segunda-feira, 18 de abril de 2022

A melatonina não cura os problemas de sono — E a sua generalização está a preocupar cada vez mais os médicos !


Especialistas norte-americanos alertam para o facto de os rótulos nem sempre corresponderem ao conteúdo das embalagens.

Está presente numa grande variedade de produtos, mas a sua eficácia é limitada e temporária, pelo que os especialistas defendem formas alternativas de se conseguir um bom sono. A melatonina ressurgiu em força durante a pandemia, face às muitas dificuldades que os indivíduos estavam a sentir para adormecer face ao stress, à enxurrada de notícias negativas ou a menor atividade física.

Por isso, não é por acaso que as vendas da melatonina tenham aumentado drasticamente. De acordo com dados divulgados pela Nielsen, empresa global de recolha de números, em 2020, os americanos gastaram 826 milhões de dólares em suplementos de melatonina, um aumento de 43% face ao ano anterior.

Este crescimento tem preocupado os médicos, que alegam que os suplementos de melatonina não são regulados pela Food and Drug Administration (FDA), entidade equiparada ao Infarmed em Portugal. Como tal, não há garantias de que o que o rótulo corresponda, de forma fiel, ao conteúdo da embalagem.

“Trata-se do único suplemento hormonal que não é aprovado pela FDA”, aponta Jamie Zeitzer, professor de Psiquiatria e Saúde Comportamental na Universidade de Stanford.

Mas, afinal, o que é a melatonina?

A melatonina consiste numa hormona que o nosso corpo produz naturalmente durante o ciclo sono — ou aquilo a que os investigadores chamam o ritmo circadiano. À medida que se torna mais escura, a glândula pineal segrega a melatonina. O mecanismo molecular preciso pelo qual a melatonina afecta o sono não é claro, mas, a melatonina sintética é frequentemente utilizada eficazmente para tratar fenómenos como as insónias e jet lag.

Nos Estados Unidos, a melatonina sintética é vendida sem qualquer exigência, ao passo que no Reino Unido só está disponível mediante receita médica e apenas para problemas de sono de curto prazo (prescrita até 13 semanas).

Embora Zeitzer não acredite que seja necessária uma receita médica para a ingestão de melatonina, o especialista apela a que a venda dos produtos seja regulada pela FDA, à semelhança do que acontece com Tylenol ou outros medicamentos de venda livre. Avisa ainda as pessoas para que sejam muito cautelosas quando medicam as crianças.
O problema dos suplementos de melatonina

Tal como nota a Inverse, muitas vezes o que está no rótulo dos suplemento não regulados, incluindo a melatonina, nem sempre corresponde à composição real, com a qualidade e os ingredientes a variar muito.De facto, estudos recentes descobriram que a quantidade de melatonina nestes suplementos nem sempre reflecte o que o frasco diz, não sendo de descartar a existência de outros ingredientes potencialmente nocivos e cuja presença não foi identificada.

Um estudo de 2017 publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine descobriu que a quantidade de melatonina em vários suplementos pode variar entre 83% negativos e mais de 478% do que está no rótulo. Verificou-se ainda que 70% dos produtos testados tinham concentrações de melatonina inferiores ou iguais a 10 por cento do que foi inicialmente alegado. Pior: os autores escrevem, “o conteúdo de melatonina entre lotes de um mesmo produto variou até 465%”.

Por se tratar de hormona produzida naturalmente pelo organismo, os suplementos de melatonina são muitas vezes considerados “não-sedantes e não-vedantes“, ambos verdade. Estes termos implicam frequentemente um nível de segurança geral, no entanto, que simplesmente não é confirmado pela ciência.

Os investigadores ainda não testaram completamente os efeitos da toma de melatonina em doses elevadas nem a testaram durante um período de tempo prolongado, diz Roban. Doses mais elevadas (acima de 5 mg) são também mais susceptíveis de resultar em efeitos secundários negativos, um estudo de 2018 descobriu.

Os efeitos secundários negativos da melatonina

Os efeitos secundários negativos são uma preocupação real, considerando quantos produtos de venda livre – tanto de acordo com o rótulo como confirmados através de testes independentes – têm mais de 5 miligramas. “Se entrar na sua farmácia local, a maioria dos produtos de melatonina são 5 a 10 miligramas”, diz Roban.

“Foi demonstrado que qualquer coisa acima de 5 miligramas aumenta a probabilidade de efeitos secundários negativos como náuseas, aumento da ansiedade, e dores de cabeça. Os efeitos secundários de que mais ouço falar são sonhos e pesadelos muito reais“.

Embora o mecanismo preciso pelo qual a melatonina pode causar sonhos reais e pesadelos não seja conhecido, alguns médicos têm avançado com a hipótese de que a melatonina pode prolongar o chamado sono REM — o ciclo de sono em que os sonhos ocorrem — aumentando a probabilidade de se ter sonhos reais ou pesadelos. Isto pode ser particularmente problemático, por exemplo, quando os pais querem tratar a insónias dos seus filhos com melatonina.

Há também razões para manter o uso de melatonina a curto prazo. Para algumas pessoas, pode funcionar temporariamente, mas não se destina a ser usada a longo prazo. O que vai acontecer é que os seus problemas de sono vão voltar porque não se está a chegar à raiz do problema.
Como obter um sono melhor — sem tomar melatonina

Embora a melatonina possa parecer uma recurso fácil, existem alternativas. Talvez formas mais sustentáveis de obter uma noite de descanso adequada. A causa número um de problemas comportamentais do sono é o stress e a ansiedade, avançam os especialistas. Para os resolver, recomendam que se tente acalmar o corpo, bem como a mente.

Igualmente importante é o que não se faz antes de se tentar adormecer. Ver um espectáculo excitante ou intenso, fazer exercício ou olhar fixamente para o telefone ou computador, tudo isto faz a lista do que não se deve fazer antes de dormir. Se, por alguma razão, tiver de estar com o telefone ou a olhar para um ecrã antes de dormir, usar óculos de luz azul pode ajudar a compensar alguns dos efeitos estimulantes anti-melatonina dessa luz.

As famosas rotinas calmantes também podem ser um sinal para o cérebro de que está na hora de acalmar e ajudar a relaxar o corpo. “Parece óbvio, mas quando não estamos a fazer coisas que promovem o relaxamento e o sono, vai ser mais difícil relaxar e dormir”, diz Roban. “Tomar uma bebida estimulante do sono como leite morno ou chá de camomila enquanto se tenta dormir é uma grande rotina pré-cama”.

Não só a rotina sinalizará mentalmente ao seu cérebro que está na hora de se acalmar, como também se pensa que o leite quente também estimula os efeitos do triptofano no cérebro. Whitney Roban trabalha frequentemente com adolescentes e adultos que têm problemas de sono e diz que um tema comum entre ambos os grupos etários é a ansiedade por não serem capazes de adormecer. Isso pode desencadear um ciclo vicioso.

Como tal, diz que não se opõe à ideia de ajudas ao sono, só que não temos uma que tenha sido provada ser completamente segura e eficaz a longo prazo. Até lá, ela diz: “Só precisamos de dar prioridade ao sono. E a boa notícia é que existem formas muito simples e diretas de o fazer”.

https://zap.aeiou.pt/a-melatonina-473658


Marine Le Pen acusada de “desvio de fundos públicos” - Cerca de 600.000 euros !


A candidata presidencial francesa da extrema-direita Marine Le Pen e pessoas próximas dela são acusadas de ter desviado cerca de 600.000 euros de dinheiro público europeu durante os respetivos mandatos como eurodeputados.

A acusação provém do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), segundo um novo relatório divulgado no sábado pelo portal de informação francês Mediapart e enviado à justiça francesa.

Questionado pela agência de notícias francesa AFP, o Ministério Público de Paris confirmou ter recebido a 11 de março este relatório, que está agora a ser analisado.

“Estou espantado com o momento escolhido para a revelação” e a sua “instrumentalização”, reagiu Rodolphe Bosselut, o advogado de Marine Le Pen, que se encontra em campanha para a segunda volta das eleições presidenciais em França, que se realizará a 24 de abril, e em que enfrentará o atual chefe de Estado, o centrista Emmanuel Macron.

Bosselut declarou-se também “consternado com a forma como o OLAF está a atuar, sem contraditório” e em relação a “factos antigos, com mais de dez anos” em alguns casos.

Marine Le Pen “não foi intimada por qualquer autoridade judicial francesa”, acrescentou, lamentando ainda que nem ele nem a sua cliente tenham recebido o relatório final.

Segundo o advogado, a investigação do OLAF está em curso desde 2016 e Le Pen foi interrogada por correio em março de 2021.

O novo relatório do OLAF, do qual o Mediapart publicou excertos, diz respeito a ajudas que os grupos políticos podem utilizar no âmbito do seu mandato de deputados europeus e que Marine Le Pen e pessoas próximas dela terão utilizado para fins políticos nacionais, despesas pessoais e subsídios a empresas próximas do seu partido, então chamado Frente Nacional (FN, atualmente União Nacional), e do grupo parlamentar de extrema-direita Europa das Nações e das Liberdades (ENL).

O OLAF implica Marine Le Pen, outros três ex-eurodeputados franceses – o seu pai, Jean-Marie Le Pen, o seu antigo companheiro, Louis Aliot, e Bruno Gollnisch, membro do secretariado nacional da FN – e o ENL.

O organismo acusa-os de terem desviado cerca de 600.000 euros, cujo reembolso pretende que seja feito.

Segundo o relatório, a candidata da Frente Nacional terá pessoalmente desviado cerca de 137.000 euros de dinheiro público do Parlamento de Estrasburgo quando foi eurodeputada, entre 2004 e 2017.

Desde junho de 2017, Marine Le Pen é também perseguida judicialmente no âmbito do inquérito em curso em Paris sobre suspeitas de criar empregos fictícios no Parlamento Europeu para assistentes do partido.

Neste momento, está, portanto, indiciada por “desvio de fundos públicos” e “cumplicidade” no crime em causa neste inquérito.

https://zap.aeiou.pt/marine-le-pen-acusada-de-desvio-de-fundos-publicos-cerca-de-600-000-euros-473930


Aquela “pessoa” que o contactou do nada no LinkedIn pode ser uma conta falsa gerada por inteligência artificial !

