019 que estão a ser feitos testes a balões de alta tecnologia que permitem vigiar grandes áreas durante vários dias. Mais barata e eficiente, esta alternativa pode levar à diminuição do uso dos drones.

Serão armas? Tanques? Submarinos? Drones? Não, o novo trunfo militar dos Estados Unidos são mesmo balões — e não do tipo que inspiram canções infantis ou a música de Manuela Bravo. Já desde 2019 que o exército norte-americano estava a fazer testes em grandes áreas onde punha à prova a capacidade de vigilância destes balões de alta altitude.

Na altura, falavam-se em até 25 balões movidos a energia solar que estavam a ser lançados desde as zonas rurais do estado da Dakota do Sul e que vigiavam uma área de 250 milhas que se estendia ao Minnesota, Iowa, Wisconsin, Missouri e Illinois.

Os drones furtivos já tinham sido usados para espionagem há muito, mas agora os balões estratosféricos estão a ser encarados como alternativas viáveis e mais baratas que passam despercebidas pelas defesas aéreas dos inimigos.

Durante vários anos, a fabricante de aeronaves militares Sierra Nevada Corporation forneceu o governo norte-americano com pequenas avionetas equipadas com sensores que custavam milhões de dólares para sobrevoarem o México, a Colômbia, o Panamá e o mar nas Caraíbas. Num relatório do Senado de 2019, concluiu-se que apenas 6% do tráfico de drogas na região foi interceptado, cita o The Guardian.

A fraca eficiência aliada às limitações no tempo de voo e a necessidade de uma equipa nos aviões também tornou este método menos apelativo. Por isso, a Sierra Nevada começou a mudar de estratégia e passou a dedicar-se à produção de balões cujo objectivo é “fornecer um sistema de vigilância persistente para localizar e deter o tráfico narcótico e ameaças à segurança interna”.

A vigilância de áreas de interesse geopolítico para os adversários russos e chineses também é um dos possíveis usos desta tecnologia, como por exemplo, no Mar do Sul da China.

Equipados com radares de alta tecnologia que podem simultaneamente localizar vários veículos tanto de dia como de noite independentemente das condições meteorológicas.

É também possível voltar atrás nas imagens que são registadas para se ver exactamente o que aconteceu e quem estava envolvido caso haja suspeitas de alguma actividade ilícita.

A flutuar a altitudes de até 60 mil e 80 mil pés, esta inovação aparentemente inofensiva do Pentágono pode atingir alvos tácticos, como bases de mísseis e radares de defesa aérea a uma distância superior a mil milhas. No entanto, são precisos batedores aéreos para apontar os alvos.

A alta tecnologia usada faz com que por vezes até sejam confundidos com OVNIs. Os balões que passaram na fase de testes estão aos poucos a passar a ser mesmo usados em operações militares. Para além do uso militar, a inovação pode também ajudar a detectar a formação de furacões ou tempestades solares.

Os actuais equipamentos militares aéreos, como os drones ou satélites, são bastante limitados relativamente ao tempo em que podem vigiar uma zona ou ao nível de detalhe conseguido.

O recurso a uma inovação muito mais barata como os Stratollites — nome dado aos balões pela World View Enterprises, que também produz para o Pentágono e para a NASA e é concorrente da Sierra Nevada — pode representar um enorme aumento na capacidade de recolha de informações da inteligência dos EUA.

Segundo escreve a Popular Mechanics, os Stratollites são aeronaves gigantes em forma de abóbora que podem ter um volume até 800 mil metros cúbicos. As suas gôndolas podem contem câmaras para a luz diurna, radares, câmaras térmicas, sensores de frequências de rádio e painéis solares.

A inclusão de sensores que avaliam os padrões do vento e o design que permite mudanças de voo rápidas e eficientes, um Stratollite pode também mudar de altitude, apanhar ventos e manter-se em posição dentro de um perímetro de 19 quilómetros do alvo durante quatro dias.

Está também já a ser desenvolvido o programa TRIPPWIRE que inclui uma experiência nas operações contra-estratosférias — ou seja, já prevê guerras entre balões. Para se destruir um destes balões o mais provável é ser preciso um golpe na gôndola.

Visto que as gôndolas não tem cockpits pressurizados, tanques de combustível, munições ou turbinas de alta velocidade, será mais difícil rebentar estes balões do que seria destruir um drone ou um avião pilotado.

Também será muito mais barato substituir os balões do que os outros equipamentos aéreos, pelo que o Pentágono pode recorrer a uma estratégia que combina o uso de balões e de drones.

Depois do anúncio de Biden de que a política externa militar dos EUA vai agora ser mais baseada em operações “além do horizonte” em que não há tropas no solo, o recurso a esta nova tecnologia pode até começar a substituir certos modelos de drones.
O que será feito com os dados recolhidos?

Até mesmo durante a fase de testes, o uso destes balões já levantou preocupações sobre a privacidade dos cidadãos que são vigiados, especialmente tendo em conta o histórico da inteligência norte-americana de espiar os seus próprios cidadãos, tal como revelou o denunciante Edward Snowden. Dado serem uma inovação recente, há também ainda poucas regulações sobre o uso de balões para a vigilância.

“Não achamos que as cidades americanas devam ser sujeitas a vigilância de grandes áreas onde todos os veículos podem ser acompanhados onde quer que vão. Mesmo só com testes, estão a recolher muitos dados sobre os americanos. Não devemos ir pelo caminho de permitir que isto seja usado nos Estados Unidos e é perturbador ouvir que estes testes estão a ser feitos, até pelo exército”, criticou Jay Stanley, analista da União Americana pelas Liberdades Civis.

