Há vários anos que o fundador do Facebook escolheu a ilha havaiana de Kauai para fazer o seu retiro familiar, sendo já proprietário de 570 hectares. Mas os residentes não gostam da presença do milionário.
Mark Zuckerberg continua a dar que falar no Havai – e não pelas melhores razões. Já em 2016, o muro de pedra que decidiu construir à volta de uma propriedade na ilha de Kauai comprada dois anos antes, com um total de 240 hectares, causou indignação entre os moradores por dificultar o acesso à praia.
Agora, soube-se que o fundador do grupo Facebook, recentemente rebatizado com o nome Meta, voltou a adquirir um terreno na mesma ilha, desta vez com 44,5 hectares.
Segundo a RT, as terras recentemente compradas por 17 milhões de dólares somam-se aos cerca de 530 hectares que já possuía, depois das aquisições feitas em 2014 e no passado mês de abril. Ou seja, Mark Zuckerberg é agora proprietário de 570 hectares da ilha havaiana.
“Mas qual é o problema?”, poderá perguntar o leitor. À primeira vista nenhum, mas, segundo os havaianos que lá vivem, a resposta está na forma como o milionário entrou na região.
Já não bastava o episódio do muro em 2016, quando logo no ano a seguir os advogados de Zuckerberg entraram com ações judiciais contra centenas de residentes que teriam pequenas parcelas junto da propriedade que tinha comprado, forçando-os a vender.
“Esta é a face do neocolonialismo. Embora uma venda forçada não possa deslocar fisicamente as pessoas, é o último prego no caixão para nos separar da nossa terra”, disse, na altura, ao jornal The Guardian Kapua Sproato, professora de Direito na Universidade do Havai e natural de Kauai.
“Para nós, Nativos Havaianos, a terra é um ancestral. É uma avó. Não se vende a nossa avó”, acrescentou a docente.
A presença de Zuckerberg não tem sido vista com bons olhos pelos moradores da ilha e prova disso é, tal como recorda o RT, a petição criada por uma havaiana, em 2020, para exigir ao norte-americano que pare de “colonizar” Kauai. Em apenas uma semana, a iniciativa obteve mais de um milhão de assinaturas.
“Mark Zuckerberg é o sexto homem mais rico do mundo e está a processar havaianos nativos de Kauai pelas suas terras para poder construir uma mansão. Os havaianos construíram as suas vidas ali. Criaram as suas famílias ali. Os havaianos já são maltratados o suficiente”, podia ler-se.
Em jeito de resposta, um porta-voz do empresário afirmou que a premissa da petição era “falsa”, que o CEO do Facebook não estava a processar os nativos havaianos e que ninguém tinha sido despejado das suas terras.
Além disso, o representante acrescentou que Zuckerberg, juntamente com a mulher, “comprometeram-se com instituições de caridade da ilha que ajudam a melhorar os sistemas de saúde e de educação”.
https://zap.aeiou.pt/zuckerberg-continua-comprar-terras-havai-453577
Mark Zuckerberg continua a dar que falar no Havai – e não pelas melhores razões. Já em 2016, o muro de pedra que decidiu construir à volta de uma propriedade na ilha de Kauai comprada dois anos antes, com um total de 240 hectares, causou indignação entre os moradores por dificultar o acesso à praia.
Agora, soube-se que o fundador do grupo Facebook, recentemente rebatizado com o nome Meta, voltou a adquirir um terreno na mesma ilha, desta vez com 44,5 hectares.
Segundo a RT, as terras recentemente compradas por 17 milhões de dólares somam-se aos cerca de 530 hectares que já possuía, depois das aquisições feitas em 2014 e no passado mês de abril. Ou seja, Mark Zuckerberg é agora proprietário de 570 hectares da ilha havaiana.
“Mas qual é o problema?”, poderá perguntar o leitor. À primeira vista nenhum, mas, segundo os havaianos que lá vivem, a resposta está na forma como o milionário entrou na região.
Já não bastava o episódio do muro em 2016, quando logo no ano a seguir os advogados de Zuckerberg entraram com ações judiciais contra centenas de residentes que teriam pequenas parcelas junto da propriedade que tinha comprado, forçando-os a vender.
“Esta é a face do neocolonialismo. Embora uma venda forçada não possa deslocar fisicamente as pessoas, é o último prego no caixão para nos separar da nossa terra”, disse, na altura, ao jornal The Guardian Kapua Sproato, professora de Direito na Universidade do Havai e natural de Kauai.
“Para nós, Nativos Havaianos, a terra é um ancestral. É uma avó. Não se vende a nossa avó”, acrescentou a docente.
A presença de Zuckerberg não tem sido vista com bons olhos pelos moradores da ilha e prova disso é, tal como recorda o RT, a petição criada por uma havaiana, em 2020, para exigir ao norte-americano que pare de “colonizar” Kauai. Em apenas uma semana, a iniciativa obteve mais de um milhão de assinaturas.
“Mark Zuckerberg é o sexto homem mais rico do mundo e está a processar havaianos nativos de Kauai pelas suas terras para poder construir uma mansão. Os havaianos construíram as suas vidas ali. Criaram as suas famílias ali. Os havaianos já são maltratados o suficiente”, podia ler-se.
Em jeito de resposta, um porta-voz do empresário afirmou que a premissa da petição era “falsa”, que o CEO do Facebook não estava a processar os nativos havaianos e que ninguém tinha sido despejado das suas terras.
Além disso, o representante acrescentou que Zuckerberg, juntamente com a mulher, “comprometeram-se com instituições de caridade da ilha que ajudam a melhorar os sistemas de saúde e de educação”.
https://zap.aeiou.pt/zuckerberg-continua-comprar-terras-havai-453577
Nenhum comentário:
Postar um comentário