sábado, 27 de novembro de 2021

Depois de estar 43 anos preso sem cometer qualquer crime, Kevin Strickland é libertado !

Quando tinha apenas 19 anos, Kevin Strickland foi condenado a prisão perpétua por um triplo homicídio ocorrido no Kansas em 1978. Contudo, a sua acusação não passou de um grande erro – um dos maiores da justiça norte-americana.

Atualmente com 62 anos, e depois de ter passado 43 atrás das grades, Strickland foi esta terça-feira absolvido de todos os crimes, após um juiz do Missouri considerar que foi cometido um erro judicial.

Desta forma, o norte-americano é agora o recluso que passou mais tempo na prisão do Missouri por engano – e é um dos que mais tempo cumpriu injustamente em toda a história judicial dos EUA.

Na sua decisão, o juiz James Welsh concluiu que não havia “nenhuma evidência física que implicasse diretamente Strickland” no assassinato de Sherrie Black, Larry Ingram e John Walker no Kansas, a 25 de abril de 1978. As três vítimas foram amarradas e baleadas por um grupo de quatro pessoas.

“Strickland foi condenado apenas com base no depoimento de uma testemunha, [Cinthya] Douglas, que mais tarde voltou às suas declarações, nas quais o havia identificado como um dos quatro agentes” do crime, argumenta Welsh na sua resolução. Desta forma, o juiz solicitou “a libertação imediata” do prisioneiro.
 
Na altura em que o crime foi cometido, o primeiro julgamento de Strickland foi anulado, pois o único membro afro-americano do júri não o considerou culpado. Porém, num segundo julgamento, no qual o júri era composto inteiramente por pessoas brancas, o jovem de apenas 19 anos foi considerado culpado. Strickland, que foi preso quando a sua filha tinha apenas sete semanas, sempre disse estar inocente.

Tanto Cinthya Douglas, uma das sobreviventes do caso, como um dos autores do crime, Vincent Bell, disseram várias vezes que o homem que estava preso nunca tinha cometido qualquer crime.

Apenas quatro meses após Strickland dar entrada na prisão, Bell disse no tribunal que Douglas “cometeu um grande erro” ao confundir Strickland com outro adolescente que fazia parte do primeiro grupo. Bell insistiu várias vezes durante o julgamento que Strickland nunca esteve no local do crime.

Mais tarde, quando Cinthya Douglas tentou corrigir o erro, um advogado ameaçou a mulher, falecida em 2015, dizendo-lhe que se tentasse reabrir o caso arquivado seria acusada de perjúrio.

Agora, o irmão do prisioneiro libertado, LR Strickland, relata que o veredicto da época não o surpreendeu, tendo em conta a situação de violência e animosidade contra os negros que se vivia no Kansas, e no entusiasmo pela “justiça bíblica”, referiu ao The Washington Post.

“Acho que esta cidade queria que alguém fosse o responsável”, referiu, acrescentando que ficou “muito aliviado pelo irmão não ter sido condenado à morte”.

Segundo o National Registry of Exonerations, citado pela agência France Presse, cerca de 2.500 pessoas absolvidas pela justiça nos últimos 30 anos passaram, em média, quase 14 anos na prisão.

Strickland é agora um homem livre e revelou ao jornal norte-americano quais eram os seus dois maiores desejos: visitar o túmulo da mãe, que morreu este verão, e ver o mar, pela primeira vez na vida.

https://zap.aeiou.pt/43-anos-preso-sem-cometer-crimes-446954


UE suspende voos de Moçambique e mais seis países devido à nova variante “Omicron” !


Os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram, esta sexta-feira, suspender temporariamente os voos de sete países da África Austral, devido à identificação de uma nova variante do coronavírus na África do Sul.

A informação foi divulgada ao final da tarde no Twitter pela presidência eslovena do Conselho da União Europeia, que informa que o grupo de Resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), juntando Estados-membros, instituições europeias e especialistas, se reuniu e “concordou com a necessidade de ativar o mecanismo travão de emergência e impor restrições temporárias a todas as viagens para a UE a partir da África Austral”.

“A presidência eslovena apelou aos Estados-membros para testarem e colocarem em quarentena todos os passageiros que chegam”, acrescenta na mesma informação, tendo em conta que a decisão sobre viagens recai sempre sobre cada país.

Por seu lado, o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, indicou através da mesma rede social que “os Estados-membros concordaram em introduzir rapidamente restrições a todas as viagens à UE de sete países da região da África Austral”, precisando tratar-se de Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbabué.

“Testes, quarentena e rastreio de contactos para os passageiros que entram na UE são importantes”, adiantou Eric Mamer.

Fonte europeia ligada ao processo confirmou à agência Lusa estar em causa “uma suspensão urgente de todas as viagens aéreas para a UE” destes sete países.

Esta sexta-feira, e quando questionado pelos jornalistas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse que ainda estava a ser avaliada a necessidade de restringir os voos de países da África Austral, avaliação essa que estava a ser feita conjuntamente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Ao início da manhã, o Reino Unido foi o primeiro a adicionar seis países africanos à “lista vermelha” da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante B.1.1.529. Posteriormente, foi a vez de Alemanha, República Checa, França e Itália seguirem os passos dos britânicos.

Entretanto, a Organização Mundial da Saúde classificou como “de preocupação” esta nova variante B.1.1.529, que designou pelo nome “Omicron”.

Já durante a tarde, as autoridades de saúde belgas anunciaram que foi detetado um caso desta nova variante numa mulher não vacinada que desenvolveu sintomas 11 dias após viajar para o Egito através da Turquia. Trata-se do primeiro caso relacionado com esta nova variante identificado na Europa.

https://zap.aeiou.pt/ue-suspende-temporariamente-voos-sete-paises-447285


Entre uma crise diplomática, fantasma do Brexit continua a rondar - Pescadores franceses bloqueiam portos !


Os pescadores franceses começaram, esta sexta-feira, a bloquear alguns portos no norte de França, como Saint-Malo e Calais, para exigir a resolução dos litígios de pesca com o Reino Unido, na sequência do Brexit.

Em Saint-Malo, o bloqueio durou cerca de uma hora, quando cerca de uma dezena de barcos de pesca impediu os navios ingleses de atracar nas docas, colocando-se no seu caminho e lançando granadas de fumo.

Em Calais, um pouco mais tarde do que em Saint-Malo, os pescadores bloquearam também a passagem dos navios de e para a costa britânica, uma operação que durou cerca de hora e meia.

“Quando a Europa e o Governo não cumprem as ameaças, depois de algum tempo é-se forçado a retomar o controlo, porque senão fica a impressão de que não se vai conseguir nada. Não vamos entrar em guerra, queremos apenas que os nossos direitos sejam respeitados. O acordo foi assinado e a parte inglesa não está a respeitá-lo”, disse Pascal Leclerc, presidente do Comité de Pesca de Ille-et-Vilaine.

Os pescadores franceses planeiam também bloquear, por algumas horas, a entrada de navios ingleses em dois outros portos do Canal da Mancha: Ouistreham e novamente em Calais (norte).

Na quinta-feira, o Comité Nacional de Pescas (CNP) francês anunciou que iria bloquear hoje o acesso de mercadorias e de passageiros ligados ao Reino Unido em três portos no norte e ao túnel da Mancha, num “alerta” para exigir a Londres a concessão de licenças pós-Brexit.

“Não queremos esmolas, apenas queremos as nossas licenças de volta. O Reino Unido tem de respeitar o acordo pós-Brexit. Muitos pescadores ainda estão sem saber o que fazer. Há 11 meses que esperamos de boca aberta. A paciência dos profissionais tem limites. Esperamos que este protesto seja ouvido”, frisou o presidente do CNP francês, Gérard Romiti.

Para o responsável do CNP, o movimento é uma resposta à atitude “provocadora” e “humilhante” dos britânicos.

Ao abrigo do acordo do Brexit, assinado no final de 2020, os pescadores europeus podem continuar a trabalhar nas águas britânicas, desde que provem que já lá pescavam.

Os franceses e os britânicos discutem sobre a natureza e a extensão dos documentos comprovativos a serem fornecidos.

No total, desde 1 de janeiro de 2021, a França obteve “mais de 960 licenças” para pescar nas águas britânicas e nas ilhas do Canal, mas Paris ainda pede mais de 150 autorizações, segundo o Ministério do Mar francês.

Isto acontece numa altura em que os dois países têm em mãos uma outra crise diplomática, na sequência do naufrágio que levou à morte de pelo menos 31 migrantes no Canal da Mancha.

As conversações entre as duas partes foram suspensas nas últimas horas, depois de o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ter revelado publicamente o conteúdo de uma carta endereçada ao Presidente francês, Emmanuel Macron, na qual propunha a devolução de todos os migrantes que atravessassem o Canal da Mancha rumo ao Reino Unido.

https://zap.aeiou.pt/pescadores-franceses-bloqueiam-portos-norte-pais-447273


Primeiro caso da nova variante na Europa identificado na Bélgica !


As autoridades de saúde belgas detetaram, na segunda-feira, um caso da nova variante do coronavírus B.1.1.529, identificada inicialmente na África do Sul, revelou o ministro da Saúde Pública, Frank Vandenbroucke.

É o primeiro caso relacionado com esta nova variante B.1.1.529 identificado na Europa.

A infetada é uma jovem mulher não vacinada que desenvolveu sintomas 11 dias após viajar para o Egito através da Turquia, indicou o Laboratório Nacional de Referência belga.

Segundo o jornal The Guardian, esta mulher não teve qualquer ligação com a África do Sul ou com qualquer outro país no sul do continente africano.

A paciente parece não ter tido contactos de alto risco fora da sua casa e nenhum membro da família desenvolveu sintomas até agora, acrescentou o laboratório, que está a conduzir uma investigação abrangente a este caso.

Nas mesmas declarações, o ministro belga apelou à cautela, afirmando: “É preciso cuidado, mas não entrar em pânico”.

