terça-feira, 8 de março de 2022

Afogada em sanções, a Rússia tem na China um amigo “firme como uma rocha” — Mas a sua ajuda pode não chegar !


A China tem agora de ponderar se vale a pena arriscar ser igualmente ostracizada pelo Ocidente caso assuma uma aliança mais forte com Moscovo.

Ao contrário das grandes potências do Ocidente — que têm imposto pesadas sanções à Rússia no seguimento da invasão à Ucrânia — a China tem adoptado uma postura mais neutral que pode vir a ser a chave para a salvação da economia russa face ao bloqueio internacional que tem sofrido.

Por um lado, Pequim defendeu que a soberania de todos os países deve ser respeitada, mas afastou a imposição de sanções contra a Rússia e também teceu críticas à expansão da esfera de influência da NATO e da União Europeia para o leste da Europa, onde estão vários ex-membros da União Soviética.

Dado o seu isolamento económico, Moscovo pode mesmo ficar sem outras alternativas que não sejam Pequim, como nota o Público, face ao bloqueio do acesso de vários bancos russos ao sistema SWIFT, ao corte total das relações comerciais, e às alternativas que a UE já está a planear para reduzir a dependência energética da Rússia — que levaram ao crash do rublo e têm posto a economia russa em xeque.

O Kremlin tem respondido que há mais países para além dos Estados Unidos e dos estados europeus com os quais a Rússia pode fazer trocas comerciais, mas a verdade é que o único aliado que têm uma dimensão suficiente para ter um verdadeiro impacto na economia de Moscovo é a China.

E parece que Pequim não vai abandonar a Rússia. Esta segunda-feira, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, afirmou que a Rússia é o “parceiro estratégico mais importante” do país e que os dois estados têm uma das relações bilaterais “mais cruciais do mundo”.

“Não importa quão perigoso é o cenário internacional, vamos manter o nosso foco estratégico e promover o desenvolvimento de uma parceria abrangente China – Rússia na nova era. A amizade entre os dois povos é firme como uma rocha“, sublinhou Yi, que se ofereceu para mediar o conflito com a Ucrânia.

Já vários sinais apontavam para uma maior proximidade entre os dois países. Vladimir Putin fez questão de visitar a China durante os Jogos Olímpicos de Inverno, tendo a visita também dado frutos em forma de 15 acordos de cooperação económica e financeira assinados entre Pequim e Moscovo.

Dada a dependência da economia russa na exportação de energia, os novos contratos de fornecimento da Gazprom e da Rosneft à China foram particularmente importantes. As restrições de vendas de cereais russos a Pequim também acabaram.

Os laços entre Putin e Xi Jinping são tão estreitos que, alegadamente, o líder chinês terá pedido ao homólogo russo que não avançasse com uma invasão à Ucrânia antes do fim do evento desportivo. A informação foi avançada pela inteligência norte-americana, como nota o The New York Times, nas não foi confirmada oficialmente.

A Rússia tem também dado a mão à China durante a recente escalada de tensão com Taiwan, reconhecendo que a ilha é uma “parte inalienável” do território chinês, numa altura em que há receios de que estale uma guerra devido ao grande número de voos que Pequim tem feito no espaço aéreo de Taiwan.

Rússia em apuros com as vendas de energia

Apesar dos sinais de proximidade, o comércio com a China dificilmente será suficiente para colmatar os boicotes ocidentais à Rússia, especialmente se a Europa puxar a ficha às compras de gás natural a Moscovo, como está a planear.

De acordo com os dados da Gazprom, a maior empresa energética russa e maior exportadora de gás natural no mundo, 78% das suas vendas tiveram como destino a Europa Ocidental e a Turquia em 2020 e 22% foram para países da Europa Central. Os maiores compradores foram a Alemanha, a Itália, a Áustria, a Turquia e a França.

Em Janeiro, a empresa anunciou que vai construir um novo gasoduto através da Sibéria — Power Siberia 2 — que servirá para reforçar o comércio com a China e permitirá que a Rússia envie 50 milhares de milhões de metros cúbicos de de gás natural por ano.

No entanto o projecto só deve estar pronto em 2025 e não será suficiente para substituir a importância da Europa para a economia russa, especialmente depois da Alemanha ter suspendido o acordo que tinha com Moscovo para o Nord Stream 2, que duplicaria a venda de gás natural russo para a União Europeia.

Yang Jiang, investigadora do Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais, nota que “em comparação, a Rússia exporta entre 150 e 190 milhares de milhões de metros cúbicos de gás natural para a Europa todos os anos”. Assim, caso a Europa deixe de comprar gás russo, Moscovo teria de encontrar mais parceiros para além da China para prevenir o rombo na sua economia.

Para além disto, Pequim também não está muito interessada em ficar dependente da compra de energia a longo prazo e tem apostado na produção interna — com um foco especial na energia nuclear como uma alternativa menos poluente.

No âmbito da cimeira climática Cop26, a China revelou que nos próximos 15 anos quer criar mais 150 reactores, mais do que o resto do mundo construiu nos últimos 35 anos, como escreveu a Bloomberg.

O investimento deve custar à volta de 440 mil milhões de dólares — 405 mil milhões de euros — e caso se concretize, levará a que a China se torne o maior produtor de energia nuclear, ultrapassando os Estados Unidos.
Apoio financeiro chinês à vista?

Para além do comércio de energia, o sector financeiro está agora também a dar dores de cabeça a Vladimir Putin. De momento, a Rússia tem dificuldades em encontrar divisas estrangeiras suficientes para fazer importações e defender o valor do rublo e os bancos foram bloqueados do sistema SWIFT, o que dificulta os pagamentos.

A China pode mostrar-se útil neste contexto, ao permitir que o comércio com a Rússia passe a ser feito totalmente com o yuan. Assim, Moscovo passaria a ter na divisa chinesa o principal activo nas suas reservas.

Actualmente, 32,3% dos activos do banco central russo estão em euros, o dólar representa 16,4% e o yuan fica-se pelos 13,1%. No entanto, o yuan não é uma divisa totalmente convertível nos mercados internacionais e representa apenas 3% dos pagamentos feitos globalmente, não sendo uma alternativa à altura para a Rússia.

O bloqueio dos bancos russos ao SWIFT pode ser colmatado com a adesão ao CIPS, um sistema semelhante que a China criou, mas novamente, a sua escala é bastante menor — o CIPS tem apenas 75 participantes directos contra 11 mil do SWIFT.
China pesa as opções na balança

Já falamos do que a Rússia pode ter a ganhar com o estreitamento das relações com a China, mas será que o mesmo pode ser dito de Pequim? Uma aliança forte entre os dois países pode não ser do interesse da China, que se arrisca a ser sancionada pelo Ocidente e sofrer danos colaterais do conflito da Ucrânia.

Pequim pode beneficiar das trocas comerciais de energia caso a Rússia faça descontos, especialmente com o disparo nos preços do petróleo que se tem vivido nos últimos tempos.

Os problemas surgem se a proximidade a Moscovo começar a afectar negativamente as relações chinesas com a Europa e o EUA. No ano passado, o comércio da sino-russo chegou aos 146.9 mil milhões de dólares — mas esse valor é menos de um décimo do total de 1.6 mil milhões alcançados com o comércio entre a China e os EUA e a União Europeia.

Assim, a China terá assim de avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios da sua decisão, podendo ser esta a razão por detrás da sua postura mais ambígua no início do conflito na Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/russia-china-amigo-firme-rocha-466043


Cientistas russos temem pela vida de colegas !


Academia de Ciências da Rússia lembra os “muitos anos” de confrontos na Ucrânia e pede uma resolução imediata do conflito.

Muitos russos têm-se manifestado contra a invasão à Ucrânia, logo desde o primeiro dia do conflito. Agora também a comunidade científica pede o final imediato da guerra.

A Academia de Ciências da Rússia lançou o apelo, num comunicado oficial, afirmando que o cessar-fogo é “extremamente importante” e que todas as partes devem chegar a uma solução pacífica, através de negociações.

A entidade indica que este conflito militar “agudo” é a consequência de “muitos anos” de confrontos na Ucrânia, que originaram a morte de muitos civis.

Os membros da Academia estão “seriamente preocupados” com a saúde e mesmo com a vida das pessoas, incluindo os colegas cientistas que estão na zona de guerra, quer na região de Donbass, quer na Ucrânia no geral.  

Por isso, pede-se uma “resolução imediata” da questão humanitária: garantir a segurança e condições de vida para os civis, além de assegurar a segurança das instituições científicas, educativas e culturais, e dos monumentos do património histórico.

E outro ponto é destacado: evitar a destruição de centrais nucleares, de objectos da indústria química e de outras instalações de infra-estrutura crítica.

A Academia de Ciências da Rússia pede também a todos os cientistas e a todas as associações e academias para que se abstenham de posições e de acções políticas, nesta altura.

São também condenadas eventuais “tentativas de pressão política” sobre investigadores, professores e estudantes com base na sua nacionalidade ou na sua cidadania.

“Consideramos necessário intensificar a diplomacia científica e fortalecer o movimento de cientistas pela paz, pela segurança internacional, pela resolução de conflitos, pela redução da tensão militar e pela prevenção da ameaça de guerra nuclear”, finaliza o comunicado.

https://zap.aeiou.pt/cientistas-russos-temem-pela-vida-de-colegas-466100


segunda-feira, 7 de março de 2022

Putin pondera mobilização em massa para impulsionar seus objetivos na Ucrânia !


