quarta-feira, 27 de abril de 2022

EUA querem ver a “Rússia enfraquecida”: Ucranianos “podem ganhar” a guerra !


A Rússia infraestruturas rodoviárias na Ucrânia com mísseis, para travar a chegada de mais armamento estrangeiro ao país.

António Guterres, que esta terça-feira se encontrou com Putin, expressou apoio aos esforços diplomáticos de Erdogan, segundo o Diário de Notícias.

“Eles enfatizaram a necessidade urgente de acesso efetivo através de corredores humanitários para evacuar civis e fornecer assistência muito necessária às comunidades afetadas. O Presidente [Recep Tayyip Erdogan] e o secretário-geral [António Guterres] concordaram em manter contacto para acompanhar as iniciativas em andamento”, diz um comunicado publicado pelas Nações Unidas.

O “objetivo comum” de Erdogan e de Guterres, que expressou apoio aos esforços diplomáticos da Turquia, “é acabar com a guerra o mais rápido possível e criar condições para acabar com o sofrimento dos civis”.

De acordo com o comunicado, o impacto da guerra no panorama regional e global em setores como energia, alimentos e finanças também foi discutido.

Guterres visitou Moscovo esta terça-feira, para se encontrar com Putin. Teve antes uma reunião e um almoço com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

Na quinta-feira está também anunciada uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano e com Zelenskyy.

A vice-primeira-ministra ucraniana apelou ontem a Guterres para que o o secretário-geral da ONU fosse o “iniciador e garante” de um corredor humanitário para fora de Azovstal, em Mariupol, e pediu que o pessoal da organização e da Cruz Vermelha que acompanhassem todas as pessoas retiradas do local.

Segundo as autoridades ucranianas, há mais de “mil civis, mulheres e crianças” e “centenas de feridos” escondidos em Azovstal, ao lado dos combatentes ucranianos que defendem o local dos ataques russos.

“Queremos ver a Rússia enfraquecida de modo a que não possa fazer o tipo de coisas como a invasão da Ucrânia. [Os russos] Já perderam muito da capacidade militar. Queremos que não tenham a capacidade de recuperar muito rapidamente essa capacidade”, apelou Lloyd Austin, secretário de Defesa norte-americano.

A frase foi dita aos jornalistas, numa zona de “localização não revelada”, junto à fronteira da Polónia com a Ucrânia, horas depois do encontro em Kiev com Zelenskyy.

“A primeira coisa para ganhar é acreditar que se pode ganhar. E eles [os ucranianos] estão convencidos de que podem ganhar. Podem ganhar se tiverem o equipamento certo, o apoio certo”, afirmou o chefe do Pentágono, que estava acompanhado do secretário de Estado, Antony Blinken.

Os Estados Unidos aprovaram um total de 661 milhões de euros em financiamento militar para a Ucrânia, bem como outros 15 países “aliados e parceiros.”

A Ucrânia, desde valor, irá receber mais de metade — 299 milhões de euros em “financiamento militar” e 153 milhões de euros em munições.

Os restantes 209 milhões serão entregues a países da NATO e outros que forneceram a Kiev apoio militar, desde o início da guerra.

Blinken e Austin revelaram que, por decisão de Joe Biden, foi ainda nomeada uma nova embaixadora para a Ucrânia. Os diplomatas que tinham saído do país, antes do início da guerra, vão também “começar a regressar na próxima semana“.

Bridget Brink, atual embaixadora na Eslováquia, “com profunda experiência na região”, foi a escolhida para reabrir “dentro de semanas, um par de semanas” a embaixada em Kiev que está sem titular diplomático desde maio de 2019.

Brink começou a carreira diplomática em 1996, fala inglês, russo, sérvio, francês e georgiano, e tem participado em várias funções na administração diplomática, na definição da política externa norte-americana na Turquia, Grécia, Chipre, Geórgia, Azerbeijão, Uzbequistão e Arménia.

Ben Wallace, secretário de Defesa britânico, anunciou também que vai seguir nos próximos dias um “pequeno número” de veículos lançadores de mísseis Stormer, mísseis antiaéreos Starstreak, mais de 5 mil NLAW (mísseis anti-tanque), 200 javelins e tanques Challenger 2, que ficarão “implantados” na Polónia.

“A intenção de Putin é a de apenas destruir, esmagar, exterminar os povos livres da Ucrânia (…) não podemos permitir que isto prevaleça”, afirmou.

“Se a Rússia parar de lutar, haverá paz. Se a Ucrânia parar de lutar, não haverá mais Ucrânia”, acrescenta ainda Wallace.

Para travar a chegada de armamento estrangeiro, a Rússia atacou, ontem, com mísseis, cinco infraestruturas ferroviárias no centro e no oeste da Ucrânia. Outras três linhas ferroviárias estão sem eletricidade por causa dos bombardeamentos.

“Estão a tentar destruir as rotas de abastecimento de assistência técnica militar dos estados parceiros”, admitiu o comando das forças armadas ucranianas.

https://zap.aeiou.pt/eua-querem-ver-a-russia-enfraquecida-ucranianos-podem-ganhar-a-guerra-475467


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