quarta-feira, 25 de maio de 2022

“A cidade toda é a minha galeria”: O artista ucraniano Gamlet foi ordenado a pintar as ruínas de Kharkiv !

O artista não vê as suas obras como armas contra a Rússia e prefere pensar nas criações como um fonte de inspiração para as forças ucranianas.

Reconhecido internacionalmente em exposições desde Lima até Londres, Gamlet Zinkivsky tem agora um novo desafio em mãos. O artista ucraniano de 35 anos está agora a pintar murais na sua cidade-natal de Kharkiv, a segunda maior do país, no meio da destruição causada pela guerra.

“Se sair de cá, posso ter a minha carreira em qualquer sítio no estrangeiro. Mas isso só seria pelo conforto. Na Ucrânia, sinto que estou a reconstruir o país. Toda a cidade é a minha casa, a cidade toda é a minha galeria”, revela à AFP.

O seu trabalho mais recente inclui as palavras “hospitalidade infernal” e retrata cocktails molotv e petróleo no centro da cidade destruída pela artilharia russa. No início de guerra, Gamlet estava na Ucrânia ocidental, uma zona do país menos afetada pelo conflito, onde estava a angariar fundos para a ajuda humanitária.

Foi nessa altura que o comandante do batalhão Khartia Battalion o contacou. “Precisamos de ti aqui, tens de pintar“, disse-lhe.

Gamblet acredita que o trabalho nas ruas é mais importante para a moral pública do que as exposições nas galerias. “Vejo as pessoas a sorrir e felizes quando viram a pintura num edifício destruído que adoravam”, revela.

A arte de rua, apesar de não ser lucrativa, é mais acessível. “A arte de rua é a história para as pessoas que nunca foram a uma exposição, mas conhecem o meu trabalho na rua”, afirma o artista.

Algumas das suas obras em Mariupol, Izyum e Berdyansk foram destruídas, mas Gamlet espera que as que ainda estão em edifícios destruídos possam ser doadas a museus ou vendidas com os fundos a ser dirigidos a uma causa.

Apesar de retratar eventos da guerra, o artista não vê as suas criações como uma arma contra a Rússia, sendo antes uma “inspiração” para os soldados ucranianos.

Esta é já a segunda vez que Gamlet fica em Kharkiv por motivos políticos. O artista ia mudar-se para Paris em 2013 antes da queda do governo de Viktor Yanukovych, em 2014.

O momento foi importante para Gamlet. “Em 2014 comecei a pintar com um novo espírito poderoso. Percebi que era ucraniano“, remata.

https://zap.aeiou.pt/gamlet-pintar-ruinas-kharkiv-480188


segunda-feira, 23 de maio de 2022

Mais de 100.000 pessoas já desapareceram oficialmente no México !


O México registou oficialmente mais de 100.000 pessoas dadas como desaparecidas, de acordo com dados do Registo Nacional de Pessoas Desaparecidas do Ministério do Interior.

Desde 1964, o país registou cerca de 100.023 pessoas desaparecidas, das quais mais de 24.700 são mulheres, e mais de 74.700 são homens. O sexo de 516 das pessoas é desconhecido, segundo a CNN.

O número aumentou em mais de 20.000 pessoas só nos últimos dois anos, de acordo com os dados — valores que foram recebidos com indignação e apelos urgentes para melhores sistemas de busca e salvamento.

Apenas 35 dos desaparecimentos registados levaram à condenação dos culpados, sublinha Michelle Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em declarações, esta terça-feira.

“Não se devem poupar esforços para pôr fim a estas violações e abusos dos direitos humanos de grande amplitude, e para se defenderem os direitos das vítimas à verdade, justiça, e garantias de não repetição”, realça Bachelet.

Marlene Harbig, do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), discutiu o trauma sofrido por quem tem familiares desaparecidos.

“As primeiras horas são as mais importantes, quando alguém desaparece, os seus familiares têm o direito de saber o que aconteceu”, refere Harbig. “Saber o destino das pessoas desaparecidas é, antes de mais, um ato humanitário”.

Apesar dos números, Bachelet salientou os progressos feitos pelo governo, tendo o México sido o primeiro país a permitir uma visita do Comité das Nações Unidas de Desaparecimentos a trabalhar com as autoridades em 13 estados mexicanos.

Tanto o CICV como a ONU solicitaram que os membros da família fossem autorizados a trabalhar com as autoridades governamentais para encontrar os seus familiares.

Michele Bachelet ainda solicitou ao governo “que coloque as famílias daqueles que desapareceram no centro dos seus esforços, e que disponibilize os recursos necessários para que as investigações e buscas sejam eficazes“.

https://zap.aeiou.pt/mais-de-100-000-pessoas-ja-desapareceram-oficialmente-no-mexico-480144


Embalados pela ajuda económica dos EUA, responsáveis ucranianos recusam cenário de cessar-fogo !1

Volodymyr Zelenskyy, Ucrânia

Plano sugerido e apoiado por alguns países europeus propõe cessar-fogo antes da retirada das tropas russas do território ucraniano, premissa que os representantes ucranianos não estão dispostos a aceitar.

Ao longo dos últimos dias, sucederam-se os apelos de alguns líderes europeus para que os responsáveis ucranianos considerem participar em negociações de paz, tendo em vista o fim do conflito no seu território. No entanto, as condições em que o diálogo iria decorrer parece afastar Volodymyr Zelenskyy e os seus mais próximos de tal cenário.

Segundo avançou o jornal La Repubblica, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano partilhou com António Guterres, secretário-geral da ONU, um esboço de um plano de paz que está em linha com as posições alemãs e francesas no que respeita ao fim da guerra. De acordo com o jornal Público, estes são mesmo os principais países dispostos a apoiar a solução, enquanto que Polónia, Reino Unido e Estados Unidos parecem apostados em apoiar os esforços ucranianos no terreno.

Contudo, a reação do lado ucraniano não foi positiva, com os altos responsáveis a acusarem os parceiros europeus de elaborarem um plano para “salvar a face” de Vladimir Putin, do qual fariam também concessões a nível territorial. “Queremos que o Exército russo saia da nossa terra. Nós não estamos em solo russo. Não pagaremos com o nosso território qualquer ajuda para salvar a face de Putin. Isso seria injusto.”

No plano proposto pelo principal diplomata italiano, o primeiro passo seria o cessar-fogo e a desmilitarização de ambas as forças, uma hipótese recusada pelo lado ucraniano, que tem vindo a reconquistar território ocupado pelas forças russas e se prepara para receber um avultado apoio financeiro dos Estados Unidos da América, na ordem dos 38 mil milhões de euros.

Este apoio segue-se a outras ajudas dos EUA, que já somam 47 mil milhões de euros. Trata-se de um valor superior ao orçamento anual de Defesa da Austrália, e numa ordem de grandeza semelhante ao montante anual anunciado pela Rússia, 62 mil milhões de euros. Embalados por este incentivo, os ucranianos querem continuar a defender o seu território, sendo improvável que concordem com um cessar-fogo.

Simultaneamente, existe também a sensação entre os decisores ucranianos que concordar em negociações de paz com Vladimir Putin não seria uma manobra entendida pela sua população, sobretudo depois do que o mundo testemunhou em Bucha e Irpin, onde se estima que o terror russo tenha atingido maiores proporções.

Ainda assim, dos Estados Unidos podem estar prestes a chegar más notícias. A contestação dos Republicanos aos apoios económicos e militares decididos pela Administração Biden é cada vez maior, não sendo expectável que os senadores do Partido Republicano permitam que a torneira se mantenha aberta durante muito mais tempo.

https://zap.aeiou.pt/embalados-pela-ajuda-economica-dos-eua-responsaveis-ucranianos-recusam-cenario-de-cessar-fogo-480293

A Austrália virou à esquerda – Mas a eleição de Anthony Albanese tem repercussões no resto do mundo !


Partido Trabalhista, vencedor das eleições, comprometeu-se com metas mais ambiciosas ao nível da redução das emissões de gases com efeito de estufa e parece ter respondido às preocupações dos eleitores relacionadas com a emergência climática.

As eleições legislativas australianas ditaram uma alteração no partido que ocupa o Governo do país. Após 13 anos no poder, o partido de Scott Morrison (Liberal) foi derrotado, perdendo, inclusive, 26 assentos parlamentares face à eleição anterior, quando tinha conquistado 76 lugares. Por sua vez, o partido trabalhista fica a um dos necessários para a maioria absoluta, apesar de o seu líder, Anthony Albanese, estar confiante de que conseguirá governar em minoria.

À primeira vista, as eleições na Austrália e a mudança na cor do partido do Governo teriam pouco que dizer aos restantes cidadãos do mundo, mas a verdade é que no centro da política australiana está um assunto capaz de tombar primeiros-ministros e impactar até quem vive no ponto oposto do planeta: as alterações climáticas.

Ao longo dos últimos anos, o país tem sofrido mais do que qualquer outro com fenómenos climatéricos e meteorológicos extremos: secas severas, incêndios florestais sem precedentes, cheias e eventos de branqueamento na Grande Barreira de Coral. De acordo com o Expresso, que cita o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a Austrália está extremamente vulnerável às alterações climáticas e caminha a passos largos para um futuro repleto de desastres naturais.

No entanto, através de uma análise rápida aos resultados eleitorais de sábado, é possível perceber que os australianos consideravam que o tópico não estava a ser encarado com a devida seriedade e urgência pelo Governo atualmente de saída. De facto, Scott Morrison nunca se comprometeu com metas ambiciosas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa – fazendo com que os parceiros internacionais questionassem o seu nível de compromisso – e tardou em apresentar medidas que permitissem ao subcontinente operar uma transição para a energia verde.

De acordo com os dados apresentados durante a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), a Austrália tem o maior número de emissões per capita de carvão a nível mundial – trata-se de um valor cinco vezes maior do que a média global e 40% superior a qualquer outro grande consumidor de energia a carvão. É ainda importante ressalvar que apesar de ter 0,3% da população mundial, o país é responsável por 1% das emissões.

Perante estes números e a vontade dos eleitores de verem uma resposta mais clara à crise climática, a decisão pareceu pouco dúbia.

Durante a campanha eleitoral, o Partido Trabalhista fez saber que pretende uma redução das emissões na ordem dos 43% até 2030, uma meta que tornaria possível limitar o aquecimento global a cerca de 1,6º. Ainda assim, desengane-se quem pensa que o partido recém-eleito tem uma agenda verde. Por exemplo, a força liderada por Anthony Albanese prometeu não abandonar empresários e trabalhadores do setor mineiro, não se comprometendo, inclusive, com o fecho de minas ou com o fim de licenciamento de novas explorações – caso estas façam sentido do ponto de vista comercial.