Os possíveis mediadores de paz da Ucrânia nas últimas 48 horas, incluindo o primeiro-ministro Naftali Bennett, ficaram impressionados com a determinação do presidente Vladimir Putin de continuar com a guerra na Ucrânia até que seu objetivo seja alcançado. Ele foi relatado preparando as bases para a mobilização em massa e o recrutamento – até mesmo a lei marcial, se necessário – para reforçar seu esforço militar, que ainda está aquém de seus objetivos após 12 dias de violentos combates. Os preços crescentes do petróleo – agora chegando a US$ 139 o barril – estão gerando lucros para financiar seu esforço de guerra. No campo de batalha, enquanto bombardeava cidades ucranianas, o exército russo desacelerou seu avanço para se reagrupar e receber mais mão de obra, combustível, munição e outros suprimentos. Eles estão se preparando para a próxima rodada de ataques violentos para tomar Kiev, Kharkiv e Mikolayiv. O Comando Geral da Ucrânia relata uma grande força russa se concentrando a oeste de Khrakiv – aparentemente pronta para uma ampla viagem ao sudoeste em direção ao rio Dnieper. De acordo com relatos anteriores, Moscou recrutou e mobilizou combatentes sírios com experiência em combate urbano para ajudar a tomar a força Kiev e esmagar a resistência. No domingo, ataques com mísseis russos destruíram o porto internacional de Vinnytsia, perto de Uman, um potencial ponto de entrada para ajuda militar à Ucrânia. Putin, por enquanto, parece ter a intenção de vencer a guerra que lançou contra a Ucrânia e não está demonstrando qualquer disposição de diminuir as hostilidades ou considerar termos que seriam aceitáveis ​​para o Ocidente ou a Ucrânia. Ainda assim, uma delegação russa partiu para a Bielorrússia nesta segunda-feira, 7 de março, para uma terceira rodada de negociações com uma delegação ucraniana. O governo Biden já está considerando seriamente atacar a Rússia com um embargo total de petróleo para privar o esforço de guerra de Putin e isolá-lo ainda mais. O Brent novamente atingiu o pico de US$ 139 o barril - um salto de quase US$ 40 desde a invasão de 24 de fevereiro e o maior desde 2008. Mas os primeiros suprimentos devem ser garantidos para o mercado mundial, disse o secretário de Estado Antony Blinken a um entrevistador da CNN. Para este fim, o presidente Joe Biden está buscando acordos com inimigos ricos em petróleo de Washington como o venezuelano Nicalos Maduras – ou mesmo o príncipe herdeiro saudita Muhammed bin Sultan, que tem sido sistematicamente evitado pelo governo Biden após ser acusado da captura e assassinato de Jamal Khashoggi.

https://www.debka.com

A verdade sobre carros elétricos e baterias de lítio !


Um navio de carga chamado Felicity Ace, transportando 4.000 carros de luxo coletivamente avaliados em cerca de US$ 438 milhões, pegou fogo no mês passado. Felizmente, os membros da tripulação não foram feridos e conseguiram abandonar rapidamente o navio. O fogo, no entanto, durou uma semana. Isso ocorreu porque as baterias de íons de lítio dentro dos veículos elétricos (EVs) na remessa mantiveram o fogo vivo. O fogo só se extinguiu quando o suprimento de material combustível a bordo se esgotou.

Algo semelhante aconteceu em julho do ano passado. Em Victoria, na Austrália, uma instalação 'Megapack' de 13 toneladas da Tesla – que usa uma vasta gama de baterias de íons de lítio para armazenar energia gerada por fontes renováveis ​​intermitentes – pegou fogo. Este fogo acabou se extinguindo depois de três dias. Naquela época, criou vários riscos ecológicos, incluindo fumaça tóxica, que engoliu os moradores locais. Mas os bombeiros podiam fazer pouco mais do que monitorar os danos ambientais – eles tiveram que esperar que o fogo se apagasse.

“O perigo mais significativo de uma bateria de íon-lítio é que [os incêndios] são quase impossíveis de apagar uma vez que são acesos”, observa o engenheiro Robin Mitchell . 'Não importa quantos sistemas de segurança sejam implementados', diz ele, 'um incêndio iniciado por uma bateria de íons de lítio é muito desafiador para gerenciar'. Tal tecnologia, conclui Mitchell, 'pode ser adequada apenas para sistemas de pequena escala, como smartphones e EVs'. Mesmo assim, os riscos de incêndio apresentados pelas baterias EV não são insignificantes.

A maioria de nós carrega uma bateria de íons de lítio em nosso smartphone sem pensar nisso, e elas são relativamente seguras. O perigo de usar baterias de íons de lítio maiores em configurações maiores foi reconhecido pelas autoridades desde sua introdução comercial em 1991 . Por exemplo, as companhias aéreas dos EUA não permitem laptops com baterias integradas maiores que 100 watts/hora a bordo. A probabilidade de a bateria pegar fogo é relativamente baixa. Mas em caso de incêndio, para extingui-lo, não se pode usar água. Os riscos de incêndio são ainda maiores para um EV, que é um pouco como um sanduíche bem embalado de centenas de baterias de laptop.

Então, o que nossos ativistas ambientais estão fazendo para chamar nossa atenção para esse grande novo perigo? Você deve ter notado uma curiosa ausência de petições, hashtags ou relatórios alarmantes do Change.org de empresas como a BBC News.

Isso é ainda mais surpreendente quando você considera os danos ecológicos e a exploração que envolve a produção das baterias. A extração de lítio é suja e usa enormes quantidades de água subterrânea. No Chile, as atividades de mineração na região do Salar de Atacama consomem 65% da água da área. Produtos químicos tóxicos do processo de mineração são conhecidos por vazar no abastecimento de água. Pesquisadores em Nevada descobriram que peixes até 150 milhas a jusante estavam sendo afetados por operações de mineração.

As baterias de íon de lítio também precisam de muito cobalto – normalmente cerca de 14 kg por bateria de carro. Extrair isso é sujo e perigoso. Na República Democrática do Congo, o maior fornecedor do mundo, crianças de até sete anos lavam e classificam minérios como “mineiros artesanais”, de acordo com um relatório da Anistia de 2016 .

Esta, então, é uma história ambiental que não conseguiu fazer as espécies usuais saltarem de pesquisador acadêmico para ativista de mídia de ONGs para produtor de notícias de TV. Isso é estranho, dado que o princípio da precaução tem sido um elemento básico da campanha ambientalista há cinco décadas. Por exemplo, a exploração de gás de xisto não pode prosseguir, argumentam os ativistas verdes, porque o fracking corre o risco de causar 'terremotos', embora estes tendam a ser em grande parte imperceptíveis . No entanto, quando se trata de EVs e baterias de íons de lítio, o princípio da precaução parece ter sido deixado de lado por um tempo.

Os perigos das baterias de íons de lítio são evidentes no número de recalls de produtos de alto perfil. A Dell fez o recall de quatro milhões de baterias em 2006. A HP fez o recall de mais de 100.000 laptops em 2019 devido aos riscos de incêndio da bateria. Depois de causar incêndios em voos, o smartphone Note 7 da Samsung foi recolhido – duas vezes – e depois deixado de lado completamente.

Os custos e riscos só aumentam com produtos maiores. Estima-se que os incêndios originados na bateria dos veículos Chevrolet Bolt tenham custado à General Motors cerca de US$ 2 bilhões. A Audi teve que fazer o recall de seu SUV E-Tron pelo mesmo motivo. Os Teslas estacionados continuam explodindo em chamas – e a empresa foi castigada por não fazer o recall dos veículos.

Em vez de expor esse grande perigo ambiental, a BBC pode ser encontrada promovendo as baterias . 'Não há dúvida de que as baterias são fundamentais para um futuro de baixo carbono', explicou um filme recente de sua série 'Ideias'. "As baterias de íon de lítio podem armazenar energia limpa para quando o sol não está brilhando e o vento não está soprando, enviando-a em dias cinzentos com a força e confiabilidade que rivaliza com os combustíveis fósseis." Viva!

Ainda mais curioso é que o sacerdócio verde abençoou os EVs movidos a lítio como um sucessor 'ecologicamente correto' dos veículos movidos pelo motor de combustão interna (ICE). O argumento é que, como os VEs não usam um ICE, que é alimentado por um derivado de petróleo (gasolina ou diesel), conduzi-los resulta em menores emissões de CO2.

No entanto, na semana passada, o YouTuber de carros mais popular da Grã-Bretanha, Tim Burton (mais conhecido como Shmee), anunciouque ele estava substituindo seu Porsche elétrico por um Ferrari V12 movido a gasolina – porque é mais verde e mais limpo. Sua razão pode surpreender muitos que acreditam que os EVs são veículos de emissão 'baixa' ou 'zero' de CO2.

Burton citou um estudo que a Volvo divulgou durante a cúpula climática COP26. Este estudo, liderado por Andrea Egeskog do Centro de Sustentabilidade da Volvo, recebeu muito pouca atenção na época. A Volvo é incomum em poder fazer comparações diretas entre duas versões do mesmo modelo de carro, o SUV XC40. Um é elétrico, o outro tem um ICE. A Volvo calculou as emissões de CO2 durante todo o ciclo de vida dos dois produtos: desde a mineração de minerais, como lítio e cobalto, até o fim de suas vidas, incluindo o descarte.

Fora do portão da fábrica, o carro elétrico começa sua vida do lado errado das pistas – tendo gerado muito mais CO2 do que a versão que consome gasolina. Isso se deve ao lítio e a outros minerais de terras raras necessários para fabricar o EV 'economizador do planeta'. As emissões dos materiais e da produção da versão ICE do Volvo XC40 são cerca de 40% mais baixas do que para o EV.

Claro, o modelo ICE continua a consumir combustíveis fósseis enquanto estiver em uso. Mas para a versão elétrica 'empatar', por assim dizer, tem que fazer muitos quilômetros no relógio. Sua ecologia também depende enormemente de como a eletricidade usada para carregar as baterias é gerada. A Volvo informa que, com base em um mix de energia global típico, se você dirigir menos de 93.000 milhas, causará maiores emissões ao escolher um veículo elétrico em vez da versão a gasolina. Na UE, que usa uma proporção maior de energias renováveis, o ponto de equilíbrio ainda é de 52.000 milhas. Daí a decisão de Burton de devolver seu EV. Um carro Ferrari ou Porsche de alto desempenho nunca atingirá essa quilometragem. Nem um carro normal como o meu. Se eu substituir meu carro de 19 anos amanhã, e optar pela 'opção verde' em vez da opção a gasolina, ficarei mais pobre, porque o equivalente EV é muito mais caro, e só finalmente começará a obter economias de emissões de CO2 em relação ao rival a gasolina em algum momento no final da década de 2040. Mas nunca chegará a esse ponto, pois a bateria estará esgotada muito antes disso.

