Não há muitas mortes que tenham inspirado a letra de uma música. Pensamos logo em Grigori Rasputin mas, apesar de todas as lendas em torno do seu assassinato, a sua autópsia conta uma história muito menos entusiasmante.
Grigori Rasputin nasceu em 1869 e foi um místico e autoproclamado homem santo que o Czar Nicolau II e a esposa Alexandra Romanova prezavam muito, depois de ter conseguido parar o sangramento do seu filho hemofílico, Alexei, em 1908.
Na altura, segundo o IFL Science, dizia-se que Rasputin tinha poderes mágicos, mas hoje sabe-se que a melhoria do estado de saúde de Alexei se deveu ao facto de o monge o ter proibido de tomar aspirina.
Tendo em conta a história de Rasputin, é muito difícil imaginar que, mesmo curando crianças doentes, tivesse inimigos a torcer pela sua morte. Mas, depois de se ter criado uma espécie de mistificação em torno do homem, vários nobres que não gostaram da influência que tinha na monarquia começaram a planear matá-lo.
Foi então que Rasputin foi convidado para ir à casa do aristocrata Félix Yussupov. Lá, foram-lhe oferecidos bolos envenenados e vinho misturado com cianeto. O russo comeu o bolo e bebeu o vinho, mas não morreu.
Yussupov perdeu a paciência e, como o veneno não fez efeito, decidiu tentar o método mais comum e alvejá-lo. Depois de alguns tiros e um afogamento no rio Neva, Rasputin morreu.
A versão principal dos eventos, que inspiraram uma música, foi escrita pelo próprio assassino de Rasputin, que tinha todo o interesse em fazer o assassinato parecer uma luta entre o bem e o mal. Mas a autópsia revelou que foi tudo muito menos heróico.
O exame indicou a presença de três buracos de bala: um na cabeça, um nas costas e um no peito, que o matou quase instantaneamente.
Além disso, não havia qualquer indicação de que tivesse sido envenenado e a sua filha deixou claro que Rasputin nunca comia doces. Esta parte da história parece muito improvável.
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