quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Venda de obras de arte bateu recordes em 2021 à boleia das criptomoedas !


Em 2021, o mercado da arte atingiu valores de transação recorde, com milhares de milhões de dólares a serem gastos em obras de artistas impressionistas, do pós-guerra e contemporâneos. Um fator curioso na maioria das aquisições tem que ver com a fonte do dinheiro utilizado nas compras: fortunas oriundas de criptomoedas ou outras tecnologias.

De acordo com o The Guardian, mais 2.6 mil milhões de dólares foram gastos em duas semanas de setembro, durante leilões de duas prestigiadas instituições de Nova Iorque. Em causa estavam quatro trabalhos de Vicent van Gogh, os quais foram vendidos por 71.4 milhões de dólares.

Em maio, a pintura In This Case de Jean-Michrl Basquiat, de 1983, com dois metros de altura, tornou-se a obra a ser transacionada por um valor mais elevado em 2021, envolvendo nada mais nada menos do que 93 milhões de euros. Com o aproximar do fim do ano, em Novembro, a venda de 35 trabalhos da Coleção de Macklowe – onde constavam obras de Andy Warhol, Jackson PPollock and Mark Rothko, entre outros – superou o os 676 milhões de dólares.

“O mercado da arte está certamente a espicaçar. E acho que o público para a arte é maior do que alguma vez foi. Estamos a ver níveis recorde nos 277 anos de história da nossa empresa”, descreveu Charles Stewart, diretor executivo da Sotheby, uma leiloeira.

Esta opinião é corroborada por mais especialistas do mercado da arte, que dizem que a procura foi beliscada em 2020, como efeito da pandemia, mas que também esta permitiu que algumas das obras mais procuradas fossem colocadas à venda. “Tem havido um nível extraordinariamente alto de material a chegar ao mercado e que está a despertar a atenção dos compradores”, explicou ainda Stewart.

Esta tendência também se aplica, por exemplo, às esculturas. Exemplo disso foi a venda da Hamilton Aphrodite, uma peça romana datada um ou dois séculos d.C, a qual estabeleceu um novo recorde mundial para uma antiga escultura de mármore ao ser vendida em Nova Iorque por 25 milhões de dólares, superando em 3 milhões de dólares as estimativas para o valor da sua venda.

Este crescimento também é visível nos lucros das leiloeiras, que em 2021 chegaram a novos níveis . No caso da Sothebys, o valor chegou a 1 bilião de dólares pela primeira vez.

No entanto, há novos atores no jogo. Em março, a obra First 5,000 Days de Mike Winkelmann, um artista digital conhecido por Beeple, atingiu o preço de 68 milhões de dólares em Março, o que fez dele “um dos três artistas vivos mais valiosos”, segundo a Christies. “É verdade que o mercado está a atingir números recorde e a ultrapassar as expectativas de muitas pessoas”, explicou Katharine Arnold, responsável pela arte do pós-guerra e contemporânea da Christie.

É, ainda assim, possível denotar um comportamento distinto para as obras mais antigas com menos procura – as vendas registaram uma queda de 20% face a dezembro de 2019.

De acordo com Relatório do Mercado da Arte Contemporânea, nos 12 meses anteriores a junho foram vendidos 2.7 mil milhões de arte contemporânea, o que representa um mercado “mais forte, mais diverso e denso do que anteriormente”.

Do ponto de vista dos especialistas, estes surgimento pode atribuir-se a pelo menos três fatores, que se podem sobrepor: os compradores do mundo das criptomoedas; o crescimento do mercado asiático e a crença de que a arte é um bom investimento num momento económico de particular incerteza.

De facto, as pessoas que construíram fortunas a partir das criptomoedas e outras formas de tecnologia estão atualmente a participar no mundo da arte em “elevados níveis”. “São jovens e globais”, descreveu Stewart. Como resposta a esta tendência, a Sotheby aceitou, em Novembro e pela primeira vez, licitações em criptomedas durante a venda de duas obras de Banksy, as quais foram vendidas por 14.7 milhões de dólares.

Como tal, Arnold não tem problemas em admitir que os pagamentos em criptomoedas se tornaram alternativas viáveis para o dinheiro tradicional.

Já no que respeita ao mercado asiático, os seus compradores constituíram 40% das vendas do mercado da arte contemporânea nos 12 meses anteriores a junho de 2021, ultrapassando os norte-americanos (32%) e os britânicos (16%). Segundo o mesmo relatório o mercado asiático “tornou-se efetivamente a primeira zona do mundo para a troca de obras de arte contemporâneas. Já de acordo com a Sotheby e a Christie, os compradores asiáticos constituem um terço das principais vendas internacionais.

Finalmente, e relativo à última justificação, há uma procura dos investidores por “formas de arte tangíveis que tenham valor inerente” numa altura em que a inflação tem vindo a crescer, descreveu a especialista.

“Eu não acho que isto seja uma bolha, de todo. As condições do mundo atualmente estão de uma forma que a arte continua a ser uma fonte de valor. E há criação de riqueza constantee novos compradores a entrar no mercado a toda a hora”, acrescentou.

É ainda de registar o aumento de 50% no que respeita às compras e licitações por parte de millennials nas vendas de outubro da Christies. “Se os baby boomers costumavam comprar agressivamente nos últimos anos, estamos a começar a ver uma transformação geracional, e isso significa que o crescimento não vem apenas de novos mercados como a Ásia, vem também de mercados tradicionais nos quais entram as novas gerações.”

https://zap.aeiou.pt/venda-de-obras-de-arte-bateram-recordes-em-2021-a-boleia-das-criptomoedas-455120


Raptado há 30 anos, chinês reencontra família com mapa que criou com as memórias da infância !


Agora com 37 anos, Li Jingwei reencontrou a família depois de ter sido raptado com apenas quatro anos de idade. O chinês partilhou no TikTok um mapa que desenhou com base nas memórias que ainda retinha da sua vila natal.

Li Jingwei tinha apenas quatro anos quando um vizinho o raptou e o levou da sua vila, na província chinesa de Yunnan, para o vender a uma rede de tráfico de crianças. Apesar do início trágico, esta história teve agora um final feliz, 30 anos depois.

O jovem chinês conseguiu reencontrar a família depois de desenhar um mapa da sua vila com base nas memórias que ainda retinha dos poucos anos que lá viveu. Depois de partilhar a imagem no Douyin — como o TikTok é conhecido na China — no dia 24 de Dezembro, restou a Li esperar por alguma resposta.

“Sou uma criança à procura da sua casa“, disse no vídeo. Apesar de não se conseguir lembrar do seu nome de nascimento ou do nome da vila, as suas memórias sobre uma escola, uma floresta de bambu e um lago foram suficientes para identificar a terra, nota o The Guardian.

A polícia descobriu depois que o mapa correspondia a uma vila em Yunnan onde havia um caso de uma mulher cujo filho tinha desaparecido. As suspeitas foram confirmadas depois de um teste de ADN, que levou a um reencontro emocionante entre mãe e filho, 30 anos depois.
“Há 33 anos há espera, com noites incontáveis de ansiedade, e finalmente um mapa desenhado à mão pela memória, este é o momento perfeito para a publicação, 13 dias depois”, escreveu Li no seu perfil do Douyin quando publicou o vídeo em que abraçou a sua mãe biológica. “Obrigado a todos os que me ajudaram a reencontrar a minha família”.

Raptado em 1989, Li foi vendido a uma família em Lankao, a mais de 2000 quilómetros de distância. Os raptos de crianças são comuns na China e Li afirmou que se aventurou em busca da sua mãe biológica depois de ver histórias nos media a relatar dois outros casos em que as famílias se reencontraram, como o caso de Guo Gangtang — um homem que procurou o seu filho durante 24 anos.

“Percebi que não podia esperar mais tempo porque os meus pais estavam a envelhecer. Estava preocupado que quando descobrisse de onde sou, já tivessem morrido”, revelou à televisão Henan.

https://zap.aeiou.pt/raptado-30-anos-chines-reencontra-familia-455052


100 mulheres muçulmanas estavam à venda num leilão falso online - O site já foi encerrado !


O site disponibilizava fotos de cerca de 100 mulheres muçulmanas, várias delas ativistas e jornalistas, e colocava-as à venda num leilão falso.

Segundo o Observador, o governo indiano está a investigar um site que alegava estar a vender mulheres muçulmanas através de um leilão online falso.

O website foi criado, de acordo com a CNN, através da plataforma GitHub, propriedade da Microsoft, e tinha como nome “Bulli Bai” – expressão que combina a palavra “pénis” e o termo utilizado no norte do país para designar “empregada”.

A plataforma, segundo Mohammed Zubair, cofundador da plataforma de verificação de factos Alt News, disponibilizava fotos de cerca de 100 mulheres muçulmanas, sendo várias delas ativistas e jornalistas.

O site, de acordo com um porta-voz do GitHub, já foi encerrado, e não há evidências de que tenha sido usado para a prática de tráfico humano, tendo como objetivo o assédio das mulheres muçulmanas.

“A GitHub defende políticas contra qualquer conteúdo ou conduta que envolvam o assédio, a discriminação e a incitação à violência”, afirmou o mesmo porta-voz.

Os partidos da oposição na Índia apelaram este fim de semana ao partido em liderança, o Bharatiya Janata, que tomasse medidas mais sólidas em relação ao assédio da população feminina muçulmana da Índia.

De entre as mulheres que estavam a ser supostamente leiloadas no Bulli Bai, encontram-se a ativista e prémio Nobel da Paz Malala Yousafzai e a atriz indiana Shabana Azmi.

“Vender alguém online é um cibercrime, e eu peço à polícia que tome ações imediatas”, expressou Shashi Tharoor, líder do congresso indiano. “Os perpetradores do crime merecem um castigo condigno e exemplar.”

No domingo, o ministro da Tecnologia da Índia afirmou nas redes sociais que o governo “estava a trabalhar com as forças policias de Dehli e Mumbai neste caso”.

Ismat Ara, jornalista de investigação do The Wire, realçou que “o website parece ter sido criado com o propósito de humilhar e insultar as mulheres muçulmanas”, segundo o AlJazeera.

A jornalista apresentou uma queixa-crime na polícia de Dehli, depois de ter encontrado uma foto sua no leilão falso.

