quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

NATO exige à Rússia que pressione rebeldes na Ucrânia após regresso dos combates !

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exortou esta quarta-feira a Rússia a utilizar a "sua considerável influência junto dos separatistas pró-russos" no leste da Ucrânia, quando se regista "o mais grave regresso da violência" na região desde há vários meses.
Pelo menos seis pessoas foram esta quarta-feira mortas na linha da frente no leste do país, no quarto dia de combates entre soldados ucranianos e rebeldes pró-russos, que desde domingo já provocaram pelo menos 19 vítimas.
Estes combates são os mais violentos desde a investidura do Presidente norte-americano Donald Trump, que propõe uma reaproximação à Rússia, acusada por Kiev e a União Europeia (UE) de apoiar os separatistas, uma acusação que continua a ser rejeitada.
Moscovo deve utilizar a sua "considerável influência junto dos rebeldes pró-russos" para restabelecer a trégua assinada no final de dezembro, exigiu Jens Stoltenberg.
Segundo o exército, os confrontos causaram a morte de dois soldados ucranianos, que antes já tinha anunciado uma baixa entre as duas forças.
Os rebeldes referiram-se à morte dois civis perto de Donetsk, bastião dos rebeldes, e em Makeievka, uma pequena localidade vizinha, enquanto a polícia pró-Kiev de Avdiivka declarou que um habitante foi morto por um disparo.
Através da rede social Facebook, o exército de Kiev acusou os rebeldes de terem conduzido diversos ataques contra as suas posições em Avdiivka durante a noite e hoje de manhã, utilizando granadas, metralhadoras e lança-rockets.
"Estão a registar-se disparos agora. É necessário um cessar-fogo para começar os trabalhos de reconstrução", declarou na rede social Twitter a missão da OSCE, cujo chefe-adjunto Alexander Hug se deslocou a Donetsk.
Para além de ter implicado uma reação da NATO, o regresso dos combates provocou inquietação na UE, Estados Unidos e ONU. A diplomacia de Bruxelas denunciou na noite de terça-feira uma "rutura flagrante do cessar-fogo", em vigor desde dezembro.
Ao exprimir "graves inquietações" perante a evolução da situação, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma declaração, redigida por Kiev, que apela a "um regresso imediato ao regime de cessar-fogo".
O Presidente ucraniano Petro Poroshenko, após acusar Moscovo de apoiar os separatistas, prometeu numa mensagem no Twitter continuar "a defender a Ucrânia contra a agressão russa".
O conselheiro do Kremlin, Iuri Ouchakov, respondeu ao considerar que Kiev utiliza os confrontos em Avdiivka como "um meio de pressão sobre Moscovo".
Em paralelo, a Unicef (agência da ONU para a infância) referiu que o recrudescimento dos combates deixou 17.000 pessoas, incluindo 2.500 crianças, sem água, aquecimento e eletricidade em Avdiivka.
Os confrontos de domingo e segunda-feira danificaram o fornecimento de eletricidade e o abastecimento de água à cidade da região de Donetsk, e provocaram interrupções no serviço energético, com temperaturas negativas.
O conflito no leste da Ucrânia, que decorre há três anos, provocou cerca de 10.000 mortos e centenas de milhares de refugiados e deslocados.

Fonte: http://www.jn.pt/mundo/interior/nato-exige-a-russia-que-pressione-rebeldes-na-ucrania-apos-regresso-dos-combates-5642184.html

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