Cerca de 30 mutações desta nova variante já foram identificadas em lugares como a África do Sul, Botswana ou Hong Kong, o que tem gerado preocupação a nível mundial.

Ao início da manhã, o Reino Unido foi o primeiro a adicionar seis países africanos à “lista vermelha” da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante detetada na África do Sul e considerada a “pior até agora”.

Alemanha, República Checa, França e Itália seguiram os passos dos britânicos e, entretanto, a Comissão Europeia também já propôs a suspensão das viagens aéreas oriundas da África Austral.

Os especialistas da OMS reuniram-se hoje para determinar se esta nova variante deve ser classificada como “preocupante” ou “de interesse para monitorização”.

“Análises preliminares mostram que a variante tem um grande número de mutações que exigirão mais estudos e vão ser necessárias várias semanas para entender o seu impacto”, disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS.

Para já, e ao contrário do que já está a ser feito na Europa, a OMS está a aconselhar os países a não tomarem medidas de restrição de viagens, enquanto a virulência e a transmissibilidade da nova variante permanecem desconhecidas.

“Permitam-me reiterar a nossa posição oficial: a OMS recomenda que os países continuem a aplicar uma abordagem científica e baseada no risco (…). Nesta fase, mais uma vez, a implementação de medidas restritivas de viagens não é recomendada”, explicou Lindmeier.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-caso-nova-variante-belgica-447180


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

“A pior de todas” - Nova variante deixa Europa em alerta e Reino Unido proibiu voos !


Ao longo da manhã de hoje, o Reino Unido começou por anunciar a suspensão dos voos provenientes da África Austral, com inúmeros países a seguirem-lhe os passos.

A nova variante B.1.1.529 da covid-19, descoberta esta semana na África do Sul, está a abalar o mundo, com múltiplos países europeus — e não só — e anunciar a suspensão dos voos provenientes dos países onde a variante já foi identificada: África do Sul, Namíbia, Lesoto, Botswana, Eswatini e Zimbábue. Há ainda países a suspender as viagens a partir de Moçambique-

O Reino Unido, ao início da manhã, foi o primeiro a adicionar seis países africanos à ‘lista vermelha’ da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante detetada na África do Sul e considerada a “pior até agora”, foi hoje divulgado.

O secretário da Saúde, Sajid Javid, divulgou, através da rede social Twitter, que a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) está “a investigar a nova variante” e que “são necessários mais dados”, mas que neste momento estão a ser tomadas “precauções”. De acordo com os especialistas citados pela Sky News, a variante B.1.1.529 tem “um número extremamente elevado” de mutações que podem evitar a resposta imunitária criada pela infeção ou vacinação.

“A partir do meio-dia de amanhã [sexta-feira], seis países africanos serão adicionados à ‘lista vermelha’, os voos serão temporariamente proibidos e os viajantes do Reino Unido deverão ficar em quarentena”, pode ler-se na mensagem deixada por Sajid Javid no Twitter. O responsável alertou que a nova variante detetada na África do Sul “pode ser mais transmissível que a Delta” e acrescentou que “as vacinas atualmente no mercado podem ser menos eficazes”. 

Segundo especialistas, esta variante é “a pior identificada até agora”. Tom Peacock, virologista do Imperial College London, definiu as mutações como “verdadeiramente terríveis”, mas salientou que os casos ainda são poucos. De acordo com os relatos internacionais, apenas 59 casos confirmados até agora, identificados na África do Sul, Hong Kong e Botswana.

Israel, Alemanha, Singapura, Áustria, Itália e Japão seguiram os passos do Reino Unido, impondo proibições de viagem e restrições de voo provenientes e com destino a África do Sul e outros países da região, incluindo Botsuana, Eswatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Moçambique, Namíbia ou Zimbabué.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também avançou com uma recomendação de suspensão de viagens dos países onde a variante já foi identificada. A recomendação não tem caráter vinculativo e cada estado-membro tem a última palavra.

“Queremos ter medidas rápidas e coordenadas e coerentes em vigor porque queremos evitar que existam lacunas através das quais a variante consiga entrar na Europa”, disse um porta-voz da Comissão, citado pela Reuters.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-proibe-voos-paises-africanos-447096


No futuro, os carros elétricos podem fornecer energia às nossas casas !


Os carros eléctricos podem ajudar a produzir energia para milhões de casas nos próximos anos, simplesmente ao aproveitarem a energia das suas baterias.

A electricidade na bateria do veículo pode ser ligada de volta à rede em vez de ser armazenada. A técnica foi criada no Japão e a nossa investigação vai ajudar na compreensão sobre como a utilizar melhor no Reino Unido.

Muitos veículos elétricos (VEs) estão a ser produzidos com a capacidade de usar a sua bateria a bordo para enviarem energia para o fornecedor de eletricidade a que estão ligados.

Seja a casa do dono, ou a rede de eletricidade mais no geral, estas tecnologias têm sido lideradas por governos e produtores de carros elétricos principalmente para equilibrar as exigências sobre a rede.
 
A capacidade de usar estas enormes baterias cumpre com o objectivo futuro de gestão e criação de redes mais limpas — em vez de queimar combustíveis fósseis para gerar eletricidade, devemos aproveitar os recursos renováveis limpos como o vento ou o Sol quando abundantes, e armazenar a eletricidade nas baterias quando não é possível.

Então ao carregar os veículos elétricos com fontes renováveis, podemos reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa.

O plano é bom, mas é difícil porque a eletricidade é difícil de armazenar. Mas já podemos armazenar enormes quantidades de eletricidade — nos nossos carros. Com cerca de 1% dos 27 milhões de agregados familiares no Reino Unido com um VE, cada um com uma bateria de 60kWh em média, estes 300 mil EVs podem armazenar uns incríveis 18GWh de eletricidade que podem ser úteis para dar energia às casas.

Isso é mais do que a central elétrica de Dinorwin, em Snowdonia, a maior instalação de armazenamento do Reino Unido, que armazena cerca de 9GWh.

Até 2030, o Reino Unido pode ter quase 11 milhões de veículos elétricos nas estradas. Assumindo que 50% destes veículos têm capacidade de dar a energia que não é usada de volta à rede, isto abre a oportunidade de dar energia a 5.5 milhões de agregados familiares.
Como é que tornamos isto realidade?

Para os carros poderem alimentar a rede a nível técnico, três coisas precisam de acontecer. Primeiro, uma transferência de energia em mão dupla do carro para o ponto de carregamento deve ser possibilitada. Este sistema é conhecido como veículo-para-rede e foi introduzido inicialmente no Japão depois do desastre de Fukushima e a crise energética que se seguiu.

Mas há mais áreas de desenvolvimento precisas para a tecnologia avançar. Estas incluem instalações de hardware em casa para carregamentos veículos-para-rede, a compatibilidade dos veículos e as mudanças no mercado energético.

Também há dois tipos de equipamentos de carregamento rápido que competem, que precisariam de ser resolvidos, talvez com unidades que têm ambos os tipos de conectores.

A terceira parte do puzzle técnico é a garantia de apoio da rede de distribuição de energia. Algumas partes da rede são incapazes de ter uma quantidade significativa de energia a ser despejada de volta através de ligações simultâneas, por isso as redes locais precisam de ter a certeza de que conseguem lidar com isso.

Condutores interessados

Quando a tecnologia estiver pronta, como é que garantimos que as pessoas aderem ao esquema? Estamos a investigar a aceitação dos consumidores e o conhecimento de sistemas veículo-para-rede, com uma visão para mostrar aos condutores como a tecnologia funciona e evitar que as suas baterias fiquem paradas quando são úteis.

De momento, a maioria dos testes são feitos por empresas energéticas e empresas de distribuição, que querem entender como a tecnologia funciona comercialmente e ajudar a equilibrar a rede energética. Mas nós acreditamos o foco deve também estar direccionado ao custo-benefício, às credenciais ecológicas e à conveniência para os condutores.

Carregar veículos elétricos com a energia mais barata e vender a energia de volta para a rede no momento de pico de preços pode permitir aos consumidores ganhar até 725 libras por ano. Isto aliado às poupanças no combustível: um VE custa em média 500 libras por ano versus 1435 libras por ano para um a gasolina ou gasóleo.

A redução do impacto no ambiente, a poupança nos custos de combustível e alimentar a casa com energia limpa e barata são todos ótimos benefícios, mas os casos de carros com baterias fracas podem levar a muitos donos desapontamos.

Outras preocupações também incluem: o potencial custo de instalar carregadores compatíveis para veículo-para-rede em casa, o impacto no estilo de vida, as inconveniências de carregamentos demorados no carro (se o carro estiver a dar energia à casa); e o medo da degradação da bateria (que algumas pesquisas indicam que é justificado, mas superado pelos benefícios potenciais).

O regulador de eletricidade e gás no Reino Unido, Ofgem, tem a intenção de investir milhões de libras na criação de um sistema energético mais flexível para apoiar a eletrificação de veículos e a criação de energia renovável, e para fazer a transição para uma economia de poucas emissões de carbono, mais justa, inclusiva e barata.

Se condutores suficientes aproveitarem a tecnologia veículo-para-rede, o Reino Unido pode ganhar uma capacidade de produzir energia de até 10 centrais nucleares grandes e reinvestir o dinheiro poupado no desenvolvimento de energia limpa e um sistema energético flexível.

O processo não vai ser fácil. As soluções são numerosas, mas precisam de apoio das empresas energéticas, e até dos produtores de carros e de empresas financeiras. Há muitas partes do puzzle para resolver, mas como o carro médio não é usado 95% do tempo, a probabilidade de que a sua fonte energética possa ser usada para um estilo de vida mais verde e barato é enorme.

https://zap.aeiou.pt/carros-eletricos-fornecer-energia-casas-446245


Cibo transforma as suásticas pintadas nas ruas de Verona em comida deliciosa !


