Uma criança morreu vítima do misterioso surto de doença hepáticas que está a afetar crianças na Europa e nos Estados Unidos, anunciou a Organização Mundial de Saúde (OMS), sem revelar em que país ocorreu a morte.
A agência de saúde das Nações Unidas adiantou que recebeu até agora relatos de pelo menos 169 casos de “hepatite aguda de origem desconhecida” de uma dezena de países e foi reportada, pelo menos, uma morte.
Os casos foram relatados em crianças com idades entre um mês e os 16 anos, segundo a agência de notícias AP, adiantando que 17 das que adoeceram necessitaram de transplantes hepáticos.
Os primeiros casos foram detetados no Reino Unido, onde 114 crianças ficaram doentes, e os casos já chegaram a Espanha.
Até agora, não foram registados casos em Portugal, mas a DGS está a acompanhar a situação.
“Ainda não é claro se houve um aumento dos casos de hepatite, ou um aumento da consciencialização dos casos de hepatite, que ocorrem ao ritmo esperado, mas que não são detetados”, salienta a OMS em comunicado, citado pela AP.
Os especialistas dizem que os casos podem estar ligados a um vírus geralmente associado a constipações, mas estão em curso investigações. “Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, estão em curso investigações para o agente causal”, refere a OMS, notando que o vírus foi detetado em pelo menos 74 dos casos.
A OMS disse que os países afetados estão a intensificar a vigilância dos casos de hepatite em crianças.
O surto “de origem desconhecido”, que foi anunciado pela OMS a 15 de abril, causa inflamação do fígado e “em muitos casos”, sintomas gastrointestinais como dores abdominais, diarreia e vómitos, e elevação das enzimas do fígado.
No Reino Unido, onde foram detetados 114 casos, regista-se “um aumento significativo em infeções na comunidade por adenovírus*, tal como nos Países Baixos, nota a OMS.
Contudo, a prevalência do adenovírus “não explica por completo a gravidade do quadro clínico”, uma vez que a variante, designada por tipo 41, não se destaca por provocar casos tão graves de hepatite, mas antes doenças respiratórias, gastroenterites, conjuntivites ou infeções da bexiga.
A OMS descarta para já que se possa tratar de efeitos secundários da vacina da covid-19, uma vez que “a larga maioria das crianças afetadas não foi vacinada“.
“Uma coisa que chama a atenção é o facto de haver muitos casos em países diferentes e há uma pequena percentagem de casos que não evoluíram bem, em que o fígado falhou mesmo e tiveram de fazer transplante hepático“, nota o responsável pelo Programa Nacional para as Hepatites Virais da DGS, Rui Tato Marinho.
A OMS apurou casos em Espanha (13), Israel (12), Estados Unidos (nove), Dinamarca (seis), Irlanda (cinco), Países Baixos (quatro), Noruega (dois), França (dois), Roménia (um) e Bélgica (um).
“É muito provável que sejam detetados mais casos antes de ser confirmada uma causa para o surto e serem aplicadas medidas de prevenção”, destaca a agência das Nações Unidas, que aponta “lavagem regular das mãos e higiene respiratória” como formas de prevenir a transmissão de adenovírus.
A OMS não recomenda qualquer restrição nas viagens ou trocas comerciais com o Reino Unido ou qualquer outro dos países onde estão a ser registados casos deste surto de hepatite aguda.
https://zap.aeiou.pt/crianca-morreu-vitima-da-hepatite-aguda-de-origem-desconhecida-475287
A agência de saúde das Nações Unidas adiantou que recebeu até agora relatos de pelo menos 169 casos de “hepatite aguda de origem desconhecida” de uma dezena de países e foi reportada, pelo menos, uma morte.
Os casos foram relatados em crianças com idades entre um mês e os 16 anos, segundo a agência de notícias AP, adiantando que 17 das que adoeceram necessitaram de transplantes hepáticos.
Os primeiros casos foram detetados no Reino Unido, onde 114 crianças ficaram doentes, e os casos já chegaram a Espanha.
Até agora, não foram registados casos em Portugal, mas a DGS está a acompanhar a situação.
“Ainda não é claro se houve um aumento dos casos de hepatite, ou um aumento da consciencialização dos casos de hepatite, que ocorrem ao ritmo esperado, mas que não são detetados”, salienta a OMS em comunicado, citado pela AP.
Os especialistas dizem que os casos podem estar ligados a um vírus geralmente associado a constipações, mas estão em curso investigações. “Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, estão em curso investigações para o agente causal”, refere a OMS, notando que o vírus foi detetado em pelo menos 74 dos casos.
A OMS disse que os países afetados estão a intensificar a vigilância dos casos de hepatite em crianças.
O surto “de origem desconhecido”, que foi anunciado pela OMS a 15 de abril, causa inflamação do fígado e “em muitos casos”, sintomas gastrointestinais como dores abdominais, diarreia e vómitos, e elevação das enzimas do fígado.
No Reino Unido, onde foram detetados 114 casos, regista-se “um aumento significativo em infeções na comunidade por adenovírus*, tal como nos Países Baixos, nota a OMS.
Contudo, a prevalência do adenovírus “não explica por completo a gravidade do quadro clínico”, uma vez que a variante, designada por tipo 41, não se destaca por provocar casos tão graves de hepatite, mas antes doenças respiratórias, gastroenterites, conjuntivites ou infeções da bexiga.
A OMS descarta para já que se possa tratar de efeitos secundários da vacina da covid-19, uma vez que “a larga maioria das crianças afetadas não foi vacinada“.
“Uma coisa que chama a atenção é o facto de haver muitos casos em países diferentes e há uma pequena percentagem de casos que não evoluíram bem, em que o fígado falhou mesmo e tiveram de fazer transplante hepático“, nota o responsável pelo Programa Nacional para as Hepatites Virais da DGS, Rui Tato Marinho.
A OMS apurou casos em Espanha (13), Israel (12), Estados Unidos (nove), Dinamarca (seis), Irlanda (cinco), Países Baixos (quatro), Noruega (dois), França (dois), Roménia (um) e Bélgica (um).
“É muito provável que sejam detetados mais casos antes de ser confirmada uma causa para o surto e serem aplicadas medidas de prevenção”, destaca a agência das Nações Unidas, que aponta “lavagem regular das mãos e higiene respiratória” como formas de prevenir a transmissão de adenovírus.
A OMS não recomenda qualquer restrição nas viagens ou trocas comerciais com o Reino Unido ou qualquer outro dos países onde estão a ser registados casos deste surto de hepatite aguda.
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