quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Talibãs “marionetas” de um poder secreto com ameaça de colapso financeiro e guerra interna !

O Afeganistão vive tempos de dúvida e muito medo, com a situação financeira a complicar-se. O sistema bancário do país está à beira do colapso e a guerra interna no topo da hierarquia dos talibãs só acrescenta problemas. Enquanto isso, a influência dos país vizinhos é questionada e pode ser decisiva.


O sistema bancário do Afeganistão está à beira do colapso. O alerta é do director-executivo do Banco Islâmico do Afeganistão, um dos maiores do país.

“Há grandes levantamentos a acontecerem”, salienta Syed Moosa Kaleem Al-Falahi em declarações à BBC. “Só estão a acontecer levantamentos, a maioria dos bancos não está a funcionar e não fornece todos os serviços”, refere ainda.

A economia do país já estava em crise antes da tomada de poder por parte dos talibãs, dependendo muito da ajuda internacional. Mas, agora, com a instabilidade política e social e com o congelamento de fundos, após o triunfo dos talibãs, a situação complicou-se ainda mais.

Os EUA congelaram 10 mil milhões de dólares de reservas do Banco Central do Afeganistão, pressionando o país por causa dos direitos humanos, em especial das mulheres e das etnias minoritárias.

O Afeganistão tem também barrado o acesso a fundos do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial.

A ONU já veio avisar que o país precisa de aceder a essa ajuda internacional para evitar “uma crise económica severa”.

China e Rússia como tábuas de salvação

Enquanto isso, os talibãs estão a virar-se para “a China e a Rússia”, em busca de financiamento, segundo nota à BBC o director-executivo do Banco Islâmico do Afeganistão.

A China está particularmente interessada na reconstrução do Afeganistão e já cedeu ao país milhões de dólares em alimentos e vacinas contra a covid-19.

Mas com a inflação a disparar, a moeda do país em queda e muitas pessoas a perderam os seus empregos, a questão humanitária começa a ganhar força.

O Programa Mundial Alimentar das Nações Unidas já alertou que apenas 5% das famílias têm comida suficiente todos os dias.

Talibãs divididos entre políticos e militares

Como se tudo isso não bastasse, surgem muitas dúvidas quanto ao poder instalado no país.

Os rumores sobre divisões internas nos talibãs continuam depois do desaparecimento de Mullah Abdul Ghani Baradar, co-fundador dos talibãs e que chegou a ser apontado como primeiro-ministro, tendo depois passado a vice-primeiro-ministro do Governo que foi anunciado como “temporário”.

Baradar já voltou a aparecer em público após se ter especulado que teria sido morto numa discussão com um líder militar dos talibãs por causa da formação do novo Governo.

A revista britânica The Spectator avança também a possibilidade de ele ter sido feito “refém” e não é certa a sua influência actual no seio do grupo.

Está em causa “uma divisão político-militar”, com os líderes armados do grupo, os que lutaram na frente de batalha, a sentirem que “algo lhes é devido por 20 anos de luta”, como aponta a Al Jazeera.

Assim, Baradar pertence ao lado mais diplomático que é pela moderação para apacificar o povo e a comunidade internacional, tendo, inclusive, defendido mais lugares para as minorias étnicas no Governo e também a manutenção da bandeira com as cores verde, vermelho e preto, a par da bandeira dos talibãs, como reporta o The Spectator.

Mas do outro lado estão os talibãs combatentes que “ainda aguardam os despojos da guerra”, como nota a Al Jazeera.

Contudo, também nas bases do grupo, os combatentes mais rasos estarão a percorrer grandes e pequenas cidades, saqueando os bens das famílias de antigas autoridades do país.

Pelo meio há receios de que estes anseios pessoais levem a um clima de terror, onde ninguém estará a salvo.

Quem manda mesmo no Afeganistão?

No meio de toda esta situação delicada, é preciso entender também qual é o papel que os vizinhos Paquistão e Irão estão a ter na actual realidade do Afeganistão, e no seu futuro.

Os dois países têm sido acusados, pela comunidade internacional, de apoiar os talibãs e as suas acções terroristas.

A The Spectator assegura que o Paquistão influenciou a formação do novo Governo, garantindo que “as posições-chave fossem para os leais” ao país, sobretudo da temível rede Haqqani, onde se integram os combatentes mais temíveis dos talibãs, e assegurando que os mais diplomatas que negociaram a saída dos EUA “fossem rebaixados”.

A rede Haqqani é liderada por Sirajuddin Haqqani, cuja cabeça os EUA têm a prémio, como um dos terroristas mais procurados do mundo. A discussão de Baradar terá sido com ele.

A The Spectator nota que, na formação do novo Governo talibã, Baradar foi o grande derrotado, o que indicia que venceu a ala mais militarista do grupo.

Entretanto, ninguém sabe do paradeiro do grande líder militar dos talibãs, Haibatullah Akhunzada, surgindo rumores de que pode estar morto.

Este vazio de liderança está a alimentar as divisões internas e ninguém sabe como tudo isto vai acabar.

Além disso, questiona-se quem manda verdadeiramente no Afeganistão nesta altura.

Mas parece evidente que o Governo dos talibãs será uma espécie de “marioneta” da verdadeira fonte de poder, “uma shura secreta”, ou seja, um “corpo consultivo” localizado em Kandahar, onde estarão “os verdadeiros tomadores de decisão”, segundo destaca a Al Jazeera.

Talibãs instrumentalizados pelo Paquistão

Por outro lado, surge a ideia de que os talibãs poderão ser “meros fantoches” das autoridades paquistanesas, até porque o Paquistão teve um papel decisivo na tomada de poder no Afeganistão.

O antigo vice-presidente do Afeganistão, Amrullah Saleh, já defendeu que os talibãs são instrumentalizados pelos serviços secretos do Paquistão, conhecidos como ISI.

A facção militarista dos talibãs “está profundamente incorporada no aparato de segurança do Paquistão”, segundo a The Spectator que explica que o seu aparecimento está profundamente associado ao Paquistão e à chamada “Universidade da Jihad” que se localiza precisamente no Paquistão. Muitos dos líderes talibãs foram “formados” nessa “Universidade”.

A grande dúvida, agora, é perceber “como o Paquistão administrará o seu novo poder no Afeganistão”, constata The Spectator. Era um poder que procurava “desde a invasão soviética, há mais de 40 anos, mas, como um cão a perseguir um carro, parecem incertos sobre o que fazer agora que o tomaram”, acrescenta a publicação.

Em termos geopolíticos, o controlo do Governo do Afeganistão permite ao Paquistão ganhar “profundidade estratégica” na região, e, portanto, ganhar força na eterna disputa com a Índia, como refere o analista de política internacional Zia Pacha Khan, um afegão-americano, num artigo divulgado pela agência de notícias online do Afeganistão, The Khaama Press.

Uma “guerra em grande escala”?

O Paquistão tem tido um “papel duplo”, apoiando os esforços americanos no Afeganistão, mas também ajudando os talibãs que têm “santuários e portos seguros” naquele país, onde têm também acesso a “propaganda maciça, financiamento e apoio ao recrutamento”, como destaca Zia Pacha Khan.

Mas, neste jogo de interesses, os ânimos entre Afeganistão e Paquistão podem agravar-se, nomeadamente se os sentimentos anti-Paquistão crescerem entre uma população afegã movida pela emoção do nacionalismo.

Assim, pode estar em ebulição uma “guerra em grande escala” que será “uma catástrofe para a região”, mas que também terá “um grande impacto internacional com o potencial de arrastar os EUA e a NATO”, ou não fosse o Paquistão uma potência nuclear, como analisa Zia Pacha Khan.

