Se o nível da água no lago Berryessa, na barragem Monticello, na Califórnia, subir demasiado, a água em excesso começa a criar um redemoinho num grande buraco, aparentemente talhado na superfície do lago.
Conhecido pela população local como o “Buraco da Glória“, este não é um portal para o Inferno, apesar do seu vórtice assim parecer. O buraco é, na verdade, um vertedouro criado pelos engenheiros nos anos 50, que nasceu como alternativa a uma típica calha lateral que controle o fluxo da barragem — que, no local apertado entre os precipícios onde a barragem está, não teria espaço.
Este tipo de estruturas já foi criado noutras barragens, mas o Glory Hole é um dos mais famosos em todo o mundo. Durante um ano particularmente chuvoso, em 2017, centenas de pessoas iam para o local para verem o aparente abismo, e o mesmo aconteceu em 2019, relata o Science Alert.
Nesse mesmo ano, um pequeno corvo-marinho foi filmado a nadar sem saber em direção ao buraco, com alguns relatos a afirmarem que o animal sobreviveu.
A probabilidade da mesma coisa acontecer com uma pessoa é bastante reduzida, já que o lago proíbe a natação. Mesmo que alguém lá caia, a corrente não é forte o suficiente para puxar quem nade no sentido oposto.
A cada segundo, o buraco com 22 metros de diâmetro engole 1360 metros cúbicos de água. Depois da queda inicial na entrada do buraco, a água entra num tubo mais fino com mais de meio quilómetro que a leva para o riacho Putah.
Apenas é conhecido um caso de um acidente em 1997, em que uma mulher acabou por morrer depois de cair ao lago. Hoje em dia, a segurança está ainda mais reforçada para se evitar mais situações destas.
Os engenheiros que criaram o buraco acreditavam que este só seria usado em cenários extremos, mas desde 2000 que este já teve de ajudar a escoar a água em excesso três vezes.
https://zap.aeiou.pt/lago-berryessa-agua-rodopia-buraco-473141
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