quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

“Bem vindo ao inferno”: Ucranianos acusam Putin de estar “demente, louco” !


Centenas de ucranianos protestaram em frente à embaixada da Rússia em Kiev, manifestando-se contra a proclamação russa da independências das repúblicas populares.

“Bem-vindo ao inferno”, “não temos medo de Putin” e “escolhemos a Europa, não a Rússia”. Estes foram alguns dos cartazes que ucranianos exibiram em frente à embaixada da Rússia em Kiev, esta terça-feira.

Segundo o The Guardian, estavam a manifestar-se contra a proclamação russa da independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Houve cânticos, música e bandeiras amarelas e azuis à frente da embaixada de Moscovo.

Os manifestantes insurgiram-se contra o discurso de segunda-feira do Presidente russo, que dava conta de que a Ucrânia sempre fizera parte da Rússia.

“O Putin está insano, maluco“, disse um dos presente nos protestos, o ativista Roman Tyschenk, que garantiu que a “Ucrânia é um país e um Estado”. “Temos tradições antigas. Kiev foi fundada antes de Moscovo”.  

Outro ativista na manifestação, Serhiy Ikonnikov, afirmou que o exército “irá defender o país”. “Na história das guerras há sempre uma questão de motivação. O exército russo não a tem. Nós temo-la. Vamos defender o nosso país, as nossas casas, as nossas famílias. Se Putin invadir [a Ucrânia], será derramado muito sangue russo”.

Serhiy Ikonnikov reconheceu ter “um pouco de medo” da guerra, mas mais pelos familiares do que propriamente por ele. No entanto, também assumiu haver uma “certa excitação”.

“Se Putin nos invadir será o fim da Rússia“, vaticinou, referindo que será o “começo de uma nova Europa maravilhosa, sendo a Ucrânia membro dessa Europa”.

Uma antiga bibliotecária reformada, Olga Machevska, também esteve presente na manifestação e indicou que a visão de Putin da história é errada: “Ele devia voltar ao arquivos”.

“Nós tivemos ‘Kyivan Rus’ [uma confederação que ia desde a Ucrânia até à Finlândia desde o século IX ao XIII]. No século XI, nós construímos a catedral de Santa Sofia. Em Moscovo não havia nada: apenas bosques”, apontou.
“Soluções diplomáticas” para a crise da Ucrânia

O Presidente da Rússia insistiu esta quarta-feira que os interesses e a segurança do país “não são negociáveis”, elogiou as capacidades militares russas, mas disse estar pronto para encontrar “soluções diplomáticas” para a crise da Ucrânia.

“O nosso país está sempre aberto ao diálogo direto e honesto para encontrar soluções diplomáticas para os problemas mais complexos”, afirmou Vladimir Putin, num discurso televisivo transmitido no Dia do Defensor da Pátria.

“No entanto, os interesses e a segurança de nossos cidadãos não são para nós negociáveis”, acrescentou Putin, segundo o Diário de Notícias.

A Rússia tem exigido aos países ocidentais garantias de que a Ucrânia nunca se tornará membro da NATO.

Ao citar como ameaças à Rússia “o afrouxamento do sistema de controlo de armas” e “as atividades militares da NATO”, Putin defendeu, mais uma vez, que as preocupações russas permanecem “sem resposta”.

O Presidente russo prometeu também continuar a desenvolver as capacidades do exército e da marinha, as “tecnologias digitais avançadas” e a inteligência artificial, e as chamadas armas hipersónicas.

A Rússia desenvolveu nos últimos anos mísseis hipersónicos, alegadamente capazes de superar qualquer escudo existente.

O país é também regularmente acusado de ataques cibernéticos em larga escala e campanhas de desinformação contra adversários.

A Rússia reconheceu na segunda-feira como independentes os dois territórios ucranianos separatistas de Donetsk e Lugansk.

Na terça-feira, as autoridades russas esclareceram que o reconhecimento se refere ao território ocupado quando as autoproclamadas repúblicas anunciaram esse estatuto em 2014, o qual inclui espaço atualmente detido pelas forças ucranianas.

Putin anunciou que as forças armadas russas poderão deslocar-se para aqueles territórios ucranianos em missão de “manutenção da paz“, decisão que já foi autorizada pelo Senado russo.
Sanções contra a Rússia e territórios separatistas

O Japão, a Austrália e o Canadá anunciaram nas últimas horas sanções contra a Rússia e os territórios separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, que o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu na segunda-feira como independentes.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo vai proibir nova emissões e distribuição de títulos de dívida soberana russa no Japão, em resposta às “ações da Rússia na Ucrânia”.

Kishida disse que o país vai também proibir o comércio com Lugansk e Donetsk, suspender a emissão de vistos para as pessoas ligadas às duas zonas do leste da Ucrânia e congelar os bens desses indivíduos no Japão.

O primeiro-ministro nipónico adiantou que as sanções vão entrar em vigor “o mais depressa possível”.

Kishida indicou que o Japão está preparado para adotar medidas adicionais, se a situação piorar, em coordenação com os restantes países-membros do G7, e garantiu que o Japão fará tudo para proteger os japoneses que ainda estão na Ucrânia, apesar de Tóquio ter há dez dias aconselhado os seus cidadãos a abandonar o país.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou sanções contra instituições bancárias como o VEB, um dos maiores bancos de investimento e desenvolvimento da Rússia, e o banco militar russo, entre outros.

A Austrália vai também impor sanções contra indústrias de diversos setores, como a energia, mineração e hidrocarbonetos, das regiões de Donestsk e Lugansk, que passam ainda a ser abrangidas por sanções impostas em 2011 à Crimeia e a Sebastopol, então ocupadas pela Rússia.

Morrison disse que a Austrália vai também proibir a entrada e aplicar sanções financeiras a oito membros do conselho de segurança da Rússia, órgão que reúne os principais decisores russos, em particular os líderes do Exército e dos serviços secretos.

O governante referiu que ainda há cerca de 1.400 australianos a viver na Ucrânia e acrescentou ter ordenado o processamento urgente dos pedidos de vistos apresentados por 1.400 ucranianos, incluindo estudantes.

Camberra já entrou em contacto com uma série de empresas para prevenir um possível ataque cibernético a infraestrutura crítica australiana em retaliação pelas sanções impostas contra a Rússia, disse Morrison.

Já o Canadá vai passar a proibir os seus cidadãos “de realizarem quaisquer transações estrangeiras” com os territórios separatistas pré-russos de Lugansk e Donetsk. Os canadianos estão também proibidos de “participar na compra de dívida russa”.

O primeiro-ministro Justin Trudeau revelou também, em conferência de imprensa, sanções aos parlamentares russos que votaram a favor da “decisão ilegal de reconhecer esses territórios”.

O chefe do governo explicou ainda que até 460 militares das Forças Armadas do Canadá vão ser mobilizados para a Letónia, para reforçar a NATO perante a ameaça de uma invasão da Rússia à Ucrânia.

As medidas reveladas por Austrália, Japão e Canadá surgem no seguimento dos anúncios por outros países e organismos ocidentais, como a UE que aprovou esta terça-feira um “pacote de sanções” contra a Rússia “por unanimidade”.

O Reino Unido anunciou sanções contra três oligarcas conhecidos por serem próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, e contra cinco bancos russos.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que Berlim tomou medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, para distribuição de gás natural russo à Alemanha.

Já o Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou um conjunto de sanções económicas a indivíduos, entidades e bancos russos.

Joe Biden afirmou que os Estados Unidos da América impõem, no imediato, um “bloqueio total” a duas grandes instituições financeiras russas e “sanções abrangentes” à dívida russa.

https://zap.aeiou.pt/bem-vindo-ao-inferno-ucranianos-acusam-putin-de-estar-insano-464019


A Alemanha suspendeu o gasoduto Nord Stream 2 !

O projecto iria duplicar o fornecimento de gás natural à Europa, sendo que 40% do gás usado na UE já é oriundo da Rússia. Scholz suspendeu o Nord Stream 2 perante o reconhecimento russo da independência das regiões separatistas e já se antecipa um aumento da inflação.

Durante a sua visita à Casa Branca, há cerca de duas semanas, Olaf Scholz nem sequer mencionou o gasoduto Nord Stream 2 mesmo com as questões dos jornalistas, mas Joe Biden respondeu por ele, avisando que o projecto seria suspenso caso as tropas russas entrassem na Ucrânia.

Apesar das críticas à postura alemã durante esta escalada de tensão, com os aliados do Ocidente a condenar Berlim por não enviar armamento para a Ucrânia e pelas respostas evasivas do chanceler sobre a possibilidade de impor sanções, Scholz deixou agora a sua posição bem clara, depois de Putin ter anunciado oficialmente que reconhece a independência das zonas separatistas de Donetsk e Luhansk. A União Europeia também já avançou com sanções como retaliação.

“A situação agora é fundamentalmente diferente”, garantiu Scholz na conferência de imprensa onde anunciou que o processo de certificação do Nord Strem 2 vai ser suspenso, impedindo a entrada em funcionamento do gasoduto.

O chanceler alemão invocou a Carta de Princípios das Nações Unidas para justificar a decisão, referindo que o objectivo é pressionar Moscovo para que Putin aceite resolver o conflito pela via diplomática.

Scholz anunciou também a criação de um gabinete que pretende diversificar as importações de gás natural para o país, mas sublinhou que a Alemanha vai continuar sem vender armas a Kiev, preferindo apenas manter o apoio económico.

Mas afinal, o que é o Nord Stream 2 e que impacto vai esta decisão ter para a Rússia e a para o resto da Europa?


 Al Jazeera

O que é o Nord Stream 2?

A ideia por detrás do Nord Stream 2 foi criar uma rota paralela ao Nord Stream 1, que desde 2011 funciona no fundo do Mar Báltico. O novo gasoduto — que se estende ao longo de 1230 quilómetros e liga Ust-Luga, na Rússia, a Greifswald, no nordeste da Alemanha — foi concluído em 2021, mas ainda não entrou em funcionamento por ainda não ter sido aprovado pelos reguladores alemães e europeus.

O projecto teria a capacidade de fornecer mais 55 mil milhões de metros cúbicos de gás natural russo por ano à Alemanha, duplicando assim o valor actual.