O artista de rua italiano, cujo nome artístico significa “comida” na sua língua, transforma os símbolos de ódio espalhados pela cidade de Verona em “coisas deliciosas” como fatias de pizza e bolos.

Em Verona, no norte de Itália, as suásticas e outros símbolos de ódio pintados nas ruas não têm vida longa. Tudo graças ao trabalho de Pier Paolo Spinazze, o artista de rua que rapidamente os transforma em coisas tão deliciosas como fatias de pizza e cupcakes.

“Tomo conta da minha cidade ao substituir símbolos de ódio por coisas deliciosas para comer”, explicou à agência Reuters o artista italiano, cujo nome artístico é “Cibo”, palavra italiana que significa “comida”.

O italiano de 39 anos, que já conta com mais de 364 mil seguidores na sua conta de Instagram, muitas vezes é alertado por estas pessoas que acompanham o seu trabalho.

Foi o caso de uma manhã em que foi alertado por um dos seus seguidores para as suásticas e insultos racistas que se encontravam num pequeno túnel nos arredores da cidade. Rapidamente, conta a mesma agência, estes símbolos ganharam uma nova vida e são agora uma deliciosa fatia de pizza margherita, uma salada caprese e um grande tomate.
E apesar de já ser uma espécie de figura pública em Verona, sendo muito acarinhado por grande parte dos que lá vivem, também não se livrou de fazer alguns inimigos. “Cibo, dorme com as luzes acesas”, escreveu alguém numa parede. A ameaça acabou transformada nos ingredientes necessários para fazer gnocchi.

“Lidar com extremistas nunca é uma coisa boa, porque são pessoas violentas, que estão habituadas à violência, mas que também são cobardes e muito estúpidas”, disse o artista de rua à Reuters.

“A coisa mais importante é redescobrir os valores de que nos possamos ter esquecido, especialmente o anti-fascismo e a luta contra os regimes totalitários que apareceram com a II Guerra Mundial. Devemos relembrar-nos desses valores.”

Nos últimos anos, grupos de defesa dos direitos humanos têm vindo a alertar para o crescente racismo e xenofobia em Itália, que começou sobretudo depois das vagas de migrantes vindas do continente africano.

Além disso, a cultura fascista ainda continua a ter muitos admiradores. Recorde-se que, há cerca de um mês, a neta do antigo ditador italiano, Rachele Mussolini, foi a vereadora mais votada de Roma pelo Irmãos de Itália, um partido de extrema-direita fundado em 2012.

https://zap.aeiou.pt/cibo-transforma-suasticas-coisas-deliciosas-447084



Já nem o amor próprio dura para sempre - Mulher que casou consigo mesma divorcia-se após conhecer “alguém especial” !


Apenas três meses depois de casar consigo mesma, um modelo brasileira vai divorciar-se para ficar livre para um novo amor.

Foi em Setembro que Cris Galêra foi notícia em todos os cantos do mundo por ter anunciado que se ia casar. Até aqui, tudo normal, mas o detalhe insólito era de que não havia noivo ou noiva e que a mulher ia casar consigo mesma.

Em entrevista ao New York Post, a modelo brasileira de 31 anos explicou que a decisão se baseou no seu “amor próprio” por se amar tanto a si mesma que não era possível “sentir algo por outra pessoa”.

O “auto-casamento” casou um frenesim online, com a mulher a publicar fotos da cerimónia na igreja em São Paulo. “Não tive vergonha, fui para a igreja com determinação. Fiz a minha própria maquilhagem e cabelo e toda a gente estava a ver porque não tinha um noivo“, revelou.

A escolha da brasileira reavivou a sologamia, uma práctica em que os solteiros casam consigo mesmos para afirmarem a sua independência na busca da felicidade. “A maioria das pessoas adoraram e acharam interessante. Acham que eu estou a brincar, mas eu casei mesmo comigo mesma!”, exclamou.

Com planos de fazer uma lua-de-mel em Paris e Londres em Novembro, a modelo de lingerie desvalorizou as críticas de quem considera o seu auto-casamento uma tentativa de chamar a atenção ou um exemplo de narcisismo, dizendo que quando estamos felizes, “nada nos afecta”.

As muitas mensagens que recebe de homens interessados em meter-se no meio do seu casamento consigo mesma não foram suficientes para dissuadir Galêra, que não estava convencida da fidelidade dos seus pretendentes.

Mas as promessas românticas de auto-amor eterno mudaram quando a modelo conheceu “alguém especial“. Três meses após as suas auto-núpcias e apesar de ter prometido que nunca se ia divorciar de si mesma, Cris Galêra juntou-se aos milhares de casais que voltam atrás nos votos e põem um ponto final no casamento.

Cansei de ser sologâmica. Fui feliz enquanto durou. Comecei a acreditar no amor no momento em que conheci alguém especial”, concluiu a modelo ao Daily Mirror, sem revelar a identidade do novo amado.

Vendo do lado positivo, Galêra foi poupada à conversa constrangedora com o seu parceiro sobre ter conhecido outra pessoa. Resta-nos fazer figas que um eventual casamento de Cris com o seu novo amor dure mais do que as suas auto-núpcias.

https://zap.aeiou.pt/mulher-casou-consigo-mesma-divorciar-446977

 

Na Venezuela, mulheres estão a ser forçadas a trocar sexo por comida !


A crise política, económica e social na Venezuela está a forçar algumas mulheres “a usar o sexo” como mecanismo de sobrevivência, alertou, esta quinta-feira, a coordenadora local do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).

As mulheres estão a ser obrigadas a recorrer a mecanismos negativos tais como o sexo por sobrevivência, a troca de sexo por comida, a fim de sobreviverem, para poderem alimentar os seus filhos”, disse Cristina Palácios.

A coordenadora local do Fundo das Nações Unidas para a População falava em Caracas, durante uma conferência de imprensa organizada pela União Europeia (UE) no âmbito de ações para sensibilizar a população para a violência de género, durante a qual a UE anunciou a 4.ª Corrida da União Europeia contra a Violência contra as Mulheres, que terá lugar no sábado.

Segundo a coordenadora da UNFPA, estes mecanismos a que as mulheres venezuelanas recorrem são determinantes para o trabalho da UNPFA: “definem o que temos de fazer, como temos de o fazer, como podemos ajudá-las“.

“O facto de vermos cada vez mais raparigas grávidas é um elemento para conhecer a gravidade, porque as gravidezes precoces são um grande fator e determinam que existe violência sexual contra as mulheres e contra as raparigas em particular”, frisou Palácios.

“Não dispomos de dados oficiais sobre a taxa de femicídios. Sabemos através da monitorização feita por diferentes organizações da sociedade civil que até agora este ano na Venezuela se registaram 200 femicídios. Este número é impactante”, acrescentou Cristina Palácios.

“O femicídio é a máxima expressão da violência de género. Temos de trabalhar para evitar que isso aconteça, na prevenção”, alertou.

Segundo a coordenadora local do UNFPA, “na Venezuela, mulheres e raparigas adolescentes (…) são afetadas por diferentes situações de crise, tanto a crise pandémica [de covid-19], como a crise económica e por várias formas de violência baseada no género”.

“Sabemos que existem, e estão a emergir cada vez mais, as redes de tráfico para exploração sexual envolvendo mulheres e adolescentes. Sabemos que as mulheres estão a sofrer elevados níveis de violência dos parceiros íntimos (…) A maioria dos perpetradores são pessoas conhecidas, membros familiares diretos”, explicou Palácios.

Para a UNFPA, “os números são úteis para compreender a dinâmica, mas não se conhecerá a magnitude, porque muitos casos de violência baseada no género não são denunciados”.

“Precisamos de trabalhar para que haja uma mudança de comportamento, de atitudes, para mudar as normas culturais que aceitam e naturalizam a violência contra mulheres e raparigas”, frisou.

Palácios disse ainda ter “provas” de que “principalmente as mulheres adolescentes são vítimas da violência machista em todo o mundo”, mas que “particularmente na Venezuela, a situação pode estar a ser exacerbada pela situação de crise no país”.

“Vemos o machismo a reinventar-se a si próprio. Na Venezuela, infelizmente, a situação que a maioria das mulheres e raparigas adolescentes estão a atravessar neste momento está principalmente relacionada com vulnerabilidades económicas“, vincou.

Cristina Palácios acrescentou ainda que “a covid-19 exacerbou ainda mais as vulnerabilidades de sofrer violência baseada no género” e que a pandemia “adicionou outros 20 anos” aos 200 anos que se previa necessários para reduzir a “brecha de género” mesmo nos países que se encontram mais avançados no combate à desigualdade e à violência contra as mulheres.

https://zap.aeiou.pt/venezuelas-forcadas-trocar-sexo-comida-447023







Japão investe mais de 4 mil milhões para resolver escassez mundial de chips !


O Japão, que é o maior fabricante de chips do mundo, vai fornecer 5,2 mil milhões de dólares (cerca de 4,5 mil milhões de euros) para apoiar os fabricantes de chips semicondutores e tentar resolver a atual escassez mundial.

Embora os fundos se destinem a vários fabricantes de chips, o investimento mais notável é na Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), que irá construir uma nova fábrica de chips no Japão, num esforço conjunto com a Sony Group Corp, revela um relatório publicado esta terça-feira pela Nikkei.

O restante investimento do Japão será direcionado para a preparação de outras fábricas para múltiplos novos projetos, incluindo um em desenvolvimento pela empresa americana Micron Technology Inc, fabricante de chips de memória, e pela japonesa Kioxia Holdings.

Segundo a Interesting Engineering, o Japão é a maior indústria de fabrico de chips desde os anos 80, mas tem travado uma batalha difícil para manter a sua vantagem competitiva numa indústria cada vez mais apinhada, caindo num declínio constante nas últimas três décadas.

A escassez de chips tornou-se mais notória por causa da pandemia de covid-19 — com todo o mundo em confinamento, a única forma de interagir com os outros passou a ser através do uso de computadores, telemóveis e televisões.

