A publicidade da Posten, a empresa de correio norueguesa, mostra a história de amor que nasceu entre Harry e o Pai Natal e surge como uma celebração dos 50 anos de liberdade no país.
O anúncio publicitário do serviço postal da Noruega, Posten, mostra a relação amorosa entre os dois homens e pretende marcar os 50 anos desde que a homossexualidade foi descriminalizada no país.
When Harry met Santa – assim batizado numa referência ao clássico When Harry met Sally – retrata o momento em que Harry e o Pai Natal se conheceram pela primeira vez, na noite de Natal.
Num primeiro contacto, os dois homens olham de forma ternurenta um para o outro, mas a figura das barbas acaba por desaparecer pela chaminé.
Os encontros entre ambos vão surgindo anualmente, sempre na mesma data e sempre com a mesma ânsia. Segundo o The Times, vão ficando cada vez mais próximos a cada ano que passa.
O contacto entre ambos é sempre interrompido pela obrigação do Pai Natal de levar os presentes às crianças. A determinado momento, Harry escreve “All I want for Christmas is you” (“Tudo o que quero para o Natal és tu”) numa carta com destino ao Pólo Norte.
O Pai Natal regressa e diz-lhe que conseguiu arranjar ajuda dos serviços postais noruegueses para entregar os presentes e que, por isso, podem estar juntos. O momento é eternizado com o primeiro beijo entre ambos.
O vídeo foi lançado em jeito de celebração dos “50 anos de permissão para amarmos quem quisermos“. A descriminalização da homossexualidade na Noruega assinala-se em 2022.
Segundo o Público, há utilizadores nas redes sociais que se atrevem a afirmar que este é o melhor anúncio do Natal de 2021.
O óbito de Srikesh Kumar foi declarado num hospital da capital da Índia, mas sete horas depois a sua cunhada percebeu que estava vivo. Acabou mesmo por falecer, cinco dias depois do sucedido.
No dia 18 de novembro, Srikesh Kumar foi levado para as urgências de um hospital em Nova Deli depois de ter sido atropelado por um veículo em excesso de velocidade.
Os médicos declararam o óbito do eletricista, mas, sete horas depois, um familiar percebeu que, afinal, estava vivo.
Depois de o seu óbito ter sido declarado pela equipa médica, Srikesh Kumar foi transferido para uma morgue hospitalar, onde foi mantido no interior de um congelador durante um período de, pelo menos, seis horas.
No dia seguinte, os familiares deslocaram-se à morgue para identificar o corpo e autorizar a autópsia.
Assim que Madhubala Gautam, cunhada de Kumar, tocou no corpo, ficou chocada por se deparar com alguns sinais vitais. “Toquei-lhe nas bochechas e chamei-lhe jija ji (cunhado). Para minha felicidade e horror, estava quente. Ele respirava“, contou, ao The Times of India.
O potencial caso de negligência médica está a chocar a Índia. Segundo o Daily Mail, Srikesh Kumar acabou por falecer, cinco dias depois, na sequência de uma hemorragia interna na cabeça.
“O meu irmão lutou pela vida, mas perdeu a batalha após cinco dias.
Ele queria viver”, disse Satyanand Gautam. “Ele mostrou alguns sinais de
recuperação, costumava responder sempre que chamávamos o seu nome. Os
sinais vitais eram normais, mas tinha um coágulo no cérebro.”
Segundo os meios de comunicação locais, os médicos procuraram várias
vezes por sinais vitais no paciente antes de declarar a sua morte.
Aliás, os profissionais de saúde do hospital de Nova Deli dizem mesmo
que o que aconteceu não foi “nada menos do que um milagre“.
Já a família do paciente, visivelmente consternada com a situação, manifestou a intenção de processar o hospital.
A Vice escreve que decorre, neste momento, uma investigação ao sucedido.
Os navios das águas chinesas estão a desaparecer dos sistemas
de localização. É a mais recente dor de cabeça da cadeia de
abastecimento global.
Os navios são equipados com um sistema de identificação automática
(AIS), que permite às empresas de dados de transporte rastrear as
embarcações de todo o mundo.
O sistema permite que os navios enviem certas informações para
estações localizadas ao longo da costa de um país, através de um rádio
de alta frequência. Se a embarcação estiver fora do alcance dessas
estações, as informações podem ser obtidas via satélite.
Isto é exatamente o que não está a acontecer na China. Segundo a CNN, que cita dados de navegação da VesselsValue, o número de navios que enviam sinais a partir deste país asiático caiu quase 90% nas últimas três semanas.
Quando confrontado com a situação, o Ministério das Relações
Exteriores da China recusou-se a comentar. Analistas consultados pela
cadeia norte-americana acreditam que a Lei de Proteção de Informações Pessoais da China, que entrou em vigor a 1 de novembro, é a culpada.
De acordo com esta lei, as empresas que processam este tipo de dados têm de receber aprovação do Governo chinês antes de permitir que as informações pessoais deixem o território chinês.
Ainda que a legislação não mencione dados de navegação, é possível
que os provedores de dados chineses estejam a reter informações por precaução. É este o entendimento da Anastassis Touros, líder da equipa da rede AIS da Marine Traffic.
Há ainda especialistas que afirmam terem sido retirados alguns transponders AIS de estações localizadas ao longo da costa chinesa no início do mês.
De qualquer das formas, a emissora salienta que os satélites ainda
podem ser usados para captar sinais de navegação. No entanto, quando
uma embarcação se encontra perto da costa, as informações não são tão
exatas quanto as que podem ser recolhidas no solo.
A cadeia de abastecimento global está sob pressão este ano devido à pandemia, numa altura em que muitos portos congestionados lutam para acompanhar a rápida recuperação da procura por produtos.
A falta dos dados chineses pode impactar negativamente a visibilidade
da cadeia de abastecimento dos oceanos na China. “À medida que
avançamos para o período de Natal, isto terá um impacto realmente grande
nas [cadeias de abastecimento]”, disse Georgios Hatzimanolis, da Marine Traffic, à CNN.
Apesar da eficácia na prevenção da doença grave, a Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA) não recomenda o medicamento a grávidas.
O comprimido anti-covid-19 desenvolvido pela Merck é eficaz no tratamento do novo coronavírus, afirmou a Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA) num relatório preliminar em que não se recomenda o uso em grávidas.
A publicação do relatório precede uma reunião de uma comissão de peritos da FDA agendada para 30 de novembro, onde serão avaliadas recomendações para aprovação de emergência do medicamento, chamado molnupiravir.
A ser aprovado, o medicamento representaria um grande avanço na luta contra a pandemia, segundo os especialistas, ao tornar possível reduzir as formas graves da doença com relativa facilidade.
A farmacêutica Merck divulgou na sexta-feira os resultados completos de um ensaio clínico do comprimido, revelando que o medicamento reduziu as taxas de hospitalização e morte em 30% – bem abaixo do valor inicial – em doentes em risco que a tomaram pouco depois de terem sido infetados.
No relatório, a FDA considerou o molnupiravir eficaz em doentes com covid-19 em risco de hospitalização.
Contudo, propôs que a comissão não recomendasse a aprovação do molnupiravir em mulheres grávidas, acreditando que “não existe um cenário clínico em que os benefícios superem os riscos” nesta população.
Embora nenhuma mulher grávida tenha sido incluída no ensaio clínico da Merck, a FDA baseou a sua recomendação nos resultados do estudo em ratos e coelhos grávidos, verificando-se mais malformações do que nos grupos de controlo.
O pedido de autorização da Merck baseou-se num ensaio clínico que realizou em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics em pessoas com casos ligeiros a moderados de covid-19 e pelo menos um fator de risco agravante. Estes receberam o tratamento cinco dias após os primeiros sintomas.
A Merck tinha inicialmente dito que o comprimido, num ensaio clínico, reduzia para metade a taxa de hospitalização e morte.
Os resultados provisórios resultam de um estudo de pouco mais de 700 pacientes, metade dos quais receberam o comprimido e a outra metade um placebo.
Os resultados foram suficientemente convincentes para que uma comissão independente de monitorização de dados, em consulta com a FDA, decidisse interromper o ensaio prematuramente.
Os resultados completos, por outro lado, provêm da análise de mais de 1.400 pacientes, resultando numa redução mais modesta da taxa de hospitalização e morte.
Tanto os resultados intercalares como os totais apoiam “a avaliação global favorável do benefício/risco e eficácia do molnupiravir” para o tratamento de covid-19 leve a moderado em adultos de alto risco, disse a Merck e, comunicado.
De acordo com os resultados completos, a taxa de hospitalização dos pacientes a quem foi dado o medicamento foi de 6,8%, em comparação com 9,7% naqueles a quem foi dado um placebo. Houve uma morte no grupo molnupiravir, em comparação com nove no grupo placebo.
