sexta-feira, 15 de abril de 2022

Bósnia-Herzegovina pode ser o próximo local de conflito alimentado pela Rússia !


A Bósnia-Herzegovina pode tornar-se o próximo local de conflito alimentado pela Rússia. Os russos podem usar argumentos semelhantes aos usados na Ucrânia.

A política internacional é normalmente discutida em termos de períodos históricos associados a características específicas.

Para muitos, a invasão da Ucrânia pela Rússia marca o início de um novo período de confrontos de superpotências. Entramos num mundo onde grandes Estados militarmente poderosos lutarão por influência, reconhecimento e controlo sobre o que consideram elementos importantes do sistema internacional.

Pensar em categorias, no entanto, esconde o facto de que a política internacional se desdobra cumulativamente. Tensões latentes e acordos políticos desatualizados muitas vezes criam as condições para conflitos futuros. Inclusive hoje.

A invasão da Ucrânia pela Rússia está associada à história de ambos os Estados e ao conflito em curso que se seguiu à anexação da Crimeia em 2014. Para muitos, a guerra atual é uma continuação e uma escalada de um conflito existente.
 
Mas há outros lugares onde a Rússia poderia usar o poder político ou militar para expandir a sua influência.

Em vez de ver as ações russas na Ucrânia como únicas, é preciso lembrar que há um contexto mais amplo no qual a Rússia trabalhará para alcançar os seus objetivos. Independentemente do que vier da guerra na Ucrânia, há outros lugares que a Rússia pode estar de olho.
Bósnia-Herzegovina em risco?

A Bósnia-Herzegovina é de longe o exemplo mais importante. A Republika Srpska, uma província sérvia na Bósnia criada no final da Guerra da Bósnia, comemorou o seu 30.º aniversário no dia 9 de janeiro de 2022. A liderança da província pressionou por maior autonomia e talvez até independência.

A iminente crise na Ucrânia ofuscou isso, mas as tensões estão relacionadas. O embaixador da Rússia na Bósnia-Herzegovina, Igor Kalbukhov, e a primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, participaram em eventos para comemorar o aniversário juntos.

A Bósnia-Herzegovina e a Ucrânia estão conectadas porque ambas são lugares onde a Rússia acredita que pode realizar o seu desejo de ser reconhecida como uma força global.

Na Ucrânia e na Geórgia, a Rússia lutou ostensivamente. Na Bósnia-Herzegovina, os laços históricos da Rússia com os sérvios – devido à herança eslava e ortodoxa compartilhada e suas alianças durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais – fornecem uma justificativa semelhante.

Os acordos de Dayton, o tratado que encerrou a guerra na Bósnia-Herzegovina em 1995, está a mostrar a sua idade, e o resultado dessa guerra pode agora desempenhar um papel noutra competição entre a Rússia e o Ocidente.

A paz foi celebrada na altura, mas provou ser um fracasso. A guerra entre grupos étnicos terminou e um Governo federal frouxo foi criado, mas a reconciliação real entre sérvios, croatas e bósnios não aconteceu.

Isto significa que a Rússia pode alegar que deve usar o seu poder para proteger um grupo étnico subjugado. Como os falantes de russo na Ucrânia e na Geórgia, as exigências políticas sérvias podem tornar-se um pretexto para a ação russa.
Construção estatal inexistente

A etnia desempenha um papel importante na política bósnia porque as pessoas pensam nas suas necessidades, desafios e oportunidades em termos étnicos.

A construção do Estado – o processo pelo qual os Estados passam ao criar os sistemas e instituições que lhes permitem servir a sua população – tem sido limitada, deixando as pessoas a depender do apoio de grupos étnicos.

O fracasso da Bósnia significa duas coisas. O conflito civil que se espalha pelas fronteiras da Bósnia pode ressurgir se as tensões aumentarem, e a Rússia pode alinhar o seu objetivo de exercer mais influência na política europeia com os apelos sérvios por autodeterminação. Dada a posição da Bósnia no flanco da União Europeia, isso representa um risco de segurança para a UE.

Trocado por miúdos, a Rússia tem uma situação pronta que lhe permite usar o poder diplomático, político ou mesmo militar para promover os seus esforços para competir contra a influência ocidental.

Isso pode envolver maior apoio político ou económico aos sérvios bósnios, apoio às forças sérvias em caso de conflito ou até mesmo conduzir uma operação militar rotulada como “manutenção da paz”. Essa possibilidade final é, na verdade, o que a Rússia argumentou que estava a fazer quando invadiu a Geórgia em 2008.

https://zap.aeiou.pt/bosnia-herzegovina-pode-ser-o-proximo-local-de-conflito-alimentado-pela-russia-473749


Rússia estará a tentar recrutar moldavos para combater na Ucrânia !


A Rússia estará a tentar recrutar moldavos para combaterem pelo seu exército na Ucrânia, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros moldavo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldávia, Nicu Popescu, acusou, esta quinta-feira, as tropas russas de estarem a tentar recrutar moldavos para combater pelo seu exército na Ucrânia.

O objetivo seria que os moldavos lutassem no sul do território ucraniano, que faz precisamente fronteira com a Moldávia.

Popescu disse que o facto de a Rússia estar alegadamente a tentar recrutar moldavos para o seu exército é “muito perigoso” e que “deve ser parado”.

As acusações surgem depois de a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hana Malyar, ter também acusado a Rússia de estar a concentrar tropas não apenas a longo da fronteira com a Ucrânia, mas também na região separatista da Transnístria da Bielorrússia e da Moldávia.
 
A Moldávia é um dos países que tem recebido mais refugiados ucranianos e, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, poderá ser um dos próximos alvos de Vladimir Putin.

Em março, a Presidente da Moldávia, Maia Sandu, solicitou oficialmente a entrada do país na União Europeia, seguindo os exemplos da Ucrânia e da Geórgia, dois outros Estados europeus antigas repúblicas soviéticas.

A Moldávia tornou-se um país independente após o colapso da União Soviética no início da década de 1990.

As forças pró-russas presentes numa parte do seu território conhecida como Transnístria recusaram-se a cortar os seus laços com Moscovo e declararam, com o apoio do Kremlin, uma “república” própria na região.

Apesar de não ter o reconhecimento de nenhum país, a Transnístria continua a ser controlada pelas forças rebeldes, que estão protegidas por um contingente militar russo aí permanentemente destacado.

https://zap.aeiou.pt/russia-estara-a-tentar-recrutar-moldavos-para-combater-na-ucrania-473733


Detidos extremistas alemães que planeavam ataques e raptos - Ministro da Saúde era um dos alvos !


A justiça alemã anunciou hoje a detenção de quatro alegados membros de uma rede de extrema-direita contra as regras de contenção da covid-19, que planeavam “ataques violentos” no país e o rapto de “figuras públicas”.

De acordo com a agência noticiosa France-Presse (AFP), que cita uma fonte ministerial, entre os alvos do grupo estava o ministro da Saúde social-democrata, Karl Lauterbach.

A rede, denominada “Patriotas Unidos”, tinha como objetivo destruir “o sistema democrático alemão”, segundo a procuradoria de Coblença e a polícia da Renânia-Palatinado, refere uma declaração conjunta.

Os suspeitos, detidos na quarta-feira durante extensas buscas, tinham planeado atacar as redes elétricas para provocar “um apagão a longo prazo em todo o país”, que, segundo estes, provocaria as condições para uma “guerra civil”.

As autoridades estavam a investigar o grupo, os seus fundadores e apoiantes em várias partes do país desde outubro de 2021.

Na rusga realizada na quarta-feira, as autoridades apreenderam armas de fogo, barras de ouro, moedas de prata e dinheiro no valor de mais de 10.000 euros, assim como telemóveis, falsos certificados de vacinação contra a covid-19 e vários documentos que descreviam os planos para derrubar o Estado alemão.

As autoridades tinham em mira cinco suspeitos – todos alemães e com idades compreendidas entre os 41 e os 55 anos –, tendo detido quatro, de acordo com a declaração.

As operações policiais visam a franja mais radical do movimento contra as restrições, cuja expressão se multiplicou e que colocou a violência da extrema-direita no topo da lista de ameaças à ordem pública, à frente do extremismo islâmico.

Este movimento tem estado particularmente ativo na Alemanha desde o início da pandemia da covid-19 e utiliza canais da plataforma de troca de mensagens Telegram, onde fazem ameaças contra representantes eleitos ou durante manifestações.

O assassínio em junho de 2019 de Walter Lübcke – um político do partido conservador que defendia o conjunto de ações para o acolhimento de migrantes da ex-chanceler Angela Merkel –, cometido por um militante neonazi, abalou profundamente o país.

No início de abril, as autoridades alemãs realizaram uma grande operação nos meios terroristas de extrema-direita, no âmbito de uma investigação mais ampla envolvendo a polícia e os serviços de informações militares desde 2019.

Quatro suspeitos do grupo “Knockout 51” foram então detidos. As investigações em curso também visam o grupo de extrema-direita “Atomwaffen Division Deutschland”.

Na quarta-feira, o Ministério Público Federal da Alemanha anunciou a acusação de um alemão simpatizante de um grupo neonazi, suspeito de querer desencadear “uma guerra de raças” no país através de ataques com explosivos e armas de fogo.

https://zap.aeiou.pt/detidos-extremistas-alemaes-ataques-473644

Encontrados mais de mil animais embalsamados numa coleção privada em Valência !


A guarda civil espanhola confiscou um armazém com mais de 50 mil metros quadrados em Bétera, em Valência, com mais de mil animais embalsamados.

A coleção estima-se que ronde os 30 milhões de euros, e inclui ursos polares, crocodilos e até espécies já extintas, como o órix-de-cimitarra.

De acordo com o Público, o proprietário da coleção com mais de mil animais embalsamados pode ser acusado de contrabando ou crimes ambientais.

No armazém foram encontrados ursos polares, elefantes, crocodilos, mas também 405 outras espécies protegidas pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção).

