domingo, 28 de fevereiro de 2021

EUA aprovam vacina unidose da Johnson & Johnson e Nova Zelândia volta ao confinamento !

O regulador do medicamento norte-americano aprovou, este sábado, a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, a terceira autorizada nos Estados Unidos.


A vacina em causa da Johnson & Johnson é de dose única e junta-se às da Pfizer/BioNTech e da Moderna, ambas administradas em duas doses.

O regulador norte-americano, Food and Drug Administration (FDA), aprovou o uso de emergência da vacina para pessoas com idade a partir dos 18 anos.

De acordo com a autoridade do medicamento dos Estados Unidos, a vacina produzida pela farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, protege contra a covid-19 grave.

Os ensaios com a vacina mostraram 66% de eficácia contra o coronavírus, contra 94-95% das vacinas existentes, mas 86% de capacidade de evitar casos graves da doença, hospitalizações e mortes, o que poderia ser suficiente para proteger a população.

Na sexta-feira, o comité consultivo de vacinas da autoridade da FDA já tinha endossado a autorização de emergência desta vacina. Os membros do comité consideraram unanimemente que os benefícios da vacina superam os riscos para os idosos.

A vacina J&J tem as grandes vantagens de requerer apenas uma única dose e não necessitar de temperaturas extremas de congelamento para armazenamento, pois pode ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius.

A Johnson & Johnson prometeu entregar cerca de 20 milhões de doses aos Estados Unidos até ao final de março. A farmacêutica norte-americana espera também ter a vacina aprovada na Europa em março.

Segundo a SIC Notícias, que cita a agência Bloomberg, a vacina deverá ser aprovada no continente europeu no dia 11 de março, tornando-se a quarta a ser autorizada. Recorde-se que o fármaco, já contratualizado pela Comissão Europeia, consta do plano de vacinação português.

Nova Zelândia volta ao confinamento

De acordo com a agência Reuters, citada pelo jornal Público, Auckland voltou, este domingo, a um segundo confinamento, com as autoridades a tentarem controlar um surto da variante mais contagiosa do Reino Unido.

Trata-se de um confinamento de uma semana, entre uma população de dois milhões, devido a um caso de uma pessoa que esteve infetada durante uma semana, mas que não foi colocada em isolamento.

“É mais do que provável que existirão casos adicionais na comunidade”, afirmou a primeira-ministra, Jacinda Ardern, na conferência de imprensa deste sábado, quando anunciou as novas medidas.

Na China, a Comissão de Saúde anunciou, este domingo, ter diagnosticado seis casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos importados. Os casos foram detetados em viajantes em Jujian (2), Yunnan (2), Tianjin (1) e Cantão (1).

A Comissão de Saúde chinesa indicou que, até à meia-noite (16h00 de sábado em Portugal Continental), o número total de infetados activos na China continental se fixou em 218, entre os quais um em estado grave.

Desde o início da pandemia, 89.893 pessoas ficaram infetadas na China, tendo morrido 4636 doentes.

A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.518.080 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 113,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/vacina-johnson-johnson-aprovada-eua-384009

 

Após escalada de suicídios, Japão nomeia Ministro da Solidão !

O Japão nomeou um Ministro da Solidão após um recente aumento no número de suicídios, exacerbado pela crise provocada pela pandemia de covid-19.


Estudos recentes mostraram que o Japão tem altos níveis de isolamento social, em parte atribuídos à sua cultura de trabalhar durante longas horas. O problema cresceu ainda mais devido à pandemia de covid-19, nomeadamente no que diz respeito às pessoas que vivem sozinhas.

Em resposta aos apelos contra o isolamento social e o aumento das taxas de suicídio, o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga nomeou o ministro Tetsushi Sakamoto para a recém-criada função de Ministro da Solidão no início de fevereiro, de acordo com o jornal local Japan Times.

Numa reunião com Sakamoto, Suga disse que “as mulheres estão a sofrer mais com o isolamento [do que os homens] e o número de suicídios está em tendência crescente. Espero que identifique problemas e promova medidas políticas de forma abrangente”.

“Espero realizar atividades para prevenir a solidão social e o isolamento e para proteger os laços entre as pessoas”, disse Sakamoto, em conferência de imprensa.

O novo ministro também estará responsável de promover a participação dinâmica de todos os cidadãos e medidas para reduzir a taxa de natalidade.

O Governo do Japão criou também uma task-force em que diferentes departamentos trabalharão juntos para investigar o impacto da solidão.

Um relatório preliminar revelou um aumento de suicídios ao longo de 2020. De acordo com a Agência Nacional de Polícia, 20.919 pessoas morreram por suicídio no Japão em 2020 – um aumento de 750 mortes em comparação com 2019 e a primeira vez que o número subiu face ao ano anterior em 11 anos.

Segundo dados oficiais do governo japonês, em outubro passado, o número de suicídios no Japão foi superior ao número de mortes por covid-19 desde o início da pandemia.

O aumento está amplamente relacionado ao aumento dos suicídios entre mulheres e jovens. No entanto, o primeiro-ministro japonês sublinhou que “há muitos tipos de solidão” que precisam de ser resolvidos, apontando para os idosos que vivem em lares de terceira idade que ficaram particularmente isolados durante a pandemia.

O Japão tem sido consistentemente mal classificado em estudos de isolamento social. Em 2015, um estudo global realizado pelo gabinete do país descobriu que 16,1% dos japoneses com mais de 60 anos sentiram que não tinham “ninguém” a quem pedir ajuda – sendo o país com a maior proporção de países, seguido pelos Estados Unidos (13%) e a Suécia (10,8%).

https://zap.aeiou.pt/japao-nomeia-ministro-da-solidao-apos-escalada-suicidios-no-pais-383804

 

Nação Cherokee pede à Jeep que deixe de usar o nome da tribo nos seus carros !

“É hora de a Jeep reconsiderar chamar os seus SUVs Cherokee e Grand Cherokee”. Pela primeira vez, a tribo norte-americana Nação Cherokee pediu diretamente à Jeep para parar de usar o seu nome nos seus veículos.


A fabricante automóvel Jeep usa o nome “Cherokee” nos seus veículos há 45 anos. Agora, de acordo com o Car And Driver, a tribo norte-americana Nação Cherokee pediu diretamente à Jeep para não usar o seu nome nos seus veículos.

Embora a tribo já tivessse comentado este assunto no passado, o debate foi reiniciado pelo portal, que falou com o chefe da nação Cherokee Chuck Hoskin, Jr.

“Tenho certeza de que vem de um lugar bem intencionado, mas não nos honra por ter o nosso nome colado na lateral de um carro. A melhor forma de nos homenagear é aprender sobre o nosso Governo soberano, o nosso papel neste país, a nossa história, cultura e idioma, e temos um diálogo significativo com tribos reconhecidas federalmente sobre a adequação cultural”, disse o líder da tribo.

“Acho que estamos numa época neste país em que é hora de as empresas e os desportos coletivos abandonarem o uso de nomes, imagens e mascotes dos índios norte-americanos dos seus produtos, camisolas de equipa e desportos em geral”, continuou.

O primeiro modelo Cherokee da Jeep chegou no ano 1974, e embora se tenha “reformado” em favor do Jeep Liberty entre 2002 e 2014, a Jeep continuou a vender um modelo Grand Cherokee ao longo desse tempo.

Aliás, o modelo Grand Cherokee é o campeão de vendas da Jeep, com quase 210 mil vendas nos Estados Unidos em 2020.

Em 2017, o portal ArsTechnica noticiou que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos tinha decidido que as marcas comerciais ofensivas estavam autorizadas de acordo com a lei norte-americana.

No entanto, em 2020, houve uma renovação de consciência sobre a justiça racial nos Estados Unidos. A equipa da NFL da área de Washington DC deixou de usar o seu nome em julho e, em dezembro, a equipa da MLB de Cleveland descartou o seu nome e mascote racista.

