Sem celebrações nas igrejas, a alternativa surgiu aos sábados, em conversas de vídeo. E o criador nem gostava de vinho.
Steve Inrig tem grande fé nos dons do Espírito. Especialmente nos dons que estão dentro de uma garrafa de bom vinho.
O início do artigo publicado no Religion News Service já deixa o mote: vem aí algo invulgar.
Steve é pastor, muito ligado à igreja, e professor universitário em Los Angeles. Mas é também enólogo, nunca a nível profissional. Foi essa vertente, de enólogo, que o levou a criar um grupo online que reuniu amigos, sorrisos e conversas sobre vinho. E com orações pelo meio.
É que, no início, a intenção do professor era – como em milhões de casos – manter o contacto com amigos (a pandemia tinha fechado o mundo, pouco antes). O pretexto? A devoção pelo vinho e pela vinificação. O novo grupo chegou a reunir, no máximo, 20 pessoas.
Mas, com o passar do tempo, aquelas conversas de vídeo, sempre ao sábado, deixaram de ser apenas diálogos divertidos sobre vinho. Passaram a ser momentos profundos.
Criou-se ali uma comunidade espiritual.
Como é que essa mudança começou? Por causa de um casal que contou aos outros elementos que, por causa da COVID-19 (celebrações canceladas), tinha deixado de frequentar a igreja da sua comunidade.
Jim e Wendy McKinney são os nomes do casal que mudou este grupo. A comunidade religiosa onde estavam inseridos não desapareceu: foram organizados encontros e outras iniciativas online – mas não era a mesma coisa. A amizade, a interacção social, foram desaparecendo; e, com elas, também a motivação foi desaparecendo.
Jim e Wendy contaram aos outros membros da comunidade – a do vinho – que tinham encontrado naquele grupo sobre vinhos o seu “refúgio”, o seu momento de fé, espiritual.
“A verdade é que este clube do vinho passou a ser uma oportunidade de poder conversar com alguns cristãos que pensam como eu“, contou um surpreendido Jim McKinney, que gostou muito da cumplicidade que se criou. E nem conhecia a maioria das pessoas.
Apesar da distância física, o momento de partilha de vinho e de comida, cada um em sua casa, tornou este grupo especial e originou uma sensação, uma consciência de espiritualidade. O vinho cria um apelo à oração.
Aí, por causa do casal, começaram a rezar. Todos. Mesmo à distância.
No início brincaram sobre essa mudança inesperada. Mas nas semanas seguintes verificaram que havia ali algo sério. Estavam mesmo a orar, a rezar uns pelos outros. E por todos. Era o momento alto da semana para alguns membros.
Com todo este contexto, uma das pessoas do grupo, Shannon Austin, começou a dizer que este grupo é uma “igreja do vinho”.
“É uma igreja sem regras. Eu sempre amei Jesus profundamente. Mas também sempre odiei regras”, partilhou Shannon.
E o criador Steve Inrig nem gostava muito de vinho, antes de conhecer a sua esposa. Mas agora deverá repetir imensas vezes uma frase.
https://zap.aeiou.pt/a-pandemia-criou-a-igreja-do-vinho-462154
Steve Inrig tem grande fé nos dons do Espírito. Especialmente nos dons que estão dentro de uma garrafa de bom vinho.
O início do artigo publicado no Religion News Service já deixa o mote: vem aí algo invulgar.
Steve é pastor, muito ligado à igreja, e professor universitário em Los Angeles. Mas é também enólogo, nunca a nível profissional. Foi essa vertente, de enólogo, que o levou a criar um grupo online que reuniu amigos, sorrisos e conversas sobre vinho. E com orações pelo meio.
É que, no início, a intenção do professor era – como em milhões de casos – manter o contacto com amigos (a pandemia tinha fechado o mundo, pouco antes). O pretexto? A devoção pelo vinho e pela vinificação. O novo grupo chegou a reunir, no máximo, 20 pessoas.
Mas, com o passar do tempo, aquelas conversas de vídeo, sempre ao sábado, deixaram de ser apenas diálogos divertidos sobre vinho. Passaram a ser momentos profundos.
Criou-se ali uma comunidade espiritual.
Como é que essa mudança começou? Por causa de um casal que contou aos outros elementos que, por causa da COVID-19 (celebrações canceladas), tinha deixado de frequentar a igreja da sua comunidade.
Jim e Wendy McKinney são os nomes do casal que mudou este grupo. A comunidade religiosa onde estavam inseridos não desapareceu: foram organizados encontros e outras iniciativas online – mas não era a mesma coisa. A amizade, a interacção social, foram desaparecendo; e, com elas, também a motivação foi desaparecendo.
Jim e Wendy contaram aos outros membros da comunidade – a do vinho – que tinham encontrado naquele grupo sobre vinhos o seu “refúgio”, o seu momento de fé, espiritual.
“A verdade é que este clube do vinho passou a ser uma oportunidade de poder conversar com alguns cristãos que pensam como eu“, contou um surpreendido Jim McKinney, que gostou muito da cumplicidade que se criou. E nem conhecia a maioria das pessoas.
Apesar da distância física, o momento de partilha de vinho e de comida, cada um em sua casa, tornou este grupo especial e originou uma sensação, uma consciência de espiritualidade. O vinho cria um apelo à oração.
Aí, por causa do casal, começaram a rezar. Todos. Mesmo à distância.
No início brincaram sobre essa mudança inesperada. Mas nas semanas seguintes verificaram que havia ali algo sério. Estavam mesmo a orar, a rezar uns pelos outros. E por todos. Era o momento alto da semana para alguns membros.
Com todo este contexto, uma das pessoas do grupo, Shannon Austin, começou a dizer que este grupo é uma “igreja do vinho”.
“É uma igreja sem regras. Eu sempre amei Jesus profundamente. Mas também sempre odiei regras”, partilhou Shannon.
E o criador Steve Inrig nem gostava muito de vinho, antes de conhecer a sua esposa. Mas agora deverá repetir imensas vezes uma frase.
https://zap.aeiou.pt/a-pandemia-criou-a-igreja-do-vinho-462154
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