Além disso, muita gente passou para o teletrabalho, o que aumentou a procura de e o uso diário de aparelhos eletrónicos que utilizam chips.

Enquanto o maior fabricante de chips de computador é a TSMC, o maior comprador de chips semicondutores é a Apple. Mas a Samsung foi o segundo maior produtor, em termos de vendas, escreve ainda a Interesting Engineering.

Uma vez que a Samsung ocupa tanto o lado da oferta como da procura da indústria de chips de computador, muitos imaginariam que esta fosse invulnerável a uma escassez. No entanto, em março de 2020, a Samsung disse que estava a considerar não lançar o smartphone Galaxy Note. Tudo devido à escassez de chips.

“Há um grave desequilíbrio na oferta e procura de chips no setor das IT a nível mundial”, disse o co-CEO da Mobile, Koh Dong-jin, em declarações à BBC.

Até agora, a Samsung ainda não lançou o novo produto e especialistas pensam que não acontecerá antes de 2022. Mas, com o Japão a alavancar o seu poderoso braço económico para alimentar alguns dos mais poderosos fabricantes de chips do mundo, a escassez global de aparelhos eletrónicos que funcionam com chips de computador, incluindo plataformas de jogos, telemóveis, smartwatches, computadores portáteis, e até mesmo carros, pode resolver-se em breve.

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Novo presidente da Interpol já foi acusado de tortura enquanto General dos Emirados Árabes Unidos !


Novo presidente é acusado de tortura na Turquia e na França. A Presidente Comissão Europeia escreveu uma carta a opôr-se à escolha.

O major-general Ahmed Nasser Al Raisi, dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito novo presidente da Interpol durante a assembleia do organismo internacional, apesar de já ter sido acusado de tortura em França e na Turquia.

A estrutura da Interpol funciona de forma a que seja o secretário-geral, actualmente o alemão Jürgen Stock que foi reeleito em 2019, a ser o verdadeiro dirigente da organização internacional de cooperação policial, tendo um mandato de cinco anos.

Assim, o presidente tem um papel mais representativo e honorário, só a tempo parcial e sem remuneração. O mandato tem a duração de quatro anos e é exercido a partir do país de origem.

“Ahmed Naser Al Raisi, dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito para o cargo de presidente (para um período de quatro anos)”, anunciou a Interpol no Twitter. 

Al Raisi derrotou Sárka Havránková, da República Checa, que tinha prometido “adequar o trabalho da Interpol ao espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

Várias organizações internacionais já se tinham manifestado contra a candidatura de Al Raisi devido à sua influência nas forças policiais dos Emirados Árabes Unidos, que acusam de usar repressão contra os dissidentes políticos.

“Estamos convencidos de que a eleição do general Al Raisi afetaria a missão e a reputação da Interpol”, escreveram este mês a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e três deputados europeus, incluindo Marie Arena, presidente da subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu.

O Centro de Direitos Humanos para o Golfo já tinha denunciado Al Raisi em França, acusando o general de estar envolvido na tortura do activista Ahmed Mansur nos Emirados Árabes Unidos. Um grupo de advogados da Turquia também já tinha feito queixa à procuradoria do país devido ao mesmo caso.

O ex-procurador britânico David Calvert-Smith publicou um relatório em Abril onde afirma que Al Raisi “coordenou o aumento da repressão contra os dissidentes” através da tortura e da manipulação do sistema judicial no país.

Dois cidadãos britânicos também apresentaram uma queixa contra Al Raisi por tortura. Um deles, Matthew Hedges, foi condenado a prisão perpétua nos EAU por suspeitas de espionagem e indultado e libertado há três anos

https://zap.aeiou.pt/novo-presidente-da-interpol-ja-foi-acusado-de-tortura-enquanto-general-dos-emirados-arabes-unidos-446891


Um morto e três feridos em fuga de CO2 em central nuclear espanhola !


Um trabalhador da central nuclear de Ascó, Tarragona, em Espanha morreu e outros três ficaram feridos devido a uma fuga de dióxido de carbono (CO2) ocorrido ontem, quando realizavam trabalhos de manutenção nas instalações.

Segundo avançaram fontes dos Bombeiros da Generalitat, o acidente ocorreu às 18:55 locais num local não vinculado à atividade radiológica da central, numa zona onde os operários realizavam trabalhos de manutenção do sistema contra incêndios da instalação.

Os três feridos são de menor gravidade e foram transferidos para o Hospital de Mora d’Ebre, de acordo com informação do Sistema de Emergências Médicas (SEM), que deslocou quatro equipas para o local do acidente.

Sete bombeiros da Generalitat deslocaram-se ao local do incidente e foi aberta uma investigação para apurar as suas causas.

Os bombeiros sublinharam que, em conjunto com o pessoal da fábrica, foi restaurada a segurança das instalações.

https://zap.aeiou.pt/um-morto-tres-feridos-central-nuclear-446895


Pentágono cria escritório para análise de OVNIS !


A missão do AOIMSG, o “grupo de identificação e sincronização de gestão de objetos aéreos”, é estudar os OVNIs no espaço aéreo militar.

O Pentágono anunciou hoje a criação de um escritório para recolher e analisar todas as informações sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) detetados pelos vários ramos das forças aramadas dos Estados Unidos.

O “grupo de identificação e sincronização de gestão de objetos aéreos” ou AOIMSG, segundo a sigla em inglês, substitui a “task force de fenómenos aéreos não identificados” criada em agosto de 2020 e então confiada à Marinha norte-americana, adiantou o Departamento de Defesa.

O novo escritório estará sob a alçada do subsecretário de Defesa encarregado de Inteligência e Segurança, um sinal de que para as forças norte-americanas os “fenómenos aéreos não identificados” não têm que ver com ficção científica, mas com adversários muito reais dos Estados Unidos.

Washington está particularmente preocupado com a capacidade de espionagem da China ao utilizar drones ou outros meios aéreos. 

O futuro diretor da AOIMSG, ainda não nomeado, vai sincronizar as atividades nesta área e os serviços de inteligência dos Estados Unidos.

No ano passado, o Pentágono divulgou três vídeos feitos por pilotos da Marinha – um em novembro de 2004 e os outros dois em janeiro de 2015 – onde se vêm encontros com “fenómenos aéreos não identificados”.

Num deles, é possível observar um objeto oval a mover-se rapidamente e que, poucos segundos depois de ser detetado pelos sensores da aeronave da Marinha, desaparece após uma aceleração repentina.

Noutro vídeo, pode ver-se um objeto a pairar sobre as nuvens e o piloto questionar-se se se trata de um drone.

https://zap.aeiou.pt/pentagono-cria-escritorio-para-analise-de-ovnis-446857


Nova variante detetada no Botswana preocupa cientistas - Tem um número “extremamente alto de mutações” !


A nova variante, detetada no Botswana, está a preocupar a comunidade científica. Até ao momento, foram reportados dez casos da B.1.1.529.

A variante B.1.1.529, descoberta pela primeira vez no Botswana, tem um “número extremamente elevado” de mutações e pode colocar em risco a eficácia das vacinas contra a covid-19.

Se for capaz de contornar as defesas imunológicas do organismo, a nova variante pode causar novas vagas da doença. “É uma preocupação significante“, disse Ravi Gupta, professor de microbiologia clínica da Universidade de Cambridge, ao The Guardian.

A estirpe foi detetada no dia 11 de novembro no Botswana, onde há registo de três casos. Foram ainda reportados seis casos da mesma variante na África do Sul e um em Hong Kong.

Segundo o jornal britânico, apresenta 32 mutações na proteína spike, que podem potenciar a capacidade de o vírus infetar as células, assim como a sua transmissibilidade. Esta é a parte do vírus usada por muitas das vacinas para proteger as pessoas contra a doença.

Os cientistas temem que, com esta variante, o vírus consiga escapar à imunidade que se tem vindo a desenvolver junto das populações, mas salvaguardam que são necessários mais estudos para aferir se este coronavírus é mais perigoso para os humanos.

O elevado número de mutações pode ser preocupante, mas, no fim, poderá concluir-se que é apenas um “cluster estranho” e pouco transmissível, explicou Tom Peacock, virologista do Imperial College, em Londres. “Espero que seja o caso.”

François Balloux, diretor do Instituto Genético ICL, referiu que esta variante pode ter surgido numa “explosão”, ou seja, o vírus pode ter evoluído num organismo de uma pessoa com o sistema imunitário frágil, possivelmente alguém que sofra de HIV ou de SIDA.

https://zap.aeiou.pt/nova-variante-preocupa-cientistas-446830


Urban Sequoia - A rede de arranha-céus capaz de absorver 1.000 toneladas de carbono por ano da atmosfera !

A Skidmore, Owings & Merrill (SOM) revelou, durante a COP26, a sua proposta para a Urban Sequoia, uma rede de edifícios que absorvem o carbono da atmosfera. 

Foi este mês, durante a cimeira do clima COP26, que a Skidmore, Owings & Merrill revelou, pela primeira vez, a sua proposta para o projeto Urban Sequoia, uma rede de arranha-céus que serão capazes de absorver o carbono presente na atmosfera.

Se este projeto foi bem sucedido, esta rede de edifícios pode trazer significativas mudanças no ramo da construção, que é responsável por 40% das emissões globais de carnobo.

Segundo o Interesting Engineering, o design da rede de edifícios nasceu de uma combinação de várias soluções já analisadas pela empresa, para tornar o projeto ainda mais sustentável.

Entre elas está a diminuição no uso de materiais, tecnologias de captura de gás carbónico, uso de biomateriais e uma otimização no processo de construção.

A redução de carbono ocorre, especialmente, por dois motivos: os recursos usados na construção destes edifícios incluem materiais inovadores – como tijolos biológicos, madeira e cimento amigo do ambiente (biocrete) – que consomem muito menos carbono do que os materiais normalmente utilizados no ramo da construção, como o aço ou o cimento.