Uma potencial guerra com o vizinho poderia ser um factor de união entre os talibãs divididos e as diferentes etnias do Afeganistão.

Por outro lado, apesar do seu poderio militar, o Paquistão está ciente de que os afegãos podem “prejudicar” a sua “ambição” em termos de estratégia económica na região.

Portanto, Paquistão e Afeganistão podem “destruir-se mutuamente”, afiança ainda Zia Pacha Khan, concluindo que a aliança é o melhor caminho para os dois países e para a região – e evidentemente também para o mundo.

https://zap.aeiou.pt/talibas-marionetas-poder-secreto-434993

 

Corrente de lava do vulcão de La Palma chegou ao mar !

A corrente de lava que emergiu da erupção vulcânica em La Palma chegou ao mar numa zona de penhascos na costa de Tazacorte.

Vulcão, La Palma

A lava foi caindo de forma lenta e a única coisa que se podia ver de longe são as pedras incandescentes que caem no mar, segundo a transmissão realizada pela Televisão Canária, a partir de uma embarcação, e as imagens disponibilizadas a partir do navio do Instituto Espanhol de Oceanografia Ramón Margalef.

A escuridão da noite não permite ver as colunas de vapor de água que supostamente se devem ter formado em resultado do choque térmico da lava com a água do mar, colunas que transportam gases que podem ser tóxicos para os olhos, pulmões e a pele.

Mas constata-se um fumo negro, que faz parte do processo produzido pela queda da lava no mar.

A lava tem estado a cair no mar a partir de uma altura de 100 metros, por um penhasco situado nas proximidades da praia El Guirre, em Tazacorte.

Depois da paragem na erupção na segunda-feira, o magma, segundo explicaram os especialistas, emergiu de zonas mais profundas, pelo que a lava está mais quente e se desloca com mais rapidez, especialmente nos últimos metros.

Os vulcanólogos advertiram nestes dias a população para que não se aproxime do rio de lava quando este entrar no mar, porque podem ocorrer novas explosões e intensificar-se o fumo com substâncias tóxicas para olhos, pulmões e pele.

https://zap.aeiou.pt/corrente-de-lava-do-vulcao-de-la-palma-chegou-ao-mar-434950

 

Europeus devem “deixar de ser ingénuos” e afirmar a sua independência perante os EUA, diz Macron !

O Presidente francês Emmanuel Macron exortou na terça-feira os europeus a “saírem da sua ingenuidade” no cenário mundial e a afirmarem a sua independência perante os Estados Unidos (EUA).


Segundo o Washington Post, este é um dos sinais de que a crise diplomática provocada pelo pacto AUKUS – anunciado há duas semanas – pode ter repercussões de longa duração nas relações transatlânticas. Numa conferência de imprensa para revelar um acordo de defesa franco-grego, Macron disse que os europeus deveriam ser “respeitados”.

“Há pouco mais de 10 anos, os EUA estão muito focados em si mesmos e têm interesses estratégicos que estão a ser reorientados para a China e para o Pacífico”, referiu, acrescentando: “Eles têm o direito de fazer isso”, mas “seríamos ingénuos, ou melhor, cometeríamos um erro terrível se não quiséssemos arcar com as consequências”.

O pacto AUKUS colocou fim a um acordo através do qual a Austrália compraria embarcações francesas a diesel. O ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Jean-Yves Le Drian, classificou o incidente como uma “quebra de confiança entre os aliados”, ordenando aos embaixadores franceses que retornassem dos EUA e da Austrália.

Na semana passada, Macron e o Presidente dos EUA, Joe Biden, falaram por telefone, com a França a indicar que enviaria o seu embaixador de volta a Washington. Em declaração, ambos afirmaram que os EUA “reconhecem a importância de uma defesa europeia mais forte e capaz, que contribua positivamente para a segurança transatlântica e global e seja complementar à NATO”.

Na terça-feira, Macron referiu que EUA são “um aliado histórico” e que “esse continuará a ser o caso”. O foco europeu na sua própria defesa seria complementar e não constituiria uma “alternativa à aliança com os EUA”, sublinhou.

Na conferência desta terça-feira, Macron e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis,  destacaram o aprofundamento da cooperação de defesa entre ambos os países, anunciando que a Grécia comprará navios de guerra franceses por cerca de 2,9 mil milhões de euros e que criarão uma parceria de defesa conjunta.

Mas para Nicholas Dungan, membro do Conselho do Atlântico, alcançar “autonomia estratégica – em tecnologia, cibernética, inteligência, em hardware militar – é um objetivo muito, muito elusivo” para a Europa. “Os EUA não vão levar isso a sério e muitos países europeus também não vão acreditar”, indicou.

“O objetivo da Europa (…) não deve ser a independência máxima, mas a interdependência máxima. Torne os EUA mais dependentes da Europa e tornará a Europa mais poderosa, não menos”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/macron-europeus-independencia-eua-434903

 

 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

China desenvolve arma invisível capaz de destruir redes de comunicação em dez segundos !

Uma equipa de cientistas chineses está a desenvolver uma arma sónica, que gera um intenso pulso eletromagnético, capaz de destruir redes de comunicação e de fornecimento de energia elétrica. A arma poderá ter um alcance de três mil quilómetros.


Apesar de a arma ainda estar em fase de testes na Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores, poderá percorrer três mil quilómetros em aproximadamente 25 minutos.

Ao contrário dos mísseis balísticos, a nova arma deverá manter-se dentro da atmosfera terrestre para evitar sistemas de alerta. Ao mesmo tempo usa tecnologia do sigilo ativo para evitar ser detetada por radares da terra, refere Sun Zheng, da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores, citado pelo South China Morning Post.

Ainda assim, os especialistas frisam que a utilização da arma invisível não representa riscos para a vida humana. Contudo, as fortes ondas eletromagnéticas produzidas podem “provocar a destruição de dispositivos eletrónicos da rede de informação num raio de dois quilómetros”, refere a revista Tactical Missile Technology, citada pelo jornal chinês.

Segundo os investigadores, uma das principais vantagens desta tecnologia é o facto do inimigo não conseguir saber quando esta está a caminho.

Quando um objeto viaja pelo ar a uma velocidade extremamente elevada, as moléculas de ar são ionizadas pelo calor e formam uma fina camada de plasma sobre a superfície do objeto.

A camada de plasma pode absorver os sinais de radar, embora não todos. Para realizar a ocultação total, a nova arma irá converter o calor ambiental em eletricidade, e irá utilizar essa eletricidade para alimentar vários geradores de plasma localizados em diferentes zonas do corpo do míssil.

Além disso, a arma deverá utilizar explosivos químicos. A explosão química pode comprimir um imã carregado eletricamente, conhecido como “gerador de compressão de fluxo”, que converte a energia de choque em rajadas curtas, porém extremamente potentes, de microondas.

O novo projétil utiliza super condensadores com uma densidade de potência vinte vezes superior à das baterias. Estes condensadores são carregados durante o percurso, convertendo a energia do gerador de calor em eletricidade.

A arma “pode libertar 95% da energia em apenas 10 segundos, permitindo que uma descarga instantânea cause danos por pulso eletromagnético […] A arma de pulso eletromagnético de sigilo ativo, baseada na regeneração de energia, ajusta-se à tendência atual de desenvolvimento da guerra rápida, confronto forte e danos aos sistemas de informação em todas as dimensões”, afirmou a equipa.

https://zap.aeiou.pt/china-arma-invisivel-destruir-redes-434780

 

Há cada vez mais cidades chinesas com cortes de energia — E isso poderá ter consequências globais !

Embora o problema já se tenha começado a sentir em julho, na última semana deixou de atingir apenas as zonas industriais para se estender aos bairros residenciais. População foi desaconselhada a não usar dispositivos com elevado consumo nas horas de maior procura.