“As mulheres que foram alvo desta humilhação são figuras de destaque no alerta para os problemas das mulheres muçulmanas nas redes sociais. É uma clara conspiração para silenciar estas mulheres muçulmanas porque nós desafiamos a ala de direita Hindu online, contra os seus crimes de ódio”, desabafou a jornalista.

De acordo com a BBC, esta é a segunda tentativa em poucos meses de silenciar e humilhar as mulheres muçulmanas.

Em julho, um outro site chamado “Sulli Deals” criou perfis falsos de mais de 80 mulheres, que foram igualmente dispostas num leilão falso.

Para já, ainda não foi realizada nenhuma detenção em nenhum dos casos de assédio e humilhação online.

https://zap.aeiou.pt/100-muculmanas-a-venda-leilao-falso-454922


terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Governo francês acusado de “silêncio escandaloso” face a três feminicídios em 2022 !


Vários grupos de feministas apelam a uma ação exigente para combater a violência contra as mulheres em França.

No sábado, primeiro dia do ano, foi encontrado o corpo de uma mulher perto de Saumur, no oeste de França. Era uma recruta militar, de 28 anos, que tinha sido esfaqueada até à morte.

O autor do crime, um soldado de 21 anos, foi detido. Segundo a procuradora local, Alexandra Verron, está em causa um possível feminicídio – o assassinato de uma mulher pelo seu parceiro ou ex-parceiro.

No leste de França, a polícia descobriu o corpo de uma mulher de 56 anos com uma faca no peito, depois de os vizinhos terem relatado uma discussão violenta com o marido. O suspeito foi interrogado pela polícia.

Já no domingo, foi encontrada uma mulher, de 45 anos, no porta-bagagens de um automóvel, estrangulada pelo ex-companheiro. O homem de 60 anos apresentou-se na esquadra de polícia de Nice para confessar o crime.

Estes três casos de mulheres assassinadas pelos seus atuais ou ex-parceiros, nos primeiros dias de 2022, são a prova de que França enfrenta uma preocupante vaga de violência doméstica.

Segundo o The Guardian, são vários os grupos de feministas que apelam a uma ação mais exigente para combater a violência. Exemplo disso é o grupo #NousToutes (“Todos Nós”), que acusou recentemente o Governo do país de permanecer “escandalosamente” em silêncio.

Lena Ben Ahmed, membro do grupo, disse à rádio France Info que estes feminicídios “não são casos isolados”.”São violência sistemática. Todo o sistema conspira nestes homicídios porque banaliza e minimiza a violência sexista e sexual. É por isso que estamos escandalizados com o silêncio do Governo.”

No ano passado, houve em França pelo menos 113 feminicídios, um aumento em relação aos 102 oficialmente registados em 2020. Já em 2019, foram mortas 146 mulheres.

O grupo Féminicides Par Compagnons ou Ex, que divulgou os dados referentes a 2021, alertou que se tratava de um número aproximado.

“Não, não são ‘dramas familiares’, ‘dramas de separação‘ ou ‘crimes de paixão’. São assassinatos conjugais executados por homens frustrados que pensam ter o direito de matar. Que, devido à educação patriarcal, pensam possuir as suas mulheres e filhos e poderem fazer o que quiserem com as suas vidas”, referiu a associação.

https://zap.aeiou.pt/governo-frances-acusado-de-silencio-escandaloso-face-a-tres-feminicidios-em-2022-454895


Cinco potências mundiais comprometem-se a evitar uma guerra nuclear !


Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, concordam que “uma guerra nuclear nunca será vencida”.

As potências mundiais emitiram, nesta segunda-feira, uma declaração conjunta em que se comprometem a evitar a proliferação de armas nucleares e os riscos de uma guerra que não terá qualquer vencedor.

“Acreditamos que uma guerra nuclear nunca será vencida e não deve ser travada. O uso de armas nucleares pode ter consequências graves e, por isso, reiteramos que essas armas devem ser utilizadas apenas para fins de defesa e para prevenir guerras”, lê-se no documento.

Conforme salienta o The Guardian, numa altura em que Moscovo ameaça invadir a Ucrânia e a China sinaliza a sua disponibilidade para utilizar a força militar contra Taiwan, esta declaração conjunta representa um compromisso renovado para evitar que qualquer confronto se transforme numa catástrofe nuclear.

“Mantemos o nosso compromisso com o Tratado de Não Proliferação, incluindo a obrigação expressa no Artigo VI para negociar de boa-fé as medidas eficazes relacionadas com a cessação da corrida às armas nucleares num curto espaço de tempo e com o desarmamento nuclear, e um tratado para o desarmamento geral e completo sob estrito controlo a nível internacional”, acrescenta o documento.

A promessa foi assinada pelos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, os cinco Estados detentores de armas nucleares reconhecidos pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) de 1968, que são também os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

As cinco potências declararam também que a “redução dos riscos estratégicos” era uma das suas “principais responsabilidades”. A par disso, comprometeram-se a “manter e fortalecer as medidas a nível nacional para prevenir o uso não autorizado” de armas nucleares.

“Reiteramos a validade das nossas declarações anteriores e asseguramos que nenhuma arma nuclear será dirigida aos nossos Estados ou a outro país”, redigiram no documento conjunto.

“Sublinhamos o nosso desejo de trabalhar com todos os Estados para criar um ambiente de segurança mais propício ao progresso do desarmamento.” O objetivo final é “um mundo sem armas nucleares”.

https://zap.aeiou.pt/cinco-potencias-evitar-guerra-nuclear-454904


Trump, Ivanka e Donald Jr intimados por procuradora-geral de Nova Iorque !


O ex-presidente norte-americano Donald Trump e os seus dois filhos mais velhos foram intimados pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, para depor no âmbito da investigação em curso sobre os negócios da família, foi hoje divulgado.

As intimações de Trump, do filho Donald Trump Jr. e da filha Ivanka Trump, resultam de uma investigação “à avaliação de propriedades pertencentes ou controladas” por Trump e a sua empresa, a Trump Organization, lê-se no documento judicial hoje tornado público, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).

A tentativa da procuradora-geral de obter o depoimento do ex-presidente norte-americano foi noticiada em dezembro, mas a ação judicial hoje noticiada foi a primeira indicação de que os investigadores estão também a recolher informação sobre Ivanka e Donald Jr..

Espera-se agora que os Trumps iniciem procedimentos judiciais para anular as intimações, desencadeando uma disputa legal semelhante à registada no ano passado depois de o gabinete de Letitia James ter intimado outro filho de Trump.

Trump processou James no mês passado, tentando pôr fim à investigação depois de ela o ter intimado a comparecer a 07 de janeiro para um depoimento.

A ação judicial de Trump, intentada num tribunal federal, alega que a investigação violou os seus direitos constitucionais “num esforço mal disfarçado para difamar publicamente Trump e os seus associados”.

O processo judicial de hoje constitui a primeira admissão pública por parte da procuradora-geral de que já anteriormente tinha intimado Trump a depor.

Letitia James, uma democrata, passou mais de dois anos a averiguar se a Trump Organization enganou bancos e autoridades tributárias quanto ao valor dos seus bens, inflacionando-o para obter empréstimos com melhores condições, ou minimizando-o para pagar menos impostos.

A equipa de James inquiriu no ano passado Eric Trump, um dos filhos do ex-presidente e executivo da Trump Organization, como parte da investigação.

O gabinete de James foi a tribunal para impor o cumprimento da intimação de Eric Trump, e um juiz ordenou-lhe que testemunhasse, depois de os seus advogados terem abruptamente cancelado um depoimento previamente agendado.

Apesar de esta investigação, civil, ser separada de uma investigação criminal conduzida pelo ministério público de Manhattan, o gabinete de James tem estado envolvido em ambos.

No início de 2021, o antigo procurador do ministério público, Cyrus Vance Jr., obteve acesso aos registos fiscais antigos do magnata do setor imobiliário, após uma disputa judicial de vários anos, que por duas vezes chegou ao Supremo Tribunal Federal.

Antes de deixar o cargo, no final do ano passado, Vance convocou um novo grande júri para ouvir provas enquanto avaliava se haveria de formular mais acusações com base na investigação, pela qual a Trump Organization e o seu diretor financeiro de longa data, Allen Weisselberg, foram em julho indiciados por fraude fiscal.

Weisselberg declarou-se inocente das acusações que alegavam que ele e a empresa teriam fugido ao pagamento de impostos sobre elevados lucros indiretos pagos a executivos.

Ambas as investigações relacionam-se, pelo menos em parte, com acusações feitas em reportagens e pelo ex-advogado pessoal de Donald Trump, Michael Cohen, de que o multimilionário tinha um historial de deturpar o valor das suas propriedades e bens.

O gabinete da procuradora-geral de Nova Iorque emitiu intimações a administrações locais no âmbito da investigação civil para obter os registos fiscais da propriedade de Trump situada a norte de Manhattan, Seven Springs, e de benefícios fiscais que Trump obteve por colocar terras num fundo de conservação.

Posteriormente, Vance emitiu intimações relativas à obtenção dos mesmos registos.

A procuradoria-geral nova-iorquina tem estado igualmente a analisar questões semelhantes relacionadas com um edifício de escritórios de Trump na cidade de Nova Iorque, um hotel em Chicago e um campo de golfe perto de Los Angeles.

O Gabinete de Letitia James também obteve uma série de decisões judiciais favoráveis obrigando a empresa de Trump e um escritório de advogados que contratou a entregar uma grande quantidade de registos.

Contactados pela AP, os advogados dos gabinetes de Trump e da procuradora-geral de Nova Iorque não prestaram ainda esclarecimentos sobre a intimação hoje conhecida.

https://zap.aeiou.pt/trump-ivanka-donald-intimados-454843


Quase dois anos após o início da pandemia, o cansaço e o stress batem recordes. Mas como os eliminar ?


A necessidade de combater, ainda que de forma momentânea, os momentos de tédio leva a que os indivíduos recorram às redes sociais e a sites de notícias, onde consomem conteúdos que potenciam a sua ansiedade, apesar de não se aperceberem que tal está a acontecer.

Ao longo dos meses de julho e setembro de 2021, a pergunta ‘por que me sinto sempre cansado?’ bateu recordes de pesquisa no Google nos Estados Unidos – e não só, havendo várias justificações imediatas possíveis. Seja a pandemia, que já durava há um ano e meio, a falta de interações sociais ou até uma crise política e social, todas as justificações são válidas. No entanto pode haver outra explicação, um fenómeno subtil e que os psicólogos começam agora a estudar: a substituição do entusiasmo pela ansiedade.