Os documentos relativos aos testes em 2019 também não especificavam se estavam a ser feitos no âmbito de alguma investigação e se os dados recolhidos seriam apagados, guardados ou passados a outras autoridades federais ou locais.

“Gostaríamos de saber o que estão a fazer com esses dados, como os estão a arquivar, e se estão a contemplar usar os balões dentro dos Estados Unidos. Porque se decidirem que a tecnologia pode ser usada domesticamente, haverá uma enorme pressão para a implementarem”, reforça Stanley.

Já Ryan Hartman, CEO da World View, diz que as preocupações com a privacidade são tidas em conta pela empresa — apesar de já ter feito dezenas de testes para clientes cuja identidade não revelou e não clarificar que dados são recolhidos.

“Obviamente, há leis para proteger a privacidade das pessoas e nós respeitamos essas leis. Também entendemos a importância de trabalhar de forma ética para que se proteja ainda mais a privacidade das pessoas”, declarou ao The Guardian.

https://zap.aeiou.pt/baloes-trunfo-militar-eua-privacidade-444323




Fauci acredita que covid-19 se tornará endémica até à próxima primavera e aponta dois fatores cruciais !


Um dos principais peritos em doenças infecciosas da Casa Branca, Anthony Fauci, acredita que será possível controlar a pandemia. Para isso, aponta dois fatores cruciais.

Anthony Fauci crê que os Estados Unidos vão conseguir controlar a pandemia de covid-19 e começar a viver com o novo Sars-Cov-2 como endémico. Para isso, aponta, é preciso acelerar a vacinação e reforçar as terceiras doses.

Descartar completamente o vírus está fora de questão para o especialista. “Se queremos que se torne endémico temos que ter um nível de infeção tão baixo que faça com que não tenha qualquer impacto na sociedade, na nossa vida, na nossa economia”, explicou, citado pelo The Guardian.

“As pessoas vão continuar a ficar infetadas. Haverá ainda quem necessite de ser hospitalizado, mas o nível de infeção será tão baixo que não teremos de pensar nisto a toda a hora e não irá influenciar a nossa vida”, acrescentou.

Para isso, é preciso que mais pessoas comecem o esquema vacinal ou aceitem as doses de reforço, reforçou o consultor para a saúde na Casa Branca, num momento em que o país tem mais de 70% de adultos totalmente vacinados.

Atualmente, as doses de reforço estão disponíveis – pelo menos seis meses após a segunda toma – para os imunossuprimidos, maiores de 65 anos e pessoas com elevado risco de doença grave ou exposição frequente ao vírus.

Alguns estados norte-americanos e a cidade de Nova Iorque já expandiram a disponibilidade das doses de reforço.

Na próxima sexta-feira, um painel de especialistas que aconselha os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) irá discutir o alargamento da elegibilidade para as vacinas de reforço a todos os adultos, o que poderia tornar estas doses disponíveis já este fim de semana.

https://zap.aeiou.pt/fauci-covid-endemica-dois-fatores-445041

 

Bitcoin poderá colocar em risco a estabilidade financeira, avisa vice-governador do Banco de Inglaterra !


Os ativos criptográficos como a Bitcoin estão a evoluir tão rapidamente que se estão a tornar mais uma ameaça potencial para o sistema financeiro global, advertiu o vice-governador do Banco de Inglaterra, Jon Cunliffe.

“Sobre a questão da Bitcoin, e outros ativos criptográficos, e do seu valor, a minha opinião é que não são neste momento um risco para a estabilidade financeira“, disse Jon Cunliffe, em declarações à BBC Radio 4, esta segunda-feira.

“Mas [as criptomoedas] estão a crescer muito rapidamente e estão a tornar-se mais integradas no (…) sistema financeiro tradicional”, acrescentou.

“Portanto, o ponto em que representam um risco está a aproximar-se e penso que os reguladores e legisladores precisam de pensar muito bem sobre o assunto“, advertiu ainda.

De acordo com dados da CoinGecko, escreve o Markets Insider, os ativos criptográficos explodiram em popularidade e a sua capitalização total de mercado aumentou de 463,4 mil milhões de dólares, há um ano, para 2,8 triliões de dólares hoje em dia. Mas os reguladores ainda estão a trabalhar no desenvolvimento de regras para supervisionar o espaço em evolução.

Cunliffe já tinha alertado para o que poderia acontecer se a volatilidade tipicamente elevada das criptomoedas se repercutisse nos mercados tradicionais e, em outubro, disse ser plausível uma queda nos mercados criptográficos. No mesmo mês, o Fundo Monetário Internacional advertiu também sobre os perigos da especulação excessiva sobre ativos aparentemente estáveis.

Segundo o vice-governador do Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o banco central do Reino Unido começou a encontrar formas de gerir riscos em finanças descentralizadas, onde as transações entre pares na cadeia de bloqueio prestam serviços financeiros sem um intermediário entre banco ou corretor.

O BoE começou a falar com a indústria financeira e empresas de tecnologia para descobrir se deve emitir a sua própria moeda criptográfica, uma libra digital apelidada de “Britcoin”. Mas é pouco provável que a moeda digital do banco central seja lançada até 2025.

De qualquer forma, Cunliffe considera que a moeda digital do banco central poderia “ancorar e manter unido o nosso sistema monetário”.

“A forma como vivemos e a forma como fazemos as nossas transações está sempre a mudar. As nossas vidas estão a tornar-se mais digitais. E, à medida que isso acontece, a forma como utilizamos o dinheiro e o dinheiro que mantemos muda”, disse.

