Homens próximos de Vladimir Putin estão preocupados com as palavras de figuras públicas, que se mostram contra a invasão à Ucrânia.
Na guerra na Ucrânia, a Rússia tenta controlar desde cedo, não só as operações no terreno, mas também as operações ao nível da comunicação.
Logo nas primeiras horas do conflito, houve medidas internas, com tentativas de controlar jornais e jornalistas.
Na semana seguinte a rádio Ekho Moskvy deixou de emitir. Uma rádio “silenciada”, cujo conteúdo não é controlado pelo Governo russo, ao contrário do que acontece com outras empresas.
Também não demorou muito a que o controlo chegasse às redes sociais. Quase um mês depois do início da guerra, o Facebook e o Instagram foram proibidos em computadores russos.
Nas redes sociais, e não só, surge outra prioridade recente no Kremlin: as declarações de figuras públicas russas que são contra a guerra.
Os homens próximos do presidente Vladimir Putin estão “preocupados” com essas declarações, indica o portal Meduza.
Músicos, actores, realizadores e humoristas estão na lista de ilustres que têm sido inconvenientes para o Kremlin.
Além das palavras, há também cartazes colocados em paragens de autocarro (em Krasnoyarsk, por exemplo) com imagens de figuras públicas que estiveram na cidade e que se manifestaram contra a guerra.
“Os artistas são formadores de opinião, influenciam o seu público, influenciam as suas mentes imaturas”, ironizou uma fonte de Moscovo.
Para tentar controlar estas opiniões públicas, o Kremlin vai retirar cartazes das ruas e vai sugerir que as administrações regionais digam publicamente que não concordam com estas personalidades.
Outra medida – que já foi anunciada no krai do Litoral – é proibir que esses artistas actuem na cidade em causa: “Não têm lugar aqui. Não vamos ceder espaços para tais cantores e cantoras”.
“Essas pessoas simplesmente esqueceram-se de esclarecer porque não se preocuparam e porque não choraram quando, a partir de 2014, a Ucrânia matou civis em Donbass”, declarou a ministra da Cultura local.
Na própria Duma, já surgiu a sugestão: se um artista diz publicamente que é contra a guerra, ficará proibido de voltar a actuar na Rússia. Mas esta medida não deve avançar.
A postura governativa contra os artistas tem sido algo discreta porque, se fosse mais visível, também a lista seria mais mediática e mais pessoas ficariam a saber quais são – e sobretudo quantas são – as figuras públicas que não apoiam o conflito na Ucrânia.
https://zap.aeiou.pt/kremlin-travar-celebridades-anti-guerra-476923
Na guerra na Ucrânia, a Rússia tenta controlar desde cedo, não só as operações no terreno, mas também as operações ao nível da comunicação.
Logo nas primeiras horas do conflito, houve medidas internas, com tentativas de controlar jornais e jornalistas.
Na semana seguinte a rádio Ekho Moskvy deixou de emitir. Uma rádio “silenciada”, cujo conteúdo não é controlado pelo Governo russo, ao contrário do que acontece com outras empresas.
Também não demorou muito a que o controlo chegasse às redes sociais. Quase um mês depois do início da guerra, o Facebook e o Instagram foram proibidos em computadores russos.
Nas redes sociais, e não só, surge outra prioridade recente no Kremlin: as declarações de figuras públicas russas que são contra a guerra.
Os homens próximos do presidente Vladimir Putin estão “preocupados” com essas declarações, indica o portal Meduza.
Músicos, actores, realizadores e humoristas estão na lista de ilustres que têm sido inconvenientes para o Kremlin.
Além das palavras, há também cartazes colocados em paragens de autocarro (em Krasnoyarsk, por exemplo) com imagens de figuras públicas que estiveram na cidade e que se manifestaram contra a guerra.
“Os artistas são formadores de opinião, influenciam o seu público, influenciam as suas mentes imaturas”, ironizou uma fonte de Moscovo.
Para tentar controlar estas opiniões públicas, o Kremlin vai retirar cartazes das ruas e vai sugerir que as administrações regionais digam publicamente que não concordam com estas personalidades.
Outra medida – que já foi anunciada no krai do Litoral – é proibir que esses artistas actuem na cidade em causa: “Não têm lugar aqui. Não vamos ceder espaços para tais cantores e cantoras”.
“Essas pessoas simplesmente esqueceram-se de esclarecer porque não se preocuparam e porque não choraram quando, a partir de 2014, a Ucrânia matou civis em Donbass”, declarou a ministra da Cultura local.
Na própria Duma, já surgiu a sugestão: se um artista diz publicamente que é contra a guerra, ficará proibido de voltar a actuar na Rússia. Mas esta medida não deve avançar.
A postura governativa contra os artistas tem sido algo discreta porque, se fosse mais visível, também a lista seria mais mediática e mais pessoas ficariam a saber quais são – e sobretudo quantas são – as figuras públicas que não apoiam o conflito na Ucrânia.
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