Apesar de tudo isso, os principais fabricantes de automóveis investiram bilhões no desenvolvimento de EVs. Os VEs também têm sido fortemente subsidiados pelos governos como meio de atingir suas metas climáticas. 'E se esses bilhões de dólares tivessem sido investidos no motor de combustão interna, quanto melhor eles teriam sido?', reflete Burton.

Muitos dos EVs vendidos hoje são 'runabouts urbanos' - ou seja, veículos que nunca atingirão o ponto de equilíbrio de CO2 e, portanto, emitirão mais CO2 do que um equivalente a gasolina. Como o valor prático de um EV hoje na redução das emissões de CO2 é zero, seu valor é meramente sinalizar superioridade moral, mostrando aos outros que você se importa e eles não. É um estado bom. Faz o dono se sentir melhor.

A curiosa moral da história é que, mesmo para seus próprios padrões, os ambientalistas não são muito bons em praticar o que pregam. Se, como os ativistas das mudanças climáticas insistem, nossos carros estão 'matando o planeta', então são os virtuosos entre nós que estão matando o planeta mais rapidamente. Que tal hipocrisia das elites verdes não tenha sido contestada por tanto tempo é notável. Certamente não pode durar.

Spiked

Ataques em Moçambique: 15 mortos em três dias - Receio de fome em comunidades !

Ataques armados invadiram três aldeias perto de Cabo Delgado. População local tem medo e deixou a agricultura.


Os ataques rebeldes e ocupações militares continuam em Moçambique, mais concretamente a norte, na zona de Cabo Delgado. Fonte local indicou à agência Lusa que, só entre esta sexta-feira e este domingo, morreram 15 pessoas.

Três aldeias foram atacadas: Mbuidi (sexta-feira), Malamba (sábado) e Nangõmba (domingo). Todas pertencem ao distrito de Nangade, em Cabo Delgado, norte do país africano.

A agricultura é o principal meio de subsistência naquela região mas, devido ao receio de novos ataques, a população local deixou de aparecer no campo para trabalhar. E algumas comunidades podem passar por períodos de fome ao longo deste ano.

As matas estão a começar a ficar cheias de corpos abatidos, alguns decapitados. Os cadáveres não são enterrados, começam a decompor-se e o cheiro começa a ficar insuportável.

“Ninguém se atreve a sair sozinho, sem escolta, para Mueda (outro distrito) porque os grupos armados atacam aldeias vizinhas e nalguns casos ao longo da estrada principal”, indicou outra fonte local.

Já no final de Fevereiro, cinco aldeias foram atacadas e 18 pessoas foram portas.

Os criminosos serão elementos de grupos insurgentes que atacam em Cabo Delgado desde 2017. Alguns ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

https://zap.aeiou.pt/ataques-mocambique-fome-465979

 

Oligarcas russos estão a fugir às sanções graças às criptomoedas !


Os oligarcas russos estão a recorrer às criptomoedas para fugir às sanções aplicadas pelo Ocidente e às restrições impostas por Putin à saída de rublos.

As sanções económicas aplicadas pelo Ocidente à Rússia estão a resvalar nos oligarcas russos. O bloqueio do sistema SWIFT está a ser contornado, em grande parte, através das criptomoedas e do CIPS, o sistema chinês semelhante ao SWIFT.

Vladimir Putin tentou travar a saída de rublos do país, para evitar um agravamento do colapso da moeda. Além disso, o Presidente russo congelou as reservas russas em euros e dólares, salienta o JN.

As corretoras de moedas digitais não reguladas têm sido a solução dos oligarcas russos para fugir às sanções.

“A bitcoin valorizou cerca de 15% desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Trata-se de um comportamento atípico, visto que as criptomoedas são percecionadas como ativos de risco e, normalmente, têm tendências similares às ações e outros ativos que têm sido penalizados na última semana”, explicou Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, ao matutino.

“Provavelmente, a BTC tem sido utilizada pelo povo russo para contornar as sanções impostas pelo Ocidente e respetivo bloqueio aos pagamentos internacionais via Swift”, acrescentou.

As restrições levaram tanto russos como ucranianos a optar por criptoativos que sirvam de reserva de valor e de forma a fazer circular dinheiro. Segundo o Jornal de Negócios, a troca de rublos e hryvnias em bitcoin disparou 258% só no primeiro dia da invasão da Rússia à Ucrânia.

Bruxelas decidiu incluir o mercado das criptomoedas no pacote de sanções aplicadas pelo bloco europeu aos oligarcas russos.

“Não acredito que os oligarcas russos recorram às cripto para contornar sanções por uma simples razão: a tecnologia blockchain rastreia todos os movimentos financeiros, pelo que é mais fácil realizar operações financeiras opacas com dólares e arte, por exemplo, do que com criptoativos”, escreveu o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, no Twitter.

“A conversão de rublos em criptoativos enfraquece a moeda russa e por isso enfraquece a própria Rússia, pelo que não entendo esta oposição ao mercado cripto”, escreveu, por sua vez, o CEO da Binance, Changpeng Zhao.

https://zap.aeiou.pt/oligarcas-russos-fugir-sancoes-cripto-465952


TikTok suspende funções e Netflix bloqueia totalmente serviços na Rússia !


As duas empresas tecnológicas juntaram-se a outras que têm boicotado a Rússia no seguimento do início da guerra na Ucrânia.

O TikTok e a Netflix juntaram-se ao grupo de empresas que boicotaram a Rússia. A aplicação chinesa impôs restrições parciais no país e a plataforma de streaming norte-americana suspendeu totalmente o acesso aos seus serviços em território russo.

Do lado do TikTok, a aplicação revelou que vai bloquear as funcionalidades de ligações em directo e da publicação de novos conteúdos aos utilizadores russos depois do Kremlin ter criminalizado a divulgação de notícias falsas sobre a guerra na Ucrânia, com os cidadãos a arriscar uma pena de prisão de 15 anos.

Já a Netflix não especificou a razão para a suspensão, dizendo apenas que a decisão reflecte as “circunstâncias” actuais. Recorde-se que a plataforma já tinha negado a publicação de conteúdos produzidos por canais públicos de televisão russos, escreve o The Guardian.

O TikTok revelou que no Twitter entender que é uma fonte de “alívio e ligação humana durante uma guerra”, mas que a segurança dos utilizadores e dos funcionários é a principal prioridade.

A popularidade da aplicação entre a faixa etária mais jovem e com menos de 25 anos tem também sido notória nos conteúdos publicados sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que acumulam milhões de visualizações.

O TikTok não é a primeira rede social a chocar com o Kremlin, depois do Facebook e do Twitter terem sido suspendidos na Rússia por bloquearem os meios de comunicação públicos Russia Today e Sputnik News na União Europeia.

As empresas norte-americanas de cartões de crédito Visa, Mastercard e American Express também revelaram no fim-de-semana que vão cortar os seus serviços em parte na Rússia, sendo agora apenas possível usar os cartões em compras dentro do país. No ramo tecnológico, a Samsung, a Apple, a Microsoft, a Intel e a Dell vão também para de enviar produtos para o território russo.

O Ministro da Transição Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, também deixou apelos no domingo às empresas tecnológicas norte-americanas numa carta aberta onde pediu à Apple e à Google que desactivassem as suas lojas de aplicações na Rússia e à Amazon e à Apple que suspendessem os seus serviços de cloud no país.

Recorde-se que a Ucrânia quer também transformar a Rússia numa ilha digital e desligar o país da rede internacional de internet, ficando os sites russos sem domínio. Os serviços de email também deixariam de funcionar

“Estou a enviar-vos esta carta em nome do povo da Ucrânia, pedindo-vos que considerem a necessidade urgente de introduzir sanções rigorosas contra a Federação Russa no campo da regulamentação DNS [Sistema de Nomes de Domínio]”, pediu Andrii Nabok, representante da Ucrânia no Comité Consultivo Governamental da ICANN.

https://zap.aeiou.pt/tiktok-suspende-netflix-bloqueia-russia-465990

 

Estilo da invasão à Ucrânia tem precedentes - Rússia puxa do manual usado na Síria e Chechénia !


De acordos de cessar-fogo violados a cercos, a invasão russa da Ucrânia encontra precedentes nas operações militares na Síria e na Chechénia.

O estilo da invasão russa à Ucrânia tem precedentes históricos. Acordos de cessar-fogo não respeitados, bombardeamentos indiscriminados e cercos a cidades também fizeram parte do manual russo na Síria e na Chechénia, escreve o Público.

O conflito mais recente entre os chechenos e o Governo russo ocorreu após a queda da União Soviética, com os separatistas chechenos a declararem a independência em 1991.

No final de 1994, a Primeira Guerra da Chechénia eclodiu e, após dois anos de combates, as forças russas retiraram-se da região. Em 1999, os combates foram retomados e concluídos no ano seguinte com as forças de segurança russas a estabelecerem o controlo sobre a Chechénia.

Já a intervenção russa na Guerra Civil Síria começou no fim de setembro de 2015. Os russos lançaram uma série de ataques aéreos e navais feitos contra o autoproclamado Estado Islâmico.

Os bombardeamentos e missões atingiram outras organizações não-jihadistas que lutavam contra o regime do ditador sírio Bashar al-Assad.

“Ele [Putin] agora vai fazer à Ucrânia o mesmo que fez em Alepo, não vai?”, questiona Ahmad al-Khatib, um sírio refugiado na Turquia, em entrevista à Al-Jazeera.

“Havia bombas e sangue em todo o lado. Dormíamos e acordávamos com o som de caças a voar e de ataques aéreos. As casas abanavam, as crianças choravam e nós estávamos todos à espera da morte”, lembrou al-Khatib os ataques russos à sua cidade natal de Alepo.