A ideia não veio sem críticas, suscitando protestos por parte de grupos ambientalistas e também condenação por parte dos Estados Unidos e da própria Ucrânia, que não vêem com bons olhos o aumento da dependência europeia do gás natural russo.

Para além disso, Kiev preocupava-se com a possibilidade de Moscovo aumentar a pressão sobre a economia ao diminuir as exportações de gás natural através dos gasodutos que passam pela Ucrânia, como o Brotherhood, e preferir fazê-lo pelo Nord Stream 2, que não atravessa o território ucraniano.

O gás natural é a sua fonte energética mais usada na Europa, apenas atrás do petróleo. No total, a Rússia fornece 40% do gás consumido no velho continente e esta dependência tem vindo a aumentar com a maior aposta nesta fonte energética, à medida que se reduz o uso do carvão. Nos meses de Inverno, entre Janeiro e Março, a dependência em Moscovo aumenta ainda mais, tendo chegado a 60% em 2019.

Por outro lado, a Europa não é o único perdedor com a suspensão do Nord Stream 2, já que a economia russa também se apoia bastante nas exportações de gás natural.

De acordo com os dados da Gazprom, a maior empresa energética russa e maior exportadora de gás natural no mundo, 78% das suas vendas tiveram como destino a Europa Ocidental e a Turquia em 2020 e 22% foram para países da Europa Central. Os maiores compradores foram a Alemanha, a Itália, a Áustria, a Turquia e a França.

A Rússia assinou recentemente um acordo de comércio energético com a China através do novo gasoduto Power Siberia 2, mas este só deve estar pronto em 2025 e não terá a mesma dimensão económica que o Nord Stream 2, dada a aposta de Pequim na produção da sua própria energia com a construção de centrais nucleares.

Qual o impacto da suspensão do gasoduto?

Dada a importância mútua do comércio de gás natural entre a Europa e a Rússia, a situação actual trata-se de um puxão de corda entre as duas forças. É pouco provável que a suspensão do Nord Stream 2 seja suficiente para fazer Putin ceder, visto que este gasoduto ainda nem estava operacional e que mesmo sem ele, a dependência europeia no gás russo é evidente.

A possibilidade de uma retaliação por parte de Moscovo com o corte do fornecimento de gás também parece pouco provável, pelo menos por enquanto, dado o impacto que isso também teria na economia russa.

Horas depois do anúncio de Scholz, o Ministro da Energia russo, Nikolai Shulginov, garantiu que a Rússia vai continuar a exportar o gás natural “sem interrupção”. “As empresas russas estão a honrar os seus contratos e a trabalhar para desenvolver a produção e exportação de gás natural para países como a Turquia, França e Alemanha”, referiu o político.

Caso Putin decidisse avançar com um corte total todo o gás natural do resto do mundo não seria suficiente para abastecer a Europa, sendo este um grande trunfo na manga do líder russo. Na eventualidade de um corte parcial, a Europa pode procurar outros fornecedores, como os Estados Unidos, que são o segundo maior fornecedor de gás para Portugal, a seguir à Nigéria.

Para António Costa Silva, especialista em energia ouvido pelo Observador, muitas das culpas da enorme dependência europeia da Rússia caem sobre Berlim. “A Alemanha está a cercear todo o desenvolvimento da política europeia de energia e todo o desenvolvimento do mercado único da energia que era a única maneira de a Europa não ficar presa do gás russo”, afirma, considerando mesmo que a Alemanha é o “cavalo de Tróia da Rússia“, já que as suas decisões vão afectar países como a Itália ou a Áustria mais do que a própria Alemanha.

“O problema crucial não é a Alemanha, é o resto da Europa e aquilo que o presidente Putin pode fazer se tiver numa situação extremamente difícil e se repetir as jogadas que já fez no passado em 2006 e 2009, em que cortou o abastecimento”, remata.

Aumento de preços à vista?

A hipótese de um corte total do abastecimento é pouco provável, mas essa não seria a única forma da Rússia fazer estragos na economia europeia. A Gazprom pode continuar a cumprir os contratos, mas reduzir o fornecimento aos valores mínimos, que são bastante baixos e já levariam a um aumento dos preços do gás.

Essa inflação já é notória, com a valorização do gás natural e o preço de um barril de petróleo a chegar quase aos 100 dólares, um valor a que não chegava desde 2014.

Dada a dependência generalizada da economia no sector energético, este aumento de preços deve criar um efeito de bola de neve e agravar ainda mais o problema da inflação que já se faz sentir desde o início do ano e que levou o Banco Central Europeu a anunciar um aumento das taxas de juro.

Costa e Silva acredita que a Península Ibérica não vai ser o território mais afectado, mas que o impacto noutros países europeus pode ser “brutal”. A UE está a lidar com “um mestre da geopolítica” e Putin não vai hesitar em usar a energia como arma neste conflito, acredita o perito, que defende que a Europa perdeu demasiado tempo ao não apostar em diversificar as suas fontes energéticas e na criação de um mercado único, tornando assim os russos “os reis da energia”.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-suspendeu-nord-stream-2-464021


“Hank the Tank”: Urso gigantesco e faminto está a devastar uma cidade da Califórnia !


Desde julho, um urso gigantesco tem invadido casas em South Lake Tahoe, uma cidade na Califórnia, Estados Unidos. Com mais de 220 quilos, o imponente animal tem assustado a comunidade.

Segundo o HuffPost, só nos espaço de sete meses, o urso causou grandes danos a 33 propriedades e com o seu “imenso tamanho e força” entrou em 28 casas, derrubando tudo o que lhe aparecia à frente.

O “imenso tamanho e força” do urso facilitam-lhe a passagem tanto pelas portas da frente como pelas portas da garagem, lê-se num comunicado do Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia.

O organismo anunciou que está atualmente em curso um “esforço especial de armadilhagem” para capturar o animal, apelidado de “Hank the Tank“.  

De acordo com as autoridades, a maior dificuldade reside no facto de o urso estar habituado à presença humana e à alimentação, estando “severamente habituado à comida”. Como não tem medo de se aventurar nas cidades em busca de uma boa refeição, vai causando estragos por onde passa.

Até agora, contudo, não foram comunicados quaisquer incidentes com seres humanos, embora as autoridades tenham recebido quase 150 telefonemas de residentes preocupados com a presença do urso em South Lake Tahoe.

Nem os tasers, nem as sirenes têm sido eficazes na luta para parar o urso gigante. A situação também preocupa as associações de proteção animal, que receiam que as autoridades decidam abater o animal por carecerem de uma outra solução.

Ainda assim, os funcionários locais acreditam que a morte de Hank só seria considerada como um último recurso.

A maioria dos incidentes aconteceu durante a primavera e verão, altura em que o urso se encontrava em hiperfagia, um estado de alimentação constante que prepara os ursos para a hibernação. Hank the Tank acordou este mês e, com ele, a confusão.

Este caso está longe de ser isolado. Na América do Norte, são cada vez mais registadas incursões deste tipo de animais.

Uma das razões apontadas é a mudança climática: as sucessivas secas têm um forte impacto nas fontes alimentares dos ursos, que os leva a fazer pequenas visitas para se alimentarem. Neste caso específico, a fome justifica os meios.

https://zap.aeiou.pt/hank-the-tank-urso-gigantesco-e-faminto-463806


Depois do Wordle, surge o Worldle !


Não é o mesmo jogo: neste, tentamos adivinhar o país desenhado na página. Temos seis tentativas e vamos recebendo indicações geográficas.

O Wordle está mesmo a ser um fenómeno. O jogo de palavras já foi comprado pelo New York Times, já teve direito a versões em vários países (incluindo o Quina português) e agora tem direito a uma versão…no mapa-múndi.

Ou mais ou menos. Este jogo, criado no final de Janeiro (e igualmente gratuito), chama-se Worldle. Parece a mesma palavra mas está ali a letra que muda tudo: ” l “.

De jogo de palavras (word, em inglês) passamos para um jogo do mundo (world), em que tentamos descobrir qual é o país representado no desenho, nos contornos apresentados, no topo da página.

E este jogo não envolve letras. O utilizador não tem de descobrir o nome do país praticamente letra a letra: as pistas são dadas em quilómetros.

Ou seja, de cada vez que falhar, o utilizador fica a saber a quantos quilómetros fica a resposta certa.

Exemplo: pensamos que o desenho, a silhueta, representa Portugal. Mas como a resposta correcta é Itália, o site vai mostrar-nos a que distância fica Itália de Portugal e vai indicar se Itália fica a norte, a sul, a sudoeste…

E também indica a percentagem de proximidade do país representado. Se, por exemplo, a nossa tentativa tiver uma percentagem superior a 90%, é provável que a resposta certa seja um país que faz fronteira com aquele que acabámos de escrever; mas se a percentagem for 5%, é sinal de que o país deve ficar do outro lado do planeta, comparando com a nossa resposta.

No fundo, é um jogo de geografia. E temos seis tentativas para chegar à resposta certa.

Para os conhecedores mais profundos da geografia mundial, o Worldle dá a opção de retirar o desenho. Ou de mantê-lo, mas numa perspectiva errada, rodando o desenho de forma aleatória.

Cerca de duas semanas depois do lançamento, mais de 500 mil pessoas jogaram o Worldle num dia. O francês Antoine Teuf, criador do jogo, não esperava este sucesso: “Era suposto ser um projecto pequeno”.

https://zap.aeiou.pt/depois-do-wordle-surge-o-worldle-463711

 

Donald Trump lança Truth Social, a sua rede social !


Um ano depois de ter sido banido do Twitter, do Facebook e do YouTube, o ex-Presidente norte-americano Donald Trump lança esta segunda-feira a Truth Social, a rede social que promete ser “livre e aberta”.

O antigo Presidente dos Estados Unidos está de volta às redes sociais, depois de ter sido banido de várias plataformas no ano passado, na sequência do ataque ao Capitólio.

A rede social de Donald Trump, denominada Truth Social, foi anunciada em outubro pela empresa Trump Media & Technology Group (TMTG) e tem como objetivo ser um forte adversário dos gigantes Twitter, Facebook e YouTube.

A principal missão é “encorajar um debate global aberto, livre e honesto, sem discriminar ideologias políticas”.

“Vamos começar a disponibilizar a aplicação na loja da Apple esta semana“, revelou Devin Nunes, chefe do TMTG, em entrevista à Fox News, citada pelo The Guardian. “Acho que até final de março estaremos totalmente operacionais, pelo menos nos Estados Unidos.”
 