A aposta será nos carros elétricos, que pretende tornar mais baratos, e no melhoramento das opções de armazenamento das energias renováveis. Simultaneamente, existe também a esperança que o mercado consiga fasear o consumo de carvão sem que o Estado tenha que intervir – uma estratégia vista como arriscada pelos especialistas.

https://zap.aeiou.pt/a-australia-virou-a-esquerda-mas-a-eleicao-de-anthony-albanese-tem-repercussoes-no-resto-do-mundo-480291


Cidade japonesa vai pagar a jovens casais para viverem perto de pessoas idosas !


A cidade japonesa de Chiba, na Grande Tóquio, quer atrair residentes mais jovens para contrariar o envelhecimento da sua população.

Chiba vai pagar uma quantia fixa aos casais mais jovens para se mudarem para complexos habitacionais onde vivem residentes idosos, num esforço para inverter o envelhecimento da população.

Segundo a VICE, a cidade vai oferecer, a partir de junho, até 300.000 ienes (2.200 euros, aproximadamente) aos recém-casados que se instalem nos edifícios. Um dos objetivos é que os jovens preencham as lacunas de emprego que se fazem sentir nesta área.

O Japão, o país com a população mais velha do mundo, tem vindo a lutar com uma sociedade em contração e uma taxa de natalidade em declínio desde os anos 70.

As autoridades receiam que, se este problema não for resolvido, a diminuição da mão-de-obra poderá exacerbar a escassez e abrandar o crescimento económico.

Áreas menos urbanas como a cidade de Chiba, que foi anteriormente apelidada de “cidade fantasma” do Japão, suportaram em grande parte o peso destas questões. Para sobreviver, os municípios devem encontrar soluções criativas para chamar a atenção dos jovens, que “fogem” para os grandes centros urbanos.

A cidade está rodeada pelo oceano, tem rios e grandes parques e os danchi (complexos habitacionais) onde os candidatos vão viver estão localizados perto de escolas, infantários e lojas, para que seja um local conveniente e útil para os que desejam constituir famílias.

https://zap.aeiou.pt/cidade-japonesa-vai-pagar-a-jovens-casais-para-viverem-perto-de-pessoas-idosas-479437


Um em cada seis: poluição continua a matar milhões - E nada mudou desde 2015 !


Só em 2019 morreram cerca de nove milhões de pessoas devido à poluição. Números não mudam desde 2015.

A poluição continua a ser uma das principais causas de morte em todo o mundo.

Só em 2019 morreram cerca de nove milhões de pessoas no planeta devido à poluição, de acordo com um estudo da Lancet Commission on Pollution and Health.

Isso significa que, aproximadamente, em cada seis pessoas que morrem, uma falece por causa da poluição. Mais de 16% dos óbitos no planeta estão relacionados com a poluição.

A poluição do ar foi a principal causa de morte, matando mais de 6.6 milhões de pessoas (e esta contabilidade está a crescer). Produtos químicos são responsáveis por 1.8 milhões de mortes.  

Houve uma diminuição no número de mortes relacionadas com poluição em países de pobreza extrema (como água poluída ou falta de saneamento), mas aumentou o número de óbitos ligados à poluição do ar no exterior e aos químicos tóxicos.

A grande maioria (mais de 90%) das mortes é registada em países com economia “média”, ou que passam mesmo por dificuldades económicas.

Os números, partilhados nesta terça-feira pela Sky News, reforçam que desde 2015 não se regista qualquer alteração nesta contabilidade, apesar dos aparentes múltiplos esforços com o objectivo de alterar este cenário.

No entanto, serão mesmo “aparentes”. O estudo avisa que a maioria dos países está a fazer muito pouco para combater este “enorme” problema de saúde pública.

Richard Fuller, principal autor do estudo, comentou: “A prevenção da poluição é amplamente negligenciada na agenda de desenvolvimento internacional”.

A análise sublinha também que a poluição é o maior factor de risco ambiental para o aparecimento de doenças e para mortes prematuras. As alterações climáticas e o desaparecimento de vida selvagem estão fortemente relacionadas com este factor.

A comissão reforça que, para melhorar esta situação, uma das prioridades tem de ser deixar rapidamente a utilização em larga escala de combustíveis fósseis, fazendo a transição para energias renováveis.

https://zap.aeiou.pt/poluicao-matar-milhoes-479510


sábado, 21 de maio de 2022

Sangria nas criptomoedas com “pânico” nos mercados - Será o princípio de algo muito pior ?


Depois da sangria que arrasou as criptomoedas na última semana, já se fala de um “Cripto crash” com investidores alarmados a perderem milhares de euros. E, nesta altura, ninguém sabe muito bem onde este fenómeno vai parar, nem se vai afectar a economia global.

A incerteza económica motivada pela guerra na Ucrânia, mas também o regresso dos confinamentos na China por causa da pandemia de covid-19, gerou o tumulto nos mercados dos criptoativos.

Os investidores perderam mais de 1,2 mil milhões de dólares em liquidações, segundo o site de análise de dados CoinGlass citado pelo Decrypt. Segundo estas fontes, “mais de mil milhões de dólares em todos os criptoactivos foram eliminados apenas a 8 de Maio” passado, o que é “o maior valor em mais de três meses”, como apontam.

Actualmente, “o valor de mercado combinado de todas as criptomoedas é de 1,12 triliões de dólares”, ou seja, “cerca de um terço do valor de Novembro, com mais de 35% das perdas a chegarem nesta semana”, como nota a BBC.

“Pânico” e muita incerteza

Uma Bitcoin vale, agora, cerca de 27 mil dólares, “o valor mais baixo desde Dezembro de 2020”, quando no final do ano passado, valia 70 mil dólares, ainda segundo a BBC.
 
A Ethereum perdeu cerca de 20% do seu valor em apenas 24 horas. E a Terra Luna perdeu quase 100% do seu valor em apenas dois dias, caindo de um máximo de 118 dólares para apenas 0,11 dólares

Esta queda afectou inclusive um activo associado e que é considerado estável, a TerraUSD que caiu de 41 mil milhões de dólares para apenas 6,6 milhões, segundo dados do The Guardian. Trata-se da “maior destruição de riqueza num único projecto da história das criptomoedas”, segundo o executivo da consultora CryptoCompare, Charles Hayter, citado pelo jornal inglês.

“O colapso da TerraUSD deu início ao que costumávamos chamar de “pânicos” quando grandes instituições financeiras vendem grandes porções de activos e todos os outros tentam sacar o seu dinheiro o mais rápido possível“, analisa o economista Frances Coppola na BBC.

E é precisamente “pânico o que está a acontecer” com as criptomoedas, acrescenta Coppola. Muitos investidores assustados venderam os seus criptoactivos, o que levou a uma desvalorização de entre 15% a 25% do valor da maioria das principais criptomoedas.

Numa medida sem precedentes, para tentar estancar esta sangria, a Terraform Labs, a empresa que gere a TerraUSD e a Terra Luna, interrompeu as negociações destes activos, na semana passada, anunciando que vai elaborar “um plano para reconstituí-la“. É uma medida de controle de danos.

O fundador da Terraform Labs, Do Kwon, assumiu no Twitter que estamos perante “uma crise”, mas deixou a esperança de que a empresa está a trabalhar para “sair disto”.
“Cripto crash” pode contaminar a economia global?

Entretanto, há receios de que possa haver contágio a outros mercados, contribuindo para uma crise económica mais alargada e permanente.

Neste momento, ninguém sabe muito bem o que vai acontecer a seguir. “Acreditamos que levará tempo para que a volatilidade do mercado no ecossistema diminua – nas próximas semanas, descobriremos o verdadeiro custo desta queda“, nota Hayter em declarações divulgadas pelo The Guardian.

O especialista Nikolaos Panigirtzoglou do Banco de Investimentos JP Morgan fala da possibilidade de o “crash” dos criptoactivos atingir a economia global, dando o exemplo da Tether, cujas garantias incluem papel comercial, ou seja, uma forma de dívida de curto prazo utilizada pelas empresas para cobrirem despesas, como os salários mensais.

“Será um problema para os mercados de crédito se muito papel comercial for vendido num curto espaço de tempo”, avisa Panigirtzoglou.

“Investidores de criptomoedas que perderam muito dinheiro e que também investiram em mercados de acções podem decidir reduzir o risco, retirando o seu dinheiro das acções“, alerta ainda Panigirtzoglou.

Contudo, estaremos longe de um cenário como o que despoletou a crise financeira de 2008, até porque as criptomoedas não têm o peso económico que o crédito à habitação tem na vida das pessoas, e na própria economia.

Mas é certo que este momento requer a atenção dos reguladores, como realça o economista-chefe internacional do Banco ING em Nova Iorque, James Knightley, em declarações ao The Guardian.

“Pode não ser particularmente importante sistemicamente agora, mas se os mercados de criptomoedas se recuperarem e crescerem fortemente nos próximos anos e, em seguida, tivermos um segundo colapso quando já forem sistemicamente importantes, os reguladores não se poderão perdoar”, alerta Knightley.

O risco será tanto maior quanto mais os Bancos se envolverem no negócio dos criptoactivos.

https://zap.aeiou.pt/sangria-criptomoedas-panico-479502


Deputado propõe mudança de bandeira da Rússia !


Bandeira da Vitória seria a sucessora da tricolor. Ministério britânico reforça que russos estão com “significativos problemas de recursos” na Ucrânia.

A bandeira da Rússia deveria ser alterada, de acordo com um deputado da Duma estatal da região da Crimeia.

Mikhail Sheremet assegura que tem orgulho da bandeira tricolor (branco, azul e vermelho) mas agora que a Bandeira da Vitória deveria substituir o símbolo actual.

A Bandeira da Vitória, que tinha o símbolo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, foi a bandeira hasteada pelos soldados do Exército Vermelho em Berlim, já na fase final da II Guerra Mundial em 1945, um dia depois de Adolf Hitler ter cometido suicídio.

“Acho que é hora de reconhecemos a Bandeira da Vitória como a nossa bandeira nacional. Está sob os nossos avós que lutaram sob ela na Grande Guerra Patriótica (contra os nazis, na II Guerra Mundial), e sob ela hoje o nosso exército está enfrentar neonazis da Ucrânia que habilmente se disfarçaram nos países ocidentais durante muitos anos “, disse Mikhail Sheremet, à agência RIA Novosti.

O deputado da região da Crimeia explicou a sua opinião, dizendo que os países ocidentais “declararam guerra” à Bandeira da Vitória, “banindo-a em todos os lugares”.

“Eles têm medo desse símbolo, pois a bandeira vermelha da vitória faz-lhes lembrar a grandeza do nosso povo e da nossa grande vitória”, justificou.

O deputado reforçou a ideia de que a Bandeira da Vitória daria sinal de uma super-potência a ressurgir, algo que agora “é mais relevante do que nunca”.