Enquanto o exército russo cercava a cidade, foram bombardeados hospitais, depósitos de água, prédios residenciais e até colunas de ajuda humanitária.

Apenas numa semana morreram mais de 300 civis e foram quebrados vários acordos de cessar-fogo, recorda o jornal Público. As semelhanças são óbvias com aquilo que está a acontecer atualmente na Ucrânia.

Kiev está cercada e, ao longo da última semana, cidades como Kharkiv e Mariupol sofreram bombardeamentos em larga escala. Os ucranianos também denunciaram por duas vezes a quebra de cessar-fogo.

“Os cercos já existiam na Síria antes de a Rússia se envolver, mas a Rússia instrumentalizou-os. Ajudaram a apertar os cercos e certificaram-se de que a ajuda e outras coisas importantes não podiam entrar nem sair, só com negociação”, disse Emma Beals, analista no European Institute of Peace, à Foreign Policy.

Um relatório sobre refugiados chechenos dos Médicos Sem Fronteiras, de 1999, revela ataques “contra alvos civis” e contra “grupos de refugiados”, com a ajuda humanitária impossibilitada de atuar. https://zap.aeiou.pt/russia-manual-siria-chechenia-465944


Ucrânia quer desligar a Rússia da rede global de internet !. Putin agradece !


Na semana passada, o governo da Ucrânia pressionou as principais plataformas tecnológicas a repensarem a sua relação com a Rússia, e tem sido bastante bem-sucedido.

As empresas detentoras de redes sociais reduziram o alcance dos meios de comunicação apoiados pelo Estado russo, por exemplo, e a Apple deixou de vender os seus produtos e limitou alguns serviços na Rússia.

Mas agora a Ucrânia está a pressionar no sentido de algo ainda mais dramático e consequente, segundo noticia a CNN Portugal.

Na segunda-feira, o governo da Ucrânia pediu que a Rússia fosse desligada da rede global de internet. Enviou uma carta com um apelo à ICANN, a organização internacional sem fins lucrativos sediada nos EUA que supervisiona o sistema global de nomes de domínio e endereços IP na internet.

“Estou a enviar-vos esta carta em nome do povo da Ucrânia, pedindo-vos que considerem a necessidade urgente de introduzir sanções rigorosas contra a Federação Russa no campo da regulamentação DNS [Sistema de Nomes de Domínio], em resposta aos seus atos de agressão contra a Ucrânia e os seus cidadãos”, escreveu Andrii Nabok, representante da Ucrânia no Comité Consultivo Governamental da ICANN.

Os especialistas na gestão da internet dizem que o pedido da Ucrânia, a ser cumprido, retiraria efetivamente a Rússia da internet, deixando os sites russos sem uma casa. Os endereços de e-mail deixariam de funcionar e os utilizadores da internet não conseguiriam iniciar sessão. A Rússia ver-se-ia de repente numa ilha digital.

Mas esses mesmos especialistas têm dúvidas que o pedido da Ucrânia venha a ser atendido. Por um lado, dizem, isso abriria um perigoso precedente que poderia dar a certos países autoritários um pretexto para fazer exigências semelhantes.

Por outro lado, não é claro que a ICANN possa tomar tal decisão, mesmo que muitos o desejassem. Para além disso, acrescentaram, isolar a Rússia do resto do mundo digital poderia dar ao Kremlin exatamente aquilo que este pretende: uma população incapaz de ter acesso a informações do exterior.

Governos como o da China têm procurado excluir o seu próprio povo do mundo digital externo. Mas o pedido da Ucrânia é inédito, de acordo com Vint Cerf, considerado um dos pais da internet.

“É a primeira vez, que me lembre, que um governo pede à ICANN para interferir no funcionamento normal” do sistema de nomes de domínio a uma escala destas, disse Cerf à CNN Business.

“A internet opera em grande medida por causa de níveis substanciais de confiança entre os muitos componentes do seu ecossistema”, acrescentou Cerf. “Viabilizar este pedido teria consequências negativas em muitas dimensões“.

A carta foi referida pela primeira vez pela revista Rolling Stone. Angelina Lopez, porta-voz da ICANN, confirmou à CNN a receção da carta e que a mesma estava a ser avaliada pela entidade, mas recusou comentar.

Como iria funcionar

No âmbito do seu pedido, Nabok disse que o código de internet da Rússia — .ru — e os seus equivalentes em cirílico deveriam ser anulados.

Além disso, Nabok disse que iria enviar um pedido separado para os registos regionais de internet da Europa e da Ásia Central, solicitando-lhes que retirassem todos os endereços IP que tenham atribuído à Rússia.

Nabok argumentou que estas medidas seriam outra forma de sancionar a Rússia pela sua invasão da Ucrânia, e que ajudaria os utilizadores da internet a ter acesso a “informações fiáveis em zonas de domínio alternativas, impedindo a propaganda e a desinformação”.

Os especialistas em gestão da internet afirmam que apesar de ser possível imaginar que a proposta da Ucrânia possa resultar, pô-la em prática é uma questão diferente.

Em teoria, isolar o domínio .ru da rede global de internet pode ser tão simples como excluir uma linha de instruções dos principais servidores raiz de todo o mundo, que atualmente dizem aos navegadores de internet para onde devem ir quando desejam aceder a um site russo, disse Mitch Stoltz, advogado sénior do grupo de direitos digitais Electronic Frontier Foundation.

Cerf indicou que é mais complicado do que isso, no sentido em que os ficheiros em que se baseiam os servidores têm posteriormente de ser aprovados pela assinatura criptográfica da ICANN, caso contrário não funcionam.

A ICANN tem procedimentos em vigor para se proteger contra este tipo de “alterações arbitrárias”, disse Cerf, “independentemente do número de pedidos que sejam feitos”.

Já a retirada dos endereços IP russos seria como tirar o prego que mantém um quadro preso à parede, disse Mallory Knodel, diretora de tecnologia do Centro para a Democracia e Tecnologia, um grupo de peritos sedeado nos EUA.

Tal como o quadro deixaria de ter um lugar na parede para estar, também os sites russos desapareceriam da internet pois ficariam sem o seu lugar atribuído para se sentarem.

Isto também faria com que os smartphones, computadores e outros dispositivos ligados à internet na Rússia deixassem de conseguir aceder à internet em geral, uma vez que deixariam de ter endereços IP atribuídos que serviriam para identificar aqueles dispositivos numa rede global, disse Knodel.

É possível que a Rússia tenha a sua própria versão local da internet replicada, permitindo que os utilizadores de internet russos se liguem entre si durante um tempo.

Mas provavelmente a experiência estaria extremamente comprometida, a menos que a Rússia tivesse armazenado cópias de toda a internet em cache para poderem ser acedidas pelas pessoas, disse Knodel.

Mesmo perante esse cenário, a cópia de segurança local russa não incluiria os conteúdos futuros que estão constantemente a ser adicionados à rede global de internet.

“Na prática, acabaria por afetar todas as pessoas que se ligassem à internet na Rússia, mas não teria grande efeito sobre as instituições sistémicas verdadeiramente poderosas, como as forças armadas e o governo”, acrescentou.

“Estamos certos de que essa medida iria perturbar seriamente o acesso à internet por parte da população da Rússia”, alerta.

Rússia “desconectada com sucesso”

De acordo com o RBC, que cita fontes não identificadas no setor de telecomunicações, a Rússia “desconectou-se com sucesso” da internet entre 15 de junho e 15 de julho de 2021.

A iniciativa russa, a RuNet, visava testar “a capacidade de desconectar fisicamente a secção russa da Internet”.

Uma segunda fonte disse que o teste teve como objetivo “determinar se RuNet [uma espécie de ‘intranet’ nacional, projetada para garantir o funcionamento da infraestrutura de tecnologia] pode funcionar em caso de distorções externas, bloqueios e outras ameaças“.

Segundo o Moscow Times, uma fonte não identificada afirmou que os testes tinham sido “provisoriamente reconhecidos como bem-sucedidos”.

A empresa de telecomunicações estatal Rostelecom, as quatro grandes operadoras de telefonia móvel da Rússia e a proprietária da maior rede mundial de cabos de fibra ótica do país participaram nos testes de isolamento da Internet.

Estes testes devem ser realizados uma vez por ano, de acordo com uma lei assinada pelo Presidente Vladimir Putin em 2019, mas tiveram que ser adiados no ano passado devido à pandemia de covid-19.

O Kremlin confirmou os testes, indicando que a infraestrutura da Rússia deve ser preparada para sanções estrangeiras e cibercrime.

Em fevereiro de 2021, o ex-Presidente russo e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse que os Estados Unidos retinham “direitos fundamentais de controle” da Internet, o que poderia resultar na desconexão da Rússia da Internet global “se algo extraordinário acontecer”, indicando ainda que o país poderia ser desconectado do sistema de pagamentos internacionais SWIFT.

“Tivemos até que criar nosso próprio sistema de transmissão de informações para que pudéssemos trocar mensagens eletrónicas caso isso aconteça de repente“, referiu.

Segundo a NEXTA, um órgão de comunicação social da Europa de Leste, a Rússia já começou (novamente) os preparativos para a desconexão da Internet global.

“O mais tardar a 11 de março, todos os servidores e domínios devem ser transferidos para a zona russa. Além disso, estão a ser recolhidos dados detalhados sobre a infraestrutura de rede dos sites”, lê-se na publicação do Twitter.

Problema político e técnico

Para a Ucrânia, fazer com que a ICANN cumpra o seu pedido é um problema político e técnico.

A ICANN — sigla em inglês da Corporação para Nomes e Números Atribuídos na Internet — é uma das muitas instituições a nível global que ajudam a orientar e supervisionar o desenvolvimento da internet.

Funciona, em grande medida, com base em consensos, e os seus membros incluem não só governos, como também grupos da sociedade civil e peritos técnicos.

Durante anos, a ICANN tem vindo cuidadosamente a construir um papel para si mesma enquanto administradora apolítica das funções da internet.

Devido à sua estrutura e ao processo de tomada de decisão, não existe um único membro da ICANN que possa impor decisões.