Mas o que torna estes edifícios ainda mais ecológicos é a absorção de carbono que ocorre depois de os arranha-céus serem construídos.

Na prática, isto significa que, além de não contribuírem para o aumento das taxas de emissão de carbono, os edifícios são também uma solução para as diminuir.

A empresa já deu o primeiro passo com a finalização da construção de um protótipo, um prédio muito alto que será utilizado para analisar qual o nível de eficácia deste novo projeto.

O comunicado da SOM revela que, ao mesmo tempo que reduz as emissões de carbono por ter sido construído a partir de materiais naturais, o protótipo absorve 1.000 toneladas de carbono anualmente, o que equivale a 48.500 árvores.

A absorção do carbono ocorre por causa da característica de captura de ar dos edifícios, que filtra o gás carbónico.

https://zap.aeiou.pt/urban-sequoia-absorver-carbono-446193

 

O lado negro da obsessão com a pele clara - Na Índia, a melanina dita o rumo da vida !


Em vários países da Ásia e de África, o branqueamento da pele continua a ser recorrente devido à estratificação social que reflecte o colorismo. Além do impacto na auto-estima, estes produtos têm também efeitos nefastos na saúde.

A nossa aparência é um dos factores que mais afecta a nossa vida, mesmo sem a podermos mudar de forma natural, e o tom de pele pode também ser decisivo no rumo que a vida de cada um de nós leva.

Se no Ocidente há agora uma tendência de blackfishing, em muitos países asiáticos, como a Índia, há indústrias multimilionárias inteiros baseadas numa premissa: quando mais clara a pele, mais longe se chegará na vida.

A indústria da moda é um dos principais exemplos. Uma reportagem da VICE mostra como as marcas que vendem saris e outros trajes tradicionais recorrem a modelos brancas e da Europa de leste para promover estes produtos às mulheres indianas.

A gigantesca indústria de Bollywood também influencia imenso a cultura indiana e nas indicações dos perfis das personagens para os filmes, a exigência da pele clara é uma constante entre as primeiras linhas dos anúncios das audições. A maquilhagem e a luz também são sempre pensadas para fazer os actores parecer ainda mais claros. 

Mas a obsessão com a pele branca não é só um capricho vaidoso. Dado o sistema de castas na Índia, o casamento é uma das principais formas de ascensão social, e a preferência por parceiros, principalmente mulheres, com a pele clara reflecte-se na estratificação social. 

No caso dos casamentos arranjados entre as famílias, é comum ver anúncios que procuram noivas onde o tom de pele claro é o primeiro requisito e muitos dotes das incluem cremes de branqueamento juntamente com os saris e as jóias.

A ansiedade pela pele branca não tardou a ter uma resposta de um mercado pronto para capitalizar nas inseguranças dos indianos, estando as gigantes ocidentais L’Oreál, Unilever ou Procter & Gamble — que promovem mensagens feministas e de amor próprio na Europa e América do Norte — na linha da frente da venda de produtos que prometem branquear a tez na Ásia e em África.

Cerca de 60% das mulheres indianas usam estes cremes, e a tendência está também a crescer entre os homens. O truque para garantir o sucesso de vendas? Usar actores de Bollywood na publicidade.

Kailash Surendranath é o cérebro por detrás de muitas destas campanhas publicitárias — incluindo do famoso creme Fair & Lovely, lançado em 1975 — e explica a mensagem dos anúncios.

“Há um casamento a ser arranjado entre as famílias. O rapaz vai visitar a rapariga e talvez a ache demasiado escura. Depois, a rapariga usa o Fair & Lovely e quando o rapaz a volta a visitar, decide casar com ela. Os guiões são muito iguais e estranhos. A ideia é sempre: “não vais conseguir um emprego se não se fores clara” ou “não te vais casar se não se fores clara”, revela à VICE News.

Nos últimos anos, com a maior consciencialização social sobre os problemas do racismo e colorismo, muitos actores têm-se manifestado publicamente contra a promoção destes produtos, como Bipasha Basu, Kangana Ranaut ou Swara Bhasker.

Outros, como é o caso de Priyanka Chopra, pediram desculpa por terem participado nestas campanhas publicitárias. 

Um estudo de 2012 mostrou que os casais que recorriam a barrigas de aluguer até estavam dispostos a pagar mais para que mulheres mais claras fossem escolhidas para terem os seus bebé, mesmo não estando o seu material genético presente na criança.

Uma contagem da CNN aos anúncios matrimoniais nas edições de domingo em Agosto de três dos maiores jornais em inglês na Índia — Times of India, The Telegraph e Hindustan Times — concluiu que os termos explicitamente relacionados com a pele branca apareceram em 22%, seja como um atractivo do anunciante ou uma exigência para os candidatos.

Mas além das dificuldades no casamento, o panorama é parecido no mercado laboral, com muitos anúncios de emprego a pedir candidatos claros, especialmente nos trabalhos de serviço ao público.
Os perigos do branqueamento da pele

Seja através de misturas feitas em casa, cremes de branqueamento ou tratamentos estéticos que destroem a melanina e prometem tons mais claros, a indústria do branqueamento tem tido um enorme crescimento, chegando a um valor de mercado estimado em cerca de 270 mil milhões de rúpias (3,55 mil milhões de euros).

Além do impacto na saúde mental e na auto-estima das indianos, muitos destes tratamentos para clarear a pele têm também impactos na saúde física.

Numa nova série da CNN dedicada a esta indústria, há relatos de dependências de substâncias que começaram depois do uso de cremes de branqueamento.

Soma Banik, que tem um blog onde conta a sua experiência com estes produtos, foi transportada para a sua adolescência depois de receber uma mensagem de uma leitora que lhe pedia ajuda.

O relato da leitora Janet James revelava que há mais de dois anos que usava um creme com o esteroide betametasona e que estava a sofrer efeitos secundários. “Quando paro de o usar, a minha pele começa a fazer comichão e pequenas borbulhas surgem”, queixou-se

Banik, que tem agora 33 anos e trabalha para o governo indiano, respondeu imediatamente e sem dúvidas: “Pára de o usar agora“.

O betametasona é um corticosteróide potente usado em medicamentos para problemas de pele como a psoríase ou o eczema, mas que tem também como efeito secundário o aclareamento da pele. Apesar de só dever ser aplicado sob prescrição médica, na Índia o ingrediente é regularmente usado sem ser receitado.

Aos 14 anos, a mãe de Banik disse-lhe para usar um destes cremes, depois de uma vizinha ter dito que lhe iria branquear a pele. Nos primeiros tempos, os colegas de Banik elogiavam a sua “boa aparência”, mas dois meses depois de começar, a jovem começou a notar a pele a queimar-se quando estava ao Sol.

De início, Soma achou que era um sacrifício necessário, já que a beleza — ou neste caso, a pele branca — é dor. Mas numa manhã em que se esqueceu de aplicar o creme, uma borbulha apareceu-lhe no queixo.

Ao fim de algum tempo, Banik começou a sofrer com comichão e acne e começaram a aparecer-lhe pêlos na cara — sintomas de Rosto Dependente de Esteróides Tópicos (RDET), de acordo com dermatologistas.

O uso destes produtos sem controlo pode também causar pústulas, pele seca, sensibilidade ao Sol, hipopigmentação (branquear a pele) ou hiperpigmentação (escurecer a pele). Depois da pele ficar dependente do uso destes cremes, qualquer tentativa de para o uso vai causar borbulhas, vermelhidão e assaduras.

Perante o uso generalizado destes produtos na Índia, em 2018 o governo adicionou 14 cremes com esteroides à lista de medicamentos que só podem ser adquiridos com receita médica, mas seja pela pressão das farmacêuticas ou pela falta de controlo das autoridades, o acesso aos produtos continua fácil e livre.



A resistência contra o colorismo

A maior consciência social sobre o problema do racismo e do colorismo tem levado também ao surgimento de uma contra-cultura que luta contra a discriminação.

“Esta é uma crença que está enraizada nas nossas mentes. Faz parte da nossa cultura”, explica Kavitha Emmanuel, activista fundadora da campanha Dark is Beautiful, à VICE.

Entre a influência do colonialismo inglês, que representava o poder dos governantes com pele branca, e as crenças já próprias da cultura de castas na Índia, várias razões explicam esta obsessão no país, que se reflecte em no quotidiano.

“Quando um bebé nasce, a primeira coisa que as pessoas querem saber, depois do sexo, é a cor da pele. Desde o primeiro dia que os pais dizem coisas negativas sobre a cor dos bebés. Eu vi como isso afecta a confiança nas meninas“, revela.

Já activista feminista Reena Kukreja afirma à CNN que o desejo da pele clara também nasce da associação entre a pele escura e o trabalho feito nos campos ao Sol, que é “emblemática” do estatuto baixo nas castas.

Além de campanhas com o Dark is Beautiful, há também outros grupos que se dedicam a acabar com o estigma contra a pele escura, como o Kranti, que apoia filhas de trabalhadoras sexuais e as ajuda a reclamar a sua auto-estima.

“São as nossas famílias que começam a culpar-nos desde a infância. A minha mãe disse-me que sou tão escura que nunca vou arranjar um rapaz ou um emprego, faz este remédio caseiro, usa este creme e eu pergunto; porquê? Por que é que não me posso sentir bonita como sou?“, questiona uma integrante do Kranti.

Emmanuel remata lembrando a diversidade cultural da Índia. “Somos uma nação diversa, com línguas e etnias diversas, acho que temos de olhar em frente e pensar em por que é que continuamos a entreter esta crença tóxica“, conclui.

https://zap.aeiou.pt/obsessao-pele-clara-india-efeitos-saude-446499



Creche mexicana ganhou a lotaria - Desde então, está a viver um pesadelo !


Um grupo de mexicanos diz estar a ser ameaçado por um gangue, depois de a creche dos seus filhos ter ganhado cerca de 840 mil euros numa lotaria.