“Içando uma bandeira sobre o Reichstag”, por Yevgeny Khaldei, Berlim, 2 de Maio de 1945 (reconstituição)
Dificuldades e desunião na Ucrânia

O Ministério da Defesa do Reino Unido divulga nesta quarta-feira que Mariupol, cidade que esteve cercada por russos durante mais de dois meses, só foi controlada pela Rússia mais tarde devido à resistência ucraniana “firme”.

Perante a frustração e as perdas consideráveis de militares nessa cidade, a Rússia solicitou ajuda externa, essencialmente de milhares de militares chechenos, que costumam estar focados na segurança do líder local, Ramazan Kadyrov.

Esta necessidade de recorrer a “destacamentos tão díspares”, continuam os britânicos, demonstra os “problemas significativos de recursos” da Rússia na guerra na Ucrânia.

Além disso, estas dificuldades podem estar a originar “desunião” entre os responsáveis russos pela operação, o que “continua a dificultar” as movimentações da Rússia.

https://zap.aeiou.pt/mudanca-bandeira-russia-479508


Informações de uma “caixa negra” recuperada após a queda do Boeing 737-800 na China, que vitimou 132 pessoas, sugerem que uma pessoa na cabine tenha causado deliberadamente o acidente, revelou hoje o Wall Street Journal. Citando fontes ligadas à avaliação preliminar realizada por autoridades norte-americanas, o jornal avança que os dados recolhidos da “caixa negra” apontam que uma pessoa ativou os comandos que causaram a queda do aparelho da companhia China Eastern. “O avião fez o que foi dito para fazer por alguém na cabine”, disse uma das fontes do Wall Street Journal, sublinhando que as autoridades chinesas não tinham alertado até agora sobre quaisquer problemas mecânicos ou de controlo do voo do aparelho. De acordo com o diário, citado pela agência de notícias francesa AFP, as autoridades norte-americanas estão a virar as atenções para as ações de um piloto, com a possibilidade de uma terceira pessoa ter entrado na cabine. O avião, que voava entre as cidades de Kunming (sudoeste) e Cantão (sudeste), despenhou-se na região de Guangxi no dia 21 de março, às 14:38 horas locais (07:38 em Lisboa), matando todas as pessoas a bordo (123 passageiros e nove membros da tripulação). Segundo o portal de rastreio de voos FlightRadar24, o avião caiu verticalmente e desceu quase 8.000 metros em menos de três minutos. Especialistas em aviação, citados pelo The New York Times explicaram que os aviões comerciais são projetados para serem naturalmente estáveis. Estas aeronaves não conseguem voar quase a pique em velocidades muito altas, a menos que uma força extrema seja aplicada continuamente. Uma falha mecânica ou erro de software pode causar mau funcionamento dos estabilizadores, ou um piloto pode deliberadamente forçar o avião a cair a pique. A Administração da Aviação Civil da China, que está oficialmente encarregada da investigação, afirmou num comunicado no final de abril que ter elaborado um relatório preliminar sem fornecer detalhes sobre o que poderia ter causado o acidente. Conforme exigido pelas regras internacionais da aviação, representantes do Gabinete de Segurança dos Transportes dos EUA estão a prestar assistência técnica. Contactada hoje pela agência de notícias francesa AFP, a agência norte-americana disse que não ia fazer comentários a uma investigação liderada por outra autoridade. Também a Boeing se recusou a comentar, argumentando que apenas a autoridade encarregada da investigação em curso pode comunicar o seu progresso. No comunicado no final de abril, a Administração da Aviação Civil da China garantiu que as qualificações da tripulação e do pessoal de manutenção do avião estavam “em ordem”, bem como o certificado de aeronavegabilidade do aparelho. A China Eastern já tinha afirmado anteriormente que o piloto e os dois copilotos não estavam sob suspeita e as autoridades chinesas impuseram um controlo rigoroso das informações em torno do desastre


Informações de uma “caixa negra” recuperada após a queda do Boeing 737-800 na China, que vitimou 132 pessoas, sugerem que uma pessoa na cabine tenha causado deliberadamente o acidente, revelou hoje o Wall Street Journal.

Citando fontes ligadas à avaliação preliminar realizada por autoridades norte-americanas, o jornal avança que os dados recolhidos da “caixa negra” apontam que uma pessoa ativou os comandos que causaram a queda do aparelho da companhia China Eastern.

“O avião fez o que foi dito para fazer por alguém na cabine”, disse uma das fontes do Wall Street Journal, sublinhando que as autoridades chinesas não tinham alertado até agora sobre quaisquer problemas mecânicos ou de controlo do voo do aparelho.

De acordo com o diário, citado pela agência de notícias francesa AFP, as autoridades norte-americanas estão a virar as atenções para as ações de um piloto, com a possibilidade de uma terceira pessoa ter entrado na cabine.

O avião, que voava entre as cidades de Kunming (sudoeste) e Cantão (sudeste), despenhou-se na região de Guangxi no dia 21 de março, às 14:38 horas locais (07:38 em Lisboa), matando todas as pessoas a bordo (123 passageiros e nove membros da tripulação). Segundo o portal de rastreio de voos FlightRadar24, o avião caiu verticalmente e desceu quase 8.000 metros em menos de três minutos.

Especialistas em aviação, citados pelo The New York Times explicaram que os aviões comerciais são projetados para serem naturalmente estáveis. Estas aeronaves não conseguem voar quase a pique em velocidades muito altas, a menos que uma força extrema seja aplicada continuamente.

Uma falha mecânica ou erro de software pode causar mau funcionamento dos estabilizadores, ou um piloto pode deliberadamente forçar o avião a cair a pique.

A Administração da Aviação Civil da China, que está oficialmente encarregada da investigação, afirmou num comunicado no final de abril que ter elaborado um relatório preliminar sem fornecer detalhes sobre o que poderia ter causado o acidente.

Conforme exigido pelas regras internacionais da aviação, representantes do Gabinete de Segurança dos Transportes dos EUA estão a prestar assistência técnica.

Contactada hoje pela agência de notícias francesa AFP, a agência norte-americana disse que não ia fazer comentários a uma investigação liderada por outra autoridade. Também a Boeing se recusou a comentar, argumentando que apenas a autoridade encarregada da investigação em curso pode comunicar o seu progresso.

No comunicado no final de abril, a Administração da Aviação Civil da China garantiu que as qualificações da tripulação e do pessoal de manutenção do avião estavam “em ordem”, bem como o certificado de aeronavegabilidade do aparelho.

A China Eastern já tinha afirmado anteriormente que o piloto e os dois copilotos não estavam sob suspeita e as autoridades chinesas impuseram um controlo rigoroso das informações em torno do desastre.

https://zap.aeiou.pt/queda-boeing-china-nao-foi-acidente-479507


Tailândia vai oferecer um milhão de plantas de canábis aos cidadãos !


Depois de ter legalizado a canábis em 2018, a Tailândia permitiu o cultivo da planta em casa, desde que não seja utilizada para fins comerciais.

No próximo mês, o Governo tailandês vai distribuir um milhão de plantas de canábis gratuitas a famílias de todo o país para marcar a nova lei, que permite que as pessoas cultivem canábis em casa, noticia o IFL Science.

A iniciativa foi anunciada por Anutin Charnvirakul, ministro da Saúde da Tailândia, no Facebook. O objetivo, segundo o governante, é que as plantas de canábis sejam cultivadas como “culturas domésticas”.

A nova lei entra em vigor a 9 de junho e permitirá que as pessoas cultivem plantas de canábis em casa depois de notificarem o governo local.

As plantas terão de ser de grau médico – os cidadãos só poderão cultivar plantas que contenham menos de 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC) – e usadas exclusivamente para fins medicinais. Além disso, a canábis não pode ser usada para fins comerciais sem que haja licenças adicionais.

As plantas poderão conter canabidiol (CBD), um composto não psicoativo encontrado na canábis, e outros compostos que se pensa contribuírem para as propriedades medicinais da planta.

Aquando do anúncio da iniciativa, Charnvirakul salientou que o consumo de canábis pode levar a uma melhor qualidade de vida para os doentes com cancro, dores crónicas ou insónias.

Depois da entrada em vigor da lei, o Governo espera atrair turistas, que diminuíram desde a pandemia de covid-19, e que a indústria de suplementos continue a crescer.

https://zap.aeiou.pt/tailandia-oferecer-plantas-canabis-479255


“Rainha das Criptomoedas” búlgara enganou milhares de investidores e a Europa ainda está a tentar encontrá-la !


Ruja Ignatova, conhecida como “Rainha das Criptomoedas“ da Bulgária, está desaparecida deste 2017. É agora a fugitiva mais procurada da Europa depois de construir um esquema em pirâmide com base numa criptomoeda.

Em 2016, Ruja Ignatova apresentou ao mundo a OneCoin, aquela que, na sua ótica, viria a tornar-se a “maior criptomoeda do mundo” ao permitir que toda a gente realizasse pagamentos em qualquer lugar.

Nasceu para “assassinar” a Bitcoin: “Em dois anos, ninguém vai falar de Bitcoins”, disse a empresária, na ocasião.

Segundo o Raw Story, a moeda foi, na verdade, o pretexto para um esquema ao estilo de pirâmide que lesou pessoas de 175 países diferentes em, pelo menos, 4 mil milhões de libras esterlinas.

A fraude, uma das maiores da história que poderá ter recebido até 12,7 mil milhões de libras esterlinas dos investidores, foi o tema do podcast da BBC “The Missing Cryptoqueen”.

No que às criptomoedas diz respeito, a blockchain é a base de tudo. Acontece que os investidores desconheciam um detalhe importante: nenhuma blockchain apoiava esta criptomoeda, que não tinha forma de ser vendida ou transferida.

Até agora, a maioria dos alegados colaboradores de Ignatova foram detidos, incluindo o co-fundador da OneCoin, Karl Sebastian Greenwood, o irmão de Ignatova, Konstantin, o seu advogado Mark Scott e o seu amante, Gilbert Armenta.

Cinco anos depois do desaparecimento, a Europol está a oferecer uma recompensa de 5.000 euros por informações que levem à detenção de Ignatova, por ser “a força motriz e inventora intelectual” da OneCoin e a “suspeita de ter incitado investidores de todo o mundo a investir nesta moeda sem valor”.

De acordo com a VICE, o jornalista Jamie Bartlett tem tentado apanhar Ruja Ignatova desde que fez o podcast, em 2019.

“‘É uma das maiores criminosas do mundo‘, disse Bartlett, que coloca o tamanho do seu esquema fraudulento apenas atrás do de Bernie Madoff, arquiteto do maior esquema de Ponzi de sempre nos anos 2000.

“O crime de colarinho branco não é, por vezes, considerado tão grave como o crime violento. Mas este esquema envolveu pelo menos vários milhares de milhões de libras de dinheiro de pessoas, resultando na falência e na destruição de famílias em todos os cantos do mundo”, acrescentou.

