quarta-feira, 9 de março de 2022

UE anuncia plano para reduzir compra de gás russo em dois terços até ao fim do ano !


A Europa vai apostar na compra de gás a outros países e na produção de energias renováveis para reduzir a dependência da Rússia.

Numa conferência de imprensa no final da reunião do colégio de comissários europeus, Frans Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia e responsável pela pasta da Acção Climática, avançou com a previsão de que os 27 vão cortar em 66% as compras de gás natural à Rússia ainda este ano.

A União Europeia quer assim apostar na compra de gás a outros países e no uso de energias renováveis, como o hidrogénio verde, como alternativa para poder reduzir a dependência energética de Moscovo.

“A guerra de Putin na Ucrânia veio demonstrar a urgência de resolver as nossas vulnerabilidades e acelerar a nossa transição para as energias limpas. Ficou perfeitamente claro que somos demasiados dependentes da Rússia para satisfazer as nossas necessidades energéticas”, avançou Timmermans.

O responsável admite que há dificuldades, mas que a Europa já tem um plano para conseguir substituir 100 mil milhões de metros cúbicos de gás natural que comprou à Rússia em 2021 — quase 70% do total — até ao fim de 2022.

“Com mais importações de gás natural liquefeito, podemos substituir 60 mil milhões de metros cúbicos de gás natural russo nos próximos doze meses. Com a duplicação da produção sustentável de biometano, podemos substituir mais 18 mil milhões de metros cúbicos, utilizando a Política Agrícola Comum para ajudar os agricultores a converterem-se em produtores de energia”, sublinhou.

A aposta na produção e importação de hidrogénio verde também é um factor-chave que vai exigir um desenvolvimento na infraestrutura de armazenamento e distribuição, que é ainda muito assimétrica entre os 27. “Vinte milhões de toneladas de hidrogénio verde podem substituir 50 mil milhões de metros cúbicos de gás russo”, afirmou o comissário europeu.

Até ao fim de 2022, quase 25% da produção energética na UE pode ser de origem solar, caso o bloco aposte na instalação de mais painéis fotovoltaicos nos telhados e com a instalação do dobro das bombas de calor.

Caso estes objectivos sejam cumpridos, serão já um grande passo para o corte total das compras de energia à Rússia que a UE quer fazer até 2030 e ajudarão também na transição energética para fontes mais limpas e renováveis. Recorde-se que o bloco europeu quer cortar as emissões de CO2 em 55% até 2030.

Actualmente, a Rússia é o principal fornecedor de combustíveis fósseis à União Europeia, sendo responsável pela venda de 45% do gás natural consumido pelos 27 e por 25% das importações de petróleo.

A comissária europeia para a energia, Kadri Simson, garante que a UE tem ainda reservas de gás natural suficientes para o que resta do Inverno sem haver nenhum risco de falhas no abastecimento, isto depois da Rússia já ter ameaçado cortar o fornecimento à Europa.

Mesmo assim, as autoridades já estão a criar planos de contingência e a aconselhar os países a ter reservas de 90% de gás natural até 1 de Outubro para se preparem já para o próximo Inverno.

EUA e Reino Unido boicotam gás russo

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou também hoje um embargo às importações de petróleo e gás russo para os Estados Unidos, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Numa intervenção na Casa Branca, Biden disse que tal “significa que o petróleo russo não será aceite nos portos dos Estados Unidos”. Segundo o Presidente dos Estados Unidos, o embargo foi decidido “em estreita coordenação” com os aliados.

O Reino Unido vai deixar seguir o mesmo exemplo e quer deixar de importar crude e produtos petrolíferos russos até ao final de 2022, anunciou hoje o ministro da Economia e da Energia, Kwasi Kwarteng.

“Esta transição vai dar ao mercado, empresas e cadeias de fornecimento mais tempo para substituírem as importações russas, que representam 8% da procura no Reino Unido”, escreveu o governante na plataforma Twitter.

Kwarteng acrescentou que as empresas devem utilizar este ano “para assegurar uma transição suave para que os consumidores não sejam afectados”.

O Ministro garantiu ainda que o Reino Unido é “um produtor significativo” de crude e produtos petrolíferos e que “a maioria das importações” é oriunda de parceiros como os Estados Unidos da América, os Países Baixos e o Golfo.

Afirmando ainda que o Reino Unido não é dependente do gás natural russo, o governante disse estar “a explorar opções” para evitar que se prolongue a utilização de um produto que representa 4% das necessidades britânicas.

https://zap.aeiou.pt/ue-plano-reduzir-compra-gas-russo-466308

 

“Não é sustentável”: EUA travam cedência de caças MIG-29 polacos à Ucrânia


Administração Biden e o representantes do Pentágono pareceram surpreendidos com a proposta de Varsóvia, que pressupunha a transferência das aeronaves para a base militar norte-americana na Alemanha.

Aos múltiplos apelos deixados por Volodymy Zelenskyy para que os membros da NATO fornecessem às Forças Armadas ucranianas aviões de combate, a Polónia respondeu positivamente, anunciado que estava disposta a entregar todos os seus caças MiG-29.

No entanto, tal não deverá efetivamente acontecer, já que os Estados Unidos não permitiram — ou não concordaram com — tal movimentação. De facto, o Pentágono parece até ter sido apanhado de surpresa com o anúncio e descreveu o plano como insustentável.

“Tanto quanto sei, não houve qualquer consulta connosco para a entrega destes aviões”, disse Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos durante uma audiência no Senado.

Em comunicado, as autoridades polacas diziam estar “prontas a deslocar, de modo imediato e sem custos, todos os seus aviões MiG para a base áerea de Ramstein — base norte-americana na Alemanha — e pô-los à disposição do Governo dos Estados Unidos da América”.

Em troca, Varsóvia receberia caças F-16, “aviões usados com capacidades operacionais correspondentes”. Trata-se de uma mudança de posição, depois da Polónia ter, numa fase inicial, rejeitado a possibilidade.

No entanto, o Pentágono veio expressar sérias preocupações para toda a NATO com a possibilidade de haver jatos “a voar sobre um espaço contestado pela Rússia sobre a Ucrânia”.

“Vamos continuar a consultar a Polónia e os nossos aliados sobre esta questão e os desafios logísticos que representa, mas não acreditamos que a proposta da Polónia seja sustentável”, escreveu John Kirby, porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano.

Durante as suas declarações aos media internacionais e intervenções em câmaras como o Parlamento Europeu, o Congresso norte-americano ou a Câmara dos Comuns, no Reino Unido, apelou, num primeiro momento, à criação de uma zona de exclusão aérea pelos aliados da NATO, uma hipótese que foi prontamente afastada pelos países que integram a aliança.

Posteriormente, o presidente ucraniano passou a pedir que o Ocidente cedesse aeronaves que os militares ucranianos conseguissem pilotar, ou seja, de fabrico russo.

São estas aeronaves que a Polónia está disposta a ceder a Kiev, ainda que com os EUA como intermediários, uma função que os norte-americanos não parecem estar dispostos a assumir tal responsabilidade.

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, estará em Varsóvia amanhã, onde se deverá reunir com representantes do governo polaco e tentar reparar alguns dos danos diplomáticos que resultaram do aparente mal-entendido entre as partes.

https://zap.aeiou.pt/nao-e-sustentavel-eua-recusam-cedencia-de-avioes-militares-polacos-a-ucrania-466350


Mais de um século depois, navio Endurance descoberto ao largo da Antártida !

O navio Endurance, de Ernest Shackleton.

O navio Endurance, de

O navio Endurance do explorador Ernest Shackleton, que naufragou em 1915, foi descoberto ao largo da Antártida, no Mar de Wedell a 3.000 metros de profundidade, segundo um anúncio desta quarta-feira.

“Estamos muito emocionados por termos localizado e capturado imagens do Endurance”, disse Mensun Bound, diretor da expedição de exploração organizada pela Falklands Maritime Heritage Trust.

O explorador disse que o navio está intacto no fundo do mar, “num estado de conservação fantástico”.

“Até se consegue ler o nome do Endurance inscrito num arco na popa”, contou, acrescentando que o navio foi descoberto a cerca de seis quilómetros do local do naufrágio.

A expedição de busca, que envolveu cerca de 100 pessoas, deixou a Cidade do Cabo em 5 de fevereiro a bordo de um quebra-gelo sul-africano, na esperança de encontrar os destroços antes do final do verão austral.

A expedição Endurance22 usou tecnologia de ponta, incluindo dois drones submarinos, para explorar a área, que Shackleton descreveu na altura como “a pior parte do pior mar do mundo” devido às suas condições de gelo.

Em 1914, o explorador anglo-irlandês Ernest Shackleton (1874-1922) embarcou no navio Endurance para a sua terceira viagem à Antártida e planeava atravessar a região via Pólo Sul.

Contudo, em 1915, o barco encalhou e afundou-se ao fim de dez meses, ao ser esmagado pelo gelo.

A expedição tornou-se lendária por causa das condições de sobrevivência da tripulação, ao todo eram 28 elementos e todos sobreviveram, que acampou por meses no gelo antes deste derreter. Ernest Shackleton e seus companheiros partiram em pequenas embarcações para a ilha Elefante, ao largo da Península Antártida.

Da ilha, o explorador e a sua equipa fizeram uma viagem traiçoeira de 1.300 quilómetros até à ilha de Geórgia do Sul, com o barco “James Caird”, tendo chegado ao seu destino 16 dias depois, corria o ano de 1916.

https://zap.aeiou.pt/navio-endurance-descoberto-466363


terça-feira, 8 de março de 2022

Quem quer guerra com a Rússia ? Os neocons e seus aliados podem estar fazendo isso acontecer !