Antivíricos como o molnupiravir funcionam reduzindo a capacidade de replicação de um vírus, retardando assim a doença.
A sua aplicação pode ser dupla: tanto para evitar que os já infetados sofram sintomas graves, como para evitar que aqueles que estiveram em estreito contacto desenvolvam a doença.
Esta sexta-feira, Aleksander Lukashenko encontrou-se com migrantes na fronteira com a Polónia e disse-lhes que a Bielorrússia está disposta a ajudá-los a voltar a casa.
Esta sexta-feira, numa visita a um armazém que serve de abrigo a muitos migrantes, perto da fronteira com a Polónia, Aleksander Lukashenko prometeu ajuda a quem quiser entrar na União Europeia (UE), nomeadamente comida e vestuário quente a quem decidisse tentar a travessia.
Para os que não quisessem, disse-lhes que iria ajudá-los a regressar às suas casas, mas sem os obrigar a voltar para os seus países, noticia o Público. “Se quiserem ir para o Oeste, não vos iremos deter, sufocar ou agredir.”
“Fica ao vosso critério. Atravessem [a fronteira]. Não iremos deter-vos sob nenhuma circunstância, ou atar as vossas mãos e obrigar-vos a embarcar em aviões para vos mandar para casa, se não o quiserem”, afirmou o líder bielorrusso.
“A minha tarefa é ajudar-vos, porque estão em apuros. Nós, os bielorrussos, incluindo eu mesmo, faremos tudo o que quiserem, mesmo se isso for mau para os polacos, letões ou quaisquer outras pessoas. Trabalharemos convosco para [alcançarem] o vosso sonho”, acrescentou, na sua primeira aparição na fronteira com a Polónia desde o início da crise.
O Observador indica que alguns estados-membros consideram que o Presidente bielorrusso está a retaliar contra a União Europeia, como forma de protesto contra as sanções impostas em resposta à repressão violenta das manifestações.
Milhares de migrantes estão concentrados nos limites da Bielorrússia, na esperança de entrar na UE. Contudo, a presença das forças de segurança polacas e bielorrussas obriga-os a ficarem retidos em acampamentos improvisados.
A União Europeia já acordou um novo leque de sanções a serem impostas à Bielorrússia. As medidas deverão ser aprovadas e adotadas no início de dezembro.
Esta semana, a Comissão Europeia propôs a criação de uma “lista
negra” para transportadoras envolvidas em ações de “contrabando ou
tráfico” de migrantes na fronteira da UE com a Bielorrússia.
Em causa está a tensão na fronteira bielorrussa-polaca, numa altura
de forte pressão migratória na região e em que dezenas de migrantes já
perderam a vida.
O atual sistema dominante ou estabelecido das sociedades ocidentais usaria a ditadura invisível do consumismo compulsivo de bens materiais para anular os ideais do indivíduo original e transformá-lo em um ser acrítico, medroso e conformista que inevitavelmente aumentará as fileiras de um homogêneo e uniforme sociedade, facilmente manipulada por técnicas de manipulação em massa. Assim, o sociólogo e filósofo alemão Herbert Marcuse, em seu livro “The One-Dimensional Man (1964), explica que“ a função básica da mídia é desenvolver pseudo-necessidades de bens e serviços fabricados por corporações gigantes, amarrando os indivíduos a o carro do consumo e da passividade política ”. Um paradigma disso seria a cruzada para implementar o passaporte COVID nos países europeus que permite ao indivíduo vacinado ter um código QR que facilitará o acesso ao trabalho, a vida cultural e social, mas que implicaria na obrigação de ser vacinado e violaria o sacrossanto liberdade individual reconhecida pela Constituição. Assim, a propaganda do estabelecimento dirige-se não ao sujeito individual mas ao Grupo em que a personalidade do indivíduo unidimensional se dilui e se envolve em fragmentos de falsas expectativas criadas e anseios comuns que a sustentam (a vacina é a salvação contra a pandemia). No entanto, a irrupção da pandemia da saúde e a subsequente recessão econômica que se aproxima implementará o estigma de incerteza e descrença em uma sociedade imersa na cultura do Estado de Bem-Estar do mundo ocidental, resultando posteriormente em um choque traumático quando as limitações de vacinas não esterilizantes que não previnem o contágio. Consequentemente, os cidadãos ocidentais serão imersos na vacinação vitalícia enquanto são controlados pelo passaporte COVID para alcançar uma sociedade inclinada aos ditames dos monopólios farmacêuticos da Pfizer e Moderna, deixando os setores refratários aos ditames de saúde marginalizados dos circuitos habituais de trabalho, cultura e lazer. No entanto, graças à interatividade proporcionada pelas redes sociais da Internet (o chamado Sexto Poder que vincula e ajuda a formação de identidades modernas), estaria se rompendo o isolamento endêmico e a passividade do indivíduo submisso e acrítico das sociedades ocidentais (Unidimensional homem) e um novo indivíduo já estaria surgindo. O novo Indivíduo Multidimensional se reafirma em uma consciência crítica sólida, amparada por valores caídos em desuso mas presentes em nosso código atávico, como a defesa da sacrossanta liberdade individual, a solidariedade e a indignação coletiva à ditadura das multinacionais farmacêuticas, e vontade estar disposto a quebrar as regras e leis impostas pelo sistema dominante (“ditadura da saúde”). Da mesma forma, dito indivíduo estaria causando um tsunami popular denunciando o atual déficit democrático, social e de valores sob o lema “proibido de proibir” e combinado com a agitação social para protestar contra o alto custo de vida, poderia estabelecer um caos construtivo que acaba por diluir o inibidor de opiáceos de consciência crítica e que pode levar a um novo maio de 68.
Germán Gorraiz López é um analista político. Ele é um colaborador frequente da Global Research. A imagem em destaque é da Fundação Dr. Rath Health
A imagem mais clara e confiável até o momento do estado do programa nuclear do Irã foi desenhada em 25 de novembro pelo general Kenneth McKenzie, chefe do Comando Central dos Estados Unidos. Ele fez oito pontos fortes: 1- “O Irã está agora mais adiantado do que nunca em seu programa de armas nucleares, produzindo estoques de urânio enriquecido com pureza de 60pc, aproximando-se mais do material para armas de 90pc.” 2- O Irã ainda não tomou a decisão de construir uma ogiva nuclear, mas "Eles estão muito próximos desta vez." 3- “Eu acho que eles gostam da ideia de serem capazes de escapar. 4- “Mesmo que Teerã decida juntar combustível suficiente para uma bomba, eles ainda não padronizaram um projeto para uma ogiva que seja inteligente o suficiente para ser afixada no topo de qualquer um de seu arsenal de 3.000 mísseis balísticos. 5- “Nem o Irã mostrou que pode construir um veículo de reentrada capaz de sobreviver ao calor escaldante, à pressão e à vibração da queda do espaço de volta à Terra. Não vimos nada disso. ” 6- Mesmo se os iranianos acelerassem seu programa de construção de uma ogiva, eles ainda precisariam de mais de um ano para serem concluídos. 7- Voltando-se para os mísseis balísticos do Irã, o general McKenzie observou que em 20 de janeiro de 2020, dezenas de mísseis Qiam-1 e Fateh-313 foram lançados de três bases no oeste do Irã em direção a duas bases dos EUA no Iraque, a grande base aérea de Al Assad e o um localizado em Arbil no Curdistão. Eles não causaram ferimentos aos americanos, disse ele, mas reduziram as estruturas, aeronaves e alojamentos dos soldados a "escombros fumegantes". 8- O general passou a divulgar: “Esses mísseis atingiram a dezenas de metros de seus alvos. A única coisa que os iranianos fizeram nos últimos três a cinco anos foi construir uma plataforma de mísseis balísticos muito capaz. ” A conclusão a ser tirada das divulgações do chefe do CENTCOM é que uma decisão do regime de Teerã de transformar o Irã em um país nuclear poderia ser tomada em questão de semanas. É com essa capacidade a bordo que o Irã se reunirá com cinco potências mundiais em Viena em dois dias.
Os EUA posicionaram pelo menos 30 obuseiros autopropulsados Paladin perto da fronteira entre a Polônia e a Bielo-Rússia, informou a agência de notícias Avia.pro. De acordo com a fonte, depois de dezenas de tanques, veículos blindados e vários milhares de militares da OTAN foram realocados para a fronteira com a Bielo-Rússia; foi revelado que, além disso, os EUA moveram pelo menos 30 obuseiros autopropelidos M109A7 Paladin de 155 mm para a fronteira entre a Polônia e a Bielo-Rússia. Os obuseiros foram entregues da Alemanha por vários trens. Levando em consideração seu alcance de tiro, eles podem atirar no território da Bielorrússia. Os EUA ainda não comentaram sobre a implantação de seus sistemas de armas e equipamentos militares perto da fronteira com a Bielo-Rússia.