Este modelo reflete o ecossistema extremamente complexo de empresas e organizações que fazem a gestão das infraestruturas técnicas da internet.

A Ucrânia enfrenta uma batalha política difícil, devido ao número de grupos que seria necessário persuadir.

Existe cerca de uma dúzia de operadores a gerir os chamados “servidores raiz”, os quais teriam de ser atualizados para expulsar a Rússia da internet, disse Stoltz.

E um plano controverso como o da Ucrânia não irá produzir um consenso entre os membros da ICANN. Mesmo que os representantes da ICANN decidissem implementar o plano da Ucrânia, bastaria que um ou dois membros decidissem noutro sentido para que todo o plano fosse por água abaixo.

A Ucrânia também está perante uma questão técnica por algumas das mesmas razões. A natureza da distribuição da internet significa que esta tem de se apoiar na concordância de todos os intervenientes.

A nível técnico, não existe um centro da internet“, disse Stoltz. “Não existe um centro de comando. Não existe um botão que se possa pressionar para fazer com que todas essas coisas aconteçam”.

Temos igualmente a questão do direito internacional, segundo Runa Sandvik, investigadora de segurança digital.

“As Nações Unidas já declararam que a internet é um direito humano e afirmaram que impedir que as pessoas acedam à rede é uma violação dos direitos humanos e é contra o direito internacional”, escreveu Sandvik no Twitter.

Mesmo que a Ucrânia conseguisse a anuência de todos, continuaria a ser uma ideia arriscada, disse Knodel.

Segundo Knodel, o plano obrigaria à quebra de algumas “funções verdadeiramente essenciais ao nível da autenticação e segurança” que estão atualmente enraizadas na internet. Isso poderia ser prejudicial para os russos que dependem destes recursos de segurança para a sua própria segurança, particularmente os dissidentes.

A Rússia e a China também têm estado ativamente a construir as suas próprias versões localizadas da internet, que poderiam ser controladas mais facilmente, disse Knodel.

Levar a cabo o plano da Ucrânia pode dar à Rússia aquilo que ela quer: uma população mais manipulável de utilizadores de internet sem acesso a informações do estrangeiro.

“A Rússia há muito que tenta descobrir uma forma de se desligar da internet global, e um dos principais entraves é o sistema global de nomes de domínio”, disse Knodel.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-pediu-que-a-russia-fosse-desligada-da-rede-global-de-internet-465938

 

Militares russos abrem corredor humanitário em direção à Rússia e à Bielorrússia - Mas Ucrânia rejeita !


Rússia anunciou que vai abrir corredores humanitários esta manhã em quatro cidades, depois de a Ucrânia acusar russos de não cumprirem dois cessar-fogo para retirada de cidadãos.

Após duas tentativas de cessar-fogo que não foram respeitadas, os militares russos vão permitir a abertura de um corredor humanitário em várias cidades ucranianas às 10h00 de Moscovo esta segunda-feira (7h00 em Portugal Continental). A notícia está a ser avançada pela agência Reuters, que cita a agência Interfax.

Os corredores vão abranger a capital, Kiev, mas também as cidades de Mariupol, Kharkiv e Sumy.

De acordo com a Interfax, que cita fonte do Ministério da Defesa russo, a decisão surge após um pedido do presidente francês, Emmanuel Macron.

De acordo com o comunicado do Ministério da Defesa russo, “os civis poderão deixar Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy. Ao mesmo tempo, durante a abertura de corredores humanitários, as Forças Armadas da Federação Russa vão monitorizar o objetivo contínuo da evacuação, inclusive com o uso de veículos militares”.

“Portanto, alertamos que todas as tentativas do lado ucraniano de mais uma vez enganar a Rússia e todo o mundo civilizado ao interromper a operação humanitária, supostamente por culpa das Federações Russas desta vez, são inúteis e inúteis”, acrescenta o comunicado.

Este anúncio surge após um relatório operacional, divulgado esta manhã, pelo Estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia segundo o qual a Rússia continua a “violar as regras do direito internacional humanitário“, bombardeando civis e corredores humanitários.

Ao que tudo indica, a cidade de Irpin foi “privada de luz e água por mais de três dias”, acrescentando que “o inimigo proibiu os moradores de deixar as suas casas”.

A informação da abertura dos corredores humanitários ainda não foi, no entanto, confirmada pelas autoridades ucranianas.

Ao que parece, os corredores humanitários que a Rússia quer abrir são em direção à Rússia e à Bielorrússia.

De acordo com o The Kyiv Independent, “o Kremlin anunciou ‘corredores humanitários para a Rússia, Bielorrússia‘”.

“O órgão de comunicação RIA, controlado pelo Estado, escreveu que a Rússia irá proclamar um cessar-fogo para ‘evacuar’ os civis. Anteriormente, duas tentativas ucranianas de evacuação de civis de Mariupol foram interrompidas após a Rússia ter quebrado o cessar-fogo”, lê-se no Twitter do Kyiv Independent.

Mas outra notícia dá conta de que a Rússia está a recrutar combatentes sírios com experiência em combate urbano, ao mesmo tempo em que aumenta a dimensão dos ataques à Ucrânia, segundo revelaram autoridades norte-americanas ao Wall Street Journal.
Ucrânia rejeita proposta russa

A Ucrânia rejeitou esta segunda-feira a proposta russa de abrir quatro corredores humanitários com destino à Rússia e à Bielorrússia, segundo a vice-primeira-ministra da Ucrânia. “Esta não é uma opção aceitável“, disse, citada pela AFP.

Esta segunda-feira, a Rússia propôs um cessar-fogo de forma a abrir quatro corredores humanitários — a partir de Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy — com destino à Rússia, Bielorrússia e a outras cidades ucranianas.

A Ucrânia não concorda, porém, que o destino das rotas inclua os dois países opositores. Kiev pede que a retirada se faça através de outras cidades ucranianas.

Segundo a lista publicada pela agência de notícias RIA, as rotas são as seguintes:

A partir de Mariupol:

Rota 1: Novoazovsk, Taganrog, Rostov-on Don (Rússia), depois por via aérea, rodoviária ou ferroviária para um outro destino ou abrigo temporário.
Rota 2: Portivske, Mangush, Respublika, Rosivka, Bilmak, Polohi, Orekhiv, Zaporíjia (Ucrânia).

A partir de Kharkiv:

Nekhoteyevka, Belgorod (Rússia), depois por via aérea, rodoviária ou ferroviária.

A partir de Sumy:

Rota 1: Sudzha, Belgorod depois por via aérea, rodoviária ou ferroviária.
Rota 2: Sumy, Golubivka, Romny, Lokhvitsya, Lubny, Poltava (Ucrânia).

A partir de Kiev:
Gostomel, Rakivka, Sosnovka, Ivankiv, Orane, Chernobyl, Gden’, Gomel (Bielorrússia), depois por avião até à Rússia.

https://zap.aeiou.pt/cessar-fogo-militares-russos-abrem-corredor-humanitario-em-quatro-cidades-465935


A Rússia foi acusada de usar bombas de vácuo ! Como funcionam estas armas ?


O uso de armas termobáricas é geralmente condenado por organizações de direitos humanos. Tanto governos ocidentais como a Rússia já foram acusados anteriormente de recorrer a estas bombas.

Na segunda-feira, uma explosão destruiu a refinaria de petróleo em Okhtyrka, na Ucrânia, com as autoridades de Kiev a acusar a Rússia de usar armas termobáricas — também conhecidas como bombas de vácuo.

Este tipo de bombas sugam o oxigénio do ar e geram assim uma forte explosão de alta temperatura e o seu uso é geralmente condenado pelos grupos de direitos humanos. Frank Gardner, correspondente da BBC, refere-se a estas bombas como “as mais poderosas” no arsenal russo, além das armas nucleares.

As bombas de vácuo funcionam em duas etapas — a primeira é a carga explosiva que dispersa o combustível numa nuvem que pode então entrar em edifícios ou objetos ao redor e a segunda é a ascensão da nuvem que causa uma enorme bola de fogo e suga o oxigénio das áreas circundantes, causando uma onda de choque.

Segundo Justin Bronk, investigador do Royal United Services Institute, um explosivo normal tem 30% de combustível e 70% de oxidante em peso, mas as bombas de vácuo são “todas combustível e usam o oxigénio do ar“, sendo mais poderosas.

O calor e a pressão que a explosão emite são tão fortes que uma pessoa que esteja na sua proximidade imediata seria instantaneamente vaporizada e alguém que esteja na área circundante ficaria ferida com gravidade.

As bombas matam principalmente devido à “criação de uma onda de choque extremamente poderosa que rompe órgãos e estoura os pulmões” e que se propaga em “espaços confinados”, sendo “particularmente mortal contra pessoas em locais escavados, como porões ou cavernas” e causando também queimaduras graves. 

Rússia já terá usado estas bombas na Chechénia

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, acusou a Rússia de usar este tipo de bombas no conflito entre os dois países, após uma reunião com membros do Congresso norte-americano.

“A devastação que a Rússia está a tentar infligir à Ucrânia é grande”, acrescentou Markarova.

As imagens captadas por um repórter da CNN perto da fronteira ucraniana parecem mostrar lançadores de foguetes múltiplos TOS-1 a serem transportados perto da cidade russa de Belgorod.

Outros vídeos cuja veracidade não foi verificada também circulam nas redes sociais que mostram os lançadores a serem transportados noutras partes da Rússia perto da fronteira com a Ucrânia.

Já desde 1960 que os russos e vários exércitos ocidentais usaram estas armas. Os Estados Unidos, por exemplo, já as utilizaram durante a guerra no Afeganistão, para atacar complexos de cavernas onde alegadamente estariam escondidos membros da Al-Qaeda.

A Rússia também terá alegadamente usado bombas de vácuo em 2000, na Chechénia, e mais recentemente Moscovo foi acusada de usar estas armas juntamente com o Governo sírio na luta contra os rebeldes.

https://zap.aeiou.pt/russia-bombas-vacuo-funcionam-465754


Força Espacial dos EUA quer começar a patrulhar a área à volta da Lua !