“A questão é se o público em geral — empresas, famílias — deveria realmente ter a opção de utilizar e ter o dinheiro mais seguro, que é o dinheiro do Banco de Inglaterra, na sua vida quotidiana”, continuou.

Cunliffe salientou ainda que os projetos de dinheiro digital de empresas como o Facebook, cuja libra estável é agora conhecida como Diem, ainda não são uma preocupação para os reguladores dos Estados Unidos.

“Há propostas de novos atores que não são bancos, incluindo algumas das grandes plataformas tecnológicas, para virem ao mundo e emitirem o seu próprio dinheiro”, disse.

“Mas penso que essas propostas ainda não existem em grande escala. Por isso, penso que não estamos aqui atrás da curva no que diz respeito à regulação e gestão dos ativos criptográficos”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/bitcoin-podera-colocar-em-risco-a-estabilidade-financeira-avisa-vice-governador-do-banco-de-inglaterra-445046


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Exercícios para algo maior: PREPARE-SE PARA A GUERRA - ESTE NÃO É UM EXERCÍCIO !


A CIA Enlouqueceu D - Destruição M - Mutuamente A - assegurada Usando o pano de fundo de: 6 - b UILD 6 - b ACK 6 - b ETTER DESTRUIR TOTALMENTE E DAS CINZAS RECONSTRUIR UMA NOVA ORDEM MUNDIAL A Fênix - um pássaro mítico que pega fogo e eclode de novo Estes são os maçons e cavaleiros templários Eles são suicidamente insanos 


https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Grupo de 1.200 fanáticos por criptomoedas quer comprar equipa da NBA !


A Krause House é uma organização de fanáticos por criptomoedas que está a tentar angariar dinheiro através de tokens para comprar uma equipa da NBA, a principal liga de basquetebol norte-americana.

O fundador, Flex Chapman — pseudónimo usado no mundo das criptomoedas —, idealiza uma equipa onde os adeptos têm voz em tudo, desde o aspeto dos equipamentos até aos reforços que a equipa contrata. A ideia é simples: comprar uma equipa da NBA através de criptomoedas.

“É a mais pura forma de uma situação benéfica para todos que uma liga como a NBA pode ter, que tem tanto poder e fez todas as coisas certas”, disse Chapman, citado pela Business Insider. “Esta é a maneira de subir de nível onde as pessoas podem verdadeiramente participar na liga que amaram durante décadas”.

Em vez de ser um bilionário árabe a deter o clube, como em alguns casos, a Krause House quer que os seus 1.200 membros giram a equipa em conjunto.

Os membros compram a sua adesão ao grupo através de tokens, recebendo depois o poder de voto de acordo com a percentagem que detêm. Embora Chapman não tenha revelado nomes de membros do seu grupo, sugeriu que inclui antigos jogadores e agentes da NBA. 

A Krause House ainda não lançou o seu token, mas deverá estar à venda na próxima sexta-feira.

Organizações autónomas descentralizadas, mais conhecidas pelo acrónimo em inglês DAO, estão a tomar o mundo por assalto. A ConstitutionDAO está a tentar comprar a Constituição dos Estados Unidos, por exemplo, enquanto a PleasrDAO comprou um álbum não lançado dos Wu-Tang Clan.

No futebol já há casos remotamente semelhantes de equipas geridas por adeptos. Em França, o Avant Garde Caennaise tinha uma aplicação que permitia aos seus 2 mil adeptos escolherem não só o onze inicial para os jogos, mas também a tática usada e as substituições feitas durante o jogo.

Este ano, os adeptos do AC Milan também passaram a ter uma voz mais ativa no clube. Recentemente, anunciaram o lançamento da $ACM, uma Fan Token na Socios, uma plataforma que permite aos seus membros escolher nomes de estádios, cores do equipamento, iniciativas solidárias e muito mais.

https://zap.aeiou.pt/grupo-criptomoedas-comprar-equipa-nba-444952


Exército europeu - UE dá primeiro passo para criação de força com 5 mil tropas até 2025 !


Os Ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos 27 estiveram reunidos durante dois dias para discutir a criação de uma força europeia. Gomes Cravinho fechou-se em copas e não deu detalhes sobre a posição portuguesa.

É uma ideia antiga que está mais perto de tornar realidade. Os Ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos 27, com a crise entre a Bielorrússia e a Polónia como pano de fundo, reuniram-se em Bruxelas para discutir a criação de uma força militar conjunta que pode ter até 5 mil tropas até 2025.

Este exército europeu pretender acabar com a dependência da UE dos Estados Unidos para a intervenção em crises e deve abranger forças na terra, mar e ar que podem ser trocadas dentro de cada força permanente, dependendo do problema que esteja em causa.

O alto representante para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, acredita que a UE precisa de tomar decisões “mais rapidamente, com maior robustez e flexibilidade” quando se trata da intervenção em situações como a actual na fronteira da Polónia ou a crise humanitária causada pela saída das tropas da NATO dos Estados Unidos em Agosto.

“Temos de poder responder a ameaças iminentes ou reagir rapidamente a situações de crise, por exemplo, uma missão de resgate e evacuação ou uma operação de estabilização num ambiente hostil. Aumentar as capacidades militares da União Europeia é uma forma de aumentar e reforçar a segurança global, o elo transatlântico, em complemento da NATO”, argumenta, citado pela Reuters. 

Foi precisamente por essas razões que a Comissão Europeia trouxe à discussão a “Bússola Estratégica“, um documento que deve orientar a política de defesa do bloco europeu e que já planta as sementes para a criação de um exército conjunto.

O plano começou a ser debatido na segunda-feira à noite, tendo também sido tema de discussão na terça-feira, espera-se que o documento final esteja pronto até Março de 2022.