Por sua vez, Jeep disse, em declarações ao Car And Driver, que “os nomes dos nossos veículos foram cuidadosamente escolhidos e nutridos ao longo dos anos para homenagear e celebrar o povo nativo americano pela sua nobreza, bravura e orgulho. Nós estamos, mais do que nunca, comprometidos com um diálogo respeitoso e aberto com o principal chefe da nação Cherokee, Chuck Hoskin, Jr”.

https://zap.aeiou.pt/nacao-cherokee-pede-a-jeep-que-deixe-de-usar-o-nom-383161

 

Naufrágio grego que levava partes do Partenon está a revelar os seus segredos !

A última expedição de mergulhadores ao navio grego Mentor, que naufragou perto da ilha Citera em 1802, recuperou várias peças do cordame, moedas, a sola de couro de um sapato, uma fivela de metal, uma ficha para jogar cartas, duas peças de xadrez, fragmentos de utensílios de cozinha e outros objetos aparentemente mundanos.


Quando afundou, o navio levava esculturas de mármore lascadas do Partenon, em Atenas, mais tarde danificado, conhecido como “Mármores de Elgin” ou “Mármores do Partenon”. Estas esculturas – que retratam deuses, heróis e animais gregos – estão agora em exibição na Museu Britânico, em Londres.

Os pequenos objetos recuperados do naufrágio revelam aspetos intrigantes da vida das pessoas a bordo do navio quando afundou, segundo disse, em declarações ao LiveScience, o arqueólogo marinho Dimitris Kourkoumelis, do departamento de Antiguidades Subaquáticas do Ministério da Cultura e Desporto grego.

“O objetivo é entender como as pessoas viviam e como era a vida a bordo, não apenas para os passageiros, mas também para a tripulação”, disse Kourkoumelis. “Encontrámos moedas de ouro de Utrecht, na Holanda, bem como de Espanha, e também moedas do Império Otomano – por isso havia realmente um grupo cosmopolita no Mentor.”

Kourkoumelis liderou expedições de mergulho aos destroços do Mentor todos os verões desde 2009, depois que o Governo grego promulgou uma legislação para proteger o naufrágio e ordenou formalmente que arqueólogos o escavassem.

O Mentor era um brigue construído pelos americanos que pertencia ao diplomata britânico Thomas Bruce, um nobre escocês intitulado o sétimo conde de Elgin.

Segundo Kourkoumelis, a construção do Mentor é muito diferente daquela de navios semelhantes construídos no Mediterrâneo. “Os navios americanos foram construídos para viajar em mar aberto e, por isso, eram muito mais fortes – é muito interessante trabalhar num navio como este”, disse.

O navio de madeira está agora a apodrecer após mais de 200 anos sob as ondas – e apenas mais alguns anos de escavações serão possíveis.

O naufrágio rendeu vários pequenos objetos ao longo dos anos, incluindo joias de ouro, moedas antigas e cerâmica grega que provavelmente vieram de coleções particulares de alguns dos passageiros a bordo quando afundou.

As descobertas mais recentes no ano passado incluíam duas peças de xadrez de madeira – outras seis peças do mesmo conjunto foram encontradas em anos anteriores – e uma ficha de metal ou moeda que provavelmente foi usada num jogo de cartas.

Os arqueólogos planeiam examinar cientificamente todos os objetos, muitos dos quais serão exibidos no Museu da Acrópole em Atenas. O museu já exibe cerca de metade das esculturas do Partenon que ainda restam.

Disputa pelas estátuas

Elgin, como era conhecido Thomas Bruce, usou o navio para transportar para Inglaterra as antiguidades que colheu enquanto vivia em Constantinopla como embaixador da Grã-Bretanha no Império Otomano.

Embora o navio tenha chegado a Citera, onde os seus passageiros e tripulantes escalaram as rochas, o Mentor afundou abaixo de cerca de 20 metros de água do mar.

O secretário de Elgin, William Hamilton, passou quase dois anos em Citera, supervisionando o resgate das esculturas por mergulhadores que foram pagos para recuperá-las dos destroços sem nenhum equipamento de mergulho.

As esculturas foram enviadas para a Inglaterra e Elgin vendeu-as ao Museu Britânico em 1816.

Elgin afirmou que pagou pelas esculturas e que obteve um decreto do Governo otomano para levá-las. Porém, nunca for encontrada nenhuma evidência do decret, de acordo com o Comité Britânico para a Reunificação dos Mármores do Partenon, uma organização não-governamental.

Quando a Grécia recuperou a sua independência dos otomanos em 1832, iniciou uma série de projetos para recuperar arte saqueada e os mármores de Elgin estavam no topo da lista. Desde então, todos os sucessivos Governos gregos exigiram que as esculturas fossem devolvidas. Até agora, contudo, o Museu Britânico recusou-se, embora se tenha oferecido para emprestá-los temporariamente.

https://zap.aeiou.pt/naufragio-grego-que-esconde-partes-do-partenao-esta-a-revelar-os-seus-segredos-383453

 

Toronto apresenta providência cautelar contra projeto que constrói “casas” para os sem-abrigo !

Um carpinteiro canadiano decidiu construir abrigos para as pessoas que vivem nas ruas de Toronto. A autarquia considerou que são perigosos e apresentou uma providência cautelar.


De acordo com a empresa de media ViceKhaleel Seivwright, carpinteiro de profissão, tem dedicado o seu tempo a construir pequenos abrigos para as pessoas que vivem nas ruas de Toronto, no Canadá.

A iniciativa, chamada Toronto Tiny Shelters, foi recebida com bons olhos pelos moradores da cidade, mas o mesmo não se pode dizer da autarquia, que decidiu apresentar uma providência cautelar no Tribunal de Apelação de Ontário contra a construção destes abrigos.

Entre as razões apresentadas para justificar esta decisão, o município explicou que o facto de serem de madeira torna estes abrigos perigosos (pelo potencial risco de incêndio) e considerou também que podem ter um efeito dissuasor entre os sem-abrigo, dificultando a tarefa de os tirar das ruas e de os levar para as instalações administradas pela autarquia.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Câmara destacou que, entre 2019 e 2020, houve um aumento de 250% no número de chamadas de emergência relacionadas com incêndios nos acampamentos onde vivem estas pessoas, argumentando que estes abrigos improvisados foram uma das principais causas desta subida.

Em declarações à Vice, Brad Ross, porta-voz da cidade de Toronto, explicou que a providência cautelar está simplesmente a tentar afirmar um estatuto já existente que proíbe a construção de estruturas “ilegais” em passeios germinados, estradas e outras propriedades públicas.

Por sua vez, numa declaração escrita e num vídeo publicado esta segunda-feira, Seivwright considerou que a ação legal da autarquia é apenas uma “distração” das suas próprias falhas no que toca a cuidar das populações de maior risco.

“O problema não são estes abrigos”, afirmou o canadiano, mas sim o facto de estes sem-abrigo dizerem que “não têm para onde ir” e que “não confiam mais” no sistema de abrigos da cidade.

“A cidade de Toronto deve parar com esta providência cautelar e concentrar os seus esforços e recursos naquilo que realmente importa – colocar estas pessoas em casas seguras”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/toronto-tiny-shelters-sem-abrigo-383165

 

Trinta anos depois, MI6 pede desculpa por ter banido espiões gays !

Richard Moore pediu desculpa ” pela forma como colegas e concidadãos LGBT+ foram tratados”, tendo-lhes sido negada a oportunidade de servir o país no MI6.

O chefe do MI6, o serviço secreto de inteligência do Reino Unido, pediu desculpas pelo banimento “equivocado, injusto e discriminatório” de espiões gays, 30 anos depois de a restrição ter sido suspensa. Richard Moore fez o pedido público de desculpas, na semana passada, através da sua conta no Twitter.

“Marcando o aniversário de 30 anos da suspensão da proibição de funcionários LGBT+ em agências de inteligência em 1991, peço desculpas em nome do MI6 pela forma como colegas e concidadãos LGBT+ foram tratados e expresso o meu pesar por todos cujas vidas foram afetadas”, lê-se na publicação divulgada.