Tal como descreve a Time, até as pessoas mais calmas beneficiam de pelo menos alguns períodos de excitação – não é por acaso que a acalmia excessiva é frequentemente associada à morte. É suposto o ser humano ter algumas oscilações na sua vida no que respeita às emoções, pelo que as restrições à liberdade impostas pela pandemia fizeram com que muitos dos momentos propícios às alegrias – e também às tristezas – deixassem de existir.

Programas como concertos, eventos desportivos, cinema ou até jantar fora – já para não falar em férias – deixaram de ser tão óbvios como eram anteriormente. Até durante o verão, quando grande parte da população adulta estava vacinada, mas as crianças não, estas atividades foram adiadas, por tempo indeterminado, e quando realizadas eram também fonte de stress. De facto, todos os planos sociais desde o início da pandemia acarretam a toma de decisões, um balanço dos riscos e dos benefícios, que estragam o propósito do plano. Como tal, o resultado é um menor número de momentos de fruição e a falta de entusiasmo nas vidas dos indivíduos.

Este problema, por si só, é difícil, mas torna-se mais grave quando a falta de entusiasmo é preenchida – ou substituída – por ansiedade, o que no momento podem parecer semelhantes, mas que têm efeitos extremamente diferentes no longo prazo.  

Por exemplo, alguém que esteja em casa, num momento de tédio e decide recorrer ao seu telemóvel para atualizar as suas redes sociais ou visitar um site de notícias. A intenção do sujeito não é informar-se sobre nenhum tópico em específico, apenas distrair-se e, talvez, encontrar algo importante com o qual se entreter durante alguns minutos. No entanto, o que acaba por acontecer é que esse entretenimento se materializa no contacto com notícias sobre política, covid-19, o Afeganistão ou outros temas negativos.

Apesar de essa necessidade por algum ‘preenchimento’ ser momentaneamente concretizada e até confundida com entusiasmo, a verdade é que se está perante ansiedade, a qual, em níveis elevados, pode ter consequências negativas. Se se juntar a este processo todas as lacunas de positividade que têm marcado os últimos, poderemos estar perante uma receita perigosa para a saúde mental.

Então, qual poderá ser a receita para pôr termo a este problema? De acordo com a mesma fonte, primeiramente será preciso parar de substituir a necessidade humana de entusiasmo por ansiedade. Parece fácil e na realidade até pode ser, caso se pare, por exemplo, com os infinitos scrolls nas redes que não têm qualquer finalidade, o chamado doom scroll. Posteriormente, cada indivíduo deverá também perguntar-se o que pode estar na origem desta necessidade de entusiasmo. Caso a resposta remeta para algo como o tédio, é melhor resistir e encontrar outra distração.

Em segundo lugar, é fazer todos os possíveis para inserir positividade na nossa vida, de uma forma em que a segurança prevaleça. De acordo com Brad Stulberg, investigador, coach na área do bem-estar e autor do artigo da Time, há uma inércia no cansaço. Se é verdade que o descanso muitas vezes ajuda a curar as dores e o cansaço físico, quando a degradação é mental, mais ação pode ser vantajosa. Noutras palavras, não é necessário alguém sentir-se bem para continuar, mas pode ser preciso continuar para ter hipóteses de se sentir melhor.

Finalmente, é preciso ter paciência. Apesar de existirem muitas coisas que podemos fazer e que são seguras, também há atividades que são impossíveis – não vale a pena tentar normalizar o mundo no qual vivemos atualmente. É importante cada um ter em mente que a pandemia não irá durar para sempre e que, passado este inverno, são elevadas as probabilidades de a crise sanitária melhorar.

https://zap.aeiou.pt/quase-dois-anos-apos-o-inicio-da-pandemia-os-niveis-de-cansaco-e-stress-batem-recordes-mas-como-os-combater-454722


A rota da viagem de comboio mais longa do mundo foi atualizada — Mas continua a partir de Portugal !


Extensão da rota foi possível graças a uma nova linha de 418 km que liga Laos e a China, permitindo aos viajantes embarcar até Singapura.

Se é daquelas pessoas com um fascínio especial por viagens de comboio – em grande parte devido às cenas cinematográficas apaixonantes realizadas em históricas carruagens – e sempre sonhou aventurar-se pelo mundo neste meio de transporte, fique a saber que há um novo destino que pode visitar. Nada mais nada menos do que Singapura.

Para lá chegar terá que percorrer cerca de 18.775 km – a distância da nova viagem ferroviária mais longa do planeta –, o que pode demorar 21 dias a fazer. Pelo meio, serão várias os transbordos que terão de ser feitos, mas o encanto de cidades como Paris, Moscovo, Pequim ou Banguecoque ajudarão, certamente, a tornar tudo mais fácil.

Tal como nota a Time Out, para a viagem, que se inicia em Lagos, no Algarve, o melhor será ir com mentalidade de “viagem de ano sabático”, aproveitando para conhecer algumas das cidades por onde irá passar.

A rota só recentemente passou a ser considerada a mais longa do mundo, em grande parte devido a uma nova linha entre Laos e a China, a qual veio acrescentar 260 milhas, cerca de 418 km, de ferrovia. O último segmento da viagem, até Singapura, deverá iniciar-se na estação de Mohan, na China, onde os passageiros poderão embarcar até Singapura.  

No entanto, e devido à pandemia, antes de colocar a mochila às costas e partir rumo ao oriente é melhor verificar as medidas de restritivas de cada um dos países que a rota atravessa, mas também a viabilidade dos serviços de comboio, já que muitas empresas ferroviárias optaram por os suspender devido à baixa procura.

https://zap.aeiou.pt/muita-terra-a-rota-da-viagem-de-comboio-mais-longa-do-mundo-foi-atualizada-mas-continua-a-partir-de-portugal-454721


O novo produto maravilha da Apple está a revelar-se um pesadelo para a segurança dos utilizadores !


Ao longo dos últimos meses têm sido recorrentes os episódios relatados nas redes sociais de indivíduos que não têm AirTags mas que recebem alertas nos seus telemóveis relativamente à presença destas nas redondezas.

No início do ano, quando a Apple apresentou a sua mais recente novidade, as AirTag, explicou que os pequenos discos tinham como objetivo localizar objetos ou pertences importantes, tais como carteiras, malas de viagem ou carros, através de sistemas de localização com ligação aos demais dispositivos eletrónicos da marca norte-americana — como os iPhones, iPads ou outros.

No entanto, ao longo dos últimos meses, muitos utilizadores da Apple, mas não das AirTags, têm vindo a receber alertas relacionados com a presença dos ditos localizadores, o que levantou questões relacionadas com a sua segurança.

Ashley Estrada, de 24 anos, viu-se confrontada precisamente com esta situação. Numa noite de setembro, quando estava em casa de amigos, recebeu um aviso no seu iPhone. “AirTag detetada próximo de si”. Acontece que nem a jovem nem qualquer um dos seus acompanhantes se fazia acompanhar dos pequenos discos. Através do aviso era ainda possível perceber que o dispositivo tinha sido detetado há algumas horas e que tinha monitorizado todo o percurso feito por Ashley durante a tarde anterior.

Isto dez com que a própria se sentisse “violada”. “A minha reação foi algo como, ‘quem é que me está a seguir?’”, explicou ao The New York Times. A questão ganha contornos mais densos quando se percebe que este está longe de ser caso único. Nos últimos meses, escreve o jornal norte-americano, foram muitos os relatos que surgiram nas redes sociais como o Tik Tok, o Reddit e o Twitter, onde os utilizadores deixam provas dos momentos em que encontraram AirTags nos carros e em outros pertences.

Todos estas histórias têm aumentado as suspeitas de que os dispositivos podem possibilitar uma nova forma de stalking, a qual alguns grupos relacionados com a privacidade já anteciparam quando a tecnologia foi anunciada, em Abril. De momento, o problema já foi reconhecido pelo departamento da polícia de West Seneca, em Nova Iorque, que já emitiu uma declaração a alertar os cidadãos para o perigo de estarem a ser vigiados depois de as AirTags terem sido encontradas no topo de carros.

Na mesma linha, outro departamento da polícia do Canadá revelou que está a investigar casos de dispositivos colocados em carros de luxo para que, monitorizando a sua localização, pudessem ser roubados.

Apesar desta sequência, alguns especialistas em tecnologia consideram que as AirTags vieram apenas sublinhar um problema geral do setor e de todos os seus produtos que envolvem a localização. Estes emitem sinais digitais que podem ser detetados por aparelhos da cujos sistemas operativos pertencem à Apple. Os dispositivos posteriormente reportam onde é que a AirTag foi detetada pela última vez. A marca norte-americana, ao contrário das suas concorrentes, tem funcionalidades para impedir abusos, nomeadamente a notificação que Ashley Estrada recebeu, mas também a emissão de sinais sonoros.

A rede constitui, segundo Eva Galperin, especialista em cibersegurança, uma ameaça dada a ubiquidade dos produtos da Apple, devido à extensão da monitorização que é possível fazer dos movimentos das pessoas.

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“A Apple automaticamente transformou todos os seus dispositivos IOS numa parte da rede que as AirTags usam para reportar a localização das AirTag. Essa rede é maior e mais poderosa do que a usada por outros localizadores. É mais poderosa para localizar e mais perigosa para perseguir indivíduos”, explicou Galperin.

Tal como é seu hábito, a Apple não revela dados sobre as vendas dos seus produtos e as AirTags não são exceção. Ainda assim, fez saber, através de um comunicado, que encara as questões relacionadas com a segurança dos seus clientes de forma “muito séria”, estando “comprometida com a segurança e privacidade das AirTags”. Simultaneamente, a Apple também apela a que qualquer pessoa que se sinta em perigo devido a alertas relacionados com os pequenos discos que contacte as forças da autoridade, para que estas, juntamente com a Apple, possa analisar as informações sobre a ligação original da AirTag em questão.