A “Bússola Estratégica” seria uma versão europeia parecida com o “Conceito Estratégico” da NATO, que define os objectivos da aliança transatlântica.

Ainda nada está fechado, mas Borrell já se mostrou satisfeito com o progresso alcançado até agora na reunião, que conseguiu “um amplo apoio de ministros (da Defesa e dos Negócios Estrangeiros), que expressaram a sua prontidão para continuar a trabalhar activamente”.

A nova tentativa de avanço com um exército europeia surge 20 anos depois dos líderes da União Europeia terem concordado na criação de uma força com entre 50 mil e 60 mil tropas, os chamados “Battle Groups“. No entanto, a proposta não chegou a sair do papel e tornar-se operacional.

Há sinais mais animadores desta vez, com a Itália e a França, dois pesos pesados militares entre os 27, a mostrarem-se abertos à nova tentativa.

“O documento combina um ambição de alto nível mas também já tem propostas operacionais concretas. É um bom equilíbrio“, revelou a Ministra das Forças Armadas francesa, Florence Parly.

O seu homólogo italiano, Lorenzo Guerini, acredita que a força europeia complementaria o trabalho da NATO e reforçaria as relações transatlânticas. Resta saber ainda a posição da Alemanha, que deve ser anunciada em breve e pode ser decisiva.

A proposta não exige que todos os estados-membros participem no projecto, mas o envio das tropas exigiria consenso. Há agora 60 projectos militares conjuntos da UE para armamento e outras colaborações em desenvolvimento, tendo mais 14 sido aprovados na terça-feira, revelou Borrell.

Já sobre a posição portuguesa relativamente à proposta, nada se sabe. O Expresso avança que João Gomes Cravinho recusou falar com os jornalistas durante o encontro de dois dias em Bruxelas, dizendo que não tinha disponibilidade, numa altura em que a sua tutela do Ministério da Defesa está a ser criticada por não ter informado previamente António Costa ou Marcelo Rebele de Sousa das suspeitas de tráfico de diamantes e ouro de tropas portuguesas na República Centro-Africana.

https://zap.aeiou.pt/ue-criacao-forca-5-mil-tropas-ate-2025-445021


Rússia admite ter destruído satélite – Mas nega ter colocado os astronautas da EEI em perigo !


Depois de ser acusada de colocar os astronautas da EEI em perigo, a Rússia acusou os EUA de “hipocrisia”. O país nega ter como objetivo militarizar o espaço.

Esta terça-feira, a Rússia admitiu ter explodido um satélite num teste anti-míssil. Porém, o país nega ter colocado em risco a tripulação da Estação Espacial Internacional (EEI). As declarações surgem depois dos EUA terem condenado a ação.

A administração de Joe Biden, presidente dos EUA, qualificou como perigosa a operação, cujos destroços obrigaram os astronautas a abrigarem-se.

Após as críticas, o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoygu, veio agora defender o país, dizendo que foi conduzido “com sucesso” um teste, que resultou na destruição da nave russa Tselina-D, inativa e em órbita desde 1982. O governante sublinhou ainda que os disparos usaram um sistema “promissor” que atingiu o alvo com “precisão”, cita o jornal britânico The Guardian.

Em conferência de imprensa, Lavrov frisou que a EEI não correu riscos e criticou a postura adotada pelas EUA. “Declarar que a Rússia cria riscos para o uso pacífico do espaço é, no mínimo, hipocrisia”, disse. 

Por sua vez, também os militares russos negaram que o ASAT tenha representado qualquer tipo de perigo para os tripulantes da EEI. Mas assumiram que estavam a realizar vários testes para fortalecer as suas capacidades de defesa.

Ainda assim, Yury Shvytkin, membro do comité de defesa do parlamento, negou a ideia de que a Rússia está a trabalhar no armamento do espaço. “Temos sido e somos contra a militarização do espaço”, referiu em declarações à agência de notícias Interfax.

No entanto, o analista militar russo Pavel Felgenhauer afirmou à Agence Frence-Press que “há muito se sabe que o país tem armas anti-mísseis e anti-espaciais e que as está a implementar”.

A preocupação com o sucedido não se ficou pelos Estados Unidos, sendo que também na Europa o teste anti-míssil causou agitação. O comissário com a pasta do Espaço, Thierry Berton, condenou “o risco” causado pela Rússia aos astronautas que vivem na EEI.

https://zap.aeiou.pt/russia-satelite-astronautas-eei-445065


Polónia dispersa migrantes na fronteira com canhões de água !


Esta terça-feira, as autoridades polacas usaram canhões de água para dispersar migrantes na fronteira, depois de terem avisado que usariam este meio se estes desobedecessem a ordens para não avançar.

A tensão não pára de aumentar na fronteira da Polónia com a Bielorrússia. Esta terça-feira, segundo imagens das autoridades polacas divulgadas através da TV estatal, as forças de segurança usaram canhões de água para dispersar um grupo de migrantes que tentava entrar no país.

Numa mensagem de altifalante, as autoridades avisavam: “Atenção, se não seguirem as ordens, será usada força contra vocês”. Segundo o jornal Público, as forças policiais dizem que usaram canhões de água depois de alguns migrantes terem atirado pedras.

A Polónia assegura que são as próprias autoridades bielorrussas a incentivar os migrantes a atravessar a fronteira. Quando lá chegam, não os deixam voltar para trás. 

O The New York Times noticia, inclusive, que alguns migrantes terão sido levados em autocarros militares até à zona da fronteira e recebido instruções e ferramentas para cortar o arame farpado.

