A congressista está a ser alvo de um processo que pretende impedir a sua recandidatura devido ao seu alegado envolvimento no ataque ao Capitólio. Greene disse sob juramento que não se lembrava de ter pedido a imposição da lei marcial, mas as mensagens enviadas a Meadows confirmam que o fez.
Meros dias antes da cerimónia da inauguração de Joe Biden como novo Presidente dos Estados Unidos, a congressista republicana Marjorie Taylor Greene enviou uma mensagem ao então chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, onde lhe pediu que pressionasse Donald Trump a invocar a lei marcial e assim impedir que Biden assumisse a presidência.
“No nosso chat privado há vários membros a dizer que a única forma de salvarmos a República é se o Trump activar a lei marcial. Só quero que tu lhe digas. Eles roubaram esta eleição. Nós sabemos todos. Vão destruir o nosso país“, enviou Greene a Meadows, já duas semanas após o ataque ao Capitólio.
A notícia foi avançada pela CNN, que teve acesso a 2319 mensagens que Meadows recebeu entre o dia da eleição e a confirmação de Biden e que detalham os planos do círculo próximo de Trump para reverterem o resultado do sufrágio.
Os registos das mensagens incluem comunicações com políticos republicanos, responsáveis da Casa Branca e com os filhos de Trump e estão agora nas mãos do comité da Câmara dos Representantes que está a investigar a insurreição.
Meadows partilhou as mensagens voluntariamente no final de 2021, mas desde então que deixou de colaborar com o comité e avançou com processos para bloquear as duas intimações de que foi alvo por parte do Congresso.
Greene também enviou mensagens a Meadows ainda antes do ataque ao Capitólio de 6 de Janeiro onde lhe perguntava sobre os planos para as objecções à vitória de Biden na sessão de confirmação no Congresso.
“Bom dia Mark, estou cá em DC. Temos de nos organizar para dia 6. Gostava de me encontrar com Rudy Giuliani outra vez. Não falamos com ele há muito tempo. E com qualquer outra pessoa que possa ajudar. Estamos a angariar muitos membros“, escreveu Greene a 31 de Dezembro de 2020.
Esta notícia surge numa altura que Greene está a ser alvo de um processo por parte de um grupo de eleitores na Geórgia que pretende impedi-la de se recandidatar ao lugar na Câmara dos Representantes devido ao seu alegado envolvimento no motim no Capitólio, baseando-se uma provisão na 14.ª Emenda na Constituição que impede que políticos envolvidos em insurreições voltem a ocupar cargos públicos.
Na sexta-feira, a representante testemunhou sob juramento e afirmou que não se lembrava dos eventos e dos planos em torno de 6 de Janeiro mais de 50 vezes e especificamente disse não ter memória de ter defendido a activação da lei marcial.
O juiz estadual Charles Beaudrot, que presidiu à audição na semana passada, fará uma recomendação nas próximas semanas e a decisão final está nas mãos do Secretário do Estado da Geórgia, Brad Raffensperger. Qualquer que seja o veredicto, já se antecipam recursos.
Ron Feid, o advogado que representa o grupo de eleitores que quer remover Greene do boletim de voto, considera que as mensagens agora conhecidas mostram a sua “desonestidade sobre o seu apelo à lei marcial” e sugerem que a congressista “não foi uma testemunha credível” na audição.
https://zap.aeiou.pt/marjorie-taylor-greene-trump-lei-marcial-475413
“No nosso chat privado há vários membros a dizer que a única forma de salvarmos a República é se o Trump activar a lei marcial. Só quero que tu lhe digas. Eles roubaram esta eleição. Nós sabemos todos. Vão destruir o nosso país“, enviou Greene a Meadows, já duas semanas após o ataque ao Capitólio.
A notícia foi avançada pela CNN, que teve acesso a 2319 mensagens que Meadows recebeu entre o dia da eleição e a confirmação de Biden e que detalham os planos do círculo próximo de Trump para reverterem o resultado do sufrágio.
Os registos das mensagens incluem comunicações com políticos republicanos, responsáveis da Casa Branca e com os filhos de Trump e estão agora nas mãos do comité da Câmara dos Representantes que está a investigar a insurreição.
Meadows partilhou as mensagens voluntariamente no final de 2021, mas desde então que deixou de colaborar com o comité e avançou com processos para bloquear as duas intimações de que foi alvo por parte do Congresso.
Greene também enviou mensagens a Meadows ainda antes do ataque ao Capitólio de 6 de Janeiro onde lhe perguntava sobre os planos para as objecções à vitória de Biden na sessão de confirmação no Congresso.
“Bom dia Mark, estou cá em DC. Temos de nos organizar para dia 6. Gostava de me encontrar com Rudy Giuliani outra vez. Não falamos com ele há muito tempo. E com qualquer outra pessoa que possa ajudar. Estamos a angariar muitos membros“, escreveu Greene a 31 de Dezembro de 2020.
Esta notícia surge numa altura que Greene está a ser alvo de um processo por parte de um grupo de eleitores na Geórgia que pretende impedi-la de se recandidatar ao lugar na Câmara dos Representantes devido ao seu alegado envolvimento no motim no Capitólio, baseando-se uma provisão na 14.ª Emenda na Constituição que impede que políticos envolvidos em insurreições voltem a ocupar cargos públicos.
Na sexta-feira, a representante testemunhou sob juramento e afirmou que não se lembrava dos eventos e dos planos em torno de 6 de Janeiro mais de 50 vezes e especificamente disse não ter memória de ter defendido a activação da lei marcial.
O juiz estadual Charles Beaudrot, que presidiu à audição na semana passada, fará uma recomendação nas próximas semanas e a decisão final está nas mãos do Secretário do Estado da Geórgia, Brad Raffensperger. Qualquer que seja o veredicto, já se antecipam recursos.
Ron Feid, o advogado que representa o grupo de eleitores que quer remover Greene do boletim de voto, considera que as mensagens agora conhecidas mostram a sua “desonestidade sobre o seu apelo à lei marcial” e sugerem que a congressista “não foi uma testemunha credível” na audição.
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