Algumas espécies estavam extintas, como o órix-de-cimitarra, e outras quase extintas, como o adax (um tipo de bovídeo) ou o tigre-de-bengala.
 
A operação espanhola, Valcites, foi levada a cabo pela equipa de proteção da Natureza da Guarda Civil de valência, em conjunto com membros do Instituto Legal e de Ciências Forenses, em colaboração com a Europol.

A Valcites começou em novembro de 2021, na altura em que as autoridades tiveram conhecimento da existência de uma possível coleção privada de animais.

Este domingo, depois de entrar no armazém, a guarda civil encontrou 1.090 animais embalsamados, 198 dentes de elefante em marfim, um sofá em pele de crocodilo, 20 patas de elefante transformadas em bancos e peles de leopardo e chita.

A coleção privada em Valência, encontrada pela guarda civil, estima-se que ronde os 30 milhões de euros.

Um vídeo partilhado no Twitter da guarda civil mostra a coleção de animais dissecados, naquela que diz ser “a maior apreensão a nível nacional e uma das maiores da Europa”.

O proprietário, um empresário de Valência, está sob investigação por contrabando e potencial atentado ambiental.

A guarda civil espanhola deverá “proceder à análise de toda a documentação fornecida pelo proprietário, para justificar a posse das peças” na fase seguinte da investigação, segundo o comunicado dos responsáveis.

De acordo com o El País, o objetivo é que os animais encontrados no armazém sejam transferidos para um museu, tendo em conta o seu bom estado de conservação.

https://zap.aeiou.pt/encontrados-mais-de-mil-animais-embalsamados-numa-colecao-privada-em-valencia-473530


Musk oferece 43 mil milhões de dólares para comprar Twitter e “transformar” rede social !


O dono da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, fez uma proposta de 43 mil milhões de dólares para comprar o Twitter e “transformar” a rede social.

No início deste mês, Elon Musk comprou 9,2% das ações do Twitter, tornando-se no maior acionista da empresa. Ainda assim, o fundador da Tesla não se juntou ao conselho de administração.

“A nomeação de Elon para a direção devia ser oficialmente efetiva a 9 de abril, mas Elon partilhou nessa mesma manhã que já não se juntará à direção”, escreveu o presidente do conselho de administração do Twitter, Parag Agrawal.

O bilionário, que detém quase 73,5 milhões de ações da empresa, tinha-se tornado um crítico da rede social e tinha questionado se as regras “aderiam rigorosamente” ao princípio da liberdade de expressão.

Estas críticas tinham levantado dúvidas em alguns quadrantes, incluindo entre os próprios funcionários do Twitter, que estavam preocupados por Musk estar alegadamente a exercer um poder excessivo na empresa para alterar as regras de publicação, incluindo a proibição do antigo Presidente dos EUA, Donald Trump, cujas mensagens terão supostamente instigado o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.
 
Agora, Elon Musk apresentou uma proposta para comprar as restantes ações da rede social por 43 mil milhões de dólares — cerca 37,6 mil milhões de euros.

“A minha oferta é a minha melhor e última oferta”, escreveu Musk ao chairman do Twitter, Bret Taylor, segundo o documento publicado esta quinta-feira, citado pelo Público.

“Investi no Twitter porque acredito no seu potencial de ser a plataforma para a liberdade de expressão em todo o mundo, e acredito que a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia em funcionamento”, disse Musk, segundo o documento.

“No entanto, desde que fiz o meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social na sua forma atual. O Twitter precisa de ser transformado numa empresa privada”, lê-se ainda na proposta.

Após o anúncio, as ações do Twitter valorizaram 18% antes da abertura do mercado bolsista.

O presidente da Tesla e da SpaceX disse ainda que “se o negócio não resultar, teria de reconsiderar” a sua posição como acionista, por não confiar na gestão da empresa.

Todavia, Adam Crisafulli, da Vital Knowledge, disse à Bloomberg que a oferta é “demasiado baixa” para ser aceite pelos acionistas ou pela administração.

O Twitter vai “examinar com atenção” a oferta de Elon Musk para comprar a empresa por 54,2 dólares por ação, segundo anunciado esta quinta-feira.

Num comunicado, a rede social indica “ter recebido a oferta não solicitada e não vinculativa de Elon Musk para adquirir o conjunto das ações ordinárias em circulação da empresa ao preço de 54,2 dólares em numerário”.

“O Conselho de Administração da Twitter vai examinar com atenção a oferta para determinar a linha de conduta que considera melhor servir os interesses da empresa e de todos os acionistas”, adianta o grupo.

https://zap.aeiou.pt/musk-43-mil-milhoes-comprar-twitter-473632


quinta-feira, 14 de abril de 2022

Guterres fala da “tempestade perfeita” - Mais de 20% da população mundial pode ficar na miséria !


Apresentado o primeiro relatório sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.

Esta quarta-feira foi apresentado o primeiro relatório do Grupo Global de Resposta a Crises sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.

António Guterres esteve presente no evento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e sublinhou que estamos perante uma “tempestade perfeita”. Ou seja, juntando os factores crise sanitária (COVID-19) e clima de paz e segurança, as nações em desenvolvimento estão ameaçadas.

O secretário-geral das Nações Unidas compreende o foco dado aos ucranianos mas a guerra está a criar dificuldades a nível global. E a pobreza, a fome e a instabilidade já estavam a aumentar antes do conflito.

Guterres lembrou que a guerra agravou a situação que muitos países em desenvolvimento já atravessavam por causa da COVID-19. E estão a começar agora encargos históricos da dívida e uma inflação crescente.

O relatório apresentado em Nova Iorque deixa o alerta: a situação bélica na Ucrânia pode fazer com que a pobreza, a miséria e a fome atinjam 1,7 mil milhões de pessoas. Ou seja, mais de 20% da população mundial.

Esta possibilidade está fortemente relacionada com o facto de a Ucrânia e a Rússia serem exportadores importantes de trigo, cevada, milho e óleo de girassol – essenciais para populações de países mais pobres.

O cenário piora porque a crise de financiamento também afecta o Programa Mundial de Alimentos, que não tem recursos suficientes para alimentar pessoas em regiões vulneráveis, como Iémen, Chade e Níger.

“Há uma correlação direta entre o aumento dos preços dos alimentos e a instabilidade social e política. E o mundo não pode permitir isso, é necessário agir imediatamente”, avisou António Guterres, que acredita que esta situação vai deixar “cicatrizes profundas e duradouras”.

O relatório da ONU pede às instituições financeiras internacionais que libertem financiamento para os países mais vulneráveis e que ajudem os governos dos países em desenvolvimento a investir nos mais pobres e vulneráveis.

E há outro lado deste cenário: a ONU acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o planeta, dando o exemplo de uma eventual implementação acelerada de energias renováveis (iria suavizar o aumento de preços da energia e iria tornar a Terra mais limpa).

https://zap.aeiou.pt/populacao-mundial-miseria-guterres-onu-473466


Rússia ameaça atacar centros de comando em Kiev !


O Exército russo ameaçou hoje atacar centros de comando na capital ucraniana, Kiev, que Moscovo tinha desistido de tomar até agora, se as tropas ucranianas continuarem a atacar o território russo.

“Estão a verificar-se tentativas de sabotagem e de ataques das forças ucranianas contra alvos em território da Federação da Rússia”, declarou Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo.

“Caso prossigam estas ações, o exército russo desencadeará ataques dirigidos a centros de tomada de decisão, incluindo em Kiev, o que o exército russo se absteve de fazer até agora”, prosseguiu.

No final de março as forças russas retiraram-se da região de Kiev. Durante um mês, tentaram cercar a capital e efetuaram diversos bombardeamentos que atingiram a periferia da capital.

Moscovo possui designadamente mísseis hipersónicos, considerados impossíveis de destruir durante o voo devido à sua velocidade, que indicou já ter utilizado na Ucrânia.  

O porta-voz do Ministério da Defesa também referiu que a zona comercial do porto de Mariupol, cidade estratégica do sudeste da Ucrânia, foi totalmente conquistada.

Na segunda-feira, o líder dos separatistas russófonos de Donetsk, que combatem ao lado do exército russo em Mariupol, tinha já reivindicado este avanço militar.

“O que resta das unidades ucranianas e dos nazis [do batalhão] Azov presentes na cidade estão bloqueados e privados da possibilidade de sair do cerco”, afirmou hoje Igor Konachenkov.

O responsável militar afirmou ainda que Moscovo destruiu 36 alvos militares ucranianos durante ataques no decurso das últimas 24 horas.

https://zap.aeiou.pt/russia-ameaca-atacar-centros-comando-473427


“Tinder para traficantes sexuais”: ONU e peritos criticam sistema de acolhimento de refugiados no Reino Unido !


A imprensa britânica relata casos de mulheres ucranianas que recebem mensagens nas redes sociais com ofertas de acolhimento no Reino Unido em troca de favores sexuais. A ONU já alertou para os perigos.

Esta semana, o Sunday Times deu o primeiro alerta ao noticiar que um jornalista que se fez passar por uma refugiada ucraniana de 22 anos e pediu ajuda no maior grupo do Facebook dedicado ao acolhimento no Reino Unido.

Em meros minutos, a “refugiada” recebeu imensas mensagens inapropriadas, com homens a contactá-la oferecendo-se para a acolher e sugerindo que esta oferecesse serviços sexuais em troca ou propondo que os dois dormissem na mesma cama.

O perigo de exploração sexual para mulheres e meninas em situações vulneráveis e a fugir de uma guerra não é novo e o alto comissário para os refugiados das Nações Unidas já emitiu um aviso a Londres, pedindo para as ucranianas não sejam acolhidas por homens solteiros dentro do esquema governamental Homes for Ukraine — que deixa nas mãos dos refugiados o contacto com britânicos dispostos a recebê-los e abre a porta ao surgimento de grupos sem regulação nas redes sociais.

O programa foi criado Michael Gove, secretário da Habitação, e foi criticado por especialistas, que acreditam que este pode funcionar como “Tinder para traficantes sexuais“.