A falta de energia na região nordeste da China está a deixar casas sem eletricidade e a ditar a paragem de inúmeras fábricas. A situação está a atingir dimensões tais que alguns estabelecimentos a funcionar com recurso à luz das velas, o que está a contribuir para aumentar as consequências económicas do problema – agravado, em termos sociais, pelo facto de as temperaturas, naquela região, começarem a baixar para os valores típicos do outono naquela região, ou seja, muito baixos.

Desde a última semana, a distribuição de energia tem vindo a ser racionada nas horas de maior procura, com a população — que recorre às redes sociais para apelar ao Governo que resolva a situação — a queixar-se de que os cortes estão a acontecer com mais frequência e a durar mais tempo. A Administração Nacional de Energia já ordenou às empresas de distribuição de carvão e gás natural que assegurem a distribuição de energia suficiente para manter as casas quentes durante o inverno.

Na origem desta crise pode estar, aponta o The Guardian, o limitado fornecimento de carvão e as regras mais restritivas das emissões de carbono, o que poderá prejudicar a componente produtiva das indústrias de várias regiões e constituir, em último caso, um risco para as cadeias de abastecimento globais – numa altura em que o mundo ainda se depara com a falta de microcomponentes necessários para a produção de dispositivos eletrónicos (em Portugal, a AutoEuorpa é o exemplo mais relevante).

As empresas chinesas com fábricas nas regiões mais afetadas foram quase obrigadas, nos últimos dias, a suspender as produções, de forma a não ultrapassarem os limites impostos pelo Governo estatal que visavam promover a eficiência. No entanto, economistas e grupos ambientes acreditam que as fábricas já terão ultrapassado os valores estabelecidos para a totalidade do ano de 2021, como resultado da maior procura causada pela paragem a que a pandemia obrigou. No horizonte perspetiva-se também meses complicados face à proximidade do Natal.

A Apple, por exemplo, também deverá ser prejudicada, com a sua empresa fornecedora de componentes Eson Precision Engineering a anunciar, no domingo, que iria reduzir a atividade da sua fábrica em Kunshan, na zona oeste de Shanghai, até quinta-feira, “em linha com as “políticas restritivas do uso de energia impostas pelo governo local”. A empresa esclareceu-se a afirmar que a decisão não deverá ter um “impacto significativo” nas operações, ao passo que a Apple optou, até ao momento, por não comentar.

Para além das consequências económicas e sociais, a situação já teve impactos de índole humanitária. Na cidade de Liaoyang, 23 trabalhadores de uma fábrica foram hospitalizados depois de o sistema de ventilação do complexo ter sido desligado após um corte de energia. Na mesma cidade, há ainda relatos que reportam o declínio da situação desde julho até que na última semana terá atingido um nível severo — com os cortes a expandirem-se desde as zonas industriais para as residenciais.

Em Huludao, os responsáveis locais pediram aos residentes que não usassem dispositivos eletrónicos com grande consumo de energia associado, tais como esquentadores ou micro-ondas, durante as horas de maior procura. A agência Reuters noticiou recentemente que muitos centros comerciais estão também a reduzir o horário de funcionamento.

A crise energética está, assim, a agravar-se num momento-chave em que a economia chinesa está, num contexto pós-pandemia, a dar sinais de abrandamento. Paralelamente, o país depara-se atualmente com uma enorme incerteza relacionada com o futuro da Evergrade, a segunda maior empresa imobiliária do país.

Internacionalmente, a China comprometeu-se com uma redução de 30% na intensidade da sua energia. Algumas autoridades regionais, nos últimos meses, a redobrarem os esforços tendo em vista a redução da emissão dos gases com efeito de estufa, uma vez que apenas dez das 30 regiões conseguiram atingir os objetivos estabelecidos nesta área na primeira metade do ano.

https://zap.aeiou.pt/ha-cada-vez-mais-regioes-chinesas-com-cortes-no-fornecimento-de-energia-e-isso-podera-ter-consequencias-globalmente-434885

 

Rússia acusa Navalny e aliados de extremismo em novo processo !

A Rússia intensificou a campanha contra o opositor do governo Alexei Navalny, abrindo esta terça-feira um novo processo judicial, que poderá levá-lo a cumprir uma pena de prisão de mais uma década.


Navalny cumpre dois anos e meio de prisão por violar a liberdade condicional, situação que afirma ter sido forjada para frustrar as suas ambições políticas. As casas dos seus aliados foram invadidas e a sua liberdade de movimento restringida, com alguns a fugir do país após as suas atividades serem consideradas extremistas, lembrou a agência Reuters.

O Kremlin tem intensificado a sua abordagem dura com os críticos e organizações que consideram uma ameaça à estabilidade do país. Neste novo processo, cujos detalhes foram partilhados pelo Comité de Investigação da Rússia, Navalny é acusado de fundar e liderar um grupo extremista, crime que lhe pode dar até uma década de prisão.

Alguns dos principais aliados de Navalny são acusados no mesmo processo, segundo o comunicado, que carateriza as suas atividades como criminosas.

“As atividades ilegais do grupo extremista visavam desacreditar as autoridades do Estado e as suas políticas, desestabilizando a situação nas regiões, criando um clima de protesto entre a população e tentando formar uma opinião pública sobre a necessidade de uma violenta mudança de poder”, bem como “organizar e realizar ações de protesto que se transformam em tumultos em massa”, refere a nota.

O Comité acusa os aliados de Navalny, muitos dos quais no estrangeiro, de continuar com as alegadas atividades ilegais mesmo após o grupo ser classificado como extremista.

Lyubov Sobol, aliada de Navalny, escreveu no Twitter que as acusações são “absurdas”. “Os crimes dos meus colegas: participaram de eleições, investigaram a corrupção de altos funcionários e participaram de protestos pacíficos e escreveram no Twitter…”, relatou.

https://zap.aeiou.pt/russia-navalny-extremismo-processo-434890

 

Dezenas de mulheres abusadas por funcionários da OMS na República Democrática do Congo !

Dezenas de mulheres e meninas foram abusadas sexualmente por voluntários da Organização Mundial de Saúde (OMS) destacados para enfrentar o Ébola na República Democrática do Congo (RDC), entre 2018 e 2020, concluiu um inquérito independente encomendado por aquela entidade.


O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou a situação como “angustiante”, enquanto a diretora regional para África, Matshidiso Moeti, disse que se sente “humilhada, horrorizada e com o coração partido”, noticiou o Guardian. Fontes diplomáticas avançaram que quatro pessoas foram despedidas e duas suspensas.

A comissão responsável pela investigação examinou cerca de 80 casos de jovens e mulheres, com idades entre os 13 e os 43 anos, e identificou 21 funcionários locais e internacionais da OMS entre os abusadores. Segundo o relatório, os abusos resultaram em 29 gestações, com alguns dos perpetradores a insistir que as mulheres abortaram.

A maioria das vítimas era “altamente vulnerável”, maioritariamente mulheres mais jovens, em situações económicas precárias. As conclusões chegam meses após a media ter noticiado que a OMS foi informada sobre abusos ocorridos em 2019, não conseguindo ainda assim impedir o assédio e até mesmo promovendo um dos envolvidos.

A equipa conseguiu obter a identidade de 83 alegados abusadores. As conclusões confirmam relatos de que esses funcionários exigiam sexo em troca de contratos de trabalho, ameaçavam de morte as mulheres que recusassem e, nos casos mais graves, estavam envolvidos em agressões sexuais.

Os abusos na RDC terão ocorrido durante um surto de Ébola nas províncias de Kivu do Norte e Ituri – áreas de instabilidade política e conflito armado, que causaram a morte de 2.280 pessoas em dois anos.

https://zap.aeiou.pt/dezenas-mulheres-abusadas-funcionarios-oms-434875

 

Barack Obama: “Taxem os ricos, como eu,” para financiar proposta de Biden !

