
Várias figuras governamentais de países aliados dos Estados Unidos foram vítimas de um software de espionagem que usava o WhatsApp para controlar os telemóveis dos alvos. Fontes próximas da investigação interna do WhatsApp a este caso confirmaram à Reuters que uma parte “significativa” dos alvos escolhidos pelos hackers foram funcionários governamentais e militares importantes, oriundos de 20 países em cinco continentes.
A extensão deste ataque pode vir a ter sérias consequências políticas e diplomáticas. O WhatsApp processou, na terça-feira, a empresa tecnológica israelita NSO Group, acusando-a de ter desenvolvido e comercializado uma plataforma que permitia explorar uma falha nos servidores do WhatsApp, facilitando o acesso aos telemóveis de mais de 1400 utilizadores.
Enquanto ainda não é claro quem usou este software para aceder aos telemóveis, a NSO afirma que apenas vende spyware a clientes governamentais. Algumas das vítimas estão nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, México, Paquistão e Índia, confirmaram fontes próximas da investigação. Não foi possível confirmar se, nas vítimas destes países, estão incluídos membros executivos dos respectivos governos.
Esta revelação surge dias após as acusações de jornalistas e activistas de direitos humanos indianos, que garantiram que também tinham sido alvo deste spyware.
A NSO não respondeu imediatamente ao pedido de esclarecimento enviado pela Reuters. Em ocasiões anteriores, a empresa negou qualquer actividade ilegal, explicando que os seus produtos apenas servem para ajudar órgãos governamentais a deter terroristas e criminosos.
Um grupo de pesquisa independente, chamado CitizenLab, revelou que pelo menos uma centena de vítimas são jornalistas e dissidentes, não criminosos. “É um segredo aberto que muitas empresas tecnológicas [que serviriam] para investigações das autoridades são usadas para espionagem política”, afirmou John Scott-Railton, um dos membros da equipa deste grupo de pesquisa.
No início da semana, o WhatsApp enviou notificações de aviso aos utilizadores afectados.
Esta revelação surge dias após as acusações de jornalistas e activistas de direitos humanos indianos, que garantiram que também tinham sido alvo deste spyware.
A NSO não respondeu imediatamente ao pedido de esclarecimento enviado pela Reuters. Em ocasiões anteriores, a empresa negou qualquer actividade ilegal, explicando que os seus produtos apenas servem para ajudar órgãos governamentais a deter terroristas e criminosos.
Um grupo de pesquisa independente, chamado CitizenLab, revelou que pelo menos uma centena de vítimas são jornalistas e dissidentes, não criminosos. “É um segredo aberto que muitas empresas tecnológicas [que serviriam] para investigações das autoridades são usadas para espionagem política”, afirmou John Scott-Railton, um dos membros da equipa deste grupo de pesquisa.
No início da semana, o WhatsApp enviou notificações de aviso aos utilizadores afectados.
Fonte: https://www.publico.pt/2019/10/31/tecnologia/noticia/whatsapp-usado-espiar-membros-governo-varios-paises-1892134
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