16 organizações de apoio a refugiados e combate ao tráfico humano enviaram uma carta a Gove a alertar para estes riscos, numa altura em que a burocracia das candidaturas para asilo no Reino Unido tem sido muito criticada, já que os ucranianos têm de ter um patrocinador para poderem entrar no país.

Num comunicado, as Nações Unidas juntaram-se ao coro de críticas e afirmam que acreditam que “pode ser implementado” um processo de correspondência “mais apropriado” que “garanta que as mulheres e as mulheres com crianças sejam atribuídas a famílias ou casais em vez de a homens solteiros”.

“As correspondências feitas sem a vigilância apropriada podem levar a um aumento dos riscos que as mulheres enfrentam, em cima do trauma do deslocamento, separação da família e violência que já viveram”, sublinham.

Para além disto, a ONU avisa ainda que a duração mínima de seis meses do Homes for Ukraine pode trazer problemas para quem decide acolher refugiados, reforçando a importância de “treinos apropriados para garantir que o anfitrião faz uma decisão informada” visto que “ter um estranho em casa durante um período extenso não é sustentável” para muitas pessoas.

Um porta-voz do Governo enviou uma resposta ao The Guardian sobre as preocupações do alto comissariado da ONU e garante que o programa inclui “verificações de segurança e do passado” de todos os anfitriões e que são feitas visitas e acompanhamento depois da chegada dos refugiados.

“Também temos uma parceria com a caridade Reset Communities and Refugees para financiar e fornecer um serviço de correspondência entre patrocinadores e refugiados e para garantir que as combinações feitas são seguras e bem-sucedidas”, remata.

https://zap.aeiou.pt/tinder-traficantes-sexuais-onu-refugiados-473273


Detido homem suspeito da autoria do tiroteio no metro em Nova Iorque !


A polícia de Nova Iorque deteve, esta quarta-feira, o suspeito acusado de disparar sobre dez pessoas num vagão de metro em Brooklyn. O tiroteio feriu pelo menos 29 pessoas, que estão livres de perigo.

O suspeito em causa é Frank James, que já no final da noite passada tinha sido identificado como uma “pessoa de interesse” pelas autoridades nova-iorquinas.

Segundo a CNN, o suspeito foi detido por uma patrulha de três agentes na zona de East Village, em Manhattan, Nova Iorque.

A polícia de Nova Iorque prendeu o suspeito depois de receber uma dica por chamada telefónica, de acordo com fontes policiais. Os agentes responderam imediatamente, localizaram o suspeito e levaram-no sob custódia.

As autoridade de Nova Iorque já tinham revelado a identidade do suspeito e tinham pedido que quem tivesse informações sobre o seu paradeiro informasse a polícia. A polícia adiantou também, em comunicado, que estava a oferecer uma recompensa de cerca de 461 mil euros por informações sobre o suspeito.

O alerta foi dado às 8h30 horas locais (13h30 em Lisboa). Os agentes foram chamados para responder a um incidente na estação por onde passam as linhas D, N e R, cujos comboios foram travados para não passarem pelo local. Deram-se ainda conta de relatos de fumo no interior da estação.

A polícia de Nova Iorque encontrou explosivos inativos no local, corrigindo uma informação inicial dos bombeiros que indicava tratar-se de engenhos por detonar. As testemunhas foram incentivadas a ligar para as autoridades caso tenham informações sobre o incidente.

A ABC apurou também que o suspeito estava a murmurar para si mesmo antes de abrir fogo com uma pistola com calibre .380.

https://zap.aeiou.pt/detido-suspeito-tiroteio-nova-iorque-473419


“Fechem bem as portas à noite”: Aliado de Putin avisa Ucrânia após captura de Medvedchuk !


Depois da captura de Viktor Medvedchuk, esta terça-feira, o ex-Presidente russo Dmitry Medvedev avisou os ucranianos para que “fechem bem as portas à noite”.

Dmitry Medvedev, ex-Presidente russo e um dos braços direitos de Vladimir Putin, avisou esta quarta-feira os ucranianos depois de Zelenskyy ter anunciado a captura de Viktor Medvedchuk, político pró-Rússia e o principal aliado de Putin na Ucrânia.

Embora o Kremlin negue que Medvedchuk fosse um canal de comunicação com Moscovo, a notícia da sua captura não foi bem recebida. “Ele não tinha relações nos bastidores com a Rússia”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela Reuters.

“Eles querem condená-lo e depois trocá-lo por prisioneiros”, disse Dmitry Medvedev, referindo-se às autoridades ucranianas como “aberrações”.

“Essas pessoas devem ter cuidado e fechar bem as portas à noite para garantir que não se tornam as pessoas que vão ser trocadas”, acrescentou.  

Alvo de sanções de Kiev, Medvedchuk estava fugido desde o início da invasão russa, após ter escapado de prisão domiciliária. O seu partido, Plataforma de Oposição pela Vida, foi suspenso um dos suspensos por Volodymyr Zelenskyy.

O político é considerado o principal representante dos interesses de Moscovo na Ucrânia, sendo que os seus laços com Vladimir Putin são incontornáveis. O Presidente russo é padrinho da sua filha.

Medvedchuk estava em prisão domiciliária devido às suspeitas de ele e a sua mulher, Oksana, terem financiado milícias separatistas em Donestk e Luhansk, em 2014. O Kremlin alega que o processo judicial contra Medvedchuk foi politicamente motivado.

https://zap.aeiou.pt/aliado-putin-avisa-ucrania-473415


terça-feira, 12 de abril de 2022

“À espera de um massacre": Elite russa não terá planos de paz com a Ucrânia !


A elite russa não terá planos de paz com a Ucrânia, pelo que as atuais negociações entre os dois países não deverão levar a nada em concreto.

A mais recente ronda de negociações na Turquia, entre responsáveis russos e ucranianos, sobre a guerra na Ucrânia, ficou marcada por um anúncio que poderia ser importante: a Rússia avisou que ia reduzir “radicalmente” a atividade militar perto de Kiev e de Chernihiv.

Foi um primeiro passo importante, mas outras regiões ucranianas continuam a lutar desesperadamente contra a invasão russa. Os especialistas mostraram-se apreensivos, temendo que as tropas fossem redistribuídas para o sul, onde o Kremlin expandiria a sua ação militar.

Muitos entendem que a recente ronda de negociações não deu em nada e terá sido em vão, com promessas vagas.

Recentemente, Medvedev publicou um texto sobre uma guerra impiedosa contra o “ucranianismo profundo”, que lembra o famoso discurso de “guerra total” de Goebbels, no dia 18 de fevereiro de 1943.
Medvedev fala do ataque a uma maternidade de Mariupol e do massacre em Bucha como casos “falsos” e produto “da cínica imaginação da propaganda ucraniana“.

Segundo o ex-presidente russo, há organizações não-governamentais e organizações governamentais geridas pelos “Governos ocidentais” a “cozinharem” estas alegadas mentiras por “grandes quantidades de dinheiro”. A sua intenção é “desumanizar a Rússia” e “denegrir” o país, defende.

Mas esta alegada desinformação também é uma prova de que o “ucranianismo profundo, alimentado pelo veneno anti-russo, é uma grande mentira”, refere Medvedev na publicação.

O portal The Insider realça uma teoria de que há neste momento uma “fação da paz” e uma “fação da guerra” na Rússia.

A primeira acredita que Zelenskyy é o devido Presidente do país e que devem ser perseguidas negociações de paz com a Ucrânia. A segunda fação, por sua vez, acredita na ‘desnazificação’ da Ucrânia e rejeita negociações.

Num artigo publicado no Nezavisimaya Gazeta, Dmitri Belousov, um dos chefes do Centro de Análise Macroeconómica e Previsão de Curto Prazo (CMASTF), defende que não há “fação da paz” na Rússia. Pelo contrário, há uma “fação de vítimas” que não tem qualquer influência sobre Putin ou sobre o Conselho de Segurança.

Belousov fala em dois cenários: um de “longo inverno”, caso as negociações de paz avancem, e outro de “conflito militar prolongado”.

Outra teoria sugere que a eventual existência de uma “fação da paz” não é mais do que uma “manobra estalinista” de Vladimir Putin.

Quando o Presidente russo identificar aqueles que estão demasiado felizes com o cessar-fogo que se aproxima, irá rapidamente enviar os serviços especiais e transformá-los em “traidores da nação”, explica o The Insider.

“O Kremlin vai invadir o leste da Ucrânia nos próximos dias. Um massacre está a chegar. A partir daí, o Kremlin reiterará as suas exigências através de negociações”, acrescenta o site russos de jornalismo de investigação.

https://zap.aeiou.pt/elite-russa-nao-tera-planos-paz-472721

“Ela, não !" A “ameaça” Le Pen é grande: “Desta vez, cheira mesmo mal” !


Reacções dos jornais franceses – e não só – à primeira volta das eleições presidenciais: “A surpresa é que não há surpresa”.

Na manhã seguinte à primeira volta das eleições presidenciais em França, que terminou com vitória de Emmanuel Macron, espreitámos algumas reacções interessantes ou curiosas, nos jornais franceses.

O actual presidente venceu com 27,8% dos votos, enquanto Marine Le Pen não ficou longe, tal como se previa: 23,1% dos votos.

“O perigo de ver a candidata de extrema-direita chegar ao poder nunca foi tão grande”, avisa a capa do jornal l’Humanité, que em letras grandes pede: “Ela, não”.

O jornal Libération, associado mais à esquerda do que à direita gaulesa, é mais forte na sua manchete desta segunda-feira: “Desta vez, cheira mesmo mal” – e a tradução poderia ser outra.  

O Le Figaro destaca que vem aí um “novo duelo” entre Macron e Le Pen, salientando que os dois candidatos na segunda volta melhoraram os seus números em relação à primeira volta das eleições anteriores, em 2017 (Macron com 24% e Le Pen com 21,3% na altura).

Aqui ao lado, o jornal espanhol El País dedica a maioria do texto da sua capa às eleições presidenciais em França: “Macron resiste e vai enfrentar Le Pen pela presidência francesa”.