Rick Rozoff, renomado autor e analista geopolítico, ativamente envolvido na oposição à guerra, militarismo e intervencionismo por mais de cinquenta anos. Ele gerencia o site Anti-Bellum e Pela paz, contra a guerra website
O Ministério da Defesa da Mãe Rússia informou à China na terça-feira que bombardeiros estratégicos dos EUA recentemente conduziram exercícios de treinamento que imaginam a Rússia como um alvo para ataques nucleares. Em declarações ao ministro da Defesa chinês e ao general Wei Fenghe do ELP, o chefe de defesa da Rússia, Sergey Shoigu, descreveu que "este mês, durante o exercício das forças estratégicas dos EUA Global Thunder, dez bombardeiros estratégicos praticaram a opção de usar armas nucleares contra a Rússia quase simultaneamente as instruções do Ocidente e do Oriente ."
De forma crucial, ele enfatizou que a ameaça visa, em última instância, a China também, já que "tais ações da aviação estratégica de bombardeiros dos EUA representam uma ameaça não apenas para a Rússia, mas também para a China", de acordo com comentários citados na mídia estatal. Ele também informou ao chefe do ELP que "estamos testemunhando um aumento considerável na atividade de bombardeiros estratégicos dos EUA perto das fronteiras russas. No mês passado, eles realizaram cerca de 30 voos para as fronteiras da Federação Russa, ou 2,5 vezes mais em comparação com o mesmo período do ano passado. " O encontro virtual entre os chefes de defesa aconteceu quando Washington e alguns aliados europeus, incluindo funcionários em Kiev, acusaram o Kremlin de um ameaçador aumento de forças perto da Ucrânia, e após a administração Biden ter informado aos parceiros europeus que a Rússia está "planejando uma invasão" do leste da Ucrânia. A retórica militarista só cresceu como resultado, com o US News and World Report descrevendo que as tensões estão perigosamente se aproximando de um ponto de ruptura violentíssimo: Por meio de uma série de declarações públicas e postagens por meio de seus serviços de notícias estatais, os líderes da Rússia apresentaram na segunda-feira o caso unificado de que a Ucrânia estava desdobrando desnecessariamente suas forças militares para desafiar a soberania da Rússia e seus interesses próximos, essa crescente preocupação no Ocidente com a ação militar Moscou representa apenas uma tentativa de Kiev de mascarar suas próprias intenções de fazê-lo, que o processo de paz apoiado pelo Ocidente para o conflito na Ucrânia foi rompido e que os aliados de Kiev na Europa e na América do Norte não estão preparados para cumprir suas promessas de apoio. Portanto, parece que Moscou está pronta para chamar o que considera um blefe do Ocidente sobre a Ucrânia. Por enquanto, os dois lados continuam "brincando de galinha" com sua retórica crescente e ameaçadora. O Kremlin criticou os relatórios ocidentais como uma campanha de desinformação, e é provável que as declarações públicas muito ousadas de Shoigu ao seu homólogo chinês sejam um aviso relacionado às crescentes tensões com a OTAN sobre a Ucrânia, bem como a crise de imigrantes entre a Bielorrússia e a Polónia. Shoigu enfatizou ainda que as tropas russas e chinesas estão cada vez mais "interagindo em terra, mar e ar" - observando o fato de que, como ambos os países sofrem pressão de Washington nos últimos anos, sua cooperação estratégica "confiável e amigável" apenas se aprofundou, agora com cooperação e exercícios militares de rotina. O general Fenghe apareceu em total acordo, de acordo com o resumo da reunião na imprensa russa, dizendo: "Também apoio sua visão da ameaça militar aos nossos países vinda dos Estados Unidos da América."
Na Tailândia, vários casos de abuso sexual nas escolas, por parte de professores, são abafados. Vigora uma cultura de que a culpa é das mulheres — ou neste caso, das crianças e jovens.
“Eu bloqueei, fiquei parada e queria chorar. A minha mente estava em branco, congelou. As minhas mãos e pés estavam frios”. Estas são as palavras de Nalinrat Thuthubthim, vítima de abuso sexual por parte do seu professor.
Em entrevista à VICE, a jovem conta que era habitual ficar com o seu professor depois das aulas a trabalhar em discursos com para futuros concursos. Certo dia, o professor seguiu-a até à casa de banho, agarrou-a pelo pescoço e tocou-a intimamente.
No dia seguinte, apesar de ter ficado evidentemente traumatizada, contou a outra professora o que se tinha passado. A docente culpou as roupas que Nalinrat vestia, dizendo que expunham o formato do seu corpo e eram sexualmente provocantes. A jovem tailandesa tinha vestido uma t-shirt cinzenta e umas leggings pretas.
A professora também disse a Nalinrat para não contar nada aos seus pais, já que isso “poderia causar muitos problemas”.
A jovem acabaria por ser diagnosticada com transtorno de pânico relacionado com o incidente.
O caso de Nalinrat não é único na Tailândia. A Organização Mundial da Saúde diz que cerca de 30 mil mulheres são abusadas sexualmente na Tailândia todos os anos. Cerca de 60% delas são crianças e jovens dos cinco aos 20 anos, a maioria das quais estudantes.
Livros escolares tailandeses culpam as mulheres pela agressão sexual e associam as roupas à violação.
“Esse tipo de conteúdo não deveria estar nos livros escolares. Põe a culpa nas mulheres, mas não questiona os perpetradores de agressões sexuais, porque é que eles não conseguiram conter-se de agredir sexualmente outras pessoas”, acusa Angkana Intasa, do grupo de defesa Women and Men Progressive Movement Foundation.
Paswords como “123456” ou “admin” estão prestes a ter os dias contados no Reino Unido. Uma proposta de lei, apresentada esta semana, pode vir a impedir os fabricantes de integrarem senhas padrão nos seus produtos.
Por norma, a maioria dos fabricantes implementa senhas padrão, idênticas para todos os dispositivos da mesma gama.
Além disso, detalha o Gizmodo, a lei obrigaria as empresas a aumentar a transparência quando os seus produtos requerem atualizações de segurança, disponibilizando mais informação.
Isto porque de nada servirá ter uma password segura se o dispositivo tiver uma vulnerabilidade.
De acordo com a legislação, estas propostas de cibersegurança seriam supervisionadas por um regulador. As empresas que se recusassem a cumprir as normas poderiam enfrentar multas de 10 milhões de dólares ou equivalentes a 4% das suas receitas.
As medidas aplicam-se a smartphones, brinquedos ligados à Internet, dispositivos da Internet das Coisas, entre outros produtos. O principal objetivo desta lei passa por garantir mais segurança, deixando de lado as senhas padrão e adotando um método mais seguro.
“Na sequência do Royal Assent of the Bill”, diz o Departamento do Digital, Cultura, Media e Desporto (DCMS), “o Governo emitirá um aviso prévio de pelo menos 12 meses para permitir aos fabricantes, importadores e distribuidores ajustarem as suas práticas comerciais antes de o quadro legislativo entrar plenamente em vigor”.
No Brasil, a construção de uma linha férrea de 933 quilómetros no meio da Amazónia tornou-se o centro de uma batalha entre ambientalistas e o setor agrícola.
Chama-se Ferrograo ou EF-170 e é um projeto que pretende avançar com a construção de uma linha férrea, de 933 quilómetros, no meio da Amazónia.
Este ambicioso plano tem como objetivo acelerar a exportação da colheita de cereais no Brasil, um dos principais produtores agrícolas do mundo, que se encontra atualmente numa situação económica delicada.
Ao contrário do setor agrícola, os ambientalistas não estão contentes com este projeto. Afirmam que, além de prejudicar o ambiente, terá impacto em pelo menos 16 reservas indígenas numa área já muito afetada pela desflorestação.
Apesar de ter dado os primeiros passos em 2006, os ambientalistas conseguiram atrasá-lo. Em março, o juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal de Justiça, decidiu bloqueá-lo com o argumento de de que iria alterar os limites territoriais do Parque Nacional Jamanxim, uma área preservada de quase 9.000 quilómetros quadrados.
No entanto, segundo o RT, o Governo de Jair Bolsonaro está a tentar avançar a todo o custo, e cola a onda de acusações a uma guerra comercial internacional cujo único objetivo a arruinar o setor agrícola brasileiro.
Com um investimento de cerca de 4,6 mil milhões de dólares, a concessão para a sua construção deverá ser atribuída no próximo ano. O objetivo é que esteja em funcionamento em 2030.
A ferrovia vai ligar Sinop, o coração da região produtora de soja do
Mato Grosso, ao porto de Miritituba no rio Tapajós no Pará, de onde os
grãos serão enviados para a China e outros mercados internacionais.