Embora as relações entre pessoas do mesmo sexo tenham sido descriminalizadas no Reino Unido em 1967, só em 1991 é que o MI6 pôs um fim à proibição de agentes LGBT.

“Por causa dessa política […] pessoas leais e patrióticas viram os seus sonhos de servir o seu país no MI6 destruídos”, disse Moore, citado pelo The Telegraph.

Nas entrevistas de verificação de segurança para funcionários do MI6 ainda são questionadas as preferências sexuais. No entanto, estas informações são apenas usadas para entender melhor os relacionamentos íntimos do indivíduo, assegura o jornal britânico.

Especialistas em segurança reconhecem que as práticas sexuais não têm mais o potencial de chantagem nos países ocidentais que tinham no passado.

O mais conhecido caso de um agente afetado pela proibição de espiões gays foi o caso de Alan Turing. O matemático britânico é amplamente considerado o pai da ciência da computação teórica e da Inteligência Artificial. Foi responsável pela criação da Máquina de Turing, um modelo abstrato de um computador.

Turing também se envolveu na construção de máquinas físicas para quebrar os códigos secretos das comunicações alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que o seu trabalho encurtou a guerra na Europa em mais de dois anos e salvou mais de 14 milhões de vidas.

Apesar disso, Turing nunca foi totalmente reconhecido em seu país de origem durante sua vida por ser homossexual. Acabaria por cometer suicídio em 1954 e apenas recebeu um perdão real em 2009.

A sua história é retratada no filme “O Jogo da Imitação”, de 2014, que recebeu o Óscar para Melhor Guião Adaptado e foi indicado para o Óscar de Melhor Filme. Alan Turing é interpretado pelo ator Benedict Cumberbatch, que esteve nomeado para o Óscar de Melhor Ator.

https://zap.aeiou.pt/mi6-desculpa-banido-espioes-gays-383460


 

 

Pintura de Van Gogh de Paris nunca antes vista exibida pela primeira vez !

Uma pintura de Vincent Van Gogh de uma rua de Paris foi exposta pela primeira vez depois de passar mais de 100 anos “escondida” pelos seus proprietários.

Uma cena de rua em Montmartre, em Paris, pertenceu a uma família francesa a maior parte do tempo desde que foi pintada em 1887.

No passado, foram feitas pequenas reproduções, geralmente em preto e branco. “O que é empolgante é que é uma pintura de Van Gogh que está escondida desde que saiu do cavalete do artista”, disse Martin Bailey, especialista em Van Gogh, em declarações à BBC. “Sempre esteve em coleções particulares, por isso apenas os proprietários e os seus amigos conheciam-na”.

“É um quadro interessante porque é uma obra de transição entre os anos holandeses de Van Gogh, quando pintava em cores escuras e terrosas, e as obras exuberantes que fez na Provença. Foi em Paris que descobriu os impressionistas e isso levou-o a explorar a cor”, explicou Bailey. Esta é “a primeira vez que podemos vê-la corretamente”.

Montmartre ainda era semi-rural quando a cena foi pintada. Um moinho de vento destaca-se por trás de alguns moradores locais. A famosa igreja Sacré-Cœur que agora domina a área ainda estava em construção na época.

Este quadro é apenas um de uma série de obras que Van Gogh criou enquanto se hospedou com o seu irmão Theo em 1886 e 1887 a uma curta distância da rua retratada na pintura.

A pintura será exibida nas casas de leilão da Sotheby’s em Paris, Amesterdão e Hong Kong antes da sua venda em 25 de março. “O aparecimento no mercado de uma obra deste calibre, e de uma série tão icónica, é sem dúvida um grande evento”, disse a Sotheby’s.

A Sotheby’s estima que o quadro pode chegar a oito milhões de euros quando for vendido em leilão no próximo mês.

Segundo Bailey, o preço estimado de cinco a oito milhões de euros reflete o facto de que as pinturas do artista em Paris não alcançam as “megassomas” das suas pinturas da Provença,. “Mas até que o martelo desça, obviamente nunca se sabe o que vai acontecer num leilão. Agora há um grande interesse em Van Gogh no Extremo Oriente, por isso o mercado de Van Gogh é verdadeiramente global”, rematou.

Van Gogh trocou Paris pelo sul da França em 1888, dizendo que estava cansado do ritmo frenético da vida parisiense. No sul, o artista cortou parte da sua orelha esquerda durante um episódio de doença mental. Mais tarde, suicidou-se, disparando um revólver contra o seu peito perto de Paris em julho de 1890.

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Imagens mostram construção de instalação nuclear secreta em Israel !

Está a ser construída uma instalação nuclear secreta em Israel, diz a Associated Press depois de analisar imagens de satélite. Os trabalhos estão a decorrer a poucos metros do antigo reator do Centro de Pesquisa Nuclear Shimon Peres, no deserto de Negev, perto da cidade de Dimona.

A escavação, que tem as dimensões de um campo de futebol e provavelmente vários pisos de profundidade, pode vir a abrigar vários laboratórios subterrâneos que reprocessam as hastes do reator para obter plutónio para o programa nuclear israelita. Outras imagens do Planet Labs sugerem que a obra começou no início de 2019 e tem progredido lentamente desde então.

Segundo a Associated Press, a finalização da infraestrutura ainda não é percetível.

Questionado pela agência de notícias sobre as obras que estão a decorrer, o Governo israelita não respondeu às perguntas.

Tendo em conta a sua política de ambiguidade nuclear, Israel nunca ratificou ou negou possuir armas atómicas. É apenas um dos quatro países que não assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear – um acordo internacional que tem como objetivo travar a posse de armas nucleares.

Como avança o The Times of Israel, ainda não está claro qual é o objetivo desta construção, mas há especialistas que fazem algumas especulações. “Acredito que o governo israelita esteja preocupado em preservar e manter as atuais capacidades nucleares do país”, disse Avner Cohen, professor no Instituto Middlebury, à AP.

Sob a alçada do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel mantém as críticas ao programa nuclear iraniano, que, ao contrário do seu, é monitorizado por inspetores das Nações Unidas. Por esta razão, os especialistas voltaram a exigir que o país apresentasse publicamente os detalhes do seu programa.

“Cabe ao governo israelita falar sobre o que está a fazer nesta central secreta de armas nucleares”, disse Daryl G. Kimball, diretor executivo da Associação de Controlo de Armas com sede em Washington.

Com a ajuda de França, Israel iniciou a construção secreta da instalação nuclear no final da década de 1950 no deserto desabitado perto de Dimona, a 90 quilómetros de Jerusalém. Durante anos, o país ocultou o propósito militar do local dos Estados Unidos, agora seu principal aliado, chegando a alegar que se tratava de uma fábrica de tecidos.

Acredita-se que Israel seja um dos nove países do mundo que possuem armas nucleares, mas dado ao sigilo das operações, ainda não está claro quantas armas possui. Contudo, vários analistas estimam que o país tenha material suficiente para pelo menos 80 bombas.

https://zap.aeiou.pt/imagens-instalacao-nuclear-israel-383511


OMS quer isenção de direitos de propriedade intelectual para vacinas !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reclamou, esta sexta-feira, o uso de “todas as ferramentas” para aumentar a produção de vacinas contra a covid-19, incluindo a transferência de tecnologia e a isenção de direitos de propriedade intelectual.


“Agora é o momento de usar todas as ferramentas para aumentar a produção, incluindo licenciamento, transferência de tecnologia e isenções de propriedade intelectual. Se não é agora, quando?”, questionou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19, transmitida a partir da sede da organização, em Genebra.

Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu que o Conselho de Segurança da ONU, enquanto “órgão influente”, tome “medidas concretas”, como “fazer com que a isenção de propriedade intelectual possa ser aplicada” para aumentar a produção de vacinas e a taxa de vacinação.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, uma resolução do Reino Unido a exigir equidade no acesso às vacinas contra a covid-19, segundo fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa francesa AFP.