O mercado de criptomoedas tem sido atormentado por burlas e esquemas durante anos devido à falta de regulamentação financeira na maioria dos países.

https://zap.aeiou.pt/rainha-das-criptomoedas-bulgara-479264


sexta-feira, 20 de maio de 2022

Mãe processa TikTok depois de jovem morrer a fazer o Blackout Challenge !


Nos Estados Unidos, uma mãe está a processar o TikTok e a sua empresa-mãe, ByteDance, por negligência, depois de a sua filha ter falecido na sequência de um desafio que se tornou viral na rede social.

Uma mãe nos Estados Unidos avançou, esta semana, com um processo em tribunal contra o TikTok e a empresa proprietária, ByteDance, depois de a sua filha de dez anos ter falecido após realizar um desafio, em dezembro de 2021.

A jovem tentava realizar o “Blackout Challenge” (Desafio do Apagão), que consiste em suster a respiração até que a pessoa acabe por desmaiar.

Segundo a NBC News, Tawainna Anderson alega que a filha desmaiou no dia 7 de dezembro, chegando a ser internada durante cinco dias nos cuidados intensivos. A criança acabou por morrer pelos danos provocados pela asfixia propositada.

A mãe acusa a rede social de ser negligente e de expor as crianças a desafios perigosos para que obtenha mais visualizações.

“O viral e mortífero ‘Blackout Challenge’ do TikTok foi impingido à Nylah na sua página, por causa do algoritmo da aplicação. Os defensores do algoritmo determinaram que o letal ‘Blackout Challenge’ era adaptado e provavelmente do interesse da Nylah Anderson, de 10 anos, e ela morreu por causa disso”, acusa Tawainna no processo.

“Quero responsabilizar esta empresa“, justificou Tawainna, numa conferência de imprensa. “É tempo de estes perigosos desafios chegarem ao fim, de outras famílias não experimentarem o desgosto que vivemos todos os dias.”

Em comunicado, o TikTok lamentou a morte e os transtornos que resultaram do desafio, garantiu que continua “vigilante no compromisso sobre a segurança do utilizador” e disse que vai “remover imediatamente conteúdos relacionados”.

https://zap.aeiou.pt/mae-processa-tiktok-479212


Jornalistas fugitivos: “Ar irrespirável na Rússia. E podemos ficar presos 15 anos“ !


Diversos jornalistas tiveram de fugir da Rússia, desde o início da guerra. Cidadãos russos deixam o país sobretudo por motivos económicos.

A partir do momento em que a Rússia invadiu a Ucrânia, no dia 24 de Fevereiro, começou uma debandada – não só de ucranianos, mas também de russos.

A saída de cidadãos russos do seu país natal não foi tão repentina e tão concentrada, mas tem-se verificado um aumento de emigrantes nos últimos meses.

Não há estatísticas oficiais mas há estimativas: entre 300 mil e um milhão de russos.

Contudo, o único motivo para estes números não é propriamente a guerra. Ou pelo menos, não directamente: é a situação económica do país, que tem sido alvo de centenas de sanções económicas de países ocidentais.

“Não acredito que, na Rússia, haja uma grande oposição popular à guerra. Algumas pessoas decidiram sair do país mas acho que os motivos políticos são apenas parte da origem dessa decisão. Acredito que alguns dos russos estão mais preocupados com a situação económica”, analisou o analista Kacper Wanczyk.

“Actualmente o cenário económico na Rússia não está assim tão mau mas já estamos a receber algumas informações de problemas internos”, continuou Kacper, em entrevista à Euronews.
Jornalistas fogem da prisão

Entre as centenas de milhares de pessoas que já deixaram a Rússia nas últimas semanas, estão centenas de jornalistas.

Andrei Grigorev, da rádio Liberty, saiu da Rússia porque poderia ter sido preso por estar a fazer o seu trabalho.

“Cheguei a filmar protestos em Kazan e estávamos expostos. Agora, com a nova legislação russa, eles poderiam prender-nos ou revistar-nos a qualquer momento”, explicou.

“Agora percebemos que devemos chamar guerra à guerra e percebemos que ficar na Rússia e trabalhar na comunicação social é perigoso, está sob a lei criminal”, continuou.

Andrei contou à Euronews que, na Rússia, os jornalistas “correm o risco de enfrentar até 15 anos de prisão. É o preço a pagar por se dizer a verdade. Por se chamar guerra à guerra”, lamentou.

A sua esposa, Alina, relatou que há um ar “pesado e impossível de respirar” na Rússia. Outros jornalistas também fugiram do país e “estão em todo o lado”, espalhados por diversos países.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-fugitivos-guerra-prisao-479421


Espanha torna-se o primeiro país da Europa a aprovar uma licença menstrual !


Espanha aprovou um pacote de medidas em que se inclui permissão para abortar a partir dos 16 anos e a eliminação do IVA nos produtos de higiene feminina. Será ainda o primeiro país da Europa a introduzir uma “licença temporária por doença totalmente financiada pelo Estado para períodos dolorosos e incapacitantes”.

O Conselho de Ministros espanhol aprovou, esta terça-feira, uma licença para menstruações incapacitantes entre três a cinco dias.

No pacote de medidas está também uma licença pré-natal remunerada a partir da 36.ª semana de gravidez e aborto a partir dos 16 anos sem autorização dos pais.

A proposta garante ainda a eliminação do IVA nos produtos de higiene feminina e a gratuitidade dos produtos de higiene menstruais e contracetivos nas escolas e prisões. O texto do Governo também prevê o aumento da educação sexual nas escolas.

“Vamos ser o primeiro país da Europa a introduzir uma licença temporária por doença totalmente financiada pelo Estado para períodos dolorosos e incapacitantes”, disse a ministra da Igualdade, Irene Montero, em conferência de imprensa depois da apresentação do novo projeto de lei.

De acordo com a responsável governamental, que pertence ao partido de extrema-esquerda Podemos, parceiro minoritário no Governo “feminista” liderado pelo Partido Socialista espanhol (PSOE), “já não é tabu ir trabalhar com dor, ter de tomar comprimidos antes de ir trabalhar ou ter de esconder” as dores menstruais.

Montero indicou há alguns dias que a nova licença, que teria de ser assinada pelo médico que tratava o doente, “não teria um limite de tempo”, enquanto que uma versão preliminar do projeto de lei a que os meios de comunicação social tinham tido acesso na semana passada se referia a uma licença de três dias que poderia ser prolongada para cinco dias em caso de sintomas agudos.

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Putin pode estar a tomar decisões militares de pequena escala — E a colocar em causa sucesso das operações, apontam especialistas !


Operações russas centram-se na zona do Donbass, onde os progressos têm sido poucos ao longo das últimas semanas.

Vladimir Putin poderá estar a tomar decisões de pequena escala na guerra com a Ucrânia, as quais seriam, em condições normais, da responsabilidade de coronéis ou brigadeiros, patentes militares que geralmente têm à sua responsabilidade grupos de 700 a 900 militares. As revelações foram feitas por fontes militares ocidentais e citadas pelos meios de comunicação britânicos.

De acordo com a BBC, tanto o presidente russo como o chefe das Forças, estão a dar os seus pareceres em decisões militares na região do Donbass, região que concentra os esforços russos na atualidade, mas que nem assim tem conseguido resultados. De facto, a ofensiva russa não assegurou o controlo de qualquer cidade.

A revelação foi suficiente para, na imprensa britânica, surgirem comparações inusitadas. No caso do jornal diário The Times, a situação é equiparada à possibilidade de Jeff Bezos, dono da Amazon, entregar as encomendas que são feitas à empresa. Mas tal como nota uma das fontes ouvidas, o milionário não o faz, fica apenas responsável por “decisões estratégicas”. Na mesma linha, outros especialistas ouvidos referem que este envolvimento poderá ser contraproducente e ser visto como um falhanço militar da Rússia na região.

Já Ben Barry, analista de guerra do The Guardian, aponta que “um chefe do Governo devia ter outras coisas para fazer mais úteis do que tomar decisões militares. Devia estar a montar a estratégia política em vez de ficar enredado na atividade do dia-a-dia.”

Tal como nota o Público, o exército russo está organizado de uma forma diferente da do britânico ou americano, já que as instruções são normalmente enviadas para generais no terreno. No entanto, uma novidade introduzida com a invasão da guerra na Ucrânia tem que ver com o posicionamento dos generais na linha da frente, de forma a promover um contacto mais próximo com os soldados e impedir a a sua desmoralização. À conta desta estratégia, já terão morrido 12 altas patentes russas.

https://zap.aeiou.pt/putin-pode-estar-a-tomar-decisoes-militares-de-pequena-escala-e-a-colocar-em-causa-sucesso-das-operacoes-apontam-especialistas-479319


Autor do tiroteio em Buffalo queria “matar o máximo de pretos possível” e considera-se “eco-fascista” !


O tiroteio é mais a juntar-se à lista de massacres com motivações racistas e alimentados por teorias da conspiração sobre a imigração. Este foi o 198.º tiroteio em massa nos Estados Unidos em 2022.

No último sábado, a cidade norte-americana de Buffalo foi abalada por um tiroteio em massa num parque de estacionamento de um supermercado que matou 10 pessoas e deixou outras três feridas.

Desde então, as autoridades já começaram a investigar as motivações do ataque e o FBI avança que o tiroteio foi um “crime de ódio e um caso de extremismo violento com motivações raciais”. O suspeito tem 18 anos e transmitiu o massacre online em directo, tendo depois entrado na loja e continuado a disparar, revela o The Guardian.

A polícia acredita que o assassino escolheu o supermercado especificamente num bairro onde vivem muitos negros e que escreveu também um manifesto de 180 páginas que publicou na internet onde confessou o desejo de “matar o máximo de pretos possível” e mostrou acreditar na teoria da “grande substituição”.

A teoria em questão defende que as elites políticas e económicas do Ocidente, frequentemente retratadas como sendo de origem judaica, têm um plano para “substituírem” a população branca e cristã com negros e muçulmanos através da imigração em massa e da quebra das taxas de natalidade dos cidadãos nativos.

Anteriormente vista apenas como uma conspiração de grupos de extrema-direita marginais, a teoria da grande substituição tem ganho popularidade na direita mainstream e até já foi publicamente defendida por Tucker Carlson, apresentador da Fox News cujo programa é o mais visto nos canais de notícias por cabo nos EUA.

Uma investigação do New York Times em Abril concluiu que Carlson referiu a ideia de que um grupo de elites está a forçar as mudanças demográficas através da imigração em mais de 400 programas.

