sábado, 12 de fevereiro de 2022

Empresas pagam para candidatos aparecerem na entrevista de emprego !


A Grande Demissão continua a originar consequências. Há empresas de tecnologia a caminho do desespero, porque não conseguem contratar.

A «Grande Depressão» foi substituída, quase um século depois, pela «Grande Demissão». Em 2021, esta foi uma das expressões mais utilizadas no mundo do trabalho nos Estados Unidos da América, que serve para retratar os milhões de norte-americanos que deixaram o respectivo emprego por iniciativa própria.

Cansaço, ou mesmo esgotamento, intenção de mudança de carreira, mais teletrabalho, desejo de maior liberdade… Os motivos são vários.

E os números não pararam de subir: nos últimos oito meses, a média mensal de demissões por vontade do trabalhador foi sempre superior aos registos que havia antes do aparecimento do coronavírus.

No final do ano passado, só em Novembro, 4.5 milhões de residentes nos EUA deixaram os seus empregos porque quiseram. E cerca de um milhão desse total trabalhava em restauração ou hotelaria.

Mas não é só em restaurantes ou hotéis que a situação está complicada, para os responsáveis por empresas. No mundo tecnológico o cenário não é melhor, para quem emprega.

A revista Wired centrou-se em exemplos de empresas ligadas à tecnologia, que estão mesmo a ficar “desesperadas”. E o desespero não atinge somente empresas americanas.

Por exemplo, no Reino Unido as demissões por parte de trabalhadores nunca foram tantas, desde 2009.

Na empresa britânica Showhere há espaço para 16 novos trabalhadores. Entre programadores, gestores de projecto e designers… Não há interessados. Pelo menos, não há interessados com as competências que a fundadora Joy Nazzari quer.

“Nunca foi tão difícil, nem tão caro, contratar pessoas. Além disso, precisamos de manter, de defender quem já está cá, porque elas estão a ser procuradas no LinkedIn e ouvem relatos de amigos atraídos por salários maiores”, comentou Joy.

No sector das tecnologias, cerca de 76% dos patrões estão com dificuldades em completar a sua equipa de trabalho. Por isso, oferecem salários mais elevados e melhores condições: na licença parental, nos valores pagos para licenças, e até na permissão para o trabalhador se ausentar para tratar de adopção de animais.

A directora da Kolabtree, Ashmita Das, já nem olha para a morada dos candidatos: “No ano passado, deixámos de considerar a localização das pessoas, no processo de recrutamento. Contratamos quando e onde podemos”. O teletrabalho tem sido cada vez mais uma opção; e tem tendência a subir ainda mais, neste ano.

E mais: há empresas que oferecem dinheiro aos candidatos se estes aparecerem na entrevista de emprego. O exemplo citado é alemão; a DFV Deutsche Familienversicherung paga 500 euros a cada um dos candidatos escolhidos para a lista final do processo – se eles aparecerem na entrevista.

Por falar em dinheiro, nos EUA o salário médio para trabalhadores ligados à tecnologia subiu 7%, nos últimos dois anos; agora está em quase 7 mil euros por mês.

https://zap.aeiou.pt/empresas-pagam-para-candidatos-aparecerem-na-entrevista-de-emprego-462380


“The Poison Squad”: Os 12 voluntários que comiam veneno deliberadamente !


Em 1902, o The Poison Squad (“Esquadrão do Veneno”, em português), composto por 12 homens, sujeitava-se a ingerir alimentos envenenados para que os investigadores pudessem estudar os efeitos dos conservantes. Tudo em troca de refeições gratuitas.

Segundo o IFL Science, a ideia foi idealizada e apresentada pelo químico Harvey W. Wiley, responsável pelo Departamento de Agricultura em Washington D.C., Estados Unidos.

Wiley queria demonstrar aos funcionários governamentais que o Estado deveria ter uma política nacional sobre conservantes em alimentos e bebidas. O objetivo era descobrir “se os conservantes poderiam ou não ser utilizados e, em caso afirmativo, quais e em que quantidades”.

Numa primeira fase, os voluntários do “Esquadrão do Veneno” receberam ácido salicílico, ácido sulfúrico, benzoato de sódio, formaldeído e bórax (uma substância usada em detergentes, sabonetes desinfetantes e inseticidas).

Antes de ingerirem os químicos, os 12 homens mediram a sua tensão arterial e ritmo cardíaco, para logo depois darem início à refeição sem saberem que alimentos continham o veneno e que substância tóxica estariam a comer.

Ambas as partes – investigadores e voluntários – conheciam os riscos que estavam a correr. As experiências só pararam quando os químicos deixaram os voluntários tão doentes ao ponto de serem incapazes de dar continuidade ao estudo, com vómitos, diarreia e fortes dores de estômago.

As doses aumentaram ao longo do tempo, de meio grama até 4 gramas até à conclusão da experiência, que durou cinco anos. Os resultados mostraram que o sulfato de cobre poderia causar danos às células sanguíneas, ao fígado, aos rins e até mesmo a morte.

No final da experiência, foram promulgadas a Lei de Inspeção da Carne e a Lei dos Alimentos Puros e Medicamentos, que regulamentavam os conservantes considerados seguros para o consumo humano.

No fundo, é graças a estes 12 homens que sabemos agora quais os conservantes que são tóxicos para nós.

https://zap.aeiou.pt/the-poison-squad-comiam-veneno-462322

 

Taxistas mexicanos conduzem um dos carros mais perigosos de sempre !


O Nissan Tsuru é o carro de eleição de muitos taxistas mexicanos. No entanto, é também um dos carros menos seguros de sempre.

Em Xalapa, a capital do estado de Veracruz, no México, os taxistas usam maioritariamente o mesmo veículo: um Nissan Tsuru, conhecido no resto do mundo como Nissan Sentra.

Além de ser produzido no Japão, o carro era também fabricado no México, uma das razões pelas quais se tornou tão popular. O Tsuru foi o carro mais popular no México de 1997 até 2011, quando foi superado pelo Volkswagen Jetta, também de fabrico mexicano.

O preço acessível, economia de combustível relativamente boa, fácil manutenção e facilidade de encontrar peças de reposição fizeram do Nissan Tsuru um modelo popular entre os taxistas locais e famílias de baixo rendimento no México.

Os taxistas são vitais para os moradores da cidade com cerca de 750 mil habitantes. Mas os desafios do trabalho podem ser tão assustadores quanto navegar pelas ruas complicadas desta cidade montanhosa.

Para a maioria dos taxistas, folgar não é uma opção, e alguns estão na estrada até 16 horas por dia, sete dias por semana.

Além dos riscos ocupacionais de roubos e sequestros, os taxistas de Xalapa enfrentam outro desafio, escreve o Atlas Obscura: o próprio carro.

O Tsuru foi introduzido no México em 1984 e mantém-se praticamente inalterado desde 1991. Não tem airbags, ABS ou controlo de estabilidade. Tudo vale numa tentativa de manter os custos baixos.

“O Tsuru é barato? Sim. Confiável? Sim. Seguro? Definitivamente não”, diz o taxista Oscar Ortega ao Atlas Obscura.

Devido a legislação de segurança automóvel mais rigorosa que entrou em vigor no México a partir de 2019, a produção do Tsuru foi descontinuada em maio de 2017.

Imagens de crash test disponíveis no YouTube mostram o impacto de um Nissan Tsuru com um Nissan Versa. O resultado é assustador, com o Tsuru a ficar completamente destruído do lado do condutor.

O Latin New Car Assessment Program (LNCAP), o grupo de defesa do consumidor que levou a cabo o teste, concedeu ao Tsuru uma classificação de segurança de zero estrelas.

Os dados mostram que mais de 4.100 pessoas morreram em acidentes de Tsuru no México entre 2012 e 2017.

Recentemente, o estado de Veracruz decretou que nenhum táxi poderá ter mais de dez anos. Assim, o Nissan Tsuru, construído pela última vez em 2017, será tecnicamente ilegal para uso como táxi a partir de 2027.

https://zap.aeiou.pt/taxistas-mexicanos-carro-perigoso-462317




“Polícia gaspacho” - Congressista norte-americana confundiu a polícia nazi com a sopa de tomate !


A congressista norte-americana Marjorie Taylor Greene cometeu uma gafe que a Internet não perdoou. Na terça-feira, acusou a democrata Nancy Pelosi de instaurar uma “polícia gaspacho”.

Marjorie Taylor Greene, congressista e representante do estado da Geórgia, confundiu a Gestapo, a polícia secreta da Alemanha na época nazi, com “gaspacho”, uma comida tipicamente espanhola.

Foi na terça-feira à noite, em entrevista ao One America News, um canal televisivo pró-Trump, que Taylor Greene comparou a prisão de Washington D.C., que abriga alguns dos manifestantes que atacaram o Capitólio, a um “gulag”, os centros de detenção da União Soviética.

Na sequência do discurso, comparou a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, com a Gestapo – mas disse “gaspacho”.

“Não só temos a prisão de D.C., que é o gulag de D.C., mas temos também a polícia de ‘gaspacho’ de Nancy Pelosi a espiar os membros do Congresso, a espiar o trabalho legislativo que fazemos, a espiar a nossa equipa e a espiar os cidadãos americanos que querem conversar com os seus representantes”, atirou.

Segundo o The Guardian, a gafe provocou uma onda de humor nas redes sociais.

“Cara congressista Marjorie Taylor Greene, a polícia do ‘gaspacho’ foi criada por mim em 1993 para que ninguém colocasse tabasco ou pimenta ou coisas estranhas na minha amada sopa!”, escreveu o famoso chef José Andrés, no Twitter.

Após a gafe, Marjorie Taylor Greene brincou com a situação, escrevendo na mesma rede social a seguinte publicação: “Não há sopa para quem espiar ilegalmente membros do Congresso, mas vão ser atirados ao goulash“, numa alusão à sopa húngara muito comum na Europa Central.

Esta não é a primeira vez que Taylor Greene compara o Partido Democrata e a Administração Biden à Alemanha Nazi.