Bem, o gênio está bem e verdadeiramente fora da garrafa e não há maneira fácil de incentivá-lo a retornar. Graças a um fluxo implacável de propaganda, o público americano está cada vez mais convencido de que os Estados Unidos “parecem fracos” e devem enfrentar Vladimir Putin . Richard Haass , do Conselho de Relações Exteriores, agora está pedindo “mudança de regime” na Rússia, enquanto o senador Robert Wicker e o congressista Adam Kinzinger , bem como vários ex-chefes de Estado-Maior Conjunto, exigem que os Estados Unidos estabeleçam uma “zona de exclusão aérea”.sobre a Ucrânia, o que exigiria a destruição dos EUA das capacidades de defesa aérea da Rússia e o abate de aviões russos, entre outras medidas. Se isso ocorresse, a guerra poderia rapidamente se tornar nuclear. Outros “especialistas” da mídia e do governo estão especulando que o presidente russo, Vladimir Putin, é insano, com muitas outras desinformações vindas de inimigos da Rússia, como Bill Browder e o ex-embaixador Michael McFaul . Mas o comentarista da FOX, Sean Hannity, possivelmente vence a corrida do ódio, pedindo o assassinato de Putin porque ele “perdeu seu direito de viver”, uma visão também compartilhada pela senadora Lindsey Graham.

O ex-vice-presidente do Partido Republicano, Mike Pence , pediu que qualquer um que apoie a Rússia seja expulso do partido, o que sem dúvida produzirá um expurgo de membros que estão relutantes em ir à guerra em nome de um país estrangeiro e nenhum aliado da Ucrânia. Enquanto isso, um senador completamente perturbado , Mitt Romney , descreveu qualquer um que defenda a Rússia como “quase traidor”, sugerindo que Romney se beneficiaria de procurar a definição de “traição” na Constituição dos EUA. E o televangelista completamente maluco Pat Robertson está alertando que a Rússia atacou a Ucrânia, mas o verdadeiro alvo é Israel, o que resultará em uma grande guerra e Armageddon levando ao “Fim dos Tempos”, quando o mundo terminará e todos os verdadeiros crentes serão arrebatados. até o céu.

Mas outras pessoas mais estáveis ​​estão apresentando dois argumentos básicos para justificar o crescente engajamento de Washington na luta. A primeira é a vaga afirmação de que Ucrânia versus Rússia é a manutenção da “liberdade e democracia” na Europa. Geralmente é assim que o presidente Joe Biden e outros políticos o descrevem, já que não requer mais explicações ou discussões. O outro argumento é mais uma elaboração disso, alegando que havia algum tipo de consenso pós-Segunda Guerra Mundial de que a guerra agressiva para adquirir a terra de outra pessoa deveria ser condenada por todas as nações e medidas deveriam ser tomadas para conter e reprimir qualquer atividade desse tipo. Isso levou à criação das Nações Unidas.

O problema é que nenhuma das justificativas para envolver os EUA em um conflito onde não estão realmente ameaçados requer algo mais substancial, dado o perigo de escalada dos combates ao ponto em que as duas principais potências nucleares do mundo se encontrariam frente a frente . E há a pequena questão da história a ser considerada, que nos diz que nem tudo que está acontecendo pode ser reduzido a termos tão simplistas para justificar a ação. O status quo na Europa Oriental é consequência do desmembramento da União Soviética em 1991-2 e, além disso, da configuração do Império Russo dos Czares que antecedeu o comunismo. A própria Ucrânia teve suas fronteiras ajustadas várias vezes.

Atualmente, o governo ucraniano do presidente Volodymyr Zelenskyy está buscando ampliar o conflito com a Rússia, tentando ingressar na União Europeia, ao mesmo tempo em que pede armas e intervenção militar direta da OTAN. Ele convocou voluntários para se juntarem à luta como uma “legião estrangeira” e também contatou o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett e sugeriu que Bennett persuadisse Putin a participar das negociações de paz em Jerusalém. Também tem havido um apelo menos conciliador ao judaísmo mundial para se juntar ao ataque dirigido contra a economia de Moscou. Em um vídeo circulou entre as organizações internacionais judaicas Zelenskyy disse: “Você não vê o que está acontecendo? É por isso que é muito importante que milhões de judeus em todo o mundo não fiquem em silêncio agora. O nazismo nasce em silêncio.”

Há também mais do que uma medida de hipocrisia no governo Biden que assume a liderança em punir a Rússia por agressão. Os Estados Unidos entraram em guerra com um Vietnã não ameaçador e destruíram governos e se envolveram em ocupações militares completamente ilegais no Afeganistão, Iraque, Somália, Líbia e Síria. Ele assassinou altos funcionários do Irã. Não foi punido por nenhuma dessas ações. Seu aliado Israel bombardeia a Síria quase diariamente, se envolve em assassinatos, mata crianças palestinas e anexa terras árabes que obteve à força nas Colinas de Golã e na Cisjordânia, desapropriando os habitantes originais. Quando isso acontece, o Congresso dos EUA e a Casa Branca fazem vista grossa.

Além disso, a Ucrânia não é uma democracia. O atual governo do país assumiu o poder após o golpe de 2014, planejado pelo Departamento de Estado do presidente Barack Obama, com um custo estimado de US$ 5 bilhões. A mudança de regime foi impulsionada pelo Departamento de Estado Russophobe Victoria Nuland com uma pequena ajuda do globalista internacional George Soros. Ele removeu o presidente democraticamente eleito Viktor Yanukovych, que infelizmente para ele era um amigo da Rússia. A Ucrânia é supostamente o país mais pobre e corrupto da Europa, como testemunha a saga de Hunter Biden. Zelenskyy, que é judeu e afirma ter vítimas do holocausto em sua árvore genealógica é um ex-comediante que venceu as eleições em 2019. Ele substituiu outro presidente judeu, Petro Poroshenko, depois de ser fortemente financiado e promovidopor outro colega judeu e o oligarca mais rico da Ucrânia, Ihor Kolomoyskyi, que também é cidadão israelense e vive em Israel. Como artista, um dos atos musicais de Zelenskyy consistia em tocar piano com seu pênis, sugerindo que o humor ucraniano tem algumas características únicas.

Após a eleição do novo modelo de governo ucraniano pós-golpe em 2014, os partidos da oposição foram declarados ilegais e alguns líderes foram presos por “traição”, a mídia foi censurada e o parlamento proibiu o russo, a língua de um terço da população, como uma língua oficial. Em seguida, o governo declarou guerra às províncias orientais predominantemente russas e, nos últimos oito anos, matou 14.000 pessoas.

Continuo me perguntando, por que os formuladores de políticas de Washington e a mídia, que deveriam saber melhor, se importam tanto com a Ucrânia? Não tem valor estratégico para os Estados Unidos e as exigências russas eram razoáveis ​​e negociáveis. Assim, as alegações de que a defesa da Ucrânia pretende manter a Europa democrática e livre é apenas uma fachada para justificar a guerra econômica contra a Rússia. E, de qualquer forma, a hipocrisia americana é claramente visível em relação à possível intenção do Kremlin de anexar algumas regiões ucranianas fortemente russas. Não é de forma alguma pior do que o que Israel tem feito em Jerusalém, na Cisjordânia e nas Colinas de Golã, todos endossados ​​por sucessivas administrações dos EUA. Então, o que é tudo isso realmente?

Depois de considerar os paralelos com Israel, então me ocorreu que talvez houvesse o ângulo usual, significando que era tudo sobre “proteger” os judeus, o argumento que tem sucesso em Washington onde tudo mais falha e faz com que os Bidens, Blinkens, Pelosis e Schumers se levanta e faz continência. Até mesmo um confuso Donald Trump viu a luz e agora está chamando a intervenção russa de “holocausto” e está brincando sobre a falsa bandeira dos caças F-22 dos EUA como chineses e “bombardeando a Rússia”. A mídia judaica também está elogiando Zelenskyy, referindo-se a ele como um genuíno “herói judeu”, um Macabeu moderno resistindo à opressão, um Davi contra Golias.T-shirts com sua imagem estão sendo vendidas com os dizeres “Resistindo aos tiranos desde o faraó”, enquanto a comunidade judaica de Nova York está arrecadando milhões de dólares para a ajuda ucraniana.

A Agência Telegráfica Judaica relata que uma “pesquisa demográfica de 2020 estimou que, além de uma população 'núcleo' de 43.000 judeus, cerca de 200.000 ucranianos são tecnicamente elegíveis para a cidadania israelense, o que significa que eles têm ascendência judaica identificável. O Congresso Judaico Europeu diz que esse número pode chegar a 400.000.” Se isso for verdade, é uma das maiores comunidades judaicas do mundo e inclui pelo menos 8.000 israelenses , muitos dos quais estão tentando retornar a Israel. Outros judeus ucranianos também estão fugindo do país.

Israel, com laços estreitos com ambas as nações através da diáspora judaica, vem tentando jogar em ambos os lados, oferecendo apoio à Ucrânia sem condenar a Rússia. Seu primeiro-ministro Naftali Bennett está desempenhando cada vez mais o papel de mediador entre os dois adversários, tendo se encontrado com Putin e falado várias vezes com Zelenskyy. Os judeus, alguns dos quais têm cidadania israelense, estão, de fato, desproporcionalmente representados entre os chamados oligarcas em ambos os países, controlando setores-chave das respectivas economias. Vários oligarcas judeus russos já fugiram em seus superiates para portos que oferecem não extradição na tentativa de preservar seus bens das sanções dos EUA e da Europa contra a economia de Moscou.

Portanto, parece haver uma história judaico/israelense que é parte integrante do que está acontecendo na Ucrânia. Há muito tempo é reconhecido por muitos que uma antipatia particular dirigida contra a Rússia permeia a visão de mundo neoconservadora. A maioria dos neocons são judeus e vários deles estão administrando o Departamento de Estado, ao mesmo tempo em que ocupam cargos de alto nível em outros lugares do governo Biden, bem como nos think tanks de política externa, incluindo Haass no influente Conselho de Relações Exteriores. Da mesma forma, os sites de mídia e redes sociais intensamente russófobos dos EUA e do Ocidente são desproporcionalmente judeus em sua propriedade e pessoal. Como as negociações EUA-Rússia que antecederam os combates atuais foram claramente projetadas para fracassar pelo governo Biden, é preciso se perguntar se essa guerra é em grande parte produto de um ódio étnico-religioso de longa data. Estou especulando, é claro, mas há até mesmo algumas evidências históricas para apoiar essa visão na invasão do Iraque e na hostilidade contra o Irã, que foram e continuam a ser impulsionadas por interesses israelenses, não pelos Estados Unidos. A Rússia é o inimigo um artifício semelhante? Tem que ser considerado…

The Unz Review .

