A guerra também é sinónimo de negócios paralelos e de outros crimes. E o conflito na Ucrânia não é excepção.
Já partilhamos aqui o alerta da UNICEF, que avisou que as crianças refugiadas ficam em risco de serem vítimas de violência, de exploração sexual e de tráfico humano.
Agora chega mais um relato, desta vez sobre ucranianos que recebem dinheiro para retirar compatriotas da cidade onde viviam.
Esses cidadãos da Ucrânia, que são pagos para ajudar outros ucranianos, aproveitam alguns contactos que têm com russos que estão em postos de controlo de refugiados.
No geral, estes ucranianos que recebem dinheiro são motoristas, que operam nos arredores de Zaporizhzhya, em diversas vilas ou cidades.
A RTP cruzou-se com o caso de Sergey Zaugolnikov, ucraniano que contou o que os seus familiares estão a ver, para poderem sair de Melitopol.
“Desculpe a expressão, mas algumas bestas de Melitopol estão a exigir dinheiro para atravessar as pessoas”, contou Sergey, que mora em Zaporizhzhya.
Marina Kypriyanova, que saiu precisamente de Melitopol, revelou que há compatriotas a receber entre 200 e 250 dólares (aproximadamente entre 190 e 235 euros) para deixar passar outros ucranianos para outras cidades.
Os preços diferem de caso para caso: quem tiver viatura própria paga 95 euros e é guiado numa espécie de caravana.
Outros relatos indicam que, quem chega sozinho ao posto de controlo russo, tenta subornar militares russos com dinheiro, bebidas ou outros bens. E com resultado, porque os ucranianos conseguem atravessar o local e passam a viver numa cidade mais segura.
https://zap.aeiou.pt/ucranianos-pagam-a-russos-e-a-ucranianos-para-mudar-de-cidade-476802
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