Qandeel Baloch, uma influencer muito popular nas redes sociais do Paquistão, foi encontrada morta em casa, depois de ter sido estrangulada até à morte. O irmão, Muhammad Waseem, foi detido depois de ter confessado o crime, mas recentemente perdoado pelos pais e libertado pelo tribunal.
Muhammad Waseem, que foi condenado a prisão perpétua em setembro de 2019, confessou ter drogado e estrangulado a irmã por ter “trazido desonra” à família.
Três anos depois, foi absolvido e libertado após ter sido perdoado pelos pais, desencadeando assim um indulto legal ao abrigo da lei islâmica.
“O tribunal de recurso absolveu o acusado com base num acordo familiar e na sequência da falta de provas”, disse Sardar Mehboob, advogado de Waseem, ao The Washington Post.
O veredito chocou ativistas e advogados de todo o país, que acreditam que o Estado não conseguiu fazer justiça. “Levanta questões sobre onde estavam o Estado e a acusação durante o processo de recurso”, reagiu o advogado Nighat Dad, em declarações à VICE.
O assassinato de Qandeel Baloch, em 2016, na sua casa na periferia da cidade de Multan, provocou uma forte onda de condenação no Paquistão e rapidamente emergiu como um dos casos mais chocantes de homicídio de honra.
Neste país, alguns homens assassinam parentes femininas na sequência de infrações de “honra”. Segundo a Human Rights Watch, cerca de mil mulheres são assassinadas todos os anos em homicídios de honra no Paquistão, ainda que os números possam ser superiores ao relatado.
O assassinato da influencer levou o Governo a emendar leis que anteriormente permitiam às famílias das vítimas perdoar os perpetradores.
Agora, a lei impede as famílias de concederem indultos. No entanto, como a alteração legal só aconteceu depois (e em consequência) do assassinato de Qandeel, a antiga norma ainda se aplicava ao seu caso.
https://zap.aeiou.pt/influencer-assassinada-irmao-libertado-463240
Muhammad Waseem, que foi condenado a prisão perpétua em setembro de 2019, confessou ter drogado e estrangulado a irmã por ter “trazido desonra” à família.
Três anos depois, foi absolvido e libertado após ter sido perdoado pelos pais, desencadeando assim um indulto legal ao abrigo da lei islâmica.
“O tribunal de recurso absolveu o acusado com base num acordo familiar e na sequência da falta de provas”, disse Sardar Mehboob, advogado de Waseem, ao The Washington Post.
O veredito chocou ativistas e advogados de todo o país, que acreditam que o Estado não conseguiu fazer justiça. “Levanta questões sobre onde estavam o Estado e a acusação durante o processo de recurso”, reagiu o advogado Nighat Dad, em declarações à VICE.
O assassinato de Qandeel Baloch, em 2016, na sua casa na periferia da cidade de Multan, provocou uma forte onda de condenação no Paquistão e rapidamente emergiu como um dos casos mais chocantes de homicídio de honra.
Neste país, alguns homens assassinam parentes femininas na sequência de infrações de “honra”. Segundo a Human Rights Watch, cerca de mil mulheres são assassinadas todos os anos em homicídios de honra no Paquistão, ainda que os números possam ser superiores ao relatado.
O assassinato da influencer levou o Governo a emendar leis que anteriormente permitiam às famílias das vítimas perdoar os perpetradores.
Agora, a lei impede as famílias de concederem indultos. No entanto, como a alteração legal só aconteceu depois (e em consequência) do assassinato de Qandeel, a antiga norma ainda se aplicava ao seu caso.
https://zap.aeiou.pt/influencer-assassinada-irmao-libertado-463240
Nenhum comentário:
Postar um comentário