Os EUA querem, mas a Europa não alinha - Embargo ao petróleo russo abre fissuras no Ocidente !


Comissão europeia apresenta hoje, em Bruxelas, programa que visa diminuir a dependência do fornecimento de gás russo em 80%, no entanto, a medida não poderá ser implementada a tempo de representar algum tipo de pressão para Vladimir Putin.

A hipótese começou a ser discutida na Casa Branca, com Joe Biden a confirmar aos jornalistas que, no campo das sanções à Rússia, nada estava fora de hipótese. Mas, ao que parece, a mesma visão não é partida pelos países europeus, pelo menos no que respeita à proibição das importações de petróleo russo. Depois de diversas ações concertadas, este surge como o primeiro sinal de divisão entre os países do Ocidente.

De acordo com fontes internacionais, a primeira oposição terá surgido de Olaf Scholz, que se depara com o facto de o seu país ser altamente dependente do fornecimento de energia russa (sobretudo gás). “Isto não pode ser feito do dia para a noite”, disse o chanceler alemão, reconhecendo que sem a energia russa o fornecimento da Europa “não pode ser assegurado neste momento“.

Como forma de fazer face a esta realidade – ainda que não de forma imediata -, a Comissão Europeia apresenta hoje um programa que visa reduzir em 80% a dependência da importação de gás russo antes de 2030. As medidas visam, sobretudo, o aumento da eficiência energética e novas formas de abastecimento.

De facto, os mais dispostos a avançar são os que menos suscetíveis estão aos custos adicionais da medida. Por exemplo, Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, disse estar em “negociações muito ativas” com os países europeus para boicotar a importação de petróleo russo.

Boris Johnson seguiu o mesmo guião, afirmando, em conferência de imprensa em Downing Street, que a proibição “está claramente em cima da mesa”. No entanto, Scholz não está sozinho nesta luta. Mark Rutte, líder do Governo dos Países Baixos, após reunião com o primeiro-ministro britânico, explicou que a medida teria que ser “um processo passo a passo“.

“Temos de assegurar a redução da nossa dependência do gás russo, do petróleo russo, reconhecendo que, neste momento, essa dependência ainda existe até certo ponto”, adiantou. As declarações surgem numa altura em que é noticiado que os países da União Europeia pagam por dia 260 milhões de euros pelas importações de petróleo russo.

Perante essas reações, é provável que que os Estados Unidos avancem sozinhos, ou seja, sem o apoio dos países europeus, escreve o Público. Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca adiantou que o assunto está a ser “estudado internamente” e que “ainda não foi tomada qualquer decisão“.

A Administração Biden parece efetivamente comprometida com o esforço, ao ponto de ter enviado uma delegação a Caracas, com o objetivo de discutir uma eventual flexibilização das sanções impostas ao petróleo venezuelano.

https://zap.aeiou.pt/os-eua-querem-mas-a-europa-nao-alinha-embargo-ao-petroleo-russo-abre-fissuras-no-ocidente-466129

 

Donald Trump sugeriu colocar bandeiras chinesas em caças americanos e bombardear a Rússia !


Donald Trump, ex-Presidente dos Estados Unidos, sugeriu bombardear a Rússia com caças norte-americanos disfarçados com a bandeira da China.

O antigo Presidente norte-americano tem uma solução, no mínimo, criativa para travar os planos de Vladimir Putin. No sábado, durante um congresso republicano, Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos deveriam bombardear a Rússia com caças americanos disfarçados com a bandeira da China.

Bastaria colocar uma bandeira chinesa em aviões militares F-22 e “bombardear toda a Rússia”, explicou. “[Após o ataque,] logo diremos: foi a China que o fez, não nós. E depois eles começam a lutar uns com os outros e nós recostamo-nos a ver.”

A sugestão motivou risos na plateia.

O Observador escreve que esta estratégia militar teria, à partida, dois problemas. Em primeiro lugar, o facto de os Lockheed Martin F-22 Raptor serem originalmente norte-americanos e nenhum deles estar nas mãos dos chineses, que têm os seus próprios caças de quinta geração, os J-20.

Em segundo lugar, o facto de violar as leis bélicas internacionais. “Usar a bandeira de um Estado neutro ou de qualquer Estado que não seja parte do conflito é proibido”, sublinhou a especialista Laurie R. Blank.

As declarações de Trump surgem numa gravação áudio, obtida pelo The Washington Post. O discurso de sábado, que durou mais de 80 minutos, foi dirigido a cerca de 250 dos principais financiadores do Partido Republicano e centrou-se essencialmente no tema da política externa.

Após ter sido criticado por elogiar Vladimir Putin, em fevereiro, Donald Trump mudou o seu discurso: o líder russo nunca teria invadido a Ucrânia se Trump ainda fosse Presidente.

“Eu conheço muito bem Putin. Ele não o teria feito. Jamais o teria feito!” Porquê? Porque quando Donald Trump era Presidente foi mais duro com Vladimir Putin do que qualquer outro líder norte-americano.

O problema, salientou, “não é que Putin seja inteligente – claramente ele é inteligente -, o problema é que os nossos líderes são burros e, até agora, deixaram-no avançar com essa farsa e ataque à Humanidade”.

https://zap.aeiou.pt/trump-bandeiras-china-cacas-russia-466149


Rússia é agora o país com mais sanções do mundo - Já ultrapassou o Irão !


A Suíça é o país que aplicou um maior número de sanções, seguido da União Europeia e da França. Desde 22 de fevereiro, o número de sanções aplicadas à Rússia duplicou.

Rússia passou a ser o país do mundo com mais sanções aplicadas. Assim, a nação liderada por Vladimir Putin ultrapassou o Irão, a Síria e a Coreia do Norte.

Segundo avança uma plataforma que analisa as sanções aplicadas, os países aliados aplicaram um total de 2.778 novas sanções, o que duplicou o número total de sanções aplicadas à Rússia.

De acordo com a Rádio Renascença, antes da invasão da Ucrânia a 22 de fevereiro, o país era alvo de 2.754 e passou para 5.530.

Com este aumento, a Rússia ultrapassou o Irão, que tem 3.616 sanções, a maioria devido ao programa nuclear e ao apoio ao terrorismo.

A maior parte das sanções aplicadas são contra indivíduos, havendo ainda 343 a entidades, como companhias ou agências governamentais.

A Suíça é o país que aplicou um maior número de sanções (568), seguido da União Europeia (518) e da França (512). Os Estados Unidos impuseram 243.

Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia já era alvo de sanções devido à interferência nas eleições norte-americanas de 2016 e aos ataques contra dissidentes políticos tanto no território russo como no estrangeiro.

Mais de 1,7 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, de acordo com o balanço divulgado esta segunda-feira pelas Nações Unidas.

Mais de mil civis já foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Segundo o relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), que abrange o período das 4h de 24 de fevereiro à meia-noite de 4 de março, das "1.058 vítimas civis na Ucrânia, 351 foram mortas, incluindo 10 crianças".

O Papa Francisco enviou dois cardeais para tentar mediar o conflito. O cardeal Konrad Krajewski, responsável pelas obras de caridade do Papa, chegou segunda feira à fronteira da Polónia com a Ucrânia, e o cardeal Michael Czerny, do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, é aguardado amanhã na Hungria.

Entretanto, Portugal recebeu desde o início da invasão russa da Ucrânia 2.674 pedidos de proteção temporária, segundo uma atualização feita hoje pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

https://zap.aeiou.pt/russia-e-agora-o-pais-com-mais-sancoes-do-mundo-ja-ultrapassou-o-irao-466177


Supremo dos EUA rejeita tentativa republicana de reverter mapas eleitorais mais competitivos !


Em causa está o poder dos órgãos estaduais na criação dos novos mapas eleitorais, cujo desenho pode ser decisivo no resultado das eleições. A decisão é uma vitória para os Democratas, mas pode ser apenas temporária.

O Supremo Tribunal dos EUA rejeitou os pedidos dos Republicanos da Carolina do Norte e da Pensilvânia, que queriam reverter os novos mapas eleitorais que os Supremos Tribunais de ambos os estados impuseram e que acabavam com a prática de gerrymandering, tornando assim as eleições mais competitivas.

Seis dos nove juízes negaram o pedido relativo à Carolina do Norte na segunda-feira. No caso da Pensilvânia, todos os juízes estiveram de acordo e o caso vai agora para um painel de três juízes federais. Caso a decisão deste painel não lhes for favorável, os Republicanos poderão recorrer novamente ao Supremo.

Estas decisões são assim uma vitória política para os Democratas, dado que a prática do gerrymandering, apesar de ser usada por ambos os partidos quando controlam as legislaturas estaduais, é geralmente uma arma dos Republicanos e pode ser decisiva nas intercalares de Novembro.

O gerrymandering é uma prática polémica que é condenada há anos por grupos que defendem o direito ao voto. Consiste no enviesamento dos resultados eleitorais através da concentração ou divisão estratégica de certos grupos demográficos de acordo com as suas preferências partidárias.

Por exemplo, os eleitores negros tendem a votar mais nos Democratas. Posto isto, num estado em que os Republicanos estejam no poder e possam redesenhar os mapas eleitorais, podem optar por estrategicamente diluir o poder de decisão eleitoral dos negros ao concentrá-los todos num distrito ou ao dividi-los por vários distritos.

Em 2019, o Supremo dos EUA decidiu que os tribunais federais não podem policiar o gerrymandering partidário, deixando as decisões nas mãos do poder estadual.

“As provisões nas legislaturas e nas constituições estaduais podem criar os critérios e guias para os tribunais estaduais aplicarem”, lembrou o Supremo, que sugeriu também que “as emendas constituicionais que criam comissões com vários membros serão responsáveis total ou parcialmente pela criação e aprovação de mapas para o Congresso e para distritos para legislaturas estaduais”.

Desta forma, o Supremo da Carolina do Norte não permitiu a implementação de um novo mapa que em teoria daria uma vantagem aos Republicanos em 10 dos 14 distritos, num estado que nos últimos anos se tem tornado “roxo”, ou seja, mais competitivo.

O Supremo estadual decidiu assim substituí-lo por um mapa que equilibrava mais a balança e dava aos Republicanos a vantagem em apenas sete distritos e deixava um lugar bastante competitivo entre os dois partidos.