Apelo está relacionado com a aprovação de um grande plano legislativo proposto por Joe Biden e que deverá ser negociado nas duas câmaras do Congresso norte-americano ao longo das próximas semanas.


Numa semana decisiva da governação de Joe Biden, um dos seus antecessores — e patrão — no cargo, Barack Obama, veio apelar a uma medida controversa no panorama político e social norte-americana: a subida de impostos para as classes mais altas e para empresas com maiores rendimentos. As declarações foram feitas numa entrevista que o 44.º presidente dos Estados Unidos da América concedeu a um dos mais famosos programas matinais do país, o Good Morning America, e onde sustentou o seu argumento Obama partiu do próprio exemplo.

“Eu acho que eles [os mais ricos] conseguem aguentar [o aumento de impostos]. Nós conseguimos aguentar. Eu incluo-me nesta categoria atualmente“, afirmou. Segundo o The Guardian, a fortuna de Obama está avaliada em 70 milhões de euros, já que, desde que abandonou a Casa Branca, assinou contratos milionários com uma editora para a publicação das suas memórias e com a Netflix, para a produção de uma série de conteúdos.

A medida seria um grande contributo para financiar o Build Back Better Act, uma proposta legislativa da Administração Biden destinada a recuperar as principais infraestruturas do país — com obras que, antecipam, os analistas políticos deveriam agradar aos vários quadrantes políticos. No entanto, os republicanos e os principais grupos económicos opõem-se, de forma perentória, ao aumento de impostos — os quais também estão previstos na proposta e que seria, simultaneamente, essenciais para a financiar.

“Estamos a falar de evoluir e gastar dinheiro para providenciar cuidados de saúde às crianças. Fazer com que essa medida permanente para ajudar as famílias que, há algum tempo, precisam de ajuda. Estamos a falar de reconstruir muitos edifícios, pontes, estradas e portos, de forma a torná-los mais resilientes contra as alterações climáticas. Também poderemos investir em formas de energia eficiente que serão precisas para mitigar essas mesmas alterações climáticas”, explicou o antigo presidente.

Contudo, o valor orçamentado do plano — 3.5 biliões de dólares — deverá constituir um entrave para que o pacote seja aprovado, com votos dos dois partidos, nas duas câmaras do Congresso norte-americano. Nancy Pelosi, speaker da Câmara dos Representantes, já anunciou que o valor terá de descer para que seja possível passá-la e implementá-la. Uma votação maioritária seria a única forma que os democratas têm de garantir que o plano não ficaria preso nos meandros legislativos norte-americanos, nomeadamente no filibuster.

Ciente de que entre os representantes democratas no Congresso existe também oposição ao plano, a entrevista de Obama — que continua uma figura extremamente popular e influente no cenário político norte-americano — está a ser como um apelo às próprias tropas que outrora liderou.

“Pedir aos americanos mais ricos, que têm sido incrivelmente beneficiados ao longo das últimas décadas — e que mesmo em contexto de pandemia viram a sua riqueza aumentar consideravelmente —, que paguem uma percentagem um pouco mais alta de impostos para garantirmos uma economia que funciona de forma justa para todos não me parece algo difícil“, esclareceu, à medida que “arremessava” argumentou que expõem o ponto de vista dos democratas mais progressistas

“Acho que qualquer pessoa que finja que é uma dificuldade para os bilionários pagar um pouco mais de impostos para que uma mãe solteira receba abonos ou para que possamos garantir que as nossas comunidades não são invadidas por incêndios ou cheias, fazendo realmente algo para mitigar as alterações climáticas para as próximas gerações — esse argumento é insustentável.”

Numa outra frente, os congressistas democratas também já endereçaram uma carta a Mitch McConnel, líder da minoria republicana no Senado, apelando a que “evite uma crise fabricada” na vida política dos Estados Unidos da América.

https://zap.aeiou.pt/obama-taxem-ricos-ele-financiar-programa-biden-434899

Greta Thunberg acusa líderes mundiais de não cumprirem com as promessas climáticas !

Ativista considera que os anúncios feitos pelos líderes mundiais não passam de bonitas intenções que, na prática, não se traduzem em ações com verdadeiro impacto na luta contra as alterações climáticas.


Greta Thunberg acusou os líderes mundiais de não cumprirem com as promessas destinadas a travar a crise climática, servindo-se de várias declarações recentes feitas por governantes, nomeadamente na Assembleia Geral da ONU, realizada este mês. Num discurso feito na cimeira Youth4Climate, a ativista evocou palavras de Boris Johnson, mas também de Narendra Modi.

Construir Novamente e Melhor [plano de Joe Biden para reconverter as principais infraestruturas dos Estados Unidos da América]. Bla bla bla. Economia verde. Bla bla bla. Neutros em carbono até 2050. Bla bla bla. Isto é tudo o que temos ouvido dos nossos chamados líderes. São palavras que soam bem mas que até agora não levaram a uma ação. As nossas esperanças e ambições afogam-se nas suas promessas vazias” afirmou.

A ativista — responsável por criar a iniciativa da greve climática que tem levado milhares de jovens, em todo o mundo, a faltar às aulas para reclamar mais ação aos seus governos nesta matéria —, ainda assim, reconheceu que é necessário um “diálogo construtivo”, algo que, na sua opinião, difere do que tem vindo a acontecer.

“Têm sido 30 anos de bla bla bla e até onde é que isso nos levou? Nós ainda podemos inverter isto, é totalmente possível. Serão é necessárias imediatas e drásticas reduções nas emissões de carbono anuais – o que não acontecerá se continuarmos assim. A intencional ausência de ação dos nossos líderes é uma traição às gerações atuais e futuras” acusou a ativista.

Estas declarações surgem a cerca de um mês da cimeira Cop26, que se realizará a partir de 31 de outubro em Glasgow e que tem como principal objetivo conseguir um consenso por parte dos países participantes em relação, precisamente, à redução das emissões de carbono, de forma a manter o objetivo de redução da temperatura global em 1.5ºC ainda possível.

No entanto, dirigentes da ONU, dos E.U.A e do Reino Unido já vieram avisar que a reunião não será capaz de determinar as soluções necessárias que permitam antecipar o cumprimento de todas as metas previstas no Acordo de Paris.

A cimeira em que Greta Thunberg participou, em Milão, é organizada, segundo o The Guardian, pelo governo italiano, parceiro do governo inglês na organização da Cop 26. Apesar de ter concordado participar na reunião, juntamente com outros ativistas proeminentes, a jovem não se escusou a criticar os propósitos da mesma.

“Eles convidem jovens escolhidos a dedo para participar em reuniões como esta e fingem que nos ouvem. Mas claramente não o fazem. As emissões continuem a aumentar. A ciência não mente.”

A ativista aproveitou ainda a sua intervenção para reforçar a mensagem que tem vindo a divulgar desde que se tornou uma figura de relevo na luta pela consciencialização da luta contra as alterações climáticas. “Não podemos continuar a deixar os detentores do poder decidir o que é politicamente possível. Não podemos continuar a deixar os detentores do poder decidir o que é a esperança. A esperança não é algo passivo. A esperança não é bla bla bla. Esperança é dizer a verdade. Esperança é agir. E a esperança vem sempre das pessoas.”

Na última sexta-feira, os jovens saíram novamente à rua nas suas cidades em mais uma edição da greve climática. Só em Berlim, onde Greta Thunberg discursou, foram mais de 100 mil.

https://zap.aeiou.pt/greta-thunberg-acusa-lideres-nao-cumprirem-promessas-climaticas-434772

 

Cantor R. Kelly declarado culpado por crime organizado e tráfico sexual !

