Vários membros da Aliança Atlântica vão enviar forças militares para as fronteiras do Leste da Europa. Rússia critica “histeria” ocidental.
De acordo com o Público, a Rússia alerta para subida da tensão e os Estados Unidos colocam força de 8500 soldados em estado de alerta.
A NATO está a reforçar o seu flanco Leste na Europa como forma de tentar dissuadir uma potencial invasão da Ucrânia pela Rússia, que muitos governantes ocidentais vêm como provável, apesar de ninguém querer desistir das negociações.
Foi a “degradação da situação de segurança” nas fronteiras do Leste que levou vários Estados-membros da NATO a reforçar a sua presença na região, disse esta segunda-feira o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que agradeceu o compromisso demonstrado.
“A NATO vai continuar a adotar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os aliados, incluindo através do reforço da parte Leste da aliança. Vamos responder sempre a qualquer degradação do nosso ambiente de segurança, incluindo através do fortalecimento da nossa defesa coletiva“, declarou Stoltenberg, citado pelo The Guardian.
O reforço dos meios militares da NATO na região surge como a primeira resposta no terreno à mobilização maciça das Forças Armadas russas perto da fronteira com a Ucrânia. Estima-se que, há mais de um mês, perto de cem mil soldados russos estejam envolvidos em manobras e exercícios ao longo de toda a fronteira com o país vizinho, incluindo em conjunto com a Bielorrússia.
Os EUA e a Ucrânia receiam que Moscovo esteja a preparar uma invasão, embora o regime russo rejeite qualquer intenção de o fazer.
Washington e os restantes aliados da NATO ameaçaram responder a qualquer incursão russa no país vizinho com um conjunto de sanções pesadas, mas está fora de causa o envolvimento direto num potencial confronto.
Por estar fora da NATO, a Ucrânia não é abrangida pela cláusula de proteção coletiva do tratado da aliança, que garante assistência de todos os membros na eventualidade de um ataque.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia insistem que o diálogo e a diplomacia são a melhor forma de resolver a crise na fronteira da Ucrânia.
Mas não descartam o robustecimento das capacidades de defesa e dissuasão no Leste da Europa e reforçam o seu apoio financeiro a Kiev.
O Kremlin manifestou desagrado com o anúncio do reforço militar da NATO perto das suas fronteiras, que qualificou como uma “histeria” por parte do Ocidente.
“Tudo isto aponta para o facto de que as tensões estão a aumentar“, afirmou o porta-voz do Governo, Dmitri Peskov.
Moscovo tem exigido uma série de garantias de segurança, tendo como pressuposto a noção de que a proximidade da NATO das suas fronteiras representa uma ameaça à segurança nacional russa.
Entre elas está o fim da presença militar estrangeira de países do Leste da Europa e a garantia de que a Ucrânia e a Geórgia não podem vir a juntar-se à aliança.
“Isto não acontece por causa daquilo que nós, Rússia, estamos a fazer. Isto tudo está a acontecer por causa daquilo que a NATO e os EUA estão a fazer e pela informação que têm difundido”, acrescentou Peskov.
As autoridades russas dizem que a Ucrânia está a preparar uma ofensiva contra os grupos separatistas pró-Moscovo que ocupam parte do Leste do país.
Segundo a NATO, a Dinamarca, a Espanha, a França e os Países Baixos estão a considerar enviar mais soldados, aviões e navios para reforçar o Leste da Europa.
Os Estados Unidos também ponderam aumentar a sua presença na região dos países bálticos e no Leste, de acordo com várias fontes citadas pelo The New York Times.
O possível reforço das forças norte-americanas foi depois confirmado pelos Estados Unidos, com o Pentágono a anunciar que colocou em alerta uma força de 8500 soldados, pronta para ser enviada para a região. “É uma questão de ter as tropas prontas”, afirmou o porta-voz, John Kirby.
Também a Casa Branca confirmou, através da porta-voz, Jen Psaki, que os Estados Unidos estão a preparar-se para todos os cenários, incluindo a assistência aos países vizinhos da Ucrânia.
Desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, que os Estados-membros da NATO têm intensificado a presença militar no Leste da Europa, considerada uma região vulnerável a operações de desestabilização por Moscovo.
Existem atualmente quatro batalhões multinacionais da NATO divididos entre a Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia.
Para além do reforço da NATO, vários países ocidentais, entre os quais os EUA e o Reino Unido, têm enviado armamento para a Ucrânia e outro tipo de apoio.
Esta segunda-feira, a Comissão Europeia anunciou a aprovação de um pacote de ajuda financeira no valor de 1,2 mil milhões de euros.
Ao longo das últimas semanas, delegações russas e norte-americanas têm tentado negociar uma solução diplomática que evite a eclosão de um conflito aberto.
No entanto, estes esforços não têm tido sucesso. Na sexta-feira, os chefes da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, e dos EUA, Antony Blinken, encontraram-se em Genebra, mas o único desenvolvimento foi a abertura para que seja marcada uma cimeira entre Vladimir Putin e Joe Biden.
https://zap.aeiou.pt/nato-reforca-presenca-no-leste-da-europa-para-responder-a-moscovo-459092
De acordo com o Público, a Rússia alerta para subida da tensão e os Estados Unidos colocam força de 8500 soldados em estado de alerta.