O dirigente da OMS, agência da ONU, registou com apreço o voto, mas considera que o órgão, que tem capacidade para adotar decisões obrigatórias para todos os Estados-Membros das Nações Unidas, pode fazer mais, “se houver vontade política”, nomeadamente acionar a cláusula de isenção prevista no acordo internacional dos direitos de propriedade intelectual relacionados com o comércio (conhecido pela sigla TRIPS).

“Se esta cláusula não pode ser invocada agora, quando é que será?”, questionou, apontando uma “séria resistência” a esta medida, quando a pandemia da covid-19 “não tem precedentes” e um novo coronavírus “fez o mundo refém”.

De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, “todos os Governos têm o dever de proteger os seus cidadãos, mas a melhor forma de fazê-lo é suprimir o vírus em todos os lugares ao mesmo tempo”.

O diretor-geral da OMS voltou a criticar os acordos feitos entre “alguns países”, os mais ricos, e as farmacêuticas, que “minam” o mecanismo de distribuição universal e equitativa de vacinas contra a covid-19, o Covax, e “privam” os profissionais de saúde e os idosos, os mais vulneráveis à infeção, de serem imunizados, em particular nos países mais pobres.

“Tivemos progresso, mas esse progresso é ainda frágil”, realçou, reportando que apenas dois países, o Gana e a Costa do Marfim, receberem doses através do Covax, coliderado pela OMS. “Temos de acelerar a distribuição de vacinas”, apelou, recordando que a meta da OMS é de que a vacinação chegue a todos os países nos primeiros 100 dias de 2021.

Esta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já tinha lembrado que “apenas dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas” e, ao mesmo tempo, “mais de 130 países ainda não receberam uma única dose“.

https://zap.aeiou.pt/oms-isencao-propriedade-intelectual-383955

 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Em acto generoso de bondade, britânico enviava dinheiro a residentes de uma cidade britânica !

Os habitantes de Frome, no Reino Unido, estão constantemente à espera do correio, depois de ter sido revelado que um homem misterioso estava a entregar dinheiro nas casas dos residentes locais.


A polícia da cidade inglesa de Frome informou, na semana passada, que estava a tentar identificar a pessoa que estava a enviar dinheiro e cartas a residentes locais.

De acordo com a nota das autoridades, partilhada no Facebook no dia 21 de fevereiro, a pessoa distribui os envelopes através das ranhuras para a correspondência que as casas britânicas costumam ter nas portas. “Estamos dispostos a falar com este homem e a determinar o raciocínio por trás deste ato”, lê-se.

As autoridades pediram às pessoas que entrassem em contacto com a polícia, através de telefone ou e-mail, caso “tivessem alguma informação sobre este homem” ou passassem por “algo semelhante”.

De acordo com o Russia Today, esta quarta-feira, as autoridades revelaram que conseguiram encontrar o doador anónimo.

“Na sexta-feira, dia 19 de fevereiro, fomos contactados por uma residente de Frome que recebeu dinheiro de um estranho através da sua caixa de correio e uma carta que não esperava e que não foi especificamente endereçada a ela”, informaram.

Preocupados com o facto de o dinheiro ter sido entregue indevidamente, as autoridades policiais perguntaram a quem pertencia. O indivíduo apresentou-se e explicou que as suas ações são “um ato generoso de bondade“.

https://zap.aeiou.pt/britanico-enviava-dinheiro-a-residentes-de-uma-cidade-britanica-era-um-ato-generoso-de-bondade-383824

 

Estudante projetou um casaco que se transforma num saco-cama para os sem-abrigo, e deu-lhes um emprego !

Nos Estados Unidos, há pelo menos 567.715 pessoas que vivem nas ruas. Embora há quem vire as costas a essas estas, também há quem esteja disposto a fazer tudo para ajudar os necessitados e tirá-los do ciclo vicioso da pobreza.

Veronika Scott é uma dessas pessoas, conta o Interesting Engineering. Durante o seu tempo como estudante de desenho industrial no Detroit’s College, a jovem teve uma ideia que ajudou milhares de sem-abrigo.

O tema do seu projeto era projetar algo que “preenchesse uma necessidade” em Detroit, por isso Scott escolheu ajudar as pessoas que viviam nas ruas. Depois de trabalhar com as pessoas no abrigo local para sem-abrigo e tentar entender as suas maiores necessidades, a estudante criou um casaco inovador e resistente às condições climáticas intensas que pode ser transformado num saco-cama ou usado como uma carteira de ombro.

Scott continuou a trabalhar com a comunidade sem-abrigo para aprimorar o design e a qualidade após o término do ano letivo. O casaco EMPWR, feito com produtos de alta qualidade, é produzido com tecido reciclado de empresas como GM e Patagonia. Quando usados, devem durar várias temporadas.

Porém, o projeto não terminou com o casaco. Scott não percebeu o verdadeiro potencial do projeto até que uma sem-abrigo a ter abordado e dito que não queria um casaco, mas sim um emprego.

Esse foi um ponto de viragem. Scott começou a contratar e treinar mulheres sem-abrigo para fabricar os casacos e passou a dirigir uma organização sem fins lucrativos chamada Empowerment Plan.

Fundada em 2011, a organização criou um impacto económico significativo ao empregar membros da comunidade marginalizados para produzir os bens com um grande propósito. A organização do Empowerment Plan criou 90 empregos, impactou 275 crianças e distribuiu 50 mil casacos para manter os desabrigados aquecidos, servindo como um trampolim para sair da pobreza e chegar a um estado de estabilidade financeira.

Ser sem-abrigo cria um ciclo vicioso de pobreza do qual dificilmente se pode escapar. Conseguir um emprego e mantê-lo pode tornar-se um grande desafio que alimenta ainda mais o ciclo.

O modelo de emprego de 2 anos da organização permitiu que aqueles que trabalham lá saíssem do abrigo nas primeiras quatro a seus semanas. “Ninguém voltou a ficar sem-abrigo depois de ser contratado”, lê-se no site da organização.

Agora, 10 anos após a sua fundação, a organização está a crescer. Enquanto as ondas de frio atingem os Estados Unidos, Scott está prestes a embarcar numa jornada de oito cidades para entregar 700 casacos, de acordo com a Fox 2 Detroit.

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Deputado norte-americano quer banir GTA 5 e outros jogos violentos - Tudo para diminuir roubos de carros !

O deputado norte-americano Marcus Evans quer proibir a venda de videojogos violentos que promovam atividades criminosas, como o GTA 5, face ao aumento dos roubos de automóveis em Chicago e um pouco por todo o país.


Marcus Evans entregou recentemente um projeto para alterar a lei de modo proibir a venda de videojogos que representem “dano psicológico”, incluindo “roubo de veículos motorizados com um motorista ou passageiro presente”. O objetivo é diminuir a criminalidade principalmente em Chicago, a cidade mais populosa do estado do Illinois.

O autor da emenda, Marcus C. Evans Jr., é um político do Partido Democrata que quer alterar uma lei do código criminal de 2012 que regula a venda de jogos violentos para menores de idade. Além de proibir o comércio de jogos violentos para pessoas de todas as idades, a emenda altera a própria definição de jogo violento.

A nova terminologia, explica o Chicago Sun Times, defende que um determinado videojogo se enquadra nesse quesito quando “permite a um utilizador ou jogador controlar um personagem dentro do videojogo que é encorajado a perpetuar violência, na qual o jogador mata ou causa sérios danos físicos ou psicológicos a outro ser humano ou animal”.

A definição de “dano físico grave” da lei anterior também seria alterada para incluir “dano psicológico e abuso infantil, abuso sexual, abuso de animais, violência doméstica, violência contra a mulher, roubo de veículos motorizados com um motorista ou passageiro presente”.