No Twitter, o Ministério da Defesa da Polónia também garante que as autoridades bielorrussas deram aos migrantes granadas de som para atirar aos soldados e guardas fronteiriços polaco.

Milhares de imigrantes cruzaram ou tentaram cruzar a fronteira entre Polónia e Bielorrússia a partir deste verão. A Polónia respondeu ao fluxo de migrantes enviando milhares de soldados para a fronteira, onde implementou um estado de emergência bastante criticado.

A União Europeia (UE) acusa a Bielorrússia de levar a cabo um “ataque híbrido” para desestabilizar o bloco, em resposta a sanções que Bruxelas decidiu no período pós-eleitoral e após o desvio de um voo comercial pelas autoridades bielorrussas para deterem um jornalista.

Esta segunda-feira, a UE avançou com o quinto pacote de sanções ao país.

https://zap.aeiou.pt/polonia-dispersa-migrantes-canhoes-agua-445008


Macron mudou o azul da bandeira francesa !


O azul da bandeira francesa foi alterado há mais de um ano, mas ninguém parece ter reparado na ligeira mudança.

Em julho do ano passado, o Governo de Emmanuel Macron decidiu modificar a bandeira francesa, com o objetivo de ficar mais parecida com o que era após a Revolução Francesa, em 1793. Para tal, o azul da bandeira tricolor escureceu ligeiramente, ficando uma espécie de azul marinho, escreve o Le Parisien.

De acordo com o The Guardian, assessores presidenciais disseram que a mudança já tem mais de um ano, mas ninguém parece ter notado até agora.

O azul da bandeira francesa era azul marinho, mas na década de 1970, o Estado francês introduziu um tom mais claro de azul nas suas bandeiras.

A decisão de modificar a bandeira partiu do diretor de operações de Macron, Arnaud Jolens, e o conselheiro Bruno Roger-Petit. Segundo a rádio Europe 1, o azul marinho foi considerado “mais elegante”, mas também parecia “reconectar-se com um símbolo da Revolução Francesa”. 

Outros sugerem que a mudança pode ter tido outro objetivo: diferenciar-se do azul usado pela União Europeia, sinalizando uma cisão entre França e o bloco europeu. Assessores presidenciais negaram esta teoria. “Não existe uma ‘guerra azul’, é um absurdo”, explicaram.

O correspondente político da Europe 1, Louis de Raguenel, salientou que o Palácio do Eliseu está dividido quanto à mudança. “Nenhuma comunicação foi feita sobre esta mudança de cor, nenhuma instrução foi dada para mudar ou não todas as bandeiras oficiais”, escreveu De Raguenel.

“A comitiva de Emmanuel Macron não deseja dar a imagem de um presidente que toca os símbolos mais profundos do país, mesmo que no fundo, como pode imaginar, haja um significado por trás de tudo”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/bandeira-franca-mudou-ninguem-reparou-444872


Arménia anuncia trégua com Azerbaijão após “mediação” russa !


A Arménia anunciou na tarde de hoje uma trégua com o Azerbaijão com “mediação” da Rússia, após um dia de confrontos entre forças dos dois países perto da disputada região do Nagorno-Karabakh.

“Foi concluído um acordo com mediação da parte russa para pôr termo aos disparos na fronteira oriental da Arménia a partir das 18:30” (14:30 em Lisboa), indicou em comunicado o Ministério das Defesa arménio.

“A situação está relativamente estabilizada”, assegurou, antes de indicar que um soldado arménio foi morto nos confrontos de hoje.

Previamente, a Arménia tinha anunciado diversas baixas militares nos combates de hoje com o Azerbaijão e que motivaram receios sobre um reinício da guerra que opôs no outono de 2020 os dois países rivais do Cáucaso.

As tensões voltaram a agravar-se nas últimas semanas entre a Arménia e o Azerbaijão, duas antigas repúblicas soviéticas, que no domingo já se tinham acusado mutuamente de disparos na fronteira comum. 

No outono de 2020, os dois países vizinhos do Cáucaso do sul envolveram-se num curto mas sangrento conflito em torno do enclave de Nagorno-Karabakh — já palco de uma primeira guerra no início da década de 1990 — e que provocou mais de 6.500 mortos.

Após um acordo de cessar-fogo foi estabelecido o envio de uma força militar russa de manutenção da paz.

Os combates implicaram uma pesada derrota da Arménia, forçada a ceder diversas regiões situadas em torno do enclave separatista de maioria arménia, em território do Azerbaijão, e agora mais expostas às eventuais ofensivas das forças militares azeris.

https://zap.aeiou.pt/armenia-anuncia-tregua-azerbaijao-444974


terça-feira, 16 de novembro de 2021

“Congelado no tempo” - Bunker da Primeira Guerra encontrado nos Alpes !

Uma equipa de investigadores encontrou um bunker da Primeira Guerra Mundial que estava escondido numa montanha dos Alpes. De acordo com os historiadores, este encontra-se em excelente estado de conservação como se estivesse “congelado no tempo”.

Dentro da caverna, escreve o The Washington Post, os historiadores encontraram munições, livros, ossos de animais, entre outros. No entanto, anteriormente, o local albergou as tropas austro-húngaras. Os soldados demarcaram o Monte Scorluzzo, que se encontra quase a 3.000 metros acima do nível do mar, na fronteira ítalo-suíça, agora parte do território do Parque Nacional Stelvio, em Itália.

“Estes lugares foram literalmente congelados no tempo”, disse Giovanni Cadioli, historiador e investigador de pós-doutoramento da Universidade de Pádua, em Itália, ao Washington Post.