O manifesto em questão também menciona preocupações com o ambiente sob um prisma “eco-fascista“, um termo que o suspeito usava para se auto-descrever. O eco-fascismo descreve uma corrente de pensamento que usa as preocupações com o ambiente como uma cortina de fumo para esconder uma ideologia racista, culpando as taxas de natalidade mais altas nos países africanos pela suposta sobrepopulação que vai levar a que não haja recursos naturais suficientes para todos no futuro.

“Durante demasiado tempo temos deixado a esquerda usar o movimento ambientalista para servir os seus próprios interesses. A esquerda contra toda a discussão sobre a preservação ambiental enquanto simultaneamente preside sobre a continuação da destruição do ambiente natural através da imigração em massa e da urbanização descontrolada, enquanto não oferece nenhuma solução para estes problemas”, lê-se no manifesto.

A transmissão em directo no Twitch do tiroteio também mostra que estava escrito um insulto contra a população negra na arma do jovem, assim como o número “14”, que se refere às 14 palavras de um conhecido lema da extrema-direita: “We must secure the existence of our people and a future for white children” — “Devemos assegurar a existência do nosso povo e um futuro para as crianças brancas”.

Já vários estudos mostraram que a imigração não é uma causa para o aumento das emissões poluidoras e que, no caso dos Estados Unidos, os estrangeiros consomem muito menos recursos do que os norte-americanos. Apesar de ser um problema maioritariamente causado pelos países desenvolvidos, as nações mais pobres vão também ser as que mais vão sofrer com as alterações climáticas.
“Grande substituição” já inspirou outros tiroteios

O conceito do eco-fascismo e a teoria da grande substituição não são conceitos novos e até já estavam presentes na propaganda nazi, mas têm ganhado mais relevância nos círculos da extrema-direita nos últimos anos e já inspiraram vários tiroteios.

Em 2019, houve um caso semelhante em Christchurch, na Nova Zelândia, quando um nacionalista branco entrou em duas mesquitas e disparou indiscriminadamente, matando 51 pessoas. O autor do tiroteio também escreveu um manifesto de 74 onde usava argumentos semelhantes para justificar o massacre.

“Os invasores são os que estão a causar a sobrepopulação do mundo. Matem os invasores, matem a sobrepopulação e ao fazerem isso estão a salvar o ambiente”, escreveu.

Também em 2019, um tiroteio em massa abalou um supermercado na cidade de El Paso e matou 23 pessoas. O culpado também escreveu um manifesto e publicou-o no fórum 8chan, que é frequentado por muitos radicais de extrema-direita, onde afirmou que o massacre era uma retaliação contra a “invasão hispânica no Texas” e que queria “matar tantos mexicanos quanto pudesse”.

Em 2018, um homem já com um histórico de anti-semitismo nas redes sociais também foi o autor de um tiroteio numa sinagoga em Pittsburgh e atirou sobre 11 pessoas. O suspeito culpava os judeus por deixarem entrar “invasores que matam as nossas pessoas” nos Estados Unidos.

O tiroteio deste fim-de-semana é o mais mortífero até agora em 2022 em solo americano. Este foi o 198.º tiroteio em massa este ano nos Estados Unidos, o que se traduz numa média de 10 ataques por semana, segundo o Gun Violence Archive.

https://zap.aeiou.pt/autor-do-tiroteio-em-buffalo-queria-matar-o-maximo-de-pretos-possivel-e-considera-se-eco-fascista-479296


quinta-feira, 19 de maio de 2022

Reunião sobre adesão da Finlândia e Suécia à NATO termina sem consenso !


Os membros da NATO falharam hoje um consenso sobre se devem iniciar conversações de adesão com a Finlândia e a Suécia, disseram diplomatas, com a Turquia a insistir nas suas objeções à adesão dos dois países nórdicos.

As fontes diplomáticas, citadas pela Associated Press mas que pediram anonimato, não detalharam o que é que, precisamente, está a impedir avançar nas conversações.

Os diplomatas dos países membros reuniram-se na sede da NATO, em Bruxelas, depois de os embaixadores da Finlândia e da Suécia terem apresentado os pedidos formais de candidatura para aderir à organização militar, num movimento que marca uma das maiores consequências geopolíticas da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

O embaixador lituano, Deividas Matulionis, disse aos meios de comunicação suecos e finlandeses que os enviados tinham trocado pontos de vista sobre a sua segurança nacional.

“A discussão foi sobre isto, mas cabe à Turquia comentar”, disse o embaixador.

Os funcionários da NATO também se recusaram a avançar mais informações, remetendo para as observações feitas anteriormente pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, que vincou a determinação em “resolver todas as questões e chegar a uma conclusão rápida”.

A Turquia é o único aliado que expressou claramente a sua oposição à adesão da Finlândia e da Suécia, com o Presidente, Recep Tayyip Erdogan, a acusar os dois países de fecharem os olhos às atividades do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, apesar de o grupo constar da lista negra antiterrorismo da União Europeia.

Stoltenberg disse que a aliança militar está pronta para aproveitar um momento histórico e avançar rapidamente para permitir que a Finlândia e a Suécia se juntem às suas fileiras, depois de os dois países terem apresentado hoje os seus pedidos de adesão.

Os países só beneficiarão da garantia de segurança do artigo 5.º da NATO – a parte do tratado fundador da Aliança que promete que qualquer ataque a um membro é considerado um ataque a todos eles – uma vez concluído o processo de ratificação da adesão, provavelmente dentro de alguns meses.

O processo geralmente demora entre oito a 12 meses, mas a NATO quer avançar rapidamente, dada a ameaça de segurança que os países nórdicos consideram que paira sobre eles depois do ataque da Rússia à Ucrânia.

Moscovo, cuja guerra contra a Ucrânia impulsionou os países nórdicos a decidirem avançar com o pedido de adesão à organização militar, avisou que poderá responder.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, congratulou-se com as suas candidaturas num tweet e disse que “as terríveis ambições de Putin transformaram os contornos geopolíticos” do continente europeu.

https://zap.aeiou.pt/adesao-finlandia-suecia-nato-consenso-479775


Começaram os julgamentos de crimes de guerra na Ucrânia !


Soldado russo de 21 anos foi o primeiro a comparecer em tribunal. E admitiu ter matado um civil ucraniano desarmado, na região de Sumy.

Pouco menos de três meses depois do início da guerra, começaram os julgamentos de crimes de guerra na Ucrânia.

O primeiro acusado a comparecer em tribunal foi Vadim Shishimarin. O jovem soldado russo tem 21 anos e admitiu que matou um civil ucraniano, desarmado, na região de Sumy, na Ucrânia.

O civil assassinado tinha 62 anos e o crime ocorreu em Chupakhivka, poucos dias depois do início da invasão. A sentença poderá ser prisão perpétua.

Perante a viúva, que também estava no tribunal em Kiev, Vadim apareceu “nervoso” e sempre a olhar para o chão, relata a BBC.

O jovem russo estava numa unidade da divisão de tanques. Foram atacados por ucranianos e, depois, roubaram um carro particular. Aí viram o civil a andar de bicicleta e recebeu ordens para matá-lo. Obedeceu.

Logo após o momento em que Vadim admitiu que foi o autor do homicídio, a sessão foi suspensa. O julgamento será retomado nesta quinta-feira.

“Tenho muita pena dele. Mas não consigo perdoar um crime destes“, comentou a viúva.

Vadim Shishimarin nasceu em Irkutsk e foi líder de esquadrão na 4.ª Divisão Panzer Kantemirovskaya, na região de Moscovo.

Será o primeiro de 41 julgamentos de crimes de guerra já preparados pelas autoridades ucranianas. Todos envolvem soldados russos.

https://zap.aeiou.pt/julgamentos-crimes-guerra-ucrania-479749

Estratégia chinesa ‘zero casos’ com Ómicron é “insustentável”, avisa OMS !


Chefe da Organização Mundial da Saúde revelou que a OMS aconselhou repetidamente as autoridades chinesas sobre estratégias de contenção, mas que cabe a cada país escolher a política a seguir.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou hoje a dizer que a abordagem extrema da China para conter a covid-19 é “insustentável”, devido à natureza altamente infecciosa da variante Ómicron.

Em conferência de imprensa, Tedros descreveu a estratégia de ‘zero covid’ da China como “insustentável”, depois de o país asiático ter criticado comentários semelhantes, feitos na semana passada.

“Conhecemos melhor o vírus e temos melhores ferramentas, incluindo vacinas, por isso a gestão do vírus deve ser diferente do que o que foi feito no início da pandemia”, disse.

O responsável acrescentou que o vírus mudou significativamente desde que foi identificado pela primeira vez, na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019. A China interrompeu então a sua propagação através de medidas de confinamento.

Tedros revelou que a OMS aconselhou repetidamente as autoridades chinesas sobre estratégias de contenção, mas que cabe a cada país escolher a política a seguir.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, disse que a agência reconhece que a China enfrenta uma situação difícil e elogiou as autoridades por manter o número de mortes num nível muito baixo.

“Entendemos que a resposta inicial da China foi tentar suprimir as infeções ao máximo, mas essa estratégia não é sustentável e outros elementos precisam de ser amplificados”, apontou.

Ryan acrescentou que os esforços de vacinação devem continuar e enfatizou que uma “estratégia apenas de supressão não é uma forma sustentável de sair da pandemia para nenhum país”.

A implementação implacável e muitas vezes caótica da política de ‘zero casos’ gerou uma crise em Xangai, a maior cidade da China, onde 25 milhões de pessoas estão há seis semanas proibidas de sair de casa.

A política chinesa obriga ao isolamento de todos os casos positivos, incluindo os assintomáticos, em centros de quarentena. Trata-se sobretudo de instalações improvisadas, com as camas distribuídas num espaço comum, sem chuveiros, e com uma casa de banho para centenas ou até milhares de pessoas.

O abrupto encerramento dos serviços na “capital” económica da China e as ordens para a população ficar em casa criaram também dificuldades no acesso a alimentos e medicamentos. Várias outras cidades chinesas foram afetadas por medidas parciais ou totais de confinamento este ano.

https://zap.aeiou.pt/estrategia-chinesa-zero-casos-com-omicron-e-insustentavel-avisa-oms-479574


Bruxelas dispõe 300 mil milhões para acabar com dependência energética da Rússia !


A Comissão Europeia apresentou hoje um pacote energético de 210 mil milhões de euros até 2027 para a União Europeia ser independente da energia russa, propondo redirecionar 300 mil milhões em verbas comunitárias para o financiar.

Em causa está REPowerEU, o plano para aumentar a resiliência do sistema energético europeu e tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, no seguimento da guerra da Ucrânia e dos problemas no abastecimento, que como a Lusa já tinha noticiado implica um investimento adicional de 210 mil milhões de euros até 2027.

Numa curta declaração hoje à imprensa, em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sublinhou que “tudo isto exigirá, evidentemente, investimentos e reformas maciças”.