Para já, tanto o site como a aplicação só estão acessíveis a partir de servidores registados no país e só pode ser descarregada por utilizadores de iPhones. A empresa ainda não fez qualquer referência à hipótese de estar a ser preparada uma versão Android.

Trump acusa o Twitter e o Facebook de censura e as empresas justificam-se com a obrigação dos utilizadores de cumprirem as condições legais que aceitam quando criam uma conta nos respetivos serviços.

Também a rede social de Trump dispõe de Condições de Utilização, que determinam que a empresa se reserva no direito de “acionar os mecanismos legais apropriados contra quem (…) violar a lei ou as presentes condições, incluindo a denúncia do utilizador em causa às forças de segurança”, e de “recusar, restringir o acesso, limitar a disponibilização ou cortar o acesso a um utilizador”.

“Como utilizador do site, você aceita que não nos pode denegrir, a nós e/ou ao nosso site, nem nos pode prejudicar de qualquer outra forma”, lê-se ainda. Quem não concordar com as condições, “será expressamente proibido de usar o site”.

https://zap.aeiou.pt/truth-social-donald-trump-463708


“Ato de intimidação”: Austrália exige à China uma investigação ao navio que apontou laser a avião !

Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália
No domingo, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison já tinha acusado a China de ter realizado um “ato de intimidação” depois de, na semana passada, um navio da marinha chinesa ter apontado um laser a um avião de vigilância militar australiano.

Segundo o Raw Story, um navio chinês do Exército da Libertação do Povo (PLA-N) apontou um laser a um avião de patrulha marítima P-8A Poseidon na quinta-feira, enquanto sobrevoava muito perto do norte da Austrália, tendo colocado vidas humanas potencialmente em perigo.

O tipo de laser empregue serve, normalmente, para designar o alvo antes do disparo de uma arma.

“Não vejo outra forma senão um ato de intimidação, não provocado, injustificado”, disse Scott Morriso, em conferência de imprensa. “A Austrália nunca aceitará tais atos de intimidação.”

Já esta segunda-feira, Morrison exigiu à República Popular da China que abra uma “investigação completa” ao caso e afirmou que a embarcação chinesa estava tão próxima da Austrália que era possível avistá-la a partir da costa.

A China, contudo, diz que a versão australiana dos factos não corresponde à verdade, acusando a Marinha da Austrália de ter lançado um sonobuoy – dispositivo capaz de detetar submarinos – para perto de navios chineses.

De acordo com o Público, o Ministério da Defesa chinês também defendeu as ações dos seus navios, garantindo que estes estão vinculados ao direito internacional.

“O avião australiano de patrulha e anti-submarinos P-8 invadiu o espaço aéreo em redor da nossa formação de navios e ficou apenas a quatro quilómetros da nossa embarcação mais próxima”, descreveu um porta-voz, através de uma publicação no site do ministério na rede social Weibo.

“Através das fotografias tiradas aos nossos navios, é possível ver que o avião australiano está muito próximo e que lança um sonobuoy para as proximidades do nosso navio. Este comportamento malicioso e provocador pode muito facilmente levar a equívocos e a erros de avaliação, constituindo uma ameaça à segurança dos navios e do pessoal de ambos os lados”, acrescentou.

A China exige assim que a Austrália “cesse imediatamente quaisquer ações provocatórias e perigosas similares e que pare de fazer acusações sem fundamento e difamações, para não prejudicar as relações entre os dois países e os dois Exércitos”, concluiu o porta-voz.

A tensão entre Canberra e Pequim aumentou de intensidade desde que os Governos dos EUA, Austrália e Reino Unido anunciaram o AUKUS, um pacto militar, que, entre outras disposições, oferecerá aos australianos a tecnologia necessária para obterem submarinos movidos a energia nuclear.

https://zap.aeiou.pt/ato-de-intimidacao-australia-exige-china-463748

 

Eurovisão. Polaca cantou mal de propósito: “Eu já sabia quem ia ganhar” !


A nossa boa canção foi para o lixo”, lamentam as compositoras. Um caso raro no festival nacional da Polónia.

O Festival Eurovisão da Canção 2022 continua a mexer, em diversos países. Não propriamente o evento, que está marcado para Maio, em Turim, mas os festivais nacionais de apuramento, que se sucedem.

O português, o Festival RTP da Canção, será em Março. Mas já conhecemos 20 das 41 músicas que irão ser apresentadas em Itália. O caso espanhol já deu que falar, por causa das ameaças de morte a uma das juradas.

No sábado passado, dia 19, realizou-se na Polónia o festival Tu bije serce Europy! Wybieramy hit na Eurowizję. Ou seja: ‘O coração da Europa bate aqui! Escolhemos um sucesso para a Eurovisão’. E nesse certame surgiu um contexto diferente e raro.

O vencedor foi Krystian Ochman, com a música River.  

Mas o festival polaco chega às notícias por cá devido à reacção das compositoras Ylva e Linda Persson.

As irmãs gémeas, assíduas no contexto eurovisivo, criaram uma das canções apresentadas no sábado: Why does it hurt?. As criadoras acreditavam num bom resultado, pensavam na vitória, mas a sua música ficou no…último lugar.

A responsável por este desfecho foi a intérprete, Lidia Kopania, que misturou momentos de desafinação com momentos de desorientação no palco. E ficou a dúvida se estava emocionada, ou se não sabia a letra.

“Foi um momento triste para nós, enquanto compositoras. Esperávamos ver algo profissional mas infelizmente o que ela cantou não representou, nem de perto, a melodia ou a letra que criámos. E foi feito de forma intencional“, escreveram as compositoras na sua página do Facebook.

As irmãs Persson acrescentaram: “Queremos assegurar que, enquanto compositoras da canção, não estivemos envolvidas nesta decisão da cantora. E não queremos ficar associadas a esta decisão. Uma boa canção foi para o lixo“.

A reacção criou um impacto grande na Polónia e as compositoras publicaram novo comunicado no dia seguinte, no seu blogue.

Ylva e Linda reforçaram que ficaram “chocadas” por ver o desempenho de Lidia Kopania – que já representou a Polónia na Eurovisão em 2009 – e repetiram que não estavam à espera desta qualidade.

A dupla pensava que Lidia queria dar o seu melhor em palco mas, quando falou com a cantora depois do festival, a intérprete explicou às compositoras que tinha cantado mal de propósito “porque ela já sabia quem ia ganhar“.

Ylva e Linda Persson escreveram novamente que não concordam com a postura de Lidia Kopania: “Achamos que o mais correcto seria ela ter desistido. Prometeu-nos que iria pedir desculpas publicamente”.

https://zap.aeiou.pt/eurovisao-cantora-cantou-mal-de-proposito-eu-ja-sabia-quem-ia-ganhar-463769


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Credit Suisse aceitou mais de 100 mil milhões em dinheiro sujo !


Uma fuga de informação mostra que o Credit Suisse albergou mais de 100 mil milhões de euros de dinheiro sujo ao longo de várias décadas.

Violação de direitos humanos, tráfico de droga, esquemas de lavagem de dinheiro e suspeitas de corrupção. São estes alguns dos crimes de pessoas que, ao longo de várias décadas, guardaram o dinheiro em contas do Credit Suisse, um dos maiores bancos helvéticos.

As descobertas foram feitas graças ao trabalho de investigação feito por mais de 160 jornalistas, em 39 países, com base numa fuga de informação partilhada pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

A fuga inclui mais de 18 mil contas que tinham mais de 100 mil milhões de dólares, avança o Expresso, que pertence ao consórcio de jornalistas responsável pela investigação.

As informações foram fornecidas ao jornal alemão há mais de um ano e não se sabe a identidade do denunciante.

“Acredito que as leis de sigilo bancário suíças são imorais. O pretexto de proteger a privacidade financeira é apenas uma folha de figueira que cobre o vergonhoso papel dos bancos suíços como colaboradores dos evasores fiscais. .Esta situação permite a corrupção e mata à fome os países em desenvolvimento, retirando-lhes receitas fiscais tão necessárias”, explicou o whistleblower.

Não há nada que impeça cidadãos estrangeiros de depositar dinheiro em bancos suíços — um destino muitas vezes escolhido pela forma como as suas leis protegem o sigilo bancário. No entanto, os bancos devem evitar clientes que ganharam dinheiro ilegalmente ou estiveram envolvidos em crimes.

Ora, entre os clientes do Credit Suisse estão indivíduos condenados em tribunal que, já depois disso, conseguiram abrir ou manter contas no banco.

A lista inclui nomes como os do antigo ditador egípcio Hosni Mubarak e do seu chefe dos serviços secretos, Omar Suleiman; ou do general Khaled Nezzar, líder de um junta militar na Argélia que está a ser julgado na Suíça por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Há mais de 100 portugueses cujo nome também consta na lista. O ex-presidente do BESA Álvaro Sobrinho e o fundador da Escom, Hélder Bataglia, são dois dos exemplos mais notórios.

Sobrinho e Bataglia tiveram contas conjuntas no Credit Suisse, sendo que uma delas era titulada por uma offshore envolvida no esquema de desvio de dinheiro do BESA em Angola.

Além do inquérito-crime sobre a apropriação de centenas de milhões de euros no Banco Espírito Santo Angola (BESA), os dois são ainda visados num esquema de lavagem de dinheiro da Operação Monte Branco.

Entretanto, o Credit Suisse já reagiu à investigação do Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP).

“Credit Suisse rejeita fortemente as alegações e a interferência sobre as supostas práticas de negócio do banco”, referiu a empresa em comunicado.

O banco sugere que os documentos revelados são baseados em “informações seletivas, retiradas de contexto, e que resultam de interpretações tendenciosas da conduta dos negócios do banco”.

O Credit Suisse argumenta que as alegações são, na sua maioria, muito antigas e que “as leis, práticas e expectativas sobre as instituições financeiras eram muito diferentes do que são hoje”.

Embora, de facto, haja contas que foram abertas na década de 40, mais de dois terços delas datam já do século XXI, escreve o The Guardian.

Os jornalistas não conseguiram determinar se as contas tinham sido congeladas pelo banco em algum momento.

De acordo com o Credit Suisse, “mais de 60% [das contas bancárias] foram encerradas antes de 2015”.