A intenção o deputado é fazer frente ao aumento de roubos de automóveis na cidade. “O projeto proibiria a venda de alguns desses jogos que promovem as atividades que estamos a sofrer na nossa comunidade”, disse o político em declarações ao jornal norte-americano.

Marcus Evans cita o caso do GTA V, que, segundo o deputado, está a contribuir para a promoção deste tipo de crimes.

No entanto, a proposta deverá enfrentar bastante resistência, já que, em 2012, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos determinou que a Califórnia não poderia banir a venda de videojogos para menores porque vai contra a “liberdade de expressão”.

https://zap.aeiou.pt/deputado-banir-gta-5-jogos-violentos-383562

 

“Ditador egoísta e despótico” - Margaret Tatcher comparou Saddam Hussein a Hitler após ataque ao Kuwait !

Documentos do início da Guerra do Golfo revelam que a antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher comparou Saddam Hussein a Adolf Hitler após a invasão do Kuwait pelo ditador iraquiano.


De acordo com os documentos anteriormente confidenciais do início da Guerra do Golfo, citados pelo jornal britânico The Independent, a primeira-ministra conservadora e o seu secretário de relações exteriores concordaram em privado que Saddam Hussein estava “a comportar-se como Hitler” em 1990, após o ataque militar ao Kuwait.

Trinta anos depois da Operação Tempestade no Deserto, encerrada há 30 anos, os documentos, que foram divulgados pela primeira vez em 2017, destacam como a primeira-ministra britânica via Hussein: um “ditador egoísta e despótico” que entrou numa “guerra psicológica”.

O ataque ao Kuwait foi recebido com condenação internacional e o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções económicas imediatas ao Iraque.

A invasão de Hussein levou à Guerra do Golfo, através da qual uma coligação liderada pelos Estados Unidos libertou o Kuwait em 1991.

A secretária particular de Downing Street, Caroline Slocock, enviou um memorando ao assessor do Ministério das Relações Exteriores, Simon Gass, em 19 de agosto de 1990, detalhando como Thatcher e Douglas Hurd tinham falado sobre o desenvolvimento da situação militar durante uma conversa privada na noite anterior.

“Tanto a primeiro-ministra como o secretário de relações exteriores concordaram que agora parecia altamente provável que estrangeiros seriam detidos em instalações importantes. Saddam Hussein estava a comportar-se como Hitler e a usar uma guerra psicológica. O seu objetivo pode muito bem ser provocar uma ação hostil. A primeiro-ministra enfatizou a importância do Reino Unido estudar cuidadosamente as suas táticas de guerra psicológica e responder de forma adequada”, lia-se no memorando de Slocock.

A nota também revelou que ambos descreveram Hussein como “um ditador egoísta e despótico”, referindo-se à guerra de oito anos entre Irão e o Iraque, na qual centenas de milhares de pessoas morreram.

Arquivos que antecederam a Guerra do Golfo também revelaram que o ministro das Relações Exteriores aconselhou Thatcher a não lançar uma campanha de propaganda contra Hussein, uma vez que a tática levaria a perguntas sobre por que o Reino Unido havia vendido armas ao Iraque apesar das atrocidades cometidas durante o seu reinado.

“Quanto mais o Governo alardeia as atrocidades de Saddam, mais surge a pergunta: porque fez negócios com ele durante tanto tempo?“, escreveu William Waldegrave, ministro das Relações Exteriores.

Os documento, mantidos nos Arquivos Nacionais em Kew, mostram ainda que Thatcher e o seu sucessor, John Major, discutiram a Guerra do Golfo no final daquele ano. Major escreveu uma carta à primeira-ministra um mês após o início do seu mandato, dizendo que “gostaria de partilhar consigo o sentimento prevalecente no Golfo”.

A primeiro-ministra respondeu, dizendo que “não tinha dúvidas” de que as ações do ditador iraquiano eram “imperdoáveis” e que o Reino Unido “não se deveria esquivar” do conflito.

A carta de Major também mostrou que acreditava que não remover os militares iraquianos do Kuwait daria “prestígio a Saddam Hussein; perigo para outros pequenos países; um perigo maior vindo de Saddam numa data posterior; e uma enorme perda de prestígio para nós e para nós”, sublinhando que “nenhum destes perigos é atraente”.

Registos mostram que os dois líderes conservadores encontraram-se no início de janeiro de 1991, pouco antes do início do combate na Operação Tempestade no Deserto, para discutir a situação. A guerra contra o Iraque incluiu uma coligação de 35 nações – a maior aliança militar desde a II Guerra Mundial.

https://zap.aeiou.pt/documentos-revelam-que-tatcher-comparou-saddam-hussein-a-hitler-apos-ataque-do-iraque-ao-kuwait-383474

 

Watakano, a “ilha da prostituição” que teve o seu auge nos anos 80, está agora vazia !

Conhecida como “ilha da prostituição”, Watakano já foi considera um pequeno paraíso sexual. No seu auge, do final dos anos 70 a meados dos anos 80, homens faziam um curta viagem de barco até ao local, onde um quarto dos 270 residentes eram prostitutas.

No meio do negócio do sexo a economia da ilha também acabou por prosperar. Eram muitos os homens que frequentavam o local com a intenção de encontrar prostitutas, mas as suas constantes visitas acabaram por enriquecer outras áreas económicas e fazer do local um pequeno paraíso.

Já as jovens que se prostituíam podiam ganhar até dois milhões de ienes por mês, o que hoje equivale a cerca de 22 mil euros.

Segundo o VICE, por norma, os residentes da ilha não eram profissionais do sexo e por isso os seus negócios centravam-se na administração de mercearias, cafés e complexos de apartamentos. A ilha Watakano desfrutou de décadas de riqueza económica.

Porém, quando surgiu uma grave crise económica no Japão em 1992, muitos trabalhadores ficaram desempregados e outros passaram a receber subsídios de férias menos vastos por parte das empresas. Assim, os frequentadores habituais deixaram de aparecer e a ilha começou a entrar num declínio económico sem precedentes.

Quase três décadas depois, quase nenhuma trabalhadora de sexo reside em Watakano. Hoje em dia, quem por lá passa, depara-se com bares de karaoke vazios e os corredores silenciosos são uma lembrança do passado vibrante da ilha.

“Graças às meninas, os residentes da ilha poderem ter uma vida rica. É por isso que o negócio foi protegido durante tanto tempo”, disse Mizuho Takagi, um escritor de 45 anos que pesquisou extensivamente sobre Watakano.

Em paralelo com a crise económica, o declínio da ilha deveu-se em grande parte a uma mudança nas leis. Em 1998, o Japão legalizou os serviços de prostituição. “Agora, basta uma chamada e os serviços sexuais estão ao dispor. Não há razão para ir até a ilha”, referiu Takagi.

Outro fator prende-se com o facto do número de bombeiros, polícias e funcionários públicos, que visitavam regularmente a ilha, ter também diminuído em 2015. As autoridades reprimiram a prostituição na ilha e forçaram muitas trabalhadoras a procurar trabalho em outras partes do país, revelou o escritor.

Embora a ilha de Watakano seja sinónimo de prostituição, o local era conhecido entre 1600 e 1800, por abrigar os marinheiros que viajavam de Osaka para Edo (antiga Tóquio) e que paravam na ilha quando o mar estava muito agitado.

Os residentes aproveitaram esse tráfego para vender os produtos aos marinheiros, limparem os seus uniformes e prepararam comida para estes. Com o tempo, um lucrativo comércio sexual começou a crescer.

No entanto, a ilha também carrega uma reputação sombria. Várias histórias de jovens desaparecidas, possivelmente vítimas de tráfico humano, prejudicaram ainda mais a fama do local.

Takagi recorda que conversou com uma vítima de tráfico durante a sua pesquisa e descreve como esta conseguiu fugir depois de ser vendida. “O namorado sugeriu que fizessem uma viagem à ilha. Enquanto estava na casa de banho, ele desapareceu e uma dona de um bordel apareceu para lhe dizer: ‘acabaste de ser vendida por 2 milhões de ienes’”, contou o escritor.