No entanto, e de acordo com os relatos recolhidos pelo NYT, muitas das queixas não tidas em consideração pela polícia, que desvaloriza os alertas nos telemóveis. Foi o que aconteceu com Ashley Strada, a quem foi dito que a sua situação se tratava de uma “não emergência” e que poderia entregar o dispositivo – entretanto descoberto na placa da matrícula da sua carrinha – na esquadra quando quisesse e apresentar uma queixa. Há ainda casos em que as autoridades dizem aos queixosos que as notificações não são provas suficientes.

A polícia de Los Angeles, onde Ashley Strada reside, por sua vez, garantiu à mesma fonte que não tinha conhecimento de casos em que as AirTags tenham sido usadas para localizar pessoas ou veículos, no entanto, a jovem de 24 anos revelou que, depois de publicar algumas fotos e vídeos nas redes sociais, foi contactada por um funcionário da Apple, em nome pessoal. Juntos, conseguiram chegar à efetiva proprietária da AirTag, uma mulher cuja morada remetia para o centro de Los Angeles. No entanto, são frequentes os casos em que os dispositivos nunca chegam a ser encontrados.

Este pode ser um problema ainda maior para qualquer indivíduo que não tenha nenhum dispositivo da Apple, o que significa que as AirTags não emitirão qualquer aviso e a monitorização continuará e os dados recolhidos enviados para o telemóvel do dono. No início do mês, a Apple lançou uma aplicação para telemóveis com sistema operativo Android capaz de detetar as AirTags, no entanto, cabe aos cidadãos a responsabilidade de a instalar e utilizar.

Para já, a empresa recusa ainda comentar se está a trabalhar com a Google para desenvolver uma tecnologia capaz de detetar os seus dispositivos localizadores mesmo a partir de telemóvel Android. Ainda assim, muitos dos visados pelos esquemas de perseguição esclarecem que estas medidas não são suficientes e que, apesar de acreditarem que a Apple desenhou as AirTags com boas intenções, a segurança da população está em risco devido a indivíduos.

https://zap.aeiou.pt/produto-maravilha-apple-pesadelo-seguranca-utilizadores-454708

 

Pessoa mais velha do mundo celebra 119º aniversário !


Kane Tanaka é a pessoa mais velha do mundo e, na celebração do seu 119º aniversário, disse estar determinada a prolongar o recorde por mais um ano.

Kane Tanaka é considerada pelo Livro de Recordes do Guinness, desde março de 2019, a pessoa mais velha do mundo e celebrou, este domingo, o seu 119º aniversário no lar de idosos onde vive em Fukuoka, no sudoeste do Japão, escreve o The Guardian.

A mulher, que adora bebidas gaseificadas e chocolate, alcançou também um recorde etário japonês, quando atingiu 117 anos e 261 dias, em setembro de 2020.

Nascida em 1903 – ano em que os irmãos Wright fizeram o seu primeiro voo motorizado e em que se realizou a primeira Volta a França -, Tanaka viveu cinco reinados imperiais japoneses e agora quer chegar ao 120º aniversário, revelou a agência noticiosa Kyodo, citando membros da família.

De acordo com o jornal britânico, Kane Tanaka faz parte de um grande e crescente número de centenários japoneses.

Numa estimativa divulgada em setembro, perto do Dia Anual do Respeito pelo Idoso, o ministério da saúde japonês revelou que existe um número recorde de 86.510 pessoas com 100 anos ou mais, um aumento de 6.060 em relação ao ano anterior.

As mulheres representam a grande maioria dos centenários, sendo os homens responsáveis por pouco mais de 10 mil, disse o ministério.

Quando o inquérito anual foi realizado pela primeira vez, em 1963, o Japão tinha apenas 153 centenários, mas o número subiu para mais de 10.000 em 1998.

A esperança de vida no Japão está também a um nível recorde: 87,74 anos para as mulheres e 81,64 para os homens.

No entanto, o número de jovens está a diminuir. Dados do governo japonês mostram que 1,2 milhões de pessoas entraram no novo ano como novos adultos – uma queda de 40.000 em relação ao ano anterior e o número mais baixo desde 1968.

Os jovens de 20 anos representaram menos de 1% da população do país nos últimos 12 anos, revela a NHK.

Quando Tanaka se tornou a pessoa mais velha do Japão, celebrou com uma garrafa de Coca-Cola – a sua bebida favorita – e fez um sinal de paz para os fotógrafos.

A mulher foi a sétima de nove irmãos, casou aos 19 anos e ajudou a gerir a loja de noodles da família depois do seu marido e filho mais velho terem ido lutar na segunda guerra sino-japonesa, que começou em 1937.

https://zap.aeiou.pt/pessoa-mais-velha-do-mundo-celebrou-119o-aniversario-454483


Rogério Gaspar: “Vamos ter mais variantes e mais pandemias” !


Professor e membro da Organização Mundial da Saúde lamenta os “egoísmos nacionais” à volta da vacinação contra a COVID-19.

A comunidade científica tem respondido muito bem ao novo desafio chamado COVID-19 mas a situação global poderia estar melhor, caso as decisões de Governos de vários países fossem outras. A análise é de Rogério Gaspar.

O líder do Departamento de Regulação e Pré-Qualificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) concedeu uma entrevista ao jornal i, na qual fez o balanço de 2021, o seu ano de estreia na OMS. A nível científico as coisas correram bem, a nível político nem por isso.

“Como positivo, claramente a capacidade da resposta da comunidade científica, dos produtores de vacinas e dos sistemas de saúde. É preciso lembrar que estamos a falar de um agente patogénico que, há dois anos, não conhecíamos. Em menos de um ano tivemos vacinas e, dois anos depois, temos mais de oito mil milhões de doses de vacinas administradas. Isso mudou completamente o contexto da pandemia e a capacidade de resposta dos países”, analisou, destacando também a importância das parcerias entre os sectores público e privado.

“O aspecto negativo foram os egoísmos nacionais, que levaram à situação que temos hoje: países com uma taxa de cobertura vacinal elevadíssima e outros com uma taxa de cobertura muito baixa. Esse balanço já foi feito neste fecho de ano pela OMS: atingimos o final do ano com 94 dos 192 países com uma taxa de cobertura vacinal inferior a 40%, que era a meta para todos e cada um”, lembrou o antigo professor na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa .

Gaspar reforça a ideia de que a meta da OMS era atingir, no mínimo, a vacinação em 40% das pessoas em cada país. Assim, e longe desses números, a consequência é “não conseguir parar a evolução do vírus”. E vêm aí mais variantes, avisou: “Estamos sujeitos ao aparecimento de variantes – a mais recente foi a Ómicron mas provavelmente não será a última“.

“Este processo não irá parar enquanto não percebermos que precisamos de vacinar toda a gente. Como o director-geral da OMS tem dito repetidamente: não estamos protegidos enquanto não estivermos todos protegidos”, continuou – a OMS acredita que haverá uma adesão diferente durante o primeiro semestre deste ano, para chegar ao mínimo de 70% de pessoas vacinadas em cada país.

Novas variantes deverão aparecer e novas pandemias vão certamente aparecer, comentou o especialista: “Uma coisa é certa: vamos ter mais pandemias. É importante começar a rever as lições desta crise e dotar a OMS de instrumentos que lhe permitam exercer uma maior capacidade de coordenação operacional da resposta à escala global, que é um mandato que hoje tem fortes limitações”.

O coronavírus já provocou quase cinco milhões e meio de mortes, entre mais de 290 milhões de casos confirmados.

https://zap.aeiou.pt/rogerio-gaspar-vamos-ter-mais-variantes-454680


Ginasta fugiu da Coreia do Sul numa rara (e estranha) deserção para a Coreia do Norte !


Um homem conseguiu ludibriar a forte guarda armada na fronteira com a Coreia do Norte, desertando da Coreia do Sul para este país. Acredita-se que terá “experiência como ginasta” e que será um desertor norte-coreano que terá resolvido voltar a casa.

A travessia ilegal da fronteira foi anunciada por autoridades militares da Coreia do Sul, através do chamado Estado-Maior Conjunto.

De acordo com as informações oficiais, o episódio ocorreu no passado sábado, 1 de Janeiro. Às 21:20 horas locais, foi detectada a presença de uma pessoa na chamada Zona Desmilitarizada (ZDM) que separa as duas Coreias.

As buscas realizadas não permitiram apanhar a pessoa que terá atravessado a ZDM rumo à Coreia do Norte por volta das 22:40 horas, segundo dados do Estado-Maior que sublinha que o homem “desertou para o Norte”, como cita a agência de notícias Reuters.

Não se sabe se esse desertor está vivo ou morto, ainda de acordo com o Estado-Maior que revela que informou as autoridades norte-coreanas da travessia proibida.

A Coreia do Norte tem em marcha medidas severas nas fronteiras para controlar a pandemia de covid-19 e as informações da Inteligência sul-coreana indicam que os militares têm ordem para “atirar a matar” quem for detectado ilegalmente.

Na Coreia do Sul, também é proibido atravessar a fronteira para a Coreia do Norte.

As deserções da Coreia do Sul para o Norte são especialmente raras. Mas até a própria deserção de pessoas da Coreia do Norte para o Sul é pouco frequente devido às fortes medidas de segurança implementadas nas fronteiras dos dois países. A maioria dos desertores recorre às fronteiras com a China para fugir do regime de Kim Jong-un.

A NBC News avança que a pessoa que fez a travessia ilegal é, “provavelmente, um desertor anterior” da Coreia do Norte.

Citando a imprensa sul-coreana, o órgão de informação norte-americano avança que o homem será norte-coreano e que terá usado a sua “experiência como ginasta para cruzar cercas de fronteira”, recorrendo à mesma zona de onde terá desertado para a Coreia do Sul em 2020.

“As autoridades presumem que a pessoa é um desertor norte-coreano e estão no processo de verificação dos factos relacionados”, aponta o Ministério de Defesa da Coreia do Sul num comunicado citado pela NBC News.

Entretanto, as autoridades sul-coreanas estão preocupadas com a fortaleza de segurança implementada na fronteira com o problemático vizinho.

O Estado-Maior justifica as dificuldades em capturar o desertor com as “condições geográficas, incluindo o terreno montanhoso“, mas também assume que os esforços levados a cabo pelos militares foram “insuficientes” e que deveria ter havido uma intervenção “mais activa”.

https://zap.aeiou.pt/ginasta-desercao-coreia-do-norte-454595

Coronavírus: testes rápidos podem criar “sensação enganosa de segurança” !