No caso da Pensilvânia, o Supremo estadual também escolheu um novo mapa congressional depois da legislatura estadual Republicana e do Governador Democrata não terem conseguido chegar a um acordo. O novo mapa dá uma vantagem de 8-6 para os Republicanos e deixa três distritos em aberto.

Ambas as legislaturas estaduais recorreram dos novos mapas e pediram ao Supremo que os bloqueassem, argumentando que a Constituição deixa explicitamente nas mãos do poder estadual a decisão de desenhar os mapas e que o tribunais estaduais tinham abusado do seu poder ao se envolverem no processo eleitoral.

O Supremo dos EUA acabou por negar os pedidos dos Republicanos, mas não explicou as suas razões. O juiz Brett Kavanaugh já tinha adiantado que, dada a proximidade das eleições marcadas para Novembro, é já demasiado tarde para se criar novos mapas e há um caso semelhante ainda pendente relativo ao Wisconsin.

Democratas venceram a batalha, mas não venceram a guerra

Este argumento indica que é provável que esta vitória — que está a ser celebrada pelos activistas pelo direito ao voto — seja apenas temporária e que se aplique só às intercalares deste ano, devendo este tema voltar ao Supremo em breve.

Na antecipação das presidenciais de 2020, quatro dos nove juízes — Clarence Thomas, Samuel Alito, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh — apoiaram alguma versão da doutrina das legislaturas estaduais.

No mesmo texto onde argumentou que as eleições são demasiado próximas para se redesenhar os mapas na Carolina do Norte, Kavanaugh também afirmou que os tribunais federais não devem interferir com a lei das eleições estaduais durante um ano em que há um sufrágio.

Alito não é adepto da versão mais radical da doutrina da legislatura estadual — que removeria completamente os Governadores e os tribunais do processo de preparação de actos eleitorais — mas defende que deve haver “algum limite na autoridade dos tribunais estaduais para contra-mandar as ações das legislaturas estaduais quando estão a criar regras para a conduta de eleições federais”.

Thomas e Gorsuch partilham da opinião de Alito, pelo que já se antecipa uma nova batalha futura sobre o direito ao voto no Supremo dos EUA.

https://zap.aeiou.pt/supremo-eua-reverter-mapas-eleitorais-466218

 

Rússia-Ucrânia: Terceira reunião, a primeira com alguns “desenvolvimentos positivos” !


Pelo menos segundo o lado ucraniano. Representante russo avisa que o “resultado final” também não vai chegar na quarta reunião.

Resolução da política interna, aspectos humanitários internacionais e resolução de questões militares: os três focos da terceira reunião entre responsáveis de Rússia e Ucrânia, desde que começou o conflito em solo ucraniano.

O encontro decorreu nesta segunda-feira, foi o mais curto de todos e trouxe “pequenos desenvolvimentos positivos”, de acordo com Mikhail Podolyak.

“Há pequenos desenvolvimentos positivos na melhoria da logística dos corredores humanitários. Serão feitas mudanças e será dada uma ajuda mais eficaz às pessoas que sofrem com a agressão da Federação Russa”, destacou o assessor do presidente Volodomyr Zelenskyy.

A previsão era de que, nesta terça-feira, fossem criados corredores humanitários para a evacuação de civis em Kiev, Kharkov, Chernigov, Sumy e Mariupol.

Na manhã seguinte, nesta terça-feira, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, informou que autocarros com civis iriam começar a sair de Mariupol-Zaporozhye e de Sumy.

Uma zona residencial em Sumy foi atacada na noite passada e terão morrido 21 pessoas, incluindo duas crianças.

Apesar deste avanço, Podolyak considera que a situação não melhorou muito: “Continuarão as consultas intensivas sobre a cessação das hostilidades. Até este momento, não há resultados que melhorem significativamente a situação”.

Já Vladimir Medinsky, que assegurou que os corredores humanitários não têm funcionado por causa das forças ucranianas, não ficou satisfeito com o desfecho da reunião.

“É muito cedo para falar de algo positivo. Não foi possível assinar nenhum documento. As nossas expectativas das negociações não se concretizaram. O diálogo continuará. Esperamos que da próxima vez possamos fazer avanços maiores”, comentou o elemento da delegação russa.

A próxima reunião acontecerá “num futuro muito próximo”, de acordo com o russo Leonid Slutsky. Mas nem aí haverá acordo, avisou: “Não nos vamos iludir e acreditar que na próxima ronda chegaremos ao resultado final”.

https://zap.aeiou.pt/russia-ucrania-terceira-reuniao-466165

 

“Z” de vitória - A origem do maior símbolo de apoio à guerra na Ucrânia !


Na internet, o “Z” branco que surgiu nos veículos militares russos e é agora uma marca da propaganda do Kremlin, já foi apelidado de “suástica de Putin”.

“Z” é o maior símbolo de apoio à invasão da Ucrânia e nem existe no alfabeto cirílico russo. O regime de Putin diz que vem de “za pobedu” — em português, “pela vitória”. Mas há outras teorias, segundo o Observador.

Cinco dias antes de as forças de Moscovo invadirem a Ucrânia e abriram guerra no país, os tanques e carrinhas militares russos colocados na fronteira entre os dois países exibiam uma letra, que nem sequer existe no alfabeto cirílico da Rússia.

Era um “Z” branco, com hastes largas e sem serifas — um símbolo que conquistaria a atenção dos analistas bélicos e tornar-se-ia num símbolo de apoio à investida russa.

De acordo com as Forças Armadas ucranianas, o “Z” tem um significado militar: é uma das cinco letras identificadas até agora no material bélico russo.

Sozinha, a letra “Z” rotula as forças vindas do distrito oriental da Federação Russa, mas se estiver emoldurada num quadrado branco identifica os militares da Rússia colocados na Crimeia, a região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

Existe também o “O” para as forças da Bielorrússia, o “V” utilizado pelos fuzileiros navais, o “X” para as forças vindas da Chechénia (a república na região do Cáucaso que tem sido palco de conflitos com Moscovo na luta pela independência) e o “A” exibido pelas forças especiais.

Utilizando estes símbolos, os militares garantem que não atacam os próprios companheiros — é fogo amigo.

Mas o “Z” e o “V” têm sido amplamente replicados por atletas olímpicos, instituições e artistas também como forma de apoio a Putin.

Numa fase inicial, julgava-se que o “Z” tinha sido adotado pelos militares russos como símbolo do apoio da Rússia à independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk, expressa a 22 de fevereiro de 2022 — apesar de, no alfabeto cirílico, o símbolo “Z” ser mais semelhante a um “3”.

Mas a letra já tinha sido detetada em tanques militares muito antes dessa data, quando as tropas de Putin se posicionaram na fronteira com a Ucrânia.

A resposta pode estar em duas publicações que o Ministério da Defesa russo, liderado por general Sergey Shoygu, colocou nas redes sociais e que atribui às duas letras outro simbolismo.

O “Z” vinha de “za pobedu”, que em português significa “pela vitória”, e o “V” surgiria de “sila v pravde” ou, em português, “o poder está na verdade”, como sugere a página governamental de Instagram.

O assunto não ficou fechado com as explicações vindas diretamente do governo de Putin, e há quem procure mais respostas nas entrelinhas.

Uma das teorias é que as duas letras foram escolhidas para recordar a Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, a tenacidade da Rússia na investida contra a Ucrânia. Há também quem teorize que o “Z” é uma mensagem de guerra ao Ocidente, palavra que em russo é “zapad”; e que o “V” é um sinal de apoio a Vladimir Putin.

As duas letras, mas sobretudo o “Z”, ganharam tanta importância que se tornaram verdadeiros símbolos da identidade nacional russa.

E o caso do ginasta russo Ivan Kuliak, que tinha um “Z” improvisado com o que parecia ser fita-cola no uniforme quando subiu ao pódio numa prova do campeonato mundial de ginástica artística no Qatar, não é o único.

Segundo o Expresso, a Federação Internacional de Ginástica anunciou que vai instaurar um processo disciplinar a Ivan Kuliak, que competia na Taça do Mundo em Doha.

Um pouco por toda a Rússia, mas também fora dela, circulam carros com o “Z” desenhados nas janelas e nas portas, explica Kamil Galeev, investigador com a bolsa Galina Starovoitova (dissidente russa que batalhou por reformas democráticas no país) pelos Direitos Humanos no Centro Wilson nos Estados Unidos e especialista em História Moderna, no Twitter.

Segundo ele, a expansão da letra como símbolo da ideologia de Putin está a ser tanta que há quem a compare a adoção da suástica pelos apoiantes do regime nazi.

Uma das imagens mais impressionantes partilhadas por Kamil Galeev é a de um “Z” composto por militares russos, com recurso aos distintivos de soldados ucranianos mortos em combate.

Outra é uma fotografia aérea de crianças com doenças terminais dispostas em “Z” numa rua coberta de neve, à porta do hospital onde estão internadas.

“Nas nossas mãos esquerdas, seguramos folhetos com as bandeiras da República Popular de Luhansk e Donetsk, Rússia e Tartaristão e fechamos a mão direita em punho”, explicou o presidente da instituição Vladimir Vavilov, citado pela Sky News.

https://zap.aeiou.pt/z-de-vitoria-a-origem-do-maior-simbolo-de-apoio-a-guerra-na-ucrania-466139


“Não tenho medo de ninguém”: Zelenskyy divulga vídeo em que revela a sua localização !


Num ato desafiador e garantindo não ter medo de ninguém, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy revelou a sua localização, num vídeo publicado esta segunda-feira.

O Presidente da Ucrânia estará numa das ruas mais centrais da capital, a rua Bankova, onde se localiza o escritório oficial do chefe de Estado.

“Fico em Kiev. Não tenho medo de ninguém. [Fico] até ganharmos esta guerra”, diz Volodymyr Zelenskyy, no vídeo publicado esta segunda-feira à noite no Telegram, citado pelo Observador.

Em relação à terceira ronda de negociações na Bielorrússia, o Presidente garante que a Ucrânia !vai insistir” na diplomacia e assegura aos cidadãos que irá ser encontrada uma “maneira” justa para “alcançar a paz”.

“Gostaríamos de dizer ‘terceira e última’, mas somos realistas”, afirma.