A Força Espacial dos Estados Unidos anunciou esta semana que planeia começar a fazer rondas de patrulha na área à volta da Lua.

Esta semana, o Laboratório de Investigação da Força Aérea dos EUA divulgou um vídeo no YouTube que não mereceu muita atenção, segundo a Ars Technica.

Mas fez um anúncio que é bastante significativo — os planos militares dos EUA de alargar as suas capacidades espaciais para além da órbita geoestacionária, até à Lua.

“Até agora, a missão espacial dos Estados Unidos estendeu-se a 22.000 milhas acima da Terra”, diz o narrador do vídeo.

“Isso foi nessa altura, isto é agora”. O Laboratório de Investigação da Força Aérea está a aumentar esse alcance em 10 vezes e a área de operações dos Estados Unidos em 1.000 vezes, alcançando até o lado mais distante da Lua.

Os militares norte-americanos já tinham falado em alargar o seu domínio operacional, mas agora estão a tomar medidas.

Planeiam lançar um satélite, provavelmente equipado com um poderoso telescópio, para o espaço cislunar. De acordo com o vídeo, o satélite será chamado Sistema de Patrulha Rodoviário Cislunar (CHPS).

O laboratório de investigação planeia emitir um “pedido de propostas de protótipos” para o satélite CHPS a 21 de março e anunciar a adjudicação do contrato em julho. O programa CHPS será gerido por Michael Lopez, da Direção de Veículos Espaciais do laboratório.

Este esforço incluirá a participação de várias organizações militares, mas o laboratório da Força Aérea irá supervisionar o desenvolvimento do satélite.

A Força Espacial dos EUA irá então adquirir esta capacidade de utilização pelo Comando Espacial dos EUA, que é responsável pelas operações militares no espaço.

Efetivamente, este satélite é o início de uma extensão das operações do Comando Espacial dos EUA, do espaço geoestacionário para além da Lua.

“É o primeiro passo para eles poderem saber o que se passa no espaço cislunar e depois identificar quaisquer potenciais ameaças às atividades dos EUA“, disse Brian Weeden, diretor de planeamento de programas da Secure World Foundation.

Weeden afirmou que não pensa que o satélite CHPS incluirá capacidades para responder a quaisquer ameaças, mas servirá principalmente para fornecer uma consciência situacional.

Então, porque está o Comando Espacial dos EUA interessado em expandir o seu teatro de operações para incluir a Lua?

A principal razão citada no vídeo é a gestão do crescente tráfego espacial no ambiente lunar, incluindo várias missões comerciais patrocinadas pela NASA, o programa Artemis da agência espacial, e de outras nações.

Um relatório recente do Center for Strategic & International Studies, Fly Me to the Moon, examina as dezenas de missões planeadas para a Lua durante a próxima década.

Com o satélite CHPS, e possíveis missões de seguimento, os militares americanos procuram assegurar o “desenvolvimento pacífico” do espaço cislunar e proporcionar um ambiente “seguro e protegido” para a exploração e desenvolvimento comercial.

Weeden acredita que há também outro elemento estratégico para este novo programa. Os líderes militares, segundo o dirigente, estão preocupados com objetos espaciais que são colocados no espaço cislunar por outros governos e são depois perdidos pelas redes espaciais existentes de consciência situacional, centradas na baixa órbita terrestre e na órbita geoestacionária.

Tais objetos, segundo Weeden, podem oscilar à volta da Lua e potencialmente voltar para atacar um satélite militar dos EUA no espaço geoestacionário.

“Penso que isso é rebuscado, mas é viável de uma perspetiva física e exploraria definitivamente uma lacuna na sua atual consciência do domínio espacial”, explicou. ”

Penso que estão muito mais preocupados com isso do que quaisquer ameaças reais no espaço cislunar, porque os EUA não têm neste momento qualquer recurso militar no espaço cislunar”.

https://zap.aeiou.pt/a-forca-espacial-dos-eua-planeia-comecar-a-patrulhar-a-area-a-volta-da-lua-465762

 

Nem no metaverso escapamos aos impostos !


Uma decisão do Supremo dos EUA abriu a porta a que os estados e localidades comecem a tributar as compras de bens virtuais no metaverso.

Já dizia Benjamin Franklin que nada na vida é certo para além da morte e dos impostos — e nem o metaverso é excepção. O mundo virtual Second Life, que nasceu em 2003 e continua a atrair quase um milhão de utilizadores por mês, vai passar a cobrar impostos a compras feitas dentro do jogo.

O anúncio foi feito esta semana, com a Linden Labs, que desenvolve o jogo, a citar a decisão do Supremo Tribunal dos EUA South Dakota v. Wayfair Inc., tomada em 2018.

Este caso estabeleceu que os estados e as localidades podem cobrar impostos mesmo em produtos vendidos online por empresas que não tenham uma presença física nesse mesmo estado.

A mudança pode ter um grande impacto na economia dentro do jogo e servir de aviso a outras empresas que se aventurem no metaverso e criem um modelo de negócio baseado na venda de bens virtuais aos residentes nos Estados Unidos.

A cobrança dos impostos aos utilizadores do Second Life vai assim ter início a 31 de Março, nota o ARS Technica. A Linden Labs vai continuar a absorver os impostos cobrados em compras únicas, como mudanças de nome ou compras da moeda usado dentro do jogo, mas esses custos também vão passar para os utilizadores no futuro.

As taxas cobradas variam entre os estados e há localidades que também impõem outros custos adicionais. Quatro estados norte-americanos — Delaware, Montana, New Hampshire e Oregon — não cobram impostos. No caso das cidades de Seattle, Chicago, Los Angeles e Oakland, os utilizadores pagam uma taxa total de 10% quando se combinam os impostos estaduais e locais.

Estes impostos podem ter um impacto significativo no Second Life, já que os norte-americanos são quase metade da base de utilizadores do jogo. No caso dos utilizadores na Europa, o pagamento de impostos de valor acrescentado já uma realidade desde 2007, com as taxas a oscilarem entre 17% e 27%.

O problema com a tributação não é novo para o Second Life, já que a Linden Labs já tentou no passado criar um sistema de impostos complexo que deduzia automaticamente mais dinheiro virtual aos utilizadores que criassem mais objectos dentro do jogo, já que estavam a usar mais os recursos do servidor.

A proposta não durou muito tempo, já que suscitou um protesto em massa organizado dentro do mundo virtual, que obrigou a Linden Labs a voltar atrás na ideia e a impor o seu sistema actual, que cobra um valor mensal fixo aos utilizadores.

https://zap.aeiou.pt/nem-no-metaverso-escapamos-impostos-465325

 

Fotografia nunca antes vista da Princesa Diana agora em exposição !

Um retrato da Princesa Diana nunca antes visto está em exposição no Palácio Kensington, em Londres. A imagem, tirada por David Bailey em 1988, foi originalmente encomendada pela National Portrait Gallery, mas permaneceu no arquivo do fotógrafo até agora.

A exposição Life Through a Royal Lens (“A Vida Através de uma Lente Real”, em tradução livre) vai evidenciar os 200 anos de história da Família Real Britânica através da fotografia.

Neste âmbito, o Palácio Kensington vai receber um retrato da Princesa Diana nunca antes visto.

Trata-se de uma fotografia a preto e branco, captada pelo fotógrafo de moda David Bailey, em 1988. A princesa de Gales surge de perfil, com um ar firme e reservado e uma ligeira inclinação da cabeça.

Segundo a CNN, o fotógrafo britânico foi escolhido por Diana pela sua iluminação de alto contraste e estilo minimalista.

A escolha “refletiu o seu desejo de estabelecer uma nova identidade fotográfica para si própria”, distinta das formas mais comuns de retrato real, segundo consta num comunicado de imprensa da Historic Royal Palaces.

Revelada agora 34 anos depois, a imagem solidifica ainda mais a sua reputação pública como um dos membros mais vanguardistas da família real britânica.

A exposição vai também mostrar ao público várias obras que exploram a relação entre a fotografia e a monarquia, incluindo registos de excursões reais, retratos icónicos de chefes de Estado, bem como momentos de lazer longe dos olhos do público.

Também em exposição, pela primeira vez, estará uma seleção de imagens tiradas pelos próprios membros da família real.

“O meio da fotografia moldou a forma como o mundo vê a monarquia britânica“, disse Claudia Acott Williams, curadora da Historic Royal Palaces. “Permitiu à família real oferecer perspetivas fascinantes sobre a sua vida e obra, transformando a imagem real e criando uma relação sem precedentes entre coroa e súbditos.”

https://zap.aeiou.pt/fotografia-nunca-vista-da-princesa-diana-465758


domingo, 6 de março de 2022

Russos estarão a preparar-se para bombardear Odessa !


O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky alertou que as forças russas estão-se a preparar para bombardear a cidade de Odessa.

“Rockets contra Odessa? Isto será um crime de guerra”, disse o chefe de Estado num discurso televisivo neste domingo.

O exército russo continua o avanço para o sul da Ucrânia a partir da Crimeia. Odessa é o principal porto da Ucrânia situado no Mar Negro, pelo que é uma das cidades mais estratégicas a nível económico do país. A cidade foi também local de uma revolta separatista apoiada pela Rússia em 2014.

No resto do país, os ataques russos continuam. Há relatos de mísseis que atingiram Jitomir, a oeste de Kiev. Registam-se ainda confrontos violentos em Mykolayev, no sul, Chernihiv, a norte, e em Kharkiv, que está cercada por tropas russas.

Ainda na quarta-feira, o presidente da Câmara recebeu um alerta de que um jato russo, provavelmente vindo da Crimeia, tinha disparado sobre uma instalação militar nos arredores da cidade.

Na zona oeste do país, numa tentativa de preservar o património cultural, a cidade de Lviv protege estátuas e monumentos de eventuais ataques russos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russos-preparar-bombardear-odessa-465918


Utilizadores do Airbnb estão a reservar quartos para apoiar ucranianos !