“Vamos mobilizar perto de 300 mil milhões de euros, aproximadamente 72 mil milhões de euros em subvenções e 225 mil milhões de euros em empréstimos”, acrescentou a líder do executivo comunitário.

De acordo com Ursula von der Leyen, “isto incluirá algum financiamento – até 10 mil milhões de euros – em ligações em falta para gás e GNL [gás natural liquefeito], para que nenhum Estado-membro fique ao frio e até dois mil milhões de euros para infraestruturas petrolíferas, tendo em vista a paragem do carregamento de petróleo russo”.

“Todo o resto do financiamento irá acelerar e aumentar a transição para a energia limpa”, adiantou Ursula von der Leyen.

Na comunicação da Comissão Europeia relativa ao REPowerEU, a instituição propõe “uma alteração direcionada e rápida do regulamento sobre o Mecanismo de Recuperação e Resiliência”, prevendo nomeadamente a “atribuição de financiamento adicional proveniente do leilão de licenças do Sistema de Comércio de Emissões, num montante limitado”.

Ao mesmo tempo, quer que os Estados-membros “beneficiem de uma maior flexibilidade na transferência dos recursos que lhes são atribuídos” no âmbito de fundos comunitários como os de desenvolvimento regional, social, coesão, para transição justa, entre outros, assim como os referentes aos planos estratégicos da Política Agrícola Comum (PAC).

Bruxelas destaca que “o processo de transferência voluntária pelos Estados-membros de fundos da política de coesão e de fundos da PAC para o programa REPowerEU no âmbito planos de recuperação e de resiliência foi concebido para assegurar um processo de adoção rápido”.

Este redirecionamento das verbas comunitárias representa um total de 72 mil milhões de euros em subvenções, que serão complementadas com “225 mil milhões de euros de empréstimos ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, resultando num montante total próximo dos 300 mil milhões de euros”, explica o executivo comunitário na comunicação.

O montante em empréstimos das verbas recuperação corresponde ao que não foi solicitado pelos Estados-membros.

Segundo as contas de Bruxelas, o REPowerEU será “compensador”, já que juntamente com o pacote Objetivo 55, que prevê uma transição ecológica com redução de 55% das emissões poluentes até 2030, permitirá à UE “poupar 80 mil milhões de euros em despesas de importação de gás, 12 mil milhões de euros em despesas de importação de petróleo e 1,7 mil milhões de euros em despesas de importação de carvão por ano”.

Também como a Lusa tinha noticiado, no âmbito do REPowerEU, a Comissão Europeia quer elevar para 45% a meta relativa ao consumo energético da UE a partir de fontes renováveis até 2030, para assim “acelerar a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis russos” e reduzir preços, nomeadamente apostando no solar e no hidrogénio ‘verde’.

No documento hoje publicado, é ainda projetado que a UE tenha de investir entre 1,5 e dois mil milhões de euros para garantir a segurança do aprovisionamento de petróleo após um embargo à Rússia.

A Comissão Europeia defende ainda, no REPowerEU, que os atuais preços elevados da eletricidade na Península Ibérica “sublinham a necessidade” de construir interconexões, integradas num investimento adicional estimado de 29 mil milhões de euros na rede elétrica europeia até 2030.

https://zap.aeiou.pt/bruxelas-acabar-dependencia-russia-479743


Todas as conversas analisadas: Os problemas na vigilância anunciada em Bruxelas, sobre abuso de menores !


Comissão Europeia anunciou que as empresas online vão ser obrigadas a detectar elementos suspeitos. Para isso, vão ter que “espreitar” as conversas.

George Orwell não estaria à espera de que, mais de 70 anos depois, o termo Big Brother continuasse a ser utilizado tantas vezes.

O foco do seu livro de 1949 é recuperado nesta semana por causa de uma proposta legislativa aprovada pela Comissão Europeia.

Na quarta-feira, em Bruxelas, a Comissão informou que as empresas que prestam serviços de conversação online (incluindo redes sociais ou empresas de jogos) vão ser obrigadas a denunciar conteúdos suspeitos de exploração e o abuso sexual de menores.

“Estamos a falhar na protecção das crianças. Há polícias frustrados por não conseguir investigar como queriam. E um aviso para os predadores: nós vamos atrás de vocês”, justificou Ylva Johansson, comissária europeia para os Assuntos Internos.

Vão ser analisadas publicações e correspondência privada. Será um sistema de Inteligência Artificial que vai procurar palavras-chave, imagens ou vídeos, que possam ser relacionadas com abuso de menores, em todo o conteúdo das plataformas.

Por exemplo, os chats e conversas entre duas pessoas que estão a jogar podem ser controladas. As empresas terão de recolher os dados suspeitos, enviarão os mesmos a uma entidade que vai analisar se o caso avança.

A própria Comissão Europeia admite no documento que esta é uma proposta evasiva, que pode ultrapassar os limites da privacidade. Mas não enumera detalhes sobre o processo.

André Maia, jornalista do Observador, recuperou George Orwell: “Não é exagerado falarmos sobre Big Brother porque vai haver pessoas a ler o que as outras pessoas estão a escrever. Não tudo, mas vão estar sempre atentas que estamos a escrever”.

Já na Rádio Renascença, Rui Duro foi claro: “A nossa liberdade passa a estar condicionada. Todas as nossas comunicações passam a ser analisadas“.

“Isto abre uma caixa de pandora. As medidas terão de ser aplicadas a toda a comunicação que é feita”, alertou o director de uma empresa de cibersegurança.

As empresas que não concordarem terão de pagar multas, de acordo com a imprensa. As coimas deverão ser de 6% da receita total do ano da empresa; no caso do Twitter, por exemplo, teria de pagar 300 milhões de euros por recusar implementar este sistema de análise.

https://zap.aeiou.pt/big-brother-abuso-menores-478687


terça-feira, 17 de maio de 2022

Um em cada quatro britânicos começou a saltar refeições devido à inflação !


A maioria dos inquiridos já começou a cortar nos pequenos “luxos”, como as subscrições dos serviços de streaming e nas saídas para socializar, mas uma grande percentagem dos britânicos já teve mesmo de cortar nas refeições.

Uma nova sondagem do instituto Ipsos para a Sky News revela que um em cada quatro britânicos está preocupado com o aumento do custo de vida nos próximos meses.

As pessoas com rendimentos mais baixos são as mais inquietas com a situação, com mais de metade das que ganham menos de 20 mil libras por ano a afirmarem estar “muito preocupadas”.

O cenário é semelhante independentemente da região do Reino Unido e o inquérito mostra que três em cada cinco pessoas já tiveram de começar a desligar o aquecimento para baixarem as facturas energéticas, isto depois dos preços terem aumentado 54% em Abril e com outra grande subida prevista para Outubro.

Outras actividades que não são essenciais também estão a ser cortadas, com 52% dos inquiridos a admitirem que saem menos para socializar. 44% evitam conduzir quando não é necessário para pouparem nos combustíveis, 31% estão a trabalhar mais a partir de casa e 29% cancelaram as subscrições de serviços de streaming.  

Um sinal mais preocupante é que 27% dos inquiridos, o que equivale a mais de uma em cada quatro pessoas, admitem já terem saltado refeições para pouparem dinheiro.

Antecipa-se que a inflação chegue aos 10% até ao final do ano no Reino Unido e os preços de bens alimentares essenciais, como a manteiga ou a carne de frango, já subiram mais um décimo.

Duas em cada cinco pessoas afirmam que já estão a fazer compras em supermercados mais baratos e 39% admite usar sites que comparam dos preços.

As previsões para o futuro também não são optimistas, com 70% dos britânicos a anteciparem um grande aumento dos preços das utilidades, como a electricidade ou a água. Quase metade também já está a contar com uma subida nas rendas ou nas prestações do crédito à habitação e 85% prevê uma continuação da tendência de aumento dos preços dos alimentos.

https://zap.aeiou.pt/um-quatro-britanicos-saltar-refeicoes-479273


Bulgária solicita excusa do embargo europeu ao petróleo russo !

O primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, e o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte.
O governo búlgaro confirmou nesta segunda-feira que solicitou à Comissão Europeia a sua exclusão do planeado embargo à compra do petróleo russo, porque a sua única refinaria só pode processar este tipo de crude.

Esta posição foi expressa pelo primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, durante uma conferência de imprensa conjunta, em Sofia, com o seu homólogo holandês, Mark Rutte.

O chefe do governo búlgaro afirmou que o seu país é um dos que mais resistiu mais pressões russas em relação ao pagamento do gás com rublos, o que contribuiu para reduzir o fluxo de dinheiro para Moscovo.

“Esperemos que haja compreensão da Comissão Europeia, do que temos indícios, uma vez que não podemos passar de 95% de dependência do gás para zero e, ao mesmo tempo, colocar um embargo sobre a nossa única refinaria, que só funciona com crude de tipo Ural”, disse.

“Vamos pedir que a Bulgária seja parte das exceções, até que tenhamos a infraestrutura adequada, por exemplo um oleoduto com a Grécia”, disse Petkov, considerado um europeísta, acrescentando que o seu país apoia os seus parceiros europeus, mas que não está em condições de decretar um embargo ao petróleo russo.  

A empresa estatal russa Gazprom cortou, em finais de abril, o fornecimento de gás à Polónia e Bulgária, país este que importava 95% do gás que consome da Federação Russa.

Rutte felicitou a Bulgária e a Polónia pela forma como reagiram à exigência da Gazprom de ser paga em rublos.

“A luta não é entre a Federação Russa e a Bulgária e entre a Federação Russa e a Polónia, mas sim entre a Federação Russa e a Polónia”, concluiu.

A Comissão Europeia propôs incluir um embato à compra de petróleo russo no sexto pacote de sanções à Federação Russa por ter invadido a Ucrânia.

Países como Eslováquia e Hungria opõem-se a esta medida, argumentando com a sua dependência energética da Federação Russa.

https://zap.aeiou.pt/bulgaria-excusa-embargo-petroleo-russo-479275


Le Violon d’Ingres fez história: É a fotografia mais cara de sempre vendida em leilão !


Le Violon d’Ingres foi vendida, no sábado, num leilão em Nova Iorque por 12,4 milhões de dólares, ultrapassando a estimativa mais otimista, que se ficava pelos sete milhões.

A imagem a preto e branco, tirada em 1924 pelo artista surrealista norte-americano Man Ray, fez história no sábado quando se tornou a fotografia mais cara de sempre a ser vendida em leilão.

Segundo a CNN, aquela que é considerada a obra mais famosa de Man Ray, que transforma o corpo nu de uma mulher num violino, foi vendida por 12,4 milhões de dólares.

Antes do leilão, esperava-se obter entre 5 e 7 milhões de dólares, a estimativa mais alta para uma única fotografia na história do leilão, segundo a Christie’s.