Um telemóvel com redes sociais instaladas, como o Twitter e o LinkedIn
Várias empresas de marketing estão a criar perfis falsos com fotos geradas por Inteligência Artificial. O LinkedIn apagou 15 milhões de perfis falsos só nos primeiros seis meses de 2021.

Quase todas as pessoas com uma conta no LinkedIn já receberam pedidos de conexão ou mensagens de estranhos — muitas vezes a oferecer oportunidades de negócio “imperdíveis”. Mas é agora provável que a pessoa que nos contacta nem sequer uma pessoa seja, escreve o NPR.

Algumas empresas estão agora a usar contas falsas com fotografias geradas por sistemas de inteligência artificial na esperança de aumentarem as vendas.

Uma utilizadora do LinkedIn revelou que recebeu um inquérito de software no site e apesar da pessoa que lhe mandou a mensagem parecer real, depois de uma inspeção mais próxima, reparou que a foto de perfil mostrava uma mulher apenas com um brinco e com algumas mechas de cabelo a desaparecer e reaparecer — um sinal de que a foto foi criada com inteligência artificial.

Mas a utilizadora em questão não era uma qualquer. Renée DiResta é uma “investigadora veterana que estudou campanhas de desinformação russas e conspirações anti-vacina” e reparou logo nos sinais.

Este caso fez com que DiResta se aliasse a Josh Goldstein, que também trabalha no Observatório de Internet da Universidade de Stanford. Os dois lançaram uma investigação que descobriu mais de 1000 contas falsas semelhantes na plataforma.

Cerca de 70 empresas estavam referidas com empregadoras destas contas falsas. A equipa avisou-as deste facto e algumas revelaram que tinham contratado empresas de marketing externas para as ajudar com as vendas, mas que não tinham conhecimento ou aprovado o recurso a perfis criados com inteligência artificial.

Um CEO revelou que pensava que as contas eram simplesmente os verdadeiros funcionários da empresa de marketing que tinha contratado.

Apesar de não serem ilegais, o LinkedIn confirma que os perfis falsos vão contra os seus termos de serviço e que já os começou a apagar, tendo removido 15 milhões de contas no primeiro semestre de 2021.

No entanto, a evolução tecnológica tem dificultado cada vez a distinção entre os perfis verdadeiros e as fotos criadas com IA, especialmente com o surgimento das Deepfakes.

https://zap.aeiou.pt/pessoa-contactou-linkedin-conta-falsa-473686


domingo, 17 de abril de 2022

Bill Gates quer criar uma task force global contra novas pandemias !


Na conferencia anual do TED, em Vancouver, no Canadá, Bill Gates instou os líderes mundiais a criarem uma equipa de responsáveis que ajudaria a identificar e rastrear os vírus emergentes.

Bill Gates não está convencido de que a pandemia de covid-19 será a última que o mundo terá de enfrentar nos próximos anos. Para que os países estejam preparados contra o próximo agente infeccioso desconhecido, o fundador da Microsoft propõe a criação de uma task force internacional de vigilância.

A ideia da criação da equipa GERM (Global Epidemic Response and Mobilization) para resposta e mobilização global contra epidemias envolve um investimento de mil milhões de dólares por ano, além de investimentos em investigação para diagnósticos e em sistemas de saúde em todo o mundo.

De acordo com o Fast Company, a equipa seria composta por cerca de três mil pessoas, coordenadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja única prioridade seria prevenir pandemias.

A GERM seria constituída por vários especialistas, desde epidemiologistas e cientistas de dados a peritos em logística, assim como especialistas com capacidades de comunicação e diplomacia.

Gates espera que a ideia se materialize numa proposta real nos próximos meses. Apesar de admitir que será necessário um debate para descobrir como organizar e financiar esta task force, o filantropo defende que deviam ser os países mais ricos a fazê-lo.

“A missão é parar os surtos antes que se transformem em pandemias“, sublinhou Bill Gates durante a sua intervenção, frisando que a rapidez é crucial: se os governos tivessem sido capazes de impedir a propagação da covid-19 nos seus primeiros 100 dias, teria poupado “mais de 98% das vidas perdidas”.

“Quando a covid-19 atingiu, éramos como Roma antes de ter baldes de incêndio e bombeiros”, disse o empresário, numa analogia que serviu para lembrar que o que mundo viveu (e vive) nos últimos anos é como “um terrível incêndio”.

https://zap.aeiou.pt/bill-gates-task-force-contra-pandemias-473670


Pode ser difícil, mas não é impossível provar o genocídio na Ucrânia !


Deverão as atrocidades na Ucrânia ser chamadas crimes de guerra, limpeza étnica ou genocídio? Os termos, por vezes, podem ser difíceis de distinguir.

Os peritos dizem que distinguir os rótulos é crucial, quando se investiga os responsáveis e se procura justiça nos tribunais internacionais.

“Estamos definitivamente a ver provas de crimes contra a humanidade e crimes de guerra”, afirma Leila Sadat, perita em crimes de guerra e direito internacional na Universidade de Washington em St. Louis, segundo a NPR.

“O genocídio requer esta intenção especial, por isso temos de mostrar que estão a cometer todos estes crimes terríveis a fim de destruir, em parte ou no todo, um grupo em particular”, sublinha Sadat.

O genocídio pode assim ser extremamente difícil de provar perante o Tribunal Penal Internacional e o Tribunal Internacional de Justiça, explica a especialista.

Os procuradores têm de entrar na mente dos criminosos e mostrar que existe uma intenção específica. Alegações de crimes de guerra anteriores na Síria, na região de Darfur no Sudão e na ex-Jugoslávia mostram como pode ser difícil rotular corretamente os crimes, ao procurar justiça.

A comunidade internacional, segundo Sadat, acredita que, por vezes, a limpeza étnica pode ser uma forma de genocídio.

“E vimos isso nas primeiras decisões do Tribunal Penal Internacional, na situação que envolvia Darfur, onde o procurador acusou genocídio porque havia de facto um padrão de limpeza étnica, destruindo aldeias, expulsando pessoas das suas casas, aterrorizando uma população civil. Um padrão muito semelhante ao que vimos na ex-Jugoslávia. Ao que vimos em Darfur. E ao que estamos agora a ver na Ucrânia”, nota.

“Felizmente, a Ucrânia declarou que o estatuto do Tribunal Penal Internacional (TPI) era aplicável ao seu território em 2014 e 2015. Assim, ao contrário do Assad na Síria, que nunca, nunca aceitaria a jurisdição do TPI, o presidente e o parlamento ucraniano fizeram-no. E por isso o TPI tem aqui jurisdição”, acrescenta.

De acordo com a especialista, “os crimes contra a humanidade são tão graves como o genocídio” e, nesse aspeto, “não há hierarquia“.

Um exemplo de crimes contra a humanidade é “aquilo de que os nazis foram acusados pelo Holocausto”, explica.

“E por isso sei que a comunidade internacional e os grupos de vítimas tendem a agarrar-se a este conceito de genocídio porque temos um tratado sobre o mesmo e ainda não temos o tratado sobre crimes contra a humanidade”, continua.

“Por isso, parece que são menos importantes. Não são menos importantes. São crimes absolutamente horríveis que envolvem ataques a uma população civil e a desumanização do espírito humano e dos seres humanos. Portanto, é realmente importante notar que esta ideia de limpeza étnica e crimes contra a humanidade é um crime muito, muito grave”, sublinha Sadat.

Sadet foi questionada sobre se é hipócrita que os EUA prometam ajudar a investigar possíveis crimes de guerra russos, quando não são membros do TPI, e não parecem querer ser responsabilizados pelos seus próprios alegados crimes de guerra.

“É hipócrita, e no entanto é uma coisa realmente boa”, responde a especialista. “A administração Biden está a considerar seriamente o desmantelamento de alguns dos obstáculos à cooperação com o Tribunal Penal Internacional, porque pode ver que este é exatamente o tipo de situação que o TPI foi criado para resolver“, explica.

“Já temos um procurador com jurisdição. Temos juízes todos prontos para aprovar mandados de captura e ouvir casos de confirmação. Não temos de recrutar pessoal e contratar novas pessoas e descobrir que lei deve ser aplicada”, relata Sadet.

“Temos um tribunal pronto e disposto a fazer o trabalho, e aqueles de nós que estiveram envolvidos com o Tribunal Penal Internacional durante 20 anos têm vindo a apresentar este argumento há 20 anos”, acrescenta.

“Então, os Estados Unidos estão a chegar um dia atrasados à festa? Sem dúvida que sim, e penso que é ótimo que estejam finalmente a chegar lá“, conclui Sadet.

https://zap.aeiou.pt/pode-ser-dificil-mas-nao-e-impossivel-provar-o-genocidio-na-ucrania-473691


Homem mais rico da Ucrânia promete ajudar a reconstruir Mariupol !


O dono dos complexos industriais Azovstal e Illich em Mariupol, fábricas de aço e ferro, comprometeu-se a ajudar a reconstruir Mariupol.

“A minha ambição é regressar a uma Mariupol ucraniana e implementar os nossos planos para que o aço ali produzido possa competir nos mercados globais como antes”, sublinhou o empresário, segundo o Observador.

Rinat Akhmetov é dono dos complexos industriais Azovstal e Illich em Mariupol e o homem mais rico da Ucrânia.

Em respostas enviadas por escrito à agência Reuters, o empresários promete ajudar a reconstruir a cidade assim que for possível. A fábrica Azovstal é atualmente um dos últimos redutos da resistência em Mariupol.

“Acredito que os nossos corajosos soldados defenderão a cidade, embora perceba o quão difícil é para eles”, afirmou Akhmetov.

Na sexta-feira, a siderurgia Metinvest disse que não deixaria as suas fábricas, Azovstal e Illich, operarem sob ocupação russa.

” minha ambição é regressar a uma Mariupol ucraniana e implementar os nossos planos para que o aço ali produzido possa competir nos mercados globais como antes”. Akhmetov regressou definitivamente ao seu país a 23 de fevereiro, um dia antes do início da guerra, mas não revela o seu paradeiro.

“Mariupol é uma tragédia global e um exemplo global de heroísmo. Para mim, Mariupol foi e sempre será uma cidade ucraniana”, realçou à Reuters.

“Para nós, a guerra rebentou em 2014. Perdemos todos os nossos ativos na Crimeia e no território temporariamente ocupado de Donbass”, refeiu, frisando que perder os negócios os tornou mais fortes.