Várias pessoas estão a recorrer ao Airbnb para ajudar a população ucraniana. As taxas foram reduzidas para os proprietários receberem 100% do lucro.

Alguns utilizadores da plataforma Airbnb estão a reservar quartos na Ucrânia para ajudar monetariamente os proprietários.

O The Guardian conta a história de um casal que fez uma reserva para uma semana na capital, Kiev, de 3 a 10 de março, tendo depois entrado em contacto com a anfitriã, Maria.

“Olá Maria, eu a minha esposa acabámos de reservar o seu apartamento por uma semana, mas é claro que não iremos visitá-lo. Isto é apenas para que possa receber algum dinheiro“, escreveu Mario.

A proprietária do apartamento agradeceu o gesto.  

A história foi partilhada no Twitter e acabou por motivar outros utilizadores a fazerem o mesmo. Brian Chesky, diretor executivo do Airbnb, partilhou na mesma rede social histórias semelhantes.

Um porta-voz confirmou à revista Today que “todas as taxas de serviço na Ucrânia estão a ser suspensas” para que a percentagem total das marcações seja enviada para os anfitriões ucranianos. Normalmente, variam de 3% a 15%.

Também esta sexta-feira, a plataforma de alojamento anunciou, no Twitter, que iria suspender toda a operação na Rússia e Bielorússia.

No início desta semana, o Airbnb também anunciou um plano para hospedar 100 mil refugiados da Ucrânia de forma gratuita.

O objetivo é permitir que os refugiados ucranianos possam ter “tantas opções de hospedagem por intermediário desta empresa quanto maior fosse o número de voluntários” disposto a apoiar financeiramente a causa, explicou Brian Chesky, cofundador e CEO da Airbnb, à CNN.

https://zap.aeiou.pt/utilizadores-airbnb-apoiar-ucranianos-465777


“Não vou combater numa guerra que não é minha": Perante a ameaça da lei marcial, cada vez mais russos optam por deixar o país !


Alguns russos não querem correr o risco de serem enviados para a guerra — com a qual não concordam —, optando por abandonar o seu país por tempo indeterminado.

No fim de semana que se seguiu à invasão da Ucrânia pela Rússia, naquilo que Vladimir Putin categorizou como uma “operação militar especial”, Vlodimir Zelenskyy decidiu implementar a lei marcial, a qual determinava que os homens com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos não poderiam abandonar o país e ajudar as suas forças militares nos combates. Mais de uma semana após o início do conflito, que não parece ter fim à vista, e contra todas as expectativas, há quem considere que o mesmo pode ser feito na Rússia, o que tem levado muitos a abandonar o país.

Foi o caso de Alexis Trubetskoy, diretor de uma escola de línguas em Moscovo, que na manhã em que a guerra começou decidiu que tinha de sair da Rússia. “Acordei, li as notícias em choque e percebi que tinha de sair o mais rápido possível. Ficou claro para mim que aquela invasão horrível iria mudar a Rússia para sempre“, explico ao The Guardian. “Espero voltar ao país que adoro, mas não é claro o que vai acontecer depois disto. O meu futuro foi me tirado, o país não será o mesmo.”

De acordo com jornalistas de órgãos de comunicação ocidentais que permanecem na Rússia, esta tem sido uma atitude cada vez mais adotada pelos cidadãos, sobretudo após a entrada em vigor da suspensão da circulação nos espaços aéreos de muitos países europeus — e não só —, o que evidencia o isolamento a que o país está destinado, fruto das sanções que lhe foram impostas.

Desde o início da invasão, mais de 7500 pessoas foram detidas em protestos anti-guerra em todo o território russo, segundo o site independente OVD-Info. Na mesma linha, esta sexta-feira ficou marcada pelo encerramento de muitos meios de comunicação russos que resistiam ao discurso do Kremlin, mas também pela suspensão da emissão de alguns meios de comunicação ocidentais, como a BBC, e redes sociais em solo russo.

Aqueles que abandonam o país mostram preocupação em relação às consequências económicas que a Rússia enfrentará a médio e longo prazo: desde que as sanções foram impostas, o rublo entrou em queda livre e a bolsa de valores tem estado fechada para evitar consequências mais gravosas. Diariamente, sucedem-se os anúncios das empresas ocidentais que vão suspender a sua atividade comercial no país, contribuindo para o seu isolamento.

Segundo o The Guardian, as pesquisas com o termo “emigração” escalaram ao longo da última semana na Rússia, ao passo que múltiplos canais foram criados no Telegram com cidadãos a discutir formas de abandonar o país.

De acordo com os investigadores em demografia, é expectável que o país assista a um êxodo da sua “força de trabalho com qualidade”, a qual pressente que “não existe futuro para ela na Rússia”. “Este êxodo significará a degradação da nação. O país não tem uma grande base de talentos. Sem eles, a Rússia não se consegue desenvolver a si própria”, descreve Andrei Kolesnikov, investigador na Carnegie Endowment.

As saídas do país têm sido aceleradas, como referido, pelos rumores de que as autoridades podem estar prestes a decretar a lei marcial, uma posição sem precedentes na história recente da Rússia e que pressupõe o fecho das fronteiras.

“Juntei a minha família depois de um amigo me ligar e contar sobre esta história da lei marcial. Marcamos lugares no primeiro voo disponível na terça-feira e voamos para um país aleatório no qual eu nunca tinha estado antes”, descreveu Anton, um gestor numa grande empresa russa de combustíveis e gás. “Não planeio lutar numa guerra que não começou por decisão minha.”

Ontem, numa declaração breve à imprensa, um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov rejeitou qualquer hipótese de imposição da lei marcial, ao passo que uma fonte num dos principais aeroportos de Moscovo também fez saber que o fecho das fronteiras era um cenário “pouco provável“. “Não fomos informados de nada. Acho improvável. Ao mesmo tempo, estamos em guerra, por isso vamos ver.”

No entanto, as especulações têm-se adensado, o que se tem refletido na quantidade de lugares disponíveis nos voos que ainda restam. De acordo com o The Guardian, os voos para Erevã, Istambul ou Belgrado estavam repletos e uma viagem só de ida para o Dubai teria que ser adquirida por um preço de 4006 dólares, quando antes a compra era possível por 334 dólares. Os bilhetes de comboio para Helsínquia, com partida de São Petersburgo, também têm esgotado com frequência.

Há também relatos de homens que enfrentaram interrogatórios no momento da partida. Andrei, um diretor de cinema que habitante de Moscovo, diz ter sido retido antes da sua partida para Baku. A sua bagagem foi revistada e um dos agentes analisou o conteúdo das suas mensagens privadas em diferentes aplicações.

“Ele pegou no meu telemóvel e passou horas a desligar pelas conversas. Felizmente, eu apaguei todas as mensagens nas quais afirmei a minha oposição à guerra, tanto no Telegram como no Signal”, relatou. “Fui questionado se ‘realmente’ amava o meu país e se estava contra a guerra. Perguntou-me o porquê de eu estar a sair e de estar a ler notícias independentes como o Meduza. Foi um dos momentos mais assustadores da minha vida”, descreveu.

https://zap.aeiou.pt/nao-vou-combater-numa-guerra-que-nao-e-minha-perante-a-ameaca-da-lei-marcial-cada-vez-mais-russos-optam-por-deixar-o-pais-465726


Zelensky e Biden discutem ajuda financeira e sanções contra a Rússia !


O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter falado por telefone com o homólogo norte-americano, Joe Biden, para discutir o apoio financeiro dos EUA à Ucrânia e sanções contra a Rússia.

Zelensky escreveu na rede social Twitter que recebeu uma chamada de Biden, “como parte de um diálogo contínuo”, para discutir “questões de segurança” e as “sanções contínuas” à Rússia pela invasão da Ucrânia.

A Casa Branca confirmou que os dois líderes tiveram hoje uma conversa telefónica durante mais de 30 minutos, sem adiantar pormenores.

Zelenksy acrescentou ter também falado novamente com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que se encontrou-se, no sábado, em Moscovo, com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a situação na Ucrânia.

“Bennett ligou-me após a reunião com Vladimir Putin. Continuamos o diálogo”, escreveu no Twitter o Presidente ucraniano, que é também judeu.

Bennett é um dos líderes mundiais que ainda não condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, sublinhando as boas relações que Israel mantém com os dois países em guerra.

O Estado judaico entregou ajuda humanitária à Ucrânia, mas mantém laços com a Rússia, de forma a garantir que a aviação israelita e russa não entram em conflito na vizinha Síria, referiu a agência de notícias Associated Press (AP).

A Ucrânia pediu mesmo que Bennett desempenhe funções de mediador no conflito, indicou, por sua vez, a agência de notícias France-Presse (AFP).

Em Jerusalém, o gabinete de Bennett adiantou que o encontro com Putin terminou ao fim de duas horas e meia de discussão, mas o porta-voz do primeiro-ministro israelita disse depois que a reunião prosseguia, enquanto o Kremlin confirmou que o encontro em Moscovo serviu para discutir a situação na Ucrânia.

Bennett é o primeiro dirigente estrangeiro a visitar a Rússia desde o início da invasão russa da Ucrânia. Também o primeiro-ministro paquistanês esteve em Moscovo no dia seguinte ao início da guerra, mas numa visita há muio prevista.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/zelensky-biden-discutem-ajuda-financeira-465913


Evacuação de civis de Mariupol volta a falhar ! Ucrânia e Rússia trocam acusações !


A Ucrânia tentou reativar os corredores humanitários para a retirada de civis de Mariupol e Volnovakha, mas a operação voltou a falhar.

Este sábado, a Rússia anunciou um cessar-fogo temporário a partir das 10:00 em Moscovo, de forma a que pudesse ocorrer a retirada de civis. No entanto, a Ucrânia argumenta que o cessar-fogo não foi respeitado pelos russos e os corredores humanitários foram mesmo suspensos.

“A partir das 10h55, o cessar-fogo foi confirmado apenas no território da região de Donetsk. Mais adiante, na região de Zaporozhye, há batalhas. Estamos a negociar com o lado russo para confirmar o regime de cessar-fogo ao longo de toda a rota de evacuação da população civil de Mariupol”, disse Pavel Kirilenko, líder da Administração Estatal Regional de Donetsk, através do Telegram.