O cantor norte-americano R. Kelly foi esta segunda-feira declarado culpado por crime organizado e tráfico sexual, após um julgamento em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), que decorreu durante seis semanas, no qual dezenas de pessoas testemunharam.


De acordo com a imprensa local, o júri anunciou o parecer nove horas depois de deliberações, presumindo que a antiga estrela de R&B dos anos de 1990, que apenas reagiu à decisão, poderá passar várias décadas na cadeia.

R.Kelly foi acusado pelo Tribunal Federal do Distrito Leste de Nova Iorque por crimes de crime organizado, coerção e transporte de mulheres e raparigas menores para envolvimento em atividades sexuais ilegais, nos EUA, durante 20 anos, acusações semelhantes às que enfrenta em Chicago, onde esteve preso, desde 2019 até junho passado.

Em 12 de julho de 2019, o cantor norte-americano foi detido em Chicago na sequência de 13 acusações, depois de ter sido acusado de abuso de menores no início daquele ano.

“As acusações incluem pornografia infantil, sedução de uma menor e obstrução à justiça”, dizia o porta-voz do Ministério Público, Joseph Fitzpatrick, na ocasião.

As acusações foram proferidas num tribunal federal do distrito norte de Illinois.

Foi a segunda vez nesse ano que o cantor norte-americano foi detido sob acusações de crimes sexuais. Em fevereiro, foi formalmente acusado de 10 crimes de abuso sexual agravado envolvendo quatro vítimas, três das quais menores à data dos acontecimentos.

À época, R. Kelly declarou-se inocente e foi libertado sob fiança.

https://zap.aeiou.pt/cantor-r-kelly-culpado-trafico-sexual-434663

 

Explosão suspeita em complexo de edifícios na Suécia causa mais de 20 feridos !

Mais de 20 pessoas ficaram feridas, três delas com gravidade, após uma explosão num complexo de edifícios no centro de Gotemburgo, na Suécia. A polícia está a investigar as causas do incidente e admite a hipótese de um atentado terrorista.


A explosão, cuja origem e localização ainda não foram determinadas, provocou um incêndio por volta das 5 da manhã, horário local (4 da manhã em Lisboa), que obrigou parte dos residentes a saírem das suas casas, informaram os serviços de emergência.

Centenas de pessoas foram evacuadas dos edifícios e há mais de 20 feridos.

O número de pessoas que foram transferidas para um centro hospitalar é de 23, das quais cinco foram de ambulância e três estão gravemente feridas, todas mulheres e com idades entre os 60 e os 80 anos, detalhou o Hospital Universitário Sahlgrenska.

A polícia abriu uma investigação sobre o caso, enquanto no local continuam os trabalhos para apagar o incêndio.

Um morador disse a um jornal sueco que a explosão parece ter tido lugar no pátio interno do complexo, cuja porta foi destruída, conforme transcreve a ABC News.

As autoridades estão a considerar várias teorias, incluindo a possibilidade de uma explosão de gás, mas também um eventual engenho explosivo deixado junto ao portão, como reporta a ABC News.

“Acreditamos que alguma coisa que não tem causas naturais explodiu“, refere o porta-voz da polícia Christer Fuxborg a um jornal sueco, como cita a ABC News.

“Uma explosão numa zona de habitações, ou uma explosão em geral, não têm, normalmente, origens naturais”, refere ainda o chefe das operações de socorro, John Pile, citado pelo Le Figaro.

https://zap.aeiou.pt/explosao-suspeita-suecia-434728

 

Homem que tentou matar Ronald Reagan vai ser libertado em 2022 !

Na altura o homem foi considerado inimputável pela justiça devido a problemas mentais. Depois de ter saído de um hospital psiquiátrico em 2016, John Hinckley Jr vai ficar em liberdade total de 2022.


A 31 de Março de 1981, John Hinckley Jr tentou assassinar o então presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, tendo disparado à porta do hotel Hilton em Washington.

Uma das balas atingiu Reagan perto do coração e outras pessoas também foram atingidas, incluindo o então porta-voz da Casa Branca, James Brady, que ficou paralisado, e um polícia de Washington D. C., Thomas Delahanty.

O objectivo era impressionar a actriz Jodie Foster, por quem tinha uma obsessão por ter visto no filme Taxi Driver. O homem de 66 anos pode agora sair em liberdade total em Junho de 2022.

Os documentos judiciais mostram que um juiz federal no distrito de Columbia aprovou um acordo entre o Departamento da Justiça e Hinckley, que esteve internado mais de 30 anos num hospital psiquiátrico, tendo saído em 2016.

Dentro de nove meses, as regras de controlo judicial como controlo médico e restrição de movimentos vão ser totalmente levantadas desde que Hinckley se mantenha “mentalmente estável”, segundo o juiz. Recorde-se que o homem foi considerado iniumputável pela justiça na altura devido aos problemas mentais.

“Se não tivesse tentado matar um presidente, já o teríamos libertado há muito mais tempo”, disse o magistrado. Barry Levine, advogado de Hinckley, já se mostrou feliz com a decisão, dizendo que este é “um grande dia para a saúde mental“.

A procuradora Kacie Weston afirmou durante a audiência que o Departamento de Justiça dos EUA concorda com a libertação sem restrições, mas só depois de Junho de 2022, já que quer que os procuradores continuem a monitorizar o comportamento de Hinckley enquanto ele se habitua a viver sozinho após a morte da mãe.

No entanto, a Fundação Ronald Reagan expressou a sua discordância, em comunicado: “Ao contrário do juiz, pensamos que John Hinckley continua a representar uma ameaça para outros e opomo-nos firmemente à sua libertação”.

Num artigo para o Washington Post, Patti Davis, filha de Reagan, também se mostra descontente com a libertação e diz temer que Hinckley a procure. “Não acredito que John Hinckley tenha remorsos”, disse Davis.

https://zap.aeiou.pt/homem-que-tentou-matar-ronald-reagan-vai-ser-libertado-em-2022-434624

 

Coreia do Norte lança “projétil não identificado” !

A Coreia do Norte lançou um “projétil não identificado” no mar ao largo da sua costa oriental, disseram esta madrugada os militares sul-coreanos. Tanto o Japão como os Estados Unidos já condenaram o lançamento.


A Coreia do Norte lançou um “projétil não identificado” pelas 06h40 (21h40 de segunda-feira em Lisboa), anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), que não adiantou mais nenhum detalhe.

O míssil de curto alcance terá sido disparado da província interior de Chagang.

O embaixador norte-coreano nas Nações Unidas, Kim Song, disse que o país tem o “direito legítimo” para testar armas e “fortalecer [as suas] capacidades de defesa”.

Entretanto, o Departamento de Estado norte-americano condenou o lançamento de mísseis da Coreia do Norte, apelando a Pyongyang para que encetasse diálogo.

“Os Estados Unidos condenam o lançamento do míssil”, lê-se numa declaração.

“O lançamento é uma violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma ameaça para os vizinhos da Coreia do Norte e para a comunidade internacional”, afirmou, apelando a Pyongyang a “dialogar”.

“Ninguém pode negar o nosso direito à autodefesa”, insistiu o Kim Song, pedindo aos Estados Unidos que cessem a “política hostil” contra a Coreia do Norte.

Também o Japão está a intensificar a vigilância sobre a Coreia do Norte, disse esta terça-feira o primeiro-ministro nipónico, horas após o lançamento de um míssil para o mar do Japão.

De acordo com Tóquio, poderia ter sido um míssil balístico, o que violaria as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) impostas ao regime de Pyongyang, proibido de realizar tais testes e que tem sido repetidamente sancionado pelos seus programas de mísseis e nucleares.