“Estou confiante de que, como maior empresa privada do país, o Grupo SCM desempenhará um papel fundamental na reconstrução da Ucrânia no pós-guerra”, salientou. “Precisaremos de um programa de reconstrução internacional sem precedentes, um Plano Marshall para a Ucrânia“.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/homem-mais-rico-da-ucrania-promete-ajudar-a-reconstruir-mariupol-473882


Boris Johnson proibido de entrar na Rússia !


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está proibido de entrar na Rússia, como resposta às sanções impostas por Londres à invasão militar da Ucrânia, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Segundo avançou o ministério liderado por Serguei Lavrov em comunicado, a proibição de entrada no país estende-se também a outros altos responsáveis britânicos, incluindo vários membros do Governo de Boris Johnson.

“Esta medida foi tomada em resposta à campanha política e mediática desenfreada destinada a isolar a Rússia internacionalmente e criar as condições para (…) estrangular a economia nacional”, justificou a diplomacia russa.

De acordo com Moscovo, o Governo britânico “agrava propositadamente a situação em torno da Ucrânia, enchendo o regime de Kiev de armas letais e coordenando esforços semelhantes por parte da NATO”.

“A política russofóbica das autoridades britânicas, que se encarregaram de promover uma atitude negativa em relação ao nosso país e de congelar laços bilaterais em praticamente todas as áreas, prejudica o bem-estar e os interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha”, sublinharam os Negócios Estrangeiros.
 
Além de Boris Johnson, a proibição de entrada na Rússia abrange também o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss, o ministro da Defesa Ben Wallace, a ex-primeira-ministra e agora deputada Theresa May e a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, adianta a agência France-Presse.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Zelenskyy: “No sul e no leste do país, a situação ainda é muito difícil” !


Zelenskyy alerta que sul e leste do país ainda estão longe da recuperação, que noutras zonas do país estão a ser feitos esforços de reconstrução.

O Presidente da Ucrânia descreveu, na habitual mensagem gravada, que a situação no sul e no leste do país está “ainda muito difícil”. Nesses locais, a Ucrânia está “longe” de poder falar em “recuperação”.

“No sul e no leste do país, a situação ainda é muito difícil, longe de podermos falar em recuperação”, defendeu, na noite desta sexta-feira.

Nos distritos ocupados das regiões de Kherson e Zaporíjia, “os militares russos continuam a aterrorizar civis”. “Estão à procura de qualquer pessoa que tenha estado associada ao exército ucraniano ou às agências governamentais”, denuncia.

“Os ocupantes pensam que isso vai de alguma forma facilitar-lhes o controlo do território. Mas estão errados”, acrescenta, segundo o Observador.
 
Zelenskyy sublinha também que a Rússia está cada vez mais isolada. “A Rússia perdeu a Ucrânia para sempre. Aliás, perdeu todo o mundo. Não será aceite em lado nenhum nunca mais”.

O presidente da Ucrânia aponta ainda a “crueldade” com que as tropas russas estão “a tentar conquistar” as regiões perto do Mar de Azov, Donbass e Kharkiv, mas dá conta dos esforços de reconstrução noutras zonas do país.

De acordo com o líder ucraniano, 918 povoações “já foram desocupadas”, as forças do país estão a desminar o território, a restaurar o fornecimento de eletricidade, água e gás, e a reconstruir estradas e caminhos de ferro.

Por exemplo, a partir de sábado, a ligação entre Chernihiv e Nizhyn será restabelecida, além de que há já comboios a sair das cidades da região de Sumy, que foi alvo de bombardeamentos.

“Estamos a fazer o que conseguimos para salvar as nossas pessoas“, realça ainda o Presidente ucraniano, sobre Mariupol.
Empresas retomam atividade

Volodymyr Zelenskyy informa ainda que teve esta sexta-feira uma reunião com representantes do governo, na qual tomou nota que quatro em cinco empresas ucranianas voltaram ao trabalho em áreas seguras, o que inclui sobretudo empresas de indústria pesada.

Além disso, as redes de transporte estão a ser reconstruídas e o comércio e os serviços mostram um “bom desempenho”. O Presidente ucraniano agradeceu aos empresários e trabalhadores que continuam a trabalhar.

“Não importa o que aconteça, em todas as cidades e comunidades onde não há ocupantes nem hostilidades, é necessário restaurar a economia ao máximo”, apela.

O discurso é também dirigido aos parceiros internacionais. Diz que as forças armadas estão a “repelir os ataques dos invasores” e a levar a cabo contra-ataques.

“O sucesso dos nossos militares no campo de batalha é muito significativo. Historicamente significativo. Mas ainda não é suficiente para limpar a nossa terra dos invasores”, salienta.

Zelenskyy voltou a pedir um reforço das sanções, que, embora reconheça que sejam “significativas”, “ainda não são suficientes” para parar a “máquina militar russa”.

“Se alguém pergunta [se a guerra vai durar] um ano ou anos, eu respondo: vocês podem encurtar a guerra. Quanto mais e mais cedo conseguirmos todas as armas que pedimos, mais forte a nossa posição será e mais cedo chega a paz”, nota, apelando a mais ajuda financeira, um “embargo ao petróleo” russo e o “bloqueio completo do setor financeiro” do país.

Quanto ao pedido de adesão à UE, indica que o “trabalho está quase completo”. “Iremos em breve dar respostas aos representantes da UE”, indica, depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leye, ter entregue ao país um questionário que têm de preencher para o processo adesão.

https://zap.aeiou.pt/zelenskyy-no-sul-e-no-leste-do-pais-a-situacao-ainda-e-muito-dificil-473856


Mais de 900 corpos de civis encontrados em Kiev, após retirada russa !


Mais de 900 corpos de civis foram descobertos na região de Kiev, após a retirada das forças russas, admitiu hoje o chefe de polícia regional.

Andriy Nebytov, chefe da força policial regional de Kiev, adiantou numa entrevista que os corpos foram abandonados nas ruas ou enterrados provisoriamente. Sublinhou ainda que 95% morreram por ferimentos de bala.

“Consequentemente, entendemos que sob a ocupação (russa) as pessoas foram simplesmente executadas nas ruas“, afirmou Nebytov, citado pela AP.

Estão a ser encontrados cada vez mais corpos todos os dias, sob escombros e em valas comuns, acrescentou o responsável, segundo o Jornal de Notícias.

Segundo o chefe da força policial, “a maioria das vítimas foi encontrada em Bucha, onde há mais de 350 cadáveres“.
 
O Ministério da Defesa da Rússia prometeu hoje aumentar os ataques com mísseis à capital ucraniana, como resposta à alegada agressão da Ucrânia ao território russo, uma ameaça que se seguiu à relevante perda do navio russo Moskva no Mar Negro.

Dias antes, Moscovo acusou Kiev de ferir sete pessoas e danificar cerca de 100 prédios de habitação com ataques aéreos em Bryansk, localidade russa próxima da fronteira com a Ucrânia.

Autoridades ucranianas não confirmaram alvos de ataque na Rússia e as informações não puderam ser verificadas de forma independente.

“O número e a escalada de ataques de mísseis contra objetivos em Kiev irão aumentar em resposta ao regime nacionalista de Kiev que comete qualquer ataque terrorista ou desvio no território russo”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão ​​​​​​​russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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sábado, 16 de abril de 2022

Comandante do Moskva morreu a bordo do navio: “Rússia vai retaliar” !


Segundo o conselheiro do Ministério dos Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, o capitão do navio de guerra russo ‘Moskva’, Anton Kuprin, morreu na sequência do ataque com mísseis Neptuno ucranianos que afundou o navio almirante da frota russa no Mar Negro.

O comandante do cruzador Moskva, que se afundou esta quinta-feira após o que os ucranianos dizem ter sido um “um corajoso ataque ucraniano” com dois mísseis Neptuno fabricados no país, terá morrido a bordo do navio.

Segundo uma nota publicada através do Telegram pelo conselheiro do Ministério dos Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, o comandante Anton Kuprin morreu após uma “explosão e incêndio a bordo”, quando o navio estava a ser rebocado para a base naval de Sevastopol, na Crimeia.

A Rússia desmente que o navio se tenha afundado na sequência de um ataque ucraniano, sustentando que o afundamento terá sido causado por um incêncio a bordo após uma explosão no paiol da embarcação.

“Durante o reboque do cruzador Moskva para o porto de designação, o navio perdeu estabilidade devido a danos no casco, sofridos durante a detonação de munições por causa de um incêndio. Em plena forte tempestade, o navio afundou”, disse o Ministério da Defesa russo, citado pela agência noticiosa TASS.

Segundo adiantou esta sexta-feira, um alto responsável do Pentágono, o cruzador russo Moskva foi afundado por dois mísseis ucranianos, no que considerou “um grande golpe para a Rússia“.

“Pensamos que eles o atingiram com dois Neptune”, indicou o responsável do Departamento da Defesa norte-americano, citado pela AFP a coberto do anonimato, desmentindo assim a versão de Moscovo segundo a qual o seu navio-almirante no teatro de guerra ucraniano foi “gravemente danificado por um incêndio”.

O responsável não confirmou, contudo, as informações de que o exército ucraniano terá distraído a defesa do Moskva com um ‘drone’ de um lado do navio, enquanto os Neptune, mísseis de cruzeiro antinavio ucranianos, o atingiam do outro lado.
Rússia “vai retaliar”

As forças militares ucranianas estão “plenamente conscientes” de que a Rússia não vai perdoar o ataque ao cruzador Moskva, “símbolo das ambições imperialistas” russas, afirmou hoje uma porta-voz militar, adiantando que não foi possível resgatar a tripulação.

“Estamos plenamente conscientes de que não seremos perdoados” pelo ataque ao Moskva, afirmou, em conferência de imprensa, a porta-voz do comando militar da região sul da Ucrânia, Natalia Goumeniouk, citada pela AFP.

Goumeniouk referiu que o ataque ao Moskva, que se afundou na quinta-feira no Mar Negro depois de ter sido atacado pela Ucrânia com mísseis Neptuno, “não atingiu apenas o navio, atingiu as ambições imperiais do inimigo“.

“Vimos navios a tentar ajudar o Moskva, mas até as forças da natureza estavam do lado da Ucrânia, uma tempestade impediu que o navio fosse salvo e que a tripulação fosse resgatada”, explicou a militar.

