Novamente, por causa de problemas com anúncios, o site busca uma solução que afetará produtores da plataforma
Em meio ao acordo de US$ 170 milhões entre a FTC (Federal Trade Commission) e o YouTube, está escondida uma cláusula que promete proteger as crianças que usam o aplicativo – embora já exista o app gratuito YouTube Kids. O acerto inclui mudanças nas políticas e sistemas do serviço de vídeos em pontos da publicidade infantil e anúncios segmentados.
Como outras alterações recentes, essas mudanças podem afetar seriamente criadores de conteúdo, após a implementação, marcada para 1º de janeiro de 2020. No entanto, até lá, os youtubers provavelmente tentarão reverter a decisão da plataforma.
Coppa e o YouTube
A Coppa é uma lei americana criada em 1998 que restringe operadores de sites e serviços on-line de coletar informação pessoal de usuários com menos de 13 anos de idade sem a permissão dos pais ou responsáveis. Em 2013, a FTC alterou a lei e acrescentou:
Expandir a definição de “operadores” para incluir criadores de conteúdo em plataformas suportadas por anúncios (como o YouTube);
Expandir a definição de “informação pessoal” para incluir identificadores persistentes (como os cookies), com os quais anunciantes podem identificar quais propagandas são mais eficazes para quais usuários (uma prática que gera anúncios segmentados).
Durante os últimos seis anos, esses acréscimos nunca foram direcionados a youtubers, mas, com o novo acordo, o FTC deixou claro que eles visam reforçar os regulamentos a criadores individualmente. Por conta disso, a partir do dia 01/01/2020, criadores de conteúdo terão de identificar se o vídeo que estão compartilhando é “direcionado a crianças” ou não. Ao determinar que a produção é voltada ao público infantil, o vídeo em questão será proibido de mostrar anúncios segmentados. A mesma identificação terá de ser feita também em publicações prévias.
Como isso afeta criadores?
De acordo com um estudo feito pelo TubeFilter, em associação com alguns criadores de conteúdo, os youtubers que desabilitam os anúncios segmentados perdem grande parte da renda. O site pediu que os criadores removessem o “Internet-Based Ads”, uma função na aba “avançada” do Creator Studio. De acordo com os testes, um vídeo que não mostrava esse tipo de publicidade perdeu entre 60% e 90% da renda gerada pelas visualizações.
Ou seja, se um criador ganhou R$ 100 em um vídeo com anúncios segmentados, ele passaria a faturar entre R$ 10 e R$ 40 sem esse tipo de propaganda.
Em meio ao acordo de US$ 170 milhões entre a FTC (Federal Trade Commission) e o YouTube, está escondida uma cláusula que promete proteger as crianças que usam o aplicativo – embora já exista o app gratuito YouTube Kids. O acerto inclui mudanças nas políticas e sistemas do serviço de vídeos em pontos da publicidade infantil e anúncios segmentados.
Como outras alterações recentes, essas mudanças podem afetar seriamente criadores de conteúdo, após a implementação, marcada para 1º de janeiro de 2020. No entanto, até lá, os youtubers provavelmente tentarão reverter a decisão da plataforma.
Coppa e o YouTube
A Coppa é uma lei americana criada em 1998 que restringe operadores de sites e serviços on-line de coletar informação pessoal de usuários com menos de 13 anos de idade sem a permissão dos pais ou responsáveis. Em 2013, a FTC alterou a lei e acrescentou:
Expandir a definição de “operadores” para incluir criadores de conteúdo em plataformas suportadas por anúncios (como o YouTube);
Expandir a definição de “informação pessoal” para incluir identificadores persistentes (como os cookies), com os quais anunciantes podem identificar quais propagandas são mais eficazes para quais usuários (uma prática que gera anúncios segmentados).
Durante os últimos seis anos, esses acréscimos nunca foram direcionados a youtubers, mas, com o novo acordo, o FTC deixou claro que eles visam reforçar os regulamentos a criadores individualmente. Por conta disso, a partir do dia 01/01/2020, criadores de conteúdo terão de identificar se o vídeo que estão compartilhando é “direcionado a crianças” ou não. Ao determinar que a produção é voltada ao público infantil, o vídeo em questão será proibido de mostrar anúncios segmentados. A mesma identificação terá de ser feita também em publicações prévias.
Como isso afeta criadores?
De acordo com um estudo feito pelo TubeFilter, em associação com alguns criadores de conteúdo, os youtubers que desabilitam os anúncios segmentados perdem grande parte da renda. O site pediu que os criadores removessem o “Internet-Based Ads”, uma função na aba “avançada” do Creator Studio. De acordo com os testes, um vídeo que não mostrava esse tipo de publicidade perdeu entre 60% e 90% da renda gerada pelas visualizações.
Ou seja, se um criador ganhou R$ 100 em um vídeo com anúncios segmentados, ele passaria a faturar entre R$ 10 e R$ 40 sem esse tipo de propaganda.
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