De acordo com a BBC, a creche, que fica no pequeno município mexicano de Ocosingo, tem pouco mais de 20 crianças e foram os pais que ficaram encarregues de administrar o prémio de 20 milhões de pesos, cerca de 840 mil euros.

Assim que a sua vitória na lotaria foi anunciada, em setembro do ano passado, o grupo de encarregados de educação começou a receber ameaças de um gangue chamado “Los Petules”, que exigiu que o dinheiro fosse usado para lhes comprar armas, alegadamente para poderem atacar um grupo rival numa aldeia vizinha.

Inicialmente, os pais recusaram ceder às ameaças, tendo usado parte do dinheiro para construir um novo telhado para a creche. No entanto, as ameaças têm piorado este ano, sobretudo quando decidiram usar os restantes 14 milhões de pesos para fazer obras na aldeia.

Em março, um dos pais foi baleado por membros deste gangue, que exigiram que lhes entregasse o prémio. Ainda segundo a emissora britânica, no mês passado, o ambiente piorou e várias crianças e mulheres foram atacadas. Desde então, 28 famílias já fugiram de Ocosingo.

https://zap.aeiou.pt/creche-mexicana-lotaria-pesadelo-446800

 

Do TikTok à K-pop, China tem lista negra com 88 celebridades !


A China divulgou uma lista de 88 celebridades que colocou na lista negra por comportamento “ilegal e antiético”.

Em comunicado, a Associação Chinesa de Artes Cénicas anunciou que ia banir 88 artistas por violarem os padrões morais do país. Esta é a nona vez que esta associação bane celebridades.

Desta forma, estas celebridades ficam proibidas de entrar ou aparecer em plataformas de transmissão ao vivo, um meio bastante popular na China.

O comunicado citado pela Business Insider, o seu objetivo era “fortalecer a autodisciplina” na indústria do entretenimento e evitar “que artistas ilegais e antiéticos se mudassem para outras plataformas para recomeçar as suas carreiras”.

Uma das celebridades visadas é o antigo cantor de K-pop Kris Wu, que foi detido em julho, em Pequim, acusado de violação. 

Também inclui Zheng Shuang, atriz que gerou polémica após ser acusada de fugir aos impostos e de abandonar os seus filhos de barriga de aluguer nos Estados Unidos.

Zhang Zhehan, ator e cantor criticado por visitar o Santuário Yasukuni, dedicados aos mortos de guerra do Japão, são vistos na China como apoio aos crimes de guerra nipónicos.

Guo Laoshi, influencer da rede social Douyin, a versão chinesa do TikTok, publicou vídeos a rejeitar ideias convencionais do feminismo chinês e também foi incluída na lista negra.

https://zap.aeiou.pt/china-lista-negra-88-celebridades-446726


“Uma tragédia” !Naufrágio no Canal da Mancha faz 31 mortos !


Pelo menos 31 migrantes morreram, esta quarta-feira, a tentar atravessar o Canal da Mancha, que liga França ao Reino Unido, na sequência do naufrágio de uma embarcação ao largo de Calais.

De acordo com a BBC, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, que já se encontra em Calais, revelou que 31 pessoas morreram na sequência deste naufrágio e que entre as vítimas mortais estão cinco mulheres e uma menina.

O governante acrescentou que 33 pessoas estavam a bordo da embarcação e que duas foram resgatadas com vida. Entretanto, quatro pessoas foram detidas pela polícia francesa, confirmou.

Numa primeira reação, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, falou numa “tragédia”.

“Os meus pensamentos estão com os muitos desaparecidos e feridos, vítimas de passadores criminosos que exploram a sua angústia e miséria”, escreveu o governante no Twitter, assegurando estar a seguir a evolução da situação “em tempo real”.

O primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, também disse estar “chocado e profundamente triste” com esta notícia, cita a emissora britânica.

“Os meus pensamentos e condolências vão, antes de mais, para as vítimas e para as suas famílias. Mas também quero aproveitar para dizer que este desastre mostra o quão perigoso é cruzar o Canal da Mancha desta forma”, disse ainda.

Entretanto, Boris Johnson convocou o gabinete de crise. Em declarações aos jornalistas depois da reunião, o chefe do Governo inglês admitiu que os esforços para conter este fluxo de migrantes em pequenos barcos “não têm sido suficientes”.

“A nossa proposta é aumentar o nosso apoio, mas também trabalhar em conjunto com os nossos parceiros nas praias em causa, nos locais de lançamento destas embarcações.”

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também já afirmou que “França não vai deixar que Calais se transforme num cemitério” e prometeu “encontrar e castigar os responsáveis” por esta tragédia.

Macron também apelou a que seja feita uma reunião de emergência entre os ministros europeus que “estão preocupados com o desafio da migração”.

Na segunda-feira, o Ministério do Interior britânico disse que o número de migrantes que atravessaram o Canal da Mancha para entrarem ilegalmente no Reino Unido ao longo deste ano é três vezes superior ao registado em 2020.

Os dados do ministério referem que 886 pessoas chegaram ao Reino Unido só no passado sábado, elevando o total desde o início deste ano a mais de 25.700. O ano passado foram identificados 8469 migrantes. No início deste mês registou-se um recorde de chegadas num só dia, com 1185 migrantes.

https://zap.aeiou.pt/naufragio-canal-da-mancha-31-mortos-446782


Magdalena Andersson tornou-se a primeira mulher a governar a Suécia - Demitiu-se horas depois !


A líder dos sociais-democratas suecos, que tinha sido eleita primeira-ministra pelo Parlamento esta quarta-feira, demitiu-se horas depois da nomeação.

Magdalena Andersson, que ocupava o cargo de ministra das Finanças do Governo dirigido pelo demissionário Stefan Lofven, tinha sido eleita com os votos a favor de 117 deputados, os votos contra de 174 deputados e 57 abstenções.

Horas depois, a líder do Partido Social Democrata, que com esta nomeação se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra da Suécia, anunciou aos jornalistas que se tinha demitido.

Em causa está o facto de o seu parceiro de coligação (os Verdes) ter decidido abandonar o Governo e de a sua proposta de Orçamento ter sido rejeitada.

“Há uma prática constitucional que diz que um Governo de coligação deve renunciar quando um dos partido se demite. Não quero liderar um Governo cuja legitimidade possa ser questionada“, afirmou a primeira-ministra demissionária numa conferência de imprensa, citada pela BBC

Andersson disse ainda aos jornalistas que tem esperança de poder tornar-se novamente primeira-ministra como chefe de um Executivo composto por um único partido.

Na noite de terça-feira, esta economista, de 54 anos, tinha garantido in extremis o apoio necessário para chegar ao poder, graças a um acordo de última hora com o partido da Esquerda, prometendo aumentar as pensões mais baixas, e ao lado do partido ambientalista.

Contudo, um outro partido relevante no Parlamento sueco, o Partido do Centro, insatisfeito com as concessões feitas à esquerda, retirou o seu apoio ao orçamento.

A consequência imediata foi que o mesmo Parlamento que a elegeu pela manhã deixou o seu Orçamento em minoria à tarde e aprovou o Orçamento da oposição de direita, que fora preparado anteriormente com a extrema-direita, do partido Democrata da Suécia.

Andersson começou por dizer que aceitava a situação, mas o seu aliado na coligação minoritária, o Partido da Esquerda, considerou inaceitável governar com uma lei de Finanças com a marca da extrema-direita.

Logo após a derrota do Orçamento no Parlamento, o partido ambientalista anunciou a sua saída do Governo, forçando Andersson a demitir-se.

A ideia era que Lofven se mantivesse formalmente em funções até que fosse anunciada a formação do novo Governo na sexta-feira. Com esta demissão, as coisas podem ter de mudar e, segundo a emissora britânica, o presidente do Parlamento vai agora entrar em contacto com todos os líderes partidários.

As próximas eleições gerais na Suécia vão realizar-se no dia 11 de setembro do próximo ano.

https://zap.aeiou.pt/magdalena-andersson-demitiu-se-446772


quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Frenética escalada da militarização EUA-OTAN contra a Rússia !


O Secretário-Geral da OTAN, Stoltenberg, reuniu-se com o Presidente Draghi em 17 de novembro em Roma para abordar “os atuais desafios de segurança” decorrentes do “aumento militar da Rússia na Ucrânia e ao redor dela”. Stoltenberg agradeceu à Itália porque “contribui para a nossa presença na região do Báltico com o policiamento aéreo e as tropas”. A Força Aérea Italiana - especifica o Ministério da Defesa - posicionou no aeroporto de Ämari na Letônia caças F-35A da 32ª Asa de Amendola e caças Eurofighter Typhoon da 4ª Asa de Grosseto, 36ª Asa de Gioia del Colle, 37ª Asa de Trapani e 51ª Asa de Istrana (Treviso). Quando os aviões russos voam para o espaço aéreo internacional sobre o Báltico, geralmente indo para o enclave russo de Kaliningrado, os caças italianos recebem uma ordem de decolagem imediata do comando da OTAN em alerta e em poucos minutos eles os interceptam. O objetivo oficial desta operação é “preservar o espaço aéreo aliado”. O verdadeiro objetivo é fazer a Rússia parecer uma potência ameaçadora que se prepara para atacar a Europa.

Isso está alimentando um clima de tensão crescente: os caças F-35A e Eurofighter Typhoon posicionados a poucos minutos do território russo são caças de capacidade dupla com capacidades convencionais e nucleares. O que aconteceria se caças de combate russos semelhantes fossem implantados na fronteira com os Estados Unidos?