O retrato de Kiki de Montparnasse, uma das musas de Man Ray, é aquilo a que no meio se chama de “cópia fotográfica original”, já que foi feita na mesma altura em que o artista criou o negativo correspondente. 

Este detalhe torna-a muito rara e particularmente valiosa para qualquer colecionador.

“Ao mesmo tempo romântica, misteriosa e travessa, esta imagem capturou a mente de todos durante quase 100 anos”, disse o especialista da Christie’s Darius Himes, citado em comunicado. “Como obra fotográfica, é sem precedentes no mercado.”

Man Ray, ou Emmanuel Radnitzky, viveu entre 1890 e 1976 e foi um membro chave do Dadaísmo e do Surrealismo. “Le Violon d’Ingres” era o melhor lote da coleção de Rosalind Gersten Jacobs e Melvin Jacobs, dois colecionadores de arte que tinham laços com círculos surrealistas.

O casal de Nova Iorque adquiriu a peça em 1962.

https://zap.aeiou.pt/le-violon-dingres-fez-historia-479260


32 anos depois, McDonald’s sai da Rússia !


O McDonald’s anunciou, esta segunda-feira, que irá começar o processo de venda da cadeia de restaurantes na Rússia, após 32 anos de atividade.

Mais de 30 anos depois, o McDonald’s diz adeus à Rússia. A multinacional de restaurantes vai vender o seu negócio no país, depois de ter anunciado o encerramento temporário das suas unidades no mercado russo em março, na sequência da invasão da Ucrânia.

“A crise humanitária provocada pela guerra na Ucrânia e o contexto imprevisível para continuar a operar levaram a McDonald’s a concluir que o negócio na Rússia já não é sustentável nem consistente com os valores da McDonald’s”, lê-se no comunicado.

A McDonald’s tem 850 restaurantes e 62 mil empregados na Rússia. Segundo o Expresso, a decisão irá implicar um custo, nas contas do grupo, entre 1,2 e 1,4 mil milhões de dólares, o equivalente a um valor entre 1,15 e 1,34 mil milhões de euros.

A cadeia de fast food irá vender todos os seus restaurantes na Rússia a um comprador local, que deixará de usar a marca McDonald’s e o seu menu de refeições.

Apesar da decisão, a empresa vai continuar a garantir os salários dos seus funcionários até ao fecho desta transação e irá procurar que esses trabalhadores continuem a ter emprego junto do novo proprietário dos restaurantes.

Chris Kempczinski, presidente executivo da multinacional, disse no comunicado que estava orgulhoso dos funcionários e que a decisão foi “extremamente difícil“, mas que o compromisso com os seus valores significa que não podem continuar ali.

https://zap.aeiou.pt/32-anos-depois-mcdonalds-sai-da-russia-479167


Kim Jon-un convoca exército para responder ao surto de covid-19 !


O líder norte-coreano, Kim Jong-un, arrasou o seu próprio Governo e ordenou a intervenção do exército na distribuição de medicamentos.

Numa reunião de emergência do Politburo do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, no domingo, Kim Jong-un “criticou fortemente o Governo e o setor da saúde pública pela sua atitude irresponsável de trabalho e capacidade de organização e execução”, segundo detalhou a KCNA.

O líder norte-coreano salientou que o problema não é a falta de medicamentos – que, segundo peritos internacionais, escasseiam na Coreia do Norte – mas o facto de não terem chegado às pessoas através das farmácias do Estado-

Numa altura em que o país anunciou o primeiro surto de covid-19, “as autoridades responsáveis pelo fornecimento não arregaçaram as mangas, sem reconhecer adequadamente a crise atual”.

Perante as fortes críticas às autoridades de saúde, Kim Jong-un decidiu então convocar o exército para assumir a entrega dos medicamentos.
 
“Enquanto visitava uma farmácia, Kim Jong-un viu com os seus próprios olhos a escassez de medicamentos na Coreia do Norte”, disse à AFP Cheong Seong-jang, investigador do Instituto Sejong. “A situação pode ser mais séria do que ele pensava.”

A Coreia do Norte anunciou, na quinta-feira passada, o primeiro caso de covid-19 em dois anos. Menos de 24 horas depois, Pyongyang divulgou uma morte na sequência da doença.

A agência KCNA avança ainda que há 1.213.550 casos do que Pyongyang chama uma “febre” de origem desconhecida, que diz ter começado a circular no final de abril. Mais de meio milhão de pessoas estão a receber tratamento médico.

https://zap.aeiou.pt/kim-jon-un-convoca-exercito-covid-19-479197


segunda-feira, 16 de maio de 2022

Reino Unido afirma que Moscovo já perdeu um terço das forças ! Tropas russas estarão a sair de Kharkiv !


As tropas russas estarão a ficar sem meios e a ofensiva no Donbass está “significativamente atrasada”, de acordo com o Reino Unido. A Rússia também terá falhado na conquista de Kharkiv, a segundo maior cidade ucraniana.

Os serviços de inteligência britânicos adiantaram este domingo que a Rússia já terá perdido um terço das forças de combate que foram destacadas para a guerra na Ucrânia que começou em Fevereiro.

No seu relatório diário sobre o conflito, o Ministério da Defesa do Reino Unido afirma que a ofensiva russa no Donbass “perdeu ímpeto e ficou significativamente atrasada“, apesar dos “avanços iniciais de pequena escala”.

“Estes atrasos vão certamente ser exacerbados pela perda de facilitadores importantes como equipamentos para as missões na água e de inteligência, vigilância e drones de reconhecimento”, pode ler-se no tweet.

A Rússia não tem conseguido alcançar “ganhos territoriais substanciais ao longo do último mês” e está a ser vencida pela “fraca moral e eficácia combativa reduzida” no Leste da Ucrânia. “Dentro das atuais condições, é pouco provável que a Rússia acelere dramaticamente o ritmo do avanço nos próximos 30 dias”, remata.

Rússia terá falhado na conquista de Kharkiv

Numa análise publicada na sexta-feira, o think tank norte-americano Instituto para o Estudo da Guerra afirma que é provável que a Rússia não tenha conseguido conquistar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e que as tropas se estarão a retirar da cidade.

“É provável que o exército russo tenha decidido retirar-se completamente das suas posições nos arredores de Kharkiv, face aos contra-ataques ucranianos e à limitada disponibilidade de reforços”, lê-se no documento citado pelo Público.

Os soldados devem estar a agora a recuar em direcção à fronteira russa e a solução pode passar pelo envio de mercenários. Alguns habitantes já estão a regressar à cidade após a retirada russa.

Com a saída dos russos, as tropas ucranianas estão agora focadas dos combates perto da cidade ocupada de Izium, nos arredores de Kharkiv. Izium é um importante ponto estratégico porque é nessa cidade que a Rússia se tem preparado para o ataque em larga escala no Donbass.

Nesta região, as ofensivas concentram-se em Severodonestk e Lysychansk, mas a falta de meios pode levar a que a Rússia não consiga cercar as duas cidades.

Zelenskyy também já afirmou que uma das prioridades é a reconquista de cidades que estão sob ocupação, como Mariupol ou Kherson. Nesta última, a administração russa já está a preparar um referendo à anexação à Rússia.

https://zap.aeiou.pt/russia-perdeu-um-terco-forcas-478998


Tal como os nazis depois da guerra, “anti-vaxxers” alemães estão a fugir para o Paraguai !


Alemães “anti-vaxxers” que fogem das restrições à covid-19 na Europa estão refugiados numa pequena comunidade agrícola no Paraguai.

Em Nueva Germania — ou Neugermanien — fica um complexo fechado, com os seus portões a serem protegidos por guardas armados. Poucas pessoas além dos seus 300 moradores e trabalhadores locais entram ou saem.

Paraíso Verde não é um resort de férias ou uma clínica de reabilitação, mas sim uma comunidade isolada de “anti-vaxxers” em grande parte alemães que fogem das restrições europeias da covid-19.

Anti-vaxxers são pessoas que se opõem ao uso de vacinas ou regulamentação que obrigue à vacinação. O termo já tem alguns anos, mas ganhou relevo com a recente pandemia de covid-19.

“Muitas pessoas estão a vir aqui para o Paraguai com a intenção de ter mais liberdade, menos pressão das autoridades ao fazer os seus negócios e principalmente no setor da saúde”, disse Gerhild Wichmann, que mora em Paraíso Verde desde agosto de 2020.

“Muitas famílias agora estão a vir porque querem proteger os seus filhos das restrições [do coronavírus] na Europa”, acrescentou, em declarações à VICE.

O Paraíso Verde foi fundado em 2016 por Erwin e Sylvia Annau. O casal germânico vê a sua comunidade como um paraíso de liberdade, onde as pessoas podem escapar às restrições ocidentais.

Todavia, vídeos de Erwin Annau a protestar contra os muçulmanos e contra a imigração na Europa têm gerado polémica ao longo dos anos.

No próprio site do Paraíso Verde é explicado que a comunidade não é um refúgio para nazis: “A palavra é abusada hoje de maneira vil e repreensível para ‘empurrar’ aqueles que pensam politicamente de maneira diferente para um canto”.

“A palavra nazi é instrumentalizada para forçar a opinião a alinhar-se com ideologias multi-culturais de extrema esquerda”, lê-se ainda no portal.

O Paraguai não exige certificado de vacinação à entrada, uma das razões que levou centenas de alemães a escolherem o país sul-americano a mais de 10.000 quilómetros de casa.

No entanto, haveria uma panóplia de outras escolhas possíveis, mas o Paraguai tem já uma ligação histórica com a Alemanha.

Nueva Germania é um distrito do Paraguai, fundado em 1887 pelo antissemita Dr. Bernhard Förster, que estava casado com Elisabeth Förster-Nietzsche, irmã do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. A sua ideia era criar uma comunidade modelo no Novo Mundo para mostrar a “superioridade da raça alemã”.

O plano original não deu certo, uma vez que conseguiu atrair poucas famílias, enquanto os Estados Unidos atraíram muito mais imigrantes alemães.

Ainda assim, abriu o precedente para os nazis que fugiram da Alemanha depois da II Guerra Mundial. Entre eles, o mais emblemático que escapou para o Paraguai foi Josef Mengele, médico nazi que fez experiências com prisioneiros em Auschwitz-Birkenau durante a Segunda Guerra Mundial.

Conhecido como o “Anjo da Morte”, Mengele fez várias experiências científicas, principalmente com gémeos, sendo que estas não tinham qualquer respeito pela saúde ou segurança das vítimas.

Hoje, existem oficialmente cerca de 7.730 expatriados alemães a viver no Paraguai, mas o cônsul alemão realça que o número real pode chegar aos 30.000 se incluirmos aqueles sem documentação.

https://zap.aeiou.pt/anti-vaxxers-alemaes-fugir-paraguai-478221


Acusados de assédio a menores e banidos do desporto olímpico - Agora treinam menores !