A responsável disse contudo não estar em condições de dar pormenores sobre o que ocorreu com a tripulação por falta de “dados fiáveis”.

Na quinta-feira, o Ministério da Defesa russo afirmou que a tripulação, composta por mais de 500 pessoas, tinha sido “resgatada para outros navios da Frota do Mar Negro que estavam nas proximidades”, sem especificar se houve baixas.

O Moskva acabou por se afundar enquanto era rebocado para a base nava de Sevastopol, porto mais próximo e centro de operações da frota russa no Mar negro.

Do lado da Ucrânia, explicou Goumeniouk, espera-se retaliação por parte da Rússia, que ainda na quinta-feira atingiu uma fábrica de armas a sudoeste da capital ucraniana, onde estariam a ser produzidos mísseis Neptuno, e ameaçou intensificar os ataques contra Kiev.

“Estamos conscientes de que os ataques contra nós irão intensificar-se, que o inimigo se vingará, que haverá ataques de mísseis e bombardeamentos de artilharia. Estamos prontos, iremos ripostar”, garantiu.

Novos ataques em Kiev

As forças russas destruíram este sábado uma fábrica de armamento que produz tanques nos subúrbios de Kiev e oficinas de reparação de equipamento militar em Mykolaiv (sul), anunciou o Ministério da Defesa russo.

Os ataques ocorreram um dia depois de a Rússia ter avisado que iria intensificar os ataques contra Kiev, na sequência de incursões ucranianas no seu território.

“Armas de alta precisão de longo alcance ar-terra destruíram os edifícios de produção de uma fábrica de armas em Kiev e uma oficina de reparação de equipamento militar em Nikolaev [nome russo de Mykolaiv]”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, citado pela agência oficial russa TASS.

O porta-voz disse que as forças russas destruíram 16 alvos inimigos com mísseis de alta precisão, incluindo equipamento militar, armazéns e bases de armazenamento de armas.

Um grande número de militares e agentes da polícia estava presente no local pouco depois do ataque, impedindo o acesso ao complexo, de onde se erguia uma nuvem de fumo, segundo a agência AFP.

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, escreveu na rede social Facebook que não dispunha ainda de qualquer informação sobre potenciais vítimas.

“Pela manhã, Kiev foi bombardeada. Explosões deflagraram no distrito de Darnytsky, nos arredores da cidade. Os socorristas e médicos estão atualmente a trabalhar no local”, escreveu o autarca.

Klitschko apelou novamente às pessoas que saíram de Kiev para que não regressassem e permanecessem num “lugar seguro”.

Os ataques na região de Kiev tinham-se tornado menos frequentes desde o final de março, quando a Rússia retirou as suas tropas da capital e anunciou que iria concentrar a sua ofensiva no leste da Ucrânia.

No entanto, na sexta-feira, Moscovo ameaçou intensificar os ataques a Kiev depois de ter acusado a Ucrânia de bombardear aldeias em território russo perto da fronteira ucraniana.

https://zap.aeiou.pt/comandante-do-moskva-morreu-a-bordo-do-navio-russia-vai-retaliar-473822


Não, não é uma ilusão óptica - No lago Berryessa, a água rodopia e cai num estranho buraco à superfície !

O “Buraco da Glória” foi criado nos anos 50 para escoar a água em excesso quando chove e desde então que se tornou uma atração turística.

Se o nível da água no lago Berryessa, na barragem Monticello, na Califórnia, subir demasiado, a água em excesso começa a criar um redemoinho num grande buraco, aparentemente talhado na superfície do lago.

Conhecido pela população local como o “Buraco da Glória“, este não é um portal para o Inferno, apesar do seu vórtice assim parecer. O buraco é, na verdade, um vertedouro criado pelos engenheiros nos anos 50, que nasceu como alternativa a uma típica calha lateral que controle o fluxo da barragem — que, no local apertado entre os precipícios onde a barragem está, não teria espaço.

Este tipo de estruturas já foi criado noutras barragens, mas o Glory Hole é um dos mais famosos em todo o mundo. Durante um ano particularmente chuvoso, em 2017, centenas de pessoas iam para o local para verem o aparente abismo, e o mesmo aconteceu em 2019, relata o Science Alert.

Nesse mesmo ano, um pequeno corvo-marinho foi filmado a nadar sem saber em direção ao buraco, com alguns relatos a afirmarem que o animal sobreviveu.

A probabilidade da mesma coisa acontecer com uma pessoa é bastante reduzida, já que o lago proíbe a natação. Mesmo que alguém lá caia, a corrente não é forte o suficiente para puxar quem nade no sentido oposto.

A cada segundo, o buraco com 22 metros de diâmetro engole 1360 metros cúbicos de água. Depois da queda inicial na entrada do buraco, a água entra num tubo mais fino com mais de meio quilómetro que a leva para o riacho Putah.

Apenas é conhecido um caso de um acidente em 1997, em que uma mulher acabou por morrer depois de cair ao lago. Hoje em dia, a segurança está ainda mais reforçada para se evitar mais situações destas.

Os engenheiros que criaram o buraco acreditavam que este só seria usado em cenários extremos, mas desde 2000 que este já teve de ajudar a escoar a água em excesso três vezes.

https://zap.aeiou.pt/lago-berryessa-agua-rodopia-buraco-473141


 

Peça de arte invisível vendida por mais de um milhão — O antepassado dos NFT’s !

Uma obra de arte invisível do artista francês Yves Klein foi vendida por mais de 1 milhão de dólares na Sotheby’s, em Paris.

A venda foi realizada através de um recibo de papel para uma “Zone de sensibilité picturale immatérielle”, ou uma “zonas de sensibilidade pictórica imaterial”, criação do artista, de 1959.

Entre 1959 e sua morte, em 1962, Yves Klein vendia essas “zonas de sensibilidade pictórica imaterial” em troca de barras ouro, de acordo com a Smithsonian.

Na conclusão das transações, o artista entregava um recibo ao comprador, que depois queimava o papel, enquanto Klein deitava metade do ouro no Rio Sena. Segundo o artista, o ato “reequilibra a ordem natural” entre comprador e vendedor.

Klein foi uma das figuras mais importantes do movimento do nouveau réalisme (Novo Realismo) — um pioneiro da arte conceptual.
 
Agora, seis décadas depois, um dos recibos anteriormente trocadas por barras de ouro foi vendida por mais de um milhão de dólares, em leilão.

Embora Klein tenha vendido bastantes recibos para “zonas de sensibilidade pictórica imaterial”, sobraram poucas até hoje, porque o artista encorajava os compradores a queimá-las — parte de um ritual em que os compradores se afirmavam como os “donos definitivos” da sua “zona” comprada.

Jacques Kugel era o proprietário original do recibo leiloado, e acredita-se ser um dos poucos que não queimou as provas da sua compra, segundo a Artnet.

O recibo foi exibido nas principais instituições culturais europeias, como a Hayward Gallery de Londres e o Centre Pompidou de Paris.

O antigo dono da galeria, Loïc Malle, acabou por comprar a peça, colocou-a depois em leilão, juntamente com mais de 100 artigos da sua coleção privada.

A CNN relata que o recibo, com menos de 20 centímetros de largura, foi criado para se assemelhar a um cheque bancário.

Assinado por Klein com a data de 7 de dezembro de 1959, o pedaço de papel dá ao destinatário a propriedade de uma “zona de sensibilidade pictórica imaterial” — quase como se fosse um NFT da antiguidade.

“Alguns comparam a transferência de uma zona de sensibilidade e a invenção de recibos como antepassado da NFT, que por sua vez permite a troca de obras imateriais”, escreveu a Sotheby’s no seu catálogo de leilões.

“Se virmos que Klein manteve um registo dos sucessivos proprietários das ‘zonas’, é fácil encontrar aqui outro conceito revolucionário — a blockchain“, acrescenta.

Para prestar homenagem a essa associação, a Sotheby’s aceitou, pela primeira vez, pagamentos em criptomoedas pela obra de arte.

A venda ultrapassou, de longe, o intervalo inicial, estimado entre 300 mil e 550 mil dólares. Incluindo os impostos, o comprador vai pagar 1,2 milhões de dólares.

Segundo a Sotheby’s, o comprador era um “colecionador europeu privado” e é “demasiado cedo para dizer” se pagará ou não em criptograma.

Yves Klein deu bom uso ao ouro que não foi atirado para o Sena, e utilizou algum na sua série Monogolds. Deu também uma parte proveniente das primeiras quatro vendas a um santuário dedicado a Santa Rita, a padroeira das causas perdidas.

Ofereceu a oferta às freiras de um convento italiano dedicado à santa. As freiras mantiveram a obra de arte anónima, até que um terramoto em 1979 destruiu os frescos históricos do convento. Quando mostraram o santuário e o ouro dentro dele a um pintor, ele identificou logo a obra como sendo de Klein.

O artista francês é também bastante famoso pelas suas pinturas monocromáticas azuis e pela sua obra “Anthropométries”, de 1958.

A obra foi pintada por modelos nuas que se pressionava contra a tela, consoante as orientações do artista. Membro do grupo Nouveaux Réalistes com Arman, Raysse, Spoerri, Tinguely, Pierre Restany e outros 1960, Klein morreu em Paris de ataque cardíaco, aos 34 anos de idade.

Klein é também conhecido pela sua fotografia de 1960, “Leap into the Void“, uma composição de duas imagens separadas, que mostravam o artista a cair de um muro alto, testando os limites de perceção de realidade.

Os seus recibos de “zonas imateriais” eram uma continuação de um trabalho anterior a que chamou “The Void” — uma sala branca e vazia, numa galeria parisiense.

“Desejava criar, estabelecer e apresentar ao público um estado pictórico sensato dentro dos limites de uma galeria de imagens”, afirmou o artista, em 1959.

“Por outras palavras, procurei criar um ambiente, um clima pictórico que é invisível mas presente”, sublinhou Klein.

https://zap.aeiou.pt/peca-de-arte-invisivel-vendida-por-mais-de-um-milhao-o-antepassado-dos-nfts-473322

François Hollande apela ao voto em Macron: “Está em causa o questionamento dos nossos valores” !


Socialista destacou as ligações de Marine Le Pen ao regime de Vladimir Putin. Apelo junta-se ao de Sarkozy, feito na terça-feira.

