O ministro federal dos Transportes alemão, Andreas Scheuer, pretende manter a obrigatoriedade de usar máscaras, mesmo depois de a covid-19 evoluir para uma doença com tratamento de prevenção.
De acordo com o jornal alemão SaarbrückerZeitung, o governo alemão já pensa num futuro pós-pandemia – e a posição do ministro federal dos Transportes, Andreas Scheuer, passar por manter a obrigatoriedade de utilização de máscaras.
A publicação refere que, num futuro próximo, os condutores vão ser obrigados a transportar no carro duas máscaras e gel desinfetante, sendo que estes artigos serão tão obrigatórios como o colete refletor, que todos os veículos têm de possuir.
Para Andreas Scheuer, a solução passará por integrar na legislação do tráfego rodoviário a obrigação de ter a bordo máscaras, tal como triângulo de sinalização, colete refletor e kit de primeiros socorros.
O ministro quer ainda impor uma multa – cerca de 15 euros – para que os condutores não se esqueçam dos novos objetos obrigatórios.
O automóvel clube alemão (ADAC) avisou que as obrigações só fazem sentido se os destinatários entenderem a sua necessidade, defendendo que a obrigatoriedade das máscaras será difícil de aceitar quando a covid-19 passar a estar controlada.
Covid-19 será “como uma gripe”
O secretário de Estado da saúde britânico, Matt Hancock, afirmou este sábado, numa entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph, que as vacinas e os tratamentos antivirais podem fazer com que, no fim de 2021, a covid-19 seja uma “doença tratável” que será “como uma gripe”.
Os novos tratamentos “significam tornar a covid-19 de uma pandemia que afeta as nossas vidas numa outra doença com a qual temos de viver, como a gripe”, disse Hancock. Os medicamento – e vacinas – representam o “nosso caminho para a liberdade”.
O responsável pretende concluir a vacinação de todos os adultos no seu país ainda antes de setembro, um dos pontos essenciais da estratégia denominada “zero covid” da qual está à frente e cujo objetivo é eliminar totalmente o vírus do Reino Unido.
Segundo a BBC, os cientistas têm vindo a alertar sobre os efeitos nocivos de equiparar a covid-19 com uma simples gripe. “Não é um tipo de gripe. Não é o mesmo tipo de vírus. Não causa o mesmo tipo de doença — é muito, muito má.”
Steven Riley, membro do grupo de modelagem Spi-M, disse que o lançamento da vacinação não significa que o controlo da covid-19 pode ser abandonado, acrescentando que a Grã-Bretanha pode enfrentar uma onda tão grande como a atual se as restrições de confinamento forem suspensas. “Nenhuma vacina é perfeita. Certamente estaremos numa situação em que possamos permitir mais infecções na comunidade, mas há um limite”, disse.
“As mutações, as variações que estamos a ver estão a tornar-se mais infecciosas, não menos infecciosas e um pouco mais perigosas, não menos perigosas”, alertou.
Já Richard Horton, editor-chefe da revista médico Lancet, disse que é provável que o Reino Unido veja outro aumento nos casos de covid-19 no próximo inverno e sugeriu que demoraria dois, três ou quatro anos para construir níveis suficientes de imunidade.
“Mesmo se tivermos altos níveis de imunidade populacional, as nossas fronteiras não estarão seguras – e não podemos continuar a trancar pessoas em hotéis pelos próximos cinco anos”, disse Horton.
https://zap.aeiou.pt/alemanha-ja-pensa-no-pos-pandemia-ministro-quer-que-seja-380560
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