Realçando que os russos não esperavam uma “reação tão forte” por parte da Ucrânia, Zelenskyy ressalvou que os seus cidadãos “não têm medo de tanques, de armas”.

“O ódio que o inimigo trouxe com ele para as nossas cidades não vai ficar aqui. Não haverá sinal dele. O ódio não somos nós. Por isso, não haverá nada que reste para o inimigo. Vamos reconstruir tudo”, garante o Presidente.

Além de ter confirmado um ataque a uma “antiga fábrica de pão”, em Makarov, o líder ucraniano deu conta da destruição de uma igreja, em Zhytomyr, construída em 1862.

“Não são pessoas”, atira. “Vamos fazer as nossas cidades que o ocupante destruiu melhores do que qualquer cidade na Rússia”, conclui, garantindo que, quando a invasão russa terminar, o país “vai reconstruir tudo”.

A declaração de Zelenskyy surge após o líder ucraniano ter evitado três tentativas de assassinato do Kremlin desde o início da invasão russa.

https://zap.aeiou.pt/zelenskyy-video-revela-localizacao-466131

Rublo perde 86% do seu valor desde início da invasão !


Bolsa russa continuará encerrada, pelo menos, até amanhã.

O rublo perdeu 86,1% do seu valor desde que no passado dia 24 de fevereiro a Rússia invadiu a Ucrânia e depois de países ocidentais terem impostos sanções financeiras a Moscovo. A moeda russa alcançou um novo mínimo histórico, ao depreciar-se para 152 rublos por um dólar. A 23 de fevereiro, na véspera da invasão, um dólar valia 82 rublos.

Esta segunda-feira, a moeda russa alcançou um novo mínimo histórico, ao depreciar-se para 152 rublos por um dólar e 164 rublos por um euro.

A nova desvalorização da moeda russa ocorre após os Estados Unidos terem anunciado que estão em curso conversações com a União Europeia para proibir a importação de petróleo da Rússia, como represália pela guerra na Ucrânia.

A agência de notação Moody’s também baixou a nota de solvência da dívida soberana russa, que já estava em ‘lixo’, de ‘B3’ para ‘Ca’ pela expectativa de que os controlos de capital do banco central russo limitem os pagamentos transfronteiriços, incluindo o serviço de dívida das obrigações do Governo.

https://zap.aeiou.pt/rublo-perde-86-do-seu-valor-desde-inicio-da-invasao-466127

 

Museu no Peru usa “huacos eróticos” para ensinar homens a despistar o cancro !

A iniciativa foi feita em parceria com a Liga Contra o Cancro peruana, depois desta ter notado que 45% dos diagnósticos oncológicos em homens em 2021 já foram tardios.

O Museu Larco, em Lima, tem uma das melhores coleções de esculturas da cultura Moche em todo o mundo, sendo que muitas delas são explícitas. Em vez de as esconder, o museu decidiu apostar numa função didática e usá-las para incentivar os homens a fazerem testes de despiste ao cancro da próstata e dos testículos.

De acordo com a Reuters, a exposição chama-se “Toque os Genitais da Mochica” e abriu a 25 de Fevereiro de 2022, e incentivou os homens a tocarem nas esculturas, que têm mais de 1000 anos.

As esculturas de argila mostram vários atos sexuais e deixaram alguns visitantes constrangidos, mas isso não deteve a direção do museu. “O objetivo é aproximar-mos o conhecimento dos nossos antepassados sobre o corpo humano, exprimido através destas esculturas de cerâmica a que chamamos ‘Huacos Eróticos‘”, revelou Ulla Holmquist, diretora do museu e antiga Ministra da Cultura do Peru.

A pandemia também teve dedo nesta iniciativa, já que o foco dos serviços de saúde no combate ao coronavírus levou a que os diagnósticos de cancro fossem adiados. As autoridades de saúde ficaram preocupadas quando os diagnósticos de cancro nos homens subiu da média de 8700 para mais de 10 000 em 2021.

O Museu Larco aliou-se ainda à Liga Contra o Cancro, uma empresa privada que avança que 45% destas diagnósticos já foram feitos demasiado tarde para serem curados, escreve o All That’s Interesting.

O diagnóstico atempado do cancro é assim essencial, mas é ainda raro nas doenças que afectam os homens, dado que muitos não sabem como o fazer. Os visitantes masculinos do museu foram assim incentivados a apalpar as estátuas em busca de nódulos ou partes mais ásperas.

A Liga Contra o Cancro aconselha ainda os homens a adoptarem esta práctica no seu dia a dia, devendo usar luvas e lubrificarem um dedo, que devem inserir no reto.

A cultura Moche viveu no norte do Peru desde 150 D.C. até ao fim do século VIII e a sua arte continua a ser fascinante. As esculturas e pinturas da civilização representavam atividades desde a pesca, a caça, os sacrifícios humanos e, no caso dos ‘huacos’, o foco era a sexualidade.

Tantos séculos depois, para além de serem ainda uma forma de sabermos mais sobre esta antiga civilização, estas esculturas são agora úteis na luta contra o cancro.

https://zap.aeiou.pt/museu-peru-huacos-eroticos-cancro-466109


Mila Kunis e Ashton Kutcher angariam mais de 15 milhões de dólares para a Ucrânia em dois dias !

A atriz nasceu na Ucrânia e apelou ao apoio ao país natal. O casal vai pessoalmente doar três milhões de dólares.

Os atores Mila Kunis e Ashton Kutcher já angariaram mais de 15 milhões de euros para a Ucrânia na plataforma de crowdfunding GoFundMe, mais de metade do objetivo estipulado. O casal vai pessoalmente contribuir com três milhões de dólares, cerca de 2,8 milhões de euros.

“As últimas 48 horas foram incríveis”, escreveu Mila Kunis, que tem ascendência ucraniana, numa atualização ​publicada na página de angariação de fundos GoFundMe​, citada pelo Público.

Os fundos recolhidos será dados à Flexport.org e à Airbnb.org, “duas organizações que estão activamente no terreno a prestar ajuda imediata àqueles que mais precisam”, explicam os atores.

O casal nota que a primeira “está a organizar envios de ajuda humanitária para centros de refugiados na Polónia, Roménia, Hungria, Eslováquia e Moldávia”, e a segunda trata de soluções de “alojamento gratuito de curto prazo para os refugiados que fogem da Ucrânia”.

A atriz também lembra as suas raízes ucranianas no vídeo da petição. “Hoje, sou uma ucraniana orgulhosa. A minha família veio para os Estados Unidos em 1991, mas nasci em Tchernivtsi​, Ucrânia, em 1983. Os ucranianos são pessoas orgulhosas e corajosas que merecem a nossa ajuda neste tempo de necessidade. Este ataque injusto à Ucrânia e à humanidade em geral é devastador e o povo ucraniano precisa do nosso apoio”, apela Mila Kunis.

O marido da atriz e também ator falou em seguida. “Enquanto vemos a coragem das pessoas do país onde ela nasceu, também somos testemunhas das necessidades daqueles que escolheram a segurança. Estamos a angariar fundos para um esforço de alívio que terá um impacto imediato no fornecimento de ajuda humanitária muito precisa para a área”, rematou Ashton Kutcher.

Já mais de 41 mil pessoas doaram para o fundo e outras estrelas de Hollywood, como a atriz Reese Witherspoon, incluem-se na lista

O conflito na Ucrânia começou a 24 de Fevereiro, com uma ofensiva militar da Rússia no país. Kiev afirma que já mais de 2000 civis morreram e a ONU aponta para que mais de 1,5 milhões de ucranianos tenham fugido para países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/mila-kunis-ashton-kutcher-15-milhoes-466091

 

Combustíveis: Filas de km por causa de um desconto que dura uma hora !


Instalada “loucura” numa cidade holandesa. Durante uma hora os valores de gasóleo e gasolina foram iguais a 2002.

As filas nas bombas de combustíveis começaram na sexta-feira passada, dia em que foi noticiado que os preços dos combustíveis iriam registar uma subida inédita: no mínimo 14 cêntimos por litro no gasóleo e 8 cêntimos por litro na gasolina. Isto, em Portugal.

Esta segunda-feira, no dia em que de facto os preços aumentaram muito nas estações de serviço portuguesas, ficou marcada por filas de quilómetros numa bomba de gasolina nos Países Baixos.

Mas, neste caso, não foi um anúncio de subida de preços que originou as filas. Foi um anúncio de descida de preços que originou as filas.

A empresa TinQ assinalou 20 anos de existência, nesta segunda-feira. E, para comemorar esse aniversário, decidiu que o gasóleo e a gasolina iriam custar o que custavam…há 20 anos.

Em termos concretos, em 2002, o litro da gasolina custava 1,17 euros e o litro do gasóleo ficava-se pelos 86 cêntimos por litro, de acordo com o jornal Algemeen Dagblad.

Menos de metade do que se paga em Portugal, em 2022, no caso do gasóleo.

Esse regresso aos preços de outros tempos só durou uma hora. O desconto só foi realizado entre as 13 e as 14 horas deste dia diferente.

Como se esperava, foi uma “loucura” na cidade Ospel. Uma fila de quilómetros (que se iniciou muito antes das 13 horas) causada por um pequeno desconto, que colocou os Países Baixos numa “turbulência”, escreve o jornal Het Nieuwsblad.

E os descontos não terminaram: a semana de aniversário prolonga-se até à próxima sexta-feira e, por isso, todos os dias haverá quatro postos com descontos consideráveis.

Mas não se sabe onde, até à véspera. Só às 19 horas do dia anterior serão anunciados os locais onde a “loucura” voltará.

A curiosidade é que a TinQ completou 20 anos…em 2021. Mais concretamente em Dezembro do ano passado. Mas as restrições associadas ao coronavírus adiaram a “festa”.

https://zap.aeiou.pt/combustiveis-filas-desconto-466116


Afogada em sanções, a Rússia tem na China um amigo “firme como uma rocha” — Mas a sua ajuda pode não chegar !


A China tem agora de ponderar se vale a pena arriscar ser igualmente ostracizada pelo Ocidente caso assuma uma aliança mais forte com Moscovo.

Ao contrário das grandes potências do Ocidente — que têm imposto pesadas sanções à Rússia no seguimento da invasão à Ucrânia — a China tem adoptado uma postura mais neutral que pode vir a ser a chave para a salvação da economia russa face ao bloqueio internacional que tem sofrido.