De acordo com Takagi, a geografia da Ilha Watakano facilitou que os traficantes mantivessem as mulheres sequestradas, sendo que a única maneira de fugir era de barco. Embora algumas vítimas tenham conseguido nadar 500 metros até a ilha principal, outras ficaram presas por vários anos.

Muitas das mulheres eram tailandesas e pediram dinheiro emprestado para ir para o Japão em busca de oportunidades, mas tiveram que pagar as suas dívidas através de trabalho sexual.

https://zap.aeiou.pt/watakano-ilha-prostituicao-esta-vazia-383146

 

Cidade sueca vai tornar-se mais sustentável com um empurrão da IKEA !

A IKEA fez uma parceria com o município de Helsingborg, na Suécia, para dar início a um projeto de comunidade verde, conhecido como H22.


A empresa sueca IKEA vai ajudar a desenvolver uma comunidade verde na cidade de Helsingborg. De acordo com o Engadget, o projeto, conhecido como H22, faz parte dos esforços da empresa, que prometeu tornar-se mais “verde” até 2030.

Para promover a ação, foi lançada uma série de podcasts, intitulada The Oracle, através da qual os habitantes locais poderão partilhar as suas experiências com o projeto.

A IKEA vai implementar um mercado de agricultura urbana em Drottninghög, uma localidade da cidade sueca, com o objetivo de melhorar as qualificações dos habitantes e criar novos empregos e negócios.

A partir deste ano, serão cultivadas novas colheitas num local denominado “O Jardim” e os produtos vão ser transformados em refeições locais na “Cozinha”. O resultado final será vendido no “Mercado”.

Num armazém na região portuária, a empresa vai desenvolver novos métodos de retalho, manufatura e produção, num espaço onde serão apresentadas ideias para as casas do futuro. Serão também disponibilizados produtos têxteis e técnicas de impressão como incentivo à adesão de métodos de fabricação ecologicamente mais “verdes”.

Na floresta de Utegym Fredriksdal, a IKEA vai criar um espaço de acampamento ao ar livre, usando materiais sustentáveis e um sistema autossuficiente de energia e água. Os locais estão a ser construídos em diferentes locais espalhados pela cidade e há já uma feira marcada para 2022.

https://zap.aeiou.pt/cidade-sueca-sustentavel-ikea-383559

Exército norte-americano está a construir a arma laser “mais poderosa” do mundo !

O Exército norte-americano está a desenvolver uma potente arma laser, cerca de um milhão de vezes mais poderosa do que qualquer outra já existente.


A Tactical Ultrashort Pulsed Laser (UPSL) será diferente das plataformas já existentes porque vai emitir pulsos curtos que dependem de baixa energia, enquanto que os lasers atuais emitem feixes contínuos.

O objetivo é que este potente laser passe armaduras, interrompa os sinais técnicos do inimigo e sensores de computação e cause disrupções em sistemas eletrónicos. Segundo o Interesting Engineering, o novo sistema está a ser desenhado para atingir um terawatt por 200 femtossegundos.

De acordo com os relatórios, os Estados Unidos pretendem testar um protótipo até 2022.

Este tipo de armas são extremamente úteis no combate a pequenos drones ou mísseis de movimento rápido. Quando se trata de usá-las diretamente contra inimigos humanos, podem causar várias reações, desde irritações na pele até cegueira.

A esperança é desenvolver uma Tactical Ultrashort Pulsed Laser que seja suficientemente grande, potente e robusta para ser usada em plataformas do Exército norte-americano, lê-se num comunicado do portal “Investimento de investigação em pequenas empresas” do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O ramo militar publicou um anúncio na esperança de atrair a ajuda de pequenos fabricantes. Nos últimos anos, e em laboratório, universidades e instituições já conseguiram criar um laser como o que o Exército procura. Agora, o Pentágono quer capitalizar a investigação.

https://zap.aeiou.pt/exercito-eua-arma-laser-poderosa-383889

 

Diplomatas russos obrigados a deixar Coreia do Norte a empurrar vagão com malas !

Um grupo de diplomatas russos e as suas famílias tiveram que deixar a Coreia do Norte de forma inusitada, saindo a pé e a empurrar um carrinho ferroviário pelos carris de comboio, com as malas e as famílias em cima.

A situação ocorreu nesta quinta-feira, 25 de Fevereiro, e envolveu 8 funcionários da Embaixada da Rússia em Pyongyang, na Coreia do Norte.

“Uma vez que as fronteiras foram fechadas há mais de um ano e o tráfego de passageiros parou, foi necessária uma longa e difícil viagem para chegar a casa”, refere uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia no Facebook.

A nota é acompanhada por fotos que mostram o vagão com malas e pessoas a ser empurrado por um homem.

O terceiro secretário do Embaixador russo, Vladislav Sorokin, foi “o principal motor” da viagem pelos carris, ao longo de cerca de um quilómetro, de acordo com o Ministério.

Os diplomatas tiveram que viajar durante “32 horas de comboio”, mais “duas horas de autocarro” para chegarem à fronteira com a Rússia. E foi então necessário fazer cerca de um quilómetro, para atravessar a ponte sobre o rio Tumannaya, a empurrar o vagão até chegar à estação fronteiriça russa Hasan.

No último ano, houve muitos diplomatas a deixarem a Coreia do Norte e Embaixadas estrangeiras a fecharem no seguimento das restrições impostas devido à pandemia de covid-19. Alguns conseguiram sair do país rumo à China.

Em Março de 2020, chegou a haver um voo que partiu rumo a Vladivostok, na Rússia, com diplomatas russos, mas também de países como Alemanha, França, Suíça, Polónia, Roménia, Mongólia e Egipto.

Oficialmente, a Coreia do Norte não tem casos de covid-19, mas ainda assim, o país impôs restrições de circulação e uma quarentena obrigatória rígida para os casos suspeitos de infecção.

https://zap.aeiou.pt/russos-coreia-norte-vagao-malas-383779

Peixes radioativos pescados em Fukushima !

Pela primeira vez em dois anos, foi detetado um excesso do elemento césio, um elemento radioativo, em peixes capturados perto da costa de Fukushima.


A Associação de Pescadores de Fukushima anunciou terem sido detetados altos níveis de radiação em peixes do género Sebastes, pescados em Shinchi. As autoridades restringiram a atividade pesqueira na região até que as condições de segurança alimentar voltem a ser asseguradas.

Segundo o Russia Today, o césio foi detetado em espécimes de Sebastes melanops capturados a cerca de 9 quilómetros da cidade de Shinchi e a 24 metros de profundidade. A concentração do elemento era de 500 becquerels por quilograma, um valor que ultrapassa em muito o padrão voluntário imposto pelas autoridades locais (50 becquerels) e a norma nacional (100 bequerels).

Além da restrição da atividade pesqueira, foi instalada uma rede para impedir a entrada e a saída de peixes do porto local. No entanto, os especialistas não descartam a possibilidade de uma certa quantidade de peixes contaminados já ter saído da região.

Os Sebastes representam menos de 1% das pescas na região. No ano passado, foram capturadas três toneladas desta espécie.

A última vez que foram detetado altos níveis de radiação em peixes em Fukushima foi em janeiro de 2019.

https://zap.aeiou.pt/peixes-radioativos-fukushima-383803

 

Primeiro-ministro da Arménia acusa militares de tentativa de golpe de Estado !

O primeiro-ministro da Arménia referiu-se hoje a “tentativa de golpe de Estado” depois de o Estado Maior ter pedido o afastamento do governo num contexto de protestos por causa da derrota no último conflito com o Azerbaijão no Nagorno-Karabakh.


O Estado-Maior difundiu um comunicado em que pede a demissão do primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, e assinado pelas altas patentes militares da Arménia.

A posição dos militares foi desencadeada depois da demissão do vice-chefe do Estado-Maior, pelo primeiro-ministro, no princípio do mês de fevereiro.