Pelo menos 20 pessoas nos EUA estão a trabalhar com menores, ou a treinar menores, apesar das acusações ou castigos do seu passado.

Há casos de menores, entre crianças e adolescentes, que estão a ser orientadas por treinadores ou instrutores que foram, ou acusados de assédio sexual, ou banidos de modalidades olímpicas pelo mesmo motivo.

A contabilidade da NBC News contou com a colaboração da SafeSport, uma organização sem fins lucrativos para proteger jovens desportistas de abusos sexuais.

A SafeSport foi criada em 2017, na sequência do escândalo sexual que abalou a ginástica e o desporto nos Estados Unidos da América, com o médico Larry Nassar como protagonista. Nassar foi condenado a pena de prisão até 175 anos.

De acordo com a análise feita pela estação norte-americana, pelo menos 10 pessoas estão a trabalhar com menores, ou a treinar menores, apesar de terem sido banidas pela SafeSport por terem sido acusadas de abuso sexual.

Mais 10 pessoas, no mínimo, estão a trabalhar com menores, ou a treinar menores, apesar de terem sido banidos, ou pela SafeSport, ou por uma entidade ligada ao desporto olímpico nos EUA (ou seja, estão proibidas de voltar a uma modalidade olímpica), pelo mesmo motivo.

Mais cinco pessoas com o mesmo passado trabalharam ou treinaram menores. Mas aparentemente já deixaram o mundo do desporto.

E há muitos mais castigos, que vão para além dos treinadores: cerca de 1.400 pessoas foram banidas nos últimos cinco anos.

O caso destacado é o de MacKenzie Loesch que, quando tinha 12 anos e era treinada por Thomas Hardin, treinador de taekwondo, começou a ser assediada e abusada pelo técnico.

MacKenzie chegou a estar “aterrorizada” por causa do seu treinador. E abandonou a modalidade mais cedo do que queria.

Thomas Hardin nunca chegou a ir a tribunal mas a família de MacKenzie Loesch levou o caso à polícia, aos serviços sociais e à federação de taekwondo ligada ao Comité Olímpico dos EUA – queria impedir Hardin de voltar a treinar crianças.

Nunca conseguiu: Hardin criou uma academia de taekwondo e trabalha com crianças com menos de 12 anos.

https://zap.aeiou.pt/acusados-assedio-menores-sao-treinadores-478344


Blue Zones: As 5 cidades onde se vive mais tempo !


Dois locais na Europa, dois na América e um na Ásia. Nas cinco “zonas azuis” encontra-se muita gente acima dos 80 anos. Há nove factores.

Dan Buettner, escritor conhecido e ligado à National Geographic, é responsável pela criação das Blue Zones.

O que são estas “zonas azuis”? São os pontos do mundo onde é mais provável encontrar pessoas acima dos 80 anos, 90 anos, ou mesmo acima dos 100 anos.

Nove critérios fundamentaram esta lista: movem-se naturalmente, têm um propósito sempre que se levantam, conseguem acalmar e fugir ao stress, não comem demasiado, seguem uma alimentação saudável, bebem álcool de forma moderada, estão ligados a comunidades religiosas, dão atenção às pessoas mais próximas e estão inseridas na “tribo” certa.

O portal Travel + Leisure recuperou esta noção e recordou a lista das tais cinco “zonas azuis”, onde estes nove critérios são cumpridos por mais pessoas. Há dois locais na Europa, dois na América e um na Ásia.
 
A “zona azul” identificada mais rapidamente, e que lidera a lista, é uma ilha: Sardenha, em Itália, onde há uma “peculiaridade genética rara” que se prolonga por gerações e que permite viver durante mais tempo.

Okinawa, no Japão, regista uma taxa de cancro muito baixa, tal como baixo é o número de pessoas com doenças cardíacas e com demência. A maioria dos idosos tem um propósito, sabe o que quer (e vai) fazer diariamente. E não surpreende ver o Japão nesta lista.

Segue-se Nicoya, na Costa Rica, onde o lema “vida pura” predomina. Lá vive-se feliz todos os dias e há fortes laços familiares, com um propósito constante também. Além de se comer bem, com regras.

Na Grécia fica Icária, outra ilha. Só vivem lá menos de 10 mil pessoas mas estão saudáveis e praticamente ninguém tem demência ou doenças crónicas. Mexem-se, têm vida social, comem e bebem moderadamente. Um terço destes gregos vive até aos 90 anos.

Loma Linda, Estados Unidos da América. Aqui são os Adventistas do Sétimo Dia que seguem deitas vegetarianas e que praticam muito exercício. Pertencem à comunidade, tornam o auxílio aos outros a sua rotina. E vivem mais 10 anos do que a maioria das outras pessoas.

https://zap.aeiou.pt/cidades-onde-se-vive-mais-tempo-478060


Em 2025, poderá passar férias num hotel no Espaço !

Quarto da Estação Pioneer

Segundo as previsões, estações Pioneer e Voyager estarão em órbita em 2025 e 2027, respetivamente, e contarão com a tecnologia de gravidade artificial.

Se já começou a elencar a lista de destinos que pretende visitar no futuro – não imediato -, fique a saber que pode acrescentar um novo: o Espaço. De facto, as visitas a altitudes mais longínquas serão uma realidade muito em breve, já que a Orbital Assembly Corporation anunciou recentemente dois novos conceitos de estação concebidos com acomodações de turismo espacial. Uma das estações, denominada Pioneer, poderá estar em órbita já em 2025.

Em 2019, a Gateway Foudation divulgou ideias para um hotel espacial, com o objectivo a ser a gestão de um parque empresarial espacial que possa vir servir como casa, mas também com com espaço para escritórios e turistas, avançou Francesca Street à CNN.

Uma das estações propostas, a Pioneer, pode acomodar 28 pessoas, explicou Stephanie Wenger. A segunda estação, a Voyager (anteriormente conhecida como Von Braun), prevista para abrir em 2027, pode acolher até 400 pessoas. “O objectivo sempre foi tornar possível que um elevado número de pessoas possa viver, trabalhar e prosperar no Espaço”, descreveu o CEO da Assembleia Orbital, Tim Alatorre.

Uma estação mais pequena como a Pioneer permite às pessoas começarem a experimentar o espaço numa escala maior e mais rápida. Esta terá também instalações de investigação disponíveis para alugar, por exemplo.  

As duas estações apresentadas assemelham-se a uma roda e terão uma gravidade artificial, o que permite aos hóspedes moverem-se confortavelmente no seu interior – apesar de a tecnologia da gravidade artificial não estar atualmente disponível nas estações espaciais. A Pioneer dispõe de cinco módulos construídos em torno do desenho de arquitetura rotativa do “Anel de Gravidade”.

As instalações nas estações Pioneer e Voyager terão microgravidade híbrida e níveis de gravidade variáveis até .57-G, especifica Sean Cudahy, citado pelo Smithsonian Magazine. Os turistas poderão ainda sentir alguma falta de peso, mas também poderão beber e não terão de estar amarrados a uma cama para dormir. A gravidade funciona de forma semelhante a um balde giratório que empurra a água para os lados do balde e permanece no mesmo lugar. Perto do meio da estação, não haverá gravidade artificial, mas a gravidade aumenta gradualmente mais longe do centro.

Apesar de a estação Pioneer ser mais pequena do que a Voyager, os convidados podem ainda tomar banho, comer e beber sentados em áreas com gravidade. Cada estação está mobilada como hotéis de luxo na Terra. A Voyager terá até um restaurante e suites com vista para a Terra.

A ética do turismo espacial e os custos associados são atualmente atualmente alvo de discussão, sobretudo por merecerem a atenção de bilionários como Jeff Bezos ou Elon Musk. No entanto, Wendy Whitman Cobb, uma cientista política da Força Aérea, notou ao The New York Times que o lançamento de naves de não-astronautas para o Espaço abre a porta para o avanço das tecnologias, gera entusiasmo sobre as viagens espaciais e testa os parâmetros de segurança das viagens para o Espaço.

Outra barreira significativa às viagens ao Espaço tem que ver com o custo. No entanto, a Orbital espera que os turistas procurem uma viagem ao espaço e, desta forma, as viagens espaciais se tornem menos dispendiosas.

“Prevemos as nossas estações espaciais Pioneer e Voyager como os destinos finais do ecoturismo. Assim que as pessoas chegarem ao espaço, isso irá mudar a sua perspectiva sobre a Terra”, descreveu Alatorre. “As viagens espaciais ainda estão na sua infância, e estamos entusiasmados por fazer a nossa parte para a impulsionar para ajudar a melhorar a vida na Terra”.

https://zap.aeiou.pt/a-precisar-de-ferias-em-2025-podera-passa-las-num-hotel-no-espaco-478053


quinta-feira, 12 de maio de 2022

Coreia do Sul prepara-se para tirar um ano de idade a cada cidadão !


Medida é uma das primeiras que o recente presidente do país pretende implementar e vem dar resposta aos pedidos da população.

A primeira semana de Yoon Seok-yeol no cargo de presidente da Coreia do Sul ficou marcada pelo anuncio de uma medida que está a dar que falar não só no país, mas no mundo devido ao seu conteúdo inusitado. De acordo com os meios de comunicação sul-coreanos, o novo presidente pretende alterar o sistema de contagem de idade atualmente em vigor, o que resultará na diminuição da idade de todos os cidadãos em um ano.

De acordo com o conceito de “idade coreana“, um recém-nascido tem imediatamente um ano quando nasce e o festejo do aniversário acontece no dia de Ano Novo. No entanto, tal método cria problema, a começar pelos bebés nascidos em dezembro, que podem passar a ter oficialmente dois anos quando, à luz dos critérios tradicionais, têm apenas semanas.

O objetivo do presidente é acabar com a “idade coreana” e fazer com que o país esteja alinhado com as restantes nações do mundo – de preferência, o mais rápido possível. Segundo Lee Yong-ho, chefe da comissão de transição do presidente, as diferenças nos cálculos resultam em “confusão persistente” e “custos sociais e económicos desnecessários“.

De acordo com o jornal Público, a pressão para regular a idade cresceu depois de as autoridades terem vacilado entre a idade tradicional e a idade coreana para determinar o acesso dos cidadãos à vacinação contra a covid-19. Algumas das pessoas não puderam, por exemplo, tomar dose de reforço por não terem a idade internacional necessária, mas precisavam de mostrar o comprovativo de vacinação de acordo com a “idade coreana”.
 
Anteriormente, os pais também tentavam retardar o registo dos filhos, sobretudo os nascidos em dezembro, por acharem que este gesto pode vir a prejudicar o seu percurso.

https://zap.aeiou.pt/coreia-do-sul-prepara-se-para-tirar-um-ano-de-idade-a-cada-cidadao-478256


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