Anteriormente, a congressista já tinha descrito os promotores da campanha de informação sobre a vacinação contra a covid-19, feita porta-a-porta, como “camisas castanhas”, cor do uniforme nazi.

Também sugeriu que os norte-americanos os recebessem com armas de fogo e comparou os certificados de vacinação com os símbolos identificativos que os judeus eram obrigados a usar durante o III Reich.

https://zap.aeiou.pt/policia-gaspacho-congressista-americana-462303


Wordle salva vida de idosa de 80 anos que tinha sido sequestrada em casa !


Uma idosa foi sequestrada em casa e não pode enviar o puzzle diário à filha, que ficou preocupada e alertou um vizinho.

O Wordle tornou-se um fenómeno online por ser simples e divertido, mas algo que não se esperava era que este jogo fosse salvar vidas. O puzzle de palavras tornou-se um fenómeno entre várias faixas etárias e foi recentemente comprado pelo New York Times.

Denyse Holt, uma professora de 80 anos reformada que vive em Chicago, no estado norte-americano do Illinois, foi acordada a meio da noite por um homem que invadiu a sua casa e tinha uma faca.

O invasor era um doente mental e estava completamente nu, tendo ameaçado a senhora se ela pedisse ajuda. A idosa ficou presa em casa com o invasor durante 20 horas.

O homem pediu depois à idosa que o ajudasse a tomar um banho quente antes de a trancar na cave de casa. Denyse tinha um ritual de enviar a sua resolução do puzzle diário do Wordle à filha mais velha, mas nesse dia não o fez.

“Não enviei à minha filha mais velha o Wordle de manhã. E isso preocupou-a”, revelou Denyse à CBS local de Chicago.

A filha vive a milhares de quilómetros de distância e ficou preocupada quando a mãe não atendeu as chamadas por telemóvel e por telefone fixo, pensando que a mãe podia ter tido algum problema de saúde ou caído em casa.

Acabou depois por contactar um vizinho, que chamou a polícia e libertou Denyse da cave ainda antes da chegada das autoridades, após ter ouvido os seus pedidos de socorro.

A reformada revela ainda ao Washington Post que fez alguns exercícios enquanto estava presa na cave para tentar manter a calma, já que não tinha comida ou medicamentos. “Não quero morrer assim e não quero que as minhas filhas saibam que a mãe delas foi assassinada”, afirma.

Sinto-me sortuda por estar viva. Nunca pensei que sairia dali viva”, confessa.

O invasor em questão acabou por ser detido pela polícia e está agora acusado de vários crimes graves. As autoridades acreditam que o homem teve uma crise de saúde mental.

https://zap.aeiou.pt/wordle-salva-idosa-80-anos-sequestrada-462369

 

Macron recusou teste russo à covid-19 no Kremlin porque temia roubo do ADN !


Emmanuel Macron e Vladimir Putin, sentaram-se nas pontas de uma longa mesa durante a reunião desta semana, no Kremlin. O Presidente francês recusou fazer um teste à covid-19 fornecido pelas autoridades russas, com receios de que tivessem acesso ao seu ADN.

Duas fontes da delegação presidencial de Emmanuel Macron, citadas pela Reuters, referiram que o Presidente francês recusou o pedido do Kremlin para fazer um teste à covid-19 ao chegar a Moscovo para impedir a Rússia de ter acesso ao seu ADN.

A distância mantida durante a reunião com o Presidente russo é, então, explicada por esta recusa. Quando a imagem foi divulgada, alguns diplomatas e analistas chegaram a sugerir que Vladimir Putin estaria a tentar enviar uma mensagem diplomática – mas não foi o caso.

As duas fontes citadas pela agência noticiosa, que têm conhecimento próximo acerca do protocolo de saúde do Presidente francês, disseram que Macron foi confrontado com uma escolha: ou aceitava ser submetido a um teste PCR feito pelas autoridades russas ou recusava e teria de aceitar as regras de distanciamento físico.

Macron optou pela segunda hipótese por temer o roubo do seu ADN.  

“Sabíamos perfeitamente que isso iria significar não haver aperto de mão e também aquela mesa enorme, mas não podíamos aceitar que eles pudessem ficar com o ADN do Presidente”, justificou uma das fontes.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou a versão da delegação presidencial francesa. A decisão de Emmanuel Macron é “compreensível” e o distanciamento físico entre os dois líderes não afetou o conteúdo das discussões..

“Não há política nisto, não interfere de forma alguma nas negociações”, acrescentou.

O Presidente francês reuniu-se, na segunda-feira, com o seu homólogo russo em Moscovo. “O nosso papel é preventivo, temos de baixar a tensão através do diálogo e evitar um conflito armado”, disse Macron, sobre a visita.

“Tenho vindo a ler ou ouvir de altos responsáveis, há várias semanas, que há operações iminentes. A intensidade do diálogo que temos com a Rússia, incluindo esta visita a Moscovo, pode contribuir para impedir que isso aconteça“, declarou.

De acordo com os dados das agências de inteligência norte-americanas, a Rússia está perto de terminar a preparação de uma invasão em grande escala da Ucrânia, tendo já 70% do poderio bélico pronto.

Os Estados Unidos acreditam ainda que um eventual conflito armado deixaria 50 mil civis mortos ou feridos e que o Governo de Kiev pode ser derrubado em apenas dois dias, mas não adiantam mais detalhes sobre como chegaram a estes valores.

https://zap.aeiou.pt/macron-recusou-teste-russo-a-covid-19-no-kremlin-temia-roubo-do-adn-462347


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Biden considera que conflito com a Rússia seria uma “guerra mundial” e pede aos americanos que saiam da Ucrânia !


O chefe de Estado dos EUA avisou que as tropas norte-americanas não têm forma de ajudar os cidadãos que estejam na Ucrânia a sair do país em caso de um avanço russo.

O Presidente dos Estados Unidos deixou um aviso aos norte-americanos que ainda estão na Ucrânia, apelando a que deixem o país devido à subida de tensão com a Rússia.

“Os cidadãos norte-americanos devem sair agora. Não estamos a lidar com uma organização terrorista. Estamos a lidar com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação muito diferente e as coisas podem ficar doidas rapidamente”, pediu Joe Biden numa entrevista à NBC News.

Biden recusa ainda enviar soldados para a Ucrânia para ajudar os cidadãos a sair do país, considerando que isso não é possível. “É uma guerra mundial quando os americanos e a Rússia começam a atirar uns sobre os outros. Estamos num mundo muito diferente daquele em que alguma vez vivemos”, declarou

O apelo do Presidente surgiu no mesmo dia em que o Departamento de Estado avisou que “não poderá evacuar cidadãos norte-americanos no caso do avanço militar russa em qualquer ponto da Ucrânia” visto que os serviços consulares seriam “fortemente afectados”.

Recorde-se que na quarta-feira a Casa Branca aprovou o plano do Pentágono que define que os militares enviados para a Polónia devem construir abrigos temporários junto à fronteira para acolherem cidadãos norte-americanos que fujam da Ucrânia caso a ameaça de invasão russa se concretize.

No entanto, os 1700 militares da 82ª Divisão Aerotransportada não estão autorizados a entrar na Ucrânia para participarem no conflito ou para ajudarem a retirar cidadãos americanos do país.

A inteligência norte-americana fez saber recentemente que acredita que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia e que o o exército poderá chegar a Kiev em apenas dois dias. As forças ocidentais também já acusaram Putin de estar a fabricar um filme de propaganda com imagens que seriam usadas para justificar um ataque, mas Moscovo nega todas as acusações.

Biden acredita que mesmo que Putin seja “tolo o suficiente para avançar, é inteligente o suficiente para não fazer nada que prejudicasse os cidadãos americanos” e refere que o Presidente russo já sabe que essa é uma linha que ele não pode quebrar.

Na base do conflito está a mobilização de milhares de tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia nos últimos meses. Kiev e os seus aliados no Ocidente acusam Putin de estar a planear uma invasão em grande escala, depois dos dois países já terem entrado numa rota de colisão depois da Rússia ter anexado a Crimeia em 2014, e ameaçam impor sanções sem precedentes.

O lado russo nega qualquer intenção bélica e diz que está apenas a defender os seus interesses. Perante a proximidade de Kiev ao Ocidente, a Rússia exige ter garantias de que os ex-estados soviéticos da Ucrânia e da Geórgia nunca farão parte da NATO em troca do alívio das tensões.

https://zap.aeiou.pt/biden-conflito-russia-guerra-mundial-462177

 

Secretário de Estado dos EUA avisa: “Invasão à Ucrânia pode começar a qualquer momento” !

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
A escalada russa está a deixar sinais muito preocupantes, diz Antony Blinken. Há mais tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia.

Os responsáveis dos Estados Unidos da América não escondem a preocupação e reforçam alertas, em relação à possível invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Pouco depois do presidente Joe Biden, foi a vez de Antony Blinken.

O secretário de Estado resumiu: “Continuamos a ver sinais muito preocupantes da escalada russa, incluindo novas forças militares que chegam à zona da fronteira com a Ucrânia”.

Por isso, e após diversas movimentações, Blinken acha que a guerra pode começar já: “Estamos numa fase em que uma invasão pode começar a qualquer momento. E, para ser claro, esse momento pode acontecer ainda durante os Jogos Olímpicos”.

Tem sido repetida a ideia de que Vladimir Putin, presidente da Rússia, não quer atacar já a Ucrânia para não criar uma divergência com o “amigo” Xi Jinping, presidente da China – os Jogos decorrem em Pequim.

Os Jogos Olímpicos de Inverno, Pequim 2022, terminarão no dia 20 de Fevereiro.

Horas antes foi divulgada uma entrevista ao presidente dos EUA, Joe Biden, que falou em “guerra mundial” e apelou a todos os seus compatriotas para deixarem já a Ucrânia.

“Os cidadãos norte-americanos devem sair agora. Não estamos a lidar com uma organização terrorista. Estamos a lidar com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação muito diferente e as coisas podem ficar fora do controlo rapidamente”, disse Joe Biden.

