Resumo: o número de casos positivos vai crescer muito, o número de casos graves e de mores (espera-se) vai descer muito.
O que se sabe sobre o coronavírus em Fevereiro de 2022 não é o que se sabia sobre o coronavírus em Fevereiro de 2020. Nem se costuma comparar.
No início ouvia-se ou lia-se algo como “isto vai acabar daqui a duas semanas”. Ou, no caso da Europa Ocidental, “isto é lá longe, na China, não chega cá”.
Ou então os alertas sobre a imunidade: “Pode perder-se a imunidade à COVID-19 em poucos meses”, avisava o jornal The Guardian em Julho de 2020.
Esta retrospectiva elaborada pela National Public Radio e serve para reforçar a tese: o conhecimento, não só popular mas sobretudo entre os especialistas, agora é mais preciso, mais acertado, com muito maior evidência científica.
E o cenário é agora mais optimista, por exemplo em relação à imunidade pós-infecção: a maioria das pessoas fica muito mais protegida, depois de estar doente. A imunidade aumenta quando a pessoa está vacinada.
No geral, quando é “atacado” pelo coronavírus, o sistema imunitário cria dois tipos de protecção: contra uma eventual nova infecção e contra doenças graves.
Sintomas leves, em novas infecções, permitem controlar – e conviver com – a doença mais facilmente.
Um estudo no Qatar indica que, em mais de 350 mil pessoas infectadas, apenas 1.300 foram novamente “apanhadas” pela pandemia. Na segunda infecção o risco de ser hospitalizada foi cerca de 90% menor, comparando com quem foi infectado pela primeira vez.
Ou seja, as pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus e que estão vacinadas estão muito mais “tranquilas” em caso de nova infecção. E a protecção, nestes casos, pode durar anos – sobretudo em pessoas saudáveis e com menos de 50 anos.
Num contexto em que haverá mais pessoas infectadas, pelo menos uma vez, pelo vírus, do que pessoas que nunca foram infectadas, o panorama geral é animador.
Embora não se garanta a 100 por cento que uma pessoa vacinada e já infectada não vá ser novamente infectada pela COVID-19. Nos primeiros quatro meses após a infecção, uma reinfecção é muito pouco provável mas, depois desse período, pode acontecer.
Aliás, é provável que a maioria das pessoas contraia o vírus todos os anos, ou uma vez de dois em dois anos.
Resumo: nos próximos meses e anos o número de casos positivos vai crescer muito; mas o número de casos graves e de mortes (espera-se) vai descer muito.
https://zap.aeiou.pt/futuro-da-pandemia-comeca-a-ser-mais-claro-algumas-explicacoes-461642
O que se sabe sobre o coronavírus em Fevereiro de 2022 não é o que se sabia sobre o coronavírus em Fevereiro de 2020. Nem se costuma comparar.
No início ouvia-se ou lia-se algo como “isto vai acabar daqui a duas semanas”. Ou, no caso da Europa Ocidental, “isto é lá longe, na China, não chega cá”.
Ou então os alertas sobre a imunidade: “Pode perder-se a imunidade à COVID-19 em poucos meses”, avisava o jornal The Guardian em Julho de 2020.
Esta retrospectiva elaborada pela National Public Radio e serve para reforçar a tese: o conhecimento, não só popular mas sobretudo entre os especialistas, agora é mais preciso, mais acertado, com muito maior evidência científica.
E o cenário é agora mais optimista, por exemplo em relação à imunidade pós-infecção: a maioria das pessoas fica muito mais protegida, depois de estar doente. A imunidade aumenta quando a pessoa está vacinada.
No geral, quando é “atacado” pelo coronavírus, o sistema imunitário cria dois tipos de protecção: contra uma eventual nova infecção e contra doenças graves.
Sintomas leves, em novas infecções, permitem controlar – e conviver com – a doença mais facilmente.
Um estudo no Qatar indica que, em mais de 350 mil pessoas infectadas, apenas 1.300 foram novamente “apanhadas” pela pandemia. Na segunda infecção o risco de ser hospitalizada foi cerca de 90% menor, comparando com quem foi infectado pela primeira vez.
Ou seja, as pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus e que estão vacinadas estão muito mais “tranquilas” em caso de nova infecção. E a protecção, nestes casos, pode durar anos – sobretudo em pessoas saudáveis e com menos de 50 anos.
Num contexto em que haverá mais pessoas infectadas, pelo menos uma vez, pelo vírus, do que pessoas que nunca foram infectadas, o panorama geral é animador.
Embora não se garanta a 100 por cento que uma pessoa vacinada e já infectada não vá ser novamente infectada pela COVID-19. Nos primeiros quatro meses após a infecção, uma reinfecção é muito pouco provável mas, depois desse período, pode acontecer.
Aliás, é provável que a maioria das pessoas contraia o vírus todos os anos, ou uma vez de dois em dois anos.
Resumo: nos próximos meses e anos o número de casos positivos vai crescer muito; mas o número de casos graves e de mortes (espera-se) vai descer muito.
https://zap.aeiou.pt/futuro-da-pandemia-comeca-a-ser-mais-claro-algumas-explicacoes-461642
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