Plano sugerido e apoiado por alguns países europeus propõe cessar-fogo antes da retirada das tropas russas do território ucraniano, premissa que os representantes ucranianos não estão dispostos a aceitar.
Ao longo dos últimos dias, sucederam-se os apelos de alguns líderes europeus para que os responsáveis ucranianos considerem participar em negociações de paz, tendo em vista o fim do conflito no seu território. No entanto, as condições em que o diálogo iria decorrer parece afastar Volodymyr Zelenskyy e os seus mais próximos de tal cenário.
Segundo avançou o jornal La Repubblica, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano partilhou com António Guterres, secretário-geral da ONU, um esboço de um plano de paz que está em linha com as posições alemãs e francesas no que respeita ao fim da guerra. De acordo com o jornal Público, estes são mesmo os principais países dispostos a apoiar a solução, enquanto que Polónia, Reino Unido e Estados Unidos parecem apostados em apoiar os esforços ucranianos no terreno.
Contudo, a reação do lado ucraniano não foi positiva, com os altos responsáveis a acusarem os parceiros europeus de elaborarem um plano para “salvar a face” de Vladimir Putin, do qual fariam também concessões a nível territorial. “Queremos que o Exército russo saia da nossa terra. Nós não estamos em solo russo. Não pagaremos com o nosso território qualquer ajuda para salvar a face de Putin. Isso seria injusto.”
No plano proposto pelo principal diplomata italiano, o primeiro passo seria o cessar-fogo e a desmilitarização de ambas as forças, uma hipótese recusada pelo lado ucraniano, que tem vindo a reconquistar território ocupado pelas forças russas e se prepara para receber um avultado apoio financeiro dos Estados Unidos da América, na ordem dos 38 mil milhões de euros.
Este apoio segue-se a outras ajudas dos EUA, que já somam 47 mil milhões de euros. Trata-se de um valor superior ao orçamento anual de Defesa da Austrália, e numa ordem de grandeza semelhante ao montante anual anunciado pela Rússia, 62 mil milhões de euros. Embalados por este incentivo, os ucranianos querem continuar a defender o seu território, sendo improvável que concordem com um cessar-fogo.
Simultaneamente, existe também a sensação entre os decisores ucranianos que concordar em negociações de paz com Vladimir Putin não seria uma manobra entendida pela sua população, sobretudo depois do que o mundo testemunhou em Bucha e Irpin, onde se estima que o terror russo tenha atingido maiores proporções.
Ainda assim, dos Estados Unidos podem estar prestes a chegar más notícias. A contestação dos Republicanos aos apoios económicos e militares decididos pela Administração Biden é cada vez maior, não sendo expectável que os senadores do Partido Republicano permitam que a torneira se mantenha aberta durante muito mais tempo.
https://zap.aeiou.pt/embalados-pela-ajuda-economica-dos-eua-responsaveis-ucranianos-recusam-cenario-de-cessar-fogo-480293
Segundo avançou o jornal La Repubblica, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano partilhou com António Guterres, secretário-geral da ONU, um esboço de um plano de paz que está em linha com as posições alemãs e francesas no que respeita ao fim da guerra. De acordo com o jornal Público, estes são mesmo os principais países dispostos a apoiar a solução, enquanto que Polónia, Reino Unido e Estados Unidos parecem apostados em apoiar os esforços ucranianos no terreno.
Contudo, a reação do lado ucraniano não foi positiva, com os altos responsáveis a acusarem os parceiros europeus de elaborarem um plano para “salvar a face” de Vladimir Putin, do qual fariam também concessões a nível territorial. “Queremos que o Exército russo saia da nossa terra. Nós não estamos em solo russo. Não pagaremos com o nosso território qualquer ajuda para salvar a face de Putin. Isso seria injusto.”
No plano proposto pelo principal diplomata italiano, o primeiro passo seria o cessar-fogo e a desmilitarização de ambas as forças, uma hipótese recusada pelo lado ucraniano, que tem vindo a reconquistar território ocupado pelas forças russas e se prepara para receber um avultado apoio financeiro dos Estados Unidos da América, na ordem dos 38 mil milhões de euros.
Este apoio segue-se a outras ajudas dos EUA, que já somam 47 mil milhões de euros. Trata-se de um valor superior ao orçamento anual de Defesa da Austrália, e numa ordem de grandeza semelhante ao montante anual anunciado pela Rússia, 62 mil milhões de euros. Embalados por este incentivo, os ucranianos querem continuar a defender o seu território, sendo improvável que concordem com um cessar-fogo.
Simultaneamente, existe também a sensação entre os decisores ucranianos que concordar em negociações de paz com Vladimir Putin não seria uma manobra entendida pela sua população, sobretudo depois do que o mundo testemunhou em Bucha e Irpin, onde se estima que o terror russo tenha atingido maiores proporções.
Ainda assim, dos Estados Unidos podem estar prestes a chegar más notícias. A contestação dos Republicanos aos apoios económicos e militares decididos pela Administração Biden é cada vez maior, não sendo expectável que os senadores do Partido Republicano permitam que a torneira se mantenha aberta durante muito mais tempo.
https://zap.aeiou.pt/embalados-pela-ajuda-economica-dos-eua-responsaveis-ucranianos-recusam-cenario-de-cessar-fogo-480293
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