Blinken, que está na Austrália para uma reunião da aliança de defesa do diálogo e segurança, composta pela Índia, Austrália, Japão e EUA, não deixou mais detalhes sobre o que originou o aviso do Departamento de Estado, que pede precisamente aos norte-americanos para abandonarem o território ucraniano.

Nesta semana as forças russas movimentaram navios de guerra para o Mar Negro, aviões-caça para Kaliningrado e iniciaram exercícios militares que juntam militares da Rússia e da Bielorrússia.

Perto da fronteira, na zona Leste da Ucrânia, continuarão mais de 100 mil soldados russos.

https://zap.aeiou.pt/secretario-de-estado-dos-eua-avisa-invasao-a-ucrania-pode-comecar-a-qualquer-momento-462324

 

Comissária da Polícia Metropolitana de Londres demite-se após escândalos de racismo e misoginia !


A demissão surge na sequência da promoção de agentes que foram apanhados a fazer comentários degradantes e das acusações de que há uma cultura discriminatória dentro da força policial.

A chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Cressida Dick, demitiu-se ontem após a força policial ter sido abalada por uma série de escândalos de assédio sexual e discriminação entre os agentes.

A demissão surgiu meras horas depois de Dick ter negado que ia sair da liderança da força policial e ter revelado que tinha um plano para reformar a Met.

No entanto, quando os funcionários da autarquia de Londres lhe disseram que o seu plano não era apropriado, a comissária decidiu boicotar uma reunião que tinha marcada com os responsáveis políticos e demitir-se, nota o The Guardian.

O Presidente da Câmara Municipal da capital britânica, Sadiq Khan, tinha ameaçado recentemente demitir Dick do cargo, alegando que ela não estava a fazer o suficiente para reformar a Polícia Metropolitana, a maior força policial da Grã-Bretanha, perante as crescentes acusações.

Khan disse hoje ser claro que a única solução era ter uma “nova liderança no topo da Polícia Metropolitana”. A última gota foi um escândalo na esquadra de Charing Cross em que os agentes foram apanhados a trocar mensagens racistas, sexistas e islamofóbicas.

A revelação partiu de um relatório na semana passada do Independent Office for Police Conduct, o órgão que vigia a conduta da polícia, que considera que este tipo de comportamentos está enraizado na cultura da polícia. Apesar disto, dois dos agentes foram promovidos e nove restantes continuaram a servir na polícia.

A Met anunciou também há cerca de três semanas que está a investigar criminalmente as festas em Downing Street, que podem levar a que Boris Johnson e outros funcionários sejam multados por não cumprirem as regras da pandemia.

Num comunicado, Cressida Dick, que chefia a força há quatro anos e é a primeira mulher a liderar a Scotland Yard, explicou que foi com “enorme tristeza” que percebeu que Khan “não tem mais confiança suficiente” na sua liderança que lhe permita continuar.

“Ele não me deixou outra escolha senão deixar o cargo de comissária do Serviço de Polícia Metropolitana”, acrescentou. Dick acrescentou que permanecerá em funções por um curto período, para garantir a estabilidade da força enquanto é encontrado um substituto.

Khan disse que não estava “satisfeito” com a resposta de Dick aos pedidos de mudança após os escândalos, mas agradeceu os 40 anos que dedicou ao serviço policial.

“Na semana passada, deixei claro à comissária da Polícia Metropolitana a dimensão da mudança que acredito ser urgentemente necessária para reconstruir a confiança dos londrinos na ‘Met’ e erradicar o racismo, sexismo, homofobia, intimidação, discriminação e misoginia que ainda existe”, disse Khan.

Recorde-se que a Met já estava sob fogo depois da violação e homicídio de Sarah Everard, uma mulher que foi raptada e morta por um agente da Met em Março do ano passado.

O caso suscitou uma onda de protestos e críticas contra a força policial que subiram de tom quando a liderança da Met respondeu que as mulheres que tenham medo perante a aproximação de um agente devem dar sinal a um autocarro.

Cressida Dick também já tinha sido pessoalmente criticada pela obstrução a um inquérito à corrupção dentro da polícia. O painel que investigava um homicídio de 1987 descreveu Dick e a Met como “institucionalmente corruptos”.

A decisão de Khan de retirar a confiança a Dick publicamente foi também alvo de críticas. Ken Marsh, líder da Federação Met, que representa os agentes, referiu que a demissão deixa um “vácuo na liderança da polícia de Londres e do Reino Unido numa altura crítica” e considera que a comissária devia ter tido a oportunidade de “reconstruir a confiança no serviço da Polícia Metropolitana”.

Já Ruth Davison, da organização de caridade Refuge, aplaudiu o afastamento de Dick. “Cressida Dick presidiu a uma instituição que viu os agentes policiais com comportamentos misóginos e a cometer actos horríveis de violência contra as mulheres repetidamente”, sublinhou.

“Mas uma demissão no topo não significa que a polícia resolveu o seu problema de misoginia. O serviço policial neste país precisa de uma reforma nas raízes”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/comissaria-policia-racismo-misoginia-462198

 

A pandemia criou a igreja… Do vinho !

Sem celebrações nas igrejas, a alternativa surgiu aos sábados, em conversas de vídeo. E o criador nem gostava de vinho.

Steve Inrig tem grande fé nos dons do Espírito. Especialmente nos dons que estão dentro de uma garrafa de bom vinho.

O início do artigo publicado no Religion News Service já deixa o mote: vem aí algo invulgar.

Steve é pastor, muito ligado à igreja, e professor universitário em Los Angeles. Mas é também enólogo, nunca a nível profissional. Foi essa vertente, de enólogo, que o levou a criar um grupo online que reuniu amigos, sorrisos e conversas sobre vinho. E com orações pelo meio.

É que, no início, a intenção do professor era – como em milhões de casos – manter o contacto com amigos (a pandemia tinha fechado o mundo, pouco antes). O pretexto? A devoção pelo vinho e pela vinificação. O novo grupo chegou a reunir, no máximo, 20 pessoas.  

Mas, com o passar do tempo, aquelas conversas de vídeo, sempre ao sábado, deixaram de ser apenas diálogos divertidos sobre vinho. Passaram a ser momentos profundos.

Criou-se ali uma comunidade espiritual.

Como é que essa mudança começou? Por causa de um casal que contou aos outros elementos que, por causa da COVID-19 (celebrações canceladas), tinha deixado de frequentar a igreja da sua comunidade.

Jim e Wendy McKinney são os nomes do casal que mudou este grupo. A comunidade religiosa onde estavam inseridos não desapareceu: foram organizados encontros e outras iniciativas online – mas não era a mesma coisa. A amizade, a interacção social, foram desaparecendo; e, com elas, também a motivação foi desaparecendo.

Jim e Wendy contaram aos outros membros da comunidade – a do vinho – que tinham encontrado naquele grupo sobre vinhos o seu “refúgio”, o seu momento de fé, espiritual.

“A verdade é que este clube do vinho passou a ser uma oportunidade de poder conversar com alguns cristãos que pensam como eu“, contou um surpreendido Jim McKinney, que gostou muito da cumplicidade que se criou. E nem conhecia a maioria das pessoas.

Apesar da distância física, o momento de partilha de vinho e de comida, cada um em sua casa, tornou este grupo especial e originou uma sensação, uma consciência de espiritualidade. O vinho cria um apelo à oração.

Aí, por causa do casal, começaram a rezar. Todos. Mesmo à distância.

No início brincaram sobre essa mudança inesperada. Mas nas semanas seguintes verificaram que havia ali algo sério. Estavam mesmo a orar, a rezar uns pelos outros. E por todos. Era o momento alto da semana para alguns membros.

Com todo este contexto, uma das pessoas do grupo, Shannon Austin, começou a dizer que este grupo é uma “igreja do vinho”.

“É uma igreja sem regras. Eu sempre amei Jesus profundamente. Mas também sempre odiei regras”, partilhou Shannon.

E o criador Steve Inrig nem gostava muito de vinho, antes de conhecer a sua esposa. Mas agora deverá repetir imensas vezes uma frase.

https://zap.aeiou.pt/a-pandemia-criou-a-igreja-do-vinho-462154


Valiosa pintura soviética vandalizada com desenhos de olhos - O segurança estava aborrecido !

Pintura “Three Figures”, de Anna Leporskaya, depois de vandalizada

Um segurança de uma galeria de arte na Rússia foi acusado de rabiscar uma pintura da era soviética que era responsável por supervisionar.

Uma valiosa pintura avant-garde foi vandalizada por um segurança do Yeltsin Center, na cidade russa de Ecaterimburgo.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o segurança “estava aborrecido” no seu primeiro dia de trabalho.

Durante uma visita ao Yeltsin Center, em dezembro, duas pessoas alertaram os responsáveis da galeria de arte para um estranho pormenor na obra “Three Figures“, de Anna Leporskaya.

Em duas das três figuras abstratas e sem características faciais retratadas na pintura estavam desenhados dois olhos.

O caso levou à demissão do segurança da galeria, funcionário recém-contratado de uma empresa de segurança privada.

Segundo disse à The Art Newspaper a curadora da exposição, Anna Reshetkina, o homem terá desenhado os olhos na pintura com uma caneta esferográfica do próprio Yeltsin Center, fazendo penetrar uma camada da tinta na obra.

Os danos foram relatados pela primeira vez às autoridades a 20 de dezembro, mas o ministério da Administração Interna recusou-se, inicialmente, a abrir uma investigação criminal, considerando os danos “insignificantes”.

No entanto, mais tarde, o ministério da Cultura fez chegar ao gabinete do procurador-geral uma reclamação sobre a decisão e, na semana passada, a Polícia abriu uma investigação formal.

Embora houvesse câmaras de videovigilância nos corredores, o museu não forneceu informações sobre o rosto ou identidade do autor do ato de vandalismo. Se for considerado culpado, o segurança suspeito do crime pode ser multado e condenado até três meses de prisão.