Ross Delton, antigo regulador bancário, sublinha que pessoas de alto risco e politicamente influentes não estão proibidas de abrir contas bancárias, mas devem ser sujeitas a um escrutínio reforçado.

Em questões de pessoas condenadas judicialmente por corrupção, a atuação é diferente. “Aí, a questão deve ser a de saber se devem ou não aceitar o cliente”, explica Delton.

O banco volta a ver-se envolvido numa polémica depois de, ainda no mês passado, o seu Presidente, o português António Horta-Osório, ter-se demitido depois de nove meses no cargo, após quebrar medidas de prevenção contra a covid-19 na Suíça e Reino Unido.

O português tinha regressado à Suíça do Reino Unido a 28 de novembro e partido para a península ibérica antes de um período de quarentena obrigatório de 10 dias ter terminado. O próprio confirmou a violação das regras, alegando não ter sido intencional.

Antes, Horta-Osório já teria quebrado as regras em julho de 2021, quando assistiu às finais de ténis de Wimbledon em Londres, contrariando as regras de prevenção no Reino Unido.

https://zap.aeiou.pt/credit-suisse-dinheiro-sujo-463605


Nikola Tesla pagou a sua conta de hotel com um “raio da morte” !


Nikola Tesla foi um dos génios e inventores mais impressionantes que o mundo conheceu, mas não estava muito lúcido nos últimos anos da sua vida.

Tesla dizia ter inventado o “raio da morte“, uma arma que, na teoria, poderia enviar um fluxo de energia até distâncias entre 400 e 400 mil quilómetros. Segundo o cientista, a invenção seria capaz de atingir a ionosfera, uma das camadas da atmosfera terrestre.

O inventor foi mais longe e alegou que não só tinha inventado o dispositivo, como tinha também criado um protótipo funcional.

Segundo o IFL Science, Nikola Tesla chegou a viver no Hotel Governor Clinton e tinha uma dívida que ascendia aos 20 mil dólares. A solução passou por oferecer ao hotel uma garantia: um “raio da morte” totalmente funcional.

Se não conseguisse pagar a conta no check-out, o hotel poderia simplesmente vender o dispositivo, assumindo que a indústria dos serviços hoteleiros se deparava com muitos comerciantes de armas.

Nos últimos 10 anos da sua vida, o inventor ficou hospedado no New Yorker Hotel, mesmo não tendo como pagar a estadia. A solução encontrada no caso anterior serviu também neste caso: o hotel ficou satisfeito com o seu inestimável “raio da morte”.

Na altura, Tesla deu-lhes algumas instruções rigorosas sobre como lidar com o dispositivo, até porque não basta entregar uma bomba nuclear e dizer “carregue no botão” – caso contrário, podem suspeitar de que não se trata mesmo de uma bomba nuclear.

A instrução mais clara de todas foi: “não abram a caixa em circunstância alguma“. Parecia suspeito, mas ninguém ousou questionar o homem que inventa, cria e transporta um “raio mortal”.

Nikola Tesla, nascido no Império Austro-Húngaro, morreu a 7 de janeiro de 1943, aos 85 anos, no hotel em Nova Iorque. Para trás ficou uma quantia avultada por saldar.

Após a morte do inventor, engenheiro e matemático a caixa acabou por ser aberta. No interior havia botões e fios, mas nenhum sinal da sua invenção.

Por outras palavras, Tesla atirou alguns componentes elétricos comuns para uma caixa de aspeto elegante e convenceu todos de que se tratava de um “raio da morte” no valor de 10 mil dólares.

https://zap.aeiou.pt/nikola-tesla-hotel-raio-da-morte-463401


Socialistas e Vox beneficiam com a guerra no Partido Popular espanhol !


Mais de dez mil apoiantes de Isabel Díaz Ayuso manifestaram-se contra liderança de Casado à frente da sede do partido em Madrid.

Segundo o Público, o líder popular viu-se forçado a convocar a comissão diretiva do partido para esta segunda-feira.

O Partido Popular espanhol está envolvido numa guerra pública entre o atual líder, Pablo Casado, e a presidente do Governo da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, que ameaça fragmentar o principal partido da oposição em Espanha em benefício do seu rival, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), no poder, e da extrema-direita, representada pelo Vox.

Os primeiros dados das sondagens já refletem o conflito no partido e permitem dar números ao impacto, mas o efeito pode ser ainda maior.

Narciso Michavila, presidente da consultora GAD3 e assessor eleitoral de Casado no PP, afirmou este domingo ao El País que “desde quinta-feira vivemos como se tivesse rebentado uma barragem – é um terramoto“.  

A GAD3 está a fazer trabalho de campo desde quinta-feira para uma sondagem NIUS/Mediaset, que será divulgada na segunda-feira, e onde se percebe o grande impacto que as acusações cruzadas entre Pablo Casado e Isabel Díaz Ayuso tiveram no eleitorado do PP.

“O beneficiado direto é o Vox, mas politicamente também o PSOE. Primeiro, porque a queda do PP ajuda-os diretamente a consolidar a sua posição e, segundo, porque sempre há muito mais voto ao centro”, explicou Michavila.

A Electomania publicou este domingo a antecipação do seu habitual painel eleitoral (ElectoPanel) em que o Vox já supera o PP no segundo lugar.

Os socialistas aparecem destacados com 25,7% dos apoios, com o partido de extrema-direita a seguir, com 21,8%, e os populares em terceiro, com 19,9%.

Outra sondagem, publicada este domingo pelo Ok Diario, com trabalho de campo feito no sábado, mostra o PSOE à frente, com 25,4%, o Vox em segundo, com 22,1% e o PP a obter 21,7%.

Comparado com a anterior sondagem do mesmo jornal digital, o PP perde seis pontos percentuais, enquanto o Vox sobe 5%.

A 15 de fevereiro, na última atualização feita pelo site Electoracia.com, que vai juntando todas as sondagens políticas publicadas em Espanha e calcula a média, os socialistas surgiam à frente dos populares, com 24,8% contra 22,3%, seguidos a curta distância pelo Vox, com 20,7%.

A queda na popularidade do partido é uma consequência da polémica entre as duas principais figuras do PP espanhol da atualidade.

Não têm olhado a meios para atingir o opositor, principalmente desde que a aposta arriscada de Casado nas eleições de Castela e Leão, no passado dia 13. O partido não só perdeu a maioria absoluta que tinha, como ainda se viu nas mãos do Vox para poder continuar a governar.

Oportunidade que o primeiro-ministro e líder do PSOE, Pedro Sánchez, não deixou de aproveitar politicamente, ao oferecer a Casado o presente envenenado de deixar passar o governo do PP em Castela e Leão em troca do compromisso do líder do PP de que o seu partido nunca aceitaria acordos com o Vox e poria um ponto final aos que já tem, nomeadamente na Andaluzia, onde os populares governam com apoio da extrema-direita.

A oferta socialista toca no cerne da grande diferença entre Casado e Ayuso, enquanto o atual líder do PP é favorável à linha sanitária em torno do Vox, a segunda quer ir atrás do eleitorado do partido de Santiago Abascal, inclinando o discurso do PP mais para a direita.
Comissão e protesto

O atual líder tentou resistir até onde pôde em convocar a comissão diretiva do partido para analisar a crise, mas acabou por não resistir e este domingo soube-se que os dirigentes vão mesmo reunir-se na manhã de segunda-feira, segundo avançaram à Europa Press fontes da direção nacional do PP.

Se a atual fratura dentro do partido de centro-direita não estivesse já exposta nos jornais, rádios e nos telejornais, este domingo saiu à rua a ameaça de gangrena com dez mil apoiantes da presidente da Comunidade de Madrid a juntarem-se ao pé da sede nacional do partido para apupar Casado e gritar, entre outras palavras de ordem, “Casado demissão” e “Ayuso presidente”.

A preocupação é tanta que há quem pense dentro do partido que a saída de Teodoro García Egea de secretário-geral não será suficiente para acalmar os críticos e que apenas a demissão de Casado conseguirá ajudar a serenar as hostes.

O braço direito do líder é considerado “tóxico” e numa ronda telefónica pelos líderes autonómicos do partido foi o que Casado ouviu de todos, segundo alguns jornais espanhóis. Dentre todos os cenários possíveis postos em cima da mesa, a saída de Egea é a única que entra em todos.

Segundo a Europa Press, nas últimas horas multiplicam-se as vozes a pedir a convocatória de um congresso extraordinário para conseguir que o dano não seja irreparável e que os tiros nos pés disparados esta semana não venham ajudar Santiago Abascal a concretizar o seu sonho de transformar o Vox no grande partido da direita em Espanha.

Alberto Núñez Feijóo, o respeitado presidente da Junta da Galiza, defendeu publicamente essa hipótese, ao afirmar que uma “hemorragia” desta dimensão não é solucionável com gazes e pensos e que a solução não pode esperar pelo congresso ordinário porque o partido não aguenta até julho com “esta ferida aberta”.

https://zap.aeiou.pt/socialistas-e-vox-beneficiam-com-a-guerra-no-partido-popular-espanhol-463604


Ucrânia legaliza a Bitcoin e outras criptomoedas !


O país quer atrair investimento estrangeiro para recuperar da crise económica em que está mergulhado.

Mesmo a braços com uma escalada de tensão com a Rússia, a política interna na Ucrânia não parou. O país aprovou esta semana uma lei que legaliza a Bitcoin e outras criptomoedas e torna os bens virtuais 100% legais.

Esta decisão pode estar relacionada com a enorme desvalorização do Hryvnia ucraniano nas últimas semanas perante a possibilidade do início de um conflito armado com Moscovo. A moeda vale agora apenas 0,035 dólares.

Mesmo com o apoio do Ocidente, a Ucrânia vê no investimento estrangeiro a solução para a sua crise financeira e a incerteza política tem levado a que muitos recorram a doações e investimentos em criptomoedas, nota o Interesting Engineering.

A Bitcoin e as outras criptomoedas são notoriamente voláteis e ainda não é claro se a nova lei vai ajudar ou fragilizar ainda mais a economia ucraniana. A lei foi inicialmente apresentada em Setembro de 2021, mas foi vetada pelo Presidente, que justificou a decisão com a necessidade da criação de uma estrutura legal mais clara. A nova proposta de lei foi aprovada esta semana.