Teste rápido de antigénio

É importante testar mas já surgiu um aviso oficial: a variante Ómicron consegue “escapar” mais facilmente aos testes rápidos.

A conceituada FDA, a entidade que regula os medicamentos nos Estados Unidos da América, deixou o aviso há poucos dias: a variante Ómicron não é detectada em muitos testes rápidos antigénio à COVID-19. A variante mais recente do coronavírus consegue “escapar” mais frequentemente nesses testes, comparando com as variantes anteriores.

Então os tão famosos – e tão procurados – testes rápidos deixaram de ser úteis? Já não vale a pena realizar os testes antigénio? São questões que mereceram a atenção de Alexander Freund, na versão brasileira da Deutsche Welle.

Continua a ser importante testar e utilizar esses testes. As próprias entidades oficiais, sobretudo na Europa, asseguram que se deve confiar no resultado de cada teste
rápido. Embora o caminho passe por “obrigar” toda a gente a realizar testes certificados por laboratório.

No entanto, um teste rápido continua a ser uma ferramenta útil para controlar o número de casos confirmados de COVID-19 e para evitar uma maior propagação inconsciente do vírus.

O outro lado da questão é: um resultado negativo num teste rápido é garantia a 100 por cento que a pessoa em causa não está infectada? Não. Como vem descrito nas instruções dos próprios testes, não. Assim, a pessoa pode realmente estar infectada mas, ao ver o resultado negativo no teste rápido, volta à sua vida “normal” e pode infectar outras pessoas. Recorde-se: dois dias antes dos primeiros sintomas, já pode haver contágio.

Por isso, não se deve fugir dos testes de antigénio mas essa testagem, não sendo completamente fiável, pode criar uma “sensação enganosa de segurança”, avisa Freund.

As dúvidas à volta dos testes rápidos foram noticiadas na Alemanha, onde foi feito um estudo que revelou que, em 122 testes antigénio analisados, 26 “enganaram” o paciente – não apresentaram resultado positivo, mesmo quando a pessoa apresentava uma carga viral evidente. Traduzindo em percentagem: mais de 21 por cento dos testes rápidos não eram confiáveis.

https://zap.aeiou.pt/testes-rapidos-sensacao-enganosa-454885


segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Braço de ferro entre França e Alemanha sobre centrais nucleares deixa a transição energética da UE em xeque !


A Alemanha considera a proposta da Comissão Europeia, que deixa em cima da mesa o financiamento europeu a projectos nucleares, um “erro absoluto”. Já a França tem tentado pressionar a UE no sentido oposto.

Já se notavam os sinais de um conflito que estava para vir no último Conselho Europeu e, desde então, parece que nada mudou. A energia nuclear continua a ser um tema que causa muita discórdia na Europa e até o eixo franco-alemão está dividido. Se a França é a maior defensora do investimento na energia nuclear para a transição energética, a Alemanha é a principal opositora.

Esta divergência pode também vir a ter um grande impacto no futuro da estratégia energética da União Europeia, que precisa de se adaptar ao contexto das alterações climáticas, com as duas maiores economias em discórdia sobre o que pode ser considerado como uma alternativa verde, lembra o Público.

A proposta da Comissão Europeia para definir os critérios de apoio financeiro para energias sustentáveis para o futuro abre a porta a que o gás natural e a energia nuclear possam ser considerados para receberem fundos europeus, em certos casos.

No documento, os projectos que substituam o carvão e emitam até 270 gramas de CO2 por kw/h podem ser considerados sustentáveis e obter licenças para construção até 2030, mas têm de ter um plano de transição para energias renováveis de baixa missão até ao fim de 2035.  

A Ministro do Ambiente da Alemanha, Steffi Lemke, que pertence aos Verdes, não tardou a criticar a proposta. “Parece-me um erro absoluto que a Comissão Europeia pretenda incluir a energia nuclear no grupo das actividades económicas sustentáveis da União Europeia”, afirmou.

A responsável alemã justificou a sua posição dizendo que a energia nuclear “pode levar a catástrofes ambientais devastadoras, em caso de acidente grave num reactor” e que também “deixa grandes quantidades de resíduos perigosos altamente radioactivos”, não podendo assim “ser sustentável”.

É também “extremamente problemático” que a Comissão “queira dispensar uma consulta pública numa questão tão delicada”, condena. O Ministro das pastas do Clima, Energia e Economia, Robert Habeck, que é também dos Verdes, juntou-se à sua colega de governo nas críticas, considerando que “a proposta da Comissão Europeia dilui o bom rótulo da sustentabilidade”.

Já Annalena Baerbock, co-líder dos Verdes com Habeck e Ministra dos Negócios Estrangeiros, também já deixou claro que “a Alemanha se vai opor aos esforços franceses de considerar a eletricidade nuclear como energia verde”, mas deixou na mesma apelos para que as “relações franco-alemãs” continuem “fortes“.

Mas não são só os Verdes que mostram a sua oposição. O número dois da bancada parlamentar dos sociais-democratas do SPD, Matthias Miersch, também é contra a proposta, considerando que além de ser “insustentável”, a energia nuclear também não é a solução económica para a crise devido aos custos do armazenamento dos resíduos e os subsídios exigidos para novas centrais.

“Se juntarmos estes possíveis subsídios à energia nuclear, o resultado será uma distorção enorme da competitividade”, defende Miersch, sublinhando que “o futuro deve pertencer às energias renováveis, especialmente a nível europeu”.

No dia 31 de Dezembro, a Alemanha fechou três das seis centrais nucleares que ainda estavam operacionais no país e tem como objectivo fechar as três que ainda restam até ao final deste ano, no culminar de um esforço de desnuclearização energética que tem feito nos últimos anos.

O plano de transição energética alemão, o Energiewende, é considerado um exemplo a nível mundial, com uma sondagem do World Energy Councy a mais de 80 especialistas em energia de vários países a apontá-lo como uma possível referência que deve ser decalcada por outros estados.
França é o país do mundo mais dependente da energia nuclear

Por sua vez, a França felicitou a proposta da Comissão Europeia. Clément Beaune, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, considera que a proposta é satisfatória a nível técnico e argumentou que a União Europeia “não conseguirá alcançar a neutralidade de carbono até 2050 sem a energia nuclear”.

A França é o maior nome entre os 13 estados-membros que produzem energia nuclear, que têm pressionado a União Europeia para que esta alternativa possa receber fundos europeus. Em 2019, quase 50% da energia de baixas emissões no espaço europeu vinha da produção nuclear.

Em Novembro, Emmanuel Macron anunciou que a França ia voltar a construir reactores nucleares, com o Eliseu a argumentar que os investimentos nesta energia permitem que o país mantenha os custos da produção baixos e controle o seu próprio fornecimento, ao mesmo tempo que cumpre as suas metas climáticas.

O país está apenas atrás dos Estados Unidos no número de reactores nucleares operacionais e é o primeiro na lista mundial da dependência de energia nuclear. A França tinha também um plano para que esta dependência fosse reduzida e que não mais do que metade da eletricidade usada até 2035 fosse de origem nuclear, mas o anúncio de Macron indica que esta ideia pode estar a ser posta de parte.

O anúncio do chefe de Estado reacendeu também esperança de que a central nuclear de Fessenheim pudesse voltar ao trabalho, depois de ser tido fechada em Junho de 2020. A central abriu em 1977 e era a mais antiga do país, sendo responsável por mais de 2000 empregos.

No entanto, Fessenheim, que ficava perto da fronteira com a Alemanha, foi também um ponto de discórdia durante décadas entre as populações dos dois países e alimentou o movimento anti-nuclear do lado alemão, especialmente depois do desastre de Chernobyl em 1986.

Robert Habeck também esteve entre os políticos que assinou um comunicado que celebrava o encerramento da central. O governo alemão também aponta para relatórios como o da EDF, que recentemente detectou fissuras nos canos de um reactor nuclear em França, como um exemplo da falta de segurança das centrais.

A divergência no eixo franco-alemão não dá sinais de estar para acabar. Agora, os estados-membros da União Europeia e a Plataforma sobre Finanças Sustentáveis têm até 12 de Janeiro para responder à proposta. A Comissão Europeia vai depois criar uma lei que vai ser debatida no Parlamento Europeu.

https://zap.aeiou.pt/franca-alemanha-energia-nuclear-454502


Parlamento da África do Sul consumido pelas chamas - Incêndio já foi controlado e um suspeito detido !

Incêndio no Parlamento da África do Sul
O Parlamento da África do Sul foi parcialmente destruído pelas chamas num incêndio que deflagrou na manhã de domingo. O incêndio, controlado esta segunda-feira, não causou vítimas.

Os bombeiros conseguiram controlar o incêndio no edifício do Parlamento da África do Sul, na Cidade do Cabo, esta segunda-feira, As chamas deflagraram no início da manhã de domingo e reduziran o edifício da Assembleia Nacional a escombros.

“O incêndio foi controlado durante a noite e o número de pessoas no local foi gradualmente reduzido”, disse, esta manhã, o porta-voz dos bombeiros da cidade, Jermaine Carelse.

O fogo ainda ardia nas partes mais antigas do edifício, que contém cerca de 4.000 obras de arte e património, algumas datadas do século XVII. A biblioteca do Parlamento, com a sua coleção única de livros, parece ter sido poupada.

A extensão dos danos ainda não foi determinada, mas o edifício da Assembleia Nacional foi completamente destruído. “A maior parte dos danos está provavelmente neste edifício, que não será utilizado durante meses”, disse Carelse. 
O vasto edifício é constituído por três partes: um edifício que alberga a atual Assembleia Nacional, outro que alberga a Câmara Alta do Parlamento, chamado Conselho Nacional das Províncias, e a parte histórica mais antiga onde os parlamentares costumavam reunir-se.

Os presidentes das duas câmaras e os membros do Governo deverão reunir-se ainda hoje para uma avaliação inicial da situação.

O incêndio começou por volta das 05:00 (03:00 em Lisboa) de domingo na ala mais antiga, concluída em 1884, com salas cobertas de madeira preciosa.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, o incêndio começou em duas áreas distintas. O sistema automático de extinção de incêndios foi impedido de funcionar corretamente por um abastecimento de água fechado.

De acordo com a Lusa, deverá ser apresentado um relatório dentro de 24 horas ao Presidente do país, Cyril Ramaphosa, que visitou o local no domingo.