A NATO está a reforçar o seu flanco Leste na Europa como forma de tentar dissuadir uma potencial invasão da Ucrânia pela Rússia, que muitos governantes ocidentais vêm como provável, apesar de ninguém querer desistir das negociações.
Foi a “degradação da situação de segurança” nas fronteiras do Leste que levou vários Estados-membros da NATO a reforçar a sua presença na região, disse esta segunda-feira o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que agradeceu o compromisso demonstrado.
“A NATO vai continuar a adotar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os aliados, incluindo através do reforço da parte Leste da aliança. Vamos responder sempre a qualquer degradação do nosso ambiente de segurança, incluindo através do fortalecimento da nossa defesa coletiva“, declarou Stoltenberg, citado pelo The Guardian.
O reforço dos meios militares da NATO na região surge como a primeira resposta no terreno à mobilização maciça das Forças Armadas russas perto da fronteira com a Ucrânia. Estima-se que, há mais de um mês, perto de cem mil soldados russos estejam envolvidos em manobras e exercícios ao longo de toda a fronteira com o país vizinho, incluindo em conjunto com a Bielorrússia.
Os EUA e a Ucrânia receiam que Moscovo esteja a preparar uma invasão, embora o regime russo rejeite qualquer intenção de o fazer.
Washington e os restantes aliados da NATO ameaçaram responder a qualquer incursão russa no país vizinho com um conjunto de sanções pesadas, mas está fora de causa o envolvimento direto num potencial confronto.
Por estar fora da NATO, a Ucrânia não é abrangida pela cláusula de proteção coletiva do tratado da aliança, que garante assistência de todos os membros na eventualidade de um ataque.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia insistem que o diálogo e a diplomacia são a melhor forma de resolver a crise na fronteira da Ucrânia.
Mas não descartam o robustecimento das capacidades de defesa e dissuasão no Leste da Europa e reforçam o seu apoio financeiro a Kiev.
O Kremlin manifestou desagrado com o anúncio do reforço militar da NATO perto das suas fronteiras, que qualificou como uma “histeria” por parte do Ocidente.
“Tudo isto aponta para o facto de que as tensões estão a aumentar“, afirmou o porta-voz do Governo, Dmitri Peskov.
Moscovo tem exigido uma série de garantias de segurança, tendo como pressuposto a noção de que a proximidade da NATO das suas fronteiras representa uma ameaça à segurança nacional russa.
Entre elas está o fim da presença militar estrangeira de países do Leste da Europa e a garantia de que a Ucrânia e a Geórgia não podem vir a juntar-se à aliança.
“Isto não acontece por causa daquilo que nós, Rússia, estamos a fazer. Isto tudo está a acontecer por causa daquilo que a NATO e os EUA estão a fazer e pela informação que têm difundido”, acrescentou Peskov.
As autoridades russas dizem que a Ucrânia está a preparar uma ofensiva contra os grupos separatistas pró-Moscovo que ocupam parte do Leste do país.
Segundo a NATO, a Dinamarca, a Espanha, a França e os Países Baixos estão a considerar enviar mais soldados, aviões e navios para reforçar o Leste da Europa.
Os Estados Unidos também ponderam aumentar a sua presença na região dos países bálticos e no Leste, de acordo com várias fontes citadas pelo The New York Times.
O possível reforço das forças norte-americanas foi depois confirmado pelos Estados Unidos, com o Pentágono a anunciar que colocou em alerta uma força de 8500 soldados, pronta para ser enviada para a região. “É uma questão de ter as tropas prontas”, afirmou o porta-voz, John Kirby.
Também a Casa Branca confirmou, através da porta-voz, Jen Psaki, que os Estados Unidos estão a preparar-se para todos os cenários, incluindo a assistência aos países vizinhos da Ucrânia.
Desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, que os Estados-membros da NATO têm intensificado a presença militar no Leste da Europa, considerada uma região vulnerável a operações de desestabilização por Moscovo.
Existem atualmente quatro batalhões multinacionais da NATO divididos entre a Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia.
Para além do reforço da NATO, vários países ocidentais, entre os quais os EUA e o Reino Unido, têm enviado armamento para a Ucrânia e outro tipo de apoio.
Esta segunda-feira, a Comissão Europeia anunciou a aprovação de um pacote de ajuda financeira no valor de 1,2 mil milhões de euros.
Ao longo das últimas semanas, delegações russas e norte-americanas têm tentado negociar uma solução diplomática que evite a eclosão de um conflito aberto.
No entanto, estes esforços não têm tido sucesso. Na sexta-feira, os chefes da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, e dos EUA, Antony Blinken, encontraram-se em Genebra, mas o único desenvolvimento foi a abertura para que seja marcada uma cimeira entre Vladimir Putin e Joe Biden.
https://zap.aeiou.pt/nato-reforca-presenca-no-leste-da-europa-para-responder-a-moscovo-459092
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