A Comissão Nacional da Segurança e da Bolsa e também o Banco Nacional da Ucrânia estão a criar regulações para o mercado virtual para que este possa ser lançado.

“As tecnologias de cloud vão reduzir os riscos de corrupção para compras de equipamentos, reduzir significativamente os custos orçamentais e, fundamentalmente, acelerar a introdução de inovações nos órgãos governamentais”, revelou Mikhail Fedorov, Ministro da Transformação Digital.

O objetivo principal é que o país se qualifique para os fornecedores de serviços de cloud mais poderosos — do Google, da Amazon e da Microsoft.

O plano é que a Ucrânia se torne uma atração global para os negócios de criptomoedas ao oferecer taxas de tributação competitivas, com as empresas a pagarem 5% dos seus lucros sem um imposto de valor acrescentado.

Os donos de bens virtuais também estão submetidos a uma taxa de 5% e desfrutam de um período de graça até ao fim de 2025. Nos últimos meses, o governo da Ucrânia tem também recebido muitas doações de Bitcoin de grupos de voluntários e de hackers, com o valor a exceder os 550 mil dólares em 2021.

Durante a crise com a Rússia, as criptomoedas têm sido uma fonte alternativa de financiamento para Kiev, que será útil com a proximidade do fim dos prazos de pagamento dos empréstimos contraídos pelo país.

https://zap.aeiou.pt/ucrania-legaliza-bitcoin-criptomoedas-463429

 

Vladimir Putin: Rússia enfrenta “ameaça grave, muito grave” !


Vladimir Putin está a analisar o pedido feito pelos territórios separatistas para reconhecer a independência e diz que a Rússia está a enfrentar uma ameaça “muito grave”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta segunda-feira que a Rússia enfrenta uma ameaça “grave, muito grande” na Ucrânia, num contexto de tensão crescente com o Ocidente, que acusa Moscovo de se preparar para invadir o país vizinho.

“A utilização da Ucrânia como instrumento de confronto com o nosso país representa uma ameaça grave, muito grande para nós”, disse Putin numa reunião extraordinária do conselho de segurança russo, afirmando que a prioridade de Moscovo “não é o confronto, mas a segurança”.

Na mesma intervenção, Putin afirmou que a Rússia está a analisar o pedido feito pelos dois territórios separatistas do leste da Ucrânia para Moscovo reconhecer a sua independência.

“O objetivo da nossa reunião de hoje [segunda-feira] é escutar os nossos colegas e determinar os nossos próximos passos nesse sentido”, disse Putin.

Esta segunda-feira, a Rússia denunciou a destruição de um posto fronteiriço no seu território por um obus disparado da Ucrânia, mas as forças armadas ucranianas no leste do país negaram ter feito qualquer disparo.

Numa declaração divulgada pelas agências russas, o Serviço Federal de Segurança (FSB, que sucedeu ao KGB) disse que “um obus não identificado disparado do território da Ucrânia destruiu completamente um posto de guarda fronteiriço na região de Rostov”.

O incidente ocorreu às 09h50 locais (06h50 em Lisboa) a cerca de 150 metros da fronteira entre os dois países, segundo o FSB, citado pela agência francesa AFP. “Não houve vítimas, os desminadores estão a trabalhar no local”, disse a agência de segurança russa, que também é responsável pelo serviço de guarda de fronteiras.

Um vídeo atribuído ao FSB e publicado pela agência estatal Ria Novosti mostra um pequeno edifício destruído no meio de uma planície arborizada, com escombros espalhados no chão.

Um porta-voz das forças armadas ucranianas em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, negou qualquer fogo de artilharia contra o posto fronteiriço no setor de Rostov e referiu-se a um ato de desinformação russa.

“Não podemos impedi-los de produzir esta falsa informação (…), mas insistimos que não estamos a disparar sobre nenhuma infraestrutura civil ou sobre a região de Rostov”, disse Pavlo Kovalchuk à AFP. O porta-voz militar disse que “não há fogo de artilharia sobre as forças de ocupação russas”.

A luta entre o exército ucraniano e os separatistas pró-russos apoiados por Moscovo intensificou-se nos últimos três dias no Donbass, na zona oriental da Ucrânia, uma região na fronteira sudoeste da Rússia.

O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado 150 mil tropas nas fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Os países ocidentais dizem que a Rússia poderá tentar criar um incidente para justificar um ataque e que a intensificação dos combates no Donbass poderá enquadrar-se nessa estratégia.

https://zap.aeiou.pt/vladimir-putin-russia-enfrenta-ameaca-grave-muito-grande-463724


Putin vai reconhecer a independência das províncias separatistas da Ucrânia !


O Presidente russo Vladimir Putin decidiu reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).

Donetsk e Lugansk, ocupados por forças pró-russas em 2014, vão ser declaradas repúblicas independentes pelo Kremlin, anunciou esta segunda-feira o Kremlin.

Esta manhã, os membros do Conselho de Segurança da Rússia aconselharam Vladimir Putin a reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas populares, pelo que a decisão deste final de tarde já era esperada.

“Hoje, recebemos os apelos das lideranças das repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk para reconhecermos a sua soberania, na sequência da agressão militar das autoridades ucranianas e dos ataques na região do Donbass que têm feito sofrer a população civil”, lê-se num comunicado do Kremlin.

“Com isso em vista, o Presidente da Rússia disse que tem a intenção de promulgar um decreto num futuro próximo”, acrescenta a nota.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia (UE), já disse que, se Putin reconhecer a independência, colocará “o pacote de sanções sobre a mesa dos ministros europeus”. O alerta surgiu no fim de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Bruxelas.

“Apelamos ao Presidente Putin que respeite a lei internacional e os acordos de Minsk, e que não reconheça a independência de Donetsk e Lugansk. Estamos dispostos a agir com uma frente unida e forte no caso de ele decidir fazê-lo”, disse, em conferência de imprensa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitro Kuleba, também já reagiu no Twitter, adiantando que o Governo já pediu uma reunião de emergência ao Conselho de Segurança das Nações Unidas “para discutir ações urgentes com vista à diminuição da tensão, bem como ações concretas para garantir a segurança” do país.

“A Ucrânia e o mundo inteiro seguem de perto as ações da Rússia sobre o reconhecimento das autoproclamadas repúblicas separatistas. E toda a gente está ciente das consequências. A situação é muito emotiva, mas é precisamente nesta altura que devemos ter calma“, disse, citado pelo Público.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança francês para discutir os desenvolvimentos desta segunda-feira.

Antes ainda de ser conhecida a decisão, Macron e o chanceler alemão, Olaf Scholz, falaram separadamente com o Presidente russo, que lhes transmitiu a sua intenção de reconhecer a independência das repúblicas.

Ao reconhecer Donetsk e Lugansk como países independentes, o Governo russo pode justificar a entrada do seu Exército em território ucraniano, após um pedido formal dos respetivos governos, com o pretexto de defender as populações russas locais.

Ao final da tarde, numa comunicação ao país, Putin retratou a Ucrânia como um Estado falhado e refém dos interesses dos Estados Unidos: “É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente como uma verdadeira nação”, afirmou.

Ao longo do discurso, sublinhou que a influência norte-americana não foi aceite em todo o território ucraniano, citando como exemplo a Crimeia.

O Presidente russo frisou também que a Ucrânia foi criada pela Rússia, afirmando que Lenin, ex-primeiro-ministro da União Soviética, foi o “autor e criador” da Ucrânia e que o país “nunca teve tradições do seu próprio estado”.

Putin disse ainda que sondou os Estados Unidos quanto à possibilidade de a Rússia entrar para a NATO, mas que a proposta foi rejeitada.

“Vou dizer algo que nunca disse em público: em 2000, quando Bill Clinton visitou Moscovo, perguntei-lhe como é que olhava para a possibilidade de a Rússia entrar na NATO. Porquê? Porque é que fizeram de nós um inimigo?”, questionou, para logo de seguida sublinhar: “a admissão da Ucrânia na NATO é uma ameaça direta à segurança da Rússia”.

https://www.blogger.com/blog/post/edit/1205560504948790281/6114906350650900721


Sondagem: Lula da Silva mantém liderança na corrida presidencial !


O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva continua a liderar a corrida presidencial com 42,2% das intenções de voto, enquanto o atual governante do Brasil, Jair Bolsonaro, tem 28%, segundo uma sondagem divulgada esta segunda-feira.

O levantamento encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao escritório MDA sobre as eleições presidenciais do Brasil, marcadas para outubro, coincide com todas as sondagens publicadas nos últimos meses, que atribuem, em média, a Lula da Silva o apoio de mais de 40% do eleitorado e colocam Bolsonaro com menos de 30%.

“Os resultados mostram que, em relação às eleições deste ano, Lula da Silva e Jair Bolsonaro são os dois principais nomes à Presidência da República, com grande margem sobre os demais possíveis candidatos”, destacou-se na sondagem.

No entanto, o mesmo levantamento destacou uma leve melhoria na atuação do atual Presidente, cuja intenção de voto cresceu de 25,6% em dezembro passado para 28% neste momento.

A sondagem do MDA mostrou em terceiro e quarto lugar na preferência dos brasileiros o ex-governador Ciro Gomes (6,7%) e o ex-juiz Sergio Moro (6,4%), seguidos por cinco possíveis candidatos que não ultrapassem 2% das intenções de voto.

Segundo o MDA, no caso de uma segunda volta, Lula da Silva venceria qualquer um dos outros candidatos e, se disputasse com Bolsonaro, venceria com 53,2% contra 35,3% dos votos que o atual Presidente obteria.

A sondagem analisou os níveis de rejeição dos dois principais candidatos. No caso de Bolsonaro, pelo menos 55,4% disseram que não votariam nele, enquanto 40,5% dos entrevistados disseram que não votariam no ex-presidente Lula da Silva.

O levantamento também mediu a imagem do Governo Bolsonaro, cuja gestão foi considerada positiva por 25,9% dos entrevistados, regular por 30,4% e má por 42,7%.

Em relação ao desempenho pessoal do Presidente brasileiro, 33,9% dos entrevistados declararam aprovar, contra 61,4% que declaram desaprovar. Já 4,7% afirmaram não saber ou não responderam.