Um homem de 49 anos de idade foi detido e acusado de “roubo, fogo posto” e será processado por ameaça de propriedade estatal, disse a unidade de polícia de elite da África do Sul. Deverá comparecer em tribunal na terça-feira.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, descreveu o incêndio como “um acontecimento terrível e devastador”. Já a ministra das Obras Públicas e das Infraestruturas, Patricia de Lille, disse que este “é um dia triste para a democracia na África do Sul”.

“O Parlamento é a casa da nossa democracia, e é um sítio estratégico”, salientou, citada pelo Público.

Esta é a segunda vez em menos de um ano que o Parlamento é danificado, quando um incêndio rapidamente contido deflagrou em março.

O incêndio deste domingo aconteceu apenas um dia depois das cerimónias fúnebres do arcebispo emérito Desmond Tutu, que decorreram na catedral anglicana de São Jorge, perto do Parlamento.

https://zap.aeiou.pt/parlamento-africa-do-sul-chamas-454523

Evergrande volta a suspender operações na bolsa de Hong Kong !


O grupo imobiliário chinês endividado Evergrande suspendeu, esta segunda-feira, as operações na Bolsa de Hong Kong sem dar explicações, relata o portal chinês Sina.

Os media chineses fizeram eco de um documento do governo local de Danzhou, na ilha meridional de Hainan, que ordenou à Evergrande que demolisse 39 edifícios no prazo de dez dias porque o projeto violava as “leis de planeamento urbano e rural”, embora até agora o grupo imobiliário não tenha comentado o assunto.

A 31 de dezembro, numa mensagem de fim de ano aos empregados do grupo, o seu presidente e fundador Xu Jiayin anunciou que a taxa de retomada dos projetos imobiliários do conglomerado tinha atingido 91,7%, ao mesmo tempo que prometia um “futuro brilhante” para a empresa.

Contudo, no mês passado, a agência de notação de dívidas Fitch tinha declarado a Evergrande em liquidação por não pagar os montantes devidos aos seus detentores de obrigações.

A agência de notação de risco citou então também “incerteza” sobre a situação do grupo, que tinha recentemente criado um “grupo de controlo de risco”.  

Após a criação do grupo, o banco central e os reguladores bancários e bolsistas enviaram mensagens de garantia de que o risco de contágio da crise Evergrande era “controlável”.

Também, em 26 de dezembro, a empresa imobiliária tinha prometido que o número de casas entregues aos compradores atingiria 39.000 em dezembro, mais do que nos três meses anteriores.

No final de 2021, alguns comentadores observaram que o Partido Comunista da China tinha atenuado a sua linguagem no setor imobiliário, o que foi interpretado como uma possível atenuação das restrições de Pequim ao acesso ao financiamento bancário para os promotores mais endividados.

Evergrande acumula passivos de mais de 300 mil milhões de dólares (cerca de 265 mil milhões de euros) e em 2021 as suas ações perderam 89% do seu valor.

https://zap.aeiou.pt/evergrande-volta-a-suspender-operacoes-454487


Saudade, amor, tristeza e devoção a Hitler - As cartas dos soldados nazis da II Guerra !


Desde cartas enviadas no Natal a confissões de devoção a Hitler. As cartas dos soldados nazis durante a II Guerra Mundial revelam o lado mais humano dos combatentes.

Apesar de alguns soldados nazis da II Guerra Mundial terem assassinado dezenas de judeus a sangue frio ou executado prisioneiros de guerra, eram muito mais do que apenas um uniforme com uma suástica.

Estes seres humanos também sofriam cada vez que se lembravam que estavam longe da sua família e amigos.

O ABC reuniu um conjunto de cartas destes combatentes, sendo que uma das mais chocantes foi enviada por um soldado da 16.ª Divisão de Infantaria, chamado Hugo D., à sua filha depois do Natal.

“Como foi em Frankfurt, longe de mim? Divertiste-te? Só posso dizer que foi maravilhoso. […] No entanto, ainda estamos separados. Minha amada, chegará o dia em que nos voltaremos a ver, em que vos tomarei pela mão, vos direi que estou de volta e prometo que nunca mais estarei longe de vós, que a paz chegou e que podemos finalmente ser felizes”, lê-se na missiva emotiva.

Nesta altura, Adolf Hitler tinha lançado uma das maiores guerras da História, usando como arma o ódio que nutria pelos judeus. O ditador, que era um excelente orador, conseguiu suscitar admiração entre os cidadãos e os seus soldados.

Hugo não foi exceção e dedicou uma das suas últimas frases a Hitler e à sua causa: “Meu amor, concordarás comigo que só teremos o direito de falar de paz quando tivermos vencido. […] E é por isso que devemos concentrar todos os nossos esforços na vitória. Quanto mais firme for a nossa vontade de vencer, tanto mais a nossa vontade de vencer será a vitória.”

Perto de Hans, em França, Kurt M., um soldado de 26 anos que servia na 68.ª Divisão de Infantaria como enfermeiro, também escreveu uma carta.

A missiva era dirigida à sua mãe, que vivia numa casa perto do Mar do Norte. Nela, e à semelhança de Hugo D., deixou claro o respeito que sentia pelo seu líder.

“Sim, Adolf sabia o que estava a fazer! É único. Para nós, é realmente uma sorte que nenhum outro país tenha outro como ele. O que achou do discurso? Nós ficámos sem palavras. […] Nos próximos dias tudo começará de novo. A única coisa de que tenho pena é da população inocente, mas desta vez não haverá clemência”, escreveu.


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Outros soldados, como o Heinz R., do 93.º Regimento de Infantaria, evitaram falar de Hitler e limitaram-se a recontar os acontecimentos do seu dia-a-dia e a demonstrar o amor que sentiam pelas suas companheiras.

“Minha querida Úrsula. Acabei de resolver os assuntos do meu serviço (mais mal do que bem) e corro para te dar notícias. […] Vou precisar de muito tempo para esquecer a vida militar […] Lamento sinceramente que não possas vir ver-me. Nas atuais circunstâncias, é praticamente impossível”, começa o soldado.

“Suponho que terás feito algum curso de costura e, acima de tudo, que estejas a praticar piano a fundo. Deves encontrar algum tempo livre para ti fora das tarefas domésticas. […] Como tenho ansiado estes últimos dias para que a guerra termine! Cuida bem de ti, minha amada, com todo o meu amor.”

Nem todas as cartas eram positivas. O exemplo de uma desoladora é a de Gottfried F., enviada em 1945 à sua irmã, depois de ter recebido a triste notícia de que ambos os seus pais tinham morrido.

“Ao escrever-te esta carta, querida irmã, quero muito perguntar-te como está o meu filho ou o que está a fazer a mãe. Tudo o que ela conheceu na sua vida foi trabalho e preocupação e em troca disso teve de morrer algures, provavelmente em circunstâncias terríveis. Ou quero falar-te do pai, que nunca sequer imaginou que a guerra assumisse esta forma”, lê-se na missiva.

“Espero que quando, quando aquele veículo blindado russo o atropelou, a sua morte não tenha sido demasiado dolorosa“, rematou o soldado.

https://zap.aeiou.pt/cartas-dos-soldados-nazis-da-ii-guerra-453198


O metaverso Decentraland está a preparar a sua primeira fashion week !


Em conjunto com o UNXD, o metaverso Decentraland vai receber uma fashion week completamente virtual em março do próximo ano.

O metaverso é uma espécie de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. O Fortnite, o Minecraft e o Roblox, por exemplo, são alguns jogos que contêm “amostras” do metaverso.

Este ano, estes mundos virtuais até já receberam concertos de grandes artistas como Lil Nas X e Zara Larsson, no Roblox, e Travis Scott no Fortnite. Agora, chegou a vez da moda.

Segundo o Business Insider, o metaverso Decentraland vai expandir a participação no mercado e receber a sua primeira fashion week. Em março de 2022, a plataforma vai acolher quatro dias de desfiles, lojas pop-up, after parties e experiências imersivas numa parceria com o UNXD, um marketplace de luxo construído na rede Polygon.

O evento arranca no dia 24 de março de 2022 e estende-se até dia 27. “Tenham as vossas coleções prontas”, escreveu, no Twitter, o Decentraland.  

O metaverso é um ambiente virtual 3D que não sobrevive sem avatares. Esses, por sua vez, precisam de vestuário virtual, que está agora a emergir como uma aposta viável neste setor.

Marcas como Dolce & Gabbana, Gucci, Balenciaga, e Ralph Lauren têm vindo a apostar no metaverso. Em setembro, o UNXD trabalhou em conjunto com a marca italiana de alta costura Dolce & Gabbana no lançamento da sua coleção de NFTs – a Collezione Genesi – arrecadando, aproximadamente, 5,7 milhões de dólares.

Já o vestuário digital da Ralph Lauren e da Gucci foi apresentado em avatares através de uma parceria com a Zepeto, a maior plataforma virtual de moda da Ásia.

https://zap.aeiou.pt/o-metaverso-decentraland-esta-a-preparar-a-sua-primeira-fashion-week-453613


Em Espanha, já há organismos públicos a disponibilizar licenças menstruais !


Trabalhadoras poderão usufruir de uma licença de oito horas mensalmente, tempo que terá de ser reposto num espaço de três meses.

Em Espanha, um conjunto de organismos locais do setor público a disponibilizarem às funcionárias mulheres e aos trabalhadores transsexuais e não binários a oportunidade de usufruírem de uma licença quando entenderem que as dores decorrentes da menstruação os impedem de exercer as suas obrigações profissionais na plenitude. A medida começou a ser considerada este ano pelo município de Girona, o qual pôs em cima da mesa a possibilidade de flexibilizar os horários em função do desconforto dos funcionários.

Em junho, o mesmo município fez saber que chegou a acordo com mais dos seus 1300 trabalhadores para que o referido grupo pudesse usufruir de oito horas de licença mensalmente, com a ressalva de que qualquer período de tempo utilizado teria que ser reposto no espaço de três meses.

“Girona é conhecida por muitas coisas e acho que hoje estamos a adicionar um novo item à lista, já que, de forma pioneira aprovamos a licença menstrual“, destacou, na altura, a vice-presidente da autarquia, Maria Àngels Planas. “Estamos a eliminar o tabu que existe à volta da menstruação e das dores que algumas mulheres sofrem – que nós sofremos – durante a menstruação.”