Por um lado, Pequim defendeu que a soberania de todos os países deve ser respeitada, mas afastou a imposição de sanções contra a Rússia e também teceu críticas à expansão da esfera de influência da NATO e da União Europeia para o leste da Europa, onde estão vários ex-membros da União Soviética.

Dado o seu isolamento económico, Moscovo pode mesmo ficar sem outras alternativas que não sejam Pequim, como nota o Público, face ao bloqueio do acesso de vários bancos russos ao sistema SWIFT, ao corte total das relações comerciais, e às alternativas que a UE já está a planear para reduzir a dependência energética da Rússia — que levaram ao crash do rublo e têm posto a economia russa em xeque.

O Kremlin tem respondido que há mais países para além dos Estados Unidos e dos estados europeus com os quais a Rússia pode fazer trocas comerciais, mas a verdade é que o único aliado que têm uma dimensão suficiente para ter um verdadeiro impacto na economia de Moscovo é a China.

E parece que Pequim não vai abandonar a Rússia. Esta segunda-feira, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, afirmou que a Rússia é o “parceiro estratégico mais importante” do país e que os dois estados têm uma das relações bilaterais “mais cruciais do mundo”.

“Não importa quão perigoso é o cenário internacional, vamos manter o nosso foco estratégico e promover o desenvolvimento de uma parceria abrangente China – Rússia na nova era. A amizade entre os dois povos é firme como uma rocha“, sublinhou Yi, que se ofereceu para mediar o conflito com a Ucrânia.

Já vários sinais apontavam para uma maior proximidade entre os dois países. Vladimir Putin fez questão de visitar a China durante os Jogos Olímpicos de Inverno, tendo a visita também dado frutos em forma de 15 acordos de cooperação económica e financeira assinados entre Pequim e Moscovo.

Dada a dependência da economia russa na exportação de energia, os novos contratos de fornecimento da Gazprom e da Rosneft à China foram particularmente importantes. As restrições de vendas de cereais russos a Pequim também acabaram.

Os laços entre Putin e Xi Jinping são tão estreitos que, alegadamente, o líder chinês terá pedido ao homólogo russo que não avançasse com uma invasão à Ucrânia antes do fim do evento desportivo. A informação foi avançada pela inteligência norte-americana, como nota o The New York Times, nas não foi confirmada oficialmente.

A Rússia tem também dado a mão à China durante a recente escalada de tensão com Taiwan, reconhecendo que a ilha é uma “parte inalienável” do território chinês, numa altura em que há receios de que estale uma guerra devido ao grande número de voos que Pequim tem feito no espaço aéreo de Taiwan.

Rússia em apuros com as vendas de energia

Apesar dos sinais de proximidade, o comércio com a China dificilmente será suficiente para colmatar os boicotes ocidentais à Rússia, especialmente se a Europa puxar a ficha às compras de gás natural a Moscovo, como está a planear.

De acordo com os dados da Gazprom, a maior empresa energética russa e maior exportadora de gás natural no mundo, 78% das suas vendas tiveram como destino a Europa Ocidental e a Turquia em 2020 e 22% foram para países da Europa Central. Os maiores compradores foram a Alemanha, a Itália, a Áustria, a Turquia e a França.

Em Janeiro, a empresa anunciou que vai construir um novo gasoduto através da Sibéria — Power Siberia 2 — que servirá para reforçar o comércio com a China e permitirá que a Rússia envie 50 milhares de milhões de metros cúbicos de de gás natural por ano.

No entanto o projecto só deve estar pronto em 2025 e não será suficiente para substituir a importância da Europa para a economia russa, especialmente depois da Alemanha ter suspendido o acordo que tinha com Moscovo para o Nord Stream 2, que duplicaria a venda de gás natural russo para a União Europeia.

Yang Jiang, investigadora do Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais, nota que “em comparação, a Rússia exporta entre 150 e 190 milhares de milhões de metros cúbicos de gás natural para a Europa todos os anos”. Assim, caso a Europa deixe de comprar gás russo, Moscovo teria de encontrar mais parceiros para além da China para prevenir o rombo na sua economia.

Para além disto, Pequim também não está muito interessada em ficar dependente da compra de energia a longo prazo e tem apostado na produção interna — com um foco especial na energia nuclear como uma alternativa menos poluente.

No âmbito da cimeira climática Cop26, a China revelou que nos próximos 15 anos quer criar mais 150 reactores, mais do que o resto do mundo construiu nos últimos 35 anos, como escreveu a Bloomberg.

O investimento deve custar à volta de 440 mil milhões de dólares — 405 mil milhões de euros — e caso se concretize, levará a que a China se torne o maior produtor de energia nuclear, ultrapassando os Estados Unidos.
Apoio financeiro chinês à vista?

Para além do comércio de energia, o sector financeiro está agora também a dar dores de cabeça a Vladimir Putin. De momento, a Rússia tem dificuldades em encontrar divisas estrangeiras suficientes para fazer importações e defender o valor do rublo e os bancos foram bloqueados do sistema SWIFT, o que dificulta os pagamentos.

A China pode mostrar-se útil neste contexto, ao permitir que o comércio com a Rússia passe a ser feito totalmente com o yuan. Assim, Moscovo passaria a ter na divisa chinesa o principal activo nas suas reservas.

Actualmente, 32,3% dos activos do banco central russo estão em euros, o dólar representa 16,4% e o yuan fica-se pelos 13,1%. No entanto, o yuan não é uma divisa totalmente convertível nos mercados internacionais e representa apenas 3% dos pagamentos feitos globalmente, não sendo uma alternativa à altura para a Rússia.

O bloqueio dos bancos russos ao SWIFT pode ser colmatado com a adesão ao CIPS, um sistema semelhante que a China criou, mas novamente, a sua escala é bastante menor — o CIPS tem apenas 75 participantes directos contra 11 mil do SWIFT.
China pesa as opções na balança

Já falamos do que a Rússia pode ter a ganhar com o estreitamento das relações com a China, mas será que o mesmo pode ser dito de Pequim? Uma aliança forte entre os dois países pode não ser do interesse da China, que se arrisca a ser sancionada pelo Ocidente e sofrer danos colaterais do conflito da Ucrânia.

Pequim pode beneficiar das trocas comerciais de energia caso a Rússia faça descontos, especialmente com o disparo nos preços do petróleo que se tem vivido nos últimos tempos.

Os problemas surgem se a proximidade a Moscovo começar a afectar negativamente as relações chinesas com a Europa e o EUA. No ano passado, o comércio da sino-russo chegou aos 146.9 mil milhões de dólares — mas esse valor é menos de um décimo do total de 1.6 mil milhões alcançados com o comércio entre a China e os EUA e a União Europeia.

Assim, a China terá assim de avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios da sua decisão, podendo ser esta a razão por detrás da sua postura mais ambígua no início do conflito na Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/russia-china-amigo-firme-rocha-466043


Cientistas russos temem pela vida de colegas !


Academia de Ciências da Rússia lembra os “muitos anos” de confrontos na Ucrânia e pede uma resolução imediata do conflito.

Muitos russos têm-se manifestado contra a invasão à Ucrânia, logo desde o primeiro dia do conflito. Agora também a comunidade científica pede o final imediato da guerra.

A Academia de Ciências da Rússia lançou o apelo, num comunicado oficial, afirmando que o cessar-fogo é “extremamente importante” e que todas as partes devem chegar a uma solução pacífica, através de negociações.

A entidade indica que este conflito militar “agudo” é a consequência de “muitos anos” de confrontos na Ucrânia, que originaram a morte de muitos civis.

Os membros da Academia estão “seriamente preocupados” com a saúde e mesmo com a vida das pessoas, incluindo os colegas cientistas que estão na zona de guerra, quer na região de Donbass, quer na Ucrânia no geral.  

Por isso, pede-se uma “resolução imediata” da questão humanitária: garantir a segurança e condições de vida para os civis, além de assegurar a segurança das instituições científicas, educativas e culturais, e dos monumentos do património histórico.

E outro ponto é destacado: evitar a destruição de centrais nucleares, de objectos da indústria química e de outras instalações de infra-estrutura crítica.

A Academia de Ciências da Rússia pede também a todos os cientistas e a todas as associações e academias para que se abstenham de posições e de acções políticas, nesta altura.

São também condenadas eventuais “tentativas de pressão política” sobre investigadores, professores e estudantes com base na sua nacionalidade ou na sua cidadania.

“Consideramos necessário intensificar a diplomacia científica e fortalecer o movimento de cientistas pela paz, pela segurança internacional, pela resolução de conflitos, pela redução da tensão militar e pela prevenção da ameaça de guerra nuclear”, finaliza o comunicado.

https://zap.aeiou.pt/cientistas-russos-temem-pela-vida-de-colegas-466100


segunda-feira, 7 de março de 2022

Putin pondera mobilização em massa para impulsionar seus objetivos na Ucrânia !