Segundo o MDA, a sondagem tem uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, um nível de confiança de 95,6% e foi realizada presencialmente entre os dias 16 e 19 de fevereiro, período em que foram entrevistados 2.002 eleitores de todas as regiões do país.

https://zap.aeiou.pt/sondagem-lula-da-silva-mantem-lideranca-463779

 

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Tensão na Ucrânia - Moscovo e Minsk prolongam exercícios militares conjuntos !


A Rússia e a Bielorrússia decidiram prolongar os exercícios militares conjuntos em curso, que deveriam terminar hoje, devido ao agravamento das tensões com a Ucrânia, anunciou hoje o ministro da Defesa bielorrusso.

“Tendo em conta o aumento da atividade militar perto das fronteiras (…) e o agravamento da situação no Donbass, os Presidentes da Bielorrússia e da Rússia decidiram continuar a inspeção das forças”, anunciou Victor Jrenin na sua conta na rede social Telegram.

Este anúncio significa que as tropas russas vão continuar na Bielorrússia, em plena crise com o Ocidente, apesar de Moscovo ter prometido que as suas forças regressariam à base após estes exercícios.

O ministro acrescentou que durante esta “inspeção” das tropas, termo que designa as manobras militares, serão ensaiados “em profundidade” os “elementos da defesa” que não foram “abordados de forma tão detalhada no treino anterior”.

O seu enfoque, disse o governante, continuará o mesmo: “Garantir uma resposta adequada e uma desescalada dos preparativos militares levados a cabo por pessoas mal-intencionadas perto das fronteiras”.

A notícia surge no dia em que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse à BBC que as informações dos serviços secretos norte-americanos indicam que as forças russas não estão apenas a planear entrar na Ucrânia pelo Leste, via Donbass, mas também pela Bielorrússia, e que planeiam cercar a capital ucraniana, Kiev.

Os exércitos russo e bielorrusso lançaram no dia 10 de fevereiro manobras militares conjuntas na Bielorrússia, não tendo sido especificado o número de soldados e equipamentos que participariam nos exercícios, mas os serviços de informações ocidentais afirmaram no início das manobras que 30.000 soldados russos estavam destacados na Bielorrússia.

Kiev condenou estes exercícios militares, considerando-os uma forma de “pressão psicológica” por parte da Rússia, mas Moscovo defendeu a sua legitimidade, lembrando que Rússia e Bielorrússia estão sujeitos a “ameaças sem precedentes”, tendo ainda garantido que as unidades russas voltariam às suas localizações permanentes no final dos exercícios.

O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.

Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.

Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.

Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) anunciaram no sábado ter registado em 24 horas mais de 1.500 violações do cessar-fogo na Ucrânia oriental, número que constitui um recorde este ano.

https://zap.aeiou.pt/moscovo-minsk-exercicios-militares-463574

 

China quer terminar a sua estação espacial em 2022, com planos para mais de 40 lançamentos !


O número de lançamentos planeado pela China para 2022 é semelhante ao dos EUA. O gigante asiático quer ter a sua estação espacial Tiangong pronta até ao final deste ano.

A China tem planos de completar a sua estação espacial até ao final deste ano e quer fazer mais de 40 lançamentos em 2022, tendo dois já sido feitos.

Os lançamentos incluem duas missões tripuladas da nave espacial Shenzhou-14, duas missões de carga da Tianzhou e dois módulos adicionais da estação — Mengtian e Wentian — que se vão juntar ao módulo do núcleo Tianhe que já acolhe três pessoas e assim completar a estação espacial Tiangong.

A missão da Shenzhou-14 deve começar em Maio, levando uma equipa que vai substituir os cientistas que estão actualmente no módulo Tianhe, nota a Forbes. A equipa que está no módulo deve regressar à Terra em Março, assinalando assim a primeira vez que astronautas chineses estiveram no Espaço durante seis meses.

A China pretende assim avançar significativamente com o seu programa espacial, sendo que o país tem tido uma abordagem mais cautelosa à exploração do Espaço.

A missão de seis meses Shenzhou-13 da tripulação abordo do Tianhe é a mais longa feita pela China desde 2003, quando o país enviou um humano ao Espaço pela primeira vez. A equipa já fez caminhadas espaciais e testes com o braço robótico de serviço na estação, que tem um quarto do tamanho da EEI.

A China também já teve lançamentos não tripulados bem-sucedidos, como no seu programa lunar, que colocou o primeiro rover no lado menos explorado da Lua. O país estará também a desenvolver um avião espacial secreto, reporta a AP.

Em 2021, o país completou 55 lançamentos, incluindo 48 feitos pela China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC) — uma empresa que em Janeiro foi uma das três chinesas que foi alvo de sanções pelos Estados Unidos, com Washington a acusá-la de proliferar tecnologia de mísseis. A China tem ainda planos de levar uma equipa à Lua nos próximos cinco anos.

Os EUA esperam fazer um número de lançamentos semelhante este ano, depois do abrandamento em 2021 causado pela pandemia e os consequentes atrasos nas cadeias de fornecimento de itens essenciais, como chips ou oxigénio líquido.

O programa espacial chinês foi barrado da Estação Espacial Internacional devido às objeções norte-americanas. O gigante asiático tem continuado o seu programa de construção da estação espacial Tiangong, depois de ter abandonado duas versões experimentais anteriores.

https://zap.aeiou.pt/china-estacao-espacial-2022-463008

 

“A próxima grande fronteira da narrativa.” - Caminho da Disney no metaverso começa a ganhar forma !

Disney World, Orlando Florida

A Disney está a preparar-se para apostar no metaverso e já começou a dar os primeiros passos. Mike White vai ser o responsável pelo departamento que se vai dedicar inteiramente ao mundo virtual.

A Disney não quer ficar de fora da moda digital e prepara-se para avançar com uma forte aposta para garantir a sua presença no metaverso.

Segundo o The Verge, Mike White deixa a vice-presidência das experiências do consumidor e plataformas e prepara-se para abraçar o cargo de vice-presidente sénior da experiência do consumidor e narrativas da próxima geração.

Sob a sua alçada estará um departamento inteiramente dedicado ao mundo virtual.

“Durante quase 100 anos, a nossa empresa tem definido e redefinido o entretenimento, alavancando a tecnologia para dar vida às histórias de forma mais profunda e impactante”, disse Bob Chapek, CEO da Disney.

“Hoje, temos uma oportunidade de ligar esses universos e criar um paradigma inteiramente novo de como as audiências experimentam e se envolvem com as nossas histórias. É o chamado metaverso, que creio ser a próxima grande fronteira da narrativa“, acrescentou.

Além de definir como os consumidores vão experimentar a chegada da Disney ao metaverso, Mike White terá de “criar rapidamente uma estrutura” e implementar “processos para estabelecer prioridades e atribuir recursos, explorar parcerias e facilitar a partilha de conhecimentos”.

No fundo, o objetivo também passa por explorar o metaverso de forma a melhorar a experiência dos visitantes dentro dos parques temáticos.

Em janeiro, Chapek reiterou, num comunicado aos funcionários, que a inovação tecnológica era um dos pilares sobre os quais a Disney construiria o seu sucesso futuro. “Temos sido os maiores contadores de histórias inovadoras do mundo. Isso deve continuar à medida que a tecnologia evolui.”

https://zap.aeiou.pt/caminho-da-disney-no-metaverso-463424


A influencer mais popular do Paquistão foi assassinada pelo irmão – Que confessou e foi libertado !


Qandeel Baloch, uma influencer muito popular nas redes sociais do Paquistão, foi encontrada morta em casa, depois de ter sido estrangulada até à morte. O irmão, Muhammad Waseem, foi detido depois de ter confessado o crime, mas recentemente perdoado pelos pais e libertado pelo tribunal.

Muhammad Waseem, que foi condenado a prisão perpétua em setembro de 2019, confessou ter drogado e estrangulado a irmã por ter “trazido desonra” à família.

Três anos depois, foi absolvido e libertado após ter sido perdoado pelos pais, desencadeando assim um indulto legal ao abrigo da lei islâmica.

“O tribunal de recurso absolveu o acusado com base num acordo familiar e na sequência da falta de provas”, disse Sardar Mehboob, advogado de Waseem, ao The Washington Post.

O veredito chocou ativistas e advogados de todo o país, que acreditam que o Estado não conseguiu fazer justiça. “Levanta questões sobre onde estavam o Estado e a acusação durante o processo de recurso”, reagiu o advogado Nighat Dad, em declarações à VICE.

O assassinato de Qandeel Baloch, em 2016, na sua casa na periferia da cidade de Multan, provocou uma forte onda de condenação no Paquistão e rapidamente emergiu como um dos casos mais chocantes de homicídio de honra.

Neste país, alguns homens assassinam parentes femininas na sequência de infrações de “honra”. Segundo a Human Rights Watch, cerca de mil mulheres são assassinadas todos os anos em homicídios de honra no Paquistão, ainda que os números possam ser superiores ao relatado.

O assassinato da influencer levou o Governo a emendar leis que anteriormente permitiam às famílias das vítimas perdoar os perpetradores.

Agora, a lei impede as famílias de concederem indultos. No entanto, como a alteração legal só aconteceu depois (e em consequência) do assassinato de Qandeel, a antiga norma ainda se aplicava ao seu caso.

https://zap.aeiou.pt/influencer-assassinada-irmao-libertado-463240


Disney vai construir comunidades residenciais para os fãs com bairros dedicados à população sénior !

A Disney tem em mãos um novo projeto na Califórnia, e não é um parque temático: a aposta é o desenvolvimento de comunidades onde é replicada a experiência dos seus parques de diversões, mas numa ótica residencial.

A Storyliving by Disney pretende criar “comunidades com o calor e o encanto de uma pequena cidade e a beleza de um resort“, onde as pessoas possam viver e onde a equipa assegura a tranquilidade dos residentes.

Cotino, construída na região de Rancho Mirage, no Vale Coachella na Califórnia, terá cerca de 1900 casas distribuídas em condomínios e bairros em torno dos Lagos Crystal. Haverá restaurantes, lojas e, como seria de esperar, várias formas de entretenimento.

Segundo o Travel and Leisure, cada comunidade terá bairros para residentes a partir dos 55 anos, para que os amantes da Disney tenham a oportunidade de se reformarem num lugar um pouco mais mágico.

