Meta avisou que, se não tiver margem maior para a partilha de dados, vai deixar de disponibilizar Facebook e Instagram na Europa.
Foi uma “bomba” que caiu sobre os utilizadores das duas maiores redes sociais na Europa: a Meta colocou o cenário de deixar de disponibilizar o Facebook e o Instagram aos utilizadores que vivem em países da União Europeia.
No relatório anual relativo a 2021, logo na fase inicial do documento a empresa de Mark Zuckerberg centra-se nas leis e nos regulamentos que estão “em evolução” e que determinam “se e como” pode transferir, processar e/ou receber determinados dados essenciais para as suas operações.
“Se não pudermos transferir dados entre países e regiões em que operamos, ou se formos impedidos de partilhar dados entre os nossos produtos e serviços, isso poderá afectar a nossa capacidade de fornecer os nossos serviços”, avisa o comunicado de 134 páginas.
O foco são as regras à volta da protecção de dados e os regulamentos sobre o Privacy Shield, a partilha de dados dos utilizadores da União Europeia com os Estados Unidos da América – que foi considerado inválido em 2020, pelo Tribunal de Justiça da União Europeia.
E também se abordam as Cláusulas Contratuais Padrão (SCCs, em inglês), que “foram submetidas a escrutínio regulatório e judicial”.
Depois, o aviso: “Se não for adoptada uma nova estrutura de transferência transatlântica de dados, e se não pudermos continuar a contar com SCCs, ou com outros meios alternativos de transferência de dados da Europa para os Estados Unidos, provavelmente não poderemos disponibilizar na Europa vários dos nossos produtos e serviços mais importantes, incluindo Facebook e Instagram“.
Mais tarde, a empresa assegurou que não tem qualquer “desejo ou plano” de cortar os seus serviços na União Europeia.
Em declarações à CNN Portugal, Carlos Martins, especialista em tecnologia, não se mostrou preocupado com este parágrafo do relatório: “É mais um bluff da Meta. Tentam ganhar a pressão do público e das empresas contra as alterações na lei”.
“A imagem negativa da Meta, ao nível do tratamento de dados, prevalece. E as pessoas continuam a utilizar os serviços mas não têm intenção de lutar pelo Facebook”, analisou.
Na bolsa já houve consequências: depois da queda abrupta no dia da publicação do relatório (quarta-feira), nesta terça-feira a Meta atingiu o valor mais baixo do último ano, na Nasdaq. Cada acção valia cerca de 221 dólares, no momento da elaboração deste artigo.
https://zap.aeiou.pt/avisos-da-meta-sao-mais-um-bluff-461617
Foi uma “bomba” que caiu sobre os utilizadores das duas maiores redes sociais na Europa: a Meta colocou o cenário de deixar de disponibilizar o Facebook e o Instagram aos utilizadores que vivem em países da União Europeia.
No relatório anual relativo a 2021, logo na fase inicial do documento a empresa de Mark Zuckerberg centra-se nas leis e nos regulamentos que estão “em evolução” e que determinam “se e como” pode transferir, processar e/ou receber determinados dados essenciais para as suas operações.
“Se não pudermos transferir dados entre países e regiões em que operamos, ou se formos impedidos de partilhar dados entre os nossos produtos e serviços, isso poderá afectar a nossa capacidade de fornecer os nossos serviços”, avisa o comunicado de 134 páginas.
O foco são as regras à volta da protecção de dados e os regulamentos sobre o Privacy Shield, a partilha de dados dos utilizadores da União Europeia com os Estados Unidos da América – que foi considerado inválido em 2020, pelo Tribunal de Justiça da União Europeia.
E também se abordam as Cláusulas Contratuais Padrão (SCCs, em inglês), que “foram submetidas a escrutínio regulatório e judicial”.
Depois, o aviso: “Se não for adoptada uma nova estrutura de transferência transatlântica de dados, e se não pudermos continuar a contar com SCCs, ou com outros meios alternativos de transferência de dados da Europa para os Estados Unidos, provavelmente não poderemos disponibilizar na Europa vários dos nossos produtos e serviços mais importantes, incluindo Facebook e Instagram“.
Mais tarde, a empresa assegurou que não tem qualquer “desejo ou plano” de cortar os seus serviços na União Europeia.
Em declarações à CNN Portugal, Carlos Martins, especialista em tecnologia, não se mostrou preocupado com este parágrafo do relatório: “É mais um bluff da Meta. Tentam ganhar a pressão do público e das empresas contra as alterações na lei”.
“A imagem negativa da Meta, ao nível do tratamento de dados, prevalece. E as pessoas continuam a utilizar os serviços mas não têm intenção de lutar pelo Facebook”, analisou.
Na bolsa já houve consequências: depois da queda abrupta no dia da publicação do relatório (quarta-feira), nesta terça-feira a Meta atingiu o valor mais baixo do último ano, na Nasdaq. Cada acção valia cerca de 221 dólares, no momento da elaboração deste artigo.
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