No dia 24 de Abril, data da segunda volta, vai assistir-se a uma repetição da segunda volta das eleições de 2017 e, apesar de nova vantagem de Macron, “nada está garantido no caminho até ao Eliseu”.

“Le Pen suavizou a sua imagem ao longo destes últimos cinco anos e deixou de assustar a maioria dos franceses”, descreve o jornal diário de Espanha.

Em relação à esquerda francesa, “pouco há para celebrar”.

Numa análise geral, não houve resultados surpreendentes entre os candidatos principais. Voltando ao Le Figaro, lê-se: “Como costumávamos dizer às crianças, a surpresa é que não há surpresa!”.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-le-pen-472749


Novo relatório aponta sabotagem no desastre aéreo que matou Presidente polaco !

O antigo Presidente polaco, Lech Kaczyński.
Um novo relatório elaborado pela subcomissão polaca que investiga o desastre aéreo de Smolensk, em 2010, no qual morreu o então Presidente Lech Kaczynski e outras 95 pessoas, concluiu que houve sabotagem e “duas explosões” no avião.

O responsável do grupo que investiga o caso, Antoni Macierewicz, apresentou hoje, coincidindo com o aniversário do desastre, um relatório que “invalida o de 2011” e sustenta a tese de sabotagem.

Em 10 de abril de 2010, um avião Tupolev Tu-154 da Força Aérea Polaca, que transportava o então Presidente Kaczynski, bem como 88 outras personalidades políticas e eclesiásticas e militares polacos, além da tripulação, despenhou-se na base aérea russa em Smolensk.

A delegação polaca estava a chegar ao local por ocasião do 70.º aniversário do massacre de Katyn, no qual elementos do exército soviético executaram cerca de 4.400 prisioneiros polacos.

Jaroslaw Kaczynski, atual vice-presidente do Governo e líder do partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), irmão gémeo do falecido Lech, tem insistido que foi sabotagem e acusou o Governo do primeiro-ministro da altura, Donald Tusk, de encobrir os acontecimentos em conluio com Moscovo.
 
Também o responsável pela investigação do desastre considera que a Rússia tem tentado “esconder, destruir e modificar” as provas do caso, nomeadamente ao impedir os investigadores polacos de aceder a todos os registos de voo e a análise laboratorial dos restos da aeronave.

Uma investigação anterior, publicada em 2011, apontava como causa do acidente a descida do avião durante a descolagem e uma colisão com árvores próximas.

Em declarações à rádio pública polaca, hoje, depois de divulgado o novo relatório, Jaroslaw Kaczynski insistiu que foi “um ato de agressão contra a Polónia”.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, tinha já anunciado que a Polónia pretende apresentar a um tribunal internacional o massacre de Katyn, ocorrido em 1940, como parte de uma série de massacres de prisioneiros e oficiais polacos pelo exército soviético.

“O genocídio não prescreve”, sublinhou Duda, “é por isso que vou exigir que os tribunais internacionais elucidam esta questão.

https://zap.aeiou.pt/sabotagem-antigo-presidente-polaco-472768


Chanceler austríaco teve diálogo “direto e duro” com Putin !


O chanceler federal austríaco, Karl Nehammer, disse hoje que manteve em Moscovo um diálogo “muito direto, franco e duro” com o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem confrontou com os “graves crimes de guerra” cometidos em Bucha.

“A conversa com o Presidente Putin foi muito direta, franca e dura”, assinalou o chefe de Governo austríaco, que também confrontou o líder do Kremlin com a determinação da União Europeia (UE) face à violação dos direitos humanos, indicou um comunicado do seu gabinete após o encontro, que se prolongou por 75 minutos.

“Abordei os graves crimes de guerra cometidos em Bucha [arredores de Kiev] e em outros locais e sublinhei que os responsáveis devem prestar contas”, acrescentou o líder conservador austríaco.

A reunião que decorreu em Novo-Ogariovo, uma residência presidencial nos arredores de Moscovo, foi o primeiro encontro pessoal de Putin com um líder da UE desde o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.

“Também disse ao Presidente Putin de forma muito clara que as sanções contra a Rússia vão permanecer e vão endurecer enquanto continuarem a morrer pessoas na Ucrânia”, disse Nehammer, ao assinalar que nesta situação a UE “está unida como nunca”.
 
O chanceler federal insistiu na necessidade de corredores humanitários para transportar água potável e alimentos às cidades sitiadas na Ucrânia, e proceder à retirada de mulheres, crianças e feridos.

“A minha principal mensagem para Putin foi que esta guerra deve terminar, porque numa guerra só existem perdedores nos dois lados”, adiantou o primeiro-ministro conservador, que irá relatar os resultados do encontro aos seus parceiros europeus.

Nehammer assegurou que esta deslocação “não foi uma visita amigável”, mas considerou “uma obrigação” tentar um encontro direto com Putin “apesar das enormes diferenças”, e após se ter deparado na Ucrânia com “o incomensurável sofrimento da população”.

O chefe do Governo de Viena esteve no sábado na Ucrânia, onde se reuniu em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e visitou diversas localidades perto da capital onde existem indícios de mortes de numerosos civis pelo exército russo.

A Áustria, Estado-membro da UE, aderiu às sanções europeias contra a Rússia, apesar de não ter enviado armamento para a Ucrânia devido ao seu estatuto de país neutral.

Em simultâneo, o país da Europa central nega-se, juntamente com a Alemanha e Hungria, a apoiar um embargo europeu contras as importações de gás russo, com o argumento de que essa medida será muito penalizadora para a sua economia.

https://zap.aeiou.pt/chanceler-dialogo-direto-duro-putin-472850


Mulher de Zelenskyy revela “erro fatal” de Putin e não sabe se a família está viva !


A mulher do Presidente ucraniano, Olena Zelenska, diz que não vê o marido desde o início da guerra no país e não sabe se os seus familiares estão vivos.

“Eu lembrar-me-ei para sempre dos meus familiares e dos meus amigos. Eu vou sempre lembrar-me do quão corajosas são as minhas amigas. O que essas mulheres — frágeis e elegantes em tempos de paz — são capazes de fazer quando há guerra”, disse Zelenska em entrevista à Vogue.

A esposa de Zelenskyy lembrou o primeiro dia da invasão russa, salientado que era um dia normal. “Mas até ao último minuto era impossível acreditar que isso fosse acontecer… No século XXI? Neste mundo moderno?”, atirou a primeira-dama.

Na madrugada de 24 de fevereiro, o primeiro dia da invasão, Zelenska reparou que o seu marido não estava na cama. Levantou-se e viu-o vestido de fato e gravata. “Começou”, disse apenas o Presidente ucraniano.

Zelensky pediu à mulher para “ir buscar bens essenciais e documentos”. Depois, saiu de casa, e o casal nunca mais se viu desde então. “A partir daí, temos comunicado somente por telefone”, conta Zelenska.

“Nesses primeiros dias, tinha esperança de que talvez pudéssemos estar com ele. Mas o seu gabinete tornou-se um quartel militar e eu e a minhas crianças estamos proibidas de lá estar”, acrescentou.

Zelenska chama “tirano” a Vladimir Putin e revela aquele que considera ser o seu “erro fatal”.

“Todos nós somos primeiro ucranianos, e depois o resto. Ele quis dividir-nos, destruir-nos, provocar confronto interno, mas é impossível de fazer isso com os ucranianos”, atirou. “É esta fúria e dor, que todos nós sentimos, que instantaneamente ativa a nossa vontade de agir, de resistir a agressão, de defender a nossa liberdade”.

A primeira-dama ucraniana deixou ainda um aviso ao resto do mundo: O que aconteceu na Ucrânia pode repetir-se “num país que a Rússia não gosta”.

https://zap.aeiou.pt/mulher-zelenskyy-revela-erro-fatal-putin-472818


segunda-feira, 11 de abril de 2022

China quer usar robôs controlados pelo pensamento na Estação Espacial chinesa Tiangong !


Cientistas chineses criaram um dispositivo que permite controlar o braço gigante da estação espacial chinesa através do pensamento, com uma precisão acima dos 99%.

Uma equipa de cientistas que trabalha com o programa espacial tripulado da China revelou que desenvolveu uma tecnologia que vai permitir aos astronautas controlar equipamentos robóticos através do pensamento, usando apenas as suas ondas cerebrais, escreve o South China Morning Post.

Esta descoberta pode revolucionar a forma como os astronautas operam o braço gigante da estação espacial chinesa Tiangong (que deve estar pronta no final do ano), que até agora tem sido controlado pelos astronautas com um teclado e um comando, algo que pode ser difícil num ambiente sem gravidade.

As tecnologias já existentes controlados pelo cérebro têm uma precisão que varia entre 40% e 80%, o que fica abaixo dos critérios exigidos no espaço. Uma simulação da nova tecnologia mostrou uma precisão acima dos 99%.

A China foi o primeiro país a introduzir as tecnologias baseadas no controlo cerebral no espaço, em 2016. Os detalhes da experiência continuam confidenciais, mas Huang Weifen, designer do sistema usado, revelou que acredita que há muito potencial nestas experiências e que “na exploração espacial do futuro, os humanos e as máquinas vão trabalhar juntos”.

Uma pessoa que use o novo aparelho tem de olhar para um braço robótico animado num escrã de computador. Cada parte do braço pisca a um ritmo único e quando os olhos se focam num componente que pisca, isso estimula a formação de ondas cerebrais com a mesma frequência, o que permite à máquina “ler a mente”.

Para melhorar a performance do equipamento, a equipa usou a inteligência artificial para descobrir ligações entre padrões de ondas cerebrais aparentemente sem relação e obter assim informações adicionais. 35 voluntários manobraram o braço através do pensamento e 11 destes completaram as tarefas sem percalços.

A precisão média foi 99,07% e foi marginalmente mais pequena para os 27 voluntários que não tinham experiência neste tipo de tarefas, ficando-se pelos 98,9%.