Pouco depois de a medida ser aprovada, outros municípios catalães, como Ripoll e Les Borges, anunciaram políticas semelhantes. Em setembro, também a autarquia de Castellón de la Plana anunciou acordos com os seus trabalhadores para a implementação de um regime semelhante ao de Girona, após receber múltiplos pedidos por parte dos funcionários.

Este é, de facto, um avanço no que respeita a legislação relacionada com a menstruação, mas apenas tem apenas um cariz pioneiro se se tiver em consideração só o território europeu. Na Ásia, por exemplo, há muito que existem medidas tendo em vista este período da dinâmica reprodutora das mulheres, no entanto, são poucas as profissionais que usufruem do benefício por medo de que ao fazê-lo estejam a dificultar ou prejudicar as hipóteses de progredirem na carreira ou até de antagonizarem os seus colegas homens.

Em termos sociais, o tópico também não consensual, algo que é percetível através dos ataques que algumas empresas empresas recebem quando decidem adotar medidas deste âmbito e as dão a conhecer — mesmo quando o seu objetivo é unicamente impedir que as mulheres, transexuais e pessoas não-binarias tenham que recorrer a baixas ou dias de férias para conseguirem tolerar melhor as dores e usufruir de algum descanso. De acordo com uma pesquisa internacional, cerca de 14% das mulheres já tiveram de, em algum momento da sua vida, abandonar a escola ou o local de trabalho devido a dores provocadas pela menstruação.

Sílvia Rubio, membro da central intersindical CSC recordou ao The Guardian o momento em que a medida foi inicialmente proposta — a qual previa uma licença de dois dias por mês. “Existiu muita controvérsia” resume. A ideia foi inicialmente afastada, por receios de que, face ao benefício, as empresas se sentissem relutantes a contratar mulheres ou entregar-lhes tarefas de maior responsabilidade. “Para evitar qualquer discriminação baseada no género, transformamos a medida para que o tempo gasto pudesse ser compensado mais tarde“, esclareceu Rubio.

Ao longo das negociações, os sindicatos também também enfrentaram dificuldades com as autarquias, o que os obrigou a diminuir o tempo da medida de 16 horas mensais para oito. Houve também oposição por parte de funcionária que reclamavam licenças semelhantes para os maridos que sofriam de enxaquecas ou que receavam que a medida estigmatizasse as mulheres ou rotulasse a menstruação a algo sempre associado a dor.

Perante estas críticas, a representante sindical prefere não responder, destacando o plano geral da questão. “Acho fantástico termos conseguido atingir isto. Este é um assunto das mulheres em todo o mundo, há muita vergonha em relação a ele e ninguém o está a resolver. Nós conseguimos fazê-lo“, destacou.

Ainda assim, ressalva, o avanço não termina aqui, já que o percurso em direção a um ambiente de trabalho que considere e flexibilize as questões relacionadas com a dor crónica é uma obrigação, considera. “Tudo isto acaba por ser uma uma viagem para melhorar os espaços de trabalho para os homens e para as mulheres, tanto no setor privado como no público.”

https://zap.aeiou.pt/espanha-organismos-publicos-licencas-menstruais-453926


Há profissionais a regressar ao local de trabalho – Para lá deixar os filhos e voltar a casa !


Falta de assistência para as crianças leva muitos pais – sobretudo mulheres – não ingressem no mercado de trabalho, agravando o problema de mão-de-obra que tem afetado a economia norte-americana.

As instalações da Podium, uma empresa de software para empresas, em Utah, um estado norte-americano, estão repletas de infraestruturas de apoio aos seus trabalhadores, tais como cantinas e espaços destinados à prática de exercício físico. No entanto, há outro serviço ainda mais valorizado, considerado, inclusive, indispensável: as creches destinadas para os filhos dos funcionários, as quais recebem crianças mesmo quando os pais estão em teletrabalho.

“Se eu tivesse de procurar um infantário nas imediações de minha casa, provavelmente teria de estar 18 meses em lista de espera“, explicou Bryce Hunt à revista Businessweek. A Podium é apenas uma das mais de mil empresas dos Estados Unidos da América a estabelecer parcerias com redes de creches para oferecer cuidados de crianças subsidiados, como é o caso da Bright Horizon.

“O serviço era visto como um algo exclusivamente para cuidar de crianças e servia para atrair trabalhadores nos processos de recrutamento e até para os manter“, explicou Stephen Kramer, diretor-executivo da Bright Horizon. “Agora, também somos vistos como um motivo para os profissionais voltarem ao escritório“, acrescentou. De acordo com a Business Insider, mais de metade da população norte-americana vive nos chamados “desertos de cuidados infantis“, ou seja, zonas onde o rácio de crianças inscritas em lista de espera para creches ou infantários é de pelo menos três para um.

Isto força os pais – sobretudo as mães – a trabalhar menos horas ou a abandonar o mercado de trabalho para conseguirem tomar conta dos filhos.

O Utah, estado das instalações da Podium, tinha, em 2018, a mais alta percentagem de população a viver nos “desertos de cuidados infantis” (77%), mais do que qualquer outro território no país – de acordo com dados do Centro para o Professo Americano.

Ainda de acordo com a Business Insider, o número de empregos em creches ou infantários ainda não recuperou dos picos pré-pandémicos, o que constituirá uma carência de mais de 108 mil funcionários. Este constitui um cenário bola de neve, já que perante a falta de funcionários no setor infantil, muitos pais também optam por não regressar ao mercado de trabalho, piorando o cenário de falta de mão-de-obra que a economia norte-americana tem vindo a enfrentar.

“Com níveis de mão-de-obra baixos, para onde se manda as crianças? Se não tiveres um lugar seguro para elas irem, não vais regressar ao trabalho e isso vai afetar desproporcionalmente as mulheres”, explicou Jasmine Tucker, investigadora do Centro Nacional de Direto das Mulheres.

Os especialistas estimam que o custo dos cuidados infantis oferecidos pela rede Bright Horizons seja de dois mil dólares mensais, mas com as empresas a assumirem entre 25% a 50%, estas ficam numa posição de oferecer melhores salários do que as suas concorrentes. Por outro lado, a maioria das empresas de cuidados infantis nos Estados Unidos não recebe qualquer tipo de apoio governamental, com muitas a reportarem prejuízos e a fecharem atividade após a pandemia.

Muitas empresas do setor estão expectantes para perceber até que ponto serão beneficiadas pelo Build Back Better, a legislação de Joe Biden que visa melhorar, reconversão e criação de infraestruturas nos Estados Unidos da América.

https://zap.aeiou.pt/profissionais-regressar-local-trabalho-deixarem-filhos-453540


Zuckerberg continua a comprar terras no Havai - E os locais continuam a não gostar da sua presença !


Há vários anos que o fundador do Facebook escolheu a ilha havaiana de Kauai para fazer o seu retiro familiar, sendo já proprietário de 570 hectares. Mas os residentes não gostam da presença do milionário.

Mark Zuckerberg continua a dar que falar no Havai – e não pelas melhores razões. Já em 2016, o muro de pedra que decidiu construir à volta de uma propriedade na ilha de Kauai comprada dois anos antes, com um total de 240 hectares, causou indignação entre os moradores por dificultar o acesso à praia.

Agora, soube-se que o fundador do grupo Facebook, recentemente rebatizado com o nome Meta, voltou a adquirir um terreno na mesma ilha, desta vez com 44,5 hectares.

Segundo a RT, as terras recentemente compradas por 17 milhões de dólares somam-se aos cerca de 530 hectares que já possuía, depois das aquisições feitas em 2014 e no passado mês de abril. Ou seja, Mark Zuckerberg é agora proprietário de 570 hectares da ilha havaiana.

“Mas qual é o problema?”, poderá perguntar o leitor. À primeira vista nenhum, mas, segundo os havaianos que lá vivem, a resposta está na forma como o milionário entrou na região.

Já não bastava o episódio do muro em 2016, quando logo no ano a seguir os advogados de Zuckerberg entraram com ações judiciais contra centenas de residentes que teriam pequenas parcelas junto da propriedade que tinha comprado, forçando-os a vender.

“Esta é a face do neocolonialismo. Embora uma venda forçada não possa deslocar fisicamente as pessoas, é o último prego no caixão para nos separar da nossa terra”, disse, na altura, ao jornal The Guardian Kapua Sproato, professora de Direito na Universidade do Havai e natural de Kauai.

“Para nós, Nativos Havaianos, a terra é um ancestral. É uma avó. Não se vende a nossa avó”, acrescentou a docente.

A presença de Zuckerberg não tem sido vista com bons olhos pelos moradores da ilha e prova disso é, tal como recorda o RT, a petição criada por uma havaiana, em 2020, para exigir ao norte-americano que pare de “colonizar” Kauai. Em apenas uma semana, a iniciativa obteve mais de um milhão de assinaturas.

“Mark Zuckerberg é o sexto homem mais rico do mundo e está a processar havaianos nativos de Kauai pelas suas terras para poder construir uma mansão. Os havaianos construíram as suas vidas ali. Criaram as suas famílias ali. Os havaianos já são maltratados o suficiente”, podia ler-se.

Em jeito de resposta, um porta-voz do empresário afirmou que a premissa da petição era “falsa”, que o CEO do Facebook não estava a processar os nativos havaianos e que ninguém tinha sido despejado das suas terras.

Além disso, o representante acrescentou que Zuckerberg, juntamente com a mulher, “comprometeram-se com instituições de caridade da ilha que ajudam a melhorar os sistemas de saúde e de educação”.

https://zap.aeiou.pt/zuckerberg-continua-comprar-terras-havai-453577


Irlandês embriagado invadiu o Parlamento romeno - Pensava que era o seu hotel !


Um irlandês foi detido em Bucareste, na Roménia, depois de ter entrado no Palácio do Parlamento. O homem, que estava embriagado, disse tê-lo confundido com o seu hotel.

Irlandês detido na Roménia. Confundiu o seu hotel com o Palácio do Parlamento

De acordo com o site Irish News, o irlandês estava a voltar para o seu hotel no centro histórico de Bucareste na segunda-feira, depois de uma “noite de copos”, quando o confundiu com o Palácio do Parlamento romeno.

O homem foi detido pelas autoridades e levado para uma esquadra da capital para ser interrogado, mas parece que a polícia foi obrigada a esperar umas horas tal era o seu estado de embriaguez.