O lançamento desta terça-feira ocorre pouco depois de o regime testar dois mísseis balísticos de curto alcance a 15 de setembro e um míssil de cruzeiro dias antes, numa recente série de testes.

“Estamos a intensificar a nossa vigilância e a analisar a situação”, disse o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga.

Pouco depois do teste de armas desta terça-feira, o embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas, Kim Song, num discurso perante a Assembleia Geral da ONU defendeu o direito de Pyongyang a desenvolver e testar armamento avançado para salvaguardar a sua segurança face à constante “ameaça” colocada pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos.

“A possível eclosão de uma nova guerra na península coreana foi travada não por causa dos EUA. É porque o nosso Estado está a desenvolver forças dissuasoras fiáveis que podem controlar as forças hostis nas suas tentativas de invasão militar”, argumentou o diplomata norte-coreano.

https://zap.aeiou.pt/coreia-norte-lanca-projetil-nao-identificado-434623

 

Durante a Administração Trump, CIA terá abordado hipótese de raptar e até assassinar Assange !

Em 2017, a CIA terá considerado raptar e discutido planos para assassinar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, atualmente preso em Londres.


Membros seniores da CIA discutiram a possibilidade de raptar e de assassinar Julian Assange durante a presidência de Donald Trump. A investigação do Yahoo News, publicada no domingo, expõe os planos da agência norte-americana, que remontam a 2017, altura em que o fundador do WikiLeaks estava refugiado na embaixada do Equador em Londres.

Alguns antigos funcionários dos serviços de inteligência dos Estados Unidos revelaram que o plano da CIA pressupunha, em primeiro lugar, raptar Assange da embaixada. A ideia era “invadir a embaixada, arrastar [Assange] para fora e levá-lo para onde quiséssemos”.

No entanto, avança o Yahoo, o plano não ficava por ali. Alguns altos funcionários da CIA e da Administração Trump chegaram a discutir o assassinato de Assange, “chegando ao ponto de solicitar ‘esboços’ ou ‘opções’ de como o matar”. “Parecia não haver limites”, disse um antigo responsável da contraespionagem. 

Mike Pompeo, então diretor da CIA, “procurava vingança contra o WikiLeaks e Assange, que tinha procurado refúgio na embaixada do Equador desde 2012 para evitar a extradição para a Suécia. Pompeo e outros chefes de agência ‘estavam completamente desligados da realidade porque estavam embaraçados” com uma publicação do WikiLeaks sobre o Vault 7, disse um antigo elemento da segurança nacional, referindo-se a um conjunto de ferramentas usado pela CIA para ataques informáticos.

Um ex-funcionário do Governo de Donald Trump chegou mesmo a dizer que “o WikiLeaks era uma obsessão de Pompeo”. “Depois do Vault 7, Pompeo e Gina Haspel [vice-diretora da CIA] queriam vingar-se de Assange.”

Alguns funcionários e membros do Conselho de Segurança Nacional contestaram o plano, por dúvidas quanto à legalidade do mesmo. Além disso, alguns funcionários do Governo entraram secretamente em contacto com funcionários e membros do comité de inteligência no Senado para os alertar sobre as recentes propostas de Pompeo.

É por esse motivo que o Yahoo News não conseguiu confirmar se as sugestões contra Assange chegaram a ser aprovadas pela Casa Branca. A CIA não quis comentar e Mike Pompeo não respondeu aos pedidos de esclarecimentos.

Citado pelo Raw Story, Trevor Timm, diretor da Fundação para a Liberdade de Imprensa, disse que estas novas revelações “envolvem um desrespeito chocante pela lei”.

A CIA é uma vergonha“, atirou. “O facto de ter contemplado e se envolvido em tantos atos ilegais contra o WikiLeaks, os seus associados, e mesmo outros jornalistas premiados, é um escândalo que deveria ser investigado pelo Congresso e pelo Departamento de Justiça. A Administração Biden deve retirar imediatamente as suas acusações contra Assange. O caso já ameaça os direitos de inúmeros repórteres.”

Julian Assange é acusado pela justiça norte-americana de 18 crimes, incluindo espionagem, arriscando até 175 anos de prisão caso seja considerado culpado. Apesar dos apelos dos defensores da liberdade de imprensa, a Administração Biden recusou retirar as acusações e continuou a tentativa do seu antecessor de extraditar o fundador do WikiLeaks.

Em janeiro, os EUA perderam uma das batalhas judiciais, após o Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres, ter rejeitado o pedido de extradição do fundador da WikiLeaks para os Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/cia-hipotese-assassinar-assange-434654

 

Presidente sul-coreano admite proibir consumo de carne de cão !

O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, admitiu, esta segunda-feira, a possibilidade de proibir o consumo de carne de cão, costume que se tornou “uma vergonha internacional”, segundo fonte do seu gabinete.


“Não terá chegado o momento de considerar prudentemente a proibição do consumo de carne de cão?”, perguntou Moon ao primeiro ministro, Kim Boo-kyum, de acordo com a porta-voz presidencial, citada pela agência France-Presse.

O consumo de carne de cão é um costume popular no país, mas a sua popularidade tem diminuído. Os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como animas de companhia e menos como alimento. Moon tem vários cães e resgatou um rafeiro após tomar posse, o primeiro animal a ser levado de um centro de acolhimento para o palácio presidencial.

Ainda assim, são consumidos cerca de um milhão de cães anualmente. A prática é uma espécie de tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos ativistas dos direitos dos animais tem aumentado ao longo do tempo.

A lei de proteção animal da Coreia do Sul visa evitar o massacre cruel de cães e gatos, mas não proíbe o consumo.

https://zap.aeiou.pt/presidente-sul-consumo-carne-cao-434518

Pelo menos 24 países criaram novas leis para controlar o conteúdo na Internet, revela relatório !

Autoridades de pelo menos 24 países, incluindo os Estados Unidos (EUA), estabeleceram novas regras que determinam o tratamento dos conteúdos por parte das plataformas ‘online’, concluiu um relatório da Freedom House.

No seu relatório anual, intitulado Freedom on the Net, a Freedom House – organização de defesa da democracia sediado em Washington, nos EUA – indicou que a liberdade na Internet está em declínio há 11 anos consecutivos.

De acordo com o relatório, citado pelo Insider, em 2020, 48 países buscaram novas regras para o tratamento de conteúdos, dados e concorrência na Internet, enquanto 24 criaram medidas específicas, incluindo requisitos para remoção de conteúdo ilegal, maior transparência e censura política e jornalística.

Esta tendência, avançou a organização, pode ser atribuída a problemas como extremismo, práticas comerciais exploradoras e atividades criminosas.

Existem “poucas exceções positivas” à pressão mundial para regular as grandes empresas de tecnologia, continuou o relatório, dando como exemplos o combate ao assédio ‘online’ e às práticas de manipulação do mercado.

Contudo, “embora algumas medidas introduzidas este ano tenham o potencial de responsabilizar os gigantes da tecnologia pelo seu desempenho, a maioria simplesmente impõe responsabilidades estatais e até políticas às empresas privadas, sem garantir maiores direitos para os utilizadores”, referiu o relatório.

https://zap.aeiou.pt/24-paises-leis-controlar-conteudo-internet-434479

 

Cumbre Vieja deixou de expelir lava, mas os sismos voltaram !

O vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, nas Canárias, parou de emitir lava. Apesar de a atividade ter sido a mais baixa da última semana, as autoridades alertam que a situação pode mudar rapidamente.


A atividade do Cumbre Vieja está praticamente parada, ainda que a situação possa mudar rapidamente. “A atividade foi notavelmente reduzida nas últimas horas em La Palma”, explicou, esta segunda-feira, o Instituto de Geociências de Madrid. “Temos de estar muito atentos à sua evolução porque o cenário pode mudar rapidamente.”

