Começam esta segunda-feira as negociações entre Ucrânia e Rússia. Haverá mais de 400 mercenários russos com ordens do Kremlin para matar Zelensky.
Representantes russos chegaram este domingo à cidade de Gomel, na Bielorrússia, onde vão negociar com o Governo ucraniano.
Inicialmente, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, rejeitou que as negociações decorressem no país, visto que não era um lugar neutro. Mais tarde, aceitou que o encontro acontecesse na fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia.
As delegações dos dois países vão reunir-se nesta segunda-feira. “O local para as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, na Bielorrússia, está pronto; aguarda-se a chegada das delegações”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso esta manhã.
Zelensky adiantou que ambos os países em guerra iam reunir-se sem “pré-condições”. As perspetivas de sucesso são muito reduzidas do lado ucraniano, não se esperando avanços significativos na procura de paz, escreve o Público.
“Não acredito muito no desfecho deste encontro, mas deixemo-los tentar”, disse o Presidente ucraniano.
Esta madrugada voltou a ficar marcada por novos bombardeamentos em Kiev, assim como uma ameaça nuclear feita na véspera pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
As exigências russas passam pela completa “desmilitarização” da Ucrânia, a renúncia à adesão na NATO e a adoção de um estatuto de Estado “neutral” no Leste europeu.
O facto de a Bielorrússia ser um aliado russo e ter servido de base logística para a ofensiva das tropas russas no norte da Ucrânia também levanta algumas preocupações.
A Bielorrússia aprovou, em referendo, uma emenda constitucional que legaliza a presença do exército russo no país e o abrigo de armas nucleares no seu território. Isto pode fazer com que a Rússia abrigue parte do seu arsenal nuclear na Bielorrússia.
Nem o apelo de Zelensky foi suficiente para travar a aprovação em referendo. “Hoje vocês decidem como irão olhar nos olhos das vossas crianças e como irão olhar nos olhos dos vossos vizinhos. Nós, ucranianos, somos vossos vizinhos”, disse o Presidente ucraniano.
À CNN Portugal, Azeredo Lopes diz que o objetivo das negociações só pode ser um cessar-fogo da parte da Ucrânia: “Tanto é assim que Zelensky admitiu que nem sequer se deslocaria à Bielorrússia porque considerava que não seria possível uma negociação enquanto a Rússia estivesse a atacar”.
Moscovo quer encontrar “um acordo” durante as conversações com Kiev disse o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski, no quinto dia da campanha de invasão da Rússia da Ucrânia.
“A cada hora que o conflito se prolonga, são os cidadãos e os soldados ucranianos que morrem. Concordamos em chegar a um acordo mas deve ser do interesse das duas partes”, disse Medinski à televisão russa.
A delegação ucraniana chegou ao local das negociações com a exigir um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas, anunciou a presidência da Ucrânia.
“A delegação ucraniana chegou à área da fronteira Ucrânia-Bielorrússia para participar nas negociações”, informou a presidência em comunicado. “A questão chave é um cessar-fogo e a retirada das tropas do território ucraniano”.
Mercenários com ordens para matar Zelensky
Mais de 400 mercenários russos terão ordens do Kremlin para assassinar o presidente ucraniano e membros do seu governo, avança o jornal britânico The Times.
O Grupo Wagner, uma milícia privada dirigida por um dos aliados mais próximos de Putin, trouxe mercenários de África para deitar por terra o Governo ucraniano em troca de dinheiro.
Informações sobre a missão chegaram ao Governo ucraniano na manhã de sábado e horas depois, Kiev declarou recolher obrigatório de 36 horas de forma a procurar pelos mercenários russos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
A ONU deu conta de perto de 370 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
https://zap.aeiou.pt/ucrania-russia-negociar-464792
Representantes russos chegaram este domingo à cidade de Gomel, na Bielorrússia, onde vão negociar com o Governo ucraniano.
Inicialmente, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, rejeitou que as negociações decorressem no país, visto que não era um lugar neutro. Mais tarde, aceitou que o encontro acontecesse na fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia.
As delegações dos dois países vão reunir-se nesta segunda-feira. “O local para as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, na Bielorrússia, está pronto; aguarda-se a chegada das delegações”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso esta manhã.
Zelensky adiantou que ambos os países em guerra iam reunir-se sem “pré-condições”. As perspetivas de sucesso são muito reduzidas do lado ucraniano, não se esperando avanços significativos na procura de paz, escreve o Público.
“Não acredito muito no desfecho deste encontro, mas deixemo-los tentar”, disse o Presidente ucraniano.
Esta madrugada voltou a ficar marcada por novos bombardeamentos em Kiev, assim como uma ameaça nuclear feita na véspera pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
As exigências russas passam pela completa “desmilitarização” da Ucrânia, a renúncia à adesão na NATO e a adoção de um estatuto de Estado “neutral” no Leste europeu.
O facto de a Bielorrússia ser um aliado russo e ter servido de base logística para a ofensiva das tropas russas no norte da Ucrânia também levanta algumas preocupações.
A Bielorrússia aprovou, em referendo, uma emenda constitucional que legaliza a presença do exército russo no país e o abrigo de armas nucleares no seu território. Isto pode fazer com que a Rússia abrigue parte do seu arsenal nuclear na Bielorrússia.
Nem o apelo de Zelensky foi suficiente para travar a aprovação em referendo. “Hoje vocês decidem como irão olhar nos olhos das vossas crianças e como irão olhar nos olhos dos vossos vizinhos. Nós, ucranianos, somos vossos vizinhos”, disse o Presidente ucraniano.
À CNN Portugal, Azeredo Lopes diz que o objetivo das negociações só pode ser um cessar-fogo da parte da Ucrânia: “Tanto é assim que Zelensky admitiu que nem sequer se deslocaria à Bielorrússia porque considerava que não seria possível uma negociação enquanto a Rússia estivesse a atacar”.
Moscovo quer encontrar “um acordo” durante as conversações com Kiev disse o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski, no quinto dia da campanha de invasão da Rússia da Ucrânia.
“A cada hora que o conflito se prolonga, são os cidadãos e os soldados ucranianos que morrem. Concordamos em chegar a um acordo mas deve ser do interesse das duas partes”, disse Medinski à televisão russa.
A delegação ucraniana chegou ao local das negociações com a exigir um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas, anunciou a presidência da Ucrânia.
“A delegação ucraniana chegou à área da fronteira Ucrânia-Bielorrússia para participar nas negociações”, informou a presidência em comunicado. “A questão chave é um cessar-fogo e a retirada das tropas do território ucraniano”.
Mercenários com ordens para matar Zelensky
Mais de 400 mercenários russos terão ordens do Kremlin para assassinar o presidente ucraniano e membros do seu governo, avança o jornal britânico The Times.
O Grupo Wagner, uma milícia privada dirigida por um dos aliados mais próximos de Putin, trouxe mercenários de África para deitar por terra o Governo ucraniano em troca de dinheiro.
Informações sobre a missão chegaram ao Governo ucraniano na manhã de sábado e horas depois, Kiev declarou recolher obrigatório de 36 horas de forma a procurar pelos mercenários russos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
A ONU deu conta de perto de 370 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
https://zap.aeiou.pt/ucrania-russia-negociar-464792
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