Pashinyan considerou “tentativa de golpe de Estado” o comunicado dos militares e pediu o afastamento do oficial mais graduado.

Os desenvolvimentos ocorrem depois de manifestações durante o último fim de semana em que foi exigida a demissão do chefe do Executivo.

Os protestos contra Pashinyan começaram em novembro de 2020 depois do acordo de cessar-fogo com o Azerbaijão em que a Arménia foi obrigada a ceder territórios na província do Nagorno-Karabakh.

O acordo pôs fim a seis semanas de guerra entre os separatistas do Nagorno-Karabakh em que morreram milhares de pessoas.

O contencioso entre a Arménia e o Azerbaijão sobre o território separatista prolonga-se desde o início dos anos 1990.

https://zap.aeiou.pt/armenia-tentativa-golpe-estado-383704

 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

EUA acusado de prometer contrapartidas a Cabo Verde pela extradição de testa-de-ferro de Maduro !

O antigo juiz espanhol Baltasar Garzón, que coordena a defesa de Alex Saab, detido em Cabo Verde e considerado testa-de-ferro do Presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusou na quinta-feira os Estados Unidos (EUA) de prometerem contrapartidas pela extradição do empresário colombiano.


A reação de Garzón consta de uma nota enviada à agência Lusa pela defesa de Alex Saab, após o secretário de Estado norte-americano, Antony J. Blinken, ter manifestado esta semana a vontade dos EUA reforçarem a parceria de segurança com Cabo Verde, considerando que “evidentemente que este ato de solidariedade e apoio não é acidental”.

“Programas para a Guarda Nacional, programas de investimento para empresas americanas e os elogios à governação e aos direitos humanos, está muito provavelmente relacionada com a contrapartida da concessão da extradição”, afirmou Garzón, coordenador jurídico internacional do caso Alex Saab.

O antigo juiz espanhol receia pela independência judicial de Cabo Verde e nota a mudança por parte dos EUA, com a nova administração: “Além disso, é o estilo do partido democrata, diferente em todos os sentidos do anterior, que se caracterizava pela ameaça e força bruta. Agora são promessas de governação, amizade, preparação e apoio ao investimento”, criticou.

Os EUA manifestaram na terça-feira a vontade de reforçar a parceria de segurança com Cabo Verde, num telefonema de Antony J. Blinken ao homólogo cabo-verdiano Rui Figueiredo Soares.

“O secretário Blinken e o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Figueiredo discutiram o diálogo bilateral para fazer avançar prioridades comuns, expandir as relações comerciais e reforçar a parceria de segurança”, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price.

Blinken destacou “o orgulho” dos EUA por terem “um amigo” em Cabo Verde, um país “que é um modelo de governação democrática e de direitos humanos em África”. “Manifestou também interesse em trabalhar com o Governo cabo-verdiano para chamar a atenção das empresas norte-americanas para as oportunidades de investimento”, acrescentou Price.

Alex Saab, de 49 anos, foi detido em 12 de junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA, quando regressava de uma viagem ao Irão em representação da Venezuela, na qualidade de “enviado especial”.

O Tribunal da Relação do Barlavento, na ilha de São Vicente, decidiu por duas vezes – a última em janeiro, ambas com recurso – pela extradição de Alex Saab para os EUA.

O Governo da Venezuela exige a libertação de Alex Saab, garantindo que aquando da detenção no Sal, possuía imunidade diplomática, pelo que Cabo Verde não podia ter permitido este processo.

Por ter ultrapassado o prazo legal de prisão preventiva, o empresário colombiano foi colocado em prisão domiciliária no final de janeiro, mas sob fortes medidas de segurança.

Neste processo, os EUA, que pedem a extradição do colombiano, acusam Alex Saab de ter branqueado 350 milhões de dólares (295 milhões de euros) para pagar atos de corrupção do Presidente venezuelano, através do sistema financeiro norte-americano.

Em entrevista por escrito à Lusa, a partir da cadeia, em 08 de janeiro, o colombiano afirmou que é “inocente” das acusações dos EUA, classificando como “ridículo” que seja apontado como testa-de-ferro de Maduro. “Posso dizer categoricamente: sim, sou inocente”, afirmou Alex Saab.

Agentes acusados de violação dos direitos humanos

Desde 2017, as autoridades venezuelanas imputaram a 677 funcionários de distintos organismos de segurança alegados crimes de violação dos direitos humanos, anunciou na quinta-feira o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, citado pela Lusa.

“Entre 2017 e 2020, imputámos 677 funcionários de segurança do Estado e 39 civis por alegadas violações dos direitos humanos”, disse. Saab falava durante uma sessão do parlamento venezuelano, em que fez uma gestão da atuação do Ministério Público em várias áreas.

O procurador precisou que “foram detidos, 519 funcionários de distintos organismos e 29 indivíduos associados a esses delitos [violação dos direitos humanos]”.

O representante acrescentou que, em termos gerais, foram acusados 1.119 funcionários, entre civis e militares, envolvidos em “casos de homicídio, tortura, tratos cruéis, desumanos ou degradantes, privação ilegítima de liberdade, violação de domicílios e outros delitos contemplados na nossa legislação”.

“E, em três anos, conseguimos sentenças condenatórias contra 171 funcionários de segurança do Estado e 13 civis”, frisou.

Segundo Saab, parte dos expedientes por estes crimes foram entregues ao Tribunal Penal Internacional e à Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, em resposta a pedidos de informação.

Por outro lado, precisou que desde 2019 o Ministério Público criou promotorias especializadas contra o tráfico de crianças e mulheres e que desde 2017 aquele organismo “atendeu 610 casos de feminicídios, mais de 50% deles com atos conclusivos (julgados por um tribunal)”.

O procurador explicou ainda que em 2020 foram confiscadas 93,9 toneladas de cocaína provenientes da Colômbia e que entre agosto de 2017 e dezembro de 2020 15.431 pessoas foram acusadas de tráfico de droga e 5.930 condenadas pelos tribunais.

Finalmente, anunciou que foram identificadas 114 pessoas envolvidas na Operação Gedeón (maio de 2020, tentativa de invasão marítima para dar um golpe de Estado), 54 das quais admitiram os factos.

https://zap.aeiou.pt/eua-contrapartidas-extradicao-testa-de-ferro-maduro-383746

 

Bispo italiano sugeriu a padre que pagasse 20 mil euros a vítima de pedofilia !

O bispo católico de Como, em Itália, afirmou ter sugerido a um jovem padre suspeito de pedofilia que pagasse 20 mil euros à suposta vítima para encerrar uma investigação interna ao caso ocorrido numa residência da Igreja no Vaticano.


O bispo, monsenhor Oscar Cantoni, que ordenou o padre Gabriele Martinelli – acusado de na adolescência ter violado um outro adolescente numa residência da Igreja na Cidade do Vaticano, até que este atingisse a sua maioridade – foi ouvido em tribunal na quinta-feira.

Cantoni, cuja diocese é responsável pela residência, defendeu a reputação de Martinelli apesar “das tendências homossexuais transitórias ligadas à adolescência”, antes de ser padre, sublinhando que depois de ordenado o seu comportamento foi irrepreensível.

Cantoni disse ter pedido ao acusado que pagasse 20 mil euros à suposta vítima, mais 5 mil euros para as custas de uma investigação interna conduzida pela diocese de Como, na sequência de denúncias de comportamento “sexualmente impróprio”.

As quantias não foram pagas e aguarda-se agora o resultado do julgamento criminal em curso.

Iniciado em outubro, o processo visa esclarecer o sucedido no pré-seminário Santo Pio X, residência de crianças e adolescentes em Roma, onde são recrutados os acólitos para as missas na Basílica de São Pedro, frequentemente celebradas pelo Papa.

Hoje com 28 anos, o padre Martinelli é acusado de ter durante vários anos abusado de um adolescente com menos um ano do que ele, de quem apenas se conhecem as iniciais, L.G..