A pintura foi devolvida à Galeria Estatal Tretyakov, em Moscovo, que havia emprestado a pintura à galeria Yeltsin, para restauro. O valor dos trabalhos está estimado em 250 mil rublos — cerca de 2.900 euros.

Desde o incidente, as restantes obras da exposição do Yeltsin Center estão protegidas com telas especiais instaladas para o efeito.

https://zap.aeiou.pt/seguranca-de-galeria-de-arte-russa-acusado-de-desenhar-olhos-em-pintura-462015


Nova Iorque despede esta sexta-feira 3000 funcionários não vacinados !


Nova Iorque planeia despedir esta sexta-feira cerca de 3000 funcionários municipais que se recusaram a vacinar contra a Covid-19, apesar da norma de vacinação obrigatória instituída pela Câmara aos seus trabalhadores, revelou na quinta-feira o The New York Times.

Esta será a primeira onda de despedimentos devido à não vacinação e os afetados serão funcionários públicos que estavam de licença e que não apresentaram o comprovativo de vacinação contra a Covid-19.

Este número representa menos de um por cento do total de funcionários municipais, já que a administração local dá emprego a cerca de 370.000 pessoas, das quais 95% já receberam pelo menos uma dose da vacina, revelam dados divulgados pelo The New York Times.

A autarquia da ‘Big Apple’ determinou que os seus funcionários recebam pela menos uma dose da vacina para manterem os seus empregos, sendo que todos os novos contratados devem ter pelo menos duas doses.

Além das primeiras demissões, sexta-feira é também o prazo limite para mil novos funcionários comprovarem que já receberam duas doses da vacina.

Cerca de 13 mil empregados municipais solicitaram algum tipo de isenção, seja por motivos de saúde, seja religiosos.

Vários sindicatos, que representam policias, bombeiros, professores ou outros grupos profissionais, processaram a autarquia esta semana para invalidar os despedimentos, embora estas tentativas ainda não tenham sido bem-sucedidas nos tribunais de Nova Iorque.

Na segunda-feira, várias centenas de pessoas marcharam pelas ruas da cidade em protesto contra estas exigências e para pedirem o fim das restrições contra a covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 5,77 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

https://zap.aeiou.pt/nova-iorque-funcionarios-nao-vacinados-462190

 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Batido recorde de fusão nuclear com reação - 10 vezes mais quente que o Sol. Energia limpa e ilimitada à vista?

Interior de um reator nuclear tokamak
O reator do JET – Joint European Torus, no Reino Unido, acaba de bater o recorde de produção de energia através da fusão nuclear. Pode ser uma alternativa para substituir as atuais centrais nucleares.

Bastaram 0,1 miligramas de trítio, 0,07 miligramas de deutério e apenas cinco segundos de experiência para o consórcio de cientistas EUROfusion fixar um novo recorde de produção de energia, através de processos de fusão nuclear.

O sucesso da experiência abre portas ao que pode ser no futuro uma fonte de energia segura, limpa e ilimitada — um sonho antigo que parece estar mais próximo de se tornar realidade, diz a revista Science Focus da BBC.

A proeza foi alcançada no reator nuclear Joint European Torus (JET), que se encontra em Oxford, no Reino Unido, através do choque de núcleos de trítio e deutério que permitiram produzir 59 megajoules de energia.

Além de corresponder à potência energética consumida por 11 mil casas, representa mais do dobro do anterior recorde mundial de 21,7 megajoules, que, recorda o Inverse, foi fixado em 1997.  

O projeto juntou mais de 4.800 investigadores que fazem parte do consórcio EUROfusion. Entre as instituições participantes figura o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN).

“Esta experiência permitiu demonstrar que se sabe como produzir quantidade significativa de energia através da fusão nuclear. É algo que também pode servir de preparação para o desenvolvimento de outros dispositivos de fusão nuclear“, explica Bruno Soares Gonçalves, Presidente do IPFN, citado pelo Expresso.

O JET já não é propriamente novo, mas garantiu um lugar na história ao elevar a fasquia no que toca à produção de fusão nuclear, que é apontada como um dos potenciais caminhos a explorar para a produção de energia limpa, ainda que nem sempre consiga gerar consenso.

Os cientistas têm sonhado com uma fonte de energia limpa e inesgotável através da fusão nuclear, ao longo de mais de 60 anos.

Como é que se consegue dobrar um recorde com um equipamento já antigo? “Foram melhorados todos os sistemas de aquecimento e todos os dispositivos de controlo e agora há mais conhecimento sobre plasmas“, explica Bruno Soares Gonçalves. 

Fusão nuclear à escala industrial

Como noutras centrais que produzem energia, os reatores de fusão nuclear geram energia térmica, que costuma ser usada para o aquecimento de água que, por sua vez, se transforma em vapor e põe assim diferentes turbinas a produzir eletricidade.

É todo este processo que Bruno Gonçalves espera poder vir a ser escalado para o reator ITER (sigla em inglês de Reator Internacional Termocuclear Experimental), que está a ser desenvolvido em França.

A expectativa é que a primeira “descarga” efetuada nesse reator ocorra na viragem de 2025 para 2026, apesar dos contratempos gerados pela pandemia.

O ITER prevê produzir 10 vezes mais energia que aquela que é necessária para desencadear cada fusão nuclear, mas ainda não está equipado com os módulos que permitem converter energia térmica em eletricidade.

“O ITER vai permitir testar todas as tecnologias e métodos que poderão vir a ser usados para levar a fusão nuclear para a escala industrial“, explica Bruno Soares Gonçalves, recordando que tanto no Reino Unido como na União Europeia já estão a ser estudados reatores de fusão nuclear com propósitos de demonstração comercial. 

Como funciona um reator nuclear

A chave para um reator nuclear bem sucedido de qualquer tipo é gerar, limitar e controlar uma bolha de material super-aquecido, chamado plasma – um gás que tenha atingido temperaturas de mais de 100 milhões de graus Celsius.

A estas temperaturas incandescentes, os eletrões são arrancados dos seus átomos, formando o que são chamados de iões.

Sob estas condições extremas, as forças repulsivas, que normalmente fazem com que os iões saltem uns contra os outros como carrinhos de choque, são superadas.

Consequentemente, quando os iões colidem, eles fundem-se, gerando energia, e temos o que é chamado de fusão nuclear.

Este é o processo que tem alimentado o nosso Sol ao longo de cerca de 4,5 mil milhões de anos e continuará a fazê-lo por mais cerca de quatro mil milhões de anos.

Enquanto os engenheiros tentam aquecer o gás no reator à temperatura certa, são utilizadas bobinas magnéticas super-refrigeradas para gerar campos magnéticos intensos que contêm e controlam o plasma. 

Esquema tradicional em forma de donut de um tokamak, dispositivo que usa poderosos ímanes para confinar plasma num circuito toroidal
 
A diferença entre tokamaks e stellarators

Durante anos, os tokamaks foram consideradas as máquinas mais promissoras para o aproveitamento da energia do sol, porque a configuração das suas bobinas magnéticas contém um plasma que é melhor do que a dos stellarators que existem atualmente.

Mas há um problema: os tokamaks só podem controlar o plasma em rajadas curtas que não duram mais de 7 minutos – e a energia necessária para gerar aquele plasma é maior do que a energia que os engenheiros obtêm destas rajadas periódicas.

Os tokamaks, portanto, consomem mais energia do que produzem, o que não é o esperado dos reatores de fusão nuclear, que têm sido apontados como a “fonte de energia mais importante do próximo milénio” — como afirmou Terry Slavin na sua coluna no Observer, do jornal The Guardian.

https://zap.aeiou.pt/batido-recorde-de-fusao-nuclear-com-reacao-10-vezes-mais-quente-que-o-sol-energia-limpa-e-ilimitada-a-vista-462043




Nova técnica de IA identifica células mortas com uma rapidez ímpar e pode acelerar a cura do Alzheimer !


Uma nova técnica de inteligência artificial torna a identificação de células mortas bastante mais rápida, acelerando a investigação de doenças neurodegenerativas.

Compreender quando e porque é que uma célula morre é fundamental para o estudo do desenvolvimento humano, doença e envelhecimento.

Para doenças neurodegenerativas, como a doença de Lou Gehrig, Alzheimer e Parkinson, identificar neurónios mortos e moribundos é fundamental para desenvolver e testar novos tratamentos. Mas identificar células mortas pode ser complicado e tem sido um problema constante.

Até agora, os cientistas tinham que marcar manualmente quais células pareciam vivas e quais pareciam mortas ao microscópio. As células mortas têm uma aparência característica que é relativamente fácil de reconhecer quando sabemos o que procurar.

Uma equipa de investigadores empregou um verdadeiro exército para analisar milhares de imagens e manter um registo de quando cada neurónio numa amostra parecesse ter morrido. Infelizmente, fazer isso manualmente é um processo lento, caro e às vezes propenso a erros.

Para dificultar ainda mais as coisas, os cientistas recentemente começaram a usar microscópios automatizados para capturar continuamente imagens de células à medida que mudam ao longo do tempo.

Embora os microscópios automatizados facilitem a captura de fotos, também criam uma enorme quantidade de imagens para serem classificadas manualmente.

Ficou claro que a curadoria manual não era precisa nem eficiente. Além disso, a maioria das técnicas de imagem pode detetar apenas os estágios finais da morte celular, às vezes dias após a célula já se ter começado a decompor.

Isto torna difícil distinguir entre o que realmente contribuiu para a morte da célula de fatores apenas envolvidos na sua decomposição.

Agora, uma nova tecnologia de inteligência artificial pode identificar células mortas com precisão e velocidade sobrenaturais. Este avanço poderá acelerar todos os tipos de pesquisa biomédica, especialmente em doenças neurodegenerativas.
IA no resgate

A inteligência artificial recentemente invadiu o campo da microscopia. Uma forma de IA chamada redes neurais convolucionais (ou CNNs, na sigla em inglês) tem sido especialmente interessante porque pode analisar imagens com a mesma precisão que os humanos.