O antigo presidente francês François Hollande apelou ao voto em Emmanuel Macron na segunda volta das eleições presidenciais, nas quais o incumbente vai defrontar Marine Le Pen, candidata da extrema-direita. Em entrevista ao canal de televisão TF1, o antigo chefe de Estado começou por ressalvar que não pretende “dar uma lição de moral e dizer aos franceses em quem devem votar”, mas afirmou que “é o voto em Macron que permite que Marine Le Pen não vença“.

“Sou um ex-presidente e sei que numa eleição como esta o importante é a França. E é por isso que peço aos franceses, diante do que está em jogo, que votem em Emmanuel Macron”, disse o antigo presidente socialista.

Hollande chamou a atenção para os desafios que o país enfrentaria caso Le Pen vencesse e se tornasse presidente. “O primeiro é o questionamento dos nossos princípios, dos nossos valores. Ela quer mudar um quarto da Constituição francesa em questões de imigração”, começou por enumerar. O segundo desafio, citado pelo Expresso, tem que ver com a “manutenção da França na União Europeia” e o terceiro é “o sistema de alianças” proposto por Le Pen, cujo partido recebeu financiamento do Kremlin e até há um mês e meio era visto como um aliado.

“Todos os presidentes mantiveram a França na NATO. Agora, se ela liderar o país, planeia deixar o comando integrado [da Aliança] e considera a Rússia de Vladimir Putin um possível aliado“, aponta Hollande. Quanto a Macron, o socialista espera “sentido de diálogo”.  

O apelo ao voto em Emmanuel Macron por parte de François Hollande segue-se a outro já feito por Nicolas Sarkozy, na terça-feira. “Votarei em Emmanuel Macron porque acredito que tem a experiência necessária diante de uma grave crise internacional mais complexa do que nunca, porque o seu projeto económico coloca a promoção do trabalho no centro de todas as suas prioridades e porque o seu compromisso europeu é claro e inequívoco”, escreveu na sua página de Facebook.

“A lealdade aos valores da direita republicana e à nossa cultura de Governo deve levar-nos a responder ao apelo de união de Emmanuel Macron com vista às eleições presidenciais. Ele é, no atual estado das coisas, o único em situação de agir. O interesse da França deve ser o nosso único guia”, pode ler-se na publicação.

https://zap.aeiou.pt/francois-hollande-apela-ao-voto-em-macron-esta-em-causa-o-questionamento-dos-nossos-valores-473776


Spray de fungos pode ajudar a capital mais poluída do mundo !


Nova Deli é uma cidade muito marcada pela poluição. Mas uma novidade pode tornar o ambiente um pouco mais suportável.

Irritação da pele e dos olhos, doenças neurológicas, cardiovasculares e respiratórias graves, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, bronquite, perda de capacidade pulmonar, cancro…

A lista poderia continuar.

Estas são as possíveis consequências para a saúde da poluição do ar. Uma poluição muito visível e muito sentida em Nova Deli, que há quatro anos consecutivos é considerada a capital mais poluída do mundo.

A névoa escura e constante que paira sobre a capital da Índia origina perturbações na sociedade, como encerramento de escolas (as máscaras já eram frequentes pelas ruas muito antes da COVID-19) e origina sobretudo muitas mortes. Estima-se que, todos os anos, morra mais de um milhão de pessoas na Índia por causa da poluição do ar.

Os relatórios sobre este panorama indicam que a poluição industrial e os carros são factores importantes mas, no início do Outono de cada ano, a poluição aumenta devido aos incêndios agrícolas – que, só em Nova Deli, originam quase metade da poluição do ar.

Há sete anos que as queimadas são proibidas na cidade, são mesmo consideradas crime. Mas, mesmo assim, essa rotina não foi travada substancialmente e a poluição mantém-se.

No entanto, a poluição poderá diminuir consideravelmente nas zonas agrícolas da capital da Índia. O responsável chama-se Dhruv Sawhney.

Dhruv apresentou no ano passado um novo método de limpeza de resíduos agrícolas que permite rentabilizar mais o trabalho agrícola e melhorar a qualidade do solo. A BBC relata que, no início, houve reacções negativas. “Tens a certeza de que isso funciona? Prefiro incendiar os meus campos e pronto”.

O “isso” é um novo spray microbiano orgânico, desenvolvido pelo Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola de Nova Deli.

O spray chama-se Pusa Decomposer e é composto por sete espécies diferentes de fungos naturalmente presentes no solo. Essas sete espécies de fungos são muito eficazes na decomposição dos resíduos para obter energia e nutrientes.

Assim, o Pusa Decomposer consegue rapidamente decompor os resíduos dos campos após a colheita do arrozal. As experiências mostraram ainda que, três semanas depois, os resíduos integraram-se no solo e funcionaram como fertilizante para a época de cultivo seguinte.

A solução, baseada numa pulverização microbiana, enriquece o solo; enquanto queimar os resíduos da colheita faz com que a temperatura da camada superior do solo suba para 42 graus centígrados, matando todos os micróbios benéficos do solo. Por isso, o spray tenta melhorar a poluição e a saúde do solo.

Este spray baseado em fungos tenta ser uma solução, após tentativas frustradas. Em 2006, por exemplo, surgiu uma máquina projectada para semear e que também conseguia remover os resíduos, triturá-los e espalhá-los pelo campo. Mas é uma alternativa cara e poderia causar problemas de germinação.

Ainda é cedo para fazer uma análise ao impacto do spray nos níveis de poluição em Nova Deli; mas acredita-se que, se a pulverização do solo atingir uma escala grande, a diferença pode ser bastante significativa, especialmente no Outono.

https://zap.aeiou.pt/spray-fungos-poluicao-india-nova-deli-473660


sexta-feira, 15 de abril de 2022

Bósnia-Herzegovina pode ser o próximo local de conflito alimentado pela Rússia !


A Bósnia-Herzegovina pode tornar-se o próximo local de conflito alimentado pela Rússia. Os russos podem usar argumentos semelhantes aos usados na Ucrânia.

A política internacional é normalmente discutida em termos de períodos históricos associados a características específicas.

Para muitos, a invasão da Ucrânia pela Rússia marca o início de um novo período de confrontos de superpotências. Entramos num mundo onde grandes Estados militarmente poderosos lutarão por influência, reconhecimento e controlo sobre o que consideram elementos importantes do sistema internacional.

Pensar em categorias, no entanto, esconde o facto de que a política internacional se desdobra cumulativamente. Tensões latentes e acordos políticos desatualizados muitas vezes criam as condições para conflitos futuros. Inclusive hoje.

A invasão da Ucrânia pela Rússia está associada à história de ambos os Estados e ao conflito em curso que se seguiu à anexação da Crimeia em 2014. Para muitos, a guerra atual é uma continuação e uma escalada de um conflito existente.
 
Mas há outros lugares onde a Rússia poderia usar o poder político ou militar para expandir a sua influência.

Em vez de ver as ações russas na Ucrânia como únicas, é preciso lembrar que há um contexto mais amplo no qual a Rússia trabalhará para alcançar os seus objetivos. Independentemente do que vier da guerra na Ucrânia, há outros lugares que a Rússia pode estar de olho.
Bósnia-Herzegovina em risco?

A Bósnia-Herzegovina é de longe o exemplo mais importante. A Republika Srpska, uma província sérvia na Bósnia criada no final da Guerra da Bósnia, comemorou o seu 30.º aniversário no dia 9 de janeiro de 2022. A liderança da província pressionou por maior autonomia e talvez até independência.

A iminente crise na Ucrânia ofuscou isso, mas as tensões estão relacionadas. O embaixador da Rússia na Bósnia-Herzegovina, Igor Kalbukhov, e a primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, participaram em eventos para comemorar o aniversário juntos.

A Bósnia-Herzegovina e a Ucrânia estão conectadas porque ambas são lugares onde a Rússia acredita que pode realizar o seu desejo de ser reconhecida como uma força global.

Na Ucrânia e na Geórgia, a Rússia lutou ostensivamente. Na Bósnia-Herzegovina, os laços históricos da Rússia com os sérvios – devido à herança eslava e ortodoxa compartilhada e suas alianças durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais – fornecem uma justificativa semelhante.

Os acordos de Dayton, o tratado que encerrou a guerra na Bósnia-Herzegovina em 1995, está a mostrar a sua idade, e o resultado dessa guerra pode agora desempenhar um papel noutra competição entre a Rússia e o Ocidente.

A paz foi celebrada na altura, mas provou ser um fracasso. A guerra entre grupos étnicos terminou e um Governo federal frouxo foi criado, mas a reconciliação real entre sérvios, croatas e bósnios não aconteceu.

Isto significa que a Rússia pode alegar que deve usar o seu poder para proteger um grupo étnico subjugado. Como os falantes de russo na Ucrânia e na Geórgia, as exigências políticas sérvias podem tornar-se um pretexto para a ação russa.
Construção estatal inexistente

A etnia desempenha um papel importante na política bósnia porque as pessoas pensam nas suas necessidades, desafios e oportunidades em termos étnicos.

A construção do Estado – o processo pelo qual os Estados passam ao criar os sistemas e instituições que lhes permitem servir a sua população – tem sido limitada, deixando as pessoas a depender do apoio de grupos étnicos.

O fracasso da Bósnia significa duas coisas. O conflito civil que se espalha pelas fronteiras da Bósnia pode ressurgir se as tensões aumentarem, e a Rússia pode alinhar o seu objetivo de exercer mais influência na política europeia com os apelos sérvios por autodeterminação. Dada a posição da Bósnia no flanco da União Europeia, isso representa um risco de segurança para a UE.

Trocado por miúdos, a Rússia tem uma situação pronta que lhe permite usar o poder diplomático, político ou mesmo militar para promover os seus esforços para competir contra a influência ocidental.

Isso pode envolver maior apoio político ou económico aos sérvios bósnios, apoio às forças sérvias em caso de conflito ou até mesmo conduzir uma operação militar rotulada como “manutenção da paz”. Essa possibilidade final é, na verdade, o que a Rússia argumentou que estava a fazer quando invadiu a Geórgia em 2008.

https://zap.aeiou.pt/bosnia-herzegovina-pode-ser-o-proximo-local-de-conflito-alimentado-pela-russia-473749


Rússia estará a tentar recrutar moldavos para combater na Ucrânia !


