Segundo o IFL Science, a ideia foi idealizada e apresentada pelo químico Harvey W. Wiley, responsável pelo Departamento de Agricultura em Washington D.C., Estados Unidos.
Wiley queria demonstrar aos funcionários governamentais que o Estado deveria ter uma política nacional sobre conservantes em alimentos e bebidas. O objetivo era descobrir “se os conservantes poderiam ou não ser utilizados e, em caso afirmativo, quais e em que quantidades”.
Numa primeira fase, os voluntários do “Esquadrão do Veneno” receberam ácido salicílico, ácido sulfúrico, benzoato de sódio, formaldeído e bórax (uma substância usada em detergentes, sabonetes desinfetantes e inseticidas).
Antes de ingerirem os químicos, os 12 homens mediram a sua tensão arterial e ritmo cardíaco, para logo depois darem início à refeição sem saberem que alimentos continham o veneno e que substância tóxica estariam a comer.
Ambas as partes – investigadores e voluntários – conheciam os riscos
que estavam a correr. As experiências só pararam quando os químicos
deixaram os voluntários tão doentes ao ponto de serem incapazes de dar continuidade ao estudo, com vómitos, diarreia e fortes dores de estômago.
As doses aumentaram ao longo do tempo, de meio grama até 4 gramas até à conclusão da experiência, que durou cinco anos. Os resultados mostraram que o sulfato de cobre poderia causar danos às células sanguíneas, ao fígado, aos rins e até mesmo a morte.
No final da experiência, foram promulgadas a Lei de Inspeção da Carne e a Lei dos Alimentos Puros e Medicamentos, que regulamentavam os conservantes considerados seguros para o consumo humano.
No fundo, é graças a estes 12 homens que sabemos agora quais os conservantes que são tóxicos para nós.
https://zap.aeiou.pt/the-poison-squad-comiam-veneno-462322
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