O investigador destacou ainda um facto bastante relevante, referindo que as mudanças climáticas têm desempenhado um “papel fundamental” na descoberta de lugares escondidos que foram importantes ao longo das guerras do século passado. Isto porque com a subida das temperaturas, tem havido um derretimento de grandes icebergues que vêm a revelar locais como uma “cápsula do tempo”.

Durante a conferência sobre as mudanças climáticas, a COP26, que se realizou em Glasgow, na Escócia, Cadioli revelou que as descobertas tiveram um sabor agridoce, pois apesar das revelações históricas, estas só foram possíveis graças ao derretimento do gelo na zona. 

O jornal norte-americano refere que os bunkers da zona foram construídos em 1915, sendo transformados para abrigar centenas de soldados europeus. Os locais foram mantidos pelos soldados austro-húngaros que lutavam contra as tropas italianas. Estes abandonaram o seu cargo a 3 de novembro de 1918, em linha com as ordens de retirada, poucos dias antes do acordo de armistício, que encerrou a Primeira Guerra Mundial a 11 de novembro.

Em 2017, outro bunker foi encontrado na mesma montanha após o degelo, revelando uma super estrutura de madeira que foi desmontada e transportada, juntamente com cerca de 300 artefactos, para Bormio, na região da Lombardia, na Itália, onde será exposta num museu já a partir de 2022.

Neste bunker, os investigadores encontraram ainda montes de feno congelado, onde os soldados dormiam. Estes continham sementes que foram tão bem conservadas que foram postas ao sol para secar e depois serem plantadas.

Segundo Cadioli, é altamente provável que existam mais cavernas para descobrir, mas o clima rígido da região só permite que os investigadores tenham acesso aos locais de maio a outubro.

De 1915 a 1918, os soldados europeus estiveram sediados num terreno montanhoso extremamente difícil, enfrentando condições climáticas adversas durante todo o ano. Questões naturais, queimaduras, quedas e avalanches acabaram por tirar a vida a mais soldados do que propriamente o ataque inimigo.

https://zap.aeiou.pt/bunker-primeira-guerra-alpes-444662


“A América está a mexer-se outra vez" - Depois de negociações duras, Biden assina lei das infraestruturas na esperança de recuperar popularidade !


Perante uma grande quebra de popularidade nos últimos meses causada em parte pelos bloqueios à sua agenda no Congresso, Biden e os Democratas esperam que esta aprovação dê um novo fôlego às taxas de aprovação do Presidente.

Depois de meses de negociações sofridas e um impasse no Congresso, Joe Biden conseguiu finalmente garantir a aprovação da lei das infraestruturas que representa um investimento de 1.2 biliões de dólares em estradas, pontes ou portos.

“A minha mensagem para o povo americano é esta: a América está a mexer-se outra vez e as vossas vidas vão melhorar“, declarou o chefe de Estado depois da assinatura da lei.

A verdade é que o caminho para a aprovação deste pacote de medidas — que era uma das promessas eleitorais de Biden — foi recheado de percalços e dores de cabeça.

O valor inicial proposto por Joe Biden, que a ala progressista já considerava insuficiente para responder devido ao estado de degradação das infraestruturas dos Estados Unidos que receberam uma nota de C- da Sociedade Americana de Engenheiros Civis, era de 2.6 biliões de dólares.

Biden queria também juntar a aprovação do pacote ao seu plano de investimentos sociais Build Back Better, mas a oposição não deixou. O valor da lei acabou por cair para 1.2 biliões, para descontentamento dos progressistas. As cedências foram necessárias para satisfazer os Republicanos e conseguir garantir a aprovação no Senado, que tem 50 Senadores para cada lado.

Depois de conseguir uma aprovação bipartidária histórica em Agosto no Senado, tendo 19 Republicanos votado a favor mesmo com as tentativas de sabotagem de Donald Trump no bastidores, o caminho na Câmara dos Representantes foi mais complicado.


O caucus progressista de 96 membros na Câmara dos Representantes fez um ultimato, mantendo a lei das infraestruturas refém da aprovação no Senado do pacote social Build Back Better. No entanto, os Senadores Democratas Kyrsten Sinema e Joe Manchin recusam-se a votar a favor do plano social.

As negociações para a aprovação do Build Back Better continuam num impasse, mas por agora Biden conseguiu garantir a aprovação da lei das infraestruturas na Câmara dos Representantes de forma peculiar: perante a resistência dos progressistas do seu partido, foram 13 Republicanos que votaram a favor e acabaram com o bloqueio.

A grande maioria dos representantes do caucus progressista, incluindo a líder Pramila Jayapal, também acabou por ceder, mas seis continuaram a votar contra, sendo eles os membros da “The Squad” — Ilhan Omar, Alexandra Ocasio-Cortez, Ayanna Pressley, Rashida Tlaib, Cori Bush e Jamaal Bowman.

“Passar a lei das infraestruturas sem passar sem o Build Back Better é um risco enorme. As pessoas vão apontar para os os investimentos pró-clima na lei das infraestruturas, mas as cedências ao petróleo e gás eliminam o seu progresso ou arriscam emissões piores. Passar o Build Back Better desbloqueia as vantagens climáticas da lei das infraestruturas”, justificou Ocasio-Cortez no Twitter.

Já o líder da minoria Republicana do Senado e ex-aliado próximo de Donald Trump que também votou a favor da lei, Mitch McConnell, congratulou o fim do impasse, dizendo que os EUA “precisam desesperadamente” de uma renovação nas infraestruturas.

A aprovação proposta bipartidária custou muitas cedências a Biden, que teve de pesar na balança os benefícios de acabar com o impasse e avançar com pelo menos parte da sua agenda política, ou do compromisso com as mudanças estruturais que prometeu na campanha eleitoral.

