O presidente francês Emmanuel Macron disse ao The Economist que a aliança está sofrendo uma morte cerebral, enquanto avisa os países europeus que eles não podem mais confiar na América para defender seus aliados. O que estamos experimentando atualmente é a morte cerebral da OTAN.
O bloco militar liderado pelos EUA "só funciona se o garante de último recurso funcionar como tal", observou o líder francês:
"Eu argumentaria que deveríamos reavaliar a realidade do que é a OTAN à luz do compromisso dos Estados Unidos."
Macron disse que Washington está "virando as costas para nós", uma medida que foi demonstrada pela retirada de tropas americanas do nordeste da Síria e pelo abandono de seus aliados curdos no país.
Foi perguntado ao presidente se ele acredita na eficácia do Artigo 5 do Tratado Fundador da Otan, que diz que se um Estado membro é atacado, outros têm que se apressar em sua defesa. "Eu não sei", ele disse, " mas o que o Artigo Cinco significará amanhã? ”
Enquanto isso, argumentou Macron, a Europa permanece “à beira de um precipício” e “não estará mais no controle de nosso destino”, a menos que comece a se comportar como um poder geopolítico. Para fazer isso, a Europa deve recuperar a "soberania militar" e continuar a manter o diálogo com Moscou.
Macron tem pressionado a União Européia e os países ocidentais a revisar seus papéis no mundo e a se adaptar às novas realidades globais. Em agosto, ele disse que a "hegemonia ocidental" acabou e que seria um erro tentar isolar a Rússia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou fortemente os estados membros da Otan, como a Alemanha, por não pagarem sua "parte justa" da defesa do bloco. No mês passado, ele anunciou que as tropas dos EUA deixariam as áreas de posse dos curdos na Síria, antes da invasão turca. Trump ostensivamente tomou essa decisão sem consultar os aliados da OTAN.
Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com/search?updated-max=2019-11-10T20:08:00-03:00&max-results=25
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