As redes neurais convolucionais podem ser treinadas para reconhecer e descobrir padrões complexos em imagens. Assim como na visão humana, dar às CNNs muitas imagens de exemplo e apontar quais recursos prestar atenção pode ensinar o computador a reconhecer padrões de interesse.

Esses padrões podem incluir fenómenos biológicos difíceis de ver a olho nu. Por exemplo, um grupo de pesquisa conseguiu treinar CNNs para identificar cancro da pele com mais precisão do que dermatologistas treinados.

Com base neste trabalho, desenvolvemos uma nova tecnologia chamada CNNs otimizadas para biomarcadores, ou BO-CNNs, para identificar células que morreram.

Primeiro, ensinaram o BO-CNN a distinguir entre células claramente mortas e claramente vivas. Depois, prepararam uma placa de Petri com neurónios de ratos que foram projetados para produzir uma proteína não-tóxica chamada indicador de morte geneticamente codificado, ou GEDI, que coloria as células vivas de verde e as células mortas de amarelo.

O BO-CNN poderia facilmente aprender que verde significava “vivo” e amarelo significava “morto”. Mas também estava a aprender outras características que distinguem células vivas e mortas que não são tão óbvias ao olho humano.

Depois de o BO-CNN aprender a identificar as características que distinguiam as células verdes das amarelas, os investigadores mostraram neurónios que não se distinguiam pela cor.

O BO-CNN foi capaz de rotular corretamente células vivas e mortas de forma significativamente mais rápida e precisa do que pessoas treinadas para fazer a mesma coisa. O modelo pode até mesmo olhar para imagens de tipos de células que não tinha visto antes tiradas de diferentes tipos de microscópios e ainda identificar corretamente as células mortas.
Aproveitando o poder da IA

Os investigadores acreditam que a sua abordagem representa um grande avanço no aproveitamento da inteligência artificial para estudar biologia complexa, e essa prova de conceito pode ser amplamente aplicada além da deteção da morte celular em imagens microscópicas. O software é de código aberto e disponível ao público.

A microscopia de células vivas é extremamente rica em informações que os cientistas têm dificuldade em interpretar. Mas com o uso de tecnologias como BO-CNNs, os investigadores podem agora usar sinais das próprias células para treinar a IA para reconhecer e interpretar sinais noutras células.

Ao eliminar as suposições humanas, os BO-CNNs aumentam a reprodutibilidade e a velocidade da investigação e podem ajudar os cientistas a descobrir novos fenómenos em imagens que, de outra forma, não seriam capazes de reconhecer facilmente.

https://zap.aeiou.pt/nova-tecnica-celulas-mortas-rapidez-461632


Há formas de vida microscópicas nunca antes vistas nas profundezas do mar !


Os investigadores revelaram uma espantosa diversidade de vida microscópica que prospera nas partes mais profundas e escuras do nosso planeta.

O sedimento recolhido nas profundezas do oceano foi analisado para DNA ambiental (eDNA), que os animais marinhos derramam ao longo das suas vidas.

Segundo a Science Alert, enquanto as criaturas marinhas lançam parte desse DNA, entre esse material encontram-se também amostras de micróbios e outros pequenos animais que compõem o ecossistema sombrio do fundo do mar.

Os investigadores compararam os resultados com outros conjuntos de dados de DNA de plâncton existentes, recolhidos nas camadas superiores do oceano, para se certificarem de que apenas identificavam criaturas das profundezas.

A equipa de investigação encontrou a maioria dos organismos eucarióticos que vivem no fundo do oceano que são desconhecidos pela ciência moderna.  

Além disso, parece que o abismo do oceano é o lar de pelo menos três vezes mais do que a diversidade da vida microbiana em águas na superfície.

É a primeira vez que os especialistas reúnem um conjunto consistente de dados moleculares do reino oceânico a uma escala tão global, e embora a meta-análise não seja abrangente, é um começo impressionante.

“Comparámos as nossas sequências de DNA bentónico das profundezas com todas as sequências de referência disponíveis para eucarióticos conhecidos”, explicou o geneticista Jan Pawlowski da Universidade de Genebra, na Suíça.

“Os nossos dados indicam que quase dois terços desta diversidade bentónica não podem ser atribuídos a nenhum grupo conhecido, revelando uma grande lacuna no nosso conhecimento da biodiversidade marinha”.

Os sedimento do fundo do oceano cobrem mais de metade da superfície do nosso planeta, mas a vastidão deste habitat — para não mencionar a sua dificuldade de acesso — significa que não temos praticamente nenhuma ideia do que se passa lá em baixo.

Nos últimos anos, os veículos operados remotamente ajudaram-nos a explorar uma fração minúscula das profundezas do mar. Mas com o novo estudo, publicado na Science Advances em fevereiro, descobrimos um mundo totalmente novo.

Assim, embora o fundo do oceano pareça aparentemente isolado, não é preciso muito para retirar da escuridão uma enorme abundância de vida.

O estudo procurou sobretudo organismos pequenos, como diatomáceas e dinoflagelados, e animais minúsculos, como vermes e pequenos moluscos.

A diversidade de plâncton encontrada corresponde a evidências que sugerem que o mar profundo é também o casa de uma diversidade de animais maiores.

As criaturas mais pequenas, contudo, são frequentemente a cola que mantém as teias alimentares unidas. São também reguladores fulcrais do clima global, ajudando a enterrar carbono nas profundezas do oceano.

“Estes conjuntos de sedimentos do fundo do oceano mostraram não só a sua importância como motores da bomba biológica de carbono, mas também vários grupos taxonómicos e funcionais que têm sido negligenciados no que é sem dúvida um dos processos ecológicos mais fundamentais do oceano mundial“, escreveram os autores.

“Juntos, os nossos resultados destacam o [sedimento do fundo do oceano] como um dos mais ricos ecossistemas e arquivos fósseis modernos da Terra“, acrescentam os investigadores.

Provas recentes, por exemplo, descobriram que o plâncton das profundezas do mar pode ser preservado em sedimentos no fundo do oceano.

Assim, podemos comparar formas de vida bentónicas de hoje com formas de vida do passado, para ver como estas comunidades das profundezas do mar se estão a desenvolver num mundo em rápida mudança.

Tento em conta a quantidade de vida no fundo do oceano, os autores apelam a uma maior exploração do fundo do mar para compreender melhor e proteger estes ecossistemas das profundezas.

É especialmente importante, agora que a exploração comercial de fundos marinhos está no bom caminho para prosseguir nos próximos anos, apesar dos repetidos avisos dos cientistas marinhos de que precisamos primeiro de avaliações de risco ecológico extensivas.

“Com cerca de 1.700 amostras e 2 mil milhões de sequências de DNA da superfície para o fundo do mar a nível mundial, a genómica ambiental de alto rendimento aumenta a nossa capacidade de estudar e compreender a biodiversidade das profundezas do mar, a sua ligação às massas de água acima e o ciclo global do carbono”, explicou Tristan Cordier, do Centro de Investigação Norueguês e do Centro de Investigação Climática de Bjerknes.

Quanto mais aprendemos sobre o oceano profundo, mais parece ser um habitat que vale a pena proteger.

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Navios, aviões, Bielorrússia: a Rússia está a “mexer-se” na direcção da Ucrânia !


Nesta quinta-feira arrancam exercícios militares conjuntos, entre Rússia e Bielorrússia. A operação, segundo Putin, acaba no último dia dos Jogos Olímpicos.

As manobras multiplicam-se, as movimentações sucedem-se. Embora as autoridades russas continuem a negar o cenário de invasão à Ucrânia, há acontecimentos que fazem os especialistas temer o início de uma guerra.

Nesta terça-feira o Ministério da Defesa russo informou que enviou para o Mar Negro seis navios de guerra, anfíbios.

A justificação oficial: “Elaborar as acções da Marinha e das Forças Aeroespaciais para proteger os interesses nacionais russos no oceano, bem como combater as ameaças militares à Federação Russa provenientes de direcções marítimas e oceânicas”.

A possibilidade: maior poder militar russo, num eventual ataque a território ucraniano. E aproximação ao país vizinho – o Mar Negro fica a sul da Ucrânia, sendo rodeado ainda por Roménia, Bulgária, Turquia e Geórgia, além da própria Rússia.  

Estes “exercícios militares” estão a envolver mais de 140 navios de guerra e navios de apoio, mais de 60 aeronaves, 1.000 unidades de equipamento militar não especificado e cerca de 10 mil soldados, de acordo com a mesma fonte oficial.

No mesmo dia, aviões-caça armados aterraram em Kaliningrado, cidade entre Polónia e Lituânia, junto ao Mar Báltico (a norte da Ucrânia).

Os aviões MiG-31 estão armados com mísseis balísticos e, de acordo com jornais estrangeiros, nunca tinham sido vistos em Kaliningrado. Estes aviões-caça têm a capacidade de atingir o alvo muito rapidamente, podendo utilizar ogivas nucleares.

E nesta quinta-feira vão arrancar exercícios militares que vão juntar homens da Rússia e da Bielorrússia.

Valeri Gerassimov, Comandante das Forças Armadas da Rússia, já está na Bielorrússia para observar e orientar os exercícios que vão contar com quase 30 mil soldados russos, além de sistemas de mísseis terra-ar e outros aviões-caça.

Não há versão oficial, mas Vladimir Putin, presidente da Rússia, terá dito a Emmanuel Macron, presidente de França, que os militares russos vão deixar a Bielorrússia 10 dias depois do início dos exercícios.

10 dias depois é sinónimo de 20 de Fevereiro: o último dia dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Há um receio geral de que a Rússia inicie um conflito com a Ucrânia logo a seguir aos Jogos Olímpicos. Putin não quer criar uma divergência com o “amigo” Xi Jinping, presidente da China – os Jogos decorrem em Pequim.

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SpaceX: Maioria dos satélites do lançamento recente da Starlink vai arder !


Dos 49 satélites da constelação lançados na semana passada, 40 vão desaparecer por causa de uma tempestade geomagnética.

Na quinta-feira passada, dia 3 de Fevereiro, a SpaceX lançou para o espaço uma constelação de satélites. Mas esta missão da Starlink não deve durar muito.