O "policiamento aéreo" nas fronteiras da Rússia é parte da escalada militar frenética EUA-OTAN na Europa contra um inimigo inventado, a Rússia, em um grande jogo estratégico cada vez mais perigoso. Foi iniciado em 2014 com o golpe dirigido pelos EUA / OTAN na Ucrânia, apoiado pela UE, com o objetivo de provocar uma nova guerra fria na Europa para isolar a Rússia e fortalecer a influência e presença dos EUA na Europa. A Rússia foi acusada de anexar à força a Crimeia, ignorando que foram os russos da Crimeia que decidiram em um referendo se separar da Ucrânia e se juntar à Rússia para evitar serem atacados, como os russos em Donbass, por batalhões neonazistas de Kiev. Aqueles usados ​​em 2014 como força de ataque no golpe de Estado da Praça Maidan, desencadeado por atiradores georgianos que dispararam contra manifestantes e policiais e em ações subsequentes: aldeias queimadas e espadas, ativistas queimados vivos na Câmara de Trabalho de Odessa, civis desarmados massacrados em Mariupol, bombardeado com fósforo branco em Donetsk e Lugansk.
Stoltenberg e Draghi também abordaram a questão da “crise na fronteira da Bielo-Rússia com a Polônia, Letônia e Lituânia”. A OTAN acusa a Bielo-Rússia de usar, com o apoio da Rússia, “migrantes vulneráveis ​​como ferramentas de táticas híbridas contra outros países, colocando suas vidas em risco”. Defendendo os migrantes, expressando medo por suas vidas, estão os mesmos líderes dos EUA e da OTAN, incluindo os governantes italianos, que nos últimos trinta anos lideraram a primeira guerra contra o Iraque, a guerra contra a Iugoslávia, a guerra no Afeganistão, a segunda guerra contra o Iraque, a guerra contra a Líbia, a guerra contra a Síria. Guerras que demoliram estados inteiros e destruíram sociedades inteiras, causando milhões de vítimas, forçando milhões de pessoas à emigração forçada.
No dia seguinte ao encontro com Draghi, Stoltenberg compareceu ao 70º aniversário do Colégio de Defesa da OTAN, para o qual cerca de 15.000 militares e civis de 80 países membros e parceiros da Aliança se formaram em Roma desde 1951. Depois de ser educado em todos os aspectos da “Segurança internacional”, passaram a “ocupar os mais altos cargos civis e militares”, ou seja, cargos de responsabilidade nos governos e nas forças armadas dos países membros e parceiros da OTAN. Nesta universidade de guerra, onde as estratégias mais sofisticadas são ensinadas, o setor mais importante é dedicado à Rússia. Agora vai se juntar a outro. No seu discurso de comemoração, o Secretário-Geral da OTAN sublinhou de facto: “A Rússia e a China estão a liderar uma resistência autoritária contra a ordem internacional baseada em regras”. Stoltenberg, entretanto, se esqueceu de especificar que “a ordem internacional deve ser baseada em nossas regras”.

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A DESORIENTAÇÃO DO MUNDO !


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Um conluio sino-russo tendo Ucrânia e Taiwan como pano de fundo !


A sensação de "bem-estar" do encontro virtual de terça-feira entre o presidente Joe Biden e o presidente Xi Jinping sai da cúpula EUA-Rússia em Genebra, em junho.

As conversas de Biden com o presidente russo, Vladimir Putin, aparentemente buscaram criar uma relação "estável e previsível" com a Rússia, mas hoje se fala em guerra.

Na terça-feira, Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden, disse durante um briefing sobre a cúpula que os EUA e parceiros com ideias semelhantes escreveriam as “regras para promover seus interesses e valores” e reagiriam contra a China.
Na quinta-feira, Biden revelou que está considerando um boicote diplomático às Olimpíadas de Inverno em Pequim.
Na sexta-feira, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que um Diálogo de Parceria para a Prosperidade Econômica EUA-Taiwan será realizado hoje para fortalecer a cooperação comercial e econômica, destacando que Taiwan continuará sendo um sério ponto de conflito nas relações EUA-China e que o governo Biden intensificará as forças armadas e cooperação tecnológica com Taipei.
No sábado, o chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, almirante John Aquilino, reafirmou o compromisso da América em alcançar uma região indo-pacífica livre e aberta e enfatizou aos aliados a urgência de abordar as tensões crescentes com a China e suas ações militares.
Desde então, altos funcionários da Casa Branca instaram Pequim a obedecer "às regras da estrada", ou "regras de trânsito" alternadamente.
Na sexta-feira, a China respondeu. Qin Gang, embaixador nos EUA, questionou abertamente o mandato dos EUA de afirmar que Pequim deveria obedecer às "regras de trânsito" estabelecidas pela Casa Branca e acusou os EUA de tentar erguer outro "Muro de Berlim" para conter a China. consulte Mais informação
Em comparação, a cúpula Biden-Putin em Genebra teve mais vida útil. No entanto, os EUA agora estão alertando seus aliados de que a Rússia parece estar caminhando para uma guerra na Ucrânia.
Fundamentalmente, no plano diplomático, o objetivo do governo Biden é criar "grades de proteção" para evitar que as tensões bilaterais se tornem um conflito com a China ou a Rússia. Na realidade, porém, esses "guarda-corpos" atuariam como uma restrição unilateral da parte da China e da Rússia vis-à-vis os interesses dos EUA.
É uma receita para desconfiança e antagonismo. Sourabh Gupta, membro sênior do Instituto de Estudos China-América em Washington, apropriadamente enquadrou o paradigma como “transacionalismo à la carte” que evita a cooperação genuína.
Obviamente, nem a China nem a Rússia se conformarão com uma coexistência tão confusa e administrada, uma vez que Taiwan e Ucrânia são questões existenciais. Eles vão pagar o blefe dos EUA em algum momento. As atuais tensões sobre a Ucrânia são emblemáticas disso.
Os EUA estão adotando a tática do salame, que é cada vez mais provocativa e coloca Pequim e Moscou em testes de resistência. Ele continua cutucando incansavelmente suas “linhas vermelhas” para criar novos fatos no terreno.
Um importante analista russo, o professor Glenn Diesen, escreveu na semana passada,
“As linhas vermelhas são sobre dissuasão. O objetivo de atraí-los em primeiro lugar é comunicar interesses de segurança cruciais e as graves consequências que resultariam se eles fossem minados. Em essência, os ultimatos de Moscou têm como objetivo impedir o Ocidente de cometer um erro de cálculo perigoso. ”
Ele explicou: “A dissuasão depende dos três Cs: capacidade, credibilidade e comunicação. A Rússia tem capacidade militar para agir se suas linhas vermelhas forem cruzadas, demonstrou credibilidade em termos de preparação para agir sob ameaças e sabe que os detalhes devem ser comunicados com clareza para evitar que o Ocidente cometa qualquer erro que exigiria uma ação violenta resposta. No entanto, o ponto fraco em suas linhas vermelhas é a atual falta de detalhes sobre o que aconteceria se outra nação desse um passo longe demais ”. O Prof. Diesen estava escrevendo em RT financiado pelo Kremlin logo após as declarações enérgicas do presidente Vladimir Putin em Moscou em 18 de novembro, sobre as "linhas vermelhas" na Ucrânia. consulte Mais informação O que os Estados Unidos estão fazendo em Taiwan é quase o mesmo que na Ucrânia. Tanto em Taiwan quanto na Ucrânia, os Estados Unidos colocaram “fios de disparo” na forma de desdobramento de forças especiais, ofuscando a “linha vermelha”. E, em ambos os casos, os Estados Unidos recorrem ao lento avanço das táticas do salame - “conquista por meio do corte de fatias finas. Nenhuma ação é tão ultrajante a ponto de servir de pretexto para a guerra, mas, um dia, você se vira e percebe quanto terreno perdeu ”, escreveu o Prof. Diesen. consulte Mais informação A paciência de Moscou está se esgotando. Quintessencialmente, Moscou não pode e não aceitará mais o apoio dos EUA ao abandono dos acordos de Minsk por parte de Kiev; o incentivo do Ocidente aos sentimentos revanchistas na Ucrânia; o roteiro do Ocidente para transformar a Ucrânia como um estado “anti-russo”; a intensificação do apoio militar à Ucrânia; destacamento das forças dos EUA na Ucrânia e no Mar Negro; e O envolvimento ativo da OTAN com a Ucrânia e a presença no Mar Negro. Putin esperava que Biden sentisse as preocupações da Rússia, mas não houve correção de curso e a abordagem antiga está sendo vigorosamente avançada. Do ponto de vista russo, a política dos Estados Unidos está tornando impossível para Moscou ter laços normais com Kiev e está inexoravelmente levando à criação de um Estado anti-russo bem em sua fronteira ocidental. Curiosamente, Putin também trouxe para seus comentários a centralidade da quase aliança sino-russa. Putin disse: “Alguns de nossos parceiros ocidentais estão tentando abertamente abrir uma barreira entre Moscou e Pequim. Estamos bem cientes disso. Junto com nossos amigos chineses, continuaremos respondendo a essas tentativas, expandindo nossa cooperação política, econômica e outras, e coordenando etapas na arena mundial. ” O Ministério das Relações Exteriores da China saudou os comentários de Putin. Em 19 de novembro, a China e a Rússia conduziram uma patrulha aérea estratégica conjunta no Mar do Japão e no Mar da China Oriental. Dois bombardeiros com capacidade nuclear, cada um dos lados russo e chinês, participaram da patrulha que durou mais de dez horas. Tass destacou que Putin foi informado disso. O comunicado de imprensa conjunto afirmava, inter alia, que a patrulha visava "atualizar o nível de coordenação estratégica e capacidades operacionais conjuntas dos dois lados e proteger conjuntamente a estabilidade estratégica global". consulte Mais informação Para China e Rússia, Taiwan e Ucrânia são questões existenciais. Pequim não pode permitir a metástase de Taiwan como componente de um cordon sanitaire liderado pelos EUA. Moscou também não pode se permitir uma eventualidade semelhante ao longo de suas fronteiras oeste e sul. (Na semana passada, o secretário-geral da OTAN falou abertamente sobre a implantação de armas nucleares na Europa Oriental.) Basta dizer que a Rússia não aceitará estoicamente as tendências atuais. O que acontece depois? O Kremlin alertou sobre a gravidade da situação em desenvolvimento.
Na verdade, ninguém está falando aqui sobre qualquer “conluio” sino-russo. Nem é o caso de Moscou ou Pequim, a questão é simplesmente uma questão de ir à guerra ou não. Tanto a China quanto a Rússia ainda podem adotar uma abordagem proativa para promover seus objetivos. É possível que Pequim tenha medidas para lidar com as provocações das forças de independência de Taiwan. Também para Moscou, não há opções para uma invasão da Ucrânia. Basta dizer que ambos os países têm opções em sua caixa de ferramentas que ainda não foram usadas. No entanto, é um cenário inteiramente novo se uma simultaneidade aparece na síndrome “ação-reação” no Extremo Oriente e no Leste Europeu. Existem variáveis ​​em jogo, mas um cenário de simultaneidade não pode ter um desfecho favorável geopoliticamente para os EUA no oeste do Pacífico e globalmente. Na verdade, o mundo pode ter uma aparência totalmente diferente. Se Pequim observasse passivamente enquanto a Rússia "perde" na Ucrânia, os EUA apenas se sentirão encorajados e a capacidade da China de resistir à hegemonia dos EUA ficará enfraquecida. Mais uma vez, se os EUA emergirem triunfantes no Extremo Oriente, Washington imporá à Rússia uma redefinição da estabilidade estratégica global em seus termos, não importa o que aconteça. Taiwan e Ucrânia estão realmente unidos e as apostas não poderiam ser maiores para a Rússia e a China.