A Rússia estará a tentar recrutar moldavos para combaterem pelo seu exército na Ucrânia, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros moldavo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldávia, Nicu Popescu, acusou, esta quinta-feira, as tropas russas de estarem a tentar recrutar moldavos para combater pelo seu exército na Ucrânia.

O objetivo seria que os moldavos lutassem no sul do território ucraniano, que faz precisamente fronteira com a Moldávia.

Popescu disse que o facto de a Rússia estar alegadamente a tentar recrutar moldavos para o seu exército é “muito perigoso” e que “deve ser parado”.

As acusações surgem depois de a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hana Malyar, ter também acusado a Rússia de estar a concentrar tropas não apenas a longo da fronteira com a Ucrânia, mas também na região separatista da Transnístria da Bielorrússia e da Moldávia.
 
A Moldávia é um dos países que tem recebido mais refugiados ucranianos e, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, poderá ser um dos próximos alvos de Vladimir Putin.

Em março, a Presidente da Moldávia, Maia Sandu, solicitou oficialmente a entrada do país na União Europeia, seguindo os exemplos da Ucrânia e da Geórgia, dois outros Estados europeus antigas repúblicas soviéticas.

A Moldávia tornou-se um país independente após o colapso da União Soviética no início da década de 1990.

As forças pró-russas presentes numa parte do seu território conhecida como Transnístria recusaram-se a cortar os seus laços com Moscovo e declararam, com o apoio do Kremlin, uma “república” própria na região.

Apesar de não ter o reconhecimento de nenhum país, a Transnístria continua a ser controlada pelas forças rebeldes, que estão protegidas por um contingente militar russo aí permanentemente destacado.

https://zap.aeiou.pt/russia-estara-a-tentar-recrutar-moldavos-para-combater-na-ucrania-473733


Detidos extremistas alemães que planeavam ataques e raptos - Ministro da Saúde era um dos alvos !


A justiça alemã anunciou hoje a detenção de quatro alegados membros de uma rede de extrema-direita contra as regras de contenção da covid-19, que planeavam “ataques violentos” no país e o rapto de “figuras públicas”.

De acordo com a agência noticiosa France-Presse (AFP), que cita uma fonte ministerial, entre os alvos do grupo estava o ministro da Saúde social-democrata, Karl Lauterbach.

A rede, denominada “Patriotas Unidos”, tinha como objetivo destruir “o sistema democrático alemão”, segundo a procuradoria de Coblença e a polícia da Renânia-Palatinado, refere uma declaração conjunta.

Os suspeitos, detidos na quarta-feira durante extensas buscas, tinham planeado atacar as redes elétricas para provocar “um apagão a longo prazo em todo o país”, que, segundo estes, provocaria as condições para uma “guerra civil”.

As autoridades estavam a investigar o grupo, os seus fundadores e apoiantes em várias partes do país desde outubro de 2021.

Na rusga realizada na quarta-feira, as autoridades apreenderam armas de fogo, barras de ouro, moedas de prata e dinheiro no valor de mais de 10.000 euros, assim como telemóveis, falsos certificados de vacinação contra a covid-19 e vários documentos que descreviam os planos para derrubar o Estado alemão.

As autoridades tinham em mira cinco suspeitos – todos alemães e com idades compreendidas entre os 41 e os 55 anos –, tendo detido quatro, de acordo com a declaração.

As operações policiais visam a franja mais radical do movimento contra as restrições, cuja expressão se multiplicou e que colocou a violência da extrema-direita no topo da lista de ameaças à ordem pública, à frente do extremismo islâmico.

Este movimento tem estado particularmente ativo na Alemanha desde o início da pandemia da covid-19 e utiliza canais da plataforma de troca de mensagens Telegram, onde fazem ameaças contra representantes eleitos ou durante manifestações.

O assassínio em junho de 2019 de Walter Lübcke – um político do partido conservador que defendia o conjunto de ações para o acolhimento de migrantes da ex-chanceler Angela Merkel –, cometido por um militante neonazi, abalou profundamente o país.

No início de abril, as autoridades alemãs realizaram uma grande operação nos meios terroristas de extrema-direita, no âmbito de uma investigação mais ampla envolvendo a polícia e os serviços de informações militares desde 2019.

Quatro suspeitos do grupo “Knockout 51” foram então detidos. As investigações em curso também visam o grupo de extrema-direita “Atomwaffen Division Deutschland”.

Na quarta-feira, o Ministério Público Federal da Alemanha anunciou a acusação de um alemão simpatizante de um grupo neonazi, suspeito de querer desencadear “uma guerra de raças” no país através de ataques com explosivos e armas de fogo.

https://zap.aeiou.pt/detidos-extremistas-alemaes-ataques-473644

Encontrados mais de mil animais embalsamados numa coleção privada em Valência !


A guarda civil espanhola confiscou um armazém com mais de 50 mil metros quadrados em Bétera, em Valência, com mais de mil animais embalsamados.

A coleção estima-se que ronde os 30 milhões de euros, e inclui ursos polares, crocodilos e até espécies já extintas, como o órix-de-cimitarra.

De acordo com o Público, o proprietário da coleção com mais de mil animais embalsamados pode ser acusado de contrabando ou crimes ambientais.

No armazém foram encontrados ursos polares, elefantes, crocodilos, mas também 405 outras espécies protegidas pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção).

Algumas espécies estavam extintas, como o órix-de-cimitarra, e outras quase extintas, como o adax (um tipo de bovídeo) ou o tigre-de-bengala.
 
A operação espanhola, Valcites, foi levada a cabo pela equipa de proteção da Natureza da Guarda Civil de valência, em conjunto com membros do Instituto Legal e de Ciências Forenses, em colaboração com a Europol.

A Valcites começou em novembro de 2021, na altura em que as autoridades tiveram conhecimento da existência de uma possível coleção privada de animais.

Este domingo, depois de entrar no armazém, a guarda civil encontrou 1.090 animais embalsamados, 198 dentes de elefante em marfim, um sofá em pele de crocodilo, 20 patas de elefante transformadas em bancos e peles de leopardo e chita.

A coleção privada em Valência, encontrada pela guarda civil, estima-se que ronde os 30 milhões de euros.

Um vídeo partilhado no Twitter da guarda civil mostra a coleção de animais dissecados, naquela que diz ser “a maior apreensão a nível nacional e uma das maiores da Europa”.

O proprietário, um empresário de Valência, está sob investigação por contrabando e potencial atentado ambiental.

A guarda civil espanhola deverá “proceder à análise de toda a documentação fornecida pelo proprietário, para justificar a posse das peças” na fase seguinte da investigação, segundo o comunicado dos responsáveis.

De acordo com o El País, o objetivo é que os animais encontrados no armazém sejam transferidos para um museu, tendo em conta o seu bom estado de conservação.

https://zap.aeiou.pt/encontrados-mais-de-mil-animais-embalsamados-numa-colecao-privada-em-valencia-473530


Musk oferece 43 mil milhões de dólares para comprar Twitter e “transformar” rede social !


O dono da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, fez uma proposta de 43 mil milhões de dólares para comprar o Twitter e “transformar” a rede social.

No início deste mês, Elon Musk comprou 9,2% das ações do Twitter, tornando-se no maior acionista da empresa. Ainda assim, o fundador da Tesla não se juntou ao conselho de administração.

“A nomeação de Elon para a direção devia ser oficialmente efetiva a 9 de abril, mas Elon partilhou nessa mesma manhã que já não se juntará à direção”, escreveu o presidente do conselho de administração do Twitter, Parag Agrawal.

O bilionário, que detém quase 73,5 milhões de ações da empresa, tinha-se tornado um crítico da rede social e tinha questionado se as regras “aderiam rigorosamente” ao princípio da liberdade de expressão.

Estas críticas tinham levantado dúvidas em alguns quadrantes, incluindo entre os próprios funcionários do Twitter, que estavam preocupados por Musk estar alegadamente a exercer um poder excessivo na empresa para alterar as regras de publicação, incluindo a proibição do antigo Presidente dos EUA, Donald Trump, cujas mensagens terão supostamente instigado o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.
 
Agora, Elon Musk apresentou uma proposta para comprar as restantes ações da rede social por 43 mil milhões de dólares — cerca 37,6 mil milhões de euros.

“A minha oferta é a minha melhor e última oferta”, escreveu Musk ao chairman do Twitter, Bret Taylor, segundo o documento publicado esta quinta-feira, citado pelo Público.

“Investi no Twitter porque acredito no seu potencial de ser a plataforma para a liberdade de expressão em todo o mundo, e acredito que a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia em funcionamento”, disse Musk, segundo o documento.

“No entanto, desde que fiz o meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social na sua forma atual. O Twitter precisa de ser transformado numa empresa privada”, lê-se ainda na proposta.

Após o anúncio, as ações do Twitter valorizaram 18% antes da abertura do mercado bolsista.

O presidente da Tesla e da SpaceX disse ainda que “se o negócio não resultar, teria de reconsiderar” a sua posição como acionista, por não confiar na gestão da empresa.

Todavia, Adam Crisafulli, da Vital Knowledge, disse à Bloomberg que a oferta é “demasiado baixa” para ser aceite pelos acionistas ou pela administração.

O Twitter vai “examinar com atenção” a oferta de Elon Musk para comprar a empresa por 54,2 dólares por ação, segundo anunciado esta quinta-feira.

Num comunicado, a rede social indica “ter recebido a oferta não solicitada e não vinculativa de Elon Musk para adquirir o conjunto das ações ordinárias em circulação da empresa ao preço de 54,2 dólares em numerário”.

“O Conselho de Administração da Twitter vai examinar com atenção a oferta para determinar a linha de conduta que considera melhor servir os interesses da empresa e de todos os acionistas”, adianta o grupo.

https://zap.aeiou.pt/musk-43-mil-milhoes-comprar-twitter-473632


quinta-feira, 14 de abril de 2022

Guterres fala da “tempestade perfeita” - Mais de 20% da população mundial pode ficar na miséria !


Apresentado o primeiro relatório sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.

Esta quarta-feira foi apresentado o primeiro relatório do Grupo Global de Resposta a Crises sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.

António Guterres esteve presente no evento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e sublinhou que estamos perante uma “tempestade perfeita”. Ou seja, juntando os factores crise sanitária (COVID-19) e clima de paz e segurança, as nações em desenvolvimento estão ameaçadas.