Os possíveis mediadores de paz da Ucrânia nas últimas 48 horas, incluindo o primeiro-ministro Naftali Bennett, ficaram impressionados com a determinação do presidente Vladimir Putin de continuar com a guerra na Ucrânia até que seu objetivo seja alcançado. Ele foi relatado preparando as bases para a mobilização em massa e o recrutamento – até mesmo a lei marcial, se necessário – para reforçar seu esforço militar, que ainda está aquém de seus objetivos após 12 dias de violentos combates. Os preços crescentes do petróleo – agora chegando a US$ 139 o barril – estão gerando lucros para financiar seu esforço de guerra. No campo de batalha, enquanto bombardeava cidades ucranianas, o exército russo desacelerou seu avanço para se reagrupar e receber mais mão de obra, combustível, munição e outros suprimentos. Eles estão se preparando para a próxima rodada de ataques violentos para tomar Kiev, Kharkiv e Mikolayiv. O Comando Geral da Ucrânia relata uma grande força russa se concentrando a oeste de Khrakiv – aparentemente pronta para uma ampla viagem ao sudoeste em direção ao rio Dnieper. De acordo com relatos anteriores, Moscou recrutou e mobilizou combatentes sírios com experiência em combate urbano para ajudar a tomar a força Kiev e esmagar a resistência. No domingo, ataques com mísseis russos destruíram o porto internacional de Vinnytsia, perto de Uman, um potencial ponto de entrada para ajuda militar à Ucrânia. Putin, por enquanto, parece ter a intenção de vencer a guerra que lançou contra a Ucrânia e não está demonstrando qualquer disposição de diminuir as hostilidades ou considerar termos que seriam aceitáveis ​​para o Ocidente ou a Ucrânia. Ainda assim, uma delegação russa partiu para a Bielorrússia nesta segunda-feira, 7 de março, para uma terceira rodada de negociações com uma delegação ucraniana. O governo Biden já está considerando seriamente atacar a Rússia com um embargo total de petróleo para privar o esforço de guerra de Putin e isolá-lo ainda mais. O Brent novamente atingiu o pico de US$ 139 o barril - um salto de quase US$ 40 desde a invasão de 24 de fevereiro e o maior desde 2008. Mas os primeiros suprimentos devem ser garantidos para o mercado mundial, disse o secretário de Estado Antony Blinken a um entrevistador da CNN. Para este fim, o presidente Joe Biden está buscando acordos com inimigos ricos em petróleo de Washington como o venezuelano Nicalos Maduras – ou mesmo o príncipe herdeiro saudita Muhammed bin Sultan, que tem sido sistematicamente evitado pelo governo Biden após ser acusado da captura e assassinato de Jamal Khashoggi.

https://www.debka.com

A verdade sobre carros elétricos e baterias de lítio !


Um navio de carga chamado Felicity Ace, transportando 4.000 carros de luxo coletivamente avaliados em cerca de US$ 438 milhões, pegou fogo no mês passado. Felizmente, os membros da tripulação não foram feridos e conseguiram abandonar rapidamente o navio. O fogo, no entanto, durou uma semana. Isso ocorreu porque as baterias de íons de lítio dentro dos veículos elétricos (EVs) na remessa mantiveram o fogo vivo. O fogo só se extinguiu quando o suprimento de material combustível a bordo se esgotou.

Algo semelhante aconteceu em julho do ano passado. Em Victoria, na Austrália, uma instalação 'Megapack' de 13 toneladas da Tesla – que usa uma vasta gama de baterias de íons de lítio para armazenar energia gerada por fontes renováveis ​​intermitentes – pegou fogo. Este fogo acabou se extinguindo depois de três dias. Naquela época, criou vários riscos ecológicos, incluindo fumaça tóxica, que engoliu os moradores locais. Mas os bombeiros podiam fazer pouco mais do que monitorar os danos ambientais – eles tiveram que esperar que o fogo se apagasse.

“O perigo mais significativo de uma bateria de íon-lítio é que [os incêndios] são quase impossíveis de apagar uma vez que são acesos”, observa o engenheiro Robin Mitchell . 'Não importa quantos sistemas de segurança sejam implementados', diz ele, 'um incêndio iniciado por uma bateria de íons de lítio é muito desafiador para gerenciar'. Tal tecnologia, conclui Mitchell, 'pode ser adequada apenas para sistemas de pequena escala, como smartphones e EVs'. Mesmo assim, os riscos de incêndio apresentados pelas baterias EV não são insignificantes.

A maioria de nós carrega uma bateria de íons de lítio em nosso smartphone sem pensar nisso, e elas são relativamente seguras. O perigo de usar baterias de íons de lítio maiores em configurações maiores foi reconhecido pelas autoridades desde sua introdução comercial em 1991 . Por exemplo, as companhias aéreas dos EUA não permitem laptops com baterias integradas maiores que 100 watts/hora a bordo. A probabilidade de a bateria pegar fogo é relativamente baixa. Mas em caso de incêndio, para extingui-lo, não se pode usar água. Os riscos de incêndio são ainda maiores para um EV, que é um pouco como um sanduíche bem embalado de centenas de baterias de laptop.

Então, o que nossos ativistas ambientais estão fazendo para chamar nossa atenção para esse grande novo perigo? Você deve ter notado uma curiosa ausência de petições, hashtags ou relatórios alarmantes do Change.org de empresas como a BBC News.

Isso é ainda mais surpreendente quando você considera os danos ecológicos e a exploração que envolve a produção das baterias. A extração de lítio é suja e usa enormes quantidades de água subterrânea. No Chile, as atividades de mineração na região do Salar de Atacama consomem 65% da água da área. Produtos químicos tóxicos do processo de mineração são conhecidos por vazar no abastecimento de água. Pesquisadores em Nevada descobriram que peixes até 150 milhas a jusante estavam sendo afetados por operações de mineração.

As baterias de íon de lítio também precisam de muito cobalto – normalmente cerca de 14 kg por bateria de carro. Extrair isso é sujo e perigoso. Na República Democrática do Congo, o maior fornecedor do mundo, crianças de até sete anos lavam e classificam minérios como “mineiros artesanais”, de acordo com um relatório da Anistia de 2016 .

Esta, então, é uma história ambiental que não conseguiu fazer as espécies usuais saltarem de pesquisador acadêmico para ativista de mídia de ONGs para produtor de notícias de TV. Isso é estranho, dado que o princípio da precaução tem sido um elemento básico da campanha ambientalista há cinco décadas. Por exemplo, a exploração de gás de xisto não pode prosseguir, argumentam os ativistas verdes, porque o fracking corre o risco de causar 'terremotos', embora estes tendam a ser em grande parte imperceptíveis . No entanto, quando se trata de EVs e baterias de íons de lítio, o princípio da precaução parece ter sido deixado de lado por um tempo.

Os perigos das baterias de íons de lítio são evidentes no número de recalls de produtos de alto perfil. A Dell fez o recall de quatro milhões de baterias em 2006. A HP fez o recall de mais de 100.000 laptops em 2019 devido aos riscos de incêndio da bateria. Depois de causar incêndios em voos, o smartphone Note 7 da Samsung foi recolhido – duas vezes – e depois deixado de lado completamente.

Os custos e riscos só aumentam com produtos maiores. Estima-se que os incêndios originados na bateria dos veículos Chevrolet Bolt tenham custado à General Motors cerca de US$ 2 bilhões. A Audi teve que fazer o recall de seu SUV E-Tron pelo mesmo motivo. Os Teslas estacionados continuam explodindo em chamas – e a empresa foi castigada por não fazer o recall dos veículos.

Em vez de expor esse grande perigo ambiental, a BBC pode ser encontrada promovendo as baterias . 'Não há dúvida de que as baterias são fundamentais para um futuro de baixo carbono', explicou um filme recente de sua série 'Ideias'. "As baterias de íon de lítio podem armazenar energia limpa para quando o sol não está brilhando e o vento não está soprando, enviando-a em dias cinzentos com a força e confiabilidade que rivaliza com os combustíveis fósseis." Viva!

Ainda mais curioso é que o sacerdócio verde abençoou os EVs movidos a lítio como um sucessor 'ecologicamente correto' dos veículos movidos pelo motor de combustão interna (ICE). O argumento é que, como os VEs não usam um ICE, que é alimentado por um derivado de petróleo (gasolina ou diesel), conduzi-los resulta em menores emissões de CO2.

No entanto, na semana passada, o YouTuber de carros mais popular da Grã-Bretanha, Tim Burton (mais conhecido como Shmee), anunciouque ele estava substituindo seu Porsche elétrico por um Ferrari V12 movido a gasolina – porque é mais verde e mais limpo. Sua razão pode surpreender muitos que acreditam que os EVs são veículos de emissão 'baixa' ou 'zero' de CO2.

Burton citou um estudo que a Volvo divulgou durante a cúpula climática COP26. Este estudo, liderado por Andrea Egeskog do Centro de Sustentabilidade da Volvo, recebeu muito pouca atenção na época. A Volvo é incomum em poder fazer comparações diretas entre duas versões do mesmo modelo de carro, o SUV XC40. Um é elétrico, o outro tem um ICE. A Volvo calculou as emissões de CO2 durante todo o ciclo de vida dos dois produtos: desde a mineração de minerais, como lítio e cobalto, até o fim de suas vidas, incluindo o descarte.

Fora do portão da fábrica, o carro elétrico começa sua vida do lado errado das pistas – tendo gerado muito mais CO2 do que a versão que consome gasolina. Isso se deve ao lítio e a outros minerais de terras raras necessários para fabricar o EV 'economizador do planeta'. As emissões dos materiais e da produção da versão ICE do Volvo XC40 são cerca de 40% mais baixas do que para o EV.

Claro, o modelo ICE continua a consumir combustíveis fósseis enquanto estiver em uso. Mas para a versão elétrica 'empatar', por assim dizer, tem que fazer muitos quilômetros no relógio. Sua ecologia também depende enormemente de como a eletricidade usada para carregar as baterias é gerada. A Volvo informa que, com base em um mix de energia global típico, se você dirigir menos de 93.000 milhas, causará maiores emissões ao escolher um veículo elétrico em vez da versão a gasolina. Na UE, que usa uma proporção maior de energias renováveis, o ponto de equilíbrio ainda é de 52.000 milhas. Daí a decisão de Burton de devolver seu EV. Um carro Ferrari ou Porsche de alto desempenho nunca atingirá essa quilometragem. Nem um carro normal como o meu. Se eu substituir meu carro de 19 anos amanhã, e optar pela 'opção verde' em vez da opção a gasolina, ficarei mais pobre, porque o equivalente EV é muito mais caro, e só finalmente começará a obter economias de emissões de CO2 em relação ao rival a gasolina em algum momento no final da década de 2040. Mas nunca chegará a esse ponto, pois a bateria estará esgotada muito antes disso.

Apesar de tudo isso, os principais fabricantes de automóveis investiram bilhões no desenvolvimento de EVs. Os VEs também têm sido fortemente subsidiados pelos governos como meio de atingir suas metas climáticas. 'E se esses bilhões de dólares tivessem sido investidos no motor de combustão interna, quanto melhor eles teriam sido?', reflete Burton.

Muitos dos EVs vendidos hoje são 'runabouts urbanos' - ou seja, veículos que nunca atingirão o ponto de equilíbrio de CO2 e, portanto, emitirão mais CO2 do que um equivalente a gasolina. Como o valor prático de um EV hoje na redução das emissões de CO2 é zero, seu valor é meramente sinalizar superioridade moral, mostrando aos outros que você se importa e eles não. É um estado bom. Faz o dono se sentir melhor.

