Mais de mil investigadores chineses que trabalhavam em universidades dos Estados Unidos (EUA) deixaram o país desde o verão, de acordo com John Demers, diretor da divisão de segurança nacional do Departamento de Justiça.
Como noticiou na quarta-feira a Chemistry World, esse êxodo ocorre no mesmo momento em que o Departamento de Justiça intensifica as suas investigações sobre espionagem por parte cientistas de instituições norte-americanas, que são secretamente filiados ao Governo ou às forças armadas chinesas.
Neste verão, o Departamento de Justiça deteve pelo menos cinco pesquisadores chineses. Todos tinham vistos dos EUA, mas não revelaram as suas filiações ao Partido Comunista Chinês ou a militares nos seus pedidos de visto, explicou Demers. Essas detenções foram “apenas a ponta do iceberg”, afirmou.
“Entre essas cinco ou seis detenções e as dezenas de interrogatórios que o [FBI] fez com indivíduos que estiveram aqui em circunstâncias semelhantes, mais de mil investigadores chineses filiados ao [Exército de Libertação do Povo] deixaram o país”, contou.
Bill Evanina, do departamento de contra-espionagem do Governo dos EUA, está “mais preocupado com os alunos de pós-graduação”, que foram para o país “a pedido do Governo chinês e dos serviços de inteligência” e esperam ingressar em universidades específicas para estudar em áreas que devem beneficiar a China.
Demers avançou que as acusações e detenções devem continuar. “A atividade maligna avança e não vamos parar”, referiu.
Evanina acrescentou que as recentes acusações dos EUA mostram a outros países o que está acontecer. “Essa foi uma grande vitória, seja no roubo de propriedade intelectual e segredos comerciais, até ao 5G, e aos semicondutores e nanotecnologias”, observou.
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