O secretário-geral das Nações Unidas compreende o foco dado aos ucranianos mas a guerra está a criar dificuldades a nível global. E a pobreza, a fome e a instabilidade já estavam a aumentar antes do conflito.

Guterres lembrou que a guerra agravou a situação que muitos países em desenvolvimento já atravessavam por causa da COVID-19. E estão a começar agora encargos históricos da dívida e uma inflação crescente.

O relatório apresentado em Nova Iorque deixa o alerta: a situação bélica na Ucrânia pode fazer com que a pobreza, a miséria e a fome atinjam 1,7 mil milhões de pessoas. Ou seja, mais de 20% da população mundial.

Esta possibilidade está fortemente relacionada com o facto de a Ucrânia e a Rússia serem exportadores importantes de trigo, cevada, milho e óleo de girassol – essenciais para populações de países mais pobres.

O cenário piora porque a crise de financiamento também afecta o Programa Mundial de Alimentos, que não tem recursos suficientes para alimentar pessoas em regiões vulneráveis, como Iémen, Chade e Níger.

“Há uma correlação direta entre o aumento dos preços dos alimentos e a instabilidade social e política. E o mundo não pode permitir isso, é necessário agir imediatamente”, avisou António Guterres, que acredita que esta situação vai deixar “cicatrizes profundas e duradouras”.

O relatório da ONU pede às instituições financeiras internacionais que libertem financiamento para os países mais vulneráveis e que ajudem os governos dos países em desenvolvimento a investir nos mais pobres e vulneráveis.

E há outro lado deste cenário: a ONU acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o planeta, dando o exemplo de uma eventual implementação acelerada de energias renováveis (iria suavizar o aumento de preços da energia e iria tornar a Terra mais limpa).

https://zap.aeiou.pt/populacao-mundial-miseria-guterres-onu-473466


Rússia ameaça atacar centros de comando em Kiev !


O Exército russo ameaçou hoje atacar centros de comando na capital ucraniana, Kiev, que Moscovo tinha desistido de tomar até agora, se as tropas ucranianas continuarem a atacar o território russo.

“Estão a verificar-se tentativas de sabotagem e de ataques das forças ucranianas contra alvos em território da Federação da Rússia”, declarou Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo.

“Caso prossigam estas ações, o exército russo desencadeará ataques dirigidos a centros de tomada de decisão, incluindo em Kiev, o que o exército russo se absteve de fazer até agora”, prosseguiu.

No final de março as forças russas retiraram-se da região de Kiev. Durante um mês, tentaram cercar a capital e efetuaram diversos bombardeamentos que atingiram a periferia da capital.

Moscovo possui designadamente mísseis hipersónicos, considerados impossíveis de destruir durante o voo devido à sua velocidade, que indicou já ter utilizado na Ucrânia.  

O porta-voz do Ministério da Defesa também referiu que a zona comercial do porto de Mariupol, cidade estratégica do sudeste da Ucrânia, foi totalmente conquistada.

Na segunda-feira, o líder dos separatistas russófonos de Donetsk, que combatem ao lado do exército russo em Mariupol, tinha já reivindicado este avanço militar.

“O que resta das unidades ucranianas e dos nazis [do batalhão] Azov presentes na cidade estão bloqueados e privados da possibilidade de sair do cerco”, afirmou hoje Igor Konachenkov.

O responsável militar afirmou ainda que Moscovo destruiu 36 alvos militares ucranianos durante ataques no decurso das últimas 24 horas.

https://zap.aeiou.pt/russia-ameaca-atacar-centros-comando-473427


“Tinder para traficantes sexuais”: ONU e peritos criticam sistema de acolhimento de refugiados no Reino Unido !


A imprensa britânica relata casos de mulheres ucranianas que recebem mensagens nas redes sociais com ofertas de acolhimento no Reino Unido em troca de favores sexuais. A ONU já alertou para os perigos.

Esta semana, o Sunday Times deu o primeiro alerta ao noticiar que um jornalista que se fez passar por uma refugiada ucraniana de 22 anos e pediu ajuda no maior grupo do Facebook dedicado ao acolhimento no Reino Unido.

Em meros minutos, a “refugiada” recebeu imensas mensagens inapropriadas, com homens a contactá-la oferecendo-se para a acolher e sugerindo que esta oferecesse serviços sexuais em troca ou propondo que os dois dormissem na mesma cama.

O perigo de exploração sexual para mulheres e meninas em situações vulneráveis e a fugir de uma guerra não é novo e o alto comissário para os refugiados das Nações Unidas já emitiu um aviso a Londres, pedindo para as ucranianas não sejam acolhidas por homens solteiros dentro do esquema governamental Homes for Ukraine — que deixa nas mãos dos refugiados o contacto com britânicos dispostos a recebê-los e abre a porta ao surgimento de grupos sem regulação nas redes sociais.

O programa foi criado Michael Gove, secretário da Habitação, e foi criticado por especialistas, que acreditam que este pode funcionar como “Tinder para traficantes sexuais“.

16 organizações de apoio a refugiados e combate ao tráfico humano enviaram uma carta a Gove a alertar para estes riscos, numa altura em que a burocracia das candidaturas para asilo no Reino Unido tem sido muito criticada, já que os ucranianos têm de ter um patrocinador para poderem entrar no país.

Num comunicado, as Nações Unidas juntaram-se ao coro de críticas e afirmam que acreditam que “pode ser implementado” um processo de correspondência “mais apropriado” que “garanta que as mulheres e as mulheres com crianças sejam atribuídas a famílias ou casais em vez de a homens solteiros”.

“As correspondências feitas sem a vigilância apropriada podem levar a um aumento dos riscos que as mulheres enfrentam, em cima do trauma do deslocamento, separação da família e violência que já viveram”, sublinham.

Para além disto, a ONU avisa ainda que a duração mínima de seis meses do Homes for Ukraine pode trazer problemas para quem decide acolher refugiados, reforçando a importância de “treinos apropriados para garantir que o anfitrião faz uma decisão informada” visto que “ter um estranho em casa durante um período extenso não é sustentável” para muitas pessoas.

Um porta-voz do Governo enviou uma resposta ao The Guardian sobre as preocupações do alto comissariado da ONU e garante que o programa inclui “verificações de segurança e do passado” de todos os anfitriões e que são feitas visitas e acompanhamento depois da chegada dos refugiados.

“Também temos uma parceria com a caridade Reset Communities and Refugees para financiar e fornecer um serviço de correspondência entre patrocinadores e refugiados e para garantir que as combinações feitas são seguras e bem-sucedidas”, remata.

https://zap.aeiou.pt/tinder-traficantes-sexuais-onu-refugiados-473273


Detido homem suspeito da autoria do tiroteio no metro em Nova Iorque !


A polícia de Nova Iorque deteve, esta quarta-feira, o suspeito acusado de disparar sobre dez pessoas num vagão de metro em Brooklyn. O tiroteio feriu pelo menos 29 pessoas, que estão livres de perigo.

O suspeito em causa é Frank James, que já no final da noite passada tinha sido identificado como uma “pessoa de interesse” pelas autoridades nova-iorquinas.

Segundo a CNN, o suspeito foi detido por uma patrulha de três agentes na zona de East Village, em Manhattan, Nova Iorque.

A polícia de Nova Iorque prendeu o suspeito depois de receber uma dica por chamada telefónica, de acordo com fontes policiais. Os agentes responderam imediatamente, localizaram o suspeito e levaram-no sob custódia.

As autoridade de Nova Iorque já tinham revelado a identidade do suspeito e tinham pedido que quem tivesse informações sobre o seu paradeiro informasse a polícia. A polícia adiantou também, em comunicado, que estava a oferecer uma recompensa de cerca de 461 mil euros por informações sobre o suspeito.

O alerta foi dado às 8h30 horas locais (13h30 em Lisboa). Os agentes foram chamados para responder a um incidente na estação por onde passam as linhas D, N e R, cujos comboios foram travados para não passarem pelo local. Deram-se ainda conta de relatos de fumo no interior da estação.

A polícia de Nova Iorque encontrou explosivos inativos no local, corrigindo uma informação inicial dos bombeiros que indicava tratar-se de engenhos por detonar. As testemunhas foram incentivadas a ligar para as autoridades caso tenham informações sobre o incidente.

A ABC apurou também que o suspeito estava a murmurar para si mesmo antes de abrir fogo com uma pistola com calibre .380.

https://zap.aeiou.pt/detido-suspeito-tiroteio-nova-iorque-473419


“Fechem bem as portas à noite”: Aliado de Putin avisa Ucrânia após captura de Medvedchuk !


Depois da captura de Viktor Medvedchuk, esta terça-feira, o ex-Presidente russo Dmitry Medvedev avisou os ucranianos para que “fechem bem as portas à noite”.

Dmitry Medvedev, ex-Presidente russo e um dos braços direitos de Vladimir Putin, avisou esta quarta-feira os ucranianos depois de Zelenskyy ter anunciado a captura de Viktor Medvedchuk, político pró-Rússia e o principal aliado de Putin na Ucrânia.

Embora o Kremlin negue que Medvedchuk fosse um canal de comunicação com Moscovo, a notícia da sua captura não foi bem recebida. “Ele não tinha relações nos bastidores com a Rússia”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela Reuters.

“Eles querem condená-lo e depois trocá-lo por prisioneiros”, disse Dmitry Medvedev, referindo-se às autoridades ucranianas como “aberrações”.

“Essas pessoas devem ter cuidado e fechar bem as portas à noite para garantir que não se tornam as pessoas que vão ser trocadas”, acrescentou.  

Alvo de sanções de Kiev, Medvedchuk estava fugido desde o início da invasão russa, após ter escapado de prisão domiciliária. O seu partido, Plataforma de Oposição pela Vida, foi suspenso um dos suspensos por Volodymyr Zelenskyy.

O político é considerado o principal representante dos interesses de Moscovo na Ucrânia, sendo que os seus laços com Vladimir Putin são incontornáveis. O Presidente russo é padrinho da sua filha.

Medvedchuk estava em prisão domiciliária devido às suspeitas de ele e a sua mulher, Oksana, terem financiado milícias separatistas em Donestk e Luhansk, em 2014. O Kremlin alega que o processo judicial contra Medvedchuk foi politicamente motivado.

https://zap.aeiou.pt/aliado-putin-avisa-ucrania-473415


terça-feira, 12 de abril de 2022

“À espera de um massacre": Elite russa não terá planos de paz com a Ucrânia !