Caiem também nesta aprovação muitas das esperanças dos Democratas para as eleições intercalares, depois do impasse ter sido uma das causas da queda da popularidade do Presidente norte-americano, que geralmente se nota nas intercalares.

O partido espera agora usar esta aprovação como prova do sucesso do diálogo bipartidário e do poder conciliador de Biden no avanço do fornecimento de internet, da qualidade da água e da resposta à crise climática.

“Meus caros, muitas vezes em Washington a razão pela qual não fazemos nada é porque insistimos em conseguir tudo o que queremos. Tudo. Com esta lei, o nosso foco estava em conseguir fazer coisas. Concorri à Presidência porque a única forma de avançar no nosso país a meu ver é através dos compromissos e do consenso“, argumentou Biden.

O Presidente vai agora abandonar Washington para festejar esta vitória com os eleitores e tentar subir as suas taxas de aprovação. Os estados do New Hampshire e Michigan vão receber Biden nos próximos dias.

“Vemos isto como uma oportunidade porque sabemos que a agenda do Presidente é bastante popular“, explicou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, que espera que o contacto directo com os eleitores ajude a explicar como a lei “os vai ajudar”.

Apesar de considerarem a lei um avanço, muitos especialistas lembram que a legislação está longe de ser suficiente para enfrentar os desafios que as infraestruturas dos EUA enfrentam, especialmente no contexto de uma emergência climática.

https://zap.aeiou.pt/a-america-esta-a-mexer-se-outra-vez-depois-de-meses-de-negociacoes-e-impasse-biden-celebra-assinatura-da-lei-das-infraestruturas-444774


Reino Unido com nível “grave” de ameaça terrorista após explosão de táxi !

Esta segunda-feira, o Reino Unido elevou o nível de alerta de terrorismo para o segundo mais alto após a explosão de um táxi em Liverpool, que matou o passageiro e feriu o motorista do veículo.

A ministra do Interior, Priti Patel, anunciou que a ameaça terrorista foi alterada de “significativa” para “grave”, o que indica que um ataque terrorista no país é “muito provável”, cita a DW.

A governante lembrou ainda que este foi “o segundo [incidente] num mês” — o outro foi o assassínio à faca do deputado David Amess, em outubro.

Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sublinhou que o Reino Unido “não se deixará intimidar pelo terrorismo”. “Nunca cederemos àqueles que nos querem dividir com atos sem sentido”, referiu em declarações a jornalistas. 

A polícia britânica também acredita que a explosão de um táxi em Liverpool (apanhada em vídeo disponível no YouTube), neste domingo, foi um ataque terrorista, mas não tornou pública a identidade do suspeito.

O diretor da polícia antiterrorista, Russ Jackson, confirmou que o passageiro que morreu usou “um artefacto improvisado” que causou a explosão, informa a BBC.

O condutor do táxi, David Perry, sofreu ferimentos, mas estes “não constituem ameaça de morte”, escreve o Observador.

Joanne Anderson, presidente da câmara de Liverpool, frisou à rádio da BBC que o motorista evitou uma “enorme tragédia” com o seu heroísmo.

Segundo a responsável, o taxista terá conseguido sair do carro e trancou as portas antes da explosão, prendendo o passageiro dentro do veículo que ficou destruído.

Contudo, o chefe da polícia antiterrorista ainda não confirmou essa informação. Russ Jackson admite ter falado com o motorista, mas, por ainda estar abalado e ferido, ainda não conseguiu obter dele um relato mais pormenorizado.

Poucas horas depois de a explosão ter ocorrido, a polícia britânica prendeu três jovens, com 29, 26 e 21 anos em Kensington ao abrigo do Ato de Terrorismo.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-nivel-grave-ameaca-terrorista-444767


Xi Jinping avisa Biden para “não brincar com o fogo” – Mas este não se deixa intimidar !

O Presidente chinês alertou o homólogo norte-americano que trabalhar em prol da independência de Taiwan seria “brincar com o fogo”, à medida que a China aumenta a pressão militar sobre a ilha.

“As autoridades taiwanesas tentaram repetidamente contar com os Estados Unidos para alcançarem a independência e algumas [forças políticas] nos Estados Unidos estão a tentar usar Taiwan para conter a China”, observou Xi Jinping.

“É uma tendência muito perigosa, que equivale a brincar com o fogo”, frisou o chefe de Estado chinês, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Joe Biden, por sua vez, advertiu Xi Jinping que os Estados Unidos “opõem-se veementemente” a qualquer “tentativa unilateral de mudar o ‘status quo’ ou minar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”, indicou um texto publicado pela Casa Branca, no final do encontro, por videoconferência.

O Presidente norte-americano reafirmou, recentemente, por duas vezes, o compromisso dos EUA em defender Taiwan, no caso de um ataque da China. 

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim ameaça utilizar a força para travar a independência formal do território.
Primeiro encontro entre líderes

Joe Biden e Xi Jinping realizaram a primeira reunião, por videoconferência, desde que o líder norte-americano assumiu o poder, no início do ano. O diálogo prolongou-se por três horas e meia, mais do que o originalmente programado.

A relação entre a China e os Estados Unidos atravessa o seu pior momento em várias décadas, marcada por disputas comerciais e tecnológicas, direitos humanos ou o estatuto de Taiwan e do mar do Sul da China. Funcionários chineses criticam frequentemente a Casa Branca por interferir no que consideram ser assuntos internos da China.

Joe Biden expressou as suas “preocupações sobre as práticas (da China) em Xinjiang, Tibete e Hong Kong, e os Direitos Humanos, no geral”, referiu o comunicado da Casa Branca, acrescentando que Biden classificou como injustas as práticas comerciais e económicas da China.