Ainda não se sabe ao certo quando é que a tecnologia vai ser usada em missões no espaço, mas a equipa acredita que o dispositivo será atualizado em breve para conseguir resolver tarefas mais complexas e oferecer uma maior precisão e velocidade.

Algumas fábricas chinesas já começaram a pedir aos trabalhadores que usem equipamentos com vigilância cerebral para melhorarem a concentração e prevenirem ferimentos no trabalho.

https://zap.aeiou.pt/possivel-controlar-robos-pensamento-471882


“Nada está decidido”: Macron vence primeira volta com 27,8% dos votos e vai disputar o Eliseu com Marine Le Pen !


Antecipa-se uma repetição do confronto de 2017, tendo Marine Le Pen conseguido 23,1%. Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, ficou em terceiro lugar, com 21,95%. Os resultados mostram ainda uma enorme quebra para os partidos históricos dos Socialistas e Republicanos.

As sondagens à boca das urnas já deram uma ideia dos resultados das eleições presidenciais em França, com os primeiros dados a serem conhecidos às 19 horas.

O actual chefe de Estado, Emmanuel Macron, do partido liberal La République En Marche!, venceu a primeira volta com 27,8% dos votos.

Em segundo lugar ficou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, do partido União Nacional (anteriomente Frente Nacional), com 23,1% dos votos, de acordo com os dados oficiais do Ministério do Interior de França.

Antecipa-se assim uma repetição do duelo de 2017 entre Macron e Le Pen na segunda volta das eleições, que está marcada para dia 24 de Abril.

Jean-Luc Mélenchon conseguiu o terceiro lugar, tal como as sondagens antecipavam. O candidato do França Insubmissa, partido de esquerda radical, conquistou 22% dos votos, ficando assim já fora da corrida ao Eliseu.

Já bem mais longe dos três mais votados, segue-se Eric Zemmour, candidato de extrema-direita que foi considerado o “Trump francês” no início da campanha eleitoral. Apesar do mediatismo inicial da campanha, Zemmour não foi além dos 7%.

A Republicana Valérie Pécresse ficou em quinto, com 4,8% — um resultado que mostra bem as reviravoltas que têm acontecido nos partidos de direita mainstream franceses nos últimos anos.

Yannick Jadot, dos Verdes, conseguiu 4,6% dos votos, seguindo-se Jean Lassalle dos centristas do Résistons!, em sétimo lugar, com 3,1%. O comunista Fabien Roussel recebeu ainda a confiança de 2,3% dos franceses.

Havia ainda um terceiro candidato de extrema-direita na corrida, Nicolas Dupont-Aignan, que teve 2,1% dos votos. Anne Hidalgo, candidata dos Socialistas e autarca de Paris, teve apenas 1,8% dos votos, um resultado que, tal como o de Pécresse, mostra que cada vez mais franceses preferem apostar em candidatos fora do sistema e não se identificam com os dois partidos históricos.

Os dois candidatos trokskistas fecham a lista, com Philippe Poutou a ter 0,8% dos votos e Nathalie Arthaud a ter 0,6%. A abstenção, que se esperava ser recorde e possivelmente decisiva, foi de 26,2%. Em 2017 foi mais baixa, com 22,2% dos franceses a não votarem na primeira volta.
Hidalgo e Pécresse apoiam Macron, Zemmour aposta em Le Pen

Entretanto, os candidatos começaram a reagir aos resultados e apelar ao voto em Macron, realçando os perigos de ter uma candidata de extrema-direita como Le Pen à frente do país.

“Estes resultados, como esta abstenção, retratam uma França dividida e confrontada com a extrema-direita às portas do poder. Peço-vos com seriedade que votem contra a extrema-direita de Marine Le Pen e que se sirvam do boletim de voto para eleger Emmanuel Macron”, apelou a socialista Anne Hidalgo.

A Republicana Valérie Pécresse deixou um pedido no mesmo tom. “Vou votar em consciência em Emmanuel Macron para impedir que Marine Le Pen chegue ao poder e o caos que isso iria trazer”, declarou aos eleitores. O comunista Fabien Roussel e o candidato ecologista Yannick Jadot também se juntaram ao coro de derrotados que não querem Le Pen no Eliseu.

Uma das respostas mais aguardadas da noite é a de Jean-Luc Mélenchon, candidato da esquerda cujo eleitorado pode decidir a segunda volta. Recorde-se que em 2017, Mélenchon recusou apoiar abertamente Macron, mantendo-se em silêncio nos primeiros dias e pedindo apenas mais tarde aos seus apoiantes que não votassem na extrema-direita, sem nunca falar directamente no candidato do En Marche!.

Desta vez, Mélenchon decidiu seguir o mesmo caminho, denunciando um sistema que “obriga as pessoas a escolher o mal menor” e apelando a que ninguém vote em Le Pen, novamente sem apoiar Macron.

Na última semana, as sondagens têm mostrado uma subida de Le Pen, com muitas a dar um empate técnico no confronto com Macron e algumas até a apontarem para uma vitória da candidata de extrema-direita. A candidata tem subido nas intenções de voto com um discurso focado em temas económicos e nas promessas da luta contra a inflação, abandonando as bandeiras típicas anti-imigração da extrema-direita

Para combater esta tendência, o chefe de Estado tem saído ao ataque e piscado o olho ao eleitorado de esquerda, pelo que um apoio desinibido de Mélenchon pode ajudar a causa do candidato liberal na segunda volta.

Eric Zemmour, por sua vez, já anunciou o seu apoio a Marine Le Pen, acusando Macron de ter deixado entrar 2 milhões de imigrantes em França. “Não me engano sobre quem é o meu adversário, por isso é que apelo ao voto em Marine Le Pen”, declarou. Nicolas Dupont-Aignan também apoia Le Pen.
“A minha ambição é unir os franceses”

A candidata da União Nacional discursou durante meia hora depois de serem conhecidas as projecções. “O povo francês falou e dá-me a honra de me qualificar para a segunda volta. No dia 24 de Abril, haverá uma escolha fundamental entre duas visões opostas do país: a divisão e desordem ou a mobilização do povo francês em torno da justiça social garantida por um quadro fraterno”, afirmou Le Pen.

“A minha ambição é unir os franceses num projeto que junte as gerações num destino invencível. Apelo a todos os franceses, de todas as sensibilidades, de direita ou esquerda, de todas as origens que se unam a nós para construirmos com convicção e entusiasmo uma grande vitória. A vossa confiança honra-me e compromete-me. Não vamos errar”, apelou.

Macron também reagiu aos resultados, começando por agradecer aos adversários que o apoiam e saudando a “clareza” de Mélenchon sobre os perigos da extrema-direita. “Nada está decidido“, lembrou o chefe de Estado, que considera as eleições decisivas “para a França e para a Europa”.

Falando directamente para os eleitores de Le Pen, Macron quer “convencê-los nos próximos dias de que nosso projecto responde muito mais solidamente do que o da extrema-direita aos seus medos e aos desafios dos tempos”.

https://zap.aeiou.pt/macron-vence-segunda-volta-le-pen-472579


Os EUA testaram secretamente o seu míssil hipersónico ! Conseguirão encurtar distâncias para a Rússia ?

Míssil Hipersónico norte-americano X-51A Waverider

Versão testada é equivalente à usada pelas forças russas na zona oeste da Ucrânia.

A Agência de Projetos de Defesa Avançada e a Força Aérea norte-americana anunciaram esta semana que levaram a cabo um teste versão Lockheed Martin do seu Hypersonic Air-breathing Weapon Concept (HAWC), ou seja, do seu míssil hipersónico. De acordo com a CNN, o teste aconteceu há duas semanas, mas a sua realização foi mantida em segredo para evitar uma escalada nas tensões com a Rússia.

O organismo do governo dos EUA especificou que o veículo manteve uma velocidade de cruzeiro cinco vezes mais rápida que a velocidade do som durante um longo período de tempo. No que respeita a altitude e distância, ficou-se pelos 19.812 quilómetros e 556 quilómetros, respetivamente.

De acordo com o Interesting Engineering, o teste é o segundo evento levado a cabo com sucesso no âmbito do referido programa desde setembro. “Este teste demonstrou com sucesso um segundo desenho de míssil que permitirá aos nossos militares selecionar, de forma competitiva, os melhores instrumentos para dominar o campo de trabalho”, descreveu Andrew Tippy Knoedler, responsável pelo programa HAWC no departamento HAWC no Gabinete de Tecnologia Tática da DARPA.

“Este feito aumenta o nível de maturidade técnica para a transição do HAWC para um programa de serviço de registo”, continuou a DARPA. Ainda de acordo com a estação de televisão norte-americana, a opção de manter o teste em segredo deveu-se à situação na Ucrânia, território invadido pela Rússia a 24 de fevereiro e onde o país já anunciou ter usado o seu próprio míssil hipersónico.

A arma usada pelos russos era a versão mais recente do míssil hipersónico Kinzhal, sendo que o seu lançamento teve como objetivo destruir um armazém com armamento na zona oeste do país. “O sistema de aviação míssil Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipersónicos destruiu um grande armazém subterrâneo com mísseis e munições de aviação na aldeia de Deliatyn”, avançou Igor Konashenkov, o porta-voz do ministério da Defesa russo

https://zap.aeiou.pt/os-eua-testaram-secretamente-o-seu-missil-hipersonico-conseguirao-encurtar-distancias-para-a-russia-472152


Europa está a construir um enorme sistema internacional de reconhecimento facial !


Vários países europeus querem criar um enorme sistema internacional de reconhecimento facial para partilhar fotografias de criminosos.

As autoridades europeias partilham impressões digitais, dados de ADN e detalhes de proprietários de veículos entre si. Isto significa que se a polícia espanhola acreditarem que um suspeito que procuram está em França, podem pedir às autoridades francesas para verificar as impressões digitais no seu banco de dados.

Agora, os legisladores europeus querem incluir milhões de fotografias de pessoas neste sistema para que o reconhecimento facial seja usado numa escala sem precedentes.

