O procurador-geral dos Estados Unidos da América, William Barr, admite abandonar o cargo nas próximas semanas, ainda antes tomada de posse de Joe Biden.
A relação entre Barr e Trump tem-se deteriorado nos últimos dias, levando a uma possível saída antecipada do cargo, escreve o jornal Público.
Tudo isto porque numa entrevista à Associated Press, William Barr disse não terem sido encontradas provas de fraude eleitoral generalizada nas últimas eleições presidenciais, que ditaram a vitória do candidato democrata sobre Donald Trump.
O ainda presidente dos Estados Unidos tem defendido, desde a divulgação dos resultados das eleições, que Biden apenas conseguiu a vitória graças a uma fraude eleitoral em pelo menos seis estados norte-americanos: Arizona, Nevada, Michigan, Wisconsin, Pensilvânia e Georgia.
William Barr foi nomeado procurador-geral para substituir Jeff Sessions devido à sua oposição às investigações sobre as suspeitas de conluio entre a campanha eleitoral de Trump e a Rússia nas eleições de 2016, explica o matutino.
Até antes das eleições, William Barr concordava com Donald Trump em relação há possibilidade de o processo eleitoral vir a ser fraudulento. Já depois das eleições, Barr autorizou o Departamento de Justiça a usar os seus recursos na investigação das queixas de fraude feitas por Trump.
Foi na entrevista à agência Associated Press que William Barr revelou os resultados da investigação, salientando que não foram encontrados indícios que apontassem para fraude eleitoral generalizada. Dias antes da divulgação da entrevista, Trump sugeriu que o próprio Departamento da Justiça e o FBI estariam envolvidos na alegada fraude.
“Ele não tem feito nada”, disse Trump, relativamente ao trabalho de investigação levado a cabo por Barr. O Departamento de Justiça e o FBI “não têm investigado com muita vontade, o que é uma desilusão”, acrescentou.
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