Estas declarações contrastam com a cordialidade demonstrada no início da reunião, em que os dois Presidentes se cumprimentaram, com um acenar de mãos, através dos ecrãs, de acordo com as imagens divulgadas.
“Melhorar a comunicação e cooperação”

Biden defendeu que a “competição entre os dois países não se deve transformar num conflito, seja de forma intencional ou não”.

“A China e os Estado Unidos devem melhorar a comunicação e cooperação”, frisou também Xi, que admitiu sentir-se feliz por voltar a ver o “velho amigo”.

As duas conversas anteriores entre os líderes foram realizadas por telefone.

A chegada de Joe Biden ao poder alterou o tom agressivo na Casa Branca em relação ao país asiático, cultivado pelo antecessor no cargo Donald Trump, mas a relação bilateral continua extremamente tensa.

A Casa Branca estabeleceu baixas expectativas para a reunião, que acabou sem nenhum anúncio importante ou até uma declaração conjunta.

Ainda assim, funcionários da Casa Branca citados pela agência de notícias Associated Press disseram que os dois líderes mantiveram um diálogo significativo, abordando assuntos regionais importantes, como Coreia do Norte, Afeganistão e Irão.

O aumento das tensões ocorre também numa altura em que os dois líderes enfrentam desafios internos crescentes.

Biden enfrenta a persistente pandemia da covid-19, uma inflação galopante e problemas nas cadeias de fornecimento, pelo que procura agora o equilíbrio nas questões de política externa mais importantes que enfrenta.

Xi enfrenta o ressurgimento de surtos da covid-19 no país, uma grave crise energética e o colapso de algumas das maiores construtoras da China, que pode ter repercussões nos mercados globais.

“A China e os Estados Unidos estão em estágios críticos de desenvolvimento e a humanidade vive numa aldeia global, pelo que enfrentamos vários desafios juntos”, disse Xi.

O Presidente dos Estados Unidos estava acompanhado, na sala Roosevelt, pelo Secretário de Estado, Antony Blinken, e vários assessores.

Por sua vez, Xi Jinping estava acompanhado, no salão Leste do Grande Palácio do Povo, pelo diretor do Gabinete do Partido Comunista Ding Xuexiang e vários conselheiros.

Biden teria preferido reunir-se com Xi pessoalmente, mas o líder chinês não sai da China desde o início da pandemia da covid-19. A Casa Branca propôs uma reunião virtual como a segunda melhor opção para permitir uma conversa franca entre os dois líderes sobre uma ampla gama de tensões no relacionamento.

https://zap.aeiou.pt/xi-jinping-avisa-biden-taiwan-444759

Em Hōki, as fraldas dos idosos são o segredo para uma nova fonte de combustível !


Uma pequena cidade japonesa está a reciclar fraldas de idosos para produzir uma nova fonte de combustível que está a aquecer a água dos banhos públicos locais.

Em Hōki, uma cidade na província de Tottori, no Japão, a água dos banhos públicos é aquecida a cerca de 41 graus Celsius. O que muitos não sabem, escreve o The New York Times, é que a caldeira funciona com um combustível de uma origem caricata: pellets reciclados de fraldas sujas de adultos e idosos.

Os pellets são normalmente usados para aquecimento da casa, em salamandras, por exemplo. Regra geral, têm a forma de um granulado prensado e são feitos com restos de folhas, serradura e lascas de madeira. Mas este biocombustível renovável encontrou um novo formato nesta pequena cidade perto da costa ocidental do Japão.

A população japonesa está a envelhecer a um ritmo alucinante. O Japão lidera o ranking das nações mais envelhecidas do planeta: um em cada três japoneses tem hoje mais de 60 anos.

O envelhecimento da população é um dos grandes desafios para o Japão, com uma taxa de natalidade em constante declínio, suscitando preocupações sobre as perspetivas económicas e a mão-de-obra do país.

No Japão, mais fraldas são usadas por pessoas idosas e incontinentes do que por bebés. Hōki está a inovar ao reciclar estas fraldas, que representam cerca de um décimo do lixo total da cidade.

O lixo gerado pelas fraldas tem-se tornado um problema crescente. Enquanto a maioria das outras fontes de lixo está a diminuir em volume, os produtos para incontinência de idosos estão a crescer às toneladas, realça o jornal norte-americano.

“Quando você pensa sobre isso, é um grande e difícil problema”, disse Kosuke Kawai, investigador do Instituto Nacional de Estudos Ambientais. “O Japão e outros países desenvolvidos vão enfrentar problemas semelhantes no futuro”.

Cerca de 1,5 milhões de toneladas de fraldas para adultos entram todos os anos no fluxo de resíduos no Japão. A projeção é de um crescimento de mais 23% até 2030.

“Podemos eliminar facilmente palhinhas e guarda-chuvas em cima de cocktails”, disse Kremena Ionkova, especialista em desenvolvimento urbano do Banco Mundial. “Mas não podemos eliminar as fraldas”.

Hōki decidiu converter um dos dois incineradores da cidade numa central de reciclagem de fraldas e produzir combustível. O produto final ajuda a reduzir os custos de aquecimento a gás natural nos banhos públicos.

Os frequentadores dos banhos públicos não parecem incomodados com a origem da água e aplaudem o esforço de reciclagem.

As fraldas são esterilizadas e fermentadas durante 24 horas a 350 graus Celsius de temperatura. O produto resultante é depois processado por outra máquina e transformado em pellets de cinco centímetros de comprimento.

https://zap.aeiou.pt/japao-fraldas-idosos-segredo-combustivel-444722


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...