Desta forma, uma autoridade policial pode averiguar se há informações disponíveis sobre uma pessoa desconhecida noutros países. Uma proposta nesse sentido está atualmente em discussão. Em causa está o Tratado de Prüm, que sete estados-membros da UE assinaram há 17 anos.

Os planos foram anunciados em dezembro, mas as críticas dos reguladores de dados europeus intensificaram-se nas últimas semanas, escreve a Wired.

“O que se está a criar é a infraestrutura de vigilância biométrica mais extensa que já vimos no mundo”, diz Ella Jakubowska, consultora da ONG de direitos civis European Digital Rights (EDRi).

As propostas da Comissão Europeia também dizem que a polícia terá maior acesso “automatizado” às informações partilhadas.

Nos últimos anos, à medida que as forças policiais adotaram a tecnologia de reconhecimento facial, pessoas têm sido identificadas erroneamente e até vidas foram perdidas. Como tal, tem havido uma maior resistência ao uso da tecnologia.

A UE está até a debater a proibição do uso de reconhecimento facial pela polícia em locais públicos.

No novo sistema, o número de correspondências de reconhecimento facial pode variar entre 10 e 100 caras. Depois, uma pessoa revê as possíveis correspondências e decide se alguma delas está correta, antes de ser tomada qualquer ação.

“Quando aplicamos o reconhecimento facial a gravações ou imagens retrospetivamente, às vezes os danos podem ser ainda maiores, por causa da capacidade de olhar para trás, digamos, um protesto de há três anos, ou ver quem é que eu conheci há cinco anos, porque agora sou uma opositora política”, diz Jakubowska.

“Apenas imagens de suspeitos ou criminosos condenados podem ser partilhadas”, acrescentou a porta-voz da Comissão Europeia.

https://zap.aeiou.pt/europa-sistema-reconhecimento-facial-472150


Encontrada mais uma vala comum com dezenas de civis mortos em Buzova !


Depois das imagens dos corpos do massacre em Bucha terem chocado a comunidade internacional, as forças ucranianas revelaram que encontraram outra vala comum em Buzova, nos arredores de Kiev.

Uma nova vala comum com mais civis mortos foi encontrada perto da cidade de Buzova, na região de Kiev, disse hoje o presidente da comunidade de Dmitrov, Taras Didych.

“Encontrámos mais mortos numa vala, civis, perto de uma bomba de gasolina de Buzova”, disse Taras Didych, em declarações recolhidas pela agência União.

O mesmo responsável adiantou que na estrada que liga Kiev a Jitomir, entre as vilas de Myla e Mriya, cerca de uma dezena de carros foram baleados.

“Na comunidade há 14 vilas, algumas das quais estavam sob ocupação [russa]. Agora estamos a voltar à vida, mas durante a ocupação tivemos os nossos ‘pontos críticos’, morreram muitos civis”, disse.  

Taras Didych adiantou também que os serviços locais estão a restabelecer o fornecimento de eletricidade e de gás e a remover os destroços, precisando que há testemunhas dos factos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/vala-comum-civis-mortos-buzova-472556


domingo, 10 de abril de 2022

“Gravidezes não contabilizadas” e “queimaduras por radiação”. Será culpa dos OVNIS ?


Uma investigação de 1.500 páginas sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) foi desclassificada a pedido da FOIA.

Os encontros com OVNIs têm, alegadamente, deixado americanos a sofrer de queimaduras por radiação, danos cerebrais e do sistema nervoso, e até mesmo “gravidezes não contabilizadas”.

Estas informações, segundo a Live Science, foram registadas numa base de dados de relatórios do governo dos EUA, recentemente tornados públicos através de um pedido da Lei da Liberdade de Informação (FOIA).

A base de dados de documentos inclui mais de 1.500 páginas de material relacionado com OVNIs, do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) — um programa secreto do Departamento de Defesa dos estados Unidos que decorreu entre 2007 e 2012.

Apesar de nunca ter sido classificado como secreto ou ultra-secreto, o AATIP só se tornou conhecido do público em 2017, quando o antigo diretor do programa, Luis Elizondo, se demitiu do Pentágono e partilhou vários vídeos (agora famosos) de uma aeronave não identificada que se deslocava de formas aparentemente impossíveis.
 
Pouco depois de a existência do AATIP ter sido revelada, o posto avançado dos EUA do jornal britânico The Sun apresentou um pedido FOIA para todo e qualquer documento relacionado com o programa.

Quatro anos depois — a 5 de abril de 2022 — a Agência de Inteligência da Defesa dos EUA aceitou o pedido, partilhando mais de 1.574 páginas de informação.

Segundo o The Sun, os documentos incluem relatórios sobre os efeitos biológicos dos avistamentos de OVNIs no ser humano, estudos sobre tecnologias avançadas, como capas de invisibilidade, e planos para a exploração e colonização do Espaço.

Alguns excertos dos documentos foram “retidos em parte”, por questões de privacidade e confidencialidade, esclareceu o AATIP ao The Sun.

Um dos documentos de destaque é um relatório intitulado “Anomalous Acute and Subacute Field Effects on Human and Biological Tissues” (Efeitos Anómalos Agudos e Subagudos no Campo de Tecidos Humanos e Biológicos), de março de 2010.

O relatório descreve alegadas lesões a “observadores humanos por sistemas aerospaciais avançados anómalos”, algumas das quais podem constituir uma “ameaça aos interesses dos Estados Unidos“, de acordo com o documento.

O relatório descreve 42 casos de processos médicos e 300 casos “não publicados” em que seres humanos sofreram ferimentos após alegados encontros com “veículos anómalos”, que incluem OVNIs.

Em alguns casos, as pessoas mostraram queimaduras ou outras condições relacionadas com a radiação eletromagnética, refere o relatório — alguns deles parecem ter sido infligidos por “sistemas de propulsão relacionados com a energia”.

O relatório também registou casos de lesões cerebrais, lesões nervosas, palpitações cardíacas e dores de cabeça após alegadamente verem um OVNI.

Não é claro que tipo de processo de controlo é que a AATIP utilizou para investigar estes alegados casos, se é que houve algum. O jornal britânico ainda vai partilhar o conteúdo completo dos relatórios solicitados.

O relatório inclui também uma lista de alegados efeitos biológicos dos avistamentos de OVNIs sobre observadores humanos entre 1873 e 1994, compilada pela Mutual UFO Network (MUFON) — um grupo civil sem fins lucrativos que estuda os alegados avistamentos de OVNIs.

Os efeitos relatados incluem “gravidez não contabilizada”, “rapto”, paralisia, e experiências de telepatia, teletransporte e levitação.

O relatório conclui que existem provas suficientes “para apoiar uma hipótese de que alguns sistemas avançados já existem, e não são conhecidos pelos EUA”.

https://zap.aeiou.pt/gravidezes-nao-contabilizadas-e-queimaduras-por-radiacao-sera-culpa-dos-ovnis-471895


A “mão invisível” de Steve Twist moldou um dos sistemas de justiça mais duros dos EUA !


Steve Twist nunca ocupou um cargo político, mas moldou um dos sistemas de justiça criminal mais punitivos dos Estados Unidos da América.

Ao longo de quatro décadas, o professor adjunto de direito e antigo procurador-geral assistente do Arizona teve um impacto nas políticas que criaram um dos sistemas de justiça criminal estadual mais punitivos do país.

Uma lei do Arizona exige que quase todos os prisioneiros cumpram 85% da sua sentença na prisão — à exceção daqueles condenados por posse de drogas, que cumprem 70%. Isto faz com que o sistema de justiça criminal do Arizona seja um dos mais severos da nação.

Organizações e legisladores que tentam amenizar as leis culparam o seu fracasso no controlo rígido de Twist e seus aliados sobre a política de justiça criminal no Arizona, denuncia o órgão de jornalismo de investigação ProPublica.

Nos anos 70, primeiro como lobista dos chefes de polícia do Arizona e depois como advogado, Twist lutou para tornar o sistema de justiça criminal mais punitivo no estado. Twist continuou a fazê-lo, na década seguinte, como procurador-geral assistente. Já nos anos 90, de braços dados com a National Rifle Association, ajudou a promulgar políticas semelhantes noutros estados.

Ainda hoje, Steve Twist continua influente, muito graças às suas relações com governadores, legisladores, juízes do Supremo Tribunal estatal, procuradores e outros defensores dos direitos das vítimas. Com esta influência, como uma espécie de “mão invisível”, Twist pressiona os legisladores a oporem-se a reformas.

“A sua influência é sentida nos bastidores, não é à descarada”, diz Pat Nolan, fundador de um grupo de reforma da justiça criminal.

Twist e os seus aliados alegam que as leis do Arizona reduziram o crime, mesmo com as evidências em contrário. Não são apenas caras, mas também ineficazes.

Durante as décadas em que Steve Twist ajudou a moldar a política de justiça criminal do estado, o Arizona viu a população encarcerada a crescer a palmos.

Em 2011 e 2012, o então deputado Cecil Ash apresentou 17 projetos de lei para reformar o sistema de justiça criminal, incluindo legislação para aliviar as sentenças obrigatórias e dar às pessoas na prisão a possibilidade de obter liberdade antecipada por bom comportamento.

Ao ProPublica, Ash disse que outros legisladores lhe disseram que “nunca chegaria a lado nenhum”, e que um legislador conhecido tinha avisado que “não era saudável” defender a reforma da justiça criminal. Nenhum dos projetos de lei foi aprovado.

“O Arizona não está pronto para uma reforma verdadeira da justiça criminal enquanto Steve Twist estiver no Arizona”, disse o deputado Walt Blackman.

https://zap.aeiou.pt/a-mao-invisivel-de-steve-twist-471905


Boris Johnson faz visita surpresa a Kiev e promete novo pacote de ajuda financeira e militar !


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reuniu-se hoje com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky em Kiev, numa visita à capital ucraniana que não foi divulgada previamente, segundo uma imagem divulgada na rede social Twitter, pela embaixada ucraniana em Londres.