O lançamento a cerca de 210 quilómetros correu bem, no primeiro dia. Os dispositivos atingiram “voo controlado” nas primeiras horas.

Mas surgiu um imprevisto, pouco depois: a empresa liderada por Elon Musk anunciou que, dos 49 satélites que foram lançados, no máximo 40 vão desaparecer, devido a uma tempestade geomagnética.

Essa tempestade geomagnética apareceu logo no dia seguinte ao lançamento. Este fenómeno, também conhecido como tempestade solar, costuma condicionar a entrada em órbita de satélites.

Uma tempestade geomagnética é uma consequência de uma explosão de partículas superaquecidas da superfície do Sol. A elevada produção de energia no núcleo solar liberta protões e electrões, que são atraídos e acumulados em campos magnéticos.

“As tempestades geomagnéticas aquecem a atmosfera e aumentam a sua densidade nas baixas altitudes em que estes satélites são colocados em órbita”, explica a SpaceX.

Neste caso, nem 20% do equipamento da empresa “escapará”. A SpaceX explicou que esses 40 satélites não vão atingir a órbita pretendida; pelo contrário, foram “puxados” na direcção da Terra e deverão arder ao reentrar na atmosfera terrestre. Não há qualquer risco de colisão com outros satélites, garante a empresa.

Ao desintegrarem-se no regresso à atmosfera da Terra, os satélites da Starlink não vão criar mais lixo orbital. E nenhum destroço dos satélites vai cair na Terra porque os satélites vão arder totalmente, antes.

Os responsáveis pelo projecto ainda tentaram desviar os aparelhos da tempestade mas a grande maioria não teve tempo para realizar as manobras necessárias: “A tempestade provocou uma fricção atmosférica 50% mais elevada do que em missões anteriores”.

O objectivo principal da Starlink – que já contou com o lançamento de cerca de dois mil satélites – é levar a internet ao maior número de sítios possíveis na Terra, centrando-se em locais mais remotos.

Um processo que, recentemente, tem sido útil a Tonga, país que ficou sem comunicações por causa de um tsunami.

https://zap.aeiou.pt/spacex-satelites-starlink-arder-461924

 

Londres esteve muito perto de ter a sua própria Torre Eiffel !


Poderia ter sido erguida uma “Torre Eiffel” algures por baixo do campo do estádio de Wembley. A Grande Torre de Londres ia ultrapassar a sua homóloga em altura, mas não passou da primeira fase de construção.

A torre foi uma criação de Edward Watkin, um político britânico e magnata dos caminhos-de-ferro cujos esforços anteriores incluíram uma tentativa falhada de construir um túnel sob o Canal da Mancha, mais de 100 anos antes do atual Eurotúnel começar a ser construído.

Ao mesmo tempo que a Torre Eiffel, em Paris, se tornava uma atração turística popular, Watkin procurava formas de atrair mais passageiros para a sua linha ferroviária metropolitana. Que melhor forma que uma torre mais alta do que a Eiffel para convencer os londrinos a embarcar num comboio para lá chegar?

Segundo a CNN, o magnata pediu ao próprio Gustave Eiffel para a desenhar, mas o engenheiro recusou. Avançou então para o plano B, um concurso internacional de design cujo prémio era de 80 mil dólares.

Os vencedores – os arquitetos londrinos Stewart, McLaren e Dunn – apresentaram um projeto muito semelhante à estética da Torre Eiffel, mas cerca de 53 metros mais alta.  

A construção começou em 1892 e a primeira fase foi concluída três anos mais tarde. Foi nessa altura que os engenheiros se aperceberam que o projeto não estava a triunfar e que, se continuassem com a construção, teriam sérios problemas no futuro.

Além disso, Watkin acabou por falecer em 1901 e, sendo ele a força motriz por detrás do projeto, tudo o que restou foram cálculos de custos e benefícios.

“As pessoas podiam subir até à primeira fase da torre, mas não era suficientemente alto para conseguirem ter o tipo de vistas panorâmicas da Torre Eiffel”, detalhou Christopher Costelloe, especialista em arquitetura vitoriana e inspetor de edifícios históricos na organização do património público Historic England.

https://zap.aeiou.pt/londres-a-sua-propria-torre-eiffel-461858


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

“Comboio da Liberdade” canadiano de neonazis e crentes no QAnon pode chegar à Europa !

O movimento tem ocupado as ruas de Ottawa e paralisado a economia local num protesto contra a vacinação. Já há grupos que o querem replicar em França e na Bélgica.

O movimento “Comboio da Liberdade”, como os seus apoiantes o chamaram, começou com o protesto dos camionistas, que desfilaram por todo o país até à capital contra a vacinação obrigatória, mas rapidamente se espalhou por outros segmentos da população — tanto que pode ser replicado na Europa já nesta semana.

Já há vários dias que os milhares de camionistas têm bloqueado as vias de circulação em Ottawa e prometem não sair enquanto os requisitos de vacinação contra a covid-19 acabarem. A cidade já decretou estado de emergência.

A organização resultou de uma junção sem precedentes de vários grupos anti-governo e anti-vacinação. Segundo avança o The Guardian, o cérebro da ideia foi James Bauder, um conhecido adepto de teorias de conspiração que acredita no QAnon e já apelidou a covid-19 como o “maior esquema político na história”.

O grupo de Bauder, o Canada Unity, contesta os mandados de vacinação que considera ilegais de acordo com a Constituição canadiana, o código de Nuremberga e outras convenções internacionais.

O Canada Unity era um grupo pouco conhecido, mas começou a ganhar muito apoio depois do anúncio do primeiro-ministro, Justin Trudeau, de que os camionistas que cruzam a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos têm de estar totalmente vacinados contra a covid-19.

Outro grupo, o Action4Canada, abriu processos contra os mandados de vacinação e de uso de máscara. No documento de 400 páginas, a organização alega que o “pronunciamento falso de uma pandemia de covid-19 foi feito, pelo menos em parte, por Bill Gates e por uma Nova Ordem Mundial” que quer injectar microchips de 5G na população.

Desde os manifestantes tomaram conta de Ottawa que têm sido vistos muitos elementos associados à extrema direita, como bandeiras nazi ou da Confederação ou logótipos do QAnon colados por todo o lado. Os camionistas querem ainda ver Trudeau julgado por “crimes contra a humanidade”.

Apesar de ser composto por organizações radicais de extrema direita, o movimento já ganhou algum apoio mainstream entre a oposição conservadora a Trudeau. Os apresentadores da FOX News Tucker Carlson e Sean Hannity também se mostraram adeptos do “comboio da liberdade”, assim como Elon Musk, Donald Trump e vários políticos Republicanos norte-americanos.

Os manifestantes têm os recursos para estenderem o protesto durante bastante tempo, visto que angariaram mais de seis milhões de dólares canadianos (cerca de 4 milhões e 140 mil euros) através de várias plataformas de crowdfunding.

Na terça-feira, a ponte Ambassador, que liga o Canadá aos Estados Unidos e é um importante ponto de acesso a Detroit, foi ocupada pelos camionistas. Várias zonas da capital canadiana continuam bloqueadas e os efeitos já se sentem na economia local.

Justin Trudeau disse que o protesto “tem de acabar” em declarações na Câmara dos Comuns e considera que os manifestantes são uma “minoria marginal” da população, acusando-os de insultarem os cidadãos que utilizam máscara.

“A pandemia foi péssima para todos os canadianos. Mas os canadianos sabem que a maneira de a ultrapassarem é continuando a ouvir a ciência”, afirmou o primeiro-ministro, que prometeu utilizar todos os recursos para pôr fim ao bloqueio.
Movimento inspira réplicas por todo o mundo

O movimento canadiano já está a inspirar grupos negacionistas noutros países, nota a AFP. Em Nova Iorque, onde a vacinação é obrigatória para os funcionários públicos, dezenas de trabalhadores marcharam desde a ponte de Brooklyn até à autarquia, levando consigo bandeiras dos EUA e do Canadá.

Na Nova Zelândia, centenas de camiões e caravanas também já começaram a bloquear as ruas perto do parlamento em Wellington em protesto contra as restrições e a vacinação com mensagens a pedir “liberdade”.

Em França, já estão a circular apelos no Facebook a que os protestantes tomem conta das ruas de Paris. Os camionistas querem partir da capital francesa até Bruxelas e ocupar as cidades.

https://zap.aeiou.pt/comboio-da-liberdade-neonazis-qanon-461750


Primeiro-ministro do Haiti envolvido no homicídio do Presidente !

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry
Jovenel Moïse, Presidente do Haiti, foi assassinado no ano passado com vários tiros dentro da residência presidencial.

O juiz a quem foi entregue o caso concluiu que Ariel Henry esteve envolvido no homicídio do Presidente do Haiti, Jovenel Moïse.

A 7 de julho, o Presidente foi assassinado num ataque de homens armados à sua residência, em Port-au-Prince. Moïse foi baleado 12 vezes e assassinado. A sua esposa, Martine Moïse, também foi baleada, mas sobreviveu.

De acordo com as autoridades haitianas, citadas pela CNN, o homem responsável pela organização do esquadrão era um antigo funcionário haitiano chamado Joseph Felix Badio, que estava em fuga.

Em setembro, uma equipa de elite das forças policiais levou a cabo uma operação secreta, na capital de Port-au-Prince, que visava deter Badio, que estaria numa reunião com o primeiro-ministro Ariel Henry, na sua residência oficial.

Um informador tinha dito aos agentes infiltrados que Henry iria encontrar-se com Badio, sendo que já se tinham encontrado duas vezes desde o assassinato. O plano era deter Badio quando saísse da residência e, depois, já com provas da reunião, prender Henry também.

No entanto, Badio nunca chegou a aparecer. A CNN salienta que a rusga falhada é apenas um exemplo de como os investigadores haitianos estão frustrados nas suas tentativas de investigar o assassinato do Presidente.