Já este domingo, um líder separatista volta a dizer que os corredores humanitários serão abertos em Mariupol e Volnovakha.

“Pela manhã, os corredores humanitários serão abertos novamente tanto em Mariupol quanto em Volnovakha”, disse o vice-chefe da Milícia Popular da República Popular de Donetsk, citado pela agência TASS.

“Esperamos que os comandantes ucranianos encarregados de defender as localidades povoadas comandem os seus subordinados para desbloquear as saídas para que os civis possam deixar esses locais”, acrescentou Eduard Basurin.

No entanto, a abertura de corredores humanitários para permitir a saída dos civis de Mariupol voltou a falhar. Separatistas pró-russos e a Guarda Nacional da Ucrânia acusaram-se mutuamente de não terem estabelecido a passagem segura acordada, escreve o Público.

Um membro do Regimento Azov da Guarda Nacional diz que as forças russas e pró-russas cercaram a cidade portuária.

Por sua vez, o responsável da administração da república de Donetsk acusa os ucranianos de não terem cumprido o cessar-fogo.

De acordo com o governador de Donetsk, a evacuação seria das 10h às 21h (de Portugal Continental).

Através do Twitter, a Organização Mundial de Saúde confirmou também seis relatos de ataques russos a instalações de cuidados de saúde na Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-reativar-corredores-humanitarios-465904


O comboio Infinity vai carregar-se a si mesmo usando a gravidade !


A Fortescue Metals Group está a desenvolver o Infinity, um comboio elétrico concebido para mover cargas de minério de ferro sem nunca precisar de ser carregado.

Segundo o New Atlas, a Fortescue, uma empresa mineira sediada na Austrália, quer utilizar a tecnologia de baterias da Williams Advanced Engineering (WAE), empresa que adquiriu, nos comboios de mercadorias e camiões.

Quando estas duas empresas se fundiram, dando origem à Fortescue Future Industries (FFI), nasceu assim a ideia de criar o Infinity, um comboio com baterias que se carregam autonomamente com recurso à gravidade.

Mas é mesmo possível existir um comboio com uma energia aparentemente infinita?

De acordo com o comunicado da empresa, o comboio vai utilizar energia gravitacional para recarregar totalmente os seus sistemas de baterias elétricas sem a necessidade de as carregar na viagem de regresso com a mercadoria.  

“O comboio Infinity tem capacidade para ser a locomotiva elétrica com a bateria mais eficiente do mundo. A regeneração de eletricidade nas secções carregadas em declive eliminará a necessidade de instalação de geração de energia renovável e infraestrutura de recarga, tornando-se uma solução eficiente de capital para eliminar o diesel e as emissões das nossas operações ferroviárias”, lê-se.

No ano passado, a Fortescue, enquanto quarta maior empresa de minério de ferro da Austrália, consumiu 82 milhões de litros de gasóleo. Segundo o IFL Science, esta nova tecnologia pode mesmo ajudar a empresa a reduzir as suas emissões.

A gravidade como fonte de energia, ou armazenamento de energia em baterias gravitacionais, não é um conceito novo. A maioria dos carros modernos tem agora travagem regenerativa, um sistema que utiliza o atrito de abrandar o veículo enquanto trava para depois recarregar a bateria.

No entanto, este método de energia gravitacional nunca foi utilizado num comboio como este. Se a experiência for bem sucedida, poderá revolucionar esta indústria.

https://zap.aeiou.pt/o-comboio-infinity-vai-carregar-se-a-si-mesmo-usando-a-gravidade-465487


Bebé norte-americano é um dos 100 no mundo com a Síndrome do Cabelo Indomável !


Locklan Samples chamou a atenção nas redes sociais pela sua condição genética incomum: a Síndrome do Cabelo Indomável.

Katelyn Samples decidiu partilhar a história do seu filho no Instagram, a melhor plataforma para o fazer dado que o diagnóstico do pequeno Locklan surgiu na sequência de um comentário na rede social.

“Alguém perguntou à minha mãe se eu tinha Síndrome do Cabelo Indomável (UHS, na sigla em inglês), uma pergunta que a colocou num buraco profundo e escuro do Google”, lê-se numa das descrições.

“O meu pediatra encaminhou-nos para um especialista em Emory. Foi como um episódio de House! Entraram tantos médicos e estudantes para me verem. Recolheram amostras de cabelo e algumas semanas depois a minha mãe recebeu uma chamada do médico que confirmou que se tratava de UHS. Que selvagem!”, acrescenta a publicação.

O raro diagnóstico foi confirmado por dermatologistas pediátricos no Hospital Emory, em Atlanta. Segundo o IFL Science, Locklan é apenas uma das cerca de 100 pessoas do mundo com Síndrome do Cabelo Indomável.

A condição genética apresenta-se sobretudo em pessoas com mutações associadas em ambos os alelos e é por esse motivo que é tão rara.

As mutações localizam-se principalmente em três genes envolvidos na formação da haste capilar, razão pela qual a apresentação dos sintomas é muito leve. No entanto, é possível que haja outros genes envolvidos que possam desenvolver a síndrome com uma mutação em apenas um alelo.

Além disso, acrescenta o portal, pode existir como uma condição isolada, apesar de estar várias vezes associada a condições dentárias, oftalmológicas e dermatológicas.

Os primeiros sinais aparecem entre os três meses e 12 anos de idade.

O paciente possui uma quantidade normal de cabelo, que cresce mais lentamente em diferentes direções. A condição faz com que seja impossível penteá-lo contra o couro cabeludo. Ainda não há tratamento para a doença, mas a indisciplina dos fios tende a regredir na infância tardia.

https://zap.aeiou.pt/bebe-sindrome-do-cabelo-indomavel-465511


NFT da bandeira da Ucrânia vendido por 6,7 milhões de dólares !


Um NFT da bandeira da Ucrânia angariou mais de 6,7 milhões de dólares. Milhares de utilizadores licitaram uma parte da imagem digital, numa iniciativa levada a cabo por um membro de um grupo ativista russo e da banda punk feminista Pussy Riot.

O mundo está focado a ajudar a Ucrânia e nem o digital falta à chamada. O NFT da bandeira da Ucrânia foi vendido, recentemente, por mais de 2.258 éter, o equivalente a cerca de 6,7 milhões de dólares.

Apesar de o NFT ter sido produzido como uma única edição na cadeia Ethereum, os licitantes puderam assumir a propriedade partilhada, com contribuições que vão desde 0,00001 éter (menos de 0,03 dólares) a 44 éter (128 mil dólares), de acordo com a plataforma de venda NFT PartyBid.

Segundo a CNN, a iniciativa levada a cabo pela organização de crowdfunding UkraineDAO atraiu mais de 3.200 contribuições em apenas 72 horas. É, agora, o NFT mais caro da história.

Por detrás da UkraineDAO estão as Pussy Riot e os Trippy Labs, muito conhecidos no universo dos NFT e DAO. A organização anunciou que quem fez doações recebeu o token que, apesar de não ter qualquer utilidade ou valor, testemunha a contribuição.

A quantidade de tokens que um determinado indivíduo recebe depende do número de ethers que doou.

Os fundos angariados pelo NFT da bandeira da Ucrânia serão direcionados para a Come Back Alive, uma organização que fornece bens a civis e militares no país, assolado por uma guerra.

https://zap.aeiou.pt/nft-bandeira-ucrania-6-milhoes-dolares-465505


A última televisão independente russa despediu-se da emissão com “O Lago dos Cisnes” !


A Dozhd TV, a única televisão independente da Rússia, disse “não à guerra” antes de ser encerrada pelo Kremlin. A emissão terminou com um protesto simbólico: a transmissão do icónico ballet de Tchaikovsky, “O Lago dos Cisnes”.

A Dozhd TV, também conhecida como TV Rain, tem sido a única emissora do país a relatar com precisão a invasão russa da Ucrânia, dando à população informações precisas sobre a guerra, que começou há oito dias.

Apesar da sua insistência em continuar a transmitir, a crescente ameaça da Rússia aos meios de comunicação independentes coloca os jornalistas em risco de serem presos.

Toda a equipa deixou o seu posto de trabalho e suspendeu a emissão na quinta-feira. Mas não sem um ato simbólico: a emissão encerrou com a transmissão do icónico ballet de Tchaikovsky, “O Lago dos Cisnes“.

A escolha prende-se com um protesto semelhante, em agosto de 1991, quando os meios de comunicação russos não puderam transmitir notícias sobre o golpe de Estado falhado contra o Governo de Mikhail Gorbatchev

Na altura, as televisões passaram o ballet do compositor russo durante três dias consecutivos.

Na sexta-feira, a Rússia aprovou uma lei que criminaliza a partilha de tudo o que diz serem “notícias falsas” sobre os militares russos, tornando-a um crime punível com até 15 anos de prisão.

Agora, e após a Dozhd TV ter saído do ar, os russos só podem aceder a canais de televisão estatais, que são legalmente obrigados a referir-se à guerra como uma “operação especial” para parar a “nazificação” da Ucrânia.

“A ideia que Moscovo tem é que eles têm de retirar os nazis da Ucrânia para libertar as pessoas, e que os soldados russos ajudam os soldados ucranianos”, disse Vera Krichevskaya, ex-jornalista da Dozhd TV, à VICE.

“As emissoras russas mostraram dois bombardeamentos – um em Kiev e outro em Kharkiv – afirmando [falsamente] que se tratava de disparos da Ucrânia. [Dizem] também que os russos dão comida e cobertores aos ucranianos. É um quadro completamente diferente”, contou.

Esta semana, a rádio Ekho Moskvy “desapareceu”, depois de ter deixado de ter autorização para emitir.

A informação foi confirmada pelo diretor da rádio, Alexei Venediktov, depois de o Procurador-Geral da República ter solicitado o bloqueio.

https://zap.aeiou.pt/tv-independente-lago-dos-cisnes-465734




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