“Há quase 100 anos que a Disney partilha histórias que têm tocado os corações e mentes de pessoas de todo o mundo. Ao prepararmo-nos para entrar no nosso segundo século, estamos a desenvolver novas e emocionantes formas de levar a magia da Disney às pessoas onde quer que elas se encontrem, expandindo a narrativa para o enredo”, explicou Josh D’Amaro, presidente da Disney Parques, Experiências e Produtos.

“Mal podemos esperar para receber os residentes nestas belas e únicas comunidades Disney, onde poderão viver a sua vida ao máximo“, acrescentou o responsável, em comunicado.

Para já, ainda não são conhecidas datas para o início da construção nem os preços para morar no gigante complexo de Cotino.

Se o plano lhe parecer familiar, é porque a Disney abriu a Celebration em 1996, uma comunidade perto do Walt Disney World Resort na Flórida, e, em 2011, estreou o resort Golden Oak, com preços desde 1,6 milhões de dólares por casa.

O próprio Walt Disney falava em construir a cidade utópica do futuro, Epcot (Experimental Prototype Community of Tomorrow). Hoje, a ode à inovação tecnológica está localizada em Bay Lake, na Florida.

https://zap.aeiou.pt/disney-comunidades-residenciais-463210


sábado, 19 de fevereiro de 2022

Comer um Big Mac virtual vai ser possível - McDonald’s quer abrir um restaurante no metaverso !


Para além da disponibilização de produtos reais e virtuais no restaurante virtual, o McDonald’s avançou com pedidos que possibilitam a realização de concertos e outros eventos no metaverso.

O advogado especializado em propriedade intelectual Josh Gerben reparou recentemente que o McDonald’s avançou com dez candidaturas a registos de marcas comerciais que sugerem que a cadeia de fast-food vai criar um restaurante virtual no metaverso que vai servir bens reais e virtuais.

O McDonald’s está a procurar estender o seu domínio intelectual a nomes de comidas e à marca visual, para cobrir “comida virtual e produtos de bebidas“, incluindo “ficheiros multimédia com obras de arte, texto, áudios, vídeos e NFTs dos quais se pode fazer download”, cita o IFLScience.

Os pedidos também indicam que o McDonald’s poderá organizar eventos de entretenimento, como concertos, no metaverso.

Apesar de haver questões sobre qual será a utilidade de um Big Mac ou de batatas fritas virtuais, parece que o McDonald’s não quer ficar de fora da moda do metaverso — um ambiente de realidade virtual onde as pessoas podem interagir com outros utilizadores e com o mundo artificial à sua volta.

Esta não é a primeira vez que a cadeira de restaurantes de fast-food se aventura por este mundo, tendo em Novembro de 2021 organizado uma competição para a oferta de dez NFTs do McRib para assinalar os 40 anos da sandes.

Outras empresas gigantes, como a Nike e a Coca-Cola, também já manifestaram interesse em “entrar no metaverso” de alguma forma.

“Quando se vê esta massa crítica de grandes empresas e fazerem pedidos de registos comerciais, fica claro que isto está para vir. Acho que vamos ver todas as marcas imagináveis a abrir estes processos nos próximos 12 meses. Acho que ninguém quer ser a próxima Blockbuster e ignorar completamente a nova tecnologia que está para vir”, revela Gerben à Forbes.

https://zap.aeiou.pt/mcdonalds-abrir-restaurante-metaverso-462991

 

Sofía Jirau faz história - É a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down !

Sofía Jirau, a primeira modelo da Victoria's Secret com síndrom de Down.

Sofía Jirau, a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrom de Down.


A porto-riquenha Sofía Jirau tornou-se a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down. A marca procura ser mais inclusiva.

Sofía Jirau fez história após tornar-se a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down. A porto-riquenha fez parte da nova coleção da marca de roupa interior, Love Cloud.

“Um dia eu sonhei com isto, trabalhei nisso e hoje é um sonho realizado. Finalmente posso contar o meu grande segredo”, escreveu a jovem de 24 anos no seu perfil do Instagram. “Sou a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down!”.

Jirau é também apenas a segunda modelo porto-riquenha a integrar uma campanha publicitária da Victoria’s Secret, depois de Joan Smalls.

A modelo é também dona de uma loja online, chamada Alavett, que lançou em 2019. Nela, vende produtos variados, desde roupas a acessórios.

Em 2020, Jirau fez a sua estreia na New York Fashion Week, segundo o seu site, orgulhando-se de ser uma das poucas modelos com síndrome de Down que conseguiu participar no evento anual.

Depois de cumprir o seu sonho em Nova Iorque, atualmente está “focada em conquistar as passerelles da Europa em 2022″.

“Para mim, a coisa mais importante em realizar os meus sonhos é mostrar às pessoas ao redor do mundo que não há limites e inspirá-las a perseguir os seus próprios sonhos. É por isso que eu sempre digo ‘Por dentro e por fora não há limites’ para motivar as pessoas a superar as suas limitações autoimpostas”, lê-se ainda no site da modelo.

Jirau junta-se à marca de lingerie num momento em que a empresa tenta distanciar-se da imagem icónica dos anjos da Victoria’s Secret. A marca norte-americana quer agora chegar a todo o tipo de mulheres.

A jovem partilhou um vídeo da campanha no Instagram antes da coleção chegar às lojas, esta quinta-feira.



Rússia anuncia manobras nucleares - Soldado ucraniano morre em confrontos com separatistas russos !


As violações ao cessar-fogo na região de Donbass estão também a aumentar. O conflito está a ter repercussões noutros contextos, com a candidata ucraniana à Eurovisão a ser afastada por ter visitado a Crimeia tendo alegadamente entrado através da fronteira russa.

Vladimir Putin anunciou a realização de manobras de forças nucleares da Rússia, com o disparo de mísseis balísticos e de cruzeiro, durante este fim de semana, com o apoio da Bielorrússia.

Recorde-se que Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, afirmou na quinta-feira que o país está pronto para receber armas nucleares russas para se defender.

As manobras vão envolver efectivos na região militar do sul da Rússia e também forças aeroespaciais, unidades estratégicas e frotas presentes no Mar do Norte e no Mar Negro para testarem a “fiabilidade das armas estratégicas nucleares e não nucleares” de Moscovo.

Este anúncio parece assim vir confirmar as acusações da NATO, que afirmou que o comunicado do Kremlin sobre a retirada de tropas da fronteira com a Ucrânia não era verdadeiro.

Tensão aumenta nas regiões separatistas

Um soldado ucraniano foi hoje morto em confrontos com os separatistas apoiados por Moscovo no leste do país, anunciou o exército da Ucrânia, elevando os temores de uma invasão russa.

“Na sequência de um bombardeamento, um soldado ucraniano foi mortalmente ferido”, afirmou o comando militar para o leste da Ucrânia.

As forças armadas ucranianas afirmam, no entanto, em comunicado, que “controlam a situação” e “continuam a sua missão de repelir a agressão armada russa”.

A Presidência ucraniana anunciou, entretanto, que o Presidente, Volodymyr Zelensky, vai manter a sua deslocação de hoje a Munique, apesar do risco de um ataque russo.

A situação no leste do país “está plenamente sob controlo“, disse a Presidência, sem fazer referência a declarações do Presidente norte-americano, Joe Biden, que na sexta-feira questionou a oportunidade de o chefe de Estado ucraniano sair do país nas circunstâncias atuais.

Os separatistas da região de Donetsk, que acusam Kiev de querer retomar o controlo da região, qualificam de “crítica” a situação e anunciaram uma mobilização geral.

Os observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram também na sexta-feira que as violações do cessar-fogo na região oriental ucraniana de Donbas registaram um “aumento significativo”.

A OSCE registou 222 violações de cessar-fogo na área de Donetsk, das quais 135 foram explosões. Já em Luhansk foram verificadas 648 violações, das quais 519 foram explosões, disse a OSCE num relatório.

Estes números refletem um aumento significativo da violência armada na Ucrânia oriental, concluiu a organização, reiterando “a necessidade” de se abster do uso da força e de desescalar uma situação “já tensa”.

“A retórica cada vez mais hostil e inflamatória que temos ouvido recentemente mina os esforços de promoção da paz, estabilidade e segurança e aumenta o risco de novos confrontos e escalada. Tem de parar”, sustentou na mesma nota.

Entretanto, milhares de pessoas foram deslocadas das regiões de Lugansk e Donetsk para a região russa de Rostov, no leste do país.

Esta escala de tensão nas regiões separatistas surge na mesma altura em que Joe Biden voltou a dizer que está “convencido” de que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu avançar com um ataque à Ucrânia “nos próximos dias”, incluindo à capital Kiev.

“Estou convencido de que [Putin] tomou a decisão. Temos motivos para acreditar que sim”, referiu o chefe de Estado norte-americano durante uma declaração na Casa Branca, acrescentando que o ataque russo à vizinha Ucrânia poderá ocorrer “nos próximos dias”.

Joe Biden salientou, no entanto, que enquanto não ocorrer uma invasão “a diplomacia é sempre uma possibilidade” e revelou que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, vai encontrar-se quinta-feira, na Europa, com o homólogo russo, Sergey Lavrov.
Sanções da UE incluem controlos às exportações

O pacote de sanções que a União Europeia está a preparar contra a Rússia caso Moscovo invada a Ucrânia prevê um mecanismo de controlo às exportações. Esta sanção é frequentemente utilizada pelos Estados Unidos, mas a UE nunca a usou devido à dificuldade de consenso entre os estados-membros sobre os produtos ou sectores que devem ser incluídos, escreve o Público.

Uma fonte europeia garante ao jornal que os 27 já concordaram com a proposta e que estão dispostos a “ir tão longe quanto possível” para travar a Rússia. Estão ainda em cima da mesa sanções contra a Bielorrússia, caso Minsk apoie uma eventual invasão. O pacote foi feito em acordo com os EUA, Canadá, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e Suíça e já define que indivíduos e entidades estão em causa.

Ainda não são conhecidos muitos detalhes porque o pacote final ainda não foi aprovado, mas sabe-se que as sanções vão abranger os sectores económico, financeiro e energético. Os 27 também não adiantam mais informações porque isso eliminaria o factor surpresa e daria tempo a Moscovo para mitigar os efeitos.

A UE está ainda a tentar antecipar possíveis retaliações da Rússia e a preparar medidas compensatórias para os estados-membros que dependem mais do comércio com o país.