Fontes ligadas ao processo disseram que Ariel Henry está no centro de grande parte dessa obstrução, havendo suspeitas do alegado envolvimento do primeiro-ministro no assassinato: tanto no planeamento da morte como na ajuda à orquestração do encobrimento.

“Henry está no centro de tudo isto“, disse um investigador à cadeia norte-americana. “Tudo o que ele fez desde que tomou posse como primeiro-ministro é obstruir (a investigação).”

O caso que investiga o assassinato do Presidente ainda se encontra em curso, mas está praticamente parado. Desde agosto não houve detenções, novos suspeitos, nem provas. Aliás, as dezenas de suspeitos detidos nas primeiras semanas após o assassinato ainda se encontram presos, mas nenhum deles foi formalmente acusado.

Numa gravação, datada do outono do ano passado, o juiz Garry Orélien deixa muito clara a sua opinião: “Ariel (Henry) está ligado e é amigo do cérebro do assassinato. Foi planeado com ele. Ariel é o principal suspeito no assassinato de Jovenel Moïse, e ele sabe disso”, ouve-se na gravação, obtida exclusivamente pela CNN.

Questionado sobre este registo, Orélien disse não se lembrar “de ter falado com alguém sobre o caso”. “Muitas pessoas estão a tentar influenciar o caso e eu não vou cair no jogo.”

Bed-Ford Claude e Rockefeller Vincent demitidos

No início de agosto, algumas semanas após a tomada de posse de Ariel Henry, os investigadores produziram um primeiro relatório sobre o assassinato.

No documento, o então procurador Bed-Ford Claude disse haver provas claras de que foram feitas chamadas telefónicas entre Henry e Badio nas horas que sucederam o assassinato do Presidente.

Claude tornou públicas as provas no início de setembro, proibindo-o de sair do país e solicitando Henry a comparecer num interrogatório formal. Mas o primeiro-ministro recusou-se a aparecer e sustentou que as acusações de Claude, assim como as do ministro da Justiça Rockefeller Vincent, tinham intenções puramente políticas.

Mais tarde, acabou por despedir ambos.

“Queria acusar Ariel Henry depois de o interrogar e penso que Ariel sabia disso. Dispensou-me e ignorou o meu pedido (de vir a interrogatório)”, disse Claude, em declarações à CNN.
Grupo continua a investigar homicídio

As investigações oficiais sobre a morte de Moïse têm estado paradas há meses. Face a esta falta de ação, a CNN sabe que um pequeno grupo de investigadores continuou discretamente o seu trabalho de investigação do homicídio.

“Não temo pela minha vida”, disse um deles à CNN quando questionado sobre a sua própria segurança. “Não se pode matar um Presidente e escapar impune.”

O grupo suspeita de que Badio, que continua em liberdade no Haiti, está sob a proteção do primeiro-ministro e escondido das autoridades. As tentativas de Henry para obstruir a justiça são “claras”, admitem os investigadores.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-ministro-haiti-envolvido-homicidio-461755


Hong Kong proíbe importação de frango de Lisboa após casos de gripe aviária !


Hong Kong já tinha suspendido a importação de frango do distrito de Santarém, em janeiro, e do distrito de Leiria, em dezembro, devido a surtos de gripe aviária H5N1.

De acordo com o Diário de Notícias, Hong Kong proibiu a importação de carne de frango e derivados, incluindo ovos, do distrito de Lisboa, na sequência da identificação de casos de gripe aviária.

O Centro para a Segurança Alimentar da região administrativa especial chinesa sublinhou que a decisão foi tomada “para proteger a saúde pública“, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal, de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades do território na terça-feira.

Hong Kong já tinha suspendido a importação de frango do distrito de Santarém, em janeiro, e do distrito de Leiria, em dezembro, devido a surtos de gripe aviária H5N1.

A cidade não importou carne de frango ou ovos de Portugal em 2021, indicou na mesma nota.

O Centro para a Segurança Alimentar de Hong Kong disse já ter contactado as autoridades portuguesas e garantiu que vai acompanhar a situação.

No sábado, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) portuguesa anunciou que um foco de gripe das aves foi detetado numa exploração de perus e frangos na freguesia de A-dos-Cunhados, no município de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

Em janeiro, a DGAV anunciou que tinham sido detetados focos de gripe das aves, tanto em explorações pecuárias, como em animais selvagens, nos distritos de Setúbal e de Santarém.

A gripe aviária foi detetada pela primeira vez em Portugal a 2 de dezembro, numa exploração caseira de galinhas, patos, gansos e perus, em Palmela (Setúbal).

Em 12 de janeiro, a DGAV lembrou não existirem “evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos“, como carne de aves de capoeira ou ovos.

Em Itália, criadores de aves abateram, desde outubro, 18 milhões de aves, para conter uma epidemia de gripe aviária, disse, em janeiro, a confederação agrícola italiana, Confagricoltura.

Em França, quase três milhões de aves de capoeira foram abatidas para combater a gripe aviária, desde que os primeiros casos foram detetados nas explorações agrícolas, no final de novembro, anunciou, no início deste ano, o Ministério da Agricultura francês.

https://zap.aeiou.pt/hong-kong-proibe-importacao-de-frango-de-lisboa-apos-casos-de-gripe-aviaria-461740

 

O manuscrito de Charles Dickens foi finalmente decifrado e transcrito !


Americano com formação em tecnologias de informação foi o responsável por decifrar a maior porção do documento.

Depois de lançado o repto para que os interessados na matéria se dedicassem a tentar decifrar e transcrever o conteúdo da Carta de Tavistock, um dos manuscritos deixados por Charles Dickens, o britânico que fazia uso de uma versão modificada da braquigrafia (um sistema de taquigrafia desenvolvido no século XVIII), já foi encontrado um vencedor das 300 libras (354 euros) oferecidas. O vencedor é Shabe Baggs, profissional de tecnologias de informação da Califórnia, que ter sido um pressentimento deu que estava “no caminho certo” quando entregou os seus palpites.

Tal como nota o Observador, os manuscritos de Charles Dickens estão repletos de manchas de tinta, com grafismos pouco legíveis, e amontoados entre linhas rabiscadas e inclinadas. Para além do aspeto, o autor também era particular apreciador de taquigrafia, um sistema que visava o uso de abreviaturas para poupar tempo na escrita.

A carta em questão estava guardada numa biblioteca em Nova Iorque e foi escrita com tinta azul em papel timbrado na Casa Tavistock, uma residência em Londres onde Dickens escreveu “Bleak House”.

Ainda segundo a mesma fonte, o documento foi descarregado milhares de vezes em várias zonas do globo. No entanto, apenas 16 pessoas foram capazes de apresentar soluções para o problema, apesar de nenhuma ter conseguido interpretar e decifrar a totalidade do mistério. A instituição responsável por dinamizar o projeto aconselhou ainda os participantes a usar guias de braquigrafia, prática descrita no romance David Copperfield, do mesmo autor, como um “mistério estenográfico selvagem”. Tiveram ainda acesso a um caderno no qual Dickens explicava alguns dos símbolos que utilizava: “@” para “sobre” e um tipo angular de “t” remete pata “extraordinário”.
 
Segundo Claire Wood, professora de Literatura Vitoriana na Universidade de Leicester, promotora do projeto, juntamente com Hugo Bowles, professor de Inglês da Universidade de Foggia, “os descodificadores ajudaram realmente a esclarecer este período conturbado da vida de Dickens”. De acordo com as informações divulgadas, a carta tem agora 70% da sua transcrição completa.

https://zap.aeiou.pt/o-manuscrito-de-charles-dickens-foi-finalmente-decifrado-e-transcrito-461574


Resultado em apenas 4 minutos - Cientistas chineses criam teste tão eficaz quanto o PCR !


Uma equipa de cientistas da Universidade Fudan de Xangai, na China, desenvolveu um novo teste à covid-19 tão preciso quanto o PCR que dá resultados em apenas quatro minutos.

Os testes PCR são considerados os mais precisos para a deteção do SARS-CoV-2, mas demoram várias horas ou dias para ficarem prontos. Os teste de antigénio, por outro lado, permitem obter resultados mais rápido, mas são menos confiáveis.

Agora, cientistas da Universidade Fudan, em Xangai, dizem ter uma solução para esse problema: um novo teste de deteção que usa microeletrónica para analisar material genético, capaz de reduzir a necessidade de recurso a testes laboratoriais demorados.

“Implementámos um biossensor eletromecânico para a deteção de SARS-CoV-2 num dispositivo protótipo integrado e portátil e mostramos que detetou (RNA do vírus) em menos de quatro minutos”, escreveu a equipa no artigo científico, publicado esta segunda-feira na Nature Biomedical Engineering.

De acordo com a AFP, além de ser muito rápido, este novo método oferece alta sensibilidade, portabilidade e facilidade de operação.

Nesta investigação, os investigadores recolheram amostras de 33 pessoas em Xangai infetadas com covid-19, com testes PCR realizados em paralelo. Os resultados formaram uma combinação “perfeita” com os testes PCR.

A equipa também testou 54 amostras, incluindo de pessoas com febre que não tinham a doença, pessoas com gripe e voluntários saudáveis, e não foi registado nenhum falso positivo.

https://zap.aeiou.pt/resultado-em-4-minutos-teste-eficaz-461575


A guerra tem uma nova era: A dos drones armados !


Novos mecanismos, como um «drone assassino», já foram utilizados em determinadas operações. Mais de 100 países têm drones.

Para trás ficaram o tempo dos arqueiros utilizados pelos ingleses, a época dos navios ou dos tanques que marcaram a II Guerra Mundial, ou dos aviões que apareceram muito na Guerra do Vietname. Agora chegaram os drones.

O assunto não surgiu agora mas a “nova era da guerra” é recordada na BBC, em dias que dezenas de países estão atentos à situação na fronteira entre Ucrânia e Rússia, onde pode haver conflito armado a qualquer altura – embora as autoridades russas neguem essa intenção.

Jonathan Marcus lembra que o drone já foi utilizado noutros conflitos, essencialmente nas disputas entre Estados Unidos da América e Afeganistão ou Iraque. E há dois anos o general iraniano Qasem Soleimani terá sido abatido através de um drone.