A concretizar-se a construção da linha férrea, o comboio vai
substituir os camiões ao mesmo tempo que impede que a colheita seja
transportada para portos no sul e sudeste do país, a mais de 2.000
quilómetros de distância.
Além de impulsionar a economia brasileira, o Governo argumenta que o projeto vai ter um significativo impactoambiental, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa até 50%.
No entanto, um recente estudo da The Climate Policy Initiative
e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro concluiu que os
benefícios do mercado ferroviário vão incentivar os agricultores a
expandir a produção, colocando sérias ameaças à floresta amazónica.
A construção de Ferrograo é comparada pelos ambientalistas a “outras catástrofes ambientais e de direitos humanos”
que têm sido realizadas no país, como a Estrada Transamazónica
(BR-230), que tem quase 5.000 quilómetros de comprimento, ou a
gigantesca barragem hidroelétrica de Belo Monte, erguida no coração da
selva.
Um espanhol anónimo anda pelas ruas de Madrid a desafiar pessoas a jogar xadrez e tornou-se um fenómeno nas redes sociais. Pouco se sabe sobre o misterioso Rey Enigma.
Chama-se Rey Enigma e enigmático ele é. Vestido com um fato que lhe cobre o corpo inteiro com um padrão axadrezado preto e branco — havia outra opção? —, lá anda ele pelas ruas de Madrid, com um tabuleiro, peças e um cronómetro que é “tudo o que se precisa para jogar”, à procura de quem aceite um desafio para jogar xadrez.
Mas esta não é uma partida qualquer, já que este misterioso jogador tem tanta confiança nas suas qualidades que promete dar 100 euros a quem conseguir fazer o derradeiro xeque-mate contra si.
A confiança não é por menos, já que desde os cinco anos que o homem por detrás da máscara é apaixonado por este jogo, depois de ter aprendido a jogar com o avô, que diz estar sempre consigo quando joga.
Para além do seu estilo de jogo, o mistério é também parte do fascínio com a personagem, que quer usar a sua popularidade para incentivar mais pessoas a tornarem-se adeptas do desporto.
“Qualquer pessoa que me desafie e queira os 100 euros é bem-vinda”, afirmou ao The Canadian News. Mesmo que perca e a sua carteira sofra, o misterioso jogador não se preocupa muito, já que “o objectivo é promover o xadrez” e o dinheiro é “apenas um incentivo para as pessoas tentarem”.
E após meses nas ruas e centenas de jogos sem nunca ser batido, a sua primeira derrota chegou mesmo, há poucas semanas. “Depois de uma partida frenética, o meu oponente Mikel Ortega, um forte jogador basco, conseguiu merecidamente proclamar a vitória”, disse Rey Enigma no vídeo onde mostra o jogo.
Esta derrota foi também fora de Madrid, em Pamplona.”As pessoas sabiam que o Rey Enigma estaria naquele lugar àquela hora. O nível aumentou e muitos jogadores de clubes vieram desafiar-me. Sofri a minha primeira derrota e conseguiram ganhar-me mais duas vezes”, confessa.
A sua ascensão foi rápida. Com os seus primeiros cinco vídeos publicados em dois dias, angariou logo 60 mil seguidores no TikTok. Ao fim de uma semana, o número já chegava aos 100 mil e tinha já mais de um milhão de visualizações.
Agora, conta com 115 mil subscritores no YouTube e mais de 450 mil seguidores no TikTok. Os fãs são muitos, mas apenas oito pessoas têm a sorte de saber a identidade do Rey Enigma, que viveu uma vida dupla há quase um ano, conjugando as aventuras no tabuleiro com um trabalho na área do marketing.
Agora, depois de explodir em popularidade, pode finalmente viver só da sua paixão. “Posso agora dizer que vivo exclusivamente do xadrez, o que era um dos meus sonhos”, revela ao jornal espanhol Sur.
A sua formação também foi uma chave para o sucesso, já que o conceito da personagem aplica a primeira regra da publicidade é saltar à vista — algo que um homem vestido aos quadradinhos e a prometer dinheiro certamente fará.
A obsessão com a protecção da sua identidade já causou situações caricatas. “Já houve ocasiões em que estava com amigos que me mostraram vídeos do Rey Enigma e tive de fingir que era a primeira vez que o via“, explica.
Para além da sua naturalidade madrilena, a antiga profissão e de que é um homem — o que, dado o domínio masculino esmagador no xadrez, não é surpreendente —, mais nada se sabe sobre o Rey Enigma, que até já se cruzou com Magnus Carlsen, o actual campeão do mundo e jogador com o maior rating de sempre.
Nos seus conteúdos online e em entrevistas ou palestras que dê, o jogador usa um tom agudo para disfarçar a sua voz.
Muitos vilões de filmes afirmam que toda a gente tem um preço. Afinal, qual será o valor que pode levar o jogador a ponderar deixar cair a máscara?
“Mostrar a minha identidade, neste momento, não tem preço, mas um milhão de euros é um número tentador”, confessa depois de ser questionado sobre a recente revelação milionária de que a escritora espanhola Carmen Sola era, na verdade, o pseudónimo de três homens.
A recepção à personagem na comunidade do xadrez foi entusiasmada, havendo muitos a apelar a que não revele a sua identidade, já que a personagem “está a ajudar muito o xadrez”.
Seja pelos apelos de outros apaixonados pelo desporto ou para a sua protecção pessoal, o jogador quer continuar anónimo, e mesmo com a pouca informação que se sabe, os medos de que a sua identidade possa ser exposta não são poucos.
Sempre que vai a um evento, o Rey Enigma sabe que pode ser reconhecido caso lhe escape algum detalhe. “É um risco. Mas não há acusações, por enquanto. Continuo um enigma“, declara.
Quando tinha apenas 19 anos, Kevin Strickland foi condenado a prisão perpétua por um triplo homicídio ocorrido no Kansas em 1978. Contudo, a sua acusação não passou de um grande erro – um dos maiores da justiça norte-americana.
Atualmente com 62 anos, e depois de ter passado 43 atrás das grades, Strickland foi esta terça-feira absolvido de todos os crimes, após um juiz do Missouri considerar que foi cometido um erro judicial.
Desta forma, o norte-americano é agora o recluso que passou mais tempo na prisão do Missouri por engano – e é um dos que mais tempo cumpriu injustamente em toda a história judicial dos EUA.
Na sua decisão, o juiz James Welsh concluiu que não havia “nenhuma evidência física que implicasse diretamente Strickland” no assassinato de Sherrie Black, Larry Ingram e John Walker no Kansas, a 25 de abril de 1978. As três vítimas foram amarradas e baleadas por um grupo de quatro pessoas.
“Strickland foi condenado apenas com base no depoimento de uma testemunha, [Cinthya] Douglas, que mais tarde voltou às suas declarações, nas quais o havia identificado como um dos quatro agentes” do crime, argumenta Welsh na sua resolução. Desta forma, o juiz solicitou “a libertação imediata” do prisioneiro.
Na altura em que o crime foi cometido, o primeiro julgamento de Strickland foi anulado, pois o único membro afro-americano do júri não o considerou culpado. Porém, num segundo julgamento, no qual o júri era composto inteiramente por pessoas brancas, o jovem de apenas 19 anos foi considerado culpado. Strickland, que foi preso quando a sua filha tinha apenas sete semanas, sempre disse estar inocente.
Tanto Cinthya Douglas, uma das sobreviventes do caso, como um dos autores do crime, Vincent Bell, disseram várias vezes que o homem que estava preso nunca tinha cometido qualquer crime.
Apenas quatro meses após Strickland dar entrada na prisão, Bell disse no tribunal que Douglas “cometeu um grande erro” ao confundir Strickland com outro adolescente que fazia parte do primeiro grupo. Bell insistiu várias vezes durante o julgamento que Strickland nunca esteve no local do crime.
Mais tarde, quando Cinthya Douglas tentou corrigir o erro, um advogado ameaçou a mulher, falecida em 2015, dizendo-lhe que se tentasse reabrir o caso arquivado seria acusada de perjúrio.
Agora, o irmão do prisioneiro libertado, LR Strickland, relata que o veredicto da época não o surpreendeu, tendo em conta a situação de violência e animosidade contra os negros que se vivia no Kansas, e no entusiasmo pela “justiça bíblica”, referiu ao The Washington Post.
“Acho que esta cidade queria que alguém fosse o responsável”, referiu, acrescentando que ficou “muito aliviado pelo irmão não ter sido condenado à morte”.
Segundo o National Registry of Exonerations, citado pela agência France Presse, cerca de 2.500 pessoas absolvidas pela justiça nos últimos 30 anos passaram, em média, quase 14 anos na prisão.