Segundo a rede romena Digi24, citada pelo mesmo site, eram cerca de 04h00 quando este irlandês escalou as paredes do edifício e partiu uma janela para conseguir entrar. Já no seu interior, deambulou pelo palácio e tentou abrir várias portas de escritórios, até ser avistado por polícias no terceiro andar.

O homem foi acusado de causar danos a propriedade pública e de invasão de um edifício público. E a falha de segurança não passou despercebida aos media romenos.

O Palácio do Parlamento, que tem mais de mil quartos e demorou mais de 13 anos a ser construído, é o terceiro maior edifício governamental do mundo, ficando apenas atrás do Pentágono e da sede do Governo da Tailândia.

https://zap.aeiou.pt/irlandes-embriagado-confundiu-hotel-parlamento-453842


domingo, 2 de janeiro de 2022

Putin disse que novas sanções podem causar o rompimento total dos laços Rússia-EUA - assessor do Kremlin !

O presidente russo estava respondendo ao aviso de Biden de que os países ocidentais introduzirão sanções econômicas e militares maciças se ocorrer uma nova escalada na fronteira com a Ucrânia, disse Yury Ushakov.

© Alexei Nikolsky / Escritório de Informação e Imprensa Presidencial Russa / TASS MOSCOU, 31 de dezembro. / TASS /.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse durante uma ligação com seu homólogo americano Joe Biden que as relações entre os dois países poderiam ser cortadas completamente caso as ameaças de "sanções sem precedentes" se tornassem realidade, disse o assessor do Kremlin Yury Ushakov a repórteres na sexta-feira. Putin estava respondendo ao alerta de Biden de que os países ocidentais introduzirão sanções econômicas e militares maciças se ocorrer uma nova escalada na fronteira com a Ucrânia, disse Ushakov. "Nosso presidente respondeu imediatamente a isso, dizendo que se o Ocidente avançar para introduzir as sanções sem precedentes acima mencionadas, então tudo o que poderia causar um rompimento total das relações entre os nossos países e os mais graves danos serão causados ​​às relações da Rússia com o Ocidente em geral, "disse o diplomata. Putin avisou que as gerações futuras considerarão esses movimentos como erros, disse o assessor. "Houve muitos desses erros nos últimos 30 anos e é preferível que eles não sejam mais cometidos", disse Ushakov.

https://tass.com/politics/1383157

Tensão Leste-Oeste - Biden e Putin realizam chamada urgente na quinta-feira sobre crise na Ucrânia !


Os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin devem realizar uma ligação urgente na quinta-feira, prevista para a noite no horário da Rússia, que marca a segunda ligação em menos de um mês em meio às crescentes tensões na Ucrânia, com o Kremlin acusado de reunir cerca de 100.000 soldados perto da fronteira .

Durante a ligação telefônica anterior, no início de dezembro, Biden alertou Putin sobre "graves consequências" para qualquer incursão no leste da Ucrânia. Mas agora as coisas podem ter esfriado um pouco, visto que os EUA e a Rússia devem realizar uma reunião em 10 de janeiro para discutir as propostas de segurança da Rússia para interromper a expansão da Otan para o leste.

Biden está em sua casa em Delaware um pouco antes do feriado de Ano Novo. Ele é esperado na ligação de quinta-feira para envolver Putin em "uma variedade de tópicos, incluindo os próximos compromissos diplomáticos com a Rússia", de acordo com um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
"O governo Biden continua a se envolver em ampla diplomacia com nossos aliados e parceiros europeus, consultando e coordenando uma abordagem comum em resposta ao aumento militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia", acrescentou o comunicado da quarta-feira.

O lado russo também confirmou a ligação planejada, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, dizendo: "Na verdade, a ligação de Putin com o presidente dos EUA está marcada para amanhã à noite."

Enquanto isso, em comentários de terça-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, disse que Moscou não vai desistir de sua posição inabalável:
"Nossa liderança disse repetidamente que não podemos mais tolerar a situação que está se desenvolvendo nas vizinhanças imediatas de nossas fronteiras. Não podemos tolerar a expansão da Otan. Não vamos apenas evitá-la. Vamos acabar com isso", disse Ryabkov.
Ele disse à agência de notícias Interfax que o país russo entrará nas negociações de janeiro de 10 com "uma agenda clara e rejeitará qualquer tentativa dos diplomatas americanos de diluir o acordo proposto entre as duas partes", segundo a mídia estatal.
Ele enfatizou que a Rússia não fará concessões em suas linhas vermelhas, conforme explicitado nos projetos de documentos apresentados em dias anteriores a Bruxelas e Washington: "Não devemos apresentar algum tipo de agenda adimensional quando é de nosso interesse incluir tópicos que tenham há muito tempo resolvidos por outros canais. Temos que nos concentrar exclusivamente nos dois projetos de documentos que apresentamos. "

A última ligação Biden-Putin foi realizada em 7 de dezembro - onde Biden supostamente concordou em prosseguir com as negociações de nível inferior sobre as "garantias legais" solicitadas por Putin sobre a expansão da OTAN. Em particular, o Kremlin também deseja ver as "promessas" anteriores de Bruxelas de que a Ucrânia e a Geórgia seriam colocadas em um caminho para a rescisão da adesão à OTAN.

https://www.zerohedge.com

EUA ameaçam intervir na Somália enquanto presidente e premiê do país se desentendem !


 http://undhorizontenews2.blogspot.com/

Europa ultrapassou os 100 milhões de casos com quase 5 milhões em 7 dias !


Atual epicentro da pandemia de covid-19, a Europa ultrapassou a marca de 100 milhões de casos identificados desde a descoberta do novo coronavírus em dezembro de 2019, segundo uma contagem da France-Presse (AFP) feita hoje às 18:45 em Lisboa.

O valor representa mais de um terço dos contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2 contabilizados em todo o mundo.

Os 100.074.753 casos identificadas na região europeia (52 países e territórios que vão da costa do Atlântico ao Azerbaijão e Rússia) representam mais de um terço dos 288.279.803 casos detetados em todo o mundo desde o início da pandemia.

Com mais de 4,9 milhões de contágios registados nos últimos sete dias (59% a mais que na semana anterior), a região enfrenta atualmente níveis de contaminação sem precedentes.

Excluindo os países de menor dimensão, os dez países com maior incidência no mundo são todos europeus, começando pela Dinamarca, com incidência de 2.045 novos casos nos últimos sete dias por cada 100 mil habitantes, Chipre (1.969) e Irlanda (1.964). Em Portugal, a incidência é neste momento de 1.182.

Em França, mais de um milhão de casos (1.103.555) foram detetados nos últimos sete dias, ou seja, quase 10% do número total de contágios registados no país desde o início da pandemia.

Entre os 52 países e territórios que compõem a Europa, 17 bateram o recorde de casos detetados em uma semana nos últimos dias.

Os valores apresentados pela AFP têm como base os relatórios comunicados diariamente pelas autoridades sanitárias de cada país.

Uma parte importante dos casos menos graves ou assintomáticos continua a não ser detetada, apesar da intensificação do rastreamento em muitos países desde o início da pandemia, após a descoberta do vírus no final de 2019. Além disso, as políticas de rastreamento e de testagem variam de país para país.

A aceleração dos contágios não é, no entanto, acompanhada de um aumento proporcional do número de mortes no continente europeu.

Uma média de 3.413 mortes diárias foram registadas na Europa nos últimos sete dias, uma queda de 7% em relação à semana anterior.

No máximo, esse número havia atingido em média 5.735 mortes por dia, em janeiro de 2021.

A população europeia está ligeiramente mais vacinada do que a média mundial.

Cerca de 65% dos europeus estão pelo menos parcialmente vacinados, dos quais 61% têm o esquema vacinal completo, contra 58% e 49% da população mundial, respetivamente, segundo dados compilados pelo portal “Our World in Data”.

https://zap.aeiou.pt/europa-ultrapassou-os-100-milhoes-de-casos-com-quase-5-milhoes-em-7-dias-454419


França assume hoje presidência rotativa da União Europeia !


A França assume hoje a presidência do Conselho da União Europeia, num cenário marcado por nova escalada de casos de covid-19 devido à variante Ómicron, pelas tensões na fronteira ucraniana e pela contagem decrescente para as presidenciais francesas.

O país liderado pelo Presidente Emmanuel Macron sucede à Eslovénia na presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia (UE), que representa os interesses dos 27 Estados-membros perante a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu, sendo substituído pela República Checa no segundo semestre de 2022.

Macron, que irá apresentar o programa da presidência francesa do Conselho da UE perante o Parlamento Europeu em 19 de janeiro, em Estrasburgo já avançou, no início de dezembro, quais são as prioridades da França para o semestre.

A reforma do Espaço Schengen (área europeia de livre circulação de pessoas), a questão migratória e uma cimeira com a União Africana estão entre as prioridades francesas, que também englobam a realização de uma cimeira da UE em março, para discutir um novo modelo europeu de crescimento e investimento no pós-pandemia.

A defesa da introdução do salário mínimo europeu e da transparência salarial entre homens e mulheres é também uma meta traçada por Paris.  

O programa francês inclui ainda uma conferência sobre os Balcãs Ocidentais, em junho, para promover a integração económica da região e “lutar contra a interferência e manipulação por parte de várias potências regionais que procuram desestabilizar a Europa”.

No olhar dos analistas, a presidência europeia semestral, que começa a cerca de três meses do escrutínio presidencial em França, marcado para abril, pode ser um potencial trampolim para Macron, que ainda mantém o ‘tabu’ sobre a sua candidatura, rumo às presidenciais.

A par do escrutínio presidencial (previsivelmente com duas voltas), agendado para 10 e 24 de abril, o país também terá eleições legislativas em junho.

“Esta presidência oferece-lhe uma plataforma que é bem-vinda, de forma a destacar o seu desempenho europeu, para se distinguir de alguns dos seus adversários e para apresentar novas reivindicações, novas ideias”, resume a investigadora Claire Demesmay, do Centro Franco-Alemão Marc-Bloch.

Esta é a 13.ª presidência rotativa semestral assumida pela França desde 1958, e a primeira desde 2008.

https://zap.aeiou.pt/franca-assume-hoje-presidencia-rotativa-da-uniao-europeia-454315


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