Moscovo estará a estudar as maiores fragilidades do bloco europeu, nomeadamente a cibersegurança, as campanhas de desinformação e aquela que é a mais óbvia — a dependência no fornecimento de gás natural.

Recorde-se que a construção do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Alemanha à Rússia, tem sido um dos pontos de contenção neste conflito e a recusa alemã de enviar armamento para Kiev devido aos acordos energéticos com Moscovo valeu-lhe muitas críticas. Após a reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, Joe Biden já veio dizer que a obra não vai avançar caso haja uma invasão.
Representante ucraniana na Eurovisão afastada por ter visitado a Crimeia

Entretanto, o conflito russo-ucraniano está também a ter repercussões fora da política. A artista ucraniana Alina Pash venceu a competição Vidbir, que é o equivalente ao Festival da Canção em Portugal, e tinha sido escolhida para representar o país no palco da Eurovisão, que vai ter lugar em Turim, em Maio.

No entanto, a cantora foi afastada porque em 2015, já depois da anexação russa do território, Alina foi à península da Crimeia, alegadamente entrando através da Rússia. A lei proíbe estas deslocações, permitindo apenas que os cidadãos ucranianos e estrangeiros só entrem na Crimeia através da sua própria fronteira e quem entrar através da Rússia fica impedido de entrar na Ucrânia.

Alina Pash confirmou que esteve na Crimeia, mas garantiu que não entrou pela fronteira russa e terá mostrado documentos para o provar. Contudo, as autoridades não confirmaram a legalidade dos documentos e a especulação continuou.

Perante este cenário, a artista anunciou que vai sair da competição, sublinhando que é uma artista e “não um político”.

Esta não é a primeira vez que o conflito na Crimeia chega ao palco da Eurovisão, apesar da competição se afirmar como apolítica. Em 2016, a Ucrânia venceu o concurso com a canção 1944, interpretada por Jamala, que relatava a história da deportação dos Tártaros da região durante a governação de Estaline.

A entrada foi polémica, com muitos russos a questionarem a sua legalidade por ter uma mensagem política, especialmente no contexto da reignição do conflito na península em 2014. A tensão entre os dois países foi ainda mais óbvia porque nesse ano a Rússia venceu o televoto, com a música “You Are The Only One” interpretada por Sergey Lazarev, tendo o país ficado no terceiro lugar.

Por ter vencido em 2016, a Ucrânia organizou o concurso em 2017 e a representante russa, Yulia Samoylova, foi também impedida de entrar no país pelas mesmas razões de Alina — ter desrepeitado a lei ucraniana ao entrar da Crimeia através da Rússia. Moscovo acabou por decidir não participar no festival nesse ano.

Em 2019, a vencedora do Vidbid também abandonou a representação ucraniana no palco europeu por questões políticas. Anna Korsun, cujo nome de palco é Maruv, depois do seu patriotismo ter sido questionado.

Jamala, a vencedora de 2016, estava no painel de jurados e decidiu fazer questões aos candidatos fingindo ser uma jornalista em Tel Aviv, onde a Eurovisão foi organizada em 2019 e perguntou a Maruv se “a Crimeia é da Ucrânia?“. A cantora respondeu que sim, mas o tom da sua resposta foi posto em causa, levando ao seu afastamento. O país acabou assim por não participar no festival em 2019.

https://zap.aeiou.pt/soldado-ucraniano-separistas-russos-463505


Em janeiro, foram abatidas cinco vezes mais árvores na Amazónia do que no mesmo período do ano passado !


Desflorestação tem aumentado de ritmo e grau após a chegada de Bolsonaro à presidência, apontam ambientalistas.

Apesar de a preocupação em torno da preservação da Amazónia ter acalmado face a 2019, quando a cobertura mediática internacional dava diariamente atenção aos fogos e à desflorestação do território, a floresta continua a sofrer quebras face ao sucessivo abate de árvores que ali se regista. De facto, e de acordo com as últimas imagens de satélite disponibilizadas, o número de árvores cortadas na parte brasileira da Amazónia em janeiro deste ano é cinco vezes maior que o do ano passado.

Como seria de esperar, esta estimativa já motivou críticas por parte das associações ambientalistas e partidos políticos que representam a oposição de Jair Bolsonaro.

“O governo, na realidade, criou uma oportunidade de ouro para os que querem destruir as florestas ilegalmente ou apropriar-se de propriedades públicas. Há uma deliberada falta de inspeções ambientais e muitos por trás desta onda de desflorestação ilegal também estão à espera que o congresso brasileiro aprove uma lei que recompensará a exploração das terras, uma prática que está relacionada com pelo menos um terço da desflorestação da Amazónia”, explicou Cristiane Mazzetti, porta-voz da Greenpeace Brasil.

Tal como é fácil de antecipar, a destruição da Amazónia tem consequências graves na vida e preservação de muitas espécies, que têm naquele ecossistema único a sua casa. Outra das consequências apontadas à desflorestação tem que ver com as emissões de carbono, quando, outrora, o chamado pulmão do mundo funcionava precisamente como sequestradora.

Tal como lembra o site Gizmodo, há anos que a floresta Amazónica está em perigo, seja por ações dos madeireiros, de fogos florestais ou pela criação de gado, entre outras ameaças. Desde 2015 que grandes porções da território foram destruídos, ainda que a velocidade e o nível dessa destruição tenha aumentado desde 2019, quando Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, de acordo com dados divulgados pela Green Peace.

Só no ano de 2020, a Amazónia perdeu três milhões de hectares de área. Em 2021, os ambientalistas respiraram de alívio com os sinais de que Jair Bolsonaro iria implementar medidas para evitar a desflorestação após anunciar a dobro das verbas destinadas a este objetivo e com especial destaque para a Amazónia. No entanto, o governante mudou de ideias e reduziu em 20% o orçamento, após o anúncio. É, por isso, pouco provável que em 2022 a bordagem seja diferente e que se assista a uma inversão na tendência de desflorestação.

https://zap.aeiou.pt/em-janeiro-foram-abatidas-cinco-vezes-mais-arvores-na-amazonia-do-que-no-mesmo-periodo-do-ano-passado-463462

 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Hong Kong a braços com a pior vaga de covid-19 - Hospitais estão no limite e há doentes na rua !


Hong Kong está a atravessar a pior vaga desde o início da pandemia de covid-19. A política de “tolerância zero” está a pressionar os hospitais, que já atingiram 90% da capacidade, tendo alguns começado a tratar os pacientes no exterior.

Os hospitais de Hong Kong atingiram 90% da capacidade e as instalações de quarentena estão no limite. Para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde, as autoridades indicaram que iam adotar uma abordagem diferente das políticas de hospitalização e isolamento e permitir que alguns pacientes tivessem alta mais cedo.

A mudança surge depois de relatos de pacientes a serem tratados em camas no exterior de um hospital no bairro da classe trabalhadora da cidade de Sham Shui Po.

Hong Kong relatou, esta quinta-feira, 6.116 novos casos de covid-19, sendo que qualquer pessoa infetada na cidade deve ser internada num hospital ou admitida numa instalação de isolamento comunitário, à semelhança da política de “tolerância zero” da China.

De acordo com a nova abordagem, os contagiados que apresentem sintomas ligeiros nos hospitais e instalações geridas pelo Governo serão autorizados a sair após sete dias se apresentarem um teste negativo no último dia e não partilharem casa com pessoas de grupos de risco – idosos, grávidas ou pessoas imunodeprimidas.

Os que não preencherem estes critérios devem completar o período total de isolamento de 14 dias ou esperar até que apresentem um teste negativo, segundo os funcionários de saúde.

As autoridades comunicaram ainda 24 mortes durante a última semana.

“Nos últimos dias, houve muitos casos de emergência em que tivemos de acomodar doentes em tendas”, disse Chuang Shuk-kwan, a chefe da Secção de Doenças Transmissíveis de Hong Kong, durante uma conferência de imprensa.

“Com estas situações, o nosso pessoal médico está muito descontente. Estamos preocupados com os cuidados dos nossos pacientes”, apontou.

A Autoridade Hospitalar da cidade apelou à assistência dos profissionais de saúde, pedindo aos médicos dos hospitais privados para ajudarem a tratar dos pacientes nas instalações de quarentena.

Os hospitais públicos estão numa “situação de crise”, segundo Sara Ho, da Autoridade Hospitalar. “Se um grande número de pacientes está à espera ao ar livre e se isto continuar, por muito que os nossos médicos trabalhem 24 horas por dia, não há maneira de resolver este problema contando com os nossos esforços”, prosseguiu.

As autoridades apelaram também às pessoas que se abstenham de sair ou participar em reuniões privadas, dizendo que todos os esforços ajudam à medida que a cidade procura aliviar a pressão nos hospitais.

Recentemente, alguns meios de comunicação, que citaram fontes não identificadas, avançaram os planos do Governo de testar até um milhão de pessoas por dia a partir de março. Mas Dong-Yan Jin, virologista da Universidade de Hong Kong, disse que seria “ridículo” realizar testes em massa.

“Testes universais ou para encerrar uma parte particular de Hong Kong, toda a Hong Kong – todo este disparate ridículo”, comentou, em declarações à Sky News. “Não é válido nesta altura. É apenas um completo desperdício de recursos.”

De acordo com o especialista, os hospitais estão sobrecarregados porque até os doentes assintomáticos procuram tratamento. Além disso, os rigorosos critérios de alta médica exigem que os pacientes sejam mantidos nas instalações durante demasiado tempo.

O Presidente chinês, Xi Jinping, ordenou o Governo central a fornecer recursos a Hong Kong para estabilizar o surto, incluindo testes rápidos de antigénios, conhecimentos médicos e mantimentos.

A China tem evitado grandes surtos do vírus através da sua política rigorosa de “tolerância zero”, que envolve a quarentena de viajantes, confinamentos totais, rastreio extenso de contactos e testes em massa a milhões de pessoas.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, manteve a mesma estratégia apesar da maior densidade populacional da cidade, rendimentos mais elevados e a economia, que está mais virada para os serviços do que a China continental.

Na semana passada, todo o bairro na baía Discovery foi ordenado a fazer testes depois de as autoridades terem encontrado vestígios do vírus nos esgotos.

https://zap.aeiou.pt/hong-kong-a-bracos-com-pior-vaga-covid-463328


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