Strickland é agora um homem livre e revelou ao jornal norte-americano quais eram os seus dois maiores desejos: visitar o túmulo da mãe, que morreu este verão, e ver o mar, pela primeira vez na vida.
Os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram, esta sexta-feira, suspender temporariamente os voos de sete países da África Austral, devido à identificação de uma nova variante do coronavírus na África do Sul.
A informação foi divulgada ao final da tarde no Twitter pela presidência eslovena do Conselho da União Europeia, que informa que o grupo de Resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), juntando Estados-membros, instituições europeias e especialistas, se reuniu e “concordou com a necessidade de ativar o mecanismo travão de emergência e impor restrições temporárias a todas as viagens para a UE a partir da África Austral”.
“A presidência eslovena apelou aos Estados-membros para testarem e colocarem em quarentena todos os passageiros que chegam”, acrescenta na mesma informação, tendo em conta que a decisão sobre viagens recai sempre sobre cada país.
Por seu lado, o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, indicou através da mesma rede social que “os Estados-membros concordaram em introduzir rapidamente restrições a todas as viagens à UE de sete países da região da África Austral”, precisando tratar-se de Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbabué.
“Testes, quarentena e rastreio de contactos para os passageiros que entram na UE são importantes”, adiantou Eric Mamer.
Fonte europeia ligada ao processo confirmou à agência Lusa estar em causa “uma suspensão urgente de todas as viagens aéreas para a UE” destes sete países.
Esta sexta-feira, e quando questionado pelos jornalistas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse que ainda estava a ser avaliada a necessidade de restringir os voos de países da África Austral, avaliação essa que estava a ser feita conjuntamente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Ao início da manhã, o Reino Unido foi o primeiro a adicionar seis países africanos à “lista vermelha” da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante B.1.1.529. Posteriormente, foi a vez de Alemanha, República Checa, França e Itália seguirem os passos dos britânicos.
Entretanto, a Organização Mundial da Saúde classificou como “de preocupação” esta nova variante B.1.1.529, que designou pelo nome “Omicron”.
Já durante a tarde, as autoridades de saúde belgas anunciaram que foi detetado um caso desta nova variante numa mulher não vacinada que desenvolveu sintomas 11 dias após viajar para o Egito através da Turquia. Trata-se do primeiro caso relacionado com esta nova variante identificado na Europa.
Os pescadores franceses começaram, esta sexta-feira, a bloquear alguns portos no norte de França, como Saint-Malo e Calais, para exigir a resolução dos litígios de pesca com o Reino Unido, na sequência do Brexit.
Em Saint-Malo, o bloqueio durou cerca de uma hora, quando cerca de uma dezena de barcos de pesca impediu os navios ingleses de atracar nas docas, colocando-se no seu caminho e lançando granadas de fumo.
Em Calais, um pouco mais tarde do que em Saint-Malo, os pescadores bloquearam também a passagem dos navios de e para a costa britânica, uma operação que durou cerca de hora e meia.
“Quando a Europa e o Governo não cumprem as ameaças, depois de algum tempo é-se forçado a retomar o controlo, porque senão fica a impressão de que não se vai conseguir nada. Não vamos entrar em guerra, queremos apenas que os nossos direitos sejam respeitados. O acordo foi assinado e a parte inglesa não está a respeitá-lo”, disse Pascal Leclerc, presidente do Comité de Pesca de Ille-et-Vilaine.
Os pescadores franceses planeiam também bloquear, por algumas horas, a entrada de navios ingleses em dois outros portos do Canal da Mancha: Ouistreham e novamente em Calais (norte).
Na quinta-feira, o Comité Nacional de Pescas (CNP) francês anunciou que iria bloquear hoje o acesso de mercadorias e de passageiros ligados ao Reino Unido em três portos no norte e ao túnel da Mancha, num “alerta” para exigir a Londres a concessão de licenças pós-Brexit.
“Não queremos esmolas, apenas queremos as nossas licenças de volta. O Reino Unido tem de respeitar o acordo pós-Brexit. Muitos pescadores ainda estão sem saber o que fazer. Há 11 meses que esperamos de boca aberta. A paciência dos profissionais tem limites. Esperamos que este protesto seja ouvido”, frisou o presidente do CNP francês, Gérard Romiti.
Para o responsável do CNP, o movimento é uma resposta à atitude “provocadora” e “humilhante” dos britânicos.
Ao abrigo do acordo do Brexit, assinado no final de 2020, os pescadores europeus podem continuar a trabalhar nas águas britânicas, desde que provem que já lá pescavam.
Os franceses e os britânicos discutem sobre a natureza e a extensão dos documentos comprovativos a serem fornecidos.
No total, desde 1 de janeiro de 2021, a França obteve “mais de 960 licenças” para pescar nas águas britânicas e nas ilhas do Canal, mas Paris ainda pede mais de 150 autorizações, segundo o Ministério do Mar francês.
Isto acontece numa altura em que os dois países têm em mãos uma outra crise diplomática, na sequência do naufrágio que levou à morte de pelo menos 31 migrantes no Canal da Mancha.
As conversações entre as duas partes foram suspensas nas últimas horas, depois de o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ter revelado publicamente o conteúdo de uma carta endereçada ao Presidente francês, Emmanuel Macron, na qual propunha a devolução de todos os migrantes que atravessassem o Canal da Mancha rumo ao Reino Unido.
As autoridades de saúde belgas detetaram, na segunda-feira, um caso da nova variante do coronavírus B.1.1.529, identificada inicialmente na África do Sul, revelou o ministro da Saúde Pública, Frank Vandenbroucke.
É o primeiro caso relacionado com esta nova variante B.1.1.529 identificado na Europa.
A infetada é uma jovem mulher não vacinada que desenvolveu sintomas 11 dias após viajar para o Egito através da Turquia, indicou o Laboratório Nacional de Referência belga.
Segundo o jornal The Guardian, esta mulher não teve qualquer ligação com a África do Sul ou com qualquer outro país no sul do continente africano.
A paciente parece não ter tido contactos de alto risco fora da sua casa e nenhum membro da família desenvolveu sintomas até agora, acrescentou o laboratório, que está a conduzir uma investigação abrangente a este caso.
Nas mesmas declarações, o ministro belga apelou à cautela, afirmando: “É preciso cuidado, mas não entrar em pânico”.
Cerca de 30 mutações desta nova variante já foram identificadas em lugares como a África do Sul, Botswana ou Hong Kong, o que tem gerado preocupação a nível mundial.
Ao início da manhã, o Reino Unido foi o primeiro a adicionar seis países africanos à “lista vermelha” da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante detetada na África do Sul e considerada a “pior até agora”.
Alemanha, República Checa, França e Itália seguiram os passos dos britânicos e, entretanto, a Comissão Europeia também já propôs a suspensão das viagens aéreas oriundas da África Austral.
Os especialistas da OMS reuniram-se hoje para determinar se esta nova variante deve ser classificada como “preocupante” ou “de interesse para monitorização”.
“Análises preliminares mostram que a variante tem um grande número de mutações que exigirão mais estudos e vão ser necessárias várias semanas para entender o seu impacto”, disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS.
Para já, e ao contrário do que já está a ser feito na Europa, a OMS está a aconselhar os países a não tomarem medidas de restrição de viagens, enquanto a virulência e a transmissibilidade da nova variante permanecem desconhecidas.
“Permitam-me reiterar a nossa posição oficial: a OMS recomenda que os países continuem a aplicar uma abordagem científica e baseada no risco (…). Nesta fase, mais uma vez, a implementação de medidas restritivas de viagens não é recomendada”, explicou Lindmeier.
Ao longo da manhã de hoje, o Reino Unido começou por anunciar a suspensão dos voos provenientes da África Austral, com inúmeros países a seguirem-lhe os passos.
A nova variante B.1.1.529 da covid-19, descoberta esta semana na África do Sul, está a abalar o mundo, com múltiplos países europeus — e não só — e anunciar a suspensão dos voos provenientes dos países onde a variante já foi identificada: África do Sul, Namíbia, Lesoto, Botswana, Eswatini e Zimbábue. Há ainda países a suspender as viagens a partir de Moçambique-
O Reino Unido, ao início da manhã, foi o primeiro a adicionar seis países africanos à ‘lista vermelha’ da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante detetada na África do Sul e considerada a “pior até agora”, foi hoje divulgado.
O secretário da Saúde, Sajid Javid, divulgou, através da rede social Twitter, que a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) está “a investigar a nova variante” e que “são necessários mais dados”, mas que neste momento estão a ser tomadas “precauções”. De acordo com os especialistas citados pela Sky News, a variante B.1.1.529 tem “um número extremamente elevado” de mutações que podem evitar a resposta imunitária criada pela infeção ou vacinação.