A elite russa não terá planos de paz com a Ucrânia, pelo que as atuais negociações entre os dois países não deverão levar a nada em concreto.

A mais recente ronda de negociações na Turquia, entre responsáveis russos e ucranianos, sobre a guerra na Ucrânia, ficou marcada por um anúncio que poderia ser importante: a Rússia avisou que ia reduzir “radicalmente” a atividade militar perto de Kiev e de Chernihiv.

Foi um primeiro passo importante, mas outras regiões ucranianas continuam a lutar desesperadamente contra a invasão russa. Os especialistas mostraram-se apreensivos, temendo que as tropas fossem redistribuídas para o sul, onde o Kremlin expandiria a sua ação militar.

Muitos entendem que a recente ronda de negociações não deu em nada e terá sido em vão, com promessas vagas.

Recentemente, Medvedev publicou um texto sobre uma guerra impiedosa contra o “ucranianismo profundo”, que lembra o famoso discurso de “guerra total” de Goebbels, no dia 18 de fevereiro de 1943.
Medvedev fala do ataque a uma maternidade de Mariupol e do massacre em Bucha como casos “falsos” e produto “da cínica imaginação da propaganda ucraniana“.

Segundo o ex-presidente russo, há organizações não-governamentais e organizações governamentais geridas pelos “Governos ocidentais” a “cozinharem” estas alegadas mentiras por “grandes quantidades de dinheiro”. A sua intenção é “desumanizar a Rússia” e “denegrir” o país, defende.

Mas esta alegada desinformação também é uma prova de que o “ucranianismo profundo, alimentado pelo veneno anti-russo, é uma grande mentira”, refere Medvedev na publicação.

O portal The Insider realça uma teoria de que há neste momento uma “fação da paz” e uma “fação da guerra” na Rússia.

A primeira acredita que Zelenskyy é o devido Presidente do país e que devem ser perseguidas negociações de paz com a Ucrânia. A segunda fação, por sua vez, acredita na ‘desnazificação’ da Ucrânia e rejeita negociações.

Num artigo publicado no Nezavisimaya Gazeta, Dmitri Belousov, um dos chefes do Centro de Análise Macroeconómica e Previsão de Curto Prazo (CMASTF), defende que não há “fação da paz” na Rússia. Pelo contrário, há uma “fação de vítimas” que não tem qualquer influência sobre Putin ou sobre o Conselho de Segurança.

Belousov fala em dois cenários: um de “longo inverno”, caso as negociações de paz avancem, e outro de “conflito militar prolongado”.

Outra teoria sugere que a eventual existência de uma “fação da paz” não é mais do que uma “manobra estalinista” de Vladimir Putin.

Quando o Presidente russo identificar aqueles que estão demasiado felizes com o cessar-fogo que se aproxima, irá rapidamente enviar os serviços especiais e transformá-los em “traidores da nação”, explica o The Insider.

“O Kremlin vai invadir o leste da Ucrânia nos próximos dias. Um massacre está a chegar. A partir daí, o Kremlin reiterará as suas exigências através de negociações”, acrescenta o site russos de jornalismo de investigação.

https://zap.aeiou.pt/elite-russa-nao-tera-planos-paz-472721

“Ela, não !" A “ameaça” Le Pen é grande: “Desta vez, cheira mesmo mal” !


Reacções dos jornais franceses – e não só – à primeira volta das eleições presidenciais: “A surpresa é que não há surpresa”.

Na manhã seguinte à primeira volta das eleições presidenciais em França, que terminou com vitória de Emmanuel Macron, espreitámos algumas reacções interessantes ou curiosas, nos jornais franceses.

O actual presidente venceu com 27,8% dos votos, enquanto Marine Le Pen não ficou longe, tal como se previa: 23,1% dos votos.

“O perigo de ver a candidata de extrema-direita chegar ao poder nunca foi tão grande”, avisa a capa do jornal l’Humanité, que em letras grandes pede: “Ela, não”.

O jornal Libération, associado mais à esquerda do que à direita gaulesa, é mais forte na sua manchete desta segunda-feira: “Desta vez, cheira mesmo mal” – e a tradução poderia ser outra.  

O Le Figaro destaca que vem aí um “novo duelo” entre Macron e Le Pen, salientando que os dois candidatos na segunda volta melhoraram os seus números em relação à primeira volta das eleições anteriores, em 2017 (Macron com 24% e Le Pen com 21,3% na altura).

Aqui ao lado, o jornal espanhol El País dedica a maioria do texto da sua capa às eleições presidenciais em França: “Macron resiste e vai enfrentar Le Pen pela presidência francesa”.

No dia 24 de Abril, data da segunda volta, vai assistir-se a uma repetição da segunda volta das eleições de 2017 e, apesar de nova vantagem de Macron, “nada está garantido no caminho até ao Eliseu”.

“Le Pen suavizou a sua imagem ao longo destes últimos cinco anos e deixou de assustar a maioria dos franceses”, descreve o jornal diário de Espanha.

Em relação à esquerda francesa, “pouco há para celebrar”.

Numa análise geral, não houve resultados surpreendentes entre os candidatos principais. Voltando ao Le Figaro, lê-se: “Como costumávamos dizer às crianças, a surpresa é que não há surpresa!”.

https://zap.aeiou.pt/ameaca-le-pen-472749


Novo relatório aponta sabotagem no desastre aéreo que matou Presidente polaco !

O antigo Presidente polaco, Lech Kaczyński.
Um novo relatório elaborado pela subcomissão polaca que investiga o desastre aéreo de Smolensk, em 2010, no qual morreu o então Presidente Lech Kaczynski e outras 95 pessoas, concluiu que houve sabotagem e “duas explosões” no avião.

O responsável do grupo que investiga o caso, Antoni Macierewicz, apresentou hoje, coincidindo com o aniversário do desastre, um relatório que “invalida o de 2011” e sustenta a tese de sabotagem.

Em 10 de abril de 2010, um avião Tupolev Tu-154 da Força Aérea Polaca, que transportava o então Presidente Kaczynski, bem como 88 outras personalidades políticas e eclesiásticas e militares polacos, além da tripulação, despenhou-se na base aérea russa em Smolensk.

A delegação polaca estava a chegar ao local por ocasião do 70.º aniversário do massacre de Katyn, no qual elementos do exército soviético executaram cerca de 4.400 prisioneiros polacos.

Jaroslaw Kaczynski, atual vice-presidente do Governo e líder do partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), irmão gémeo do falecido Lech, tem insistido que foi sabotagem e acusou o Governo do primeiro-ministro da altura, Donald Tusk, de encobrir os acontecimentos em conluio com Moscovo.
 
Também o responsável pela investigação do desastre considera que a Rússia tem tentado “esconder, destruir e modificar” as provas do caso, nomeadamente ao impedir os investigadores polacos de aceder a todos os registos de voo e a análise laboratorial dos restos da aeronave.

Uma investigação anterior, publicada em 2011, apontava como causa do acidente a descida do avião durante a descolagem e uma colisão com árvores próximas.

Em declarações à rádio pública polaca, hoje, depois de divulgado o novo relatório, Jaroslaw Kaczynski insistiu que foi “um ato de agressão contra a Polónia”.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, tinha já anunciado que a Polónia pretende apresentar a um tribunal internacional o massacre de Katyn, ocorrido em 1940, como parte de uma série de massacres de prisioneiros e oficiais polacos pelo exército soviético.

“O genocídio não prescreve”, sublinhou Duda, “é por isso que vou exigir que os tribunais internacionais elucidam esta questão.

https://zap.aeiou.pt/sabotagem-antigo-presidente-polaco-472768


Chanceler austríaco teve diálogo “direto e duro” com Putin !


O chanceler federal austríaco, Karl Nehammer, disse hoje que manteve em Moscovo um diálogo “muito direto, franco e duro” com o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem confrontou com os “graves crimes de guerra” cometidos em Bucha.

“A conversa com o Presidente Putin foi muito direta, franca e dura”, assinalou o chefe de Governo austríaco, que também confrontou o líder do Kremlin com a determinação da União Europeia (UE) face à violação dos direitos humanos, indicou um comunicado do seu gabinete após o encontro, que se prolongou por 75 minutos.

“Abordei os graves crimes de guerra cometidos em Bucha [arredores de Kiev] e em outros locais e sublinhei que os responsáveis devem prestar contas”, acrescentou o líder conservador austríaco.

A reunião que decorreu em Novo-Ogariovo, uma residência presidencial nos arredores de Moscovo, foi o primeiro encontro pessoal de Putin com um líder da UE desde o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.

“Também disse ao Presidente Putin de forma muito clara que as sanções contra a Rússia vão permanecer e vão endurecer enquanto continuarem a morrer pessoas na Ucrânia”, disse Nehammer, ao assinalar que nesta situação a UE “está unida como nunca”.
 
O chanceler federal insistiu na necessidade de corredores humanitários para transportar água potável e alimentos às cidades sitiadas na Ucrânia, e proceder à retirada de mulheres, crianças e feridos.

“A minha principal mensagem para Putin foi que esta guerra deve terminar, porque numa guerra só existem perdedores nos dois lados”, adiantou o primeiro-ministro conservador, que irá relatar os resultados do encontro aos seus parceiros europeus.

Nehammer assegurou que esta deslocação “não foi uma visita amigável”, mas considerou “uma obrigação” tentar um encontro direto com Putin “apesar das enormes diferenças”, e após se ter deparado na Ucrânia com “o incomensurável sofrimento da população”.

O chefe do Governo de Viena esteve no sábado na Ucrânia, onde se reuniu em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e visitou diversas localidades perto da capital onde existem indícios de mortes de numerosos civis pelo exército russo.

A Áustria, Estado-membro da UE, aderiu às sanções europeias contra a Rússia, apesar de não ter enviado armamento para a Ucrânia devido ao seu estatuto de país neutral.

Em simultâneo, o país da Europa central nega-se, juntamente com a Alemanha e Hungria, a apoiar um embargo europeu contras as importações de gás russo, com o argumento de que essa medida será muito penalizadora para a sua economia.

https://zap.aeiou.pt/chanceler-dialogo-direto-duro-putin-472850


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