A curiosa moral da história é que, mesmo para seus próprios padrões, os ambientalistas não são muito bons em praticar o que pregam. Se, como os ativistas das mudanças climáticas insistem, nossos carros estão 'matando o planeta', então são os virtuosos entre nós que estão matando o planeta mais rapidamente. Que tal hipocrisia das elites verdes não tenha sido contestada por tanto tempo é notável. Certamente não pode durar.

Spiked

Ataques em Moçambique: 15 mortos em três dias - Receio de fome em comunidades !

Ataques armados invadiram três aldeias perto de Cabo Delgado. População local tem medo e deixou a agricultura.


Os ataques rebeldes e ocupações militares continuam em Moçambique, mais concretamente a norte, na zona de Cabo Delgado. Fonte local indicou à agência Lusa que, só entre esta sexta-feira e este domingo, morreram 15 pessoas.

Três aldeias foram atacadas: Mbuidi (sexta-feira), Malamba (sábado) e Nangõmba (domingo). Todas pertencem ao distrito de Nangade, em Cabo Delgado, norte do país africano.

A agricultura é o principal meio de subsistência naquela região mas, devido ao receio de novos ataques, a população local deixou de aparecer no campo para trabalhar. E algumas comunidades podem passar por períodos de fome ao longo deste ano.

As matas estão a começar a ficar cheias de corpos abatidos, alguns decapitados. Os cadáveres não são enterrados, começam a decompor-se e o cheiro começa a ficar insuportável.

“Ninguém se atreve a sair sozinho, sem escolta, para Mueda (outro distrito) porque os grupos armados atacam aldeias vizinhas e nalguns casos ao longo da estrada principal”, indicou outra fonte local.

Já no final de Fevereiro, cinco aldeias foram atacadas e 18 pessoas foram portas.

Os criminosos serão elementos de grupos insurgentes que atacam em Cabo Delgado desde 2017. Alguns ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

https://zap.aeiou.pt/ataques-mocambique-fome-465979

 

Oligarcas russos estão a fugir às sanções graças às criptomoedas !


Os oligarcas russos estão a recorrer às criptomoedas para fugir às sanções aplicadas pelo Ocidente e às restrições impostas por Putin à saída de rublos.

As sanções económicas aplicadas pelo Ocidente à Rússia estão a resvalar nos oligarcas russos. O bloqueio do sistema SWIFT está a ser contornado, em grande parte, através das criptomoedas e do CIPS, o sistema chinês semelhante ao SWIFT.

Vladimir Putin tentou travar a saída de rublos do país, para evitar um agravamento do colapso da moeda. Além disso, o Presidente russo congelou as reservas russas em euros e dólares, salienta o JN.

As corretoras de moedas digitais não reguladas têm sido a solução dos oligarcas russos para fugir às sanções.

“A bitcoin valorizou cerca de 15% desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Trata-se de um comportamento atípico, visto que as criptomoedas são percecionadas como ativos de risco e, normalmente, têm tendências similares às ações e outros ativos que têm sido penalizados na última semana”, explicou Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, ao matutino.

“Provavelmente, a BTC tem sido utilizada pelo povo russo para contornar as sanções impostas pelo Ocidente e respetivo bloqueio aos pagamentos internacionais via Swift”, acrescentou.

As restrições levaram tanto russos como ucranianos a optar por criptoativos que sirvam de reserva de valor e de forma a fazer circular dinheiro. Segundo o Jornal de Negócios, a troca de rublos e hryvnias em bitcoin disparou 258% só no primeiro dia da invasão da Rússia à Ucrânia.

Bruxelas decidiu incluir o mercado das criptomoedas no pacote de sanções aplicadas pelo bloco europeu aos oligarcas russos.

“Não acredito que os oligarcas russos recorram às cripto para contornar sanções por uma simples razão: a tecnologia blockchain rastreia todos os movimentos financeiros, pelo que é mais fácil realizar operações financeiras opacas com dólares e arte, por exemplo, do que com criptoativos”, escreveu o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, no Twitter.

“A conversão de rublos em criptoativos enfraquece a moeda russa e por isso enfraquece a própria Rússia, pelo que não entendo esta oposição ao mercado cripto”, escreveu, por sua vez, o CEO da Binance, Changpeng Zhao.

https://zap.aeiou.pt/oligarcas-russos-fugir-sancoes-cripto-465952


TikTok suspende funções e Netflix bloqueia totalmente serviços na Rússia !


As duas empresas tecnológicas juntaram-se a outras que têm boicotado a Rússia no seguimento do início da guerra na Ucrânia.

O TikTok e a Netflix juntaram-se ao grupo de empresas que boicotaram a Rússia. A aplicação chinesa impôs restrições parciais no país e a plataforma de streaming norte-americana suspendeu totalmente o acesso aos seus serviços em território russo.

Do lado do TikTok, a aplicação revelou que vai bloquear as funcionalidades de ligações em directo e da publicação de novos conteúdos aos utilizadores russos depois do Kremlin ter criminalizado a divulgação de notícias falsas sobre a guerra na Ucrânia, com os cidadãos a arriscar uma pena de prisão de 15 anos.

Já a Netflix não especificou a razão para a suspensão, dizendo apenas que a decisão reflecte as “circunstâncias” actuais. Recorde-se que a plataforma já tinha negado a publicação de conteúdos produzidos por canais públicos de televisão russos, escreve o The Guardian.

O TikTok revelou que no Twitter entender que é uma fonte de “alívio e ligação humana durante uma guerra”, mas que a segurança dos utilizadores e dos funcionários é a principal prioridade.

A popularidade da aplicação entre a faixa etária mais jovem e com menos de 25 anos tem também sido notória nos conteúdos publicados sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que acumulam milhões de visualizações.

O TikTok não é a primeira rede social a chocar com o Kremlin, depois do Facebook e do Twitter terem sido suspendidos na Rússia por bloquearem os meios de comunicação públicos Russia Today e Sputnik News na União Europeia.

As empresas norte-americanas de cartões de crédito Visa, Mastercard e American Express também revelaram no fim-de-semana que vão cortar os seus serviços em parte na Rússia, sendo agora apenas possível usar os cartões em compras dentro do país. No ramo tecnológico, a Samsung, a Apple, a Microsoft, a Intel e a Dell vão também para de enviar produtos para o território russo.

O Ministro da Transição Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, também deixou apelos no domingo às empresas tecnológicas norte-americanas numa carta aberta onde pediu à Apple e à Google que desactivassem as suas lojas de aplicações na Rússia e à Amazon e à Apple que suspendessem os seus serviços de cloud no país.

Recorde-se que a Ucrânia quer também transformar a Rússia numa ilha digital e desligar o país da rede internacional de internet, ficando os sites russos sem domínio. Os serviços de email também deixariam de funcionar

“Estou a enviar-vos esta carta em nome do povo da Ucrânia, pedindo-vos que considerem a necessidade urgente de introduzir sanções rigorosas contra a Federação Russa no campo da regulamentação DNS [Sistema de Nomes de Domínio]”, pediu Andrii Nabok, representante da Ucrânia no Comité Consultivo Governamental da ICANN.

https://zap.aeiou.pt/tiktok-suspende-netflix-bloqueia-russia-465990

 

Estilo da invasão à Ucrânia tem precedentes - Rússia puxa do manual usado na Síria e Chechénia !


De acordos de cessar-fogo violados a cercos, a invasão russa da Ucrânia encontra precedentes nas operações militares na Síria e na Chechénia.

O estilo da invasão russa à Ucrânia tem precedentes históricos. Acordos de cessar-fogo não respeitados, bombardeamentos indiscriminados e cercos a cidades também fizeram parte do manual russo na Síria e na Chechénia, escreve o Público.

O conflito mais recente entre os chechenos e o Governo russo ocorreu após a queda da União Soviética, com os separatistas chechenos a declararem a independência em 1991.

No final de 1994, a Primeira Guerra da Chechénia eclodiu e, após dois anos de combates, as forças russas retiraram-se da região. Em 1999, os combates foram retomados e concluídos no ano seguinte com as forças de segurança russas a estabelecerem o controlo sobre a Chechénia.

Já a intervenção russa na Guerra Civil Síria começou no fim de setembro de 2015. Os russos lançaram uma série de ataques aéreos e navais feitos contra o autoproclamado Estado Islâmico.

Os bombardeamentos e missões atingiram outras organizações não-jihadistas que lutavam contra o regime do ditador sírio Bashar al-Assad.

“Ele [Putin] agora vai fazer à Ucrânia o mesmo que fez em Alepo, não vai?”, questiona Ahmad al-Khatib, um sírio refugiado na Turquia, em entrevista à Al-Jazeera.

“Havia bombas e sangue em todo o lado. Dormíamos e acordávamos com o som de caças a voar e de ataques aéreos. As casas abanavam, as crianças choravam e nós estávamos todos à espera da morte”, lembrou al-Khatib os ataques russos à sua cidade natal de Alepo.

Enquanto o exército russo cercava a cidade, foram bombardeados hospitais, depósitos de água, prédios residenciais e até colunas de ajuda humanitária.

Apenas numa semana morreram mais de 300 civis e foram quebrados vários acordos de cessar-fogo, recorda o jornal Público. As semelhanças são óbvias com aquilo que está a acontecer atualmente na Ucrânia.

Kiev está cercada e, ao longo da última semana, cidades como Kharkiv e Mariupol sofreram bombardeamentos em larga escala. Os ucranianos também denunciaram por duas vezes a quebra de cessar-fogo.

“Os cercos já existiam na Síria antes de a Rússia se envolver, mas a Rússia instrumentalizou-os. Ajudaram a apertar os cercos e certificaram-se de que a ajuda e outras coisas importantes não podiam entrar nem sair, só com negociação”, disse Emma Beals, analista no European Institute of Peace, à Foreign Policy.

Um relatório sobre refugiados chechenos dos Médicos Sem Fronteiras, de 1999, revela ataques “contra alvos civis” e contra “grupos de refugiados”, com a ajuda humanitária impossibilitada de atuar. https://zap.aeiou.pt/russia-manual-siria-chechenia-465944


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