“A partir do meio-dia de amanhã [sexta-feira], seis países africanos serão adicionados à ‘lista vermelha’, os voos serão temporariamente proibidos e os viajantes do Reino Unido deverão ficar em quarentena”, pode ler-se na mensagem deixada por Sajid Javid no Twitter. O responsável alertou que a nova variante detetada na África do Sul “pode ser mais transmissível que a Delta” e acrescentou que “as vacinas atualmente no mercado podem ser menos eficazes”.
Segundo especialistas, esta variante é “a pior identificada até agora”. Tom Peacock, virologista do Imperial College London, definiu as mutações como “verdadeiramente terríveis”, mas salientou que os casos ainda são poucos. De acordo com os relatos internacionais, apenas 59 casos confirmados até agora, identificados na África do Sul, Hong Kong e Botswana.
Israel, Alemanha, Singapura, Áustria, Itália e Japão seguiram os passos do Reino Unido, impondo proibições de viagem e restrições de voo provenientes e com destino a África do Sul e outros países da região, incluindo Botsuana, Eswatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Moçambique, Namíbia ou Zimbabué.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também avançou com uma recomendação de suspensão de viagens dos países onde a variante já foi identificada. A recomendação não tem caráter vinculativo e cada estado-membro tem a última palavra.
“Queremos ter medidas rápidas e coordenadas e coerentes em vigor porque queremos evitar que existam lacunas através das quais a variante consiga entrar na Europa”, disse um porta-voz da Comissão, citado pela Reuters.
Os carros eléctricos podem ajudar a produzir energia para milhões de casas nos próximos anos, simplesmente ao aproveitarem a energia das suas baterias.
A electricidade na bateria do veículo pode ser ligada de volta à rede em vez de ser armazenada. A técnica foi criada no Japão e a nossa investigação vai ajudar na compreensão sobre como a utilizar melhor no Reino Unido.
Muitos veículos elétricos (VEs) estão a ser produzidos com a capacidade de usar a sua bateria a bordo para enviarem energia para o fornecedor de eletricidade a que estão ligados.
Seja a casa do dono, ou a rede de eletricidade mais no geral, estas tecnologias têm sido lideradas por governos e produtores de carros elétricos principalmente para equilibrar as exigências sobre a rede.
A capacidade de usar estas enormes baterias cumpre com o objectivo futuro de gestão e criação de redes mais limpas — em vez de queimar combustíveis fósseis para gerar eletricidade, devemos aproveitar os recursos renováveis limpos como o vento ou o Sol quando abundantes, e armazenar a eletricidade nas baterias quando não é possível.
Então ao carregar os veículos elétricos com fontes renováveis, podemos reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa.
O plano é bom, mas é difícil porque a eletricidade é difícil de armazenar. Mas já podemos armazenar enormes quantidades de eletricidade — nos nossos carros. Com cerca de 1% dos 27 milhões de agregados familiares no Reino Unido com um VE, cada um com uma bateria de 60kWh em média, estes 300 mil EVs podem armazenar uns incríveis 18GWh de eletricidade que podem ser úteis para dar energia às casas.
Isso é mais do que a central elétrica de Dinorwin, em Snowdonia, a maior instalação de armazenamento do Reino Unido, que armazena cerca de 9GWh.
Até 2030, o Reino Unido pode ter quase 11 milhões de veículos elétricos nas estradas. Assumindo que 50% destes veículos têm capacidade de dar a energia que não é usada de volta à rede, isto abre a oportunidade de dar energia a 5.5 milhões de agregados familiares. Como é que tornamos isto realidade?
Para os carros poderem alimentar a rede a nível técnico, três coisas precisam de acontecer. Primeiro, uma transferência de energia em mão dupla do carro para o ponto de carregamento deve ser possibilitada. Este sistema é conhecido como veículo-para-rede e foi introduzido inicialmente no Japão depois do desastre de Fukushima e a crise energética que se seguiu.
Mas há mais áreas de desenvolvimento precisas para a tecnologia avançar. Estas incluem instalações de hardware em casa para carregamentos veículos-para-rede, a compatibilidade dos veículos e as mudanças no mercado energético.
Também há dois tipos de equipamentos de carregamento rápido que competem, que precisariam de ser resolvidos, talvez com unidades que têm ambos os tipos de conectores.
A terceira parte do puzzle técnico é a garantia de apoio da rede de distribuição de energia. Algumas partes da rede são incapazes de ter uma quantidade significativa de energia a ser despejada de volta através de ligações simultâneas, por isso as redes locais precisam de ter a certeza de que conseguem lidar com isso.
Condutores interessados
Quando a tecnologia estiver pronta, como é que garantimos que as pessoas aderem ao esquema? Estamos a investigar a aceitação dos consumidores e o conhecimento de sistemas veículo-para-rede, com uma visão para mostrar aos condutores como a tecnologia funciona e evitar que as suas baterias fiquem paradas quando são úteis.
De momento, a maioria dos testes são feitos por empresas energéticas e empresas de distribuição, que querem entender como a tecnologia funciona comercialmente e ajudar a equilibrar a rede energética. Mas nós acreditamos o foco deve também estar direccionado ao custo-benefício, às credenciais ecológicas e à conveniência para os condutores.
Carregar veículos elétricos com a energia mais barata e vender a energia de volta para a rede no momento de pico de preços pode permitir aos consumidores ganhar até 725 libras por ano. Isto aliado às poupanças no combustível: um VE custa em média 500 libras por ano versus 1435 libras por ano para um a gasolina ou gasóleo.
A redução do impacto no ambiente, a poupança nos custos de combustível e alimentar a casa com energia limpa e barata são todos ótimos benefícios, mas os casos de carros com baterias fracas podem levar a muitos donos desapontamos.
Outras preocupações também incluem: o potencial custo de instalar carregadores compatíveis para veículo-para-rede em casa, o impacto no estilo de vida, as inconveniências de carregamentos demorados no carro (se o carro estiver a dar energia à casa); e o medo da degradação da bateria (que algumas pesquisas indicam que é justificado, mas superado pelos benefícios potenciais).
O regulador de eletricidade e gás no Reino Unido, Ofgem, tem a intenção de investir milhões de libras na criação de um sistema energético mais flexível para apoiar a eletrificação de veículos e a criação de energia renovável, e para fazer a transição para uma economia de poucas emissões de carbono, mais justa, inclusiva e barata.
Se condutores suficientes aproveitarem a tecnologia veículo-para-rede, o Reino Unido pode ganhar uma capacidade de produzir energia de até 10 centrais nucleares grandes e reinvestir o dinheiro poupado no desenvolvimento de energia limpa e um sistema energético flexível.
O processo não vai ser fácil. As soluções são numerosas, mas precisam de apoio das empresas energéticas, e até dos produtores de carros e de empresas financeiras. Há muitas partes do puzzle para resolver, mas como o carro médio não é usado 95% do tempo, a probabilidade de que a sua fonte energética possa ser usada para um estilo de vida mais verde e barato é enorme.
O artista de rua italiano, cujo nome artístico significa “comida” na sua língua, transforma os símbolos de ódio espalhados pela cidade de Verona em “coisas deliciosas” como fatias de pizza e bolos.
Em Verona, no norte de Itália, as suásticas e outros símbolos de ódio pintados nas ruas não têm vida longa. Tudo graças ao trabalho de Pier Paolo Spinazze, o artista de rua que rapidamente os transforma em coisas tão deliciosas como fatias de pizza e cupcakes.
“Tomo conta da minha cidade ao substituir símbolos de ódio por coisas deliciosas para comer”, explicou à agência Reuters o artista italiano, cujo nome artístico é “Cibo”, palavra italiana que significa “comida”.
O italiano de 39 anos, que já conta com mais de 364 mil seguidores na sua conta de Instagram, muitas vezes é alertado por estas pessoas que acompanham o seu trabalho.
Foi o caso de uma manhã em que foi alertado por um dos seus seguidores para as suásticas e insultos racistas que se encontravam num pequeno túnel nos arredores da cidade. Rapidamente, conta a mesma agência, estes símbolos ganharam uma nova vida e são agora uma deliciosa fatia de pizza margherita, uma salada caprese e um grande tomate.
E apesar de já ser uma espécie de figura pública em Verona, sendo muito acarinhado por grande parte dos que lá vivem, também não se livrou de fazer alguns inimigos. “Cibo, dorme com as luzes acesas”, escreveu alguém numa parede. A ameaça acabou transformada nos ingredientes necessários para fazer gnocchi.
“Lidar com extremistas nunca é uma coisa boa, porque são pessoas violentas, que estão habituadas à violência, mas que também são cobardes e muito estúpidas”, disse o artista de rua à Reuters.