Indian Punchline

Turquia em chamas !


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Biden convida Taiwan para cimeira sobre democracia, mas ignora a China - Pequim acusa EUA de cometer “erro” !


O convite dos EUA a Taiwan irritou as autoridades chineses, que dizem que os EUA não estão a cumprir a sua política da China única. Ontem, um navio norte-americano voltou a atravessar o Estreito de Taiwan pela primeira vez desde a reunião de Biden com Xi Jinping.

A ilha de Taiwan foi incluída entre os mais de 100 países convidados pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar na cimeira virtual sobre democracia, gerando protestos por parte da China.

A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Zhu Fenglian, disse que a inclusão de Taiwan é um “erro”.

Zhu reiterou que a China, que não foi convidada para a cimeira, “opõe-se veementemente” a qualquer contacto oficial dos EUA com a “região chinesa de Taiwan”.

“A nossa posição é clara e consistente. Apelamos aos EUA que cumpram o princípio de “uma China” e aos três comunicados conjuntos”, rematou.

Já um porta-voz da presidência de Taiwan agradeceu a Biden o convite e disse que Taipé é uma “força para o bem na sociedade internacional” e que o convite já estava a ser negociado com Washington desde a Agosto, para o território partilhar a sua “experiência democrática”.

“Taiwan vai cooperar firmemente com países da mesma opinião para proteger os valores universais da liberdade, democracia e direitos humanos, e para garantir a paz regional, estabilidade e desenvolvimento”, afirmou Xavier Chang.

Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça usar a força caso a ilha declare a independência. A política de “uma China” dos Estados Unidos confirma a reclamação chinesa do território, mas não a reconhece oficialmente.

Desde que assumiu a presidência, Joe Biden tem continuado a apoiar esta posição antiga dos EUA, que reconhece Pequim e não Taipé, mas reforça que os Estados Unidos também se opõem a “esforços unilaterais para mudar o status quo ou minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”.

Nos últimos meses, a tensão entre a China e Taiwan tem aumentado bastante devido aos voos que Pequim tem feito sobre a zona de defesa militar de Taiwan.

A reunificação com a ilha é também uma das bandeiras do governo de Xi Jinping. Apesar de já ter ameaçado uma intervenção militar, o líder chinês afirmou recentemente que quer uma reunificação pacífica.

As palavras de Xi Jinping de nada serviram para acalmar o Ministro da Defesa de Taiwan, que acredita mesmo que a situação actual é a mais tensa dos últimos 40 anos e que até 2025, a China pode entrar em Taiwan e anexar o território.

Os Estados Unidos têm apelado à calma, mas a administração Biden já deixou claro que se compromete a defender Taiwan caso Pequim invada a ilha.

Na semana passada, o Presidente chinês, Xi Jinping, advertiu Joe Biden que encorajar a independência da ilha é “uma tendência muito perigosa que equivale a brincar com o fogo”.

Ontem, pela primeira vez desde a reunião com o líder chinês, um navio norte-americano equipado com mísseis atravessou o Estreito de Taiwan. A Sétima Frota dos EUA afirmou que foi uma deslocação de rotina.

Esta travessia “demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto”, revela num comunicado.

Os navios de guerra dos EUA realizam periodicamente exercícios nestas águas, o que irrita a China, que, para além da ilha, reivindica as águas em redor de Taiwan.

Para além dos Estados Unidos, o Reino Unido, França, Canadá e Austrália também consideram estas águas internacionais e de livre passagem.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, condenou a travessia, apontando-a como uma “tentativa deliberada de interromper e minar a paz e a estabilidade regionais”.

“Os Estados Unidos deveriam corrigir imediatamente o seu erro”, avisou.

Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949, quando os comunistas derrotaram os nacionalistas na guerra civil chinesa e estes se retiraram para a ilha. O território adoptou um sistema democrático na década de 90.

Em 1979, Washington rompeu as relações diplomáticas oficiais com Taipé, a favor de Pequim, embora tenha continuado a manter laços não oficiais com Taiwan.

Os Estados Unidos aprovaram a chamada Lei de Relações com Taiwan, que estabelece que Washington ajudará Taiwan em matéria de defesa, embora não garanta, nem exclua, que intervirá militarmente em caso de um ataque da China, numa linha política conhecida como “ambiguidade estratégica”.

A cimeira de dezembro será a primeira de duas sobre democracia que serão realizadas por Biden e visa uma “renovação democrática”, por meio de linhas de ação como a defesa contra o autoritarismo, o combate à corrupção ou o respeito pelos Direitos Humanos.

https://zap.aeiou.pt/biden-convida-taiwain-ignora-a-china-446593


Tiffany está a vender a peça de ourivesaria mais cara de sempre !

 
A Tiffany & Co. revelou este domingo a sua peça de ourivesaria mais cara de sempre: um conjunto de 180 quilates de diamantes em platina.

“The World’s Fair Necklace” é a nova peça da Tiffany e consiste num espantoso conjunto de 180 quilates de diamantes em platina.

O foco é um “Empire Diamond” oval de 80 quilates, de cor D (grau mais elevado e praticamente incolor), que foi eticamente obtido no Botswana, cortado e polido em Israel e colocado na oficina da Tiffany, em Nova Iorque.

A empresa, que revelou a nova peça no Dubai, disse que é a mais cara alguma vez criada e que, ao contrário do famoso “Tiffany Diamond Tiffany”, de 128.54 quilates – que nunca foi posto à venda por ter um valor “inestimável” -, já está disponível para venda.

A retalhista de luxo não atribuiu um valor ao “The World’s Fair Necklace”, mas os especialistas da indústria estimam que se situe entre os 20 milhões e os 30 milhões de dólares, escreve a CNN

As joias de diamantes da Tiffany têm adornado celebridades ao longo de várias décadas, desde Audrey Hepburn até Beyoncé Knowles, que fez história por ser a primeira mulher negra a usar o icónico diamante Tiffany de 128.54 quilates para a nova campanha “Sobre o Amor” da Tiffany.

Segundo a Tiffany & Co., o design do “The World’s Fair Necklace” é inspirado num colar Tiffany feito para a Feira Mundial de 1939, realizada no Queens’ Flushing Meadow-Corona Park. O desenho apresentava uma pedra aquamarina de 200 quilates e mais de 400 diamantes.

A nova peça pode ser usada de uma forma inesperada: o “Empire Diamond” pode ser cuidadosamente retirado e ser usado num anel de platina, com a ajuda de um joalheiro Tiffany.

https://zap.aeiou.pt/tiffany-esta-a-vender-a-peca-de-ourivesaria-mais-cara-de-sempre-446430


Os polvos vão ver os seus sentimentos protegidos pela lei britânica !


Todos os crustáceos decápodes e moluscos cefalópodes, como os polvos, as lulas, as lagostas e os caranguejos, vão passar a ser reconhecidos como animais sencientes na lei britânica.

Num comunicado publicado na semana passada, o Governo britânico anunciou que, no âmbito do projeto de lei sobre bem-estar animal (senciência), todos os crustáceos decápodes e moluscos cefalópodes vão passar a ser reconhecidos como seres sencientes.

O Executivo explicou que esta mudança acontece depois das conclusões de uma revisão independente feita pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres, que concluiu que há fortes evidências científicas de que estes animais podem sentir.

Até agora, relembra o Governo, o mesmo projeto de lei já reconhecia todos os animais com espinha dorsal (vertebrados) como seres sencientes. No entanto, “ao contrário de alguns invertebrados (animais sem espinha dorsal), os crustáceos e os cefalópodes têm sistemas nervosos centrais complexos, que é uma das principais características da senciência”.

Apesar disso, esta novidade não vai afetar, para já, nenhuma da legislação em vigor ou as práticas de indústrias como a pesca e a restauração, assegurou-se no comunicado. 

“O projeto de lei em causa dá a garantia crucial de que o bem-estar animal é corretamente considerado na hora de desenvolver novas leis. É agora claro que os decápodes e os cefalópodes podem sentir dor e, portanto, é justo que sejam abrangidos por esta peça vital da legislação”, afirmou, na mesma nota, Zac Goldsmith, ministro do Bem-Estar Animal.

Segundo o site IFLScience, vários outros países têm tomado medidas similares nos últimos anos. Por exemplo, a prática de ferver lagostas vivas sem as atordoar primeiro já é ilegal na Suíça, Noruega, Áustria e Nova Zelândia.

https://zap.aeiou.pt/polvos-sentimentos-protegidos-lei-britanica-446572


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