De acordo com o El Mundo, as explosões, a erupção de lava e a emissão de fumo pararam, mas ainda não é o momento de respirar de alívio. Não é a primeira vez que o vulcão alterna períodos de aparente calma com explosões violentas, destaca o diário espanhol.

quatro cenários em cima da mesa para explicar a serenidade do Cumbre Vieja, sendo que o menos provável é que esteja prestes a parar totalmente a atividade. Em vez disso, o vulcão pode estar a recarregar-se de magma para voltar a entrar em erupção ou algo pode estar a bloquear a saída do magma.

Ainda assim, e hipótese mais provável é que o magma se esteja a deslocar e que venha a sair noutro ponto. Os sismos que entretanto surgiram um pouco mais a sul podem explicar isso mesmo.

Este domingo, o fluxo de lava encontrava-se a 1.600 metros da linha costeira, pelo que as autoridades esperavam que atingisse o mar esta segunda-feira. Foi decretado confinamento obrigatório em quatro núcleos populacionais pelo risco de inalação de gases tóxicos.

Até ao momento, estima-se que entre 500 a 600 edifícios de habitação, de uso agrícola ou industrial tenham sido destruídos. A lava já ocupou mais de 200 hectares da ilha de La Palma, havendo mais de 1.300 ocupados pelas cinzas.

https://zap.aeiou.pt/cumbre-vieja-deixou-de-expelir-lava-434426

 

Corrida aos combustíveis - A antecipar um “inverno difícil”, Reino Unido vai dar vistos temporários a camionistas !

A falta de camionistas tem levado a filas nas bombas de combustíveis e entre 50% e 90% já estão vazias em algumas zonas do país. O governo vai dar vistos temporários a camionistas e está a ponderar colocar os militares a conduzir os veículos pesados.

Os motoristas escassam, e as preocupações dos ingleses crescem, principalmente com a falta de combustível que já se está a fazer sentir e com os muitos postos de abastecimento vazios devido à corrida às bombas de gasolina. Apesar dos apelos do governo à calma, as filas para as estações no fim-de-semana eram longas.

A BP já adiantou que quase um terço das suas bombas no país estão sem combustível e que alguns postos estão fechados. A Exxon Mobile relata uma situação semelhante.

“As falhas foram causadas por alguns atrasos na cadeia de distribuição que sofre os impactos de um problema mais vasto, de falta de motoristas. Estamos a dar prioridade às áreas de serviço nas autoestradas, às estradas mais frequentadas por camionistas e aos locais onde a procura é geralmente mais elevada”, afirmou a BP em comunicado.

A Associação de Distribuidores de Combustíveis avisou que já dois terços dos seus membros de quase 5500 postos independentes estão sem combustíveis, com os restantes “parcialmente secos e a ficar vazios brevemente”. O Reino Unido tem no total cerca de 8380 bombas de gasolina.

O grupo alerta também que entre 50% e 90% das bombas estavam vazias em certas partes do país, especialmente no sudoeste. “Precisamos de calma. Por favor não comprem em pânico: se as pessoas secam a rede então torna-se uma profecia que se auto-realiza”, apelou Gordon Balmer, director executivo da associação, à Reuters.

A situação caótica está a preocupar a quinta maior economia do mundo e há medo de que as disrupções e a inflacção dos preços se prolonguem até ao Natal. Estima-se que faltem cerca de 100 mil motoristas no Reino Unido, segundo a Associação de Transportes Rodoviários, tendo 20 mil condutores europeus saído do país depois do Brexit.

Um inquérito recente da mesma associação a 616 transportadoras apontou que as reformas dos camionistas e o Brexit estavam no topo da listas das razões por detrás da falta de condutores, já que muitos são da Europa de Leste e abandonaram o Reino Unido devido às regras mais duras para imigrantes.

O ministro britânico das Pequenas e Médias Empresas, Paul Scully, alertou no canal de televisão ITV para a possibilidade de “um inverno mesmo muito difícil para as pessoas”.

“Temos a noção de que isto vai ser um desafio e é por isso que não podemos subestimar a situação em que estamos”, afirmou. Já em declarações à Radio Times, o ministro voltou a repetir os apelos a que as pessoas não entrem em “pânico e desatarem a comprar“.

A crise levou a que o governo avançasse com a oferta de vistos temporários a 10 500 condutores e trabalhadores na produção de carne de aves para evitar mais quebras na linha de fornecimento antes das festividades.

O executivo de Boris Johnson tinha anteriormente negado a possibilidade de dar vistos a trabalhadores estrangeiros, mas voltou agora atrás na decisão.

Segundo o comunicado do governo, 5000 condutores de veículos de transporte de bens pesados e 5500 trabalhadores na produção de carne de aves foram adicionados ao actual plano de vistos até ao Natal para “aliviar as pressões na corrente de fornecimento de comida e nas indústrias de transporte durante as circunstâncias excepcionais deste ano”.

Também mais de 4000 pessoas serão treinadas para conduzir os camiões de forma a ajudarem a “enfrentar a falta de profissionais qualificados e apoiar mais pessoas a lançar carreiras no sector logístico”. Já quase um milhão de cartas vão ser enviadas a todos os condutores que têm as cartas de condução para os “encorajar a voltar à indústria”.

A proposta já motivou críticas por parte do líder Trabalhista Keir Starmer, que considera o número de vistos “muito, muito baixo” e afirma que são precisos cerca de 100 mil.

“Temos de emitir vistos suficientes para cobrir o número de condutores de que precisamos”, aconselhou Starmer, sublinhando que esta não é a “resposta ideal” e que serve apenas para resolver o problema a curto-prazo.

Starmer acusou também os ministros de “falta de planeamento”. “Sabíamos em particular que quando saíssemos na União Europeia que haveria a necessidade de um plano de reserva para lidar com a situação e não há nenhum plano do governo“, criticou.

O governo de Johnson admite também recorrer aos militares para fazer face à falta de condutores. “Se isso ajudar, vamos chamá-los“, avançou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, à BBC, afirmando também que não há falta de combustível e que a culpa da crise não é do Brexit, atirando a responsabilidade para a Associação de Transportes Rodoviários.

Estes anúncios surgem apenas dias depois do governo ter gasto milhões de libras para prevenir a falta de comida devido ao aumento dos preços do gás natural, o maior custo na produção de fertilizantes.

Outras indústrias como o processamento de comida, também foram afectadas. A maior rede de padarias do país, a Warburtons, confirmou que está a ter desafios no recrutamento de condutores e que a escassez está a causar problemas na distribuição. A empresa faz entregas para cerca de 18 500 lojas, mas não está a conseguir cumprir com todas.

“A escassez de condutores nacional continua a colocar pressão na rede de distribuição da Warburtons mas estamos a trabalhar duramente para manter um bom nível de serviço para os nossos clientes no país”, afirmou a empresa.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-vistos-temporarios-camionistas-434394

 

SPD vence legislativas na Alemanha com pequena margem – Mas a CDU quer liderar o governo !

Depois das projecções iniciais apontarem um empate, os sociais-democratas do SPD conseguiram garantir a vitória nas legislativas enquanto que a CDU obteve o seu pior resultado de sempre. Arranca agora um processo de negociações que só deve terminar no Natal.


Foi uma luta renhida e os resultados preliminares só surgiram de madrugada, mas Olaf Scholz e os sociais-democratas do SPD foram mesmo os vencedores das legislativas na Alemanha, com 25,7% dos votos. Em 2017, o partido tinha-se ficado pelos 20,5%.