“A coisa mais importante é redescobrir os valores de que nos possamos ter esquecido, especialmente o anti-fascismo e a luta contra os regimes totalitários que apareceram com a II Guerra Mundial. Devemos relembrar-nos desses valores.”
Nos últimos anos, grupos de defesa dos direitos humanos têm vindo a alertar para o crescente racismo e xenofobia em Itália, que começou sobretudo depois das vagas de migrantes vindas do continente africano.
Além disso, a cultura fascista ainda continua a ter muitos admiradores. Recorde-se que, há cerca de um mês, a neta do antigo ditador italiano, Rachele Mussolini, foi a vereadora mais votada de Roma pelo Irmãos de Itália, um partido de extrema-direita fundado em 2012.
Apenas três meses depois de casar consigo mesma, um modelo brasileira vai divorciar-se para ficar livre para um novo amor.
Foi em Setembro que Cris Galêra foi notícia em todos os cantos do mundo por ter anunciado que se ia casar. Até aqui, tudo normal, mas o detalhe insólito era de que não havia noivo ou noiva e que a mulher ia casar consigo mesma.
Em entrevista ao New York Post, a modelo brasileira de 31 anos explicou que a decisão se baseou no seu “amor próprio” por se amar tanto a si mesma que não era possível “sentir algo por outra pessoa”.
O “auto-casamento” casou um frenesim online, com a mulher a publicar fotos da cerimónia na igreja em São Paulo. “Não tive vergonha, fui para a igreja com determinação. Fiz a minha própria maquilhagem e cabelo e toda a gente estava a ver porque não tinha um noivo“, revelou.
A escolha da brasileira reavivou a sologamia, uma práctica em que os solteiros casam consigo mesmos para afirmarem a sua independência na busca da felicidade. “A maioria das pessoas adoraram e acharam interessante. Acham que eu estou a brincar, mas eu casei mesmo comigo mesma!”, exclamou.
Com planos de fazer uma lua-de-mel em Paris e Londres em Novembro, a
modelo de lingerie desvalorizou as críticas de quem considera o seu
auto-casamento uma tentativa de chamar a atenção ou um exemplo de narcisismo, dizendo que quando estamos felizes, “nada nos afecta”.
As muitas mensagens que recebe de homens interessados em meter-se no
meio do seu casamento consigo mesma não foram suficientes para dissuadir
Galêra, que não estava convencida da fidelidade dos seus pretendentes.
Mas as promessas românticas de auto-amor eterno mudaram quando a modelo conheceu “alguém especial“.
Três meses após as suas auto-núpcias e apesar de ter prometido que
nunca se ia divorciar de si mesma, Cris Galêra juntou-se aos milhares de
casais que voltam atrás nos votos e põem um ponto final no casamento.
“Cansei de ser sologâmica. Fui feliz enquanto durou. Comecei a acreditar no amor no momento em que conheci alguém especial”, concluiu a modelo ao Daily Mirror, sem revelar a identidade do novo amado.
Vendo do lado positivo, Galêra foi poupada à conversa constrangedora
com o seu parceiro sobre ter conhecido outra pessoa. Resta-nos fazer
figas que um eventual casamento de Cris com o seu novo amor dure mais do
que as suas auto-núpcias.
A crise política, económica e social na Venezuela está a forçar algumas mulheres “a usar o sexo” como mecanismo de sobrevivência, alertou, esta quinta-feira, a coordenadora local do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).
As mulheres estão a ser obrigadas a recorrer a mecanismos negativos tais como o sexo por sobrevivência, a troca de sexo por comida, a fim de sobreviverem, para poderem alimentar os seus filhos”, disse Cristina Palácios.
A coordenadora local do Fundo das Nações Unidas para a População falava em Caracas, durante uma conferência de imprensa organizada pela União Europeia (UE) no âmbito de ações para sensibilizar a população para a violência de género, durante a qual a UE anunciou a 4.ª Corrida da União Europeia contra a Violência contra as Mulheres, que terá lugar no sábado.
Segundo a coordenadora da UNFPA, estes mecanismos a que as mulheres venezuelanas recorrem são determinantes para o trabalho da UNPFA: “definem o que temos de fazer, como temos de o fazer, como podemos ajudá-las“.
“O facto de vermos cada vez mais raparigas grávidas é um elemento para conhecer a gravidade, porque as gravidezes precoces são um grande fator e determinam que existe violência sexual contra as mulheres e contra as raparigas em particular”, frisou Palácios.
“Não dispomos de dados oficiais sobre a taxa de femicídios. Sabemos através da monitorização feita por diferentes organizações da sociedade civil que até agora este ano na Venezuela se registaram 200 femicídios. Este número é impactante”, acrescentou Cristina Palácios.
“O femicídio é a máxima expressão da violência de género. Temos de trabalhar para evitar que isso aconteça, na prevenção”, alertou.
Segundo a coordenadora local do UNFPA, “na Venezuela, mulheres e raparigas adolescentes (…) são afetadas por diferentes situações de crise, tanto a crise pandémica [de covid-19], como a crise económica e por várias formas de violência baseada no género”.
“Sabemos que existem, e estão a emergir cada vez mais, as redes de tráfico para exploração sexual envolvendo mulheres e adolescentes. Sabemos que as mulheres estão a sofrer elevados níveis de violência dos parceiros íntimos (…) A maioria dos perpetradores são pessoas conhecidas, membros familiares diretos”, explicou Palácios.
Para a UNFPA, “os números são úteis para compreender a dinâmica, mas não se conhecerá a magnitude, porque muitos casos de violência baseada no género não são denunciados”.
“Precisamos de trabalhar para que haja uma mudança de comportamento, de atitudes, para mudar as normas culturais que aceitam e naturalizam a violência contra mulheres e raparigas”, frisou.
Palácios disse ainda ter “provas” de que “principalmente as mulheres adolescentes são vítimas da violência machista em todo o mundo”, mas que “particularmente na Venezuela, a situação pode estar a ser exacerbada pela situação de crise no país”.
“Vemos o machismo a reinventar-se a si próprio. Na Venezuela, infelizmente, a situação que a maioria das mulheres e raparigas adolescentes estão a atravessar neste momento está principalmente relacionada com vulnerabilidades económicas“, vincou.
Cristina Palácios acrescentou ainda que “a covid-19 exacerbou ainda mais as vulnerabilidades de sofrer violência baseada no género” e que a pandemia “adicionou outros 20 anos” aos 200 anos que se previa necessários para reduzir a “brecha de género” mesmo nos países que se encontram mais avançados no combate à desigualdade e à violência contra as mulheres.
O Japão, que é o maior fabricante de chips do mundo, vai fornecer 5,2 mil milhões de dólares (cerca de 4,5 mil milhões de euros) para apoiar os fabricantes de chips semicondutores e tentar resolver a atual escassez mundial.
Embora os fundos se destinem a vários fabricantes de chips, o investimento mais notável é na Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), que irá construir uma nova fábrica de chips no Japão, num esforço conjunto com a Sony Group Corp, revela um relatório publicado esta terça-feira pela Nikkei.
O restante investimento do Japão será direcionado para a preparação de outras fábricas para múltiplos novos projetos, incluindo um em desenvolvimento pela empresa americana Micron Technology Inc, fabricante de chips de memória, e pela japonesa Kioxia Holdings.
Segundo a Interesting Engineering, o Japão é a maior indústria de fabrico de chips desde os anos 80, mas tem travado uma batalha difícil para manter a sua vantagem competitiva numa indústria cada vez mais apinhada, caindo num declínio constante nas últimas três décadas.
A escassez de chips tornou-se mais notória por causa da pandemia de covid-19 — com todo o mundo em confinamento, a única forma de interagir com os outros passou a ser através do uso de computadores, telemóveis e televisões.
Além disso, muita gente passou para o teletrabalho, o que aumentou a procura de e o uso diário de aparelhos eletrónicos que utilizam chips.
Enquanto o maior fabricante de chips de computador é a TSMC, o maior comprador de chips semicondutores é a Apple. Mas a Samsung foi o segundo maior produtor, em termos de vendas, escreve ainda a Interesting Engineering.
Uma vez que a Samsung ocupa tanto o lado da oferta como da procura da indústria de chips de computador, muitos imaginariam que esta fosse invulnerável a uma escassez. No entanto, em março de 2020, a Samsung disse que estava a considerar não lançar o smartphone Galaxy Note. Tudo devido à escassez de chips.
“Há um grave desequilíbrio na oferta e procura de chips no setor das IT a nível mundial”, disse o co-CEO da Mobile, Koh Dong-jin, em declarações à BBC.
Até agora, a Samsung ainda não lançou o novo produto e especialistas pensam que não acontecerá antes de 2022. Mas, com o Japão a alavancar o seu poderoso braço económico para alimentar alguns dos mais poderosos fabricantes de chips do mundo, a escassez global de aparelhos eletrónicos que funcionam com chips de computador, incluindo plataformas de jogos, telemóveis, smartwatches, computadores portáteis, e até mesmo carros, pode resolver-se em breve.