Na fotografia, Johnson e Zelensky surgem sentados à frente um do outro num gabinete junto às bandeiras de ambos os países, com a legenda “Surpresa”.

O gabinete de Boris Johnson afirmou que o líder do governo britânico quis “encontrar-se com o Presidente Zelensky em pessoa, num gesto de solidariedade com o povo ucraniano”, e deverá “apresentar um novo pacote de ajuda financeira e militar” ao país a braços com a invasão das forças russas.

O adjunto de Zelensky, Andriy Sybyga, também partilhou na rede social Facebook uma fotografia do encontro entre os dois líderes, escrevendo que “a Grã-Bretanha lidera o apoio militar à Ucrânia, a coligação antiguerra e as sanções contra o agressor russo”.

Boris Johnson é o primeiro líder de um país do G7 – grupo que reúne as maiores economias mundiais – a visitar a Ucrânia desde o início da invasão russa, que começou a 24 de fevereiro.  

Na sexta-feira, Johnson afirmou que o Reino Unido entregará à Ucrânia mais mísseis antiaéreos Starstreak, 800 mísseis antitanque e munições de precisão antiaéreas.

Prometeu também mais capacetes, equipamentos de visão noturna e equipamento à prova de bala, assim como 200.000 equipamentos não letais que o Reino Unido já se tinha comprometido a entregar aos militares ucranianos.

https://zap.aeiou.pt/boris-visita-surpresa-kiev-promete-ajuda-472534


Von der Leyen viu o “impensável” em Bucha, abriu UE à Ucrânia e armou Zelenskyy !

Zelenskyy e Von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula Von der Leyen, reuniu-se com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, em Kiev, para garantir que a entrada do país na União Europeia será acelerada. Antes disso, foi a Bucha ver os sinais do massacre que aí ocorreu e depois anunciou o envio de mais armas, tal como Zelenskyy tanto tem pedido.

Na visita a Bucha, localidade nas imediações de Kiev, Ursula von der Leyen foi acompanhada pelo chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, e pelo primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger. Os três responsáveis deslocaram-se ao local onde foi escavada uma vala comum e onde foram enterrados mais de uma dezena de civis.

“É impensável o que aconteceu aqui”, referiu Von der Leyen em Bucha, sublinhando que “vemos a face cruel do exército de Putin“.

“Aqui em Bucha, vimos a nossa humanidade a ser despedaçada“, disse ainda, salientando que “o mundo inteiro está de luto com o povo da Ucrânia” que está “a defender a Europa e a democracia“. “Estamos com ele nesta luta importante”, vincou.  Durante a visita a Bucha, os três representantes europeus foram acompanhados pelo primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, e pelo presidente da Câmara de Bucha, Anatoliy Fedoruk.

“Mostrei a Von der Leyen, Borrell e Heger as atrocidades cometidas pelas tropas russas contra civis ucranianos. Nunca iremos perdoar o inimigo por estes crimes. Trabalhamos com os nossos parceiros europeus para deter o agressor o mais rápido possível”, escreveu Shmyhal na sua conta na rede social Twitter.

Após a passagem pelo sítio da vala comum, localizada num pátio de uma igreja, Von der Leyen e Borrell entraram no local de culto para acender velas. Seguiram depois para a rua Volknalna, uma das mais danificadas durante a ocupação de Bucha e onde ainda estão dezenas de tanques queimados.

Kiev espera ser candidata à UE já em Junho

Após a visita a Bucha, Von der Leyen esteve reunida com Zelenskyy em Kiev, no coração da Presidência da Ucrânia, onde prometeu a concretização de um relatório “em semanas” sobre a candidatura do país para a adesão à UE.

“Este é um passo importante para chegar à UE“, referiu Von der Leyen a Zelensky quando lhe entregava o documento com as perguntas que terão de ser respondidas por Kiev, passo necessário para o início do processo.

A chefe do executivo comunitário garantiu ao chefe de Estado ucraniano que a análise da candidatura por parte da Comissão “não vai ser, como sempre, uma questão de anos, mas antes de semanas”.

Iniciativas semelhantes de países dos Balcãs ocidentais tiveram de esperar, no mínimo, meses para o início do mecanismo, após o seu pedido de adesão.

A vice-primeira-ministra da Integração Europeia e Euro-Atlântica da Ucrânia, Olga Stefanishina, já disse que tem esperança de que o país possa tornar-se candidato à adesão à UE já em Junho próximo.

“Esperamos que, na cimeira dos líderes da UE em Junho deste ano, a Ucrânia se torne candidata à adesão, e que esse processo abra novos horizontes políticos para nós, mas acima de tudo, horizontes financeiros“, apontou, segundo a agência de notícias Interfax.
UE arma Ucrânia

Após o encontro com Zelenskyy, Von der Leyen sublinhou que “a Ucrânia pertence à família europeia”. “Vamos acelerar este processo tanto quanto conseguirmos, enquanto garantindo que todas as condições são respeitadas”, prometeu também numa publicação no Twitter.

Von der Leyen escreveu ainda que a UE “alocou mil milhões de euros para apoiar as Forças Armadas Ucranianas com armas” e assegurou que “mais virá”. “Vamos propor mais 500 milhões para apoiar as Forças Armadas Ucranianas”, notou ainda.

“O povo ucraniano está a segurar a torcha da liberdade para todos nós”, acrescentou.

UE diz que ataque a estação de comboios é “crime de guerra”

Von der Leyen também condenou o ataque a uma estação de comboios ucraniana na cidade de Kramatorsk, que matou 52 pessoas. “É um pesadelo”, referiu a presidente da CE.

A UE já se manifestou “profundamente consternada” com o ataque russo contra a esta estação, sublinhando que os responsáveis por este “crime de guerra” devem “prestar contas”.

“Não deve haver impunidade para os crimes de guerra. A UE apoia medidas para garantir a prestação de contas pelas violações dos direitos humanos e do direito internacional humanitário”, sublinhou, em comunicado, um porta-voz do Serviço Europeu de Acção Externa.

A UE condenou o “bombardeamento brutal e indiscriminado de civis inocentes, incluindo de muitas crianças” que fugiam do terror dos ataques russos nesta localidade na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Segundo as autoridades ucranianas, no ataque morreram 52 pessoas, incluindo oito crianças, e cerca de cem pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade.
Borrell anuncia regresso de embaixador da UE a Kiev

O chefe da diplomacia europeia anunciou, durante a visita a Kiev com Von der Leyen, o regresso do embaixador da UE à capital ucraniana, para que o bloco europeu e a Ucrânia possam “trabalhar juntos de forma ainda mais directa e estreita”.

“A UE volta a Kiev. Digo-o literalmente: o nosso chefe de delegação voltou a Kiev, para que possamos trabalhar juntos de forma ainda mais directa e estreita”, anunciou o Alto Representante da UE para a Política Externa na capital ucraniana.

As forças russas tentaram entrar em Kiev nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de Fevereiro, mas a cidade resistiu aos ataques russos e o Governo continuou a trabalhar desde a capital, tendo Borrell considerado “impressionante” a forma como as autoridades conseguiram prosseguir o seu trabalhado “em circunstâncias tão difíceis”.

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos, naquela que é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

https://zap.aeiou.pt/von-der-leyen-foi-a-bucha-472493


Rússia reorganiza cúpula militar - Putin quer declarar vitória a 9 de Maio, avançam fontes europeias !


A Rússia reorganizou a cúpula militar que dirige as operações na Ucrânia para melhorar a coordenação das unidades no terreno, disse hoje fonte ocidental à emissora britânica BBC.

O Kremlin designou o general Alexander Dvornikov, com experiência na Síria, como primeiro responsável da cadeia de comando para dirigir a invasão, indicou a mesma fonte ao canal público, que não revela a sua identidade.

O exército russo manteve até agora vários grupos operacionais com comandos independentes e 44 dias depois de começar os ataques na Ucrânia não conseguiu cumprir os objetivos, nem tomar grandes cidades como a capital, Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, pode colocar à frente certos “imperativos políticos”, face a outras “prioridades militares” na hora de decidir os passos seguintes, segundo a BBC.

A importância do 9 de Maio

Moscovo está a acelerar a prossecução de objetivos para conseguir “algum êxito” antes de 9 de Maio, quando a Rússia comemora a vitória na Segunda Guerra Mundial. Nos últimos dias, as tropas russas retiraram-se das imediações de Kiev e outras zonas da Ucrânia para centrar esforços numa ofensiva na região de Donbass, leste do país.

De acordo com a AFP, Putin quer garantir o cumprimento de alguns objetivos fundamentais antes desta importante data, que todos os anos é assinalada com uma parada com pompa e circunstância na Praça Vermelha, em Moscovo.

Um dos alvos é a região do Donbass, que a Rússia quer controlar totalmente, visto que apenas algumas partes estão sob o domínio dos separatistas pró-Moscovo.

O Kremlin quer também continuar com as negociações, mas alguns especialistas acreditam que os russos querem conseguir uma grande vitória militar numa das principais cidades antes de haver mais progressos pela via diplomática.

Segurar a economia é também importante, numa altura em que o efeito das sanções e da inflação já se faz sentir. O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, revelou na quinta-feira que a economia russa precisa de “pelo menos meio ano” para se conseguir ajustar e recuperar face ao rombo que tem sofrido.

Além disto, o Kremlin quer ainda continuar de olho na oposição dentro da Rússia e manter o controlo na guerra mediática e de informação dentro do país.

Os responsáveis ocidentais acreditam ainda que Putin pode declarar a vitória na guerra a 9 de Maio, mesmo que no terreno as tropas russas não estejam a ganhar.

“Há uma tensão entre a lógica militar de reorganizar as forças para o revigoramento da operação russa no Donbass, potencialmente usando táticas mais apropriadas, contra a imperativa política de se continuar a operação e avançar-se rápido”, revela um responsável citado pelo Evening Standard.

As fontes adiantam que o comandante das forças russas tem uma escolha “delicada” para fazer. “É inteiramente possível que a necessidade de se agir rápido seja motivada pelo imperativo político, já falamos sobre o potencial impacto do 9 de Maio e o desejo de Putin de ter algum tipo de sucesso nessa altura”, remata.