Os conservadores da CDU/CSU, o partido de Merkel, tiveram apenas 24,1% dos votos, o pior resultado da história e uma grande quebra em relação aos 32,9% alcançados nas últimas eleições.

Por outro lado, os Verdes, que tiveram 8,9% dos votos em 2017, garantiram desta vez o terceiro lugar com 14,8% dos votos, o melhor resultado que o partido alguma vez teve. Seguiram-se os liberais do FDP com 11,5%, uma subida em relação aos 10,7% que tiveram nas legislativas de há quatro anos.

Já o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) caiu da terceira força política e de maior partido da oposição para o sexto lugar, tendo alcançado 10,3% dos votos, em contraste com os 12,6% conseguidos em 2017. Apesar desta quebra, a AfD foi o partido mais votado nos estados da Turíngia e da Saxónia, no leste do país.

Os esquerdistas do Die Linke tiveram uma noite para esquecer, com uma grande quebra. O partido ficou-se pelos 4,9% dos votos, quando em 2017 tinha conseguido chegar aos 9,2%, e apenas conseguiu ter representação parlamentar por causa de uma regra no sistema alemão que permite aos partidos abaixo de 5% (o mínimo preciso para eleger deputados) entrar na Bundestag se elegerem três mandatos directos.

O futuro pós-Merkel

As eleições marcam o fim de uma era de 16 anos de Angela Merkel como chanceler, mas ainda não se sabe ao certo quem a vai suceder no cargo, já que Armin Laschet da CDU já deu a entender que quer formar governo.

“Nós vamos fazer tudo para podermos formar um governo dirigido pela aliança CDU/CSU”, disse Laschet quando soube dos resultados, repetindo a mesma ideia que já tinha deixado clara durante o período de pré-campanha.

Tudo agora depende das negociações com outros partidos, sobretudo com os Verdes e o FDP. Uma coligação que inclua estes dois partidos pode parecer improvável dadas as divergências ideológicas, mas Christian Lindner, dos liberais, já deixou a porta aberta a conversas, uma sugestão que foi reciprocada por Robert Habeck, co-líder dos Verdes.

Enquanto que os Verdes são mais próximos politicamente dos sociais-democratas do SPD, Lindner preferiu elogiar o governo da CDU que Laschet integra na Renânia do Norte Vestefália, o que já sinaliza divergências.

Mesmo assim, os representantes partidários prometeram que as negociações para formar o governo serão rápidas, já que em 2017 demoraram mais de 200 dias.

Lindner lembrou que as negociações ficaram presas em detalhes no último governo que integrava a CDU, FDP e os Verdes – a coligação conhecida como Jamaica porque as cores dos partidos lembram a bandeira jamaicana.

Baerbock deixou claro que não pode ser ignorada a percentagem dos votos, já que os Verdes se afirmaram como terceira força política, à frente do FDP.

A disputa eleitoral só ficará definitivamente fechada quando for anunciada uma coligação maioritária com pelo menos três partidos. A meta apontada para este anúncio deve ser por volta do Natal, tal como em 2017.

Há quatro anos, o SPD anunciou que desistia das negociações em Novembro e só em Março é que os liberais aprovaram em referendo a coligação com a CDU, pleo que Lindner está a ser pressionado para que desta vez a formação de governo tenha menos percalços.

https://zap.aeiou.pt/spd-alemanha-pequena-margem-cdu-liderar-governo-434354

 

Suíços votaram a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo !

Os suíços foram este domingo às urnas para referendar o casamento de pessoas do mesmo sexo. Os resultados oficiais mostraram que a mudança foi aprovada com os votos a favor de 64,1% dos eleitores e a maioria favorável à medida foi alcançada em todos os 26 cantões, ou estados da Suíça.


O parlamento suíço e o Conselho Federal, no governo, apoiaram a medida “Casamento para Todos”. A Suíça tem autorizado as uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo, desde 2007.

Os apoiantes da medida disseram que esta vitória colocaria os parceiros do mesmo sexo em pé de igualdade com os casais heterossexuais, permitindo-lhes adotar filhos juntos e facilitaria a cidadania dos cônjuges do mesmo sexo. Permitiria também aos casais lésbicos utilizar a doação de esperma regulamentada.

Os opositores acreditam que a substituição das uniões civis por direitos matrimoniais plenos mina a família com base numa união entre um homem e uma mulher.

Este domingo, numa mesa de voto em Genebra, a eleitora Anna Leimgruber disse que votou “não” porque acreditava que “as crianças precisariam de ter um pai e uma mãe”. Já Nicolas Dzierlatka, que votou “sim”, disse que o que as crianças precisam é de amor.

“Penso que o que é importante para as crianças é que sejam amadas e respeitadas – e penso que há crianças que não são respeitadas ou amadas nos chamados casais ‘hetero'”, afirmou.

A campanha foi cheia de alegações de táticas injustas, com os lados contrários a decretarem a destruição de cartazes, linhas diretas LGBT a serem inundadas de queixas, ‘e-mails’ hostis, insultos gritados contra os ativistas e esforços para silenciar pontos de vista opostos.

https://zap.aeiou.pt/suicos-casamento-pessoas-mesmo-sexo-434348

 

Ummu tem 25 anos e é rosto das negociações com o Boko Haram !

Com a Nigéria a enfrentar uma crise de raptos, Ummu Kalthum é uma das mais jovens — e mais bem-sucedidas — mediadoras a negociar acordos para libertar reféns do Boko Haram no país.


Na última década, os sequestradores nigerianos ganharam pelo menos 18 milhões de dólares, escreve a VICE.

A longa guerra entre o governo nigeriano e o Boko Haram já levou à morte de mais de 350 mil pessoas. O Boko Haram é uma organização fundamentalista e terrorista que procura a imposição da lei islâmica no norte da Nigéria através da força e da violência.

Eles atacam aldeias inteiras, incendeiam casas, raptam, violam e desferem ferimentos graves às vítimas com o objetivo de as matar ou capturar.

O Boko Haram usa os reféns para fazer exigências ao governo nigeriano, tal como aconteceu em abril de 2014, em Chibok, onde dizimaram populações inteiras e sequestraram mais de 250 meninas entre os 7 e os 15 anos.

Embora publicamente o governo nigeriano negue negociações com o Boko Haram, terão pagado 3,5 milhões de dólares para libertar 103 das 250 crianças raptadas, entre 2016 e 2017.

O problema é que nem sempre o governo pode ou quer intervir — e muitas outras vezes falha nas negociações. Para preencher a lacuna, cerca de meia dúzia de mediadores de reféns surgiram para ajudar as famílias cujos entes queridos foram raptados.

Ummu Kalthum, uma jovem de 25 anos, tem sido uma das mais bem-sucedidas nesta tarefa. Nos últimos dois anos, Ummu conseguiu orquestrar a libertação de 11 reféns.

Em março, por exemplo, conseguiu acordar a libertação de um pastor cristão que tinha sido raptado em dezembro. Ummu chegou a acordo relativamente ao valor do resgate e encontrou-se com militantes do Boko Haram para finalizar o negócio.

Depois de lançar a organização de caridade, Kalthum Foundation For Peace, em 2017, Ummu começou a tratar de algumas das necessidades da sua comunidade, como educação para meninas e empoderamento de mulheres. No entanto, a crise de raptos que a Nigéria atravessa levou-a a travar batalhas diferentes das que esperava.

As exigências do Boko Haram estão a tornar-se maiores, atingindo mesmo os 500 mil dólares. A jovem alega não receber nenhum benefício financeiro dessas trocas e, às vezes, até ajuda as famílias a angariar dinheiro entrando em contacto com funcionários do governo.

https://zap.aeiou.pt/ummu-cara-negociacoes-boko-haram-433966

 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Sérvia envia tanques, tropas e caças para fronteira com Kosovo !


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