Novo presidente é acusado de tortura na Turquia e na França. A Presidente Comissão Europeia escreveu uma carta a opôr-se à escolha.
O major-general Ahmed Nasser Al Raisi, dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito novo presidente da Interpol durante a assembleia do organismo internacional, apesar de já ter sido acusado de tortura em França e na Turquia.
A estrutura da Interpol funciona de forma a que seja o secretário-geral, actualmente o alemão Jürgen Stock que foi reeleito em 2019, a ser o verdadeiro dirigente da organização internacional de cooperação policial, tendo um mandato de cinco anos.
Assim, o presidente tem um papel mais representativo e honorário, só a tempo parcial e sem remuneração. O mandato tem a duração de quatro anos e é exercido a partir do país de origem.
“Ahmed Naser Al Raisi, dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito para o cargo de presidente (para um período de quatro anos)”, anunciou a Interpol no Twitter.
Al Raisi derrotou Sárka Havránková, da República Checa, que tinha prometido “adequar o trabalho da Interpol ao espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Várias organizações internacionais já se tinham manifestado contra a candidatura de Al Raisi devido à sua influência nas forças policiais dos Emirados Árabes Unidos, que acusam de usar repressão contra os dissidentes políticos.
“Estamos convencidos de que a eleição do general Al Raisi afetaria a missão e a reputação da Interpol”, escreveram este mês a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e três deputados europeus, incluindo Marie Arena, presidente da subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu.
O Centro de Direitos Humanos para o Golfo já tinha denunciado Al Raisi em França, acusando o general de estar envolvido na tortura do activista Ahmed Mansur nos Emirados Árabes Unidos. Um grupo de advogados da Turquia também já tinha feito queixa à procuradoria do país devido ao mesmo caso.
O ex-procurador britânico David Calvert-Smith publicou um relatório em Abril onde afirma que Al Raisi “coordenou o aumento da repressão contra os dissidentes” através da tortura e da manipulação do sistema judicial no país.
Dois cidadãos britânicos também apresentaram uma queixa contra Al Raisi por tortura. Um deles, Matthew Hedges, foi condenado a prisão perpétua nos EAU por suspeitas de espionagem e indultado e libertado há três anos
Um trabalhador da central nuclear de Ascó, Tarragona, em Espanha morreu e outros três ficaram feridos devido a uma fuga de dióxido de carbono (CO2) ocorrido ontem, quando realizavam trabalhos de manutenção nas instalações.
Segundo avançaram fontes dos Bombeiros da Generalitat, o acidente ocorreu às 18:55 locais num local não vinculado à atividade radiológica da central, numa zona onde os operários realizavam trabalhos de manutenção do sistema contra incêndios da instalação.
Os três feridos são de menor gravidade e foram transferidos para o Hospital de Mora d’Ebre, de acordo com informação do Sistema de Emergências Médicas (SEM), que deslocou quatro equipas para o local do acidente.
Sete bombeiros da Generalitat deslocaram-se ao local do incidente e foi aberta uma investigação para apurar as suas causas.
Os bombeiros sublinharam que, em conjunto com o pessoal da fábrica, foi restaurada a segurança das instalações.
A missão do AOIMSG, o “grupo de identificação e sincronização de gestão de objetos aéreos”, é estudar os OVNIs no espaço aéreo militar.
O Pentágono anunciou hoje a criação de um escritório para recolher e analisar todas as informações sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) detetados pelos vários ramos das forças aramadas dos Estados Unidos.
O “grupo de identificação e sincronização de gestão de objetos aéreos” ou AOIMSG, segundo a sigla em inglês, substitui a “task force de fenómenos aéreos não identificados” criada em agosto de 2020 e então confiada à Marinha norte-americana, adiantou o Departamento de Defesa.
O novo escritório estará sob a alçada do subsecretário de Defesa encarregado de Inteligência e Segurança, um sinal de que para as forças norte-americanas os “fenómenos aéreos não identificados” não têm que ver com ficção científica, mas com adversários muito reais dos Estados Unidos.
Washington está particularmente preocupado com a capacidade de espionagem da China ao utilizar drones ou outros meios aéreos.
O futuro diretor da AOIMSG, ainda não nomeado, vai sincronizar as atividades nesta área e os serviços de inteligência dos Estados Unidos.
No ano passado, o Pentágono divulgou três vídeos feitos por pilotos da Marinha – um em novembro de 2004 e os outros dois em janeiro de 2015 – onde se vêm encontros com “fenómenos aéreos não identificados”.
Num deles, é possível observar um objeto oval a mover-se rapidamente e que, poucos segundos depois de ser detetado pelos sensores da aeronave da Marinha, desaparece após uma aceleração repentina.
Noutro vídeo, pode ver-se um objeto a pairar sobre as nuvens e o piloto questionar-se se se trata de um drone.
A nova variante, detetada no Botswana, está a preocupar a comunidade científica. Até ao momento, foram reportados dez casos da B.1.1.529.
A variante B.1.1.529, descoberta pela primeira vez no Botswana, tem um “número extremamente elevado” de mutações e pode colocar em risco a eficácia das vacinas contra a covid-19.
Se for capaz de contornar as defesas imunológicas do organismo, a nova variante pode causar novas vagas da doença. “É uma preocupação significante“, disse Ravi Gupta, professor de microbiologia clínica da Universidade de Cambridge, ao The Guardian.
A estirpe foi detetada no dia 11 de novembro no Botswana, onde há registo de três casos. Foram ainda reportados seis casos da mesma variante na África do Sul e um em Hong Kong.
Segundo o jornal britânico, apresenta 32 mutações na proteína spike, que podem potenciar a capacidade de o vírus infetar as células, assim como a sua transmissibilidade. Esta é a parte do vírus usada por muitas das vacinas para proteger as pessoas contra a doença.
Os cientistas temem que, com esta variante, o vírus consiga escapar à imunidade que se tem vindo a desenvolver junto das populações, mas salvaguardam que são necessários mais estudos para aferir se este coronavírus é mais perigoso para os humanos.
O elevado número de mutações pode ser preocupante, mas, no fim, poderá concluir-se que é apenas um “cluster estranho” e pouco transmissível, explicou Tom Peacock, virologista do Imperial College, em Londres. “Espero que seja o caso.”
François Balloux, diretor do Instituto Genético ICL, referiu que esta variante pode ter surgido numa “explosão”, ou seja, o vírus pode ter evoluído num organismo de uma pessoa com o sistema imunitário frágil, possivelmente alguém que sofra de HIV ou de SIDA.
A Skidmore, Owings & Merrill (SOM) revelou, durante a COP26, a sua proposta para a Urban Sequoia, uma rede de edifícios que absorvem o carbono da atmosfera.
Foi este mês, durante a cimeira do clima COP26, que a Skidmore, Owings & Merrill revelou, pela primeira vez, a sua proposta para o projeto Urban Sequoia, uma rede de arranha-céus que serão capazes de absorver o carbono presente na atmosfera.
Se este projeto foi bem sucedido, esta rede de edifícios pode trazer
significativas mudanças no ramo da construção, que é responsável por 40%
das emissões globais de carnobo.
Segundo o Interesting Engineering, o design da rede de edifícios nasceu de uma combinação de várias soluções já analisadas pela empresa, para tornar o projeto ainda mais sustentável.
Entre elas está a diminuição no uso de materiais, tecnologias de
captura de gás carbónico, uso de biomateriais e uma otimização no
processo de construção.
A redução de carbono ocorre, especialmente, por dois
motivos: os recursos usados na construção destes edifícios incluem
materiais inovadores – como tijolos biológicos, madeira e cimento amigo
do ambiente (biocrete) – que consomem muito menos carbono do que os materiais normalmente utilizados no ramo da construção, como o aço ou o cimento.
Mas o que torna estes edifícios ainda mais ecológicos é a absorção de carbono que ocorre depois de os arranha-céus serem construídos.
Na prática, isto significa que, além de não contribuírem para o
aumento das taxas de emissão de carbono, os edifícios são também uma
solução para as diminuir.
A empresa já deu o primeiro passo com a finalização da construção de um protótipo, um prédio muito alto que será utilizado para analisar qual o nível de eficácia deste novo projeto.
O comunicado da SOM revela que, ao mesmo tempo que reduz as emissões
de carbono por ter sido construído a partir de materiais naturais, o
protótipo absorve 1.000 toneladas de carbono anualmente, o que equivale a 48.500 árvores.
A absorção do carbono ocorre por causa da característica de captura de ar dos edifícios, que filtra o gás carbónico.