Os factos terão tido início em 2007, quando Martinelli tinha 14 anos e a suposta vítima 13, prolongando-se até 2012, quando o agora padre tinha 19, portanto já maior de idade.

Já ouvido pelo tribunal, Martinelli, que agora trabalha num centro para idosos na região da Lombardia, afirmou que as acusações são infundadas.

Na quarta-feira, duas testemunhas ex-residentes do pré-seminário relataram ter visto Martinelli, quando ainda não era padre, tocar nas partes íntimas de outros residentes, durante jogos, sem que tenham assistido a abusos mais graves.

As testemunhas relataram ainda um “ambiente doentio” na residência, marcado por “humor de natureza sexual” e “fortes pressões psicológicas”.

Ainda por ouvir no processo estão a suposta vítima e o seu companheiro de quarto, o polaco Kamil Tadeusz Jarzembowksi, que em 2017 afirmou a um jornalista italiano que Martinelli regularmente visitava o quarto durante a noite para ter relações sexuais com o adolescente, que “se sentia obrigado a ceder às suas exigências”.

https://zap.aeiou.pt/bispo-padre-20-mil-vitima-pedofilia-383644

 

EUA condenam Coreia do Norte a indemnizar militares torturados em 1968 !

A Justiça dos Estados Unidos (EUA) condenou Pyongyang a indemnizar em 2,3 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros) os tripulantes de um navio da Marinha norte-americana, que foram capturados e torturados em 1968.


De acordo com a agência France-Presse, citada pela agência Lusa, a Coreia do Norte foi condenada a pagar esta quantia aos tripulantes do ‘navio espião’ USS Pueblo e às famílias, em compensação pelos abusos físicos e psicológicos que sofreram às mãos dos captores.

Uma instância federal concedeu aos 49 sobreviventes indemnizações que variam entre os 22 milhões (aproximadamente 18 milhões de euros) e os 48 milhões de dólares (à volta de 39 milhões de euros). Foram ainda concedidas quantias menores a cerca de 100 familiares.

“Devido à barbaridade infligida pelos norte-coreanos, quase todos [os tripulantes do navio] precisaram de cuidados médicos e/ou psiquiátricos (…). Muitos tentaram aliviar a dor através do álcool ou das drogas, e muitos viram a vida familiar e/ou profissional a deteriorar-se”, afirmou Alan Balaran, o advogado nomeado pelo Estado para o processo.

Os 83 tripulantes do USS Pueblo foram capturados por Pyongyang em 23 de janeiro de 1968. De acordo com a Coreia do Norte, o navio estava em águas norte-coreanas sem autorizações. Washington negou a acusação.

Em troca pela libertação dos reféns, que ocorreu em dezembro do mesmo ano, os EUA terão expressado através de um documento as “solenes” desculpas pelos “sérios atos de sabotagem”, um texto que Washington negou publicamente.

Os pedidos de indemnização nos EUA apenas foram iniciados em 2018, no entanto, depois de a Casa Branca – durante o mandato de Donald Trump – declarar a Coreia do Norte como um Estado que apoia o terrorismo.

A Coreia do norte manteve o USS Pueblo e transformou-o num museu, mas a Marinha dos EUA ainda considera que a embarcação está ativa.

https://zap.aeiou.pt/eua-coreia-norte-indemnizar-militares-torturados-383762

 

80% das vacinas fornecidas pela AstraZeneca não são usadas pela UE - Merkel recusa tomá-la !

Segundo dados do Centro Europeu de Controlo e Prevenção das Doenças, 4.849.752 das 6.134.707 doses entregues pela AstraZeneca não estão a ser administradas nos países da União Europeia.


Isto significa que quatro em cada cinco das vacinas da AstraZeneca fornecidas à União Europeia não estão a ser utilizadas, revela o The Guardian.

Depois de uma análise aos dados disponibilizados pelo Centro Europeu de Controlo e Prevenção das Doenças, verificou-se que 4.849.752 das 6.134.707 doses que foram distribuídas pelos 27 Estados-membros ainda não foram administradas à população.

No caso da Bélgica, o país usou apenas 9832 das 201.600 doses que recebeu, o que corresponde a uma utilização de 4%. Já na Alemanha foram usadas 13% das vacinas da AstraZeneca, enquanto Itália recorreu a 19% do stock.

França não apresentou dados sobre quantas doses da vacina da Oxford administrou, mas os números fornecidos pelo site Covidtracker.fr estimam que tenham sido apenas 125.859 doses (11%).

Em comparação com a administração da vacina da Pfizer, a clivagem é grande: a Alemanha já administrou 82% das doses que recebeu desta farmacêutica, seguida pela Bélgica com uma taxa de 81% de utilização e pela Itália com 80%.

Isso pode ser explicado pelas orientações das autoridades francesas, alemãs, polacas e italianas, que recomendam a vacina da AstraZeneca apenas para pessoas com menos de 65 anos, uma vez que os ensaios clínicos efetuados obtiveram poucos dados sobre os efeitos provocados na população sénior.

Angela Merkel admitiu, durante uma entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, que a vacina está a ser rejeitada por aqueles que estão preocupados com a sua eficácia e segurança. “Há, atualmente, um problema de aceitação da vacina da AstraZeneca”, apontou Merkel.

“A vacina da AstraZeneca, aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, é confiável, eficaz, segura e recomendada na Alemanha até aos 65 anos de idade”, frisa a chanceler alemã, acrescentando: “Tendo em conta que as vacinas são agora tão escassas, não estamos em altura para escolher qual das vacinas vamos administrar”.

Questionada se estaria disponível para tomar essa vacina, Merkel contornou a pergunta: “Tenho 66 anos e não pertenço ao grupo recomendado para tomar a vacina da AstraZeneca”.

Já o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que aceitaria de bom grado tomar a vacina da AstraZeneca, caso esta fosse oferecida quando chegar a sua vez de ser inoculado.

“Tendo em conta os estudos científicos mais recentes, a eficácia da vacina AstraZeneca foi comprovada”, sublinhou Macron. “A minha vez irá chegar, mas tenho tempo. Se esta for a vacina que me será oferecida, vou tomá-la, é claro”.

No mês passado, Macron causou alguma controvérsia ao sugerir, sem qualquer rigor científico, que a vacina da Oxford era “quase ineficaz” em pessoas com mais de 65 anos.

June Raine, diretora-executiva da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido, defendeu que a vacina deveria ser aprovada em todas as idades, observando que “as evidências atuais não sugerem nenhuma falta de proteção contra a covid-19 em pessoas com mais de 65 anos”.

Bulgária suspende “corredores de vacinação” e culpa AstraZeneca

O Governo búlgaro suspendeu esta quinta-feira os chamados “corredores verdes”, abertos há seis dias para quem quisesse ser vacinado, devido ao fornecimento insuficiente de vacinas, responsabilizando a farmacêutica AstraZeneca por não cumprir a entrega das doses encomendadas.

De acordo com o ministro, há uma semana a farmacêutica sueco-britânica havia informado Sofia, a capital do país, que antes do final de fevereiro iria realizar a entrega de dois carregamentos de vacinas contra a covid-19, um de 87 mil e outro de 54 mil doses.

“Posteriormente, soubemos que não receberemos nenhum dos dois suprimentos, o que significa que a AstraZeneca não cumprirá o seu compromisso de entregar 142.437 doses até ao final de fevereiro. Na quarta-feira, ficamos surpresos ao saber que a Bulgária receberá 52.800 doses até 1 de março”, disse Angelov, após condenar o não cumprimento de compromissos por parte da empresa.

A Bulgária, com uma população de sete milhões de habitantes, optou sobretudo por este medicamento, encomendando mais de 4,5 milhões de doses, e agora vê todo o processo de imunização da população em risco.

O Ministério da Saúde da Bulgária enviou uma carta à AstraZeneca na quarta-feira expressando a sua “indignação e descontentamento”, confirmou o ministro.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-astrazeneca-nao-usadas-ue-383640

 

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