Os drones deixaram de ser uma forma de vigilância, de reconhecimento aéreo, para serem transformados em armas. Existem mesmo dispositivos que são conhecidos como «drone caçador-assassino».  

O professor na Universidade de Exeter, no Reino Unido, indica que os países pioneiros na utilização dos drones em conflitos foram EUA e Israel.

Mas multiplicam-se os veículos aéreos não tripulados, nos últimos tempos. Em diversos países (já são mais de 100), como no mais “modesto” território da Etiópia. A China é o principal exportador de drones armados.

Chegou-se a pensar que o trânsito dos drones seria controlado por algum documento, ou por algum tratado. Mas mantêm-se os dilemas legais e morais à volta dos ataques protagonizados por esses veículos.

E há outra questão: com a divulgação e partilha de conhecimento actuais, e com a ajuda de umas centenas de euros, qualquer pessoa com conhecimento suficiente consegue construir um drone em casa – algo que já foi feito por terroristas. É uma forma mais barata de controlar a guerra nas alturas.

Centrando na questão Ucrânia-Rússia, já foram vistos (e abatidos) drones russos na zona Leste da Ucrânia. Esses drones estariam a tentar localizar centros militares ucranianos – para depois bloquear as suas comunicações.

E surge o aviso: a Rússia pode estar atrasada 10 anos em relação aos avanços tecnológicos dos EUA, mas pode estar à frente em termos de integração de drones nas suas unidades de combate.

https://zap.aeiou.pt/armas-drones-nova-era-guerra-461461


Óscares: 12 nomeações para «O poder do cão» !

Netflix vê a sua produção ser nomeada para melhor filme, entre outras listas. Duna está nomeado em 10 categorias.

Foi divulgada a lista de nomeados para a próxima edição dos Óscares, a estatueta mais cobiçada no mundo do cinema.

Entre as listas divulgadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos da América, destaca-se ‘O poder do cão’.

A produção da Netflix, realizada por Jane Campion, está nomeada em 12 categorias, incluindo para melhor filme. É o único filme nomeado em praticamente todas as principais categorias, como melhor actor principal (Benedict Cumberbatch) e melhor realização.

A Netflix tem outro “representante” nomeado para melhor filme: ‘Não olhem para cima’, que conta com as estrelas Meryl Streep, Leonardo Di Caprio e Jennifer Lawrence.

Também na lista para melhor filme está outro favorito na gala: ‘Duna’, do realizador Denis Villeneuve, que está nomeado em 10 categorias.

Outros candidatos fortes a vencedores da noite são: ‘West side story’ e ‘Belfast’, com sete nomeações cada; e ‘King Richard: para além do jogo’, nomeado em seis listas. Todos também podem ser eleitos melhor filme.

Javier Bardem, Benedict Cumberbatch, Andrew Garfield, Will Smith e Denzel Washington estão nomeados para melhor actor principal.

Na lista de melhor actriz principal estão: Jessica Chastain, Olivia Colman, Penélope Cruz, Nicole Kidman e Kristen Stewart.

A cerimónia está marcada para o dia 27 de Março (curiosamente o Dia Mundial…do Teatro), no Dolby Theatre, em Hollywood.

https://zap.aeiou.pt/oscares-12-nomeacoes-para-o-poder-do-cao-461706


Uganda planeia tornar vacinação obrigatória e ameaça com pena de prisão de seis meses !


O Uganda está a preparar lei que prevê vacinação obrigatória, ameaçando aqueles que se recusem a vacinar durante um surto com pena de prisão até 6 meses.

Segundo o Observador, o Uganda está a preparar uma das legislações mais duras até ao momento para combater a pandemia de covid-19.

O país africano quer tornar a vacina contra covid-19 obrigatória para a generalidade da população e ameaça inclusive com uma pena de prisão até seis meses, caso alguém se recuse ser vacinado durante um surto.

“É a coisa certa a fazer”, afirmou Alfred Driwale, diretor da campanha de vacinação no país, citado pela Africa News. O projeto lei ainda está a ser discutido por um comité criado para o efeito no parlamento do Uganda, podendo sofrer alterações.

As autoridades sanitárias do Uganda têm tentado incentivar a vacinação, mas não têm tido sucesso.

Até agora, apenas 5% da população do país africano completou o esquema vacinal, enquanto 28% já recebeu pelo menos uma dose da vacina.

“Nós sobrevivemos, quase eliminamos a poliomielite, devido às vacinas”, argumentou Fox Odoi, um legislador que apoia a vacinação obrigatória,.

Odoi indicou ainda que o governo tem “responsabilidade política” para obrigar a vacinação num país com um sistema de saúde precário.

Para incentivar a população a ser vacinada, o Uganda tentou impor restrições no uso de transportes públicos para não vacinados, mas as empresas de transportes públicos opuseram-se à medida.

Os bares também reabriram, com a necessidade de apresentar comprovativo de vacinação, mas estão longe de estarem cheios.

Em África, outros países estão a tomar medidas idênticas. O Zimbabué e o Gana anunciaram a vacinação obrigatória para funcionários públicos.

https://zap.aeiou.pt/uganda-planeia-tornar-vacinacao-obrigatoria-e-ameaca-com-pena-de-prisao-de-seis-meses-461781

 

Bolsonaro ameaça influencer: Se o alvo fosse um “gordinho”, não seria “tão difícil acertar” !


O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ameaçou o influencer Cauê Moura, nas redes sociais, depois de este ter troçado com a sua fraca capacidade para manusear uma arma. A troca de palavras entre ambos tornou-se rapidamente um dos assuntos mais falados do Twitter.

Cauê Moura recorreu ao Twitter para publicar um vídeo no qual surge Jair Bolsonaro com algumas dificuldades para disparar uma arma, esquecendo-se de destravá-la e falhando o alvo.

“O capitão mentecapto não sabe nem atirar“, lia-se na descrição do influencer brasileiro, que brincou com a destreza de Bolsonaro.

A resposta do governante não tardou. No mesmo dia, publicou um tweet no qual admite alguma falta de prática com armas (“Confesso que não dá para disputar uma olimpíada”), mas afirma, logo de seguida, que “numa eventual invasão de propriedade”, se o alvo fosse um “gordinho”, não seria “tão difícil acertar”.

O influencer respondeu com alguma ironia: “Alguém está à procura de um imóvel em Brasília? Está disponível o duplex que eu aluguei na mente do Presidente.”

Segundo o Público, a troca de palavras entre ambos tornou-se um dos assuntos mais falados no Twitter, com interações de grupos de ativistas e até de deputados como Rogério Carvalho, do Partido dos Trabalhadores (PT).

“Bolsonaro foi expulso do exército. Saiu de lá e ficou 30 anos no Parlamento sem fazer nada. Eleito com fake news, tornou-se Presidente sem apresentar um único projecto de desenvolvimento nacional ou de recuperação de empregos. Bolsonaro não gosta de trabalho”, escreveu o deputado.

O comentário de tom gordofóbico não é caso único. Há um mês, Bolsonaro utilizou o termo “gordinho” em sentido pejorativo numa referência a Flávio Dino, governador do Maranhão.

“Já reparou que geralmente em países comunistas o chefe é gordo? Coreia do Norte? Venezuela? Gordinho não é? Maranhão é igual”, disse a uma apoiante da equipa de futebol do Maranhão.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-ameaca-influencer-461745

 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Futuro da pandemia começa a ser mais claro: Algumas explicações !


Resumo: o número de casos positivos vai crescer muito, o número de casos graves e de mores (espera-se) vai descer muito.

O que se sabe sobre o coronavírus em Fevereiro de 2022 não é o que se sabia sobre o coronavírus em Fevereiro de 2020. Nem se costuma comparar.

No início ouvia-se ou lia-se algo como “isto vai acabar daqui a duas semanas”. Ou, no caso da Europa Ocidental, “isto é lá longe, na China, não chega cá”.

Ou então os alertas sobre a imunidade: “Pode perder-se a imunidade à COVID-19 em poucos meses”, avisava o jornal The Guardian em Julho de 2020.

Esta retrospectiva elaborada pela National Public Radio e serve para reforçar a tese: o conhecimento, não só popular mas sobretudo entre os especialistas, agora é mais preciso, mais acertado, com muito maior evidência científica.

E o cenário é agora mais optimista, por exemplo em relação à imunidade pós-infecção: a maioria das pessoas fica muito mais protegida, depois de estar doente. A imunidade aumenta quando a pessoa está vacinada.

No geral, quando é “atacado” pelo coronavírus, o sistema imunitário cria dois tipos de protecção: contra uma eventual nova infecção e contra doenças graves.

Sintomas leves, em novas infecções, permitem controlar – e conviver com – a doença mais facilmente.

Um estudo no Qatar indica que, em mais de 350 mil pessoas infectadas, apenas 1.300 foram novamente “apanhadas” pela pandemia. Na segunda infecção o risco de ser hospitalizada foi cerca de 90% menor, comparando com quem foi infectado pela primeira vez.

Ou seja, as pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus e que estão vacinadas estão muito mais “tranquilas” em caso de nova infecção. E a protecção, nestes casos, pode durar anos – sobretudo em pessoas saudáveis e com menos de 50 anos.

Num contexto em que haverá mais pessoas infectadas, pelo menos uma vez, pelo vírus, do que pessoas que nunca foram infectadas, o panorama geral é animador.

Embora não se garanta a 100 por cento que uma pessoa vacinada e já infectada não vá ser novamente infectada pela COVID-19. Nos primeiros quatro meses após a infecção, uma reinfecção é muito pouco provável mas, depois desse período, pode acontecer.

Aliás, é provável que a maioria das pessoas contraia o vírus todos os anos, ou uma vez de dois em dois anos.

Resumo: nos próximos meses e anos o número de casos positivos vai crescer muito; mas o número de casos graves e de mortes (espera-se) vai descer muito.

https://zap.aeiou.pt/futuro-da-pandemia-comeca-a-ser-mais-claro-algumas-explicacoes-461642


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