Guerra já causou 11 milhões de refugiados

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russia-cupula-militar-putin-vitoria-9-maio-472487

 

sábado, 9 de abril de 2022

Startup britânica cria “escudo de invisibilidade” totalmente funcional !

Uma startup britânica quer fabricar e lançar no mercado um verdadeiro “escudo de invisibilidade”. Para já, o produto ainda está na fase de crowdfunding.

Segundo o IFL Science, o inovador painel de plástico de aspeto transparente não requer qualquer fornecimento de eletricidade ou energia externa. Em vez disso, utiliza uma lente ótica que reflete a luz para dar a impressão de que o sujeito atrás do painel é invisível.

Apesar de parecer totalmente transparente, o painel mostra uma representação desfocada do que está por trás dele. As condições de luz e a roupa do indivíduo, por exemplo, podem ter impacto na eficácia da ilusão.

Ainda assim, de acordo com a Invisibility Shield Co., os resultados são os mesmos quer o observador esteja a 5 ou 100 metros de distância do escudo.

“Cada escudo utiliza uma matriz de lentes fabricadas com precisão para direcionar grande parte da luz refletida do indivíduo para longe do observador, enviando-a lateralmente através da face do escudo”, escreve a empresa.  

“Como as lentes nesta matriz são orientadas verticalmente, a faixa de luz orientada verticalmente refletida pelo sujeito rapidamente se torna muito difusa quando espalhada horizontalmente ao passar pela parte de trás do escudo”, explica ainda.

À medida que entra na matriz, a luz que atinge os lados é “esticada” para cobrir toda a superfície, tornando a imagem difusa. Já a luz mais central por trás do escudo, onde está o objeto “invisível”, é refletida para trás e para os lados.

Até ao momento, a startup britânica criou 25 escudos de invisibilidade totalmente funcionais. O objetivo é criar dois tamanhos no futuro: um pequeno, de 21 por 31 centímetros, disponível por 64 dólares, e um maior, de 65 por 95 centímetros, por 391 dólares.

https://zap.aeiou.pt/startup-britanica-cria-escudo-de-invisibilidade-totalmente-funcional-472119


Emprego das 9h às 17h ? Não ! Nova regra: das 9h às 22h !


Com a pandemia, trabalho e vida misturam-se mais. Trabalhar a partir de casa também pode ter desvantagens. Eis o “dia dos três picos”.

O tele-trabalho passou a ser a regra em milhões de casas, desde Março de 2020. O coronavírus mudou muita coisa e o local de trabalho foi uma das mudanças mais significativas, em dezenas de países.

Mas trabalhar a partir de casa também originou dias de trabalho mais longos, para muitas pessoas.

Na semana passada, a Microsoft publicou um estudo sobre o crescimento do “dia dos três picos”.

Os picos são os momentos em que as teclas dos computadores são mais carregadas. Ou seja, os momentos em que as pessoas estão a escrever mais, em que estão mais atarefadas, previsivelmente.

Esses picos acontecem agora em três fases ao longo do dia: perto das 11h da manhã, logo a seguir ao almoço (estes dois já existiam) e o último decorre perto das…22h.

As pessoas estão a trabalhar em casa e, em muitos casos, o seu dia completo resume-se ao trabalho.

“Se a pandemia revelou alguma coisa sobre a vida laboral, foi isto: o trabalho e a vida estão misturados como nunca”, lê-se na análise da Microsoft.

Nova rotina

Sobretudo para quem tem crianças pequenas em casa, passou a haver flexibilidade para levar e buscar os filhos à escola.

Mas, por outro lado, o pequeno-almoço passou a ser tomado em simultâneo com uma reunião online no computador portátil que está em cima da mesa da cozinha; e depois do jantar, com as crianças na cama, aproveita-se o silêncio para se trabalhar até às 22h ou 23h, ou para responder a quem não teve resposta durante o resto do dia, ou para completar alguma tarefa, ou para comunicar em directo com pessoas de outros países, com outros fusos horários.

A Microsoft registou, logo nos primeiros tempos da COVID-19, que o número de reuniões online através do Teams aumentou muito em horários fora do período 9h-17h. O maior aumento foi entre as 18h e as 20h. E a mesma plataforma regista mais 42% de conversas fora do horário “normal” de trabalho, desde que surgiu a pandemia.

9h-22h: questões

A regra veio para ficar: para muita gente, o dia de trabalho continua a começar às 9h mas, com ou sem pausas pelo meio para estar com as crianças, só termina depois das 22h.

“Isto levanta questões: esta nova tendência é flexibilidade ou é o trabalho a invadir o espaço pessoal das pessoas? Como conseguiremos garantir que as pessoas não estão a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana?”, perguntou a investigadora da Microsoft, Shamsi Iqbal, que também levantou a hipótese do aumento do fenómeno burnout, o esgotamento relacionado com o trabalho.

Os mesmos dados da Microsoft revelaram que desde Março de 2020, em média, o tempo que cada pessoa gasta no trabalho diariamente aumentou 13%, cerca de uma hora por dia.

E ainda há outro factor relacionado com estes números: as reuniões online. Comparando com o período pré-pandemia, a quantidade de reuniões aumentou 250%, revelou a responsável da Microsoft, Mary Czerwinski. O resto do trabalho é “empurrado” para a noite.

Resta saber o que vai acontecer na mudança para o regime de trabalho híbrido: alguns dias em casa, alguns dias na sede da empresa.

https://zap.aeiou.pt/emprego-das-9h-as-22h-472260

 

Ucrânia - Ataque em estação de comboio de Kramatorsk faz 30 mortos e 100 feridos !


Ataque aconteceu no dia em que Ursula von der Leyen visita Kiev, acompanhada de Josep Borrell.

Um ataque russo com recurso a rockets provocou, esta manhã, pelo menos 30 vítimas mortais numa estação ferroviária de Kramatorsk, na província de Donestsk, localizada na zona leste da Ucrânia. O ataque aconteceu numa altura em que muitos civis tentavam abandonar a região após os apelos das autoridades locais para que fizessem precisamente isso. De acordo com o governo ucraniano, os russos estarão a preparar um grande ataque à região Leste do país, as quais pretendem conquistar até ao início de maio.

“Os monstros russos nunca vão abandonar os seus métodos. Sem terem a força e a coragem para lutar connosco no campo de batalha, estão constantemente a atacar cinicamente a população civil. Este é um mal que não parece ter limites. E se não for punido, nunca vai parar”, reagiu Zolodymyr Zelenskyy, presidente ucraniano.

De acordo com o autarca local, Oleksander Honcharenko, cerca de 4 mil pessoas estariam na infraestrutura quando o ataque aconteceu. A companhia estatal de caminhos-de-ferro também especificou que dois rockets atingiram a estação ferroviária”, acrescentando que não existiam tropas ucranianas no local. Segundo o Público, a cidade de Kramatorsk é utilizada como ponto de acolhimento para civis que pretendem proteger-se dos bombardeamentos russos.

A Rússia já negou a autoria do ataque. Através da agência de notícias RIA, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que o míssil que atingiu a estação corresponde a um tipo de armas usado unicamente pelos militares ucranianos e semelhante ao que atingiu o centro da cidade de Donetsk, a 14 de março.
 
Já esta semana, três comboios que transportavam civis foram bloqueados na mesma região após as linhas ferroviárias terem sido atingidas por um ataque aéreo.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, já condenou o ataque. “Condenou veementemente o ataque indiscriminado desta manhã contra uma estação de comboio em Kramatorsk pela Rússia, que matou dezenas de pessoas e deixou muitas mais feridas“, escreveu no Twitter. O diplomata acrescentou ainda que o ataque “é mais uma tentativa de fechar vias de saída para aquelas que fogem desta guerra injustificada e de causar sofrimento humano”.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-ataque-em-estacao-de-comboio-de-kramatorsk-faz-30-mortos-e-100-feridos-472329


Nobel da Paz Dmitry Muratov atacado com tinta vermelha num comboio russo !


O ataque a Dmitry Muratov terá ocorrido numa composição que ligava Moscovo a Samara. Um agressor lançou tinta vermelha sobre os olhos do prémio Nobel da Paz.

O editor do Novaya Gazeta e vencedor do prémio Nobel da Paz, Dmitry Muratov, disse, esta quinta-feira, que foi atacado num comboio por um agressor que lançou tinta vermelha sobre os seus olhos.

O ataque terá ocorrido numa composição que ligava Moscovo a Samara, disse Muratov ao Novaya Gazeta Europe, um projeto lançado pela redação do jornal que suspendeu as suas publicações na semana passada, após pressão do Kremlin.

“Os meus olhos ardem terrivelmente”, queixou-se no canal de Telegram da publicação, onde adiantou, também, que o agressor gritou “Muratov, esta é pelos nossos rapazes” e onde mostrou fotografias de um compartimento de uma carruagem manchado de tinta vermelha.

O Novaya Gazeta, principal jornal independente da Rússia, anunciou a 28 de março a suspensão de todas as suas publicações durante o que chamou, entre aspas de citação, a “operação especial” na Ucrânia, termo que as autoridades russas insistem que deve ser usado pela referir a guerra na Ucrânia.

O jornal foi o último grande meio de comunicação independente a criticar o Governo de Vladimir Putin, após vários outros terem também encerrado ou visto os seus sítios de internet serem bloqueados desde o início da invasão russa à Ucrânia, a 24 de fevereiro.

Entretanto, o alto representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Josep Borrel, já classificou como “inaceitável” o ataque sofrido por Muratov.

“Isto é completamente inaceitável e um ataque à segurança dos jornalistas e à liberdade dos meios de comunicação na Rússia”, afirmou Borrell no Twitter.

Em 2021, Dmitry Muratov partilhou o prémio Nobel da Paz com a jornalista filipina Maria Ressa.

https://zap.aeiou.pt